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Biomais_52 - Opps-compactado

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Entrevista: Biomassa do cavaco gera fonte de energia sustentável em Goiás<br />

ENERGIA LIMPA NA<br />

PRODUÇÃO DE FERRO-GUSA<br />

BIORREDUTOR NA TERMORREDUÇÃO<br />

DO MINÉRIO DE FERRO É A CHAVE<br />

PARA SUSTENTABILIDADE<br />

BIOMASSA<br />

CRESCE INVESTIMENTO EM GERAÇÃO<br />

DE ENERGIA INDUSTRIAL<br />

PELO MUNDO<br />

CHINA PROMETE CONTINUAR TRANSIÇÃO<br />

PARA ENERGIA RENOVÁVEL


GERADOR DE AR QUENTE PARA<br />

SECAGEM DE PRODUTOS<br />

INDÚSTRIA DE GERADORES DE CALOR LTDA.


HÁ UMA DÉCADA<br />

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SUMÁRIO<br />

06 | EDITORIAL<br />

Gusa-verde exportação<br />

08 | CARTAS<br />

10 | NOTAS<br />

20 | ENTREVISTA<br />

24 | PRINCIPAL<br />

30 | INOVAÇÃO<br />

Inovação em biomassa<br />

34 | PELO MUNDO<br />

Energia limpa<br />

38 | BIOMASSA<br />

Fábrica de pellets<br />

44 | COLUNA<br />

Indignação cidadã<br />

46 | CLIMA<br />

50 | PRÊMIO<br />

Prêmio REFERÊNCIA 2022<br />

56 | ARTIGO<br />

64 | AGENDA<br />

66 | OPINIÃO<br />

Milho, à mesa e no<br />

tanque de combustível<br />

04 www.REVISTABIOMAIS.com.br


EDITORIAL<br />

Na capa deste mês, maquinários da<br />

produção de ferro-gusa da Vetorial, de<br />

ponta a ponta da cadeia produtiva<br />

GUSA-VERDE<br />

EXPORTAÇÃO<br />

D<br />

etentora da ISO 9001 e reconhecida pelo Brasil como benchmarker na produção sustentável<br />

de ferro-gusa, a Vetorial está investindo em expansão para o setor logístico, depois de 2 anos<br />

batendo recordes de produtividade com uso de biorredutor na produção de ferro-gusa. Além<br />

de fornecer matéria-prima renovável, suas florestas plantadas preservam os biomas e reduzem<br />

os impactos sobre a mata nativa. Nesta edição, apresentamos ainda expectativas para o mercado brasileiro<br />

de biomassa e planos de expansão para 2023, em uma entrevista exclusiva com a Enebra Energia, além<br />

de matérias sobre mercado, negócios, máquinas e equipamentos, pellets de madeira e muito mais. Uma<br />

ótima leitura!<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO IX - EDIÇÃO <strong>52</strong> - AGOSTO 2022<br />

Diretor Comercial<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

(fabiomachado@revistabiomais.com.br)<br />

Diretor Executivo<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

(bartoski@revistabiomais.com.br)<br />

Redação<br />

André Nunes<br />

(jornalismo@revistabiomais.com.br)<br />

Dep. de Criação<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira - Gabriela Bogoni<br />

(criacao@revistareferencia.com.br)<br />

Mídias Sociais<br />

Cainan Lucas<br />

Representante Comercial<br />

Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Dep. Comercial<br />

Gerson Penkal - Carlos Felde<br />

(comercial@revistabiomais.com.br)<br />

Fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Dep. de Assinaturas<br />

Cristiane Baduy<br />

(assinatura@revistabiomais.com.br) - 0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

A REVISTA BIOMAIS é uma publicação da JOTA Editora<br />

Rua Maranhão, 502 - Água Verde - Cep: 80610-000 - Curitiba (PR) - Brasil<br />

Fone/Fax: +55 (41) 3333-1023<br />

www.jotaeditora.com.br<br />

Veículo filiado a:<br />

A REVISTA BIOMAIS - é uma publicação bimestral e<br />

independente, dirigida aos produtores e consumidores de<br />

energias limpas e alternativas, produtores de resíduos para<br />

geração e cogeração de energia, instituições de pesquisa,<br />

estudantes universitários, órgãos governamentais, ONG’s,<br />

entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS não se<br />

responsabiliza por conceitos emitidos em matérias, artigos,<br />

anúncios ou colunas assinadas, por entender serem estes<br />

materiais de responsabilidade de seus autores. A utilização,<br />

reprodução, apropriação, armazenamento de banco de dados,<br />

sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras<br />

criações intelectuais da REVISTA BIOMAIS são terminantemente<br />

proibídas sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

06 www.REVISTABIOMAIS.com.br


CARTAS<br />

BONS EXEMPLOS<br />

Conhecer bons exemplos como o da Rocha Equipamentos, na última reportagem de capa, que<br />

oferece equipamentos de biomassa para as indústrias, é muito importante. Principalmente para<br />

incentivar a adoção dessa fonte de energia que nunca vai se esgotar, na geração de calor.<br />

Thiago Borges – Sorocaba (SP)<br />

Foto: divulgação<br />

EVENTO<br />

Estamos ansiosos para visitar a Fenasucro & Agrocana, em agosto, maior evento do setor de bioenergia no mundo, ainda<br />

mais nesse momento de retomada da economia e dos eventos presenciais. É tudo promissor, tanto nos investimentos, quanto<br />

nos novos projetos da indústria.<br />

Rogério Queiroz – Sinop (MT)<br />

INCERTEZAS<br />

O cenário da guerra entre Rússia e Ucrânia deixa muitas dúvidas no horizonte dos negócios internacionais, mas também<br />

levanta possibilidades para o mercado brasileiro de biomassa. É preciso estar atento a esse segmento nos próximos meses.<br />

Marisa Toledo – Ponta Grossa (PR)<br />

POSSIBILIDADES<br />

São muitas as possibilidades de se investir em energias renováveis, mas muitos<br />

segmentos ainda insistem em poluir o planeta. O movimento precisa ser acelerado, ainda<br />

bem que o setor da indústria florestal conta cada vez mais com a biomassa.<br />

Amilton Gomes – Rio de Janeiro (RJ)<br />

Foto: divulgação<br />

www.revistabiomais.com.br<br />

na<br />

mí<br />

energia<br />

biomassa<br />

dia informação<br />

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08 www.REVISTABIOMAIS.com.br


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NOTAS<br />

32 ANOS PROJETANDO<br />

SOLUÇÕES PARA BIOMASSA<br />

A Industrial Dujua Máquinas e Equipamentos completa 32 anos de fundação.<br />

Neste período, a empresa já entregou várias soluções para seus clientes<br />

em todo o mundo.<br />

Com sede em Agrolândia (SC), a Dujua fornece produtos de alta qualidade<br />

e investe continuamente em inovações para manter seu padrão de<br />

mercado. Conta com uma equipe profissional, especializada na comercialização,<br />

projeto, fabricação e instalação de sistemas completos de biomassa para<br />

o mercado mundial, com maior atuação no continente americano.<br />

Sob nova direção desde 2021, a Dujua é liderada pelo diretor geral Altair<br />

Klöppel. "Seguimos firmes e conscientes em nosso propósito de projetar,<br />

fabricar e montar equipamentos da mais alta qualidade e durabilidade<br />

aos clientes. Agradecemos nossas origens, aos nossos clientes e<br />

fornecedores, colaboradores e a toda a sociedade por esses 32<br />

anos de realizações", celebra Altair.<br />

Ciente do compromisso e corresponsabilidade socioambiental,<br />

associados à prática industrial, a Dujua tem como<br />

desafio atuar concretamente na transformação e aproveitamento<br />

absoluto de resíduos sólidos nos processos<br />

aos quais desenvolve. "Estamos nos qualificando cada<br />

vez mais, para entregar os produtos com alta qualidade,<br />

zelando pela sustentabilidade ambiental e produtividade",<br />

afirma Altair.<br />

Fotos: divulgação<br />

10 www.REVISTABIOMAIS.com.br


BIOMASSA EM ALTA<br />

Dados da Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo, da Fundação<br />

Seade, indicam investimentos de R$ 5,8 bilhões em energia de biomassa, entre 2018<br />

e maio de 2022. Quase dois terços dos recursos são empreendimentos cuja fonte de<br />

biomassa são resíduos da cana-de-açúcar, como bagaço, palha, vinhaça e/ou torta de<br />

filtro (R$ 3,6 bilhões). Mais R$ 1,7 bilhão estão direcionados para resíduos sólidos urbanos<br />

depositados em aterros sanitários. Outros R$ 503 milhões relacionam-se ao uso de<br />

resíduos florestais, essencialmente cavacos de madeira. Em relação ao montante dos investimentos,<br />

R$ 3 bilhões foram destinados à geração de eletricidade e o restante para<br />

produção de biocombustíveis, sendo R$ 2 bilhões para etanol e R$ 773 milhões para<br />

biometano. Os maiores investimentos anunciados em eletricidade envolvem resíduos<br />

sólidos urbanos (Lara, em Mauá; Orizon, em Paulínia), resíduos de cana (Tereos, nas RAs<br />

de Barretos, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto; Raízen, em Guariba e Paraguaçu<br />

Paulista; Zilor, em Lençóis Paulista) e florestais (IBS, em Lençóis Paulista). Mais de 25%<br />

dos anúncios em energia de biomassa (R$ 1,5 bilhão) foram direcionados para a região<br />

metropolitana de São Paulo.<br />

Foto: divulgação<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

11


NOTAS<br />

HIDROGÊNIO VERDE<br />

DO PAÍS<br />

Polo de produção e armazenamento de hidrogênio<br />

verde está sendo desenvolvido no Complexo<br />

Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará.<br />

De acordo com o estudo World Energy Transition,<br />

feito pela Irena (Agência Internacional de Energia<br />

Renovável), o H2V (hidrogênio verde) e seus derivados<br />

vão representar 12% do uso final de energia até<br />

2050. Junto com a eletricidade, serão 63% do consumo<br />

final de energia, substituindo combustíveis com<br />

alta emissão de carbono como os fósseis. Por essa<br />

razão, o Brasil, detentor de uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, vem dando prioridade a pesquisas envolvendo<br />

o hidrogênio verde. Aposta de fundos de investimento e governos ao redor do mundo, a geração de hidrogênio verde está<br />

ganhando amplo espaço no Complexo do Pecém, no Ceará, onde está sendo implantado o primeiro hub energético do tipo no<br />

nordeste. São mil hectares disponíveis e infraestrutura adequada para receber empresas do setor interessadas em implantar<br />

uma cadeia de produção, armazenamento e transporte do hidrogênio.<br />

A ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que esteve recentemente no Complexo<br />

onde fica o Porto do Pecém, afirma que o projeto é um dos mais inovadores do segmento. Os projetos de expansão do<br />

Complexo serão incorporados ao portfólio de investimentos da ApexBrasil a fim de apresentá-lo a investidores brasileiros e<br />

estrangeiros interessados. "Existem muitas oportunidades, dentre elas, destaco os investimentos em infraestrutura de energia,<br />

gás natural e renováveis, como o projeto da planta de hidrogênio verde o qual já conta com o interesse de diversos investidores<br />

internacionais e memorandos de entendimento formalizados entre empresas interessadas e a companhia administradora<br />

do Complexo", pontua o analista de investimentos de óleo e gás da ApexBrasil, Carlos Padilla.<br />

O hidrogênio verde é obtido sem qualquer emissão de carbono, ao contrário das outras classificações como o preto, cinza<br />

ou marrom. É um subproduto da eletrólise de fontes de energia limpas e renováveis, como da água com energia de fontes<br />

renováveis, o que inclui solar e eólica, por exemplo. O H2 gerado a partir dessa reação química pode ser usado em veículos<br />

movidos a célula a combustível, ou a querosene para aeronaves com baixo impacto climático e ambiental.<br />

Foto: divulgação<br />

ENERGIA DO FUTURO<br />

Nota técnica da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) explica que o hidrogênio se tornou um objetivo estratégico de governos<br />

e empresas em todo o mundo e que deve ganhar relevância global a partir de políticas energéticas pós-pandemia para<br />

a retomada da economia e para acelerar a transição energética em diversos países. A força motriz deste crescimento é a visão<br />

de governos, especialmente em países desenvolvidos, como Alemanha e EUA (Estados Unidos da América), e de empresas de<br />

que o hidrogênio será o caminho para viabilizar a descarbonização da economia mundial, requerido para a consecução das<br />

metas do Acordo de Paris no horizonte 2050.<br />

O Complexo do Pecém pode se tornar um player global na produção de hidrogênio e derivados com preços competitivos<br />

para distribuição e exportação local. Conforme a companhia, o Hub de Hidrogênio Verde reúne a infraestrutura necessária para<br />

produção do elemento, tais como geradores eólicos on e offshore, painéis solares, linhas de transmissão de energia e espaço<br />

para armazenamento. Além disso, possui hub logístico estruturado, incluindo o Porto do Pecém, com fácil rota para EUA,<br />

Europa e Oriente Médio. Uma empresa já fechou pré-contrato e mais de dez outras empresas já assinaram memorandos de<br />

entendimento para se instalar no ambiente. "O hidrogênio é a nova tendência mundial no âmbito da energia renovável. Ainda<br />

que, por enquanto, o assunto não tenha regulamentação completamente estabelecida, há potencialidade natural para atrair<br />

projetos. Há um grande interesse internacional em projetos dessa natureza e a ApexBrasil está pronta para apoiar a implementação<br />

no Brasil. O Hub de Hidrogênio do Complexo do Pecém é um dos primeiros projetos do tipo no país e o mais avançado. É<br />

um local estratégico por causa da localização e por ser um hub logístico, também", destaca Carlos Padilla.<br />

12 www.REVISTABIOMAIS.com.br


USINA DE ENERGIA<br />

A rede de supermercados Bahniuk, da cidade de Mallet (PR), vai inaugurar em agosto<br />

a própria usina remota de energia fotovoltaica. Com investimento de R$ 7 milhões, a<br />

estrutura terá capacidade de 150 mil KW/h (quilowatts hora), o equivalente ao consumo<br />

de mil residências, e será a maior usina remota a atender supermercados no estado. A<br />

energia solar irá abastecer integralmente nove das 11 lojas do grupo na região sul do<br />

Paraná. Esse é o primeiro passo da rede de varejo que já planeja estender a operação,<br />

produzindo e vendendo energia limpa e renovável para outros consumidores.<br />

Serão abastecidos pela usina solar os mercados nas cidades de Mallet, Antônio<br />

Olinto, Inácio Martins, Paula Freitas, Paulo Frontin, União da Vitória e a loja de Palmeira,<br />

recém inaugurada. Nas outras duas lojas, de maior porte, o investimento na usina é inviável<br />

pelo alto consumo de energia elétrica. Essas duas unidades vão comprar energia no<br />

mercado livre também como forma de reduzir custos. Apesar de a energia ser consumida<br />

pelos mercados Bahniuk no sul do Estado, a energia será produzida a 500 km (quilômetros)<br />

de distância, em Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná. “A escolha pelo<br />

local foi pelo fato de o oeste ser um dos melhores pontos de irradiação solar no Paraná.<br />

Em Mallet a produção seria 15% menor do que será em Marechal Cândido Rondon”, explica<br />

Eduardo Hahn de Castro, presidente da Sion Energia. A Sion Energia, de Curitiba, é<br />

a empresa responsável pelo projeto e concepção da estrutura para o Bahniuk, administra<br />

outras 17 usinas e desenvolve mais 16 projetos em seis Estados brasileiros.<br />

Foto: divulgação<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

13


NOTAS<br />

ENERGIA SOLAR SE TORNA A<br />

TERCEIRA FONTE DE ENERGIA<br />

EM POTÊNCIA DO BRASIL<br />

A energia solar ultrapassou, em potência, a geração das termoelétricas<br />

a gás natural e biomassa e se tornou a terceira fonte de energia do Brasil, de<br />

acordo com mapeamento inédito feito pela ABSOLAR (Associação Brasileira<br />

de Energia Solar). Agora, a geração pelo sol só fica atrás apenas da potência<br />

das hidrelétricas e da fonte eólica, informou a entidade.<br />

Segundo o mapeamento, ao todo são 16,4 GW (gigawatts) de energia<br />

solar em grandes usinas e em pequenos projetos de geração própria, ante<br />

os 16,3 GW do gás natural e os 16,3 GW da biomassa. Desde 2012, a fonte<br />

solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 86,2 bilhões em novos investimentos, R$<br />

22,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 479,8 mil<br />

empregos acumulados nesses dez anos, segundo a associação.<br />

As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez<br />

vezes menores do que as termoelétricas fósseis emergenciais ou a energia<br />

elétrica importada de países vizinhos, duas das principais responsáveis pelo<br />

aumento tarifário sobre os consumidores, avalia o diretor da Absolar, Carlos<br />

Dornellas. "Com isso, também evita a emissão de 23,6 milhões de toneladas<br />

de CO2 na geração de eletricidade. A fonte ajuda a diversificar o suprimento<br />

de energia elétrica do país, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e<br />

o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população", afirmou.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

ETANOL MAIS BARATO NA BOMBA<br />

O MME (Ministério de Minas e Energia) divulgou nova expectativa de redução no preço do<br />

etanol hidratado. De acordo com a pasta, a expectativa é que, após a promulgação da PEC (Proposta<br />

de Emenda à Constituição) 15/2022, ocorra uma redução potencial média no preço do combustível<br />

que deve chegar a R$ 0,19 por litro. Promulgada em 14 de julho, a PEC reconhece o estado de<br />

emergência para ampliar o pagamento de benefícios sociais e incentivos fiscais até o fim do ano, em<br />

especial para produtores e distribuidores de etanol hidratado. Entre outros pontos, a emenda altera<br />

a constituição para determinar a manutenção de um regime fiscal favorecido para os biocombustíveis<br />

destinados ao consumo final. “Com a medida, fica preservado o diferencial de alíquota tributária<br />

do preço ao consumidor do etanol hidratado em relação ao da gasolina comercializada, resultando<br />

no aumento da competitividade do biocombustível”, explica o ministério. A pasta disse ainda que<br />

a estimativa não considera a possibilidade de redução do preço do biocombustível aos Estados<br />

que outorgarem créditos tributários do Imposto sobre ICMS (Circulação de Mercadorias e Serviços).<br />

A emenda constitucional também autorizou a União a realizar um repasse de até R$ 3,8 bilhões,<br />

por meio de créditos tributários, para os Estados que reduzirem a carga tributária do etanol para<br />

produtores e distribuidores do produto. Na avaliação do MME, se a medida for aplicada poderá levar<br />

o preço médio do litro de etanol hidratado a até R$ 4,04.<br />

16 www.REVISTABIOMAIS.com.br


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

SAFRA DE<br />

CANA-DE-AÇÚCAR<br />

De acordo com levantamento da Hedge Point Global Markets, a safra de cana-de-açúcar no centro-sul do<br />

Brasil ainda está longe de ter uma recuperação. A produção deve continuar em 540 milhões de toneladas ou até<br />

mesmo registrar queda.<br />

Consequentemente, o cenário traz impactos para o açúcar e para o etanol. A avaliação foi feita por Lívea Coda,<br />

analista Hedge Point Global Markets. O novo relatório divulgado pela Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar<br />

e Bioenergia), indicando que o setor está longe da recuperação estimada anteriormente, pode ser explicado<br />

por alguns fatores. "Essa mudança se refletiu principalmente no etanol, pois seu estoque não estava tão pressionado<br />

quanto o do açúcar e, também, pela paridade continuar favorável ao adoçante. Não só isso, mas menos<br />

produto torna whashouts mais difíceis. Nesse sentido, elevamos nosso mix de açúcar para 42,7%”, complementa a<br />

especialista em açúcar e etanol.<br />

Com a elevação do mix, a produção de açúcar sofreu pequena redução. Como resultado, o balanço global (de<br />

outubro de 2021 a setembro de 2022) e os fluxos comerciais caminharam de lado, conforme aponta o relatório<br />

da Hedge Point Global Markets. “No entanto, para a safra 2022-2023, quando já consideramos a safra brasileira<br />

23/24, o mercado pode ficar mais apertado à medida que nos tornamos mais pessimistas quanto à recuperação<br />

da cana-de-açúcar”, projeta Lívea Coda.<br />

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ENTREVISTA<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

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ELIAS<br />

Cargo: Sócio da empresa<br />

Enebra Energia<br />

Formação: Graduado em direito, com<br />

pós-graduação em direito empresarial<br />

pela FGV, direito sanitário pela Fiocruz.<br />

Mestre em direito<br />

ENERGIA<br />

VERDE E RENOVÁVEL<br />

C<br />

om sede em Anápolis (GO), o grupo Enebra atua no fornecimento de biomassa de<br />

eucalipto e supressão nativa em todas as suas formas, trazendo uma fonte de energia<br />

sustentável e renovável às indústrias em comparação às outras formas de combustível.<br />

Entre os serviços oferecidos estão o transporte de máquinas pesadas, a terceirização<br />

full service na produção de cavaco, e a locação de máquinas. Sócio da empresa e especialista<br />

em Direito Empresarial, Guilherme Elias falou com exclusividade à REFERÊNCIA BIOMAIS sobre o<br />

mercado brasileiro de biomassa, as expectativas e planos de expansão para 2023:<br />

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ENTREVISTA<br />

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Com mais de meio século de experiência a VETORIAL é<br />

conhecida nacionalmente e internacionalmente pela sua<br />

excelência e atuação no setor de siderurgia, energia e<br />

mineração gerando emprego e renda onde atua.<br />

Nossa missão é produzir ferro-gusa,<br />

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VETORIAL RETOMA CRESCIMENTO DEPOIS DE<br />

LONGA CRISE DO SETOR MINERO-SIDERÚRGICO<br />

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SUSTENTÁVEL NA PRODUÇÃO DE BIORREDUTOR,<br />

FERRO-GUSA E MINÉRIO DE FERRO DE ALTO TEOR<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

25


PRINCIPAL<br />

C<br />

om ampla experiência no mercado e operações<br />

concentradas no Mato Grosso do Sul, a Vetorial<br />

iniciou suas operações no setor de siderurgia e<br />

mineração há 53 anos. Hoje, atua no setor siderúrgico<br />

através da produção verticalizada do ferro, em uma cadeia<br />

produtiva longa e sustentável que se inicia na aquisição<br />

de florestas, passando pela produção de biorredutor, minério<br />

de ferro, ferro-gusa e logística integrada em diversos modais.<br />

Mesmo diante das incertezas durante a pandemia e do<br />

ambiente de negócios adverso, a Vetorial registrou resultados<br />

positivos e consistentes em seus indicadores operacionais e financeiros,<br />

através da combinação de ações como redução de<br />

custo, apoio aos clientes e fornecedores, zelo e gestão consciente<br />

de fluxo de caixa, otimização de processos e aumento<br />

de produtividade.<br />

EMPRESAS DO GRUPO<br />

Ao todo, de ponta a ponta da cadeia produtiva, a Vetorial<br />

tem três grandes negócios: o ferro-gusa, que é o carro-chefe; a<br />

extração e venda de minério de ferro; e a produção de carvão.<br />

As três empresas: Vetria Mineração, Vetorial Siderurgia e a Vetorial<br />

Energética, sem exceção, têm recebido grandes investimentos,<br />

tanto para modernização do parque industrial, quanto<br />

para a implantação de novas tecnologias, de forma a garantir<br />

um futuro sustentável e perene.<br />

A Vetorial é composta por empresas que se somam em um<br />

negócio verticalizado, sustentável e robusto. Com foco na produção<br />

de biorredutor, a Vetorial Energética possui capacidade<br />

de produção atual de 45 mil m3 (metros cúbicos), com expectativa<br />

de ampliação em sua capacidade produtiva para 75 mil<br />

m3 até o final de 2023. Conta atualmente com 5 operações em<br />

diversas regiões no Estado do Mato Grosso do Sul.<br />

Suas operações consomem 100% de florestas plantadas<br />

sustentáveis. Toda a operação é mecanizada, desde a colheita,<br />

até a entrega do carvão vegetal nas usinas da Vetorial Siderurgia.<br />

Responsável pela produção do ferro-gusa, tem capacidade<br />

de produção atual de 670 mil toneladas anuais e conta com<br />

quatro altos-fornos, dois na cidade de Corumbá e dois no município<br />

de Ribas do Rio Pardo.<br />

As unidades produtivas da Vetorial contam com equipamentos<br />

modernos, com principais destaques para a tecnologia<br />

na geração própria de energia elétrica nas duas usinas (UTE) a<br />

partir de fonte renovável e limpa, fábrica de oxigênio (FOX) e<br />

injeção de finos de biorredutor (PCI).<br />

A Vetorial possui duas unidades operacionais de produção<br />

de minério de ferro de alto teor, ambas em Corumbá, com<br />

capacidade instalada anual de 4 milhões de toneladas. Parte<br />

desta produção é destinada ao consumo interno da Vetorial Siderurgia<br />

e parte é comercializada no Brasil e no exterior.<br />

Para a empresa, o maior diferencial competitivo no mercado<br />

nacional e internacional é ter minério de ferro próprio de<br />

excelente qualidade e com alto teor de ferro, pois torna o negócio,<br />

sobre tudo economicamente, viável e independente de<br />

grandes corporações, garantindo o insumo no presente e no<br />

futuro.<br />

Buscar por alta performance em seus negócios é a marca<br />

da Vetorial. “A empresa vem sistematicamente investindo na<br />

capacitação da equipe, na melhoria de seus processos e ins-<br />

26<br />

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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

29


INOVAÇÃO<br />

INOVAÇÃO EM<br />

BIOMASSA<br />

PICADORES DE MADEIRA ESTIMULAM O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA<br />

DE BIOMASSA NO MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

A<br />

s mudanças climáticas e a constante<br />

preocupação de governos e corporações<br />

pelo mundo estão levando a um maior<br />

estímulo de fontes renováveis de energia,<br />

como a biomassa. Referência nesse segmento, com<br />

produção voltada ao mercado nacional e internacional,<br />

a Vantec Indústria de Máquinas oferece máquinas<br />

para automação industrial, com linha de Picadores<br />

Florestais e Elétricos desenvolvidos para a melhoria<br />

contínua e aumento nos ganhos produtivos.<br />

São equipamentos como empilhadeiras, laminação,<br />

biomassa, equipamentos para reciclagem e serraria,<br />

todos produzidos em Xanxerê, no Oeste de Santa<br />

Catarina. Com 59 anos de experiência, a Vantec utiliza<br />

tecnologia de ponta para a fabricação de máquinas e<br />

equipamentos para processamento de madeira. “Os<br />

picadores estão espalhados por todo território brasileiro,<br />

América Latina e África. São várias as aplicações,<br />

desde o aproveitamento de costaneiras, lâminas e<br />

restos de podas urbanas a florestas plantadas, como<br />

pinus e eucalipto, até o aproveitamento de biomassa<br />

do pé de caju, seringueiras e pomares de laranjeira. E<br />

também na supressão e manejo de florestas nativas”,<br />

explica Fábio José Grainer, gerente comercial da linha<br />

de Biomassa e Reciclagem, da Vantec.<br />

Segundo o gerente comercial, a Vantec atende<br />

diversos clientes e segmentos que necessitam de<br />

energia térmica, do pequeno ao grande produtor de<br />

biomassa, de quem já utiliza a biomassa até os que<br />

estão migrando para essa fonte de energia.<br />

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CASES E EXPECTATIVAS<br />

“Temos dois cases recentes de sucesso, em que<br />

a linha Brutus 1020 atendeu os projetos dos nossos<br />

clientes com toda a segurança proposta pela Vantec e,<br />

principalmente, produzindo grande quantidade de cavaco<br />

com baixo custo de manutenção e consumo de<br />

diesel. O primeiro case foi na erradicação de pomares<br />

de laranja, com nosso amigo e cliente da HBJ, Brancalhão,<br />

no Estado de São Paulo. O segundo na supressão<br />

de madeira nativa com nosso amigo e cliente da 2D<br />

Madeiras do Brasil, no Mato Grosso”, cita Fábio.<br />

A Vantec está bastante otimista com o crescimento<br />

do mercado, duplicando a estrutura para a fabricação<br />

dos modelos da Linha Brutus e as operações de campo<br />

de vendas e assistência técnica. “Nossa equipe não<br />

se dedica apenas a fabricar equipamentos para produzir<br />

cavaco de alta qualidade: nossa maior motivação<br />

é a melhoria da produtividade das safras e indústrias,<br />

trazendo mais qualidade aos bens, produtos e serviços<br />

para os nossos clientes.”<br />

atendendo todos os tamanhos e necessidades de<br />

nossos clientes. Categoria elétrica com potências de<br />

75 cv (cavalos de força) a 700 cv. Categoria diesel 330<br />

cv, 400 cv, 500 cv e 605 cv. Linha elétrica 500 e 600 R6<br />

chegando à linha R8 nos modelos 500, 600 e 750. Linha<br />

Florestal Compact 600, Florestal 750 R8, Rodoflorestal<br />

750 R8. E completando com a nova geração de<br />

picadores, a linha Brutus 1020. Equipamentos da linha<br />

de Alta Performance Vantec, que são montados em<br />

chassi florestal, rodoviário e autopropelido”, destaca o<br />

gerente comercial.<br />

MODELOS E INDICAÇÕES<br />

A Vantec dispõe de uma linha completa de equipamentos<br />

para produção de biomassa. “Comercializamos<br />

equipamentos com várias faixas de potências,<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

31


32 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Para afiar facas:<br />

você tem a opção<br />

de parar no<br />

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SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


PELO MUNDO<br />

CHINA PROMETE SEGUIR<br />

COM A TRANSIÇÃO PARA<br />

ENERGIA<br />

LIMPA<br />

34 www.REVISTABIOMAIS.com.br


MAIOR EMISSORA DE GASES<br />

ESTUFA DO MUNDO, NAÇÃO<br />

ESTÁ PRONTA PARA EXPANDIR<br />

ATÉ 2030 SUA FATIA DE<br />

ENERGIA RENOVÁVEL<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

35


PELO MUNDO<br />

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TECNOLOGIA,<br />

EFICIÊNCIA E<br />

CONFIABILIDADE


BIOMASSA<br />

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HAAS MADEIRAS INVESTE EM<br />

ECONOMIA CIRCULAR COM<br />

FÁBRICA DE PELLETS<br />

COM 49 ANOS NO MERCADO,<br />

EMPRESA GAÚCHA ESPECIALIZADA EM<br />

TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO FOI A<br />

PRIMEIRA DISTRIBUIDORA CERTIFICADA<br />

COM O ENPLUS NA AMÉRICA LATINA<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO/ HAAS MADEIRAS<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

39


BIOMASSA<br />

D<br />

o centro gaúcho para a América Latina.<br />

Especializada em grandes demandas do<br />

transporte ao armazenamento, com venda<br />

de paletes de madeira para o mercado nacional<br />

e de exportação, a Haas Madeiras vem investindo,<br />

nos últimos 7 anos, na geração de energia a partir<br />

da biomassa originada em sua produção industrial.<br />

No caso, os pellets, fonte de calor universal que une<br />

economia, sustentabilidade e automatização. “A Haas<br />

foi uma das primeiras serrarias a comercializar biomassa<br />

no país. Fundada em 1973, a empresa convive<br />

desde seus primórdios com montanhas de serragem,<br />

cavaco e entulho, que não eram vistos como potencial<br />

energético. Então a biomassa está presente em nossas<br />

vidas há muitas décadas, mas os estudos sobre pellets<br />

começaram há 7 anos, com comercialização nos<br />

últimos 3 anos. Nossa motivação é colaborar com mais<br />

uma energia limpa e gerar valor de um subproduto<br />

que é inerente ao nosso processo produtivo”, explica o<br />

diretor Junior Haas.<br />

De acordo com o diretor, o retorno do mercado<br />

tem sido incentivador, principalmente pelo aspecto<br />

de economia circular, com o recolhimento dos<br />

paletes usados dos clientes da Haas, que é sediada em<br />

Venâncio Aires, na região central do Rio Grande do Sul.<br />

“No mercado de calor brasileiro, que inclui pellets e<br />

biomassa, a decisão ainda é bastante financeira, mas<br />

gradualmente essa mentalidade já está mudando,<br />

a partir da redução das emissões de carbono e das<br />

vantagens que essas iniciativas podem trazer aos<br />

negócios, com o movimento de ESG (ações sociais,<br />

de sustentabilidade e governança). Somos a primeira<br />

trader certificada ENplus da América Latina, única<br />

distribuidora até o momento.”<br />

FÁBRICA DE PELLETS<br />

No segundo semestre de 2022, deve ser concluída<br />

e entrar em operação a fábrica própria de pellet. A<br />

nova e moderna unidade fabril de 50 mil m2 (metros<br />

quadrados) de área que está sendo construída em<br />

Linha Brasil, Venâncio Aires. A estrutura terá capacidade<br />

para produzir 2,5 mil toneladas por mês e também<br />

abrigará o depósito de pellets.<br />

A partir do início da produção própria, a empresa<br />

vai gerar autovalor a partir dos produtos que consome<br />

da floresta, segundo Junior Haas. “Todos os insumos<br />

40 www.REVISTABIOMAIS.com.br


BIOMASSA<br />

42 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Qualidade e segurança<br />

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COLUNA<br />

INDIGNAÇÃO<br />

CIDADÃ<br />

Foto: divulgação<br />

Waldemar Vieira Lopes<br />

Consultor florestal e diretor da<br />

LSS-Lopes Serviços e Soluções<br />

Contato: waldemarvieiralopes@terra.com.br<br />

A CONSCIÊNCIA QUANTO À INDIGNAÇÃO CIDADÃ<br />

PODE SER VISTA INICIALMENTE A PARTIR DE UMA<br />

CITAÇÃO DE PLATÃO QUANDO DIZ: “O CASTIGO<br />

DOS BONS QUE NÃO FAZEM POLÍTICA É SEREM<br />

GOVERNADOS PELOS MAUS”<br />

O<br />

s Verdadeiros Brasileiros têm que estar mais<br />

atentos do que nunca às armadilhas preparadas<br />

pela esquerda extremista e maniqueísta, ávida<br />

por trazer o ex-presidiário novamente à cena do<br />

crime e, é chegada a hora de posicionamento, a hora de decidirmos<br />

quem queremos para governar o futuro de nosso<br />

Brasil e o futuro de nossos filhos e netos.<br />

Vejam o exemplo da França, que agora se revolta com<br />

a eleição de Macron e nada poderá fazer pelos próximos 4<br />

anos. Entretanto mais de 16 milhões de franceses não compareceram<br />

às urnas ou anularam seus votos, deixando claro<br />

de que quando se terceiriza a escolha, perde-se o direito de<br />

reclamar sobre qualquer resultado que seja.<br />

Devemos ter cuidado com discursos de “Deuses do<br />

Olimpo”, cultuadores do Álter Ego e vendo a si próprio como<br />

detentores de toda a sabedoria do mundo, cegos e surdos<br />

ao fato de que o comunismo matou mais gente que todas<br />

as guerras juntas e, grande parte usando para sua batalha<br />

diária nossas entidades de ensino, cargos públicos, meio<br />

político e grande parte da mídia, com finalidade precípua e<br />

objetivo maior de deseducar nossos filhos, incutindo-lhes<br />

raízes comunistas para que se vejam deslocados ao viverem<br />

em uma família de classe média, visando convencê-los<br />

de que prosperidade só ocorre à custa de trabalho escravizante<br />

ou meios espúrios, posto que acumular riquezas,<br />

além de politicamente incorreto é por certo pecaminoso,<br />

daí a estratégia de se incrementar votos nessa faixa etária,<br />

contando que encontrarão nesse universo mentes mais<br />

reativas e menos analíticas e, havendo desatenção de pais<br />

que não discutem política em suas casas, tornam-se um alvo<br />

facilmente cooptável para suas fileiras.<br />

Nesses tempos cinzentos nos tornamos reféns de uma<br />

Ciência Ideológica que jamais poderá ser chamada de<br />

ciência, carregada com bateria emocional e contraditória,<br />

necessitando de políticos e politização para se manter viva e<br />

acusatória, responsável pela estagnação econômica no período<br />

de pandemia e divisão por nichos pró e contra vacinas,<br />

não permitindo raciocínio próprio à população como um<br />

todo, empobrecendo o país pelo fechamento de inúmeros<br />

postos de trabalho e buscando a visão de um Estado salvador<br />

e caçador de votos.<br />

Liberdade, coerência, decisão própria e não tutela do<br />

Estado, esse é o oxigênio indispensável para sobrevivermos<br />

nesse ambiente hostil criado por defensores da ditatura do<br />

proletariado, capitaneada por inúmeros partidos que se<br />

uniram para que a qualquer custo consigam a retomada de<br />

poder, trazendo como alternativa para as próximas eleições,<br />

o ex-presidiário que surrupiou a dignidade do povo<br />

brasileiro, roubou seu futuro e quebrou inúmeras empresas<br />

do Estado para investir em economias amigas e socialistas,<br />

no seu próprio bolso e nos bolsos de seus maquiavélicos<br />

amigos. Acorde Brasil, não tivessem havido um sem número<br />

de crimes, não teria retornado tanto dinheiro para cofres<br />

públicos por parte de dirigentes sindicais, caixas partidários<br />

e amigos meliantes do governo petista.<br />

Somos reféns de uma justiça política que tenta a todo<br />

tempo nos calar e colocar viseiras, mancomunada com<br />

Câmaras de Deputados e Senado com rabo preso e que de<br />

há muito não nos representam e caberá na eleição que se<br />

avizinha elegermos Presidente, Governadores, Deputados<br />

Federais, Deputados Estaduais que tenham vínculo com<br />

moral, ética e valores familiares.<br />

44 www.REVISTABIOMAIS.com.br


Vivemos uma época de culto à anormalidade com criação<br />

de situações controversas; vendidas pelos “Deuses do<br />

Olimpo” e intelectuais de plantão; como meias verdades ou<br />

quem sabe meias mentiras:<br />

Direito à desonra;<br />

Fofoca – através de meios de comunicação e culturais;<br />

Proliferação do medo;<br />

Hegemonização dos objetivos;<br />

Fusão entre a classe revolucionária e a classe política;<br />

Sucessão de governos análogos e corporativistas, vendidos<br />

como se opositores fossem;<br />

Iguais se colocando em campos opostos, mas lutando<br />

pelo mesmo objetivo de doutrinação do povo e sua catequização<br />

ideológica;<br />

Alianças espúrias entre as mais diversas vertentes políticas<br />

brasileiras com interesse de novamente lotearem o país.<br />

Fiódor Dostoiévski, pode nos fazer refletir sobre ideais que a<br />

todo custo tentam nos empurrar goela abaixo:<br />

“Nosso grupo não consiste apenas naqueles que cometem<br />

assassinatos e incêndios criminosos, gente assim só<br />

atrapalha, eu não suporto essa falta de disciplina, ora somos<br />

vigaristas e não socialistas, ouça, seremos apoiados por<br />

todos eles”;<br />

“O professor que ri de Deus às crianças já em seu berço,<br />

ele está conosco”;<br />

“O advogado que defende o assassino, rico e convicto, já<br />

é dos nossos”;<br />

“Os colegiais que matam o mujique¹ para experimentar a<br />

sensação são dos nossos”;<br />

“Os jurados que absolvem criminosos a torto e direito,<br />

são dos nossos”;<br />

“O promotor que treme no tribunal por não ser suficientemente<br />

liberal, é dos nossos”;<br />

“Há administradores, escritores, um assombroso número<br />

dos nossos e eles nem sabem disso ainda”;<br />

“Hoje em dia ninguém tem idéias próprias, o Deus russo<br />

foi derrotado pela vodca barata, as camponesas estão bêbadas,<br />

as mães estão bêbadas e as igrejas estão vazias, apenas<br />

espere essa geração crescer, apenas espere que cresçam,<br />

uma ou duas gerações e o crime deixará de ser uma loucura,<br />

mas o bom senso justamente o bom senso da Rússia o transformará<br />

em dever”. Trechos retirados de Os Demônios - Dostoiévicz<br />

1872<br />

¹ camponês pobre<br />

Despertem, se indignem! Já nos dividiram por demais,<br />

o silêncio e o comodismo deixam efeitos colaterais de difícil<br />

reversibilidade, decisão não se terceiriza e é o tijolo para<br />

construção do Brasil que queremos, mais solidário, menos<br />

burocrático, com liberdade plena de opinião e qualidade de<br />

vida compatível com as riquezas e potencial que detemos.<br />

Foto: divulgação<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

45


CLIMA<br />

MEIO<br />

AMBIENTE<br />

EUA APROVAM PACOTE<br />

CLIMÁTICO HISTÓRICO<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

47


CLIMA<br />

O<br />

Senado dos EUA (Estados Unidos da América)<br />

aprovou o projeto para combater<br />

o aquecimento global, por meio da Lei<br />

de Redução da Inflação. A lei inclui um<br />

pacote ambiental de US$ 370 bilhões que incentiva a<br />

adoção de energias renováveis. A iniciativa é o mais<br />

ambicioso investimento da história dos EUA.<br />

Considerado controverso no Senado, o projeto de<br />

lei proposto pelo presidente Joe Biden exigiu acordos<br />

com representantes das indústrias de combustíveis<br />

fósseis. Depois de 27h (horas) de debates, a votação<br />

terminou empatada. Todos os 50 senadores republicanos<br />

votaram contra, enquanto os 48 democratas e<br />

mais dois membros independentes foram favoráveis.<br />

A aprovação só veio com o voto de minerva de<br />

Kamala Harris, presidente do Senado e vice-presidente<br />

dos EUA. A proposta também irá passar pela Câmara<br />

dos Deputados.<br />

O objetivo do pacote climático é criar maior oferta<br />

de energia renovável para frear a inflação, que vem<br />

sendo impulsionada pela subida dos preços dos combustíveis<br />

fósseis com a invasão russa na Ucrânia.<br />

Iniciativa é o<br />

investimento mais<br />

ambicioso da história<br />

dos EUA (Estados<br />

Unidos da América)<br />

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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

49


PRÊMIO<br />

FOTOS EMANOEL CALDEIRA<br />

MAIOR PREMIAÇÃO DO SETOR FLORESTAL<br />

CELEBRA AS EMPRESAS QUE MAIS SE<br />

DESTACARAM DURANTE O ANO<br />

50 www.REVISTABIOMAIS.com.br


REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

51


PRÊMIO<br />

O<br />

Prêmio REFERÊNCIA, maior premiação do<br />

setor de base florestal do Brasil, que é organizado<br />

pela REVISTA REFERÊNCIA, já tem sua<br />

data marcada. Será realizado no dia 29 de<br />

novembro, à partir das 19h (horas), no restaurante Porta<br />

Romana, em Curitiba (PR). A Cerimônia deste ano é muito<br />

especial, pois além de ser a vigésima edição do Prêmio,<br />

serão também vinte premiados, o dobro em relação aos<br />

outros anos, fazendo menção ao período de realização<br />

do evento.<br />

O Prêmio REFERÊNCIA, foi idealizado por Fabio<br />

Machado e Pedro Bartoski Jr., sócios fundadores da JOTA<br />

Editora, responsável pela publicação das Revistas REFE-<br />

RÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL, BIOMAIS,<br />

CELULOSE&PAPEL e PRODUTOS DE MADEIRA. O objetivo<br />

do Prêmio é valorizar e celebrar, juntamente com os<br />

representantes do setor, as conquistas do ano vigente. Os<br />

vencedores são escolhidos através de análise detalhada<br />

"Desde a seleção dos<br />

premiados, o trabalho<br />

interno de produção,<br />

seleção do local do evento,<br />

temos todo o time com<br />

total dedicação para fazer<br />

do Prêmio REFERÊNCIA<br />

2022 uma noite<br />

memorável"<br />

Fábio Machado,<br />

diretor comercial da JOTA Editora<br />

Os sócios fundadores da JOTA Editora, Pedro Bartoski<br />

Jr., Fabio Machado e a jornalista Mira Graçano, na<br />

apresentação do Prêmio REFERÊNCIA do ano passado<br />

<strong>52</strong> www.REVISTABIOMAIS.com.br


53


54<br />

PRÊMIO


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ARTIGO<br />

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS COMO<br />

FONTE DE ENERGIA RENOVÁVEL NO BRASIL:<br />

PANORAMA ATUAL<br />

E PERSPECTIVAS<br />

FUTURAS<br />

FOTOS DIVULGAÇÃO<br />

56 www.REVISTABIOMAIS.com.br


KAREN DE SOUZA DO PRADO<br />

CHRISTIAN CUELLO BARRIOS<br />

ANDERSON PIRES FERNANDES<br />

JANE MARIA FAULSTICH DE PAIVA<br />

Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Engenharia de Produção, Campus de Sorocaba (SP)<br />

Universidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais, Campus de Sorocaba (SP)<br />

Universidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Campus de Sorocaba (SP)<br />

DE PAIVA, Jane Maria Faulstich. Resíduos Sólidos Urbanos como Fonte de Energia Renovável<br />

no Brasil: Panorama Atual e Perspectivas Futuras. Revista Virtual de Química, v. 14, n. 1, 2022.<br />

REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />

57


ARTIGO<br />

RESUMO<br />

C<br />

om o aumento da população brasileira<br />

e da demanda por energia nas grandes<br />

cidades, o uso de RSU (Resíduos Sólidos<br />

Urbanos) como fonte renovável de<br />

energia surge como uma alternativa promissora. No<br />

entanto, ainda existe grande desinteresse no seu uso<br />

devido à falta de informações compiladas sobre suas<br />

potencialidades. Por isso, este trabalho tem como<br />

objetivos apresentar o panorama atual da recuperação<br />

energética dos RSU no Brasil e fazer uma análise dos<br />

trabalhos publicados na área nos últimos cinco anos,<br />

visando compreender quais são suas perspectivas<br />

futuras e estimular seu uso no país. Por meio de um<br />

levantamento bibliográfico atualizado, observou-se<br />

que pelo menos 65% dos RSU possuem potencial para<br />

reaproveitamento energético, na forma de resíduos<br />

úmidos incluindo biomassa (51,7%) e de resíduos<br />

poliméricos (13,5%). Os estudos analisados revelaram<br />

grande preocupação com a gestão dos RSU, principalmente<br />

na região sudeste do país, e que o reaproveitamento<br />

energético dos RSU por meio das técnicas<br />

de incineração, biodigestão e gaseificação apresenta<br />

grande potencial econômico e ambiental. Apesar da<br />

quantidade significativa de RSU disponível, maior<br />

atenção deve ser dada a esta fonte de energia renovável<br />

para que ela possa ter participação representativa<br />

na matriz energética brasileira.<br />

Palavras chave: Resíduos sólidos urbanos, biomassa,<br />

resíduos poliméricos.<br />

1. INTRODUÇÃO<br />

Com o aumento da população brasileira, que<br />

supera 212 milhões de habitantes, é também crescente<br />

a demanda por energia, principalmente nas<br />

grandes cidades. De acordo com dados da Empresa de<br />

Pesquisa Energética, enquanto o consumo de energia<br />

elétrica em 2018 foi de aproximadamente 424 TW/h<br />

(terawatts por hora), é estimado que o consumo total<br />

de eletricidade no Brasil aumente em 75% até 2026,<br />

podendo chegar a 744 TW/h. Neste contexto, torna-se<br />

necessário o estímulo ao uso de fontes de energia<br />

renováveis, que possam suprir a demanda energética<br />

do país com o menor impacto ambiental possível.<br />

Enquanto fontes renováveis como solar, eólica,<br />

geotérmica, hidráulica e biomassa correspondem a<br />

apenas 14% da matriz energética mundial, as fontes<br />

renováveis são responsáveis por suprir 42,9% da energia<br />

usada no Brasil. A participação três vezes maior de<br />

fontes renováveis na matriz energética brasileira quando<br />

comparada à mundial deve-se, principalmente, à<br />

grande disponibilidade de biomassa, notadamente<br />

derivados da cana, lenha e carvão vegetal.<br />

Outra fonte de energia renovável com grande potencial<br />

de uso no Brasil são os RSUs. Em 2018, a média<br />

de geração de RSU por habitante no Brasil foi de 380<br />

kg, totalizando 79 milhões de toneladas de resíduos<br />

gerados. Deste total, 92% foram coletados e 59,5%<br />

destes foram destinados a aterros sanitários (equivalente<br />

a 47 milhões de toneladas), enquanto mais 29<br />

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ARTIGO<br />

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ARTIGO<br />

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AGENDA<br />

AGOSTO 2022<br />

FENASUCRO & AGROCANA<br />

Data: 16 a 19<br />

Local: Sertãozinho (SP)<br />

Informações: https://www.fenasucro.com.br/pt-br.html<br />

DESTAQUE<br />

XIII CONGRESSO BRASILEIRO DE<br />

PLANEJAMENTO ENERGÉTICO<br />

Data: 24 a 26<br />

Local: Formato híbrido<br />

Informações: www.xiiicbpe.com.br/<br />

SETEMBRO 2022<br />

ENERGY SOLUTIONS SHOW<br />

Data: 27 a 29<br />

Local: São Paulo (SP)<br />

Informações: www.energysolutionsshow.com.br/<br />

pt/home.html<br />

CIBIO – VI CONGRESSO INTERNACIONAL<br />

DE BIOMASSA<br />

Data: 26 a 27<br />

Local: Curitiba (PR) - edição híbrida, remota e presencial<br />

Informações: https://www.congressobiomassa.com/site/<br />

evento/<br />

OUTUBRO 2022<br />

BRAZIL WINDPOWER<br />

Data: 18 a 20<br />

Local: São Paulo (SP)<br />

Informações: https://www.brazilwindpower.com.br/<br />

pt/home.html<br />

ENERGY SOLUTIONS SHOW<br />

Data: 27 a 29<br />

Local: São Paulo (SP)<br />

Informações: www.energysolutions<br />

show.com.br/pt/home.html<br />

O Energy Solutions Show é uma das plataformas<br />

de negócios mais completas do setor elétrico brasileiro,<br />

conectando a cadeia produtiva às mais variadas<br />

fontes de geração de energia presentes na matriz<br />

elétrica brasileira, seja na geração centralizada ou<br />

distribuída com o consumidor comercial e industrial<br />

de médio e grande porte. Entre os dias 27 e 29 de<br />

setembro, o evento oferece oportunidades para seus<br />

participantes extraírem conteúdos do congresso,<br />

além de workshops e networking. Para as empresas, a<br />

principal plataforma de negócios no setor disponibiliza<br />

múltiplas conexões. O Energy Solutions Show será<br />

organizado de forma presencial seguindo o protocolo<br />

de saúde e segurança AllSecure da Informa. A<br />

Informa desenvolveu um conjunto de processos e<br />

medidas de saúde e segurança para seus eventos,<br />

com tranquilidade e confiança aos participantes em<br />

um ambiente seguro e controlado.<br />

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OPINIÃO<br />

Foto: divulgação<br />

O<br />

milho, o cereal mais plantado no planeta, dá o<br />

que falar, aqui e no mundo. Sua cotação na Bolsa<br />

de Chicago segue com sucessivas altas, junto com<br />

a valorização do trigo, da soja e até do petróleo.<br />

Com diversos usos, o milho é matéria-prima da alimentação<br />

animal à indústria de alta tecnologia. Mais de 70% dos grãos<br />

são destinados a rações para suínos, aves, gado leiteiro e até à<br />

piscicultura. E é também matéria-prima para biocombustíveis.<br />

O milho serve para abastecer os automóveis, graças à produção<br />

de etanol combustível. Essa novidade do carro movido a<br />

milho cresce no Brasil e também ajuda a aumentar a produção<br />

de carne, a diversificar a agropecuária e a ampliar o desenvolvimento<br />

regional.<br />

O aumento mundial e generalizado dos preços dos combustíveis<br />

suscitou um interesse renovado pela alternativa dos<br />

biocombustíveis. Países como Índia, China, Indonésia, França<br />

e EUA (Estados Unidos da América) ampliam o uso do etanol<br />

e do biodiesel. E desenham novos programas nacionais de<br />

produção e utilização dos biocombustíveis. No Brasil, o etanol<br />

e o biodiesel já são programas consolidados e de sucesso. O<br />

biodiesel é produzido essencialmente com óleo de soja e sebo<br />

de boi. E o etanol, a partir da cana-de-açúcar.<br />

Desde a década de 1920, o álcool já era testado como combustível<br />

automobilístico. O grande salto ocorreu na década<br />

de 1970, quando havia também uma crise internacional de<br />

petróleo. O Brasil criou o Programa Nacional do Álcool, ou Proálcool,<br />

em 14 de novembro de 1975, pelo Decreto n° 76.593,<br />

com o objetivo de estimular a produção do álcool, atender<br />

às necessidades do mercado interno e externo e a política de<br />

combustíveis automotivos. O Proálcool abrangeu a produção<br />

agrícola, as destilarias, os motores, a frota automobilística, as<br />

refinarias e a distribuição.<br />

A primeira usina para produzir etanol a partir de milho foi<br />

instalada em Mato Grosso em 2012. Dez anos depois, 17 usinas<br />

de etanol de milho estão em operação: dez em Mato Grosso,<br />

cinco em Goiás, uma no Paraná e outra em São Paulo. Desse<br />

total de unidades em operação, dez são flex (tanto processam<br />

cana-de-açúcar como milho para produzir etanol) e sete são<br />

MILHO, À MESA<br />

E NO TANQUE DE<br />

COMBUSTÍVEL<br />

full (processam apenas milho).<br />

A produção de etanol a partir do milho traz diversas vantagens.<br />

Com 1 tonelada de milho é possível produzir mais de<br />

400 litros de etanol. Na cana-de-açúcar, são cerca de 85 litros<br />

por tonelada. As usinas de cana-de-açúcar só operam em parte<br />

do ano, a maioria entre maio e setembro. Quando a colheita<br />

da cana-de-açúcar acontece, a matéria-prima precisa ser logo<br />

transportada e processada na usina. Não há hipótese de armazenar<br />

cana-de-açúcar. Isso não ocorre com o milho.<br />

Segundo estimativas da UNEM (União Nacional do Etanol<br />

de Milho), a produção de etanol de milho deverá superar 4<br />

bilhões de litros nesta safra. Nos próximos 10 anos, o país<br />

deverá ter mais nove unidades flex e 24 full. Com os projetos<br />

de construção de novas usinas de etanol é possível atingir<br />

10 bilhões de litros por safra em 2030, um processamento da<br />

ordem de 22 milhões de toneladas de milho.<br />

Outro fator favorável à sustentabilidade do etanol de<br />

milho é sua incorporação ao Programa RenovaBio. Ele busca<br />

expandir a produção de biocombustíveis, fundamentada na<br />

previsibilidade e na sustentabilidade ambiental, econômica<br />

e social. É mais um incentivo à descarbonização da economia<br />

por meio do uso de biocombustíveis. O milho colabora na<br />

redução das emissões de gases de efeito estufa e o de segunda<br />

safra, dita safrinha, ainda ajuda a acumular carbono nos solos e<br />

a limitar a degradação das terras com sua cobertura vegetal no<br />

outono e no inverno.<br />

O crescimento da produção do etanol de milho e dos<br />

coprodutos derivados é mais um caso de sucesso no agronegócio<br />

nacional. Isso produz novas oportunidades na economia,<br />

na geração e no crescimento da renda no campo e no<br />

crescimento mais sustentável em várias regiões do Brasil.<br />

Haverá cada vez mais etanol de milho no mercado. Seu carro<br />

será movido, também, por etanol de milho, além do da cana-<br />

-de-açúcar. O milho, além de nos alimentar, agora nos move e<br />

dá o que falar.<br />

Por Evaristo de Miranda<br />

Pesquisador da EMBRAPA Florestal,<br />

na área Ambiental, é professor, engenheiro agrícola e escritor<br />

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SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />

Quem usa as<br />

facas DRV,<br />

está pronto para<br />

picar todos os<br />

tipos de madeira!

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