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Entrevista: Biomassa do cavaco gera fonte de energia sustentável em Goiás<br />
ENERGIA LIMPA NA<br />
PRODUÇÃO DE FERRO-GUSA<br />
BIORREDUTOR NA TERMORREDUÇÃO<br />
DO MINÉRIO DE FERRO É A CHAVE<br />
PARA SUSTENTABILIDADE<br />
BIOMASSA<br />
CRESCE INVESTIMENTO EM GERAÇÃO<br />
DE ENERGIA INDUSTRIAL<br />
PELO MUNDO<br />
CHINA PROMETE CONTINUAR TRANSIÇÃO<br />
PARA ENERGIA RENOVÁVEL
GERADOR DE AR QUENTE PARA<br />
SECAGEM DE PRODUTOS<br />
INDÚSTRIA DE GERADORES DE CALOR LTDA.
HÁ UMA DÉCADA<br />
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SUMÁRIO<br />
06 | EDITORIAL<br />
Gusa-verde exportação<br />
08 | CARTAS<br />
10 | NOTAS<br />
20 | ENTREVISTA<br />
24 | PRINCIPAL<br />
30 | INOVAÇÃO<br />
Inovação em biomassa<br />
34 | PELO MUNDO<br />
Energia limpa<br />
38 | BIOMASSA<br />
Fábrica de pellets<br />
44 | COLUNA<br />
Indignação cidadã<br />
46 | CLIMA<br />
50 | PRÊMIO<br />
Prêmio REFERÊNCIA 2022<br />
56 | ARTIGO<br />
64 | AGENDA<br />
66 | OPINIÃO<br />
Milho, à mesa e no<br />
tanque de combustível<br />
04 www.REVISTABIOMAIS.com.br
EDITORIAL<br />
Na capa deste mês, maquinários da<br />
produção de ferro-gusa da Vetorial, de<br />
ponta a ponta da cadeia produtiva<br />
GUSA-VERDE<br />
EXPORTAÇÃO<br />
D<br />
etentora da ISO 9001 e reconhecida pelo Brasil como benchmarker na produção sustentável<br />
de ferro-gusa, a Vetorial está investindo em expansão para o setor logístico, depois de 2 anos<br />
batendo recordes de produtividade com uso de biorredutor na produção de ferro-gusa. Além<br />
de fornecer matéria-prima renovável, suas florestas plantadas preservam os biomas e reduzem<br />
os impactos sobre a mata nativa. Nesta edição, apresentamos ainda expectativas para o mercado brasileiro<br />
de biomassa e planos de expansão para 2023, em uma entrevista exclusiva com a Enebra Energia, além<br />
de matérias sobre mercado, negócios, máquinas e equipamentos, pellets de madeira e muito mais. Uma<br />
ótima leitura!<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO IX - EDIÇÃO <strong>52</strong> - AGOSTO 2022<br />
Diretor Comercial<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
(fabiomachado@revistabiomais.com.br)<br />
Diretor Executivo<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
(bartoski@revistabiomais.com.br)<br />
Redação<br />
André Nunes<br />
(jornalismo@revistabiomais.com.br)<br />
Dep. de Criação<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira - Gabriela Bogoni<br />
(criacao@revistareferencia.com.br)<br />
Mídias Sociais<br />
Cainan Lucas<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />
Dep. Comercial<br />
Gerson Penkal - Carlos Felde<br />
(comercial@revistabiomais.com.br)<br />
Fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Dep. de Assinaturas<br />
Cristiane Baduy<br />
(assinatura@revistabiomais.com.br) - 0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
A REVISTA BIOMAIS é uma publicação da JOTA Editora<br />
Rua Maranhão, 502 - Água Verde - Cep: 80610-000 - Curitiba (PR) - Brasil<br />
Fone/Fax: +55 (41) 3333-1023<br />
www.jotaeditora.com.br<br />
Veículo filiado a:<br />
A REVISTA BIOMAIS - é uma publicação bimestral e<br />
independente, dirigida aos produtores e consumidores de<br />
energias limpas e alternativas, produtores de resíduos para<br />
geração e cogeração de energia, instituições de pesquisa,<br />
estudantes universitários, órgãos governamentais, ONG’s,<br />
entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento. A REVISTA BIOMAIS não se<br />
responsabiliza por conceitos emitidos em matérias, artigos,<br />
anúncios ou colunas assinadas, por entender serem estes<br />
materiais de responsabilidade de seus autores. A utilização,<br />
reprodução, apropriação, armazenamento de banco de dados,<br />
sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras<br />
criações intelectuais da REVISTA BIOMAIS são terminantemente<br />
proibídas sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
06 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CARTAS<br />
BONS EXEMPLOS<br />
Conhecer bons exemplos como o da Rocha Equipamentos, na última reportagem de capa, que<br />
oferece equipamentos de biomassa para as indústrias, é muito importante. Principalmente para<br />
incentivar a adoção dessa fonte de energia que nunca vai se esgotar, na geração de calor.<br />
Thiago Borges – Sorocaba (SP)<br />
Foto: divulgação<br />
EVENTO<br />
Estamos ansiosos para visitar a Fenasucro & Agrocana, em agosto, maior evento do setor de bioenergia no mundo, ainda<br />
mais nesse momento de retomada da economia e dos eventos presenciais. É tudo promissor, tanto nos investimentos, quanto<br />
nos novos projetos da indústria.<br />
Rogério Queiroz – Sinop (MT)<br />
INCERTEZAS<br />
O cenário da guerra entre Rússia e Ucrânia deixa muitas dúvidas no horizonte dos negócios internacionais, mas também<br />
levanta possibilidades para o mercado brasileiro de biomassa. É preciso estar atento a esse segmento nos próximos meses.<br />
Marisa Toledo – Ponta Grossa (PR)<br />
POSSIBILIDADES<br />
São muitas as possibilidades de se investir em energias renováveis, mas muitos<br />
segmentos ainda insistem em poluir o planeta. O movimento precisa ser acelerado, ainda<br />
bem que o setor da indústria florestal conta cada vez mais com a biomassa.<br />
Amilton Gomes – Rio de Janeiro (RJ)<br />
Foto: divulgação<br />
www.revistabiomais.com.br<br />
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biomassa<br />
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08 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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NOTAS<br />
32 ANOS PROJETANDO<br />
SOLUÇÕES PARA BIOMASSA<br />
A Industrial Dujua Máquinas e Equipamentos completa 32 anos de fundação.<br />
Neste período, a empresa já entregou várias soluções para seus clientes<br />
em todo o mundo.<br />
Com sede em Agrolândia (SC), a Dujua fornece produtos de alta qualidade<br />
e investe continuamente em inovações para manter seu padrão de<br />
mercado. Conta com uma equipe profissional, especializada na comercialização,<br />
projeto, fabricação e instalação de sistemas completos de biomassa para<br />
o mercado mundial, com maior atuação no continente americano.<br />
Sob nova direção desde 2021, a Dujua é liderada pelo diretor geral Altair<br />
Klöppel. "Seguimos firmes e conscientes em nosso propósito de projetar,<br />
fabricar e montar equipamentos da mais alta qualidade e durabilidade<br />
aos clientes. Agradecemos nossas origens, aos nossos clientes e<br />
fornecedores, colaboradores e a toda a sociedade por esses 32<br />
anos de realizações", celebra Altair.<br />
Ciente do compromisso e corresponsabilidade socioambiental,<br />
associados à prática industrial, a Dujua tem como<br />
desafio atuar concretamente na transformação e aproveitamento<br />
absoluto de resíduos sólidos nos processos<br />
aos quais desenvolve. "Estamos nos qualificando cada<br />
vez mais, para entregar os produtos com alta qualidade,<br />
zelando pela sustentabilidade ambiental e produtividade",<br />
afirma Altair.<br />
Fotos: divulgação<br />
10 www.REVISTABIOMAIS.com.br
BIOMASSA EM ALTA<br />
Dados da Pesquisa de Investimentos Anunciados no Estado de São Paulo, da Fundação<br />
Seade, indicam investimentos de R$ 5,8 bilhões em energia de biomassa, entre 2018<br />
e maio de 2022. Quase dois terços dos recursos são empreendimentos cuja fonte de<br />
biomassa são resíduos da cana-de-açúcar, como bagaço, palha, vinhaça e/ou torta de<br />
filtro (R$ 3,6 bilhões). Mais R$ 1,7 bilhão estão direcionados para resíduos sólidos urbanos<br />
depositados em aterros sanitários. Outros R$ 503 milhões relacionam-se ao uso de<br />
resíduos florestais, essencialmente cavacos de madeira. Em relação ao montante dos investimentos,<br />
R$ 3 bilhões foram destinados à geração de eletricidade e o restante para<br />
produção de biocombustíveis, sendo R$ 2 bilhões para etanol e R$ 773 milhões para<br />
biometano. Os maiores investimentos anunciados em eletricidade envolvem resíduos<br />
sólidos urbanos (Lara, em Mauá; Orizon, em Paulínia), resíduos de cana (Tereos, nas RAs<br />
de Barretos, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto; Raízen, em Guariba e Paraguaçu<br />
Paulista; Zilor, em Lençóis Paulista) e florestais (IBS, em Lençóis Paulista). Mais de 25%<br />
dos anúncios em energia de biomassa (R$ 1,5 bilhão) foram direcionados para a região<br />
metropolitana de São Paulo.<br />
Foto: divulgação<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
11
NOTAS<br />
HIDROGÊNIO VERDE<br />
DO PAÍS<br />
Polo de produção e armazenamento de hidrogênio<br />
verde está sendo desenvolvido no Complexo<br />
Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará.<br />
De acordo com o estudo World Energy Transition,<br />
feito pela Irena (Agência Internacional de Energia<br />
Renovável), o H2V (hidrogênio verde) e seus derivados<br />
vão representar 12% do uso final de energia até<br />
2050. Junto com a eletricidade, serão 63% do consumo<br />
final de energia, substituindo combustíveis com<br />
alta emissão de carbono como os fósseis. Por essa<br />
razão, o Brasil, detentor de uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta, vem dando prioridade a pesquisas envolvendo<br />
o hidrogênio verde. Aposta de fundos de investimento e governos ao redor do mundo, a geração de hidrogênio verde está<br />
ganhando amplo espaço no Complexo do Pecém, no Ceará, onde está sendo implantado o primeiro hub energético do tipo no<br />
nordeste. São mil hectares disponíveis e infraestrutura adequada para receber empresas do setor interessadas em implantar<br />
uma cadeia de produção, armazenamento e transporte do hidrogênio.<br />
A ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), que esteve recentemente no Complexo<br />
onde fica o Porto do Pecém, afirma que o projeto é um dos mais inovadores do segmento. Os projetos de expansão do<br />
Complexo serão incorporados ao portfólio de investimentos da ApexBrasil a fim de apresentá-lo a investidores brasileiros e<br />
estrangeiros interessados. "Existem muitas oportunidades, dentre elas, destaco os investimentos em infraestrutura de energia,<br />
gás natural e renováveis, como o projeto da planta de hidrogênio verde o qual já conta com o interesse de diversos investidores<br />
internacionais e memorandos de entendimento formalizados entre empresas interessadas e a companhia administradora<br />
do Complexo", pontua o analista de investimentos de óleo e gás da ApexBrasil, Carlos Padilla.<br />
O hidrogênio verde é obtido sem qualquer emissão de carbono, ao contrário das outras classificações como o preto, cinza<br />
ou marrom. É um subproduto da eletrólise de fontes de energia limpas e renováveis, como da água com energia de fontes<br />
renováveis, o que inclui solar e eólica, por exemplo. O H2 gerado a partir dessa reação química pode ser usado em veículos<br />
movidos a célula a combustível, ou a querosene para aeronaves com baixo impacto climático e ambiental.<br />
Foto: divulgação<br />
ENERGIA DO FUTURO<br />
Nota técnica da EPE (Empresa de Pesquisa Energética) explica que o hidrogênio se tornou um objetivo estratégico de governos<br />
e empresas em todo o mundo e que deve ganhar relevância global a partir de políticas energéticas pós-pandemia para<br />
a retomada da economia e para acelerar a transição energética em diversos países. A força motriz deste crescimento é a visão<br />
de governos, especialmente em países desenvolvidos, como Alemanha e EUA (Estados Unidos da América), e de empresas de<br />
que o hidrogênio será o caminho para viabilizar a descarbonização da economia mundial, requerido para a consecução das<br />
metas do Acordo de Paris no horizonte 2050.<br />
O Complexo do Pecém pode se tornar um player global na produção de hidrogênio e derivados com preços competitivos<br />
para distribuição e exportação local. Conforme a companhia, o Hub de Hidrogênio Verde reúne a infraestrutura necessária para<br />
produção do elemento, tais como geradores eólicos on e offshore, painéis solares, linhas de transmissão de energia e espaço<br />
para armazenamento. Além disso, possui hub logístico estruturado, incluindo o Porto do Pecém, com fácil rota para EUA,<br />
Europa e Oriente Médio. Uma empresa já fechou pré-contrato e mais de dez outras empresas já assinaram memorandos de<br />
entendimento para se instalar no ambiente. "O hidrogênio é a nova tendência mundial no âmbito da energia renovável. Ainda<br />
que, por enquanto, o assunto não tenha regulamentação completamente estabelecida, há potencialidade natural para atrair<br />
projetos. Há um grande interesse internacional em projetos dessa natureza e a ApexBrasil está pronta para apoiar a implementação<br />
no Brasil. O Hub de Hidrogênio do Complexo do Pecém é um dos primeiros projetos do tipo no país e o mais avançado. É<br />
um local estratégico por causa da localização e por ser um hub logístico, também", destaca Carlos Padilla.<br />
12 www.REVISTABIOMAIS.com.br
USINA DE ENERGIA<br />
A rede de supermercados Bahniuk, da cidade de Mallet (PR), vai inaugurar em agosto<br />
a própria usina remota de energia fotovoltaica. Com investimento de R$ 7 milhões, a<br />
estrutura terá capacidade de 150 mil KW/h (quilowatts hora), o equivalente ao consumo<br />
de mil residências, e será a maior usina remota a atender supermercados no estado. A<br />
energia solar irá abastecer integralmente nove das 11 lojas do grupo na região sul do<br />
Paraná. Esse é o primeiro passo da rede de varejo que já planeja estender a operação,<br />
produzindo e vendendo energia limpa e renovável para outros consumidores.<br />
Serão abastecidos pela usina solar os mercados nas cidades de Mallet, Antônio<br />
Olinto, Inácio Martins, Paula Freitas, Paulo Frontin, União da Vitória e a loja de Palmeira,<br />
recém inaugurada. Nas outras duas lojas, de maior porte, o investimento na usina é inviável<br />
pelo alto consumo de energia elétrica. Essas duas unidades vão comprar energia no<br />
mercado livre também como forma de reduzir custos. Apesar de a energia ser consumida<br />
pelos mercados Bahniuk no sul do Estado, a energia será produzida a 500 km (quilômetros)<br />
de distância, em Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná. “A escolha pelo<br />
local foi pelo fato de o oeste ser um dos melhores pontos de irradiação solar no Paraná.<br />
Em Mallet a produção seria 15% menor do que será em Marechal Cândido Rondon”, explica<br />
Eduardo Hahn de Castro, presidente da Sion Energia. A Sion Energia, de Curitiba, é<br />
a empresa responsável pelo projeto e concepção da estrutura para o Bahniuk, administra<br />
outras 17 usinas e desenvolve mais 16 projetos em seis Estados brasileiros.<br />
Foto: divulgação<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
13
NOTAS<br />
ENERGIA SOLAR SE TORNA A<br />
TERCEIRA FONTE DE ENERGIA<br />
EM POTÊNCIA DO BRASIL<br />
A energia solar ultrapassou, em potência, a geração das termoelétricas<br />
a gás natural e biomassa e se tornou a terceira fonte de energia do Brasil, de<br />
acordo com mapeamento inédito feito pela ABSOLAR (Associação Brasileira<br />
de Energia Solar). Agora, a geração pelo sol só fica atrás apenas da potência<br />
das hidrelétricas e da fonte eólica, informou a entidade.<br />
Segundo o mapeamento, ao todo são 16,4 GW (gigawatts) de energia<br />
solar em grandes usinas e em pequenos projetos de geração própria, ante<br />
os 16,3 GW do gás natural e os 16,3 GW da biomassa. Desde 2012, a fonte<br />
solar já trouxe ao Brasil mais de R$ 86,2 bilhões em novos investimentos, R$<br />
22,8 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 479,8 mil<br />
empregos acumulados nesses dez anos, segundo a associação.<br />
As usinas solares de grande porte geram eletricidade a preços até dez<br />
vezes menores do que as termoelétricas fósseis emergenciais ou a energia<br />
elétrica importada de países vizinhos, duas das principais responsáveis pelo<br />
aumento tarifário sobre os consumidores, avalia o diretor da Absolar, Carlos<br />
Dornellas. "Com isso, também evita a emissão de 23,6 milhões de toneladas<br />
de CO2 na geração de eletricidade. A fonte ajuda a diversificar o suprimento<br />
de energia elétrica do país, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e<br />
o risco de ainda mais aumentos na conta de luz da população", afirmou.<br />
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NOTAS<br />
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ETANOL MAIS BARATO NA BOMBA<br />
O MME (Ministério de Minas e Energia) divulgou nova expectativa de redução no preço do<br />
etanol hidratado. De acordo com a pasta, a expectativa é que, após a promulgação da PEC (Proposta<br />
de Emenda à Constituição) 15/2022, ocorra uma redução potencial média no preço do combustível<br />
que deve chegar a R$ 0,19 por litro. Promulgada em 14 de julho, a PEC reconhece o estado de<br />
emergência para ampliar o pagamento de benefícios sociais e incentivos fiscais até o fim do ano, em<br />
especial para produtores e distribuidores de etanol hidratado. Entre outros pontos, a emenda altera<br />
a constituição para determinar a manutenção de um regime fiscal favorecido para os biocombustíveis<br />
destinados ao consumo final. “Com a medida, fica preservado o diferencial de alíquota tributária<br />
do preço ao consumidor do etanol hidratado em relação ao da gasolina comercializada, resultando<br />
no aumento da competitividade do biocombustível”, explica o ministério. A pasta disse ainda que<br />
a estimativa não considera a possibilidade de redução do preço do biocombustível aos Estados<br />
que outorgarem créditos tributários do Imposto sobre ICMS (Circulação de Mercadorias e Serviços).<br />
A emenda constitucional também autorizou a União a realizar um repasse de até R$ 3,8 bilhões,<br />
por meio de créditos tributários, para os Estados que reduzirem a carga tributária do etanol para<br />
produtores e distribuidores do produto. Na avaliação do MME, se a medida for aplicada poderá levar<br />
o preço médio do litro de etanol hidratado a até R$ 4,04.<br />
16 www.REVISTABIOMAIS.com.br
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
SAFRA DE<br />
CANA-DE-AÇÚCAR<br />
De acordo com levantamento da Hedge Point Global Markets, a safra de cana-de-açúcar no centro-sul do<br />
Brasil ainda está longe de ter uma recuperação. A produção deve continuar em 540 milhões de toneladas ou até<br />
mesmo registrar queda.<br />
Consequentemente, o cenário traz impactos para o açúcar e para o etanol. A avaliação foi feita por Lívea Coda,<br />
analista Hedge Point Global Markets. O novo relatório divulgado pela Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar<br />
e Bioenergia), indicando que o setor está longe da recuperação estimada anteriormente, pode ser explicado<br />
por alguns fatores. "Essa mudança se refletiu principalmente no etanol, pois seu estoque não estava tão pressionado<br />
quanto o do açúcar e, também, pela paridade continuar favorável ao adoçante. Não só isso, mas menos<br />
produto torna whashouts mais difíceis. Nesse sentido, elevamos nosso mix de açúcar para 42,7%”, complementa a<br />
especialista em açúcar e etanol.<br />
Com a elevação do mix, a produção de açúcar sofreu pequena redução. Como resultado, o balanço global (de<br />
outubro de 2021 a setembro de 2022) e os fluxos comerciais caminharam de lado, conforme aponta o relatório<br />
da Hedge Point Global Markets. “No entanto, para a safra 2022-2023, quando já consideramos a safra brasileira<br />
23/24, o mercado pode ficar mais apertado à medida que nos tornamos mais pessimistas quanto à recuperação<br />
da cana-de-açúcar”, projeta Lívea Coda.<br />
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C<br />
om sede em Anápolis (GO), o grupo Enebra atua no fornecimento de biomassa de<br />
eucalipto e supressão nativa em todas as suas formas, trazendo uma fonte de energia<br />
sustentável e renovável às indústrias em comparação às outras formas de combustível.<br />
Entre os serviços oferecidos estão o transporte de máquinas pesadas, a terceirização<br />
full service na produção de cavaco, e a locação de máquinas. Sócio da empresa e especialista<br />
em Direito Empresarial, Guilherme Elias falou com exclusividade à REFERÊNCIA BIOMAIS sobre o<br />
mercado brasileiro de biomassa, as expectativas e planos de expansão para 2023:<br />
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25
PRINCIPAL<br />
C<br />
om ampla experiência no mercado e operações<br />
concentradas no Mato Grosso do Sul, a Vetorial<br />
iniciou suas operações no setor de siderurgia e<br />
mineração há 53 anos. Hoje, atua no setor siderúrgico<br />
através da produção verticalizada do ferro, em uma cadeia<br />
produtiva longa e sustentável que se inicia na aquisição<br />
de florestas, passando pela produção de biorredutor, minério<br />
de ferro, ferro-gusa e logística integrada em diversos modais.<br />
Mesmo diante das incertezas durante a pandemia e do<br />
ambiente de negócios adverso, a Vetorial registrou resultados<br />
positivos e consistentes em seus indicadores operacionais e financeiros,<br />
através da combinação de ações como redução de<br />
custo, apoio aos clientes e fornecedores, zelo e gestão consciente<br />
de fluxo de caixa, otimização de processos e aumento<br />
de produtividade.<br />
EMPRESAS DO GRUPO<br />
Ao todo, de ponta a ponta da cadeia produtiva, a Vetorial<br />
tem três grandes negócios: o ferro-gusa, que é o carro-chefe; a<br />
extração e venda de minério de ferro; e a produção de carvão.<br />
As três empresas: Vetria Mineração, Vetorial Siderurgia e a Vetorial<br />
Energética, sem exceção, têm recebido grandes investimentos,<br />
tanto para modernização do parque industrial, quanto<br />
para a implantação de novas tecnologias, de forma a garantir<br />
um futuro sustentável e perene.<br />
A Vetorial é composta por empresas que se somam em um<br />
negócio verticalizado, sustentável e robusto. Com foco na produção<br />
de biorredutor, a Vetorial Energética possui capacidade<br />
de produção atual de 45 mil m3 (metros cúbicos), com expectativa<br />
de ampliação em sua capacidade produtiva para 75 mil<br />
m3 até o final de 2023. Conta atualmente com 5 operações em<br />
diversas regiões no Estado do Mato Grosso do Sul.<br />
Suas operações consomem 100% de florestas plantadas<br />
sustentáveis. Toda a operação é mecanizada, desde a colheita,<br />
até a entrega do carvão vegetal nas usinas da Vetorial Siderurgia.<br />
Responsável pela produção do ferro-gusa, tem capacidade<br />
de produção atual de 670 mil toneladas anuais e conta com<br />
quatro altos-fornos, dois na cidade de Corumbá e dois no município<br />
de Ribas do Rio Pardo.<br />
As unidades produtivas da Vetorial contam com equipamentos<br />
modernos, com principais destaques para a tecnologia<br />
na geração própria de energia elétrica nas duas usinas (UTE) a<br />
partir de fonte renovável e limpa, fábrica de oxigênio (FOX) e<br />
injeção de finos de biorredutor (PCI).<br />
A Vetorial possui duas unidades operacionais de produção<br />
de minério de ferro de alto teor, ambas em Corumbá, com<br />
capacidade instalada anual de 4 milhões de toneladas. Parte<br />
desta produção é destinada ao consumo interno da Vetorial Siderurgia<br />
e parte é comercializada no Brasil e no exterior.<br />
Para a empresa, o maior diferencial competitivo no mercado<br />
nacional e internacional é ter minério de ferro próprio de<br />
excelente qualidade e com alto teor de ferro, pois torna o negócio,<br />
sobre tudo economicamente, viável e independente de<br />
grandes corporações, garantindo o insumo no presente e no<br />
futuro.<br />
Buscar por alta performance em seus negócios é a marca<br />
da Vetorial. “A empresa vem sistematicamente investindo na<br />
capacitação da equipe, na melhoria de seus processos e ins-<br />
26<br />
www.REVISTABIOMAIS.com.br
28 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
29
INOVAÇÃO<br />
INOVAÇÃO EM<br />
BIOMASSA<br />
PICADORES DE MADEIRA ESTIMULAM O DESENVOLVIMENTO DA INDÚSTRIA<br />
DE BIOMASSA NO MERCADO NACIONAL E INTERNACIONAL<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
A<br />
s mudanças climáticas e a constante<br />
preocupação de governos e corporações<br />
pelo mundo estão levando a um maior<br />
estímulo de fontes renováveis de energia,<br />
como a biomassa. Referência nesse segmento, com<br />
produção voltada ao mercado nacional e internacional,<br />
a Vantec Indústria de Máquinas oferece máquinas<br />
para automação industrial, com linha de Picadores<br />
Florestais e Elétricos desenvolvidos para a melhoria<br />
contínua e aumento nos ganhos produtivos.<br />
São equipamentos como empilhadeiras, laminação,<br />
biomassa, equipamentos para reciclagem e serraria,<br />
todos produzidos em Xanxerê, no Oeste de Santa<br />
Catarina. Com 59 anos de experiência, a Vantec utiliza<br />
tecnologia de ponta para a fabricação de máquinas e<br />
equipamentos para processamento de madeira. “Os<br />
picadores estão espalhados por todo território brasileiro,<br />
América Latina e África. São várias as aplicações,<br />
desde o aproveitamento de costaneiras, lâminas e<br />
restos de podas urbanas a florestas plantadas, como<br />
pinus e eucalipto, até o aproveitamento de biomassa<br />
do pé de caju, seringueiras e pomares de laranjeira. E<br />
também na supressão e manejo de florestas nativas”,<br />
explica Fábio José Grainer, gerente comercial da linha<br />
de Biomassa e Reciclagem, da Vantec.<br />
Segundo o gerente comercial, a Vantec atende<br />
diversos clientes e segmentos que necessitam de<br />
energia térmica, do pequeno ao grande produtor de<br />
biomassa, de quem já utiliza a biomassa até os que<br />
estão migrando para essa fonte de energia.<br />
30 www.REVISTABIOMAIS.com.br
CASES E EXPECTATIVAS<br />
“Temos dois cases recentes de sucesso, em que<br />
a linha Brutus 1020 atendeu os projetos dos nossos<br />
clientes com toda a segurança proposta pela Vantec e,<br />
principalmente, produzindo grande quantidade de cavaco<br />
com baixo custo de manutenção e consumo de<br />
diesel. O primeiro case foi na erradicação de pomares<br />
de laranja, com nosso amigo e cliente da HBJ, Brancalhão,<br />
no Estado de São Paulo. O segundo na supressão<br />
de madeira nativa com nosso amigo e cliente da 2D<br />
Madeiras do Brasil, no Mato Grosso”, cita Fábio.<br />
A Vantec está bastante otimista com o crescimento<br />
do mercado, duplicando a estrutura para a fabricação<br />
dos modelos da Linha Brutus e as operações de campo<br />
de vendas e assistência técnica. “Nossa equipe não<br />
se dedica apenas a fabricar equipamentos para produzir<br />
cavaco de alta qualidade: nossa maior motivação<br />
é a melhoria da produtividade das safras e indústrias,<br />
trazendo mais qualidade aos bens, produtos e serviços<br />
para os nossos clientes.”<br />
atendendo todos os tamanhos e necessidades de<br />
nossos clientes. Categoria elétrica com potências de<br />
75 cv (cavalos de força) a 700 cv. Categoria diesel 330<br />
cv, 400 cv, 500 cv e 605 cv. Linha elétrica 500 e 600 R6<br />
chegando à linha R8 nos modelos 500, 600 e 750. Linha<br />
Florestal Compact 600, Florestal 750 R8, Rodoflorestal<br />
750 R8. E completando com a nova geração de<br />
picadores, a linha Brutus 1020. Equipamentos da linha<br />
de Alta Performance Vantec, que são montados em<br />
chassi florestal, rodoviário e autopropelido”, destaca o<br />
gerente comercial.<br />
MODELOS E INDICAÇÕES<br />
A Vantec dispõe de uma linha completa de equipamentos<br />
para produção de biomassa. “Comercializamos<br />
equipamentos com várias faixas de potências,<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
31
32 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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PELO MUNDO<br />
CHINA PROMETE SEGUIR<br />
COM A TRANSIÇÃO PARA<br />
ENERGIA<br />
LIMPA<br />
34 www.REVISTABIOMAIS.com.br
MAIOR EMISSORA DE GASES<br />
ESTUFA DO MUNDO, NAÇÃO<br />
ESTÁ PRONTA PARA EXPANDIR<br />
ATÉ 2030 SUA FATIA DE<br />
ENERGIA RENOVÁVEL<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
35
PELO MUNDO<br />
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TECNOLOGIA,<br />
EFICIÊNCIA E<br />
CONFIABILIDADE
BIOMASSA<br />
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HAAS MADEIRAS INVESTE EM<br />
ECONOMIA CIRCULAR COM<br />
FÁBRICA DE PELLETS<br />
COM 49 ANOS NO MERCADO,<br />
EMPRESA GAÚCHA ESPECIALIZADA EM<br />
TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO FOI A<br />
PRIMEIRA DISTRIBUIDORA CERTIFICADA<br />
COM O ENPLUS NA AMÉRICA LATINA<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO/ HAAS MADEIRAS<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
39
BIOMASSA<br />
D<br />
o centro gaúcho para a América Latina.<br />
Especializada em grandes demandas do<br />
transporte ao armazenamento, com venda<br />
de paletes de madeira para o mercado nacional<br />
e de exportação, a Haas Madeiras vem investindo,<br />
nos últimos 7 anos, na geração de energia a partir<br />
da biomassa originada em sua produção industrial.<br />
No caso, os pellets, fonte de calor universal que une<br />
economia, sustentabilidade e automatização. “A Haas<br />
foi uma das primeiras serrarias a comercializar biomassa<br />
no país. Fundada em 1973, a empresa convive<br />
desde seus primórdios com montanhas de serragem,<br />
cavaco e entulho, que não eram vistos como potencial<br />
energético. Então a biomassa está presente em nossas<br />
vidas há muitas décadas, mas os estudos sobre pellets<br />
começaram há 7 anos, com comercialização nos<br />
últimos 3 anos. Nossa motivação é colaborar com mais<br />
uma energia limpa e gerar valor de um subproduto<br />
que é inerente ao nosso processo produtivo”, explica o<br />
diretor Junior Haas.<br />
De acordo com o diretor, o retorno do mercado<br />
tem sido incentivador, principalmente pelo aspecto<br />
de economia circular, com o recolhimento dos<br />
paletes usados dos clientes da Haas, que é sediada em<br />
Venâncio Aires, na região central do Rio Grande do Sul.<br />
“No mercado de calor brasileiro, que inclui pellets e<br />
biomassa, a decisão ainda é bastante financeira, mas<br />
gradualmente essa mentalidade já está mudando,<br />
a partir da redução das emissões de carbono e das<br />
vantagens que essas iniciativas podem trazer aos<br />
negócios, com o movimento de ESG (ações sociais,<br />
de sustentabilidade e governança). Somos a primeira<br />
trader certificada ENplus da América Latina, única<br />
distribuidora até o momento.”<br />
FÁBRICA DE PELLETS<br />
No segundo semestre de 2022, deve ser concluída<br />
e entrar em operação a fábrica própria de pellet. A<br />
nova e moderna unidade fabril de 50 mil m2 (metros<br />
quadrados) de área que está sendo construída em<br />
Linha Brasil, Venâncio Aires. A estrutura terá capacidade<br />
para produzir 2,5 mil toneladas por mês e também<br />
abrigará o depósito de pellets.<br />
A partir do início da produção própria, a empresa<br />
vai gerar autovalor a partir dos produtos que consome<br />
da floresta, segundo Junior Haas. “Todos os insumos<br />
40 www.REVISTABIOMAIS.com.br
BIOMASSA<br />
42 www.REVISTABIOMAIS.com.br
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CIDADÃ<br />
Foto: divulgação<br />
Waldemar Vieira Lopes<br />
Consultor florestal e diretor da<br />
LSS-Lopes Serviços e Soluções<br />
Contato: waldemarvieiralopes@terra.com.br<br />
A CONSCIÊNCIA QUANTO À INDIGNAÇÃO CIDADÃ<br />
PODE SER VISTA INICIALMENTE A PARTIR DE UMA<br />
CITAÇÃO DE PLATÃO QUANDO DIZ: “O CASTIGO<br />
DOS BONS QUE NÃO FAZEM POLÍTICA É SEREM<br />
GOVERNADOS PELOS MAUS”<br />
O<br />
s Verdadeiros Brasileiros têm que estar mais<br />
atentos do que nunca às armadilhas preparadas<br />
pela esquerda extremista e maniqueísta, ávida<br />
por trazer o ex-presidiário novamente à cena do<br />
crime e, é chegada a hora de posicionamento, a hora de decidirmos<br />
quem queremos para governar o futuro de nosso<br />
Brasil e o futuro de nossos filhos e netos.<br />
Vejam o exemplo da França, que agora se revolta com<br />
a eleição de Macron e nada poderá fazer pelos próximos 4<br />
anos. Entretanto mais de 16 milhões de franceses não compareceram<br />
às urnas ou anularam seus votos, deixando claro<br />
de que quando se terceiriza a escolha, perde-se o direito de<br />
reclamar sobre qualquer resultado que seja.<br />
Devemos ter cuidado com discursos de “Deuses do<br />
Olimpo”, cultuadores do Álter Ego e vendo a si próprio como<br />
detentores de toda a sabedoria do mundo, cegos e surdos<br />
ao fato de que o comunismo matou mais gente que todas<br />
as guerras juntas e, grande parte usando para sua batalha<br />
diária nossas entidades de ensino, cargos públicos, meio<br />
político e grande parte da mídia, com finalidade precípua e<br />
objetivo maior de deseducar nossos filhos, incutindo-lhes<br />
raízes comunistas para que se vejam deslocados ao viverem<br />
em uma família de classe média, visando convencê-los<br />
de que prosperidade só ocorre à custa de trabalho escravizante<br />
ou meios espúrios, posto que acumular riquezas,<br />
além de politicamente incorreto é por certo pecaminoso,<br />
daí a estratégia de se incrementar votos nessa faixa etária,<br />
contando que encontrarão nesse universo mentes mais<br />
reativas e menos analíticas e, havendo desatenção de pais<br />
que não discutem política em suas casas, tornam-se um alvo<br />
facilmente cooptável para suas fileiras.<br />
Nesses tempos cinzentos nos tornamos reféns de uma<br />
Ciência Ideológica que jamais poderá ser chamada de<br />
ciência, carregada com bateria emocional e contraditória,<br />
necessitando de políticos e politização para se manter viva e<br />
acusatória, responsável pela estagnação econômica no período<br />
de pandemia e divisão por nichos pró e contra vacinas,<br />
não permitindo raciocínio próprio à população como um<br />
todo, empobrecendo o país pelo fechamento de inúmeros<br />
postos de trabalho e buscando a visão de um Estado salvador<br />
e caçador de votos.<br />
Liberdade, coerência, decisão própria e não tutela do<br />
Estado, esse é o oxigênio indispensável para sobrevivermos<br />
nesse ambiente hostil criado por defensores da ditatura do<br />
proletariado, capitaneada por inúmeros partidos que se<br />
uniram para que a qualquer custo consigam a retomada de<br />
poder, trazendo como alternativa para as próximas eleições,<br />
o ex-presidiário que surrupiou a dignidade do povo<br />
brasileiro, roubou seu futuro e quebrou inúmeras empresas<br />
do Estado para investir em economias amigas e socialistas,<br />
no seu próprio bolso e nos bolsos de seus maquiavélicos<br />
amigos. Acorde Brasil, não tivessem havido um sem número<br />
de crimes, não teria retornado tanto dinheiro para cofres<br />
públicos por parte de dirigentes sindicais, caixas partidários<br />
e amigos meliantes do governo petista.<br />
Somos reféns de uma justiça política que tenta a todo<br />
tempo nos calar e colocar viseiras, mancomunada com<br />
Câmaras de Deputados e Senado com rabo preso e que de<br />
há muito não nos representam e caberá na eleição que se<br />
avizinha elegermos Presidente, Governadores, Deputados<br />
Federais, Deputados Estaduais que tenham vínculo com<br />
moral, ética e valores familiares.<br />
44 www.REVISTABIOMAIS.com.br
Vivemos uma época de culto à anormalidade com criação<br />
de situações controversas; vendidas pelos “Deuses do<br />
Olimpo” e intelectuais de plantão; como meias verdades ou<br />
quem sabe meias mentiras:<br />
Direito à desonra;<br />
Fofoca – através de meios de comunicação e culturais;<br />
Proliferação do medo;<br />
Hegemonização dos objetivos;<br />
Fusão entre a classe revolucionária e a classe política;<br />
Sucessão de governos análogos e corporativistas, vendidos<br />
como se opositores fossem;<br />
Iguais se colocando em campos opostos, mas lutando<br />
pelo mesmo objetivo de doutrinação do povo e sua catequização<br />
ideológica;<br />
Alianças espúrias entre as mais diversas vertentes políticas<br />
brasileiras com interesse de novamente lotearem o país.<br />
Fiódor Dostoiévski, pode nos fazer refletir sobre ideais que a<br />
todo custo tentam nos empurrar goela abaixo:<br />
“Nosso grupo não consiste apenas naqueles que cometem<br />
assassinatos e incêndios criminosos, gente assim só<br />
atrapalha, eu não suporto essa falta de disciplina, ora somos<br />
vigaristas e não socialistas, ouça, seremos apoiados por<br />
todos eles”;<br />
“O professor que ri de Deus às crianças já em seu berço,<br />
ele está conosco”;<br />
“O advogado que defende o assassino, rico e convicto, já<br />
é dos nossos”;<br />
“Os colegiais que matam o mujique¹ para experimentar a<br />
sensação são dos nossos”;<br />
“Os jurados que absolvem criminosos a torto e direito,<br />
são dos nossos”;<br />
“O promotor que treme no tribunal por não ser suficientemente<br />
liberal, é dos nossos”;<br />
“Há administradores, escritores, um assombroso número<br />
dos nossos e eles nem sabem disso ainda”;<br />
“Hoje em dia ninguém tem idéias próprias, o Deus russo<br />
foi derrotado pela vodca barata, as camponesas estão bêbadas,<br />
as mães estão bêbadas e as igrejas estão vazias, apenas<br />
espere essa geração crescer, apenas espere que cresçam,<br />
uma ou duas gerações e o crime deixará de ser uma loucura,<br />
mas o bom senso justamente o bom senso da Rússia o transformará<br />
em dever”. Trechos retirados de Os Demônios - Dostoiévicz<br />
1872<br />
¹ camponês pobre<br />
Despertem, se indignem! Já nos dividiram por demais,<br />
o silêncio e o comodismo deixam efeitos colaterais de difícil<br />
reversibilidade, decisão não se terceiriza e é o tijolo para<br />
construção do Brasil que queremos, mais solidário, menos<br />
burocrático, com liberdade plena de opinião e qualidade de<br />
vida compatível com as riquezas e potencial que detemos.<br />
Foto: divulgação<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
45
CLIMA<br />
MEIO<br />
AMBIENTE<br />
EUA APROVAM PACOTE<br />
CLIMÁTICO HISTÓRICO<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
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REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
47
CLIMA<br />
O<br />
Senado dos EUA (Estados Unidos da América)<br />
aprovou o projeto para combater<br />
o aquecimento global, por meio da Lei<br />
de Redução da Inflação. A lei inclui um<br />
pacote ambiental de US$ 370 bilhões que incentiva a<br />
adoção de energias renováveis. A iniciativa é o mais<br />
ambicioso investimento da história dos EUA.<br />
Considerado controverso no Senado, o projeto de<br />
lei proposto pelo presidente Joe Biden exigiu acordos<br />
com representantes das indústrias de combustíveis<br />
fósseis. Depois de 27h (horas) de debates, a votação<br />
terminou empatada. Todos os 50 senadores republicanos<br />
votaram contra, enquanto os 48 democratas e<br />
mais dois membros independentes foram favoráveis.<br />
A aprovação só veio com o voto de minerva de<br />
Kamala Harris, presidente do Senado e vice-presidente<br />
dos EUA. A proposta também irá passar pela Câmara<br />
dos Deputados.<br />
O objetivo do pacote climático é criar maior oferta<br />
de energia renovável para frear a inflação, que vem<br />
sendo impulsionada pela subida dos preços dos combustíveis<br />
fósseis com a invasão russa na Ucrânia.<br />
Iniciativa é o<br />
investimento mais<br />
ambicioso da história<br />
dos EUA (Estados<br />
Unidos da América)<br />
48 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
49
PRÊMIO<br />
FOTOS EMANOEL CALDEIRA<br />
MAIOR PREMIAÇÃO DO SETOR FLORESTAL<br />
CELEBRA AS EMPRESAS QUE MAIS SE<br />
DESTACARAM DURANTE O ANO<br />
50 www.REVISTABIOMAIS.com.br
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
51
PRÊMIO<br />
O<br />
Prêmio REFERÊNCIA, maior premiação do<br />
setor de base florestal do Brasil, que é organizado<br />
pela REVISTA REFERÊNCIA, já tem sua<br />
data marcada. Será realizado no dia 29 de<br />
novembro, à partir das 19h (horas), no restaurante Porta<br />
Romana, em Curitiba (PR). A Cerimônia deste ano é muito<br />
especial, pois além de ser a vigésima edição do Prêmio,<br />
serão também vinte premiados, o dobro em relação aos<br />
outros anos, fazendo menção ao período de realização<br />
do evento.<br />
O Prêmio REFERÊNCIA, foi idealizado por Fabio<br />
Machado e Pedro Bartoski Jr., sócios fundadores da JOTA<br />
Editora, responsável pela publicação das Revistas REFE-<br />
RÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL, BIOMAIS,<br />
CELULOSE&PAPEL e PRODUTOS DE MADEIRA. O objetivo<br />
do Prêmio é valorizar e celebrar, juntamente com os<br />
representantes do setor, as conquistas do ano vigente. Os<br />
vencedores são escolhidos através de análise detalhada<br />
"Desde a seleção dos<br />
premiados, o trabalho<br />
interno de produção,<br />
seleção do local do evento,<br />
temos todo o time com<br />
total dedicação para fazer<br />
do Prêmio REFERÊNCIA<br />
2022 uma noite<br />
memorável"<br />
Fábio Machado,<br />
diretor comercial da JOTA Editora<br />
Os sócios fundadores da JOTA Editora, Pedro Bartoski<br />
Jr., Fabio Machado e a jornalista Mira Graçano, na<br />
apresentação do Prêmio REFERÊNCIA do ano passado<br />
<strong>52</strong> www.REVISTABIOMAIS.com.br
53
54<br />
PRÊMIO
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ARTIGO<br />
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS COMO<br />
FONTE DE ENERGIA RENOVÁVEL NO BRASIL:<br />
PANORAMA ATUAL<br />
E PERSPECTIVAS<br />
FUTURAS<br />
FOTOS DIVULGAÇÃO<br />
56 www.REVISTABIOMAIS.com.br
KAREN DE SOUZA DO PRADO<br />
CHRISTIAN CUELLO BARRIOS<br />
ANDERSON PIRES FERNANDES<br />
JANE MARIA FAULSTICH DE PAIVA<br />
Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Engenharia de Produção, Campus de Sorocaba (SP)<br />
Universidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Materiais, Campus de Sorocaba (SP)<br />
Universidade Federal de São Carlos, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Campus de Sorocaba (SP)<br />
DE PAIVA, Jane Maria Faulstich. Resíduos Sólidos Urbanos como Fonte de Energia Renovável<br />
no Brasil: Panorama Atual e Perspectivas Futuras. Revista Virtual de Química, v. 14, n. 1, 2022.<br />
REVISTA + BIOMASSA + ENERGIA<br />
57
ARTIGO<br />
RESUMO<br />
C<br />
om o aumento da população brasileira<br />
e da demanda por energia nas grandes<br />
cidades, o uso de RSU (Resíduos Sólidos<br />
Urbanos) como fonte renovável de<br />
energia surge como uma alternativa promissora. No<br />
entanto, ainda existe grande desinteresse no seu uso<br />
devido à falta de informações compiladas sobre suas<br />
potencialidades. Por isso, este trabalho tem como<br />
objetivos apresentar o panorama atual da recuperação<br />
energética dos RSU no Brasil e fazer uma análise dos<br />
trabalhos publicados na área nos últimos cinco anos,<br />
visando compreender quais são suas perspectivas<br />
futuras e estimular seu uso no país. Por meio de um<br />
levantamento bibliográfico atualizado, observou-se<br />
que pelo menos 65% dos RSU possuem potencial para<br />
reaproveitamento energético, na forma de resíduos<br />
úmidos incluindo biomassa (51,7%) e de resíduos<br />
poliméricos (13,5%). Os estudos analisados revelaram<br />
grande preocupação com a gestão dos RSU, principalmente<br />
na região sudeste do país, e que o reaproveitamento<br />
energético dos RSU por meio das técnicas<br />
de incineração, biodigestão e gaseificação apresenta<br />
grande potencial econômico e ambiental. Apesar da<br />
quantidade significativa de RSU disponível, maior<br />
atenção deve ser dada a esta fonte de energia renovável<br />
para que ela possa ter participação representativa<br />
na matriz energética brasileira.<br />
Palavras chave: Resíduos sólidos urbanos, biomassa,<br />
resíduos poliméricos.<br />
1. INTRODUÇÃO<br />
Com o aumento da população brasileira, que<br />
supera 212 milhões de habitantes, é também crescente<br />
a demanda por energia, principalmente nas<br />
grandes cidades. De acordo com dados da Empresa de<br />
Pesquisa Energética, enquanto o consumo de energia<br />
elétrica em 2018 foi de aproximadamente 424 TW/h<br />
(terawatts por hora), é estimado que o consumo total<br />
de eletricidade no Brasil aumente em 75% até 2026,<br />
podendo chegar a 744 TW/h. Neste contexto, torna-se<br />
necessário o estímulo ao uso de fontes de energia<br />
renováveis, que possam suprir a demanda energética<br />
do país com o menor impacto ambiental possível.<br />
Enquanto fontes renováveis como solar, eólica,<br />
geotérmica, hidráulica e biomassa correspondem a<br />
apenas 14% da matriz energética mundial, as fontes<br />
renováveis são responsáveis por suprir 42,9% da energia<br />
usada no Brasil. A participação três vezes maior de<br />
fontes renováveis na matriz energética brasileira quando<br />
comparada à mundial deve-se, principalmente, à<br />
grande disponibilidade de biomassa, notadamente<br />
derivados da cana, lenha e carvão vegetal.<br />
Outra fonte de energia renovável com grande potencial<br />
de uso no Brasil são os RSUs. Em 2018, a média<br />
de geração de RSU por habitante no Brasil foi de 380<br />
kg, totalizando 79 milhões de toneladas de resíduos<br />
gerados. Deste total, 92% foram coletados e 59,5%<br />
destes foram destinados a aterros sanitários (equivalente<br />
a 47 milhões de toneladas), enquanto mais 29<br />
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DESTAQUE<br />
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PLANEJAMENTO ENERGÉTICO<br />
Data: 24 a 26<br />
Local: Formato híbrido<br />
Informações: www.xiiicbpe.com.br/<br />
SETEMBRO 2022<br />
ENERGY SOLUTIONS SHOW<br />
Data: 27 a 29<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
Informações: www.energysolutionsshow.com.br/<br />
pt/home.html<br />
CIBIO – VI CONGRESSO INTERNACIONAL<br />
DE BIOMASSA<br />
Data: 26 a 27<br />
Local: Curitiba (PR) - edição híbrida, remota e presencial<br />
Informações: https://www.congressobiomassa.com/site/<br />
evento/<br />
OUTUBRO 2022<br />
BRAZIL WINDPOWER<br />
Data: 18 a 20<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
Informações: https://www.brazilwindpower.com.br/<br />
pt/home.html<br />
ENERGY SOLUTIONS SHOW<br />
Data: 27 a 29<br />
Local: São Paulo (SP)<br />
Informações: www.energysolutions<br />
show.com.br/pt/home.html<br />
O Energy Solutions Show é uma das plataformas<br />
de negócios mais completas do setor elétrico brasileiro,<br />
conectando a cadeia produtiva às mais variadas<br />
fontes de geração de energia presentes na matriz<br />
elétrica brasileira, seja na geração centralizada ou<br />
distribuída com o consumidor comercial e industrial<br />
de médio e grande porte. Entre os dias 27 e 29 de<br />
setembro, o evento oferece oportunidades para seus<br />
participantes extraírem conteúdos do congresso,<br />
além de workshops e networking. Para as empresas, a<br />
principal plataforma de negócios no setor disponibiliza<br />
múltiplas conexões. O Energy Solutions Show será<br />
organizado de forma presencial seguindo o protocolo<br />
de saúde e segurança AllSecure da Informa. A<br />
Informa desenvolveu um conjunto de processos e<br />
medidas de saúde e segurança para seus eventos,<br />
com tranquilidade e confiança aos participantes em<br />
um ambiente seguro e controlado.<br />
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OPINIÃO<br />
Foto: divulgação<br />
O<br />
milho, o cereal mais plantado no planeta, dá o<br />
que falar, aqui e no mundo. Sua cotação na Bolsa<br />
de Chicago segue com sucessivas altas, junto com<br />
a valorização do trigo, da soja e até do petróleo.<br />
Com diversos usos, o milho é matéria-prima da alimentação<br />
animal à indústria de alta tecnologia. Mais de 70% dos grãos<br />
são destinados a rações para suínos, aves, gado leiteiro e até à<br />
piscicultura. E é também matéria-prima para biocombustíveis.<br />
O milho serve para abastecer os automóveis, graças à produção<br />
de etanol combustível. Essa novidade do carro movido a<br />
milho cresce no Brasil e também ajuda a aumentar a produção<br />
de carne, a diversificar a agropecuária e a ampliar o desenvolvimento<br />
regional.<br />
O aumento mundial e generalizado dos preços dos combustíveis<br />
suscitou um interesse renovado pela alternativa dos<br />
biocombustíveis. Países como Índia, China, Indonésia, França<br />
e EUA (Estados Unidos da América) ampliam o uso do etanol<br />
e do biodiesel. E desenham novos programas nacionais de<br />
produção e utilização dos biocombustíveis. No Brasil, o etanol<br />
e o biodiesel já são programas consolidados e de sucesso. O<br />
biodiesel é produzido essencialmente com óleo de soja e sebo<br />
de boi. E o etanol, a partir da cana-de-açúcar.<br />
Desde a década de 1920, o álcool já era testado como combustível<br />
automobilístico. O grande salto ocorreu na década<br />
de 1970, quando havia também uma crise internacional de<br />
petróleo. O Brasil criou o Programa Nacional do Álcool, ou Proálcool,<br />
em 14 de novembro de 1975, pelo Decreto n° 76.593,<br />
com o objetivo de estimular a produção do álcool, atender<br />
às necessidades do mercado interno e externo e a política de<br />
combustíveis automotivos. O Proálcool abrangeu a produção<br />
agrícola, as destilarias, os motores, a frota automobilística, as<br />
refinarias e a distribuição.<br />
A primeira usina para produzir etanol a partir de milho foi<br />
instalada em Mato Grosso em 2012. Dez anos depois, 17 usinas<br />
de etanol de milho estão em operação: dez em Mato Grosso,<br />
cinco em Goiás, uma no Paraná e outra em São Paulo. Desse<br />
total de unidades em operação, dez são flex (tanto processam<br />
cana-de-açúcar como milho para produzir etanol) e sete são<br />
MILHO, À MESA<br />
E NO TANQUE DE<br />
COMBUSTÍVEL<br />
full (processam apenas milho).<br />
A produção de etanol a partir do milho traz diversas vantagens.<br />
Com 1 tonelada de milho é possível produzir mais de<br />
400 litros de etanol. Na cana-de-açúcar, são cerca de 85 litros<br />
por tonelada. As usinas de cana-de-açúcar só operam em parte<br />
do ano, a maioria entre maio e setembro. Quando a colheita<br />
da cana-de-açúcar acontece, a matéria-prima precisa ser logo<br />
transportada e processada na usina. Não há hipótese de armazenar<br />
cana-de-açúcar. Isso não ocorre com o milho.<br />
Segundo estimativas da UNEM (União Nacional do Etanol<br />
de Milho), a produção de etanol de milho deverá superar 4<br />
bilhões de litros nesta safra. Nos próximos 10 anos, o país<br />
deverá ter mais nove unidades flex e 24 full. Com os projetos<br />
de construção de novas usinas de etanol é possível atingir<br />
10 bilhões de litros por safra em 2030, um processamento da<br />
ordem de 22 milhões de toneladas de milho.<br />
Outro fator favorável à sustentabilidade do etanol de<br />
milho é sua incorporação ao Programa RenovaBio. Ele busca<br />
expandir a produção de biocombustíveis, fundamentada na<br />
previsibilidade e na sustentabilidade ambiental, econômica<br />
e social. É mais um incentivo à descarbonização da economia<br />
por meio do uso de biocombustíveis. O milho colabora na<br />
redução das emissões de gases de efeito estufa e o de segunda<br />
safra, dita safrinha, ainda ajuda a acumular carbono nos solos e<br />
a limitar a degradação das terras com sua cobertura vegetal no<br />
outono e no inverno.<br />
O crescimento da produção do etanol de milho e dos<br />
coprodutos derivados é mais um caso de sucesso no agronegócio<br />
nacional. Isso produz novas oportunidades na economia,<br />
na geração e no crescimento da renda no campo e no<br />
crescimento mais sustentável em várias regiões do Brasil.<br />
Haverá cada vez mais etanol de milho no mercado. Seu carro<br />
será movido, também, por etanol de milho, além do da cana-<br />
-de-açúcar. O milho, além de nos alimentar, agora nos move e<br />
dá o que falar.<br />
Por Evaristo de Miranda<br />
Pesquisador da EMBRAPA Florestal,<br />
na área Ambiental, é professor, engenheiro agrícola e escritor<br />
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SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
Quem usa as<br />
facas DRV,<br />
está pronto para<br />
picar todos os<br />
tipos de madeira!