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Por Olynthes Corrêa
Compaixão, Empatia,
Indulgência e Perdão
Ribeirão Preto SP BR
Graduado em Ciência da Computação, Administração de Empresas e Ciências Econômicas
Atua no Movimento Espírita de Ribeirão Preto-SP
Reflexão sobre o dever de todos de compreender e
aplicar essas virtudes à luz do Espiritismo.
A Doutrina Espírita ensina que ter compaixão não é
ter pena nem dó de outro ser, pois isso é demonstração
de superioridade, de orgulho. Ter compaixão é compartilhar
amorosamente o sentimento do outro, sua
dor, seus anseios, com isenção de julgamentos, fazendo-o
sentir que não está só.
Com isso, compreenderemos o ensinamento de Jesus,
quando nos recomenda: “Ao te pedir alguém para
ir com ele uma milha, vai com ele mais duas; ao te
pedir ele que lhe dê a capa, dá-lhe também a túnica”.
Colocando esse ensinamento diante da situação
atual de pandemia, desemprego, violência e guerras que
estamos vivendo, nada melhor definiria a compaixão do
que Jesus com essas palavras.
Temos feito isso?
O sentimento de compaixão nos impele a ir de encontro
às dificuldades alheias e não ficar esperando que o
outro peça ajuda.
Como fazer isso?
Tem uma forma muito simples, basta aprender a
ouvir com atenção e empatia as queixas e os desabafos
daquele que carece de ajuda.
Lembrando que a empatia é um dos cinco pilares da
Inteligência Emocional (QE).
O Espiritismo recomenda a caridade para com todos,
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inclusive para com os criminosos: “... É vosso próximo
como o menor dentre os homens. Sua alma, transviada
e revoltada, foi criada como a vossa, para se
aperfeiçoar. Ajudai-o, pois, a sair do lamaçal, e orai
por ele!” (Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XI,
item 14).
Isso quer dizer que ter compaixão por nossos irmãos
criminosos é ter compaixão por nós mesmos, como nos
alertou Jesus, dizendo: “Atire a primeira pedra aquele
que estiver sem pecados”. Aqui Jesus nos pede para
sermos indulgentes, perdoando as falhas alheias devido
a nossa imperfeição, posto que somos sujeitos a falhas e,
portanto, carentes de indulgência e de perdão.
Lembrando que o lema da Doutrina Espírita é: FORA
DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO, que abrange por completo
os sentimentos de EMPATIA, COMPAIXÃO, INDUL-
GÊNCIA E PERDÃO.
Vejamos, então, o que nos recomenda o apóstolo
PAULO DE TARSO: “Com essa orientação o homem jamais
se transviará. Aplicai-vos, portanto, meus amigos,
a compreender-lhe o sentido profundo e as consequências
de sua aplicação, e a procurar vós mesmos todas
as maneiras de aplicá-la”.
Entendemos que essas virtudes devem ser conquistadas
por todos os seres da raça humana, ainda imperfeitos,
buscando a perfeição e, principalmente, os cristãos de
uma maneira geral e os espíritas em particular, especialmente
os que praticam a mediunidade de cura como os
magnetizadores.
A preocupação do apóstolo Paulo é com a dificuldade
que temos de praticar essas virtudes.
Vamos refletir sobre isso?