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ENTREVISTA Presidente da AIMEX, Leandro Rymsza, celebra aumento nas exportações de madeira<br />

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8 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


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Diretor Técnico da AIMEX<br />

(Associação das Indústrias<br />

Esportadoras de Madeira<br />

do Estado do Pará)<br />

Pesquisador da<br />

EMBRAPA Florestas<br />

Superintendente da Abimci<br />

(Associação Brasileira da<br />

Indústria de Madeira Processada<br />

Mecanicamente)<br />

Presidente da CIPEM<br />

(Centro das Indústrias Produtoras<br />

e Exportadoras de Madeira do<br />

Estado de Mato Grosso)<br />

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SUMÁRIO<br />

INDUSTRIAL<br />

62<br />

2022<br />

48<br />

56<br />

54<br />

MADEIRA<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

Abimci 77<br />

Ágil Madeiras 75<br />

Aimex 73<br />

Alca Máquinas 17<br />

Arte Diamante 06<br />

B.Krick 47<br />

Benecke 15<br />

Bonardi Química 41<br />

Cipem 33<br />

Contraco 43<br />

DRV Ferramentas 21<br />

Drytech 37<br />

Engecass 19<br />

Eurothermo 59<br />

Impacto 45<br />

Linck 11<br />

Mafercon 04<br />

Lions Machine 35<br />

Máquinas Lampe 83<br />

Meeta <strong>Industrial</strong> 87<br />

Mendes Máquinas 02<br />

Mill Indústrias 92<br />

Montana Química 13<br />

MSM Química 27<br />

MSP <strong>Industrial</strong> 91<br />

Nazzareno 29<br />

Omil 25<br />

Prêmio REFERÊNCIA 08<br />

Reval Serras 61<br />

Rone Usinagem 85<br />

Siromat Metalúrgica 39<br />

Termolegno 31<br />

Vantec 23<br />

SUMÁRIO<br />

12 Editorial<br />

14 Cartas<br />

16 Bastidores<br />

18 Notas<br />

34 Aplicação<br />

36 Frases<br />

38 Entrevista<br />

46 Coluna ABIMCI<br />

48 Principal Chancela Internacional<br />

54 Química na Madeira<br />

56 Marcenaria<br />

62 Feira<br />

78 Artigo<br />

88 Agenda<br />

90 Espaço Aberto<br />

10 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


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madeireiro brasileiro contam com<br />

uma chancela internacional de qualidade<br />

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no país com exclusividade<br />

pela B.KRICK. O trabalho da empresa, sediada<br />

em Curitiba (PR), é apresentado na reportagem<br />

de capa desta edição, que traz ainda uma entrevista<br />

exclusiva com o novo presidente da AIMEX<br />

(Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras<br />

do Estado do Pará), além de reportagens<br />

especiais sobre economia, mercado, marcenaria e<br />

muito mais. Uma ótima leitura a todos!<br />

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Ano XXIV • Nº245 •Outubro 2022<br />

ENTREVISTA Presidente da AIMEX, Leandro Rymsza, celebra aumento nas exportações de madeira<br />

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Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

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The work of the Company, based in Curitiba (PR),<br />

is presented in the cover story of this issue, which<br />

also has an exclusive interview with the new President<br />

of the State of Pará Association of Timber<br />

Exporting Companies (Aimex), as well as special<br />

articles on the economy, market, woodworking<br />

and more. Pleasant reading!<br />

Redação / Writing<br />

André Nunes<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista / Columnist<br />

Paulo Pupo<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski / Supervisão<br />

Crislaine Briatori Ferreira<br />

Me Hua Bernardi<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Midias Sociais / Social Media<br />

Andrew Holanda<br />

Cainan Lucas<br />

Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal - Carlos Felde<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop<br />

Tradução / Translation - John Wood Moore<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

Cristiane Baduy<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

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ASSINATURAS<br />

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Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />

consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />

governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />

segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />

conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />

responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />

de dados, sob qualquer forma ou meio, dos textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista RE-<br />

FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />

exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />

consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />

governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based<br />

segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />

articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />

use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />

and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />

the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

12 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


DRYERS AND KILNS INCREASE<br />

PRODUCTIVITY IN THE FOREST<br />

PRODUCT INDUSTRY<br />

ENTREVISTA Santa Catarina se mantém como líder nacional na exportação de móveis de madeira<br />

CARTAS<br />

A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />

CARTAS<br />

CAPA DA EDIÇÃO 244 DA<br />

REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE SETEMBRO DE 2022<br />

SECADORES<br />

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Ano XXIV • Nº244 •Setembro 2022<br />

MADEIRA<br />

AQUECIDA<br />

SECADORES E ESTUFAS AMPLIAM A<br />

PRODUTIVIDADE DA INDÚSTRIA MADEIREIRA<br />

HEATED TIMBER<br />

DESIGN<br />

Por Maria Freitas –<br />

Sinop (MT)<br />

Gostei de conhecer a<br />

linha de móveis e design<br />

da Pacajá, com artistas<br />

moveleiros. Boas ideias<br />

para marcenaria! Ainda<br />

mais quando são oriundas<br />

de manejo florestal<br />

sustentável.<br />

Por Tadeu Souza –<br />

Almirante Tamandaré (PR)<br />

É sempre interessante conhecer histórias de<br />

empresas tradicionais que se destacam pelo país,<br />

como a Contraco, de Santa Catarina, que foi capa<br />

da edição de setembro. Tecnologia de secadores<br />

e estufas é essencial em climas úmidos como os<br />

da região sul.<br />

Foto: Emanuel Caldeira<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: divulgação<br />

Foto: Filipe Scotti<br />

ENTREVISTA<br />

Por Tiago Faria –<br />

Blumenau (SC)<br />

SETOR FLORESTAL<br />

Por Bianca Teixeira –<br />

São Paulo (SP)<br />

A indústria de Santa<br />

Catarina orgulha o<br />

nosso Estado, ainda<br />

mais quando sabemos o<br />

quanto o setor madeireiro<br />

contribui para a pujança<br />

deste cenário.<br />

Muito bom conhecer o novo estudo publicado<br />

pela Abimci (Associação Brasileira da Indústria<br />

de Madeira Processada Mecanicamente), que<br />

contribui com os principais dados do setor<br />

florestal e industrial em nosso país.<br />

Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />

e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />

As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />

fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

CURTA NOSSA PÁGINA<br />

Referência <strong>Industrial</strong> Madeira<br />

@referenciamadeira<br />

14 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


BASTIDORES<br />

BASTIDORES<br />

VISITA<br />

RECEBEMOS EM NOSSA EDITORA, A VISITA DOS DIRETORES<br />

DA DP FLORESTAL, DENILSON E DAMARIS PADILHA, QUE<br />

TROCARAM IDEIAS COM O NOSSO DIRETOR COMERCIAL,<br />

FÁBIO MACHADO, SOBRE A IMPORTÂNCIA DO CARBONO<br />

NEUTRO NAS INDÚSTRIAS MADEIREIRAS.<br />

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REVISTA BIOMAIS<br />

O DIRETOR COMERCIAL DA JOTA EDITORA, FÁBIO<br />

MACHADO, VISITOU A EMPRESA JSIC COMEX, E ESTEVE<br />

VIABILIZANDO JUNTO COM JUSTIN ZHANG E DALCLIS<br />

AZEVEDO A REPORTAGEM DE CAPA DA REVISTA<br />

BIOMAIS DE DEZEMBRO/22.<br />

Foto: divulgação<br />

ALTA<br />

TESOURO DIRETO<br />

As vendas de títulos do<br />

Tesouro Direto superaram<br />

os resgates em R$ 1,4 bilhão<br />

em agosto deste ano.<br />

Segundo dados divulgados<br />

pela entidade, as vendas<br />

do programa atingiram R$<br />

3,835 bilhões. Sinal evidente<br />

da melhoria da economia<br />

brasileira.<br />

BAIXA<br />

CONTAS EXTERNAS<br />

As contas externas tiveram<br />

saldo negativo de US$ 4,136<br />

bilhões em julho, segundo<br />

dados do BC (Banco Central).<br />

No mesmo mês de<br />

2021, o déficit havia sido<br />

de US$ 1,175 bilhão nas<br />

transações correntes, que<br />

são as compras e vendas<br />

de mercadorias e serviços e<br />

transferências de renda com<br />

outros países.<br />

16 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

MERCADO LIVRE<br />

E SETOR ELÉTRICO<br />

A CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) avalia que a Portaria 50/2022, publicada pelo MME (Ministério<br />

de Minas e Energia), representa uma etapa importante para a abertura total do mercado livre de energia. A<br />

decisão da pasta contou com contribuições técnicas da CCEE antes e durante o período em que passou por consulta<br />

pública.<br />

Pela medida, a partir de janeiro de 2024, todos os consumidores do Grupo A, ou seja, aqueles ligados na alta tensão,<br />

como indústrias e médias empresas, a exemplo dos shoppings e redes de varejo, poderão operar no mercado livre<br />

independentemente do volume demandado. No ambiente livre é possível negociar eletricidade diretamente de um<br />

gerador ou comercializador, vantagem que pode permitir encontrar o insumo mais barato e firmar contratos customizados.<br />

O MME também instituiu que os consumidores com carga menor que 500 KW (quilowatts) obrigatoriamente sejam<br />

representados por um comercializador varejista perante a Câmara de Comercialização. Rui Altieri, presidente do Conselho<br />

da CCEE, diz que a decisão do Ministério foi assertiva e que agora essa categoria precisa se fortalecer para atender<br />

a grande demanda que virá. “A figura do comercializador varejista foi criada para intermediar a negociação, gerenciar<br />

os riscos inerentes ao segmento livre, e tornar o ambiente mais atrativo para os consumidores de menor porte, que não<br />

têm familiaridade com a dinâmica do setor elétrico”, comenta.<br />

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica é responsável por viabilizar e gerenciar a comercialização de<br />

energia elétrica no país, garantindo a segurança e o equilíbrio financeiro deste mercado. A CCEE é uma associação civil<br />

sem fins lucrativos, mantida pelas empresas que compram e vendem energia no Brasil. O papel da CCEE é fortalecer o<br />

ambiente de comercialização de energia - no ambiente regulado, no ambiente livre e no mercado de curto prazo - por<br />

meio de regras e mecanismos que promovam relações comerciais sólidas e justas para todos os segmentos do setor<br />

(geração, distribuição, comercialização e consumo).<br />

18 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


NOTAS<br />

POLÍTICAS<br />

INDUSTRIAIS<br />

“As políticas industriais voltaram ao centro do debate econômico e devem mapear tecnologias emergentes, atividades<br />

econômicas novas ou tradicionais, mirar o desenvolvimento de novas atividades, complementares ou não, e<br />

estimular a evolução da estrutura produtiva com oportunidades para novos modelos de negócio”, assim José Velloso,<br />

presidente executivo da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), apresentou<br />

a importância do tema no painel Competitividade e Política de Desenvolvimento <strong>Industrial</strong> no 7º Congresso Brasileiro<br />

da Indústria de Máquinas, realizado em agosto, na capital paulista.<br />

De acordo com Velloso, a agenda do Custo Brasil deve ser enfrentada com reformas estruturantes e políticas<br />

horizontais, que removam os entraves à competitividade. “Essa é a agenda da urgência. Ao longo dos tempos o<br />

Brasil deu ênfase à políticas para compensar as assimetrias, os famosos puxadinhos. A consequência foi o Brasil sofrer<br />

um processo precoce de desindustrialização quem vêm ocorrendo nas últimas três décadas. As políticas devem<br />

evoluir no sentido de eliminar as assimetrias, lembrando que a Digitalização e Servitização terão grande espaço”,<br />

enfatizou Velloso.<br />

Gino Paulucci Jr, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, abriu o congresso falando do foco no<br />

fortalecimento da indústria e seu papel fundamental para o crescimento econômico do país: “O setor de máquinas<br />

e equipamentos é, indiscutivelmente, um importante catalisador de novas tecnologias e inovações, fatores que contribuem<br />

para uma maior competitividade das empresas brasileiras e a geração de empregos e renda”, alertou Gino.<br />

Foto: divulgação<br />

20 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


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NOTAS<br />

MADEIRA E AÇO<br />

Propulsores de empreendedorismo na Serra gaúcha, os setores moveleiro e metalmecânico se uniram em parceria<br />

inédita para fortalecer suas indústrias: 1º Hackathon Madeira & Aço – maratona das indústrias gaúchas metalmecânica<br />

e moveleira rumo à inovação. Um evento interativo para entender os problemas enfrentados pelas empresas de ambos<br />

os segmentos e propor soluções inovadoras orientadas por especialistas. Com o tema “Como otimizar e agilizar a integração<br />

de novos colaboradores desde a seleção até o treinamento”, o encontro foi realizado em setembro no Centro<br />

Empresarial Bento Gonçalves, totalizando 18h (horas) de imersão.<br />

A ideia surgiu da aproximação entre o Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves) e o<br />

Simecs (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região). As entidades<br />

coordenam o GT Indústria 4.0 do ecossistema regional de inovação Serra gaúcha – uma das oito macrorregiões integrantes<br />

do programa “Inova RS”, desenvolvido pela Sict (Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande<br />

do Sul), com o objetivo de incluir o estado no mapa global da inovação.<br />

Instituto Hélice e Sebrae RS estão ao lado do Sindmóveis e do Simecs como realizadores do evento – além dos<br />

apoiadores Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul), CIC-BG (Centro da Indústria,<br />

Comércio e Serviços de Bento Gonçalves) e Orquídea.<br />

O Sindmóveis foi criado em 1977 para representar o polo moveleiro de Bento Gonçalves, incluindo empresas de<br />

Bento, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza – hoje com mais de 300 indústrias. A entidade atua amarrando<br />

as pontas da cadeia de modo que todo o setor possa se desenvolver com consistência e proposição de valor. Um trabalho<br />

que não se limita à Serra, pois projetos como a feira Movelsul, o Prêmio Salão Design e o Orchestra Brasil são de<br />

amplitude nacional e internacional.<br />

Fundado em 1957, o Simecs nasceu da associação das indústrias regionais. Hoje, com mais de 60 anos de história,<br />

é uma das maiores entidades sindicais patronais do sul do país no seu segmento. Com sede em Caxias do Sul e abrangência<br />

em outros 16 municípios da Serra gaúcha, o Simecs está instalado em uma das regiões que mais crescem no<br />

Brasil, representando mais de 3.300 empresas de pequeno, médio e grande porte.<br />

Foto: divulgação<br />

22 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


NOTAS<br />

MERCADO CANAVIEIRO<br />

Presente no Brasil desde 2017, desenvolvendo tecnologias necessárias para suportar o monitoramento de alta precisão,<br />

a Taranis, sediada nos EUA (Estados Unidos da América) e com escritório no Brasil, em Campinas (SP), tem como<br />

principal foco a cultura de cana-de-açúcar. Atuando fortemente junto às grandes usinas, principalmente as da região<br />

sudeste e centro-oeste do país, anualmente a empresa monitora cerca de 300 mil ha (hectares). O objetivo é passar a<br />

marca dos 600 mil ha até o final de 2023. Além disso, também tem ação na soja, milho, sorgo, algodão e pastagens.<br />

De acordo com Fábio Franco, gerente geral Brasil da Taranis, o mercado nacional hoje representa a maior oportunidade<br />

agrícola no fornecimento de alimentos para o mundo e especialmente quando falamos da geração de energia<br />

limpa através principalmente do segmento sucroalcooleiro. “Esses fatores refletem diretamente no potencial gigantesco<br />

do país, por isso, o nosso foco está na ampliação e atendimento de demandas para o mercado”, destaca.<br />

A empresa disponibiliza ao setor, a Taranis Smartscout, uma plataforma digital com inteligência artificial, focada em<br />

ajudar os produtores, distribuidores e consultores agrícolas a tomarem decisões mais assertivas. A ferramenta utiliza<br />

imagens de nível foliar que são analisadas por machine learning de última geração, e que é alimentada pela maior biblioteca<br />

de imagens de campo de alta resolução, contendo mais de 200 milhões de pontos de dados de IA (Inteligência<br />

Artifical). Deste total, o mercado brasileiro representa entre 10% e 15%.<br />

A companhia tem uma linha de atuação com mais de 100 revendedores e distribuidores. Segundo Lucas Geraldini,<br />

diretor de marketing e customer success, este é um mercado em consolidação no Brasil com grandes players montando<br />

cadeias nacionais de distribuição e a visão da empresa é fazer com que esse mercado cada vez mais se assemelhe<br />

ao modelo de distribuição americano em alguns aspectos. “Isso vai ser um incentivo para nos desenvolvermos nos<br />

próximos anos nessa linha de negócio também. E será interessante, pois enquanto o nosso produto avança para esse<br />

tipo de cliente nos EUA os brasileiros acabam sendo beneficiados por um produto cada vez mais pronto e avançado”,<br />

acrescenta.<br />

A captação de US$ 40 milhões em uma rodada de investimento de série D, foi liderada pela Inven Capital, um fundo<br />

europeu focado em tecnologia climática. Este capital eleva o financiamento total da empresa para US$ 100 milhões.<br />

De acordo com Bar Veinstein, CEO da Taranis global, o aporte representa muitas oportunidades e permitirá à empresa<br />

acelerar seu plano de crescimento de 3 anos entregando inteligência de colheita para o agronegócio global e<br />

em particular, o Brasil. “Este país é o segundo maior mercado para nós e pretendemos aumentar o nosso investimento<br />

para expandir as operações locais e fornecer insights para proteger milhões de hectares de plantações, especialmente<br />

de cana-de-açúcar”, almeja o CEO.<br />

Foto: divulgação<br />

24 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


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NOTAS<br />

5G<br />

NO NORTE<br />

As cinco capitais da Região Norte começam a ter sinais da<br />

internet 5G sendo transmitidos pelas antenas das operadoras.<br />

Com isso, a quinta geração da tecnologia completa a primeira<br />

etapa prevista em edital, disponibilizando o serviço a todas as<br />

27 capitais do país.<br />

O sinal começa a ser ligado em Belém (PA), Macapá (AP),<br />

Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC), mas o prazo<br />

para que as operadoras liguem todas as estações previstas<br />

– uma antena para cada 100 mil habitantes – se encerrará no<br />

dia 28 de novembro.<br />

Segundo o conselheiro Moisés Queiroz Moreira – do Grupo<br />

de Acompanhamento da Implantação das Soluções para<br />

os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz<br />

(Gaispi) –, serão 57 antenas em Belém; 18 em Macapá; 84 em<br />

Manaus; 21 em Porto Velho; e 15 no Rio Branco.<br />

Com a nova tecnologia, a transmissão de dados fica mais<br />

veloz, estável e com menor tempo de resposta (latência). As<br />

frequências para o 5G foram leiloadas em novembro de 2021,<br />

tendo como previsão inicial a de que o serviço seria disponibilizado<br />

em todas as capitais até 31 de julho, e que nas demais<br />

cidades do país a ativação seria gradual até 2029.<br />

“Foi um trabalho exitoso nessa fase inicial, apesar de difícil<br />

e de [envolver] aprendizado, porque não tínhamos total<br />

conhecimento dos problemas que poderiam aparecer”, disse<br />

o conselheiro, referindo-se à conclusão da primeira etapa de<br />

entrega da faixa de 3,5 GHz, a ser explorada por três operadoras<br />

(Vivo, TIM e Claro) em todas as capitais do país.<br />

Segundo o coordenador do Gaispi, Henrique Gomes<br />

Pinheiro, as operadoras instalaram, até o momento, “mais<br />

do que o dobro” de antenas previstas no edital do 5G. “O<br />

mínimo era de 2.528 estações [para as três operadoras]. No<br />

entanto, 5.275 já foram instaladas”, disse ele, ao informar que,<br />

com isso, o 5G já está presente em 5% das 93 mil estações<br />

instaladas no país.<br />

Ele acrescentou que o serviço disponibilizado nas 27 capitais<br />

alcança 24% da população brasileira e tem potencial de<br />

chegar a 50 milhões de pessoas.<br />

Sobre a nova etapa prevista no edital, que é a de levar a<br />

tecnologia 5G às cidades com mais de 500 mil habitantes, o<br />

desafio agora é avançar na limpeza do espectro utilizado –<br />

que é o mesmo de antenas parabólicas. A previsão é que essa<br />

etapa comece a ser implementada em janeiro de 2023.<br />

A fim de viabilizar o processo, serão distribuídos kits de<br />

antenas, que substituirão as parabólicas, para famílias inscritas<br />

no cadastro único de programas sociais do governo federal.<br />

Nesse sentido, estão previstas campanhas informando a população<br />

sobre como proceder o agendamento para a troca<br />

de equipamento.<br />

Foto: divulgação<br />

26 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


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aglomerados MDF, OSB e outros) por adição à cola;<br />

• Mais concentrado dos inseticidas, diminui a quantidade de inertes<br />

a serem aplicados na cola, como também a área de estocagem;<br />

• Base água, com baixa toxicidade e baixo odor;<br />

• Isento de solventes que atacam as borrachas dos equipamentos<br />

industriais;<br />

• Compatível com resinas de última geração;<br />

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NOTAS<br />

CONSUMO<br />

O IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou os novos dados que medem a<br />

confiança do consumidor. O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) avançou 5,4 pontos em setembro, para 89 pontos,<br />

o maior nível desde janeiro de 2020, com 90,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 3,3 pontos, para 84<br />

pontos.<br />

Segundo a coordenadora das Sondagens do Ibre/FGV, Viviane Seda Bittencourt, a confiança dos consumidores sobe<br />

pelo quarto mês consecutivo influenciada pelas perspectivas mais otimistas em relação aos próximos meses. De acordo<br />

com ela, tal resultado parece estar relacionado com a queda nas expectativas de inflação dos consumidores para os próximos<br />

12 meses e a um aumento do otimismo em relação ao mercado de trabalho.<br />

“Há um aumento na intenção de consumo, exceto para os consumidores de renda mais baixa, o que reflete ainda<br />

dificuldades dessa classe. Além disso, a proximidade das eleições tem um efeito potencializador dessas expectativas.<br />

É necessário ter cautela nesses resultados, considerando uma política monetária ainda restritiva e a possibilidade de<br />

desaceleração da atividade econômica, que reduziria a velocidade de recuperação do mercado de trabalho”, explicou a<br />

pesquisadora.<br />

Conforme o IBRE/FGV, a alta em setembro foi influenciada pela melhora dos indicadores sobre o momento e próximos<br />

meses. O IE (Índice de Expectativas) avançou 7,6 pontos, para 100,2 pontos, maior desde dezembro de 2019, com<br />

100,3 pontos, período pré-pandemia da covid-19. O ISA (Índice de Situação Atual) subiu 1,6 ponto, para 73,3 pontos,<br />

maior resultado desde março de 2020, embora ainda baixo em termos históricos.<br />

Em relação aos indicadores que medem a satisfação dos consumidores no momento, há uma percepção de melhora<br />

da situação econômica com aumento de 2,5 pontos no indicador para 82,3 pontos, maior nível desde fevereiro de 2020<br />

(85,5 pontos). A avaliação sobre a situação financeira da família se alterou pouco, 0,8 ponto para 64,9 pontos, nível ainda<br />

baixo em termos históricos.<br />

Nas expectativas, o item que mais contribuiu para a alta no mês foi o que mede o otimismo das famílias em relação à<br />

situação financeira nos próximos seis meses, cujo indicador subiu 10,4 pontos para 100,8 pontos, maior nível desde janeiro<br />

de 2020 (81,7 pontos).<br />

Foto: divulgação<br />

28 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


NOTAS<br />

PORTAS<br />

DE MADEIRA<br />

A Abimci (Associação Brasileira da Indústria<br />

de Madeira Processada Mecanicamente)<br />

por meio do PSQ-PME (Programa Setorial da<br />

Qualidade de Portas de Madeira para Edificações)<br />

lançou a quinta edição da Revista de<br />

Portas de Madeira.<br />

“A Abimci disponibiliza ao mercado a<br />

Revista que é considerada a principal publicação<br />

nacional sobre o segmento. Ela tem<br />

como propósito ser fonte de informação<br />

sobre tendências de mercado, normalização,<br />

produtos certificados, sustentabilidade, entre<br />

outros. Mas acima de tudo, apresenta a<br />

evolução das portas de madeira certificadas<br />

no atendimento às exigências do mercado”,<br />

justifica o superintendente da Abimci, Paulo<br />

Pupo.<br />

Na edição, a matéria de capa aborda as<br />

transformações vividas pelo segmento de<br />

portas de madeira, que há 10 anos disponibiliza<br />

para o mercado produtos certificados,<br />

fabricados pelas empresas que fazem parte do PSQ-PME.<br />

As reportagens abordam ainda uma visão geral do desenvolvimento e dos avanços<br />

conquistados pelo segmento de portas de madeira certificadas; as percepções e tendências<br />

de mercado; os novos padrões de consumo; o uso das portas com requisitos<br />

adicionais de desempenho em projetos especiais; a importância da fidelização do<br />

cliente durante a jornada de compra; e análises de como o segmento de portas está inserido<br />

nas práticas ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em inglês), que estão<br />

ganhando a cada dia mais importância na sociedade e no mercado.<br />

A edição conta com uma entrevista que aborda a tendência da construção de empreendimentos<br />

em que o indivíduo é colocado ao centro em relação às especificações<br />

de projeto com foco no conforto e qualidade de vida e também o papel dos produtos<br />

de madeira neste perfil de empreendimento.<br />

Com um amplo plano de divulgação segmentado junto ao mercado, a edição passa<br />

agora a ser distribuída para empresas fabricantes de portas, construtoras, entidades<br />

representantes da construção civil, arquitetos, engenheiros e profissionais ligados ao<br />

segmento.<br />

Foto: divulgação<br />

30 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


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NOTAS<br />

Foto: Emanuel Caldeira<br />

O Prêmio REFERÊNCIA 2022 está chegando e conforme foi destacado na última edição, o último participante<br />

do Painel Sustentabilidade desse ano foi confirmado. Esse novo painelista se junta a Rafael Mason, presidente do<br />

CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), Evaldo Muñoz<br />

Braz, pesquisador da EMBRAPA Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Deryck Pantoja Martins,<br />

diretor técnico da AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará).<br />

O integrante que completa o elenco do painel é Paulo Pupo, superintendente da Abimci (Associação Brasileira<br />

da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente). Paulo será responsável por apresentar o tema: Mercado e<br />

tendências para a madeira processada. Além do cargo na Abimci, Paulo é vice-presidente da FIEP (Federação das<br />

Indústrias do Estado do Paraná) e Coordenador do Comitê Brasileiro de Madeira ABNT-CB31 (Associação Brasileira<br />

de Normas Técnicas).<br />

A presença de Paulo no painel reforça o papel do prêmio, que além de celebrar os grandes destaques do setor,<br />

serve também como fonte de informação para vários focos de atuação no mercado, passando pela madeira<br />

manejada, as exportações, a pesquisa e também a madeira de reflorestamento.<br />

O Prêmio REFERÊNCIA 2022 é organizado pela Jota Editora, responsável pelas revistas REFERÊNCIA FLORES-<br />

TAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL DA MADEIRA, REFERÊNCIA CELULOSE&PAPEL, REFERÊNCIA PRODUTOS DE<br />

MADEIRA e REFERÊNCIA BIOMAIS. A edição deste ano conta com os patrocínios de: ACIMDERJ, AIMEX, CIPEM,<br />

DRV FERRAMENTAS, EFFISA, INOX CONEXÕES, MONTANA QUÍMICA, MSM QUÍMICA e REMSOFT. A premiação<br />

será realizada no dia 29 de novembro, a partir das 19h (horas), em Curitiba (PR). Além dos vencedores, e convidados,<br />

esse ano o evento é aberto para o público geral. Estão disponíveis alguns ingressos de um lote limitado<br />

de convites para os interessados em participar do evento que dará direito a participar de toda a programação da<br />

noite: Painel Sustentabilidade, Prêmio REFERÊNCIA e do jantar que acontece logo após o término da cerimônia,<br />

com cardápio de massas especiais e bebidas não alcoólicas liberadas.<br />

32 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


ESTUDO COMPROVA AMPLA OCORRÊNCIA DO IPÊ NAS<br />

FLORESTAS DO BRASIL<br />

Dados de 2019 indicam que Mato Grosso registrou 17,6 mi de<br />

hectares em áreas passíveis de manejo dos 25 milhões de hectares<br />

de Floresta Amazônica no Estado<br />

Fonte: Embrapa Florestas<br />

Estudo realizado em áreas florestais sob manejo<br />

sustentável nos estados do Acre e de Mato Grosso,<br />

mapeou mais de 40 milhões de árvores adultas das<br />

espécies Handroanthus serratifolius (ipê amarelo) e<br />

Handroanthus impetiginosus (ipê roxo). A ampla incidência<br />

registrada mostra que os ipês estão protegidos de<br />

extinção e ressalta a importância do manejo sustentável<br />

das florestas.<br />

Segundo os pesquisadores envolvidos, esse total<br />

mapeado não considerou árvores jovens, arvoretas e<br />

banco de plântulas. “Considerando a população, área de<br />

ocorrência, crescimento e estrutura (do passado e atual),<br />

capacidade de suporte e estoque das florestas naturais<br />

sob manejo, maturidade reprodutiva, entre outros fatores,<br />

entendemos que as duas espécies não se encontram em<br />

condição vulnerável”, afirma o pesquisador Evaldo<br />

Muñoz Braz, da Embrapa Florestas (PR).<br />

Os resultados estão apresentados na publicação<br />

“Ocorrência e crescimento de Handroanthus spp. na<br />

Amazônia, nos estados de Mato Grosso e Acre, como<br />

subsídio para a elaboração de normativas de manejo<br />

florestal e avaliação de risco de extinção”. A obra traz<br />

dados e informações fundamentais que colaboram em<br />

recentes debates no setor florestal sobre a inserção dos<br />

ipês na lista de espécies da flora ameaçadas de extinção.<br />

Durante o ano de 2020, os pesquisadores estiveram em<br />

campo em áreas de florestas nativas remanescentes,<br />

localizadas no Acre e em Mato Grosso, onde já desenvolvem<br />

outros projetos de pesquisa sobre manejo florestal<br />

sustentável, com o objetivo de levantar a atual situação<br />

de ocorrência e crescimento do ipê.<br />

Em Mato Grosso, dados de 2019 registram 17,6<br />

milhões de ha em áreas passíveis de manejo dos 25<br />

milhões de ha de Floresta Amazônica no Estado e com<br />

áreas protegidas em mais 8 milhões de ha em reservas<br />

indígenas e Unidades de Conservação de Proteção<br />

Integral.<br />

A metodologia utilizada para a realização desse<br />

trabalho envolve cruzamento e estudo de diferentes<br />

informações e pesquisas de campo. Os cientistas reuniram<br />

diversos bancos de dados florestais e da literatura<br />

especializada, buscando abranger, de forma representativa,<br />

todas as subtipologias do bioma Amazônia presentes<br />

no Acre e no Mato Grosso e identificar sua ocorrência.<br />

O conjunto de dados foi composto por inventários<br />

florestais de Planos de Manejo Florestal Sustentável<br />

(PMFS) aprovados e fornecidos pelo Instituto de Meio<br />

Ambiente do Acre (Imac-AC) e pela Secretaria de Estado<br />

de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT).<br />

Entre os inventários, estavam os do tipo “censo”, que<br />

incluem os dados de todas as árvores com diâmetro à<br />

altura do peito (DAP) maior que 35 cm. Nessa categoria,<br />

foram registradas mais de 20 mil árvores de Handroanthus<br />

spp. em uma área de aproximadamente 100 mil ha<br />

inventariados.<br />

Outra parte do trabalho analisou dados de crescimento<br />

das espécies, por meio do estudo dos anéis de crescimento<br />

dos ipês das áreas amostradas. Com a informação da<br />

maturidade reprodutiva das espécies, obtida em literatura<br />

científica, foi possível avaliar que o ciclo reprodutivo das<br />

árvores sob MFS está assegurado, garantindo a conservação<br />

da floresta.<br />

Manejo sustentável deixa a floresta em pé<br />

A madeira é um produto altamente sustentável, sendo,<br />

sob normas de manejo, um bem renovável. A floresta sob<br />

manejo, além de sustentável do ponto de vista ambiental,<br />

gera renda e sequestra carbono. No trabalho científico,<br />

também foram simuladas cenários de manejo nas diferentes<br />

tipologias, e sob diferentes condições de extração,<br />

evidenciando a sua sustentabilidade.<br />

O CIPEM<br />

De acordo com Rafael Mason, presidente do Cipem:<br />

“enquanto entidade representativa do setor de base<br />

florestal, o CIPEM defende que a ampliação das pesquisas<br />

científicas em torno do Manejo Florestal contribui<br />

diretamente para a continuidade e aprimoramento da<br />

atividade, com respeito à legislação vigente. Dessa forma,<br />

por entender que o aprofundamento no tema também traz<br />

contribuições na desconstrução de conceitos errôneos<br />

preestabelecidos, o Cipem reitera seu compromisso com a<br />

floresta nativa e com a produção científica de conteúdo<br />

sobre o bioma Amazônico por meio de parcerias sólidas<br />

com instituições de pesquisa”.<br />

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APLICAÇÃO<br />

CAPTAÇÃO<br />

DE CARBONO<br />

Foto: divulgação<br />

Os múltiplos usos da madeira, como<br />

fonte de captação permanente de<br />

carbono da atmosfera, e a plantação<br />

de árvores e reflorestamento são<br />

igualmente importantes para o chamado<br />

sequestro de gás carbônico.<br />

Nesse segmento, um dos destaques<br />

vem da maior construtora da América<br />

Latina, a MRV, que atingiu a marca de<br />

2 milhões de árvores plantadas em<br />

todo o território nacional nos últimos<br />

12 anos. O cálculo leva em conta o<br />

período de janeiro de 2010 a agosto<br />

de 2022, representando um total de<br />

986 mil toneladas de CO 2<br />

(gás carbônico)<br />

removidos da atmosfera.<br />

SUSTENTABILIDADE<br />

Poupando o equivale ao que é<br />

produzido em 18,3 milhões de viagens<br />

pontes aérea entre Rio Janeiro<br />

e São Paulo, e a 5,7 bilhões de<br />

quilômetros rodados de um veículo<br />

leve movido a gasolina, o feito<br />

da construtora MRV. Somente de<br />

janeiro a agosto de 2022, mais de<br />

252 mil árvores já foram plantadas<br />

pela companhia – que é signatária<br />

da Rede Brasil do Pacto Global da<br />

ONU (Organização das Nações<br />

Unidas) e faz parte do Índice de<br />

Sustentabilidade Empresarial da<br />

B3 pelo sexto ano.<br />

Foto: divulgação<br />

34 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


Estufa com gerador<br />

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de produzir ar quente para diversas finalidades<br />

industriais, tais como: aquecimento de ambiente,<br />

secagem de lâminas de madeira, secagem de madeiras<br />

serradas, secagem de tecidos, desidratação de frutas,<br />

secagem de cereais, grãos, sementes e ervas em geral.<br />

Ar quente isento de contaminantes da fumaça produzido<br />

em trocador de calor em aço inoxidável resistente ao calor<br />

e à corrosão garante maior vida útil ao equipamento e<br />

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FRASES<br />

“RECENTEMENTE FORAM VENDIDAS AS REFINARIAS DE MATARIPE<br />

(RLAM) E ISAAC SABBÁ (REMAN). ISSO DIMINUI A CONCENTRAÇÃO DESSE<br />

MERCADO DE 98% PARA 80%. TENHO CERTEZA DE QUE A PETROBRAS<br />

FARÁ DE TUDO PARA CUMPRIR O ACORDO COM O CADE (CONSELHO<br />

ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA) E VENDER TODAS AS<br />

REFINARIAS ACORDADAS, PREVISTAS NO PLANO DE DESINVESTIMENTO”<br />

ADOLFO SACHSIDA, MINISTRO DE MINAS E ENERGIA<br />

“DESENHAMOS<br />

OS PROGRAMAS<br />

SOCIAIS JUNTOS.<br />

PRESERVAMOS<br />

11 MILHÕES DE<br />

EMPREGOS. TODO<br />

MUNDO ESTÁ COM<br />

DINHEIRO PARA VIVER.<br />

NÃO É NEM SOBREVIVER, É<br />

VIVER MESMO. JÁ A CLASSE<br />

MÉDIA ESTÁ GERANDO<br />

EMPREGO E RENDA”<br />

PAULO GUEDES,<br />

MINISTRO DA<br />

ECONOMIA<br />

“A CADEIA PRODUTIVA DA INDÚSTRIA FLORESTAL<br />

PRECISA APROFUNDAR A DISCUSSÃO SOBRE SEUS<br />

DESAFIOS, ENTRE ELES O DE AMPLIAR A OFERTA DE<br />

MATÉRIA-PRIMA E MELHORAR SUA COMPETITIVIDADE.<br />

TEMOS ESCASSEZ DE MADEIRA NAS REGIÕES SUL,<br />

SUDESTE, CENTRO-OESTE E NORDESTE E UMA<br />

DAS CAUSAS É A FALTA DE INCENTIVOS PARA OS<br />

PRODUTORES RURAIS CULTIVAREM FLORESTAS DE<br />

EUCALIPTO OU PINUS”<br />

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil<br />

GILBERTO SELEME, PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA FIESC<br />

(FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE SANTA CATARINA)<br />

“A SEMANA INTERNACIONAL<br />

DA MADEIRA É DE GRANDE<br />

IMPORTÂNCIA PARA O<br />

DESENVOLVIMENTO DO SETOR,<br />

POIS PROPORCIONA NETWORKING,<br />

GERAÇÃO DE NEGÓCIOS, AVALIAÇÃO<br />

DE CENÁRIOS E PERSPECTIVAS<br />

ENTRE OS VÁRIOS ELOS DA CADEIA<br />

PRODUTIVA DO SETOR MADEIREIRO E<br />

DE BASE FLORESTAL NACIONAL”<br />

PAULO PUPO, SUPERINTENDENTE<br />

DA ABIMCI (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA<br />

DA INDÚSTRIA DE MADEIRA<br />

PROCESSADA MECANICAMENTE)<br />

36 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


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ENTREVISTA<br />

MADEIRA DO PARÁ:<br />

DESTINO EXPORTAÇÃO<br />

FOREST PRODUCTS<br />

FROM THE STATE<br />

OF PARÁ:<br />

DESTINATION<br />

EXPORT<br />

C<br />

erca de 70% da madeira do Pará é exportada para<br />

os EUA (Estados Unidos da América) e União Europeia,<br />

cenário desafiador diante dos conflitos entre<br />

Rússia e Ucrânia. Representante do segmento<br />

no Estado, a AIMEX (Associação das Indústrias<br />

Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará) celebra os resultados<br />

de 2022 até agora: 100% de aumento em valoração<br />

e 23% mais exportações do início do ano até o mês de julho.<br />

Presidente da AIMEX, Leandro Rymsza, detalha esse panorama<br />

e fala sobre as perspectivas para 2023 em entrevista exclusiva<br />

para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL:<br />

ENTREVISTA<br />

About 70% of the State of Pará’s forest products are<br />

exported to the USA and the European Union, a<br />

challenging scenario facing the conflicts between<br />

Russia and Ukraine. Representative of the segment<br />

in the State, the State of Pará Association of Timber<br />

Exporting Companies (Aimex) celebrates the results of 2022 to<br />

date: a more than 100% increase in value and more than 23% in<br />

exports from the beginning of the year to July. Leandro Rymsza,<br />

President of Aimex, provides details on this panorama and talks<br />

about the prospects for 2023 in this exclusive interview with REFE-<br />

RÊNCIA <strong>Industrial</strong>:<br />

LEANDRO RYMSZA<br />

CARGO: PRESIDENTE DA AIMEX E<br />

EMPRESÁRIO DO RAMO FLORESTAL MADEIREIRO<br />

Foto: divulgação<br />

FUNCTION: PRESIDENT OF THE STATE OF PARÁ ASSOCIATION OF<br />

TIMBER EXPORTING COMPANIES (AIMEX)<br />

BUSINESSMAN IN THE FOREST PRODUCT INDUSTRY<br />

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QUE NOS VISITARAM NA<br />

SERRA FITA


ENTREVISTA<br />

AS EXPORTAÇÕES DE MADEIRA DO PARÁ<br />

SUBIRAM 23% DO INÍCIO DO ANO, ATÉ JU-<br />

LHO E 100% EM VALORAÇÃO. A QUE SE<br />

DEVE ESSE AUMENTO?<br />

De fato, existe uma diferença expressiva entre<br />

a quantidade e o valor exportado, pois no acumulado<br />

de janeiro a julho comparando com o mesmo<br />

período de 2021, houve o crescimento de 103,61%<br />

no valor (US$ FOB 253.557.690) e 23,34% na quantidade<br />

(174.791.614 Kg) exportada. Para melhor<br />

analisar temos que avaliar os preços praticados em<br />

2020 haja vista que 2021 foi atípico para o exportador<br />

paraense devido alguns fatos que causaram<br />

o represamento de contêineres, que deixaram de<br />

ser embarcados. Entre os fatos estão a mudança e<br />

integração entre os sistemas do IBAMA (Instituto<br />

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />

Renováveis) e SISCOMEX (Sistema Integrado<br />

de Comércio Exterior) que dificultou a liberação<br />

da autorização de exportação, e a disponibilidade<br />

restringida de navios e contêineres devido a desestruturação<br />

da rede mundial de oferta e procura<br />

no transporte marítimo de cargas. Se compararmos<br />

com o primeiro semestre de 2020, o preço<br />

médio obtido foi de US$ 972,30/tonelada, enquanto<br />

no primeiro semestre de 2022 o preço médio foi<br />

de US$ 1.593,94/tonelada, ou seja, um aumento<br />

de 64%, bem acima da média de quase todos os<br />

insumos da construção civil, que chegou perto dos<br />

40% em muitos países. O aumento dos valores<br />

exportados em 2022 é reflexo do aumento dos<br />

preços e de uma demanda maior que a oferta nos<br />

primeiros meses, e do início das exportações do<br />

MDF produzido no Pará. Assim, as cargas que ficaram<br />

represadas em 2021 estão sendo exportadas<br />

neste ano, apesar de ainda haver um descompasso<br />

pelos mesmos motivos que ainda persistem, mas<br />

em menor intensidade.<br />

STATE OF PARÁ FOREST PRODUCT EX-<br />

PORTS INCREASED MORE THAN 23% IN<br />

VOLUME AND MORE THAN 100% IN VALUE<br />

FROM THE BEGINNING OF THE YEAR TO<br />

JULY. HOW DID THIS INCREASE COME<br />

ABOUT?<br />

There is a significant difference between the<br />

amount and the value exported from January<br />

to July compared to the same period in 2021.<br />

There was a growth of 103.61% in the value<br />

(US$ 253,557,690 FOB) and 23.34% in volume<br />

(174,791,614 kg) exported. To better analyze<br />

this, we have to evaluate the prices practiced<br />

in 2020, as 2021 was atypical for the exporter<br />

from Pará due to several factors that caused<br />

container shipments to be held up. Among the<br />

factors are the change and integration between<br />

the Brazilian Institute of the Environment and<br />

Renewable Natural Resources (Ibama) and the<br />

integrated System of Foreign Trade (Siscomex)<br />

systems that hindered the granting of export authorizations,<br />

as well as the restricted availability<br />

of ships and containers due to the dismantling<br />

of the world’s supply and demand network in the<br />

area of maritime cargo transport. Compared to<br />

the first half of 2020, the average price obtained<br />

was US$ 972.30/mt, while in the first half of 2022,<br />

the average price was US$ 1,593.94/mt, that is,<br />

an increase of 64%, well above the average of almost<br />

all building construction inputs, which came<br />

close to 40% in many countries. The increase in<br />

exported values in 2022 reflects the increase in<br />

prices and demand greater than supply in the<br />

first months and the beginning of exports of the<br />

MDF produced in Pará. Thus, the shipments held<br />

up in 2021 are being made this year, although a<br />

backlog still persists for the same reasons, but to<br />

a lesser extent.<br />

NO MERCADO NACIONAL O PRINCIPAL<br />

CONSUMIDOR DE MADEIRA É A<br />

CONSTRUÇÃO CIVIL E A INDÚSTRIA DE MÓVEIS<br />

40 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


ENTREVISTA<br />

COMO A AIMEX AVALIA O CENÁRIO NA-<br />

CIONAL E INTERNACIONAL DE EXPORTA-<br />

ÇÃO DE MADEIRA E AS PERSPECTIVAS PARA<br />

2023?<br />

No mercado nacional o principal consumidor<br />

de madeira é a construção civil e a indústria de<br />

móveis. Com as medidas baixadas para controlar a<br />

inflação e com a queda no nível de desemprego, a<br />

expectativa é de melhora do consumo de madeira<br />

pela construção civil na primeira etapa com a entrega<br />

de novas unidades habitacionais, e no setor<br />

de móveis em uma segunda etapa em decorrência<br />

do aumento da produção para mobiliar as novas<br />

residências. Quanto ao mercado internacional é<br />

cedo para se avaliar um cenário para 2023, considerando<br />

que os EUA e União Europeia importam<br />

cerca de 70% da madeira paraense, mas o setor já<br />

observa uma retração do mercado em decorrência<br />

do cenário de mudança na política monetária<br />

para combater a inflação somado ao complicado<br />

quadro geopolítico mundial gerador de pressão<br />

inflacionária, consequência da guerra entre Rússia<br />

e Ucrânia.<br />

DE QUE FORMA AS QUESTÕES INTERNA-<br />

CIONAIS, COMO A GUERRA DA RÚSSIA X<br />

UCRÂNIA TÊM IMPACTADO NO MERCADO<br />

BRASILEIRO?<br />

O impacto foi positivo para o setor, pois os<br />

efeitos diretos das sanções econômicas impostas<br />

levou a suspensão do comércio de madeira da<br />

Rússia, Ucrânia e Belarus, maiores fornecedores da<br />

União Europeia, enquanto perdurar a guerra. Para<br />

compensar esta situação, a União Europeia aumentou<br />

a importação de madeira de outros países,<br />

entre eles o Brasil, beneficiando o Pará que é o<br />

maior exportador brasileiro de madeira tropical.<br />

QUAIS OS OBJETIVOS PARA A SUA GES-<br />

TÃO NA AIMEX?<br />

Dar continuidade aos projetos e ações que vi-<br />

HOW DOES AIMEX SEE THE DOMESTIC<br />

AND INTERNATIONAL FOREST PRODUCT<br />

EXPORT SCENARIO, AND WHAT IS THE<br />

OUTLOOK FOR 2023?<br />

The primary forest product consumers for the<br />

domestic market are the building construction<br />

and furniture industry. With the measures taken<br />

to control inflation and the drop in unemployment,<br />

the expectation is for an improvement.<br />

The first stage is in forest product consumption<br />

by building construction with the delivery of<br />

new housing units. The second stage is in the<br />

furniture-making segment, due to increased<br />

production to furnish new homes. As for the<br />

international market, it is too early to evaluate a<br />

scenario for 2023, considering that the U.S. and<br />

European Union imports account for about 70%<br />

of the forest products from Pará. However, the<br />

Sector is already observing a market downturn<br />

due to the scenario of changing monetary policy<br />

to combat inflation added to the complicated<br />

global geopolitical framework that generates<br />

the inflationary consequence of the war between<br />

Russia and Ukraine.<br />

HOW HAVE INTERNATIONAL ISSUES<br />

SUCH AS THE WAR IN UKRAINE IMPACTED<br />

THE MARKET?<br />

The impact was positive for the Sector, as the<br />

direct effects of the economic sanctions imposed<br />

led to the suspension of forest product trade<br />

with Russia, Ukraine, and Belarus, the European<br />

Union’s largest suppliers, for the duration of the<br />

war. To compensate for this situation, the European<br />

Union has increased timber imports from<br />

other countries, including Brazil, benefiting Pará,<br />

the largest Brazilian exporter of tropical wood<br />

products.<br />

WHAT ARE THE OBJECTIVES FOR YOUR<br />

MANDATE AT AIMEX?<br />

O CONCEITO DE ESG É IRREVERSÍVEL,<br />

MAS PRECISA FAZER PARTE DA CULTURA<br />

DAS EMPRESAS E DO SETOR MADEIREIRO<br />

42 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


• Fabricado em alvenaria<br />

ou estrutura metálica;<br />

•<br />

Sistema que permite o<br />

acompanhamento de<br />

relatórios físicos e<br />

virtuais do desempenho;<br />

• Solução de tratamento<br />

fitossanitário AQF;<br />

•<br />

Sistema Contraco de<br />

aquecimento que<br />

dispensa caldeira<br />

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ENTREVISTA<br />

sem fortalecer institucionalmente o setor produtivo<br />

de base florestal, além de traçar novos objetivos<br />

para o desenvolvimento da atividade madeireira<br />

no Pará e na Amazônia, apoiando a produção sustentável,<br />

combater a atividade e o desmatamento<br />

ilegal, divulgar o manejo florestal e impulsionar,<br />

cada vez mais, o beneficiamento e a certificação<br />

dos nossos produtos para os associados da AI-<br />

MEX, que hoje é integrado por 25 empresas.<br />

DE QUE FORMA A SUSTENTABILIDADE<br />

ESTÁ INTERFERINDO POSITIVAMENTE NA EX-<br />

PORTAÇÃO DE MADEIRA?<br />

O compromisso da AIMEX com a sustentabilidade<br />

da floresta, através das suas ações e campanhas<br />

de divulgação e valorização do manejo<br />

florestal e da madeira sustentada, tem trazido<br />

resultados positivos junto ao público consumidor<br />

interno e externo. A ação mais recente é a parceria<br />

firmada com a EMBRAPA (Empresa Brasileira de<br />

Pesquisa Agropecuária) para conhecer em detalhes<br />

as populações de Ipês (roxo e amarelo) nas<br />

áreas de produção do Pará. Os resultados obtidos<br />

serão utilizados para subsidiar índices técnicos e<br />

seguros, que levem em conta as características de<br />

crescimento e a taxa de recuperação da espécie,<br />

para garantir sua manutenção e diversidade na<br />

floresta.<br />

COMO A AIMEX VÊ O AUMENTO DA IM-<br />

PORTÂNCIA DO ESG NESSE SEGMENTO DO<br />

MERCADO?<br />

Vejo que o conceito ESG (meio ambiente, social<br />

e governança) é irreversível. Entretanto, a empresa<br />

tem que querer que este conceito faça parte<br />

da sua cultura, tem que ser inerente a atividade<br />

florestal sustentada. Apesar de ser um conceito<br />

novo, entendo que a empresa que já possua um<br />

certificado ambiental, onde é preciso obedecer a<br />

padrões ambientais e sociais sem colocar o lado<br />

econômico em risco, já se enquadra no conceito<br />

ESG.<br />

To continue the projects and actions aimed<br />

at institutionally strengthening the Forest Product<br />

Sector, in addition to setting new objectives<br />

for the development of forest harvesting in Pará<br />

and the Amazon, supporting sustainable production,<br />

combating illegal activity and deforestation,<br />

disseminating forest management, and increasingly<br />

fostering the processing and certification<br />

of our products with Aimex members, who now<br />

number 25 companies.<br />

HOW IS SUSTAINABILITY POSITIVELY<br />

INTERFERING WITH TIMBER PRODUCT EX-<br />

PORTS?<br />

Aimex’s commitment to forest sustainability,<br />

through its actions and campaigns for disseminating<br />

and valorizing forest management<br />

and sustainable timber products, has brought<br />

positive results from the internal and external<br />

consuming public. The most recent effort is the<br />

partnership signed with the Brazilian Agricultural<br />

Research Company (Embrapa) to survey the Ipê<br />

populations (purple and yellow) in the State of<br />

Pará production areas. The results will be used to<br />

subsidize technical and accurate indexes, which<br />

consider the species’ growth characteristics and<br />

recovery rate, to ensure its maintenance and diversity<br />

in the forest.<br />

HOW DOES AIMEX SEE THE INCREASED<br />

IMPORTANCE OF ESG IN THIS MARKET SEG-<br />

MENT?<br />

We see that the ESG concept is irreversible.<br />

However, a company has to want this concept<br />

to be part of its culture; it has to be inherent to<br />

sustained forest activity. Despite being a new<br />

concept, I understand that a company with an<br />

environmental certificate, where it is necessary to<br />

comply with environmental and social standards<br />

without putting the economic side at risk, already<br />

fits the ESG concept.<br />

A UNIÃO EUROPEIA AUMENTOU A IMPORTAÇÃO DE<br />

MADEIRA DE PAÍSES COMO O BRASIL DIANTE DAS<br />

DIFICULDADES TRAZIDAS PELA GUERRA NA RÚSSIA E UCRÂNIA<br />

44 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


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Equipamento projetado para receber toras de diversos formatos, efetuando<br />

cortes simultâneos nas extremidades para retirada das costaneiras. Sistema<br />

de saída da costaneira automatizada.<br />

Componentes<br />

Posicionador de Toras<br />

Tombador de Toras<br />

Leitor de diâmetro por Scanner e<br />

bitolador com servo motor<br />

Características<br />

Alta produção<br />

Precisão de corte<br />

Sistema de limpeza do volante<br />

Braço preensor<br />

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COLUNA ABIMCI<br />

SEMANA INTERNACIONAL<br />

DA MADEIRA 2022<br />

Paulo Pupo<br />

Superintendente da Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira<br />

Processada Mecanicamente<br />

Contato: abimci@abimci.com.br<br />

A<br />

quarta edição da Semana Internacional<br />

da Madeira, realizada de 13 a 16 de setembro,<br />

em Curitiba (PR), se confirmou<br />

novamente como uma importante agenda<br />

para o setor industrial madeireiro e de<br />

base florestal. Os vários eventos realizados proporcionaram<br />

análises dos cenários e abordaram expectativas<br />

e tendências essenciais para o enfrentamento dos<br />

desafios e da necessária leitura do mercado. Foram<br />

mais de 8 mil pessoas presentes nos diversos eventos<br />

realizados ao longo da semana, reunindo a comunidade<br />

madeireira e florestal nacional, em agendas comerciais,<br />

de encontros técnicos, áreas de exposição e<br />

geração de negócios.<br />

Dentre os principais eventos da programação<br />

da Semana, certamente esteve o Woodtrade Brazil,<br />

evento organizado pela Abimci (Associação Brasileira<br />

da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente),<br />

FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná)<br />

e Malinovski, que contou com mais de 600 participantes<br />

que puderam acompanhar as discussões sobre<br />

as condições de competitividade, as perspectivas, o<br />

potencial e os desafios do mercado para os diversos<br />

produtos madeireiros e florestais. Todo o conteúdo<br />

apresentado no Woodtrade Brazil foi pensado minuciosamente<br />

pela Abimci para trazer à tona pautas que<br />

são essenciais para a análise das perspectivas atuais e<br />

futuras do setor com o objetivo de proporcionar embasamento<br />

para definição das estratégias das empresas<br />

e servem como base para a tomada de decisões.<br />

A Semana contou também com outros dois<br />

eventos técnicos, a Wood Protection – Conferência<br />

Sul-Americana de Tecnologias para Proteção de<br />

Madeira; e a ProWood – Conferência Internacional<br />

de Tecnologias para a Indústria da Madeira. Ambos,<br />

respectivamente, proporcionaram aos participantes<br />

atualizações sobre o setor de tratamento de madeiras<br />

Foto: divulgação<br />

e sobre a transformação e beneficiamento da madeira.<br />

Nesta edição, a Semana Internacional da Madeira<br />

também ganhou um importante reforço em<br />

sua agenda, com a inserção em sua programação<br />

do 5º ENCAPP (Encontro da Cadeia Produtiva da<br />

Porta) que foi realizado junto à Lignum Latin America.<br />

O evento contou com a exposição de produtos<br />

da cadeia produtiva da porta, novas tecnologias e<br />

soluções construtivas para o segmento. Além da<br />

participação das empresas fabricantes de portas e<br />

de empresas expositoras em rodadas de negócios. A<br />

área de exposição do Encapp recebeu 2.698 visitantes.<br />

O resultado foi 80% superior ao da última edição<br />

realizada em 2019.<br />

A feira Lignum Latin America apresentou uma<br />

excelente estrutura, com uma variada área de exposição,<br />

envolvendo 120 empresas. Tecnologias,<br />

lançamentos, prospecção de novos negócios e investimentos<br />

foram pautas desenvolvidas nos três dias<br />

de exposição.<br />

Certamente são essas agendas macro e em várias<br />

abordagens, reunindo empresários de praticamente<br />

todas as regiões do país, de todos os segmentos<br />

madeireiros, indiferente da espécie e da matéria-prima<br />

que utilizam, que proporcionam a integração tão<br />

necessária às empresas do setor, ajudando na definição<br />

de estratégias, no enfrentamento dos desafios<br />

e demandas. Em tempos de constantes transformações<br />

no mercado, tanto nacional como em relação<br />

as exportações, apresentando novas tendências de<br />

consumo, sustentabilidade e competitividade em<br />

velocidades cada vez maiores, exigem cada vez mais<br />

conhecimento, cautela e compreensão dos fatos.<br />

Os eventos e o network presenciados em Curitiba,<br />

durante a Semana Internacional da Madeira, contribuíram<br />

para isso.<br />

Você sabia?<br />

Em 2012, com o intuito de auxiliar<br />

no desenvolvimento técnico<br />

e defender os interesses das empresas<br />

associadas fabricantes de<br />

portas de madeira, a Abimci criou<br />

o PSQ-PME (Programa Setorial da<br />

Qualidade de Portas de Madeira<br />

para Edificações). O Programa trouxe procedimentos<br />

para o processo produtivo e padronização para<br />

as portas de madeira que passaram a atender as<br />

normas técnicas vigentes.<br />

46 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


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Oferecemos as melhores soluções em máquinas e equipamentos para empresas que<br />

trabalham no mercado moveleiro e madeireiro no Brasil. A B.KRICK representa as<br />

máquinas do grupo WEINIG, ou seja, as máquinas que ditam os padrões de<br />

tecnologias e eficiência no mercado mundial.<br />

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por meio de práticas criteriosas para atender o melhor possível cada cliente,<br />

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MERCADO MOVELEIRO E<br />

MADEIREIRO CONTAM COM<br />

A REPRESENTAÇÃO DA<br />

B.KRICK NO BRASIL<br />

Fotos: divulgação<br />

48 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


INTERNATIONAL SEAL<br />

FOR 34 YEARS, THE TECHNOLOGY THAT DEFINES<br />

THE WORLD STANDARDS OF EFFICIENCY IN THE<br />

FURNITURE AND SAWMILL MARKET HAS BEEN<br />

REPRESENTED BY B.KRICK IN BRAZIL<br />

OUTUBRO 2022 49


PRINCIPAL<br />

F<br />

undada em outubro de 1988, com sede em Curitiba<br />

(PR), a B.KRICK nasceu com o objetivo de<br />

oferecer as melhores soluções em máquinas e<br />

equipamentos para empresas que trabalham no<br />

mercado moveleiro e madeireiro no Brasil. O fundador,<br />

Bruno E. Krick, buscava preencher uma grande lacuna<br />

tecnológica então existente no país. Logo em seu início, a<br />

B.KRICK passou a representar no país as máquinas do grupo<br />

alemão WEINIG, reconhecido como padrão mundial de excelência.<br />

Em outras palavras, são as máquinas que ditam os<br />

padrões de tecnologia e eficiência no mercado mundial. “O<br />

resultado dessa chancela exclusiva da WEINIG é a garantia<br />

de uma reputação baseada em seriedade e confiança, alcançada<br />

por meio de práticas criteriosas para atender o melhor<br />

possível cada cliente. De lá para cá, somamos mais de 4 mil<br />

máquinas já instaladas no Brasil”, celebra o CEO Bruno Krick<br />

Junior, filho do fundador.<br />

A B.KRICK tem como principal foco o atendimento atencioso<br />

ao cliente em todos os quesitos. “Para isso, contamos<br />

com uma equipe altamente engajada com o mesmo espírito<br />

e visão de negócio. Ao longo dos anos, nosso time – 30 funcionários,<br />

sendo metade do departamento técnico – cresceu<br />

não apenas em número, mas em capacitação, conhecimento<br />

e experiência, cada dia mais forte e unida em torno deste<br />

ideal. O resultado são profissionais com know-how internacional,<br />

confiabilidade para o cliente final, atendimento ágil<br />

e eficiente”, resume o CEO Bruno.<br />

“Somos clientes da B.KRICK desde 2013, quando compramos<br />

a primeira máquina de corte. Optamos pela qualidade do<br />

equipamento alemão, com qualidade superior à disponível no<br />

mercado nacional. De ganhos produtivos, temos a velocidade<br />

dos equipamentos WEINIG, com plainas de alta velocidade,<br />

que atendem às nossas necessidades, com velocidade de<br />

125m (metros) lineares por minuto”, enaltece Flávio Luiz<br />

Knorst, diretor da Finestra Móveis, de Saudades (SC).<br />

Luiz José Sguario Neto, diretor operacional da Sguario Indústria<br />

de Madeiras, recorda que conheceu a B.KRICK em uma<br />

edição da feira Lignum em 1995, em Hannover (Alemanha).<br />

“Compramos os primeiros equipamentos em 2001. Somos<br />

clientes desde então, já compramos moldureiras, scanners,<br />

prensas e finger joint. Praticamente todos equipamentos<br />

na nossa fábrica são da WEINIG e B.KRICK”, lista Luiz José.<br />

F<br />

ounded in October 1988, based in Curitiba (PR),<br />

B.KRICK was established to offer the best solutions<br />

in machinery and equipment for companies<br />

working in Brazil’s furniture and sawmill market.<br />

The founder, Bruno E. Krick, sought to fill a large<br />

technological gap in the Country. In its early beginning,<br />

B.KRICK began representing the German WEINIG Group<br />

machines in the Country, recognized as a world standard of<br />

excellence. In other words, machines dictate technology and<br />

efficiency standards in the world market. “The result of this<br />

exclusive WEINIG seal is the guarantee of a reputation based<br />

on seriousness and trust, achieved through prudent practices<br />

to serve each customer as best as possible. Since then, we<br />

have installed more than four thousand machines in Brazil,”<br />

celebrates Bruno Krick Junior, Managing Director and son of<br />

the founder. B.KRICK focuses on attentive customer service<br />

in all areas. “For this, we have a team highly engaged with<br />

the same spirit and business vision. Over the years, our team<br />

of 30 employees, today one-half of the technical department,<br />

has grown in number and training, knowledge, and experience,<br />

each day stronger and united around this ideal. The<br />

result is professionals with international know-how, providing<br />

reliability for the end customer, agile, and efficient service,”<br />

summarizes Managing Director Krick Junior.<br />

Flávio Luiz Knorst, Managing Director of Finestra Móveis,<br />

Saudade (SC) reveals, “we have been B.KRICK customers<br />

since 2013, when we bought our first cutting machine. We<br />

chose the quality of German equipment, with higher quality<br />

than that available in the domestic market. This is because<br />

of productivity gains; we have the speed of WEINIG equipment,<br />

with high-speed planers, which meet our needs, with a<br />

rate of 125 linear meters per minute.”<br />

Luiz José Sguario Neto, Managing Director of Sguario<br />

Indústria de Madeiras, recalls meeting B.KRICK at the Lignum<br />

Fair in Germany’s 1995 Hannover. “We bought our first<br />

machine in 2001. We have been customers since, and we<br />

have bought molders, scanners, presses, and finger jointers.<br />

Virtually all of the equipment in our factory is from WEINIG<br />

and B.KRICK,” he states.<br />

AFTER-SALES<br />

According to B.KRICK’s Managing Director, the search for<br />

FUNCIONAMENTO COMPLETO<br />

50 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


PÓS VENDA<br />

Segundo o CEO da B.KRICK, a busca por produtos diferenciados<br />

e um pós-venda eficaz são a meta da empresa,<br />

que irá completar 35 anos em 2023. “Nosso pilar principal<br />

sempre foi o pós-venda, faz parte da filosofia da empresa. Há<br />

uns 10 ou 15 anos, a maioria dos clientes passou a ser de exportadoras.<br />

Nossa parte técnica é própria para atender esses<br />

clientes, com disponibilidade 24h (horas) por dia. Para isso,<br />

fazemos questão de ter representantes comerciais próprios<br />

que viajam até os clientes, com contato pessoal e confiança<br />

que fazem a diferença”, relata.<br />

A empresa funciona na mesma sede desde 1988, em Curitiba<br />

(PR), que foi ampliada ao longo dos anos. “Meu pai veio<br />

da França, fundou e comandou a B.KRICK por 30 anos, até se<br />

aposentar em 2018. Desde então, formamos uma equipe de<br />

gestão, em que cada sócio é responsável por um setor, trabalhando<br />

em conjunto com a responsabilidade compartilhada<br />

pela empresa. Hoje estamos na segunda geração de conhecimento<br />

dentro da B.KRICK e já damos início ao processo de<br />

formação da terceira geração”, celebra Bruno Krick Junior.<br />

“O pós-venda e o suporte realmente são muito bons. Em<br />

2015 passamos por uma enchente que foi uma catástrofe,<br />

com perdas em muitos equipamentos debaixo d’água. E a<br />

B.KRICK nos ajudou muito no rescaldo, colocando de volta<br />

à produção todas essas máquinas. O atendimento deles foi<br />

muito importante, com equipe daqui e da Alemanha nos<br />

ajudando a reconstruir nossa linha de produção”, agradece<br />

Flávio Luiz Knorst.<br />

A equipe de profissionais, como atendem produtos nichados,<br />

são todos formados pela empresa, tendo vindo de uma<br />

formação inicial em Mecânica, Eletrônica ou Mecatrônica. “Os<br />

técnicos novos acompanham os técnicos plenos durante um,<br />

dois ou até três anos, e arcamos com todas as despesas desse<br />

processo de aprendizado na prática. O conhecimento das<br />

máquinas é autônomo, independente e integral da B.KRICK,<br />

o que amplia o nosso diferencial”, explica o CEO.<br />

“Nosso equipamento mais antigo da B.KRICK funciona<br />

perfeitamente há 20 anos. É um equipamento robusto, de<br />

grande durabilidade e confiabilidade. E com uma tecnologia<br />

que vem sempre evoluindo e nos garantindo ganhos de<br />

differentiated products and effective after-sales service is the<br />

Company’s goal, which turns 35 in 2023. “Our main pillar has<br />

always been after-sales service; it is part of the Company’s<br />

philosophy. About 10 or 15 years ago, most of the customers<br />

became exporters. Our technical service is now to serve these<br />

customers with availability 24h per day. For this, we make<br />

a point of having our own sales representatives who travel to<br />

customers, offering a personal contact and trust that make<br />

the difference”, he says.<br />

The Company has been operating at the same headquarters<br />

since 1988, in Curitiba, which has expanded over<br />

the years. “My father came from France, founded, and ran<br />

B.KRICK for 30 years until he retired in 2018. Since then, we<br />

have formed a management team in which each partner is<br />

responsible for one sector, working together with the responsibility<br />

shared by the Company. Today, we are working with<br />

the second generation of knowledge within B.KRICK and we<br />

have already started the process of establishing the third generation,”<br />

celebrates Bruno Krick Junior.<br />

“After-sales and support are excellent. For example,<br />

in 2015, our installations were flooded, which was a catastrophe,<br />

with losses with much equipment underwater. And<br />

B.KRICK helped us a lot in the aftermath, putting all these<br />

machines back into operation. Their service was vital, with<br />

professionals based here and in Germany helping us rebuild<br />

our production line,” thanks Finestra Móveis’s Knorst.<br />

The Company’s professional team must be specially<br />

trained as they serve niche products. All have initial training<br />

in Mechanics, Electronics, or Mechatronics. “The new technicians<br />

accompany the older technicians for one, two, or<br />

even three years, and we bear all the expenses of this learning<br />

process in practice. The knowledge of the machines is<br />

autonomous, independent, and integral to B KRICK. Which<br />

expands our differential,” explains the B.Brick Managing<br />

Director.<br />

“Our oldest B.KRICK machine has been working perfectly<br />

for 20 years. It is robust and has great durability and reliability.<br />

And with a technology that has always been evolving,<br />

guaranteeing us productivity gains. We have never had tech-<br />

OUTUBRO 2022 51


PRINCIPAL<br />

EM SOLUÇÕES<br />

TECNOLÓGICAS<br />

PARA MADEIRA MACIÇA, NÃO<br />

TEMOS CONCORRENTES NO<br />

BRASIL HOJE<br />

BRUNO KRICK JUNIOR, CEO DA B.KRICK<br />

produtividade. Nunca tivemos problemas técnicos, somos<br />

sempre bem atendidos e fazemos a manutenção preventiva.<br />

Como a máquina é bastante confiável, padrão WEINIG, apenas<br />

o preventivo é suficiente”, elogia Sguario Neto.<br />

OS PRODUTOS<br />

Entre a gama de produtos oferecidos pela B.KRICK estão<br />

plainas moldureiras, prensas, refiladoras, scanners de alta<br />

performance, seccionadoras, serras fitas, serras múltiplas,<br />

afiadoras e sistemas de medição, coladeira de borda, centros<br />

de usinagem, finger joints, otimizadoras e máquinas usadas.<br />

“Hoje a tecnologia é uma necessidade, independente<br />

se é para móveis ou molduras. Quem não tem scanner terá<br />

prejuízos no mercado. Por exemplo, o scanner analisa os<br />

quatro lados da madeira em visão artificial, vendo defeitos,<br />

trincas e nós, com cálculos para fazer a configuração. Fomos<br />

precursores disso em 2009. Nosso marketshare é de 90% hoje<br />

no Brasil: com soluções específicas e pós-venda, fica difícil ter<br />

concorrência. Em soluções para madeira maciça, não temos<br />

concorrentes”, explica Krick.<br />

“Há 4 anos, somos clientes da B.KRICK para nossos decks<br />

de madeira. São produtos de primeira qualidade, que nos<br />

trouxeram um ganho de qualidade de produção de 30%. O<br />

pós-venda é excelente, tanto que indico a todas as nossas<br />

empresas parceiras”, elogia Anderson Alvarenga, diretor da<br />

nical problems, always receive good service, and just have to<br />

perform preventive maintenance, as the machine is reliable,<br />

WEINIG standard, only preventive is enough,” praises Sguario<br />

Neto.<br />

PRODUCTS<br />

Among the range of products offered by B.KRICK are<br />

molder planers, presses, edgers, high-performance scanners,<br />

beam saws, band saws, gang saws, sharpeners, measurement<br />

systems, edge gluers, machining centers, finger jointers,<br />

optimizers, and used machines.<br />

“Today, technology is necessary, regardless of whether it’s<br />

for furniture or frames. Those who do not have scanners will<br />

have market losses. For example, the scanner analyzes the<br />

four sides of the timber in artificial vision, seeing defects, cracks,<br />

and knots, with calculations to create the best cut configuration.<br />

We were forerunners of this in 2009. Our market<br />

share is 90% today in Brazil: with specific solutions and after-<br />

-sales service, it is difficult to find competitors. In solid wood<br />

solutions, we have no competitors,” explains Krick.<br />

“For four years, we have been a B.KRICK customer for<br />

our wood decking machines. They are top quality products,<br />

which gave us a production quality gain of 30%. In addition,<br />

the after-sales service is excellent, so much so that I indicate<br />

the Company’s machines to all our partner companies,”<br />

52 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


VWA Florestal, de Belém (PA).<br />

“Outra vantagem de ir até o cliente, in loco, é avaliar qual<br />

será a produção e as necessidades, com consultoria de maquinário,<br />

produtos e processos, para somente depois indicar<br />

o produto com a qualidade WEINIG mais recomendada”,<br />

explica o CEO.<br />

EXCLUSIVIDADE<br />

Por ser representante WEINIG, a B.KRICK traz ao Brasil em<br />

primeira mão todas as soluções e tecnologias lançadas fora<br />

do país. “É automático, tudo que é lançado fora trazemos<br />

para cá. Um exemplo, a tecnologia de inteligência artificial<br />

de scaners no Brasil, começaram a rodar pelo país antes até<br />

do que na Europa. A qualidade WEINIG abre as portas em<br />

todo o mundo, em empresas menores ou maiores. O que<br />

muda é a velocidade e escala de produção. É isso que faz a<br />

diferença de valores e tecnologia de automação de processos”,<br />

enfatiza Krick.<br />

“Quando se fala em máquinas importadas, existe o medo<br />

de reposição de peças. Como funciona hoje: temos todo o<br />

estoque de peças em Curitiba. O processo de reposição<br />

externa é 100% aéreo, não fazemos nada marítimo, o que<br />

tem garantia de entrega, apesar do custo. Toda a logística<br />

é aérea. Atualizamos o estoque sempre, conectados com a<br />

Alemanha. Já ganhamos prêmio do Aeroporto Afonso Pena,<br />

de liberação mais rápida de maquinário, não só de madeira.<br />

Logística bem estruturada para atender cliente no menor<br />

tempo possível”, detalha.<br />

Em relação ao aproveitamento da matéria-prima, Bruno<br />

Krick Junior pontua que a economia é sempre um fator chave.<br />

“Sabemos que a madeira sempre fica mais cara. Vimos muito<br />

isso durante a pandemia, então qualquer milésimo de madeira<br />

economizado gera rentabilidade no final, e na qualidade<br />

do produto acabado. Influenciam no produto exportação.”<br />

praises Anderson Alvarenga, Managing Director of VWA Florestal,<br />

Belém (PA). “Another advantage is the customer visit,<br />

on-site, to evaluate production and needs, providing consulting<br />

for machinery, products, and processes, and only then<br />

indicating the most recommended product with the WEINIG<br />

quality,” explains the VWA Florestal Managing Director.<br />

EXCLUSIVITY<br />

As the WEINIG representative, B.KRICK brings to Brazil<br />

firsthand all the solutions and technologies launched outside<br />

the Country. “It’s automatic; everything that’s launched<br />

abroad we bring here. One example is scanner artificial<br />

intelligence technology, which began to be available in the<br />

Country before in Europe. WEINIG quality opens doors worldwide<br />

for smaller or larger companies, offering speed and<br />

production scale changes. That’s what makes the difference<br />

between values and process automation technology,” Krick<br />

emphasizes.<br />

“When dealing with imported machines, there is a fear<br />

of spare parts. Today: we have stock in Curitiba. The replacement<br />

process for parts not on-hand is 100% by air. We don’t<br />

ship anything by maritime transport, which guarantees a<br />

faster delivery, despite the cost. All logistics is air transport.<br />

We always update the stock, connected with Germany. We<br />

have already won the Afonso Pena Airport Award for faster<br />

liberation of materials, not only for timber. Logistics is well-structured<br />

to serve customers in the shortest possible time,”<br />

he details.<br />

Regarding using raw materials, Krick Junior points out<br />

that economics is always a key factor. “We know that timber<br />

always becomes more expensive. We saw a lot of this during<br />

the pandemic, so any thousandth of timber saved generates<br />

profitability in the end, and the quality of the finished product,<br />

influences the export product.”<br />

OUTUBRO 2022 53


QUÍMICA NA MADEIRA<br />

MADEIRA<br />

ENGENHEIRADA<br />

CRESCE NO GOSTO DO<br />

MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL<br />

Fotos: divulgação<br />

Amadeira é o produto mais antigo usado<br />

pelo ser humano para edificações.<br />

Mas no Brasil outras tecnologias<br />

como a alvenaria, o concreto e o aço,<br />

reduziram a participação do uso da<br />

madeira na composição das estruturas construtivas.<br />

O desconhecimento de suas características<br />

acabou relegando-a à construção de obras temporárias<br />

e aplicações na forma de acabamentos.<br />

Mas isso vem mudando e ganhando força e hoje a<br />

madeira é tida como o futuro da construção civil.<br />

Uma das tecnologias que está contribuindo<br />

para isso é o da madeira engenheirada. Ela surgiu<br />

há algum tempo, mas agora há um movimento<br />

crescente no mercado de construção civil em<br />

busca desse tipo variado de madeira processada<br />

54 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


industrialmente. Nesse processo, a madeira passa<br />

por retirada das falhas naturais e recebe produtos<br />

que reforçam sua resistência a incêndio e às pragas,<br />

como insetos e fungos, que a deterioram.<br />

Os processos mais conhecidos nessa área são<br />

o CLT (Cross Laminated Timber, que é a madeira<br />

laminada cruzada) e o MLC (Glue Laminated Timber<br />

ou Glulam, também conhecida como madeira<br />

laminada colada).<br />

Esse crescente gosto pelo uso da madeira<br />

engenheirada vem de algumas características importantes<br />

como, a diminuição dos custos gerais<br />

(por exemplo, muitas vezes fica aparente, gerando<br />

economia com revestimentos), redução dos prazos<br />

nas obras e a menor geração de resíduos nos canteiros.<br />

Esse produto oferece, ainda, desempenho<br />

térmico superior.<br />

No Brasil, o uso corrente é de madeira engenheirada<br />

que é um material estrutural produzido<br />

pela união de segmentos individuais de madeira,<br />

unidos com adesivos estruturais (em geral a partir<br />

de resinas melamínicas ou poliuretano). A madeira<br />

engenheirada proporciona alta durabilidade e<br />

resistência à umidade, além de vencer grandes<br />

vãos e proporcionar beleza à estrutura em formas<br />

únicas.<br />

O país está redescobrindo essa possibilidade<br />

pelo fato de sermos grandes produtores de madeiras<br />

plantadas. Além disso, nosso clima e solo<br />

favorecem o crescimento florestal, e encurtam o<br />

ciclo produtivo. O que faltava era o processamento<br />

adequado da madeira, mas os empresários já<br />

viram que vale a pena investir na industrialização<br />

desse produto.<br />

Hoje a indústria é capaz de oferecer madeira<br />

engenheirada para aplicações em ambientes interno<br />

ou externo, devido a variedade de adesivos<br />

específicos para diferentes condições de exposição.<br />

E, apesar de sua rigidez, é possível trabalhar<br />

em estruturas de diferentes formatos e não apenas<br />

em vigas retas, como as geralmente ofertadas no<br />

mercado, o que proporciona grande liberdade<br />

arquitetônica.<br />

Obras mais rápidas, limpas, com menor consumo<br />

de energia, custo-benefício maior, alta resistência<br />

ao fogo e insetos, facilidade e liberdade<br />

para a criatividade dos profissionais, tecnologias<br />

cada vez mais adaptadas aos projetos, facilidade<br />

de acesso à madeira engenheirada e um país com<br />

ampla presença e potencial de crescimento em<br />

florestas plantadas. Fica claro porque o mercado<br />

está abraçando cada vez mais forte os benefícios<br />

oferecidos pela madeira engenheirada.<br />

MADEIRA<br />

ENGENHARIADA<br />

OFERECE BENEFÍCIOS COMO<br />

OBRAS MAIS RÁPIDAS E<br />

LIMPAS, MENOR CONSUMO<br />

DE ENERGIA, MAIOR CUSTO-<br />

BENEFÍCIO E TECNOLOGIAS<br />

CADA VEZ MAIS ADAPTADAS<br />

AOS PROJETOS<br />

JACKSON VIDAL<br />

QUÍMICO PESQUISADOR DA MONTANA<br />

QUÍMICA, É GRADUADO EM QUÍMICA<br />

PELA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE<br />

PONTA GROSSA, POSSUI MESTRADO<br />

EM CIÊNCIAS - TECNOLOGIA DE<br />

PRODUTOS FLORESTAIS PELA ESCOLA<br />

SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE<br />

QUEIROZ - ESALQ/USP<br />

OUTUBRO 2022 55


MARCENARIA<br />

56 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


PRÁTICOS<br />

E MULTIFUNCIONAIS<br />

PARA CRIAR AMBIENTES MAIS BONITOS E ASSERTIVOS, ARQUITETA<br />

APRESENTA INSPIRAÇÕES E ORIENTA SOBRE COMO ESCOLHER OS<br />

MÓVEIS PARA DESEMPENHAR MAIS DE UM PAPEL NO DÉCOR<br />

Fotos: Rafael Renzo<br />

OUTUBRO 2022 57


MARCENARIA<br />

Aproveitando a lateral de um armário do<br />

quarto, a arquiteta Carina Dal Fabbro<br />

instalou, de forma assimétrica, ganchos<br />

para acomodar colares longos que se enroscariam<br />

facilmente dentro de gavetas. O<br />

charme extra da solução fica por conta do chapéu Panamá,<br />

que deve estar sempre à mão em dias ensolarados!<br />

Um lar bonito, organizado e altamente funcional é<br />

o sonho de todos, não é mesmo?! Principalmente em<br />

casas e apartamentos com metragens compactas, onde<br />

a versatilidade deve ser tida como uma das principais<br />

prioridades, apostar em móveis multifuncionais pode ser<br />

a saída para quem busca otimizar os espaços e renovar<br />

o décor.<br />

Apesar de parecer uma missão desafiadora, a arquiteta<br />

Carina Dal Fabbro, à frente do escritório que leva<br />

seu nome, explica que os móveis podem ser empregados<br />

para diferentes funções e são grandes colaboradores<br />

na construção de uma decoração prática e versátil.<br />

“Da mesma maneira, móveis escolhidos para serem multifuncionais<br />

também permitem diferentes possibilidades<br />

de posicionamento, organização e design”, insinua a<br />

arquiteta.<br />

Trazendo inspirações e dicas para facilitar na escolha<br />

dos móveis, Carina preparou uma seleção especial<br />

de peças que, quando usadas com uma dose extra de<br />

criatividade, podem renovar o visual e a organização de<br />

diversos espaços da casa.<br />

CANTINHO DO CAFÉ COMO PARTE<br />

DA MARCENARIA<br />

Compacta e funcional, a cozinha é considerada o<br />

coração deste projeto. Os armários, feitos em laca e sob<br />

medida, agregam modernidade e evocam uma combinação<br />

diferente: enquanto a parte inferior é verde menta,<br />

os armários superiores são mais clássicos, revelando<br />

a sobriedade do cinza fendi. Deixando a composição<br />

ainda mais interessante, a arquiteta pontuou alguns<br />

detalhes em MDF madeirado que se tornaram grandes<br />

destaques do espaço.<br />

“Quando temos uma planta menor, como a deste<br />

apartamento, não é necessariamente um sinônimo de<br />

que devemos executar apenas o que se é tido como essencial,<br />

deixando de lado o carinho de alguns cantinhos<br />

tão especiais”, conta Carina. Pensando nisso, a arquiteta<br />

utilizou a marcenaria planejada da cozinha a seu favor e<br />

utilizou o nicho como o ponto escolhido para a cafeteira<br />

e a fruteira.<br />

HOME OFFICE EM DOSE DUPLA<br />

Além de direcionar mais de um propósito no décor,<br />

outro conceito fundamental da multifuncionalidade é se<br />

adaptar facilmente às necessidades de cada casa. Neste<br />

projeto, o casal de moradores precisava de cantinhos separados<br />

para trabalhar com privacidade, demanda que<br />

surgiu junto com a pandemia e permaneceu. Para isso, a<br />

arquiteta montou áreas independentes de trabalho, uma<br />

no dormitório e outra na varanda, seguindo a premissa<br />

de ter apenas os itens essenciais nos espaços.<br />

ORGANIZANDO O DORMITÓRIO<br />

Aproveitar cada canto faz toda a diferença em projetos<br />

residenciais. Pensando nisso, Carina optou por<br />

não deixar as laterais dos guarda-roupas vazias. De um<br />

lado, a arquiteta instalou pequenos cabides na lateral do<br />

closet, conseguindo deixar todos os colares sempre a<br />

vista e livres do perigo de acabarem todos enroscados e<br />

danificados dentro de uma gaveta.<br />

58 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


MARCENARIA<br />

Do outro lado, a<br />

profissional contou<br />

com a vantagem dos<br />

móveis produzidos<br />

sob medida e personalizou<br />

cada detalhe<br />

da penteadeira que<br />

foi feita utilizando o<br />

guarda-roupas de<br />

apoio. Com duas arandelas,<br />

que oferecem a<br />

iluminação ideal para<br />

os momentos de maquiagem<br />

e skincare, a<br />

arquiteta também protegeu<br />

a bancada com vidro para torná-la mais resistente<br />

às manchas e ainda inseriu uma pequena prateleira, na<br />

parte superior, que acolhe algumas imagens de grande<br />

valor afetivo.<br />

AR-CONDICIONADO CAMUFLADO<br />

Para este apartamento flat de apenas 58m² (metros<br />

quadrados), a otimização dos ambientes e criação de<br />

espaços de armazenamento eram fundamentais para o<br />

bom resultado do projeto. Por isso, o estar, que também<br />

funciona como sala de TV, foi contemplado por um rack<br />

de madeira com portas ripadas que não comporta apenas<br />

os itens pertinentes à função principal, mas também<br />

atua como buffet para armazenar as louças especiais da<br />

moradora.<br />

Na prateleira superior a TV, a porta de madeira<br />

ripada em laca foi o recurso para camuflar o ar-condicionado.<br />

“Essas pequenas soluções pontuais combinam<br />

com a alta funcionalidade dos móveis, sem abrir mão da<br />

beleza e suavidade do ambiente”, pontua a arquiteta.<br />

BUFFETS<br />

Trazendo múltiplas opções de decoração e funcionalidade,<br />

os buffets surgiram inicialmente nas salas de<br />

jantar como uma extensão da mesa. Muito presente<br />

nas casas inglesas e francesas do século XVIII, as peças<br />

cumprem a função de organizar os talheres e louças,<br />

além de servir de apoio para comes e bebes durante as<br />

refeições. Com sua ampla superfície, o móvel consegue<br />

ser ainda mais versátil e servir de apoio para cantinhos<br />

de café ou até mesmo para o home bar.<br />

“O cantinho do bar é sempre um dos mais pedidos<br />

pelos clientes e neste projeto não foi diferente. Dividindo<br />

espaço com o lounge, projetamos junto a marcenaria<br />

um buffet que atendesse perfeitamente a demanda dos<br />

nossos clientes”, compartilha a arquiteta.<br />

Em uma das portas do móvel são guardados louças<br />

e copos, enquanto do outro lado há uma gaveta em trilhos<br />

de correr que armazenam as garrafas com perfeição<br />

e deixam todas sempre a vista, diferente do que aconteceria<br />

com armários. O buffet conta com tudo o que os<br />

clientes precisavam sem comprometer um grande espaço<br />

do apartamento!<br />

MESA LATERAL VERSÁTIL<br />

Outro móvel altamente versátil e útil no dia a dia são<br />

as mesas de cabeceira. Neste projeto, Carina apostou<br />

em uma dupla de mesas que, a priori, fariam parte do<br />

décor de uma sala de estar como mesinha de apoio.<br />

A peça maior acomoda o abajur e uma vela – escolhas<br />

que ajudam a construir um clima ainda mais relaxante<br />

no dormitório. Já a peça mais baixa, além de acomodar<br />

os objetos de decoração, guarda as mantinhas complementares<br />

para os dias mais frios, otimizando o espaço e<br />

oferecendo um visual charmoso ao espaço.<br />

Como maior prova de versatilidade do móvel, a arquiteta<br />

apresenta uma outra proposta onde a mesa foi<br />

utilizada como mesa de centro na sala de estar. Servindo<br />

de apoio para livros e pequenas decorações, a mesa<br />

pode ser reposicionada com facilidade de acordo com a<br />

necessidade dos moradores.<br />

60 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


FEIRA<br />

LIGNUM<br />

2022<br />

CURITIBA RECEBE SEMANA<br />

INTERNACIONAL DA MADEIRA<br />

Fotos: REFERÊNCIA e Malinovski<br />

62 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


N<br />

a primeira quinzena de setembro, o setor<br />

industrial madeireiro esteve reunido em<br />

Curitiba (PR) para os eventos da Semana<br />

Internacional da Madeira. A programação<br />

contou com os eventos técnicos Woodtrade<br />

Brazil, Wood Protection e ProWood, além das feiras<br />

Lignum Latin America e ENCAPP (Encontro da Cadeia<br />

Produtiva da Porta). Com apoio master da Abimci (Associação<br />

Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente),<br />

a Semana permitiu aos participantes debater<br />

pautas essenciais para o desenvolvimento e avaliações<br />

do mercado, abordou sobre o suprimento de madeira,<br />

gargalos logísticos, questões legais e oportunidades para<br />

os produtos madeireiros brasileiros.<br />

Os dois eventos reuniram expositores que apresentaram<br />

tecnologias e soluções para a cadeia produtiva da<br />

madeira. Segundo a organização, estiveram presentes nos<br />

eventos visitantes de 20 Estados da federação e de outros<br />

14 países - Argentina, Bahamas, Bélgica, Canadá, Chile,<br />

Colômbia, Dinamarca, EUA (Estados Unidos da América),<br />

Finlândia, Itália, Japão, Paraguai, Portugal e Uruguai -.<br />

“A quarta edição da Semana Internacional da Madeira<br />

permitiu a integração da cadeia produtiva. Encontros<br />

como este, que permitem ampla troca de informações<br />

são essenciais para o momento desafiador que vivemos,<br />

onde enfrentamos novas barreiras comerciais, questionamentos<br />

sobre o abastecimento e suprimento de matéria-<br />

-prima, mudanças nas políticas públicas e mais exigências<br />

em relação à certificação de produtos. A Abimci acredita<br />

que as agendas tratadas são essenciais para a definição<br />

das estratégias das empresas e servem como base para<br />

a tomada de decisões”, avaliou o presidente da Abimci,<br />

Juliano Vieira de Araujo.<br />

Nesta quarta edição, a feira Lignum Latin America foi<br />

novamente realizada no Centro de Eventos Positivo, no<br />

Parque Barigui com 115 marcas expostas. O evento se<br />

consolida a cada edição: na última edição, realizada em<br />

2019, antes da pandemia, estiveram presentes 101 empresas<br />

expositoras, com 7.503 visitantes do Brasil e de outros<br />

13 países.<br />

OUTUBRO 2022 63


PRINCIPAL FEIRA<br />

OS EVENTOS<br />

O Woodtrade Brazil, evento que abriu a Semana Internacional<br />

da Madeira e contou com excelente participação<br />

dos empresários e de vários elos da cadeia produtiva,<br />

permitiu a discussão sobre as condições de competitividade,<br />

as perspectivas, o potencial e os desafios do mercado<br />

para os diversos produtos madeireiros e florestais.<br />

Em seu encerramento, contou com a apresentação do<br />

jornalista e apresentador Augusto Nunes, que falou sobre<br />

cenários econômicos e políticos no Brasil. O evento foi organizado<br />

pela Abimci, FIEP (Federação das Indústrias do<br />

Estado do Paraná) e Malinovski.<br />

Também na FIEP, ocorreram a Wood Protection (Conferência<br />

Sul-Americana de Tecnologias para Proteção<br />

de Madeira), e a ProWood (Conferência Internacional de<br />

Tecnologias para a Indústria da Madeira). Juntas, as duas<br />

conferências tiveram cerca de 200 participantes. Como<br />

parte do ENCAPP, também foram realizadas, Rodadas de<br />

Negócios, exclusivas para expositores do encontro e empresas<br />

fabricantes de portas de madeira que fazem parte<br />

do PSQ-PME (Programa Setorial da Qualidade de Portas<br />

de Madeira para Edificações). O encontro proporcionou a<br />

realização de negócios e ampliação de network.<br />

EMPRESAS<br />

ABIMCI<br />

Realizadora do evento junto à Malinovski, a Abimci<br />

contou com amplo estande e sala de reuniões na Lignum.<br />

Para o superintendente da associação, Paulo Pupo, o<br />

evento tem cada vez mais importância para o mercado<br />

de produtos de madeira, beneficiando o fortalecimento<br />

desse segmento que tanto cresce no país. “Essa edição<br />

da Lignum tem grande papel estratégico, por ser realizado<br />

junto à programação da Semana Internacional da<br />

Madeira, envolvendo vários elos da cadeia produtiva da<br />

madeira”, enalteceu. Segundo Pupo, o valor da união de<br />

todos esses eventos deve gerar grandes frutos em curto e<br />

médio prazo. “Todas essas atividades em conjunto fazem<br />

com que os players do setor deixem seus radares ligados<br />

para novas oportunidades de mercado.”<br />

64 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


ARTE DIAMANTE<br />

Os visitantes da Lignum buscaram as inovações apresentadas<br />

pela Arte Diamante em seu estande. A empresa<br />

é especializada em ferramentas de corte especiais para<br />

madeiras e derivados. “Os pastilhados atraem bastante<br />

atenção. Esse interesse dentro do nicho de mercado facilita<br />

para nós, bastante segmentado e direcionado aos<br />

produtos e ferramentas oferecidas”, conta Bruna Moratelli,<br />

comercial da empresa. Segundo ela, a expectativa de<br />

bons negócios só aumenta com a retomada dos eventos<br />

e feiras presenciais. “A gente tende a ter um crescimento<br />

bom, com as pessoas mais voltadas para novas soluções,<br />

buscando mais negócio. E as feiras vão somando a isso<br />

para aumentar a produtividade”, afirmou Bruna.<br />

B.KRICK<br />

Reportagem de capa desta edição, a B.KRICK esteve<br />

presente com seu estande nos três dias da Lignum. Para<br />

o CEO Bruno Krick Junior, o movimento dos visitantes foi<br />

bastante expressivo. “Esta é uma feira bastante nichada,<br />

em que o pessoal da indústria da madeira sólida comparece<br />

em peso. É a segunda edição que a B.KRICK participa.<br />

Apresentamos a questão de informatização do mercado,<br />

explicando as novidades em inteligência artificial,<br />

como nos scaners. Para a próxima Lignum, planejamos<br />

trazer nossas máquinas e ampliar o espaço do estande”,<br />

afirmou Krick. A empresa fornece soluções tecnológicas<br />

para o mercado moveleiro e madeireiro, aliado a um sistema<br />

eficiente de pós-vendas, garantindo segurança e<br />

retorno do investimento.<br />

BONARDI QUÍMICA<br />

Entre as novidades apresentadas pela Bonardi Química<br />

na Lignum, segundo o diretor comercial Robson<br />

Lemos, estão a ampliação da planta da empresa, cuja<br />

sede é localizada em Colombo (PR), na Grande Curitiba.<br />

“Estamos lançando um superfilme, de alta gramatura<br />

para luzes especiais. Participamos da feira desde a edição<br />

anterior, em 2018. Somos muito reativos no mercado,<br />

trabalhando sempre com muita energia”. Na avaliação de<br />

Lemos, o mercado está “andando de lado para quem exporta”.<br />

“É um pouco preocupante, mas a gente sabe que<br />

são os ciclos da madeira. Cada período acontece isso. E a<br />

expectativa é que acreditamos que vai ser um ciclo mais<br />

curto, entendemos que tem uma retomada esse mercado<br />

exportador por informações vindas de fora. Já o mercado<br />

interno está em ritmo normal”, avalia.<br />

OUTUBRO 2022 65


PRINCIPAL FEIRA<br />

BURNTECH<br />

Diretor comercial da Burntech, Marcos Doering, contou<br />

que as mudanças tecnológicas da empresa – especializada<br />

em caldeiras e máquinas, com sede em Agrolândia<br />

(SC) – foram apresentadas no estande da Lignum. “A<br />

Burntech, como pioneira em caldeiras, fornalhas e aquecedores<br />

a óleo térmico, sempre em busca de inovações<br />

no mercado. Temos muitas melhorias de processo, fabricação<br />

e selos, certificação europeia, diante das exigências<br />

dos clientes em questões ambientais e processos. Fomos<br />

muito receptivos quando recebemos o convite da feira,<br />

também pelo tempo sem eventos presenciais e pelo contato<br />

com os clientes”, relatou Marcos.<br />

CONTRACO<br />

Referência em secadores e estufas para madeiras<br />

pelo Brasil, a Contraco trouxe sua equipe direto de Taió<br />

(SC) para os 3 dias da Lignum. “Está muito bom. A gente<br />

se preocupou bastante em trazer a questão ambiental,<br />

com o nosso secador com filtros especiais para fios. Para<br />

cuidar do meio ambiente. E melhorias, sempre. A gente<br />

apresenta melhoria de materiais e performance mesmo.<br />

Mas os equipamentos são mais os secadores e estufas de<br />

tratamento, o nosso forte”, contou Natalino Bonin, diretor<br />

da Contraco, que foi capa da edição de setembro da RE-<br />

FERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />

DALLABONA<br />

Carro-chefe da Dallabona, a máquina de serra circular<br />

múltipla regulável, para serrar blocos e tábuas, chamou<br />

a atenção dos visitantes da Lignum. Segundo a diretora<br />

Jussara Amaral, o fator mais atrativo do equipamento é<br />

a sua versatilidade. “Essa é uma máquina bem versátil,<br />

além da qualidade de corte que ela tem. E por sua robustez.<br />

A gente tem mais de 300 máquinas vendidas desse<br />

modelo. Então ela chama bem a atenção aqui, também<br />

por sua eficiência no corte. Além dela, a gente trouxe<br />

outra máquina no estande da Franzoi, nossa parceira”,<br />

detalhou Jussara.<br />

66 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


EKITHERM<br />

Especializada em estufas e secadores de madeira,<br />

com sede em Bento Gonçalves (RS), a Ekitherm trouxe<br />

sua equipe para o estande na feira Lignum. “O momento<br />

pode não ser dos melhores para a economia e o país,<br />

mas a expectativa é grande para a retomada do mercado<br />

de madeira em 2023. A feira foi marcante, com muitos<br />

visitantes. De novidade, trouxemos a estufa e a secadora,<br />

com apelo forte em economia. Precisamos trazer atrativos<br />

que gerem economia aos nossos clientes”, relatou o diretor<br />

Gilberto Pozza.<br />

IMPACTO<br />

Indústria de máquinas e equipamentos voltada à<br />

movimentação de tábuas de madeiras, a Impacto esteve<br />

presente na Lignum apresentando suas soluções tecnológicas.<br />

“A Impacto é uma empresa que desenvolve soluções<br />

personalizadas para os clientes com a automação de<br />

processos produtivos que promovam aumento da produtividade<br />

e diminuição de custos. Trouxemos uma serra fita<br />

com corte vertical. Uma das inovações é a utilização do<br />

scanner, que amplia a qualidade do corte na madeira. Isso<br />

dá mais rentabilidade e garante uma posição permanente<br />

no mercado para a empresa” afirma Daniel Engel, diretor<br />

da Impacto, que é sediada em Lages (SC).<br />

INDUMEC<br />

Sediada em Curitiba (PR), a Indumec Indústria Mecânica<br />

é especializada no desenvolvimento e automação<br />

de máquinas para a fabricação de compensados e beneficiamento<br />

de madeiras em geral. “A gente já conhecia a<br />

feira Lignum, bem tradicional. Trouxemos as atualizações<br />

mais recentes da Indumec, como a passadeira de pó e a<br />

elevadora. Independentemente do rumo político e econômico<br />

para o ano que vem, vivemos um momento bom<br />

de retomada pós-pandemia. Então acredito na pujança<br />

do setor”, avaliou Eduardo Koller, diretor da Indumec.<br />

OUTUBRO 2022 67


PRINCIPAL FEIRA<br />

LIONS MACHINE<br />

Criada para atender das pequenas às grandes indústrias<br />

do segmento madeireiro e agrícola (grãos), na manutenção<br />

e reformas de equipamentos e secagem, a Lions Machine,<br />

de Indaial (SC), esteve presente pela primeira vez na Lignum<br />

para apresentar suas inovações. “Somos uma empresa nova,<br />

de seis anos, mas com bastante novidade em secadores.<br />

Além de uma nova linha no mercado, temos estufas diferenciadas.<br />

Os três dias de feira nos trouxeram boas perspectivas<br />

de negócios. Para 2023, a perspectiva da madeira não<br />

está como a gente esperava, mas a feira também serve para<br />

nos dar uma animada”, afirmou Jean Carlos Osti, diretor da<br />

Lions.<br />

MARRARI<br />

Um dos destaques entre os estandes da Lignum foi a<br />

Marrari, especializada em soluções tecnológicas, sediada<br />

em Curitiba (PR). “Montamos uma estrutura muito boa,<br />

com toda nossa equipe de vendas do país todo, até do<br />

comércio exterior. Tudo para oferecer um atendimento diferenciado<br />

ao nosso cliente na feira”, contou Joaquim Almeida,<br />

gerente comercial da Marrari. Almeida disse ainda<br />

que a vantagem da Lignum é reunir o nicho de público da<br />

cadeia produtiva da madeira. “Com isso, podemos inserir<br />

nosso produto no mercado de forma mais efetiva, indo<br />

de encontro às necessidades do mercado. Trouxemos<br />

sistemas que garantem, por exemplo, mais eficiência nas<br />

caldeiras, medidores de umidade e outras soluções tecnológicas.<br />

Buscamos sempre reduzir os custos e melhorar<br />

a qualidade dos processos para nossos clientes”.<br />

MILL<br />

“Vimos uma grande procura por parte dos clientes<br />

e isso é reflexo da falta de um evento como esse para o<br />

setor”, afirmou Arno Murara, gerente comercial da Mill. A<br />

empresa que já se estabeleceu como uma das referências<br />

do setor levou seus equipamentos de ponta para a feira.<br />

Marcelo Gobbi, gerente de negócios da Mill, destacou<br />

a modernização da empresa, que tem trazido novidades<br />

tecnológicas para atender os clientes. “Nosso parque fabril<br />

está sendo modernizado para ampliarmos a variedade<br />

de produtos oferecidos e também elevar nossa produção<br />

em quase 50%”, exaltou Marcelo.<br />

68 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


MONTANA QUÍMICA<br />

“Estar presente em uma das maiores feiras da América<br />

Latina com foco no setor madeireiro é, sem dúvidas, de<br />

suma importância para o crescimento e desenvolvimento<br />

do setor. A cada edição, são apresentadas soluções, lançamentos<br />

e tendências para o setor industrial madeireiro<br />

e florestal de forma estática e dinâmica”, afirma Silvio<br />

Lima, diretor da Montana Química, que esteve presente<br />

na Lignum junto ao estande da ABPM (Associação Brasileira<br />

de Preservadores de Madeira).<br />

MSM QUÍMICA<br />

Empresa criada a partir da experiência de químicos,<br />

administradores, técnicos e profissionais de vendas com<br />

mais de 20 anos no ramo de preservativos de madeira,<br />

defensivos agrícolas e outros, a MSM Química esteve presente<br />

com estande na Lignum. “Depois de praticamente<br />

3 anos sem eventos presenciais, os parceiros do setor<br />

puderam se reencontrar na feira. Este ano, conseguimos<br />

uma reavaliação do grau de toxicidade dos nossos produtos<br />

junto ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente<br />

e dos Recursos Naturais), que vai ajudar ainda mais nossos<br />

negócios”, celebrou Mario Sergio de Lima, diretor da<br />

MSM Química.<br />

OMIL<br />

“Trouxemos para a Lignum nossa máquina normal de<br />

linha, padrão de mercado. Esse ano tem sido bom para a<br />

empresa, estamos superando expectativas, ainda mais em<br />

meio ao momento político atual. Pensamos que poderia<br />

haver receio, com o pessoal segurando os investimentos,<br />

mas não vimos isso acontecer, felizmente”, elogiou Acácio<br />

Oliane, gerente comercial das Máquinas Omil, empresa<br />

com 74 anos de experiência em plainas moldureiras,<br />

alimentadores automáticos e plainas desengrossadeiras.<br />

Sediada em Ibirama (SC), a Omil é especialista na produção<br />

de máquinas para o beneficiamento da madeira.<br />

OUTUBRO 2022 69


PRINCIPAL FEIRA<br />

REVAL SERRAS<br />

Direto de Caxias do Sul (RS), a Reval Serras marcou<br />

presença na Lignum. A empresa de 25 anos de mercado<br />

atua no segmento de fabricação de serras para corte de<br />

madeira maciça, painéis, alumínio, plástico, acrílico e outros.<br />

“Nos últimos 3 anos, estamos investindo no aumento<br />

do nosso parque fabril, aumentando também as contratações.<br />

Em alguns meses os números podem até estacionar,<br />

mas podemos dizer que o setor madeireiro e moveleiro<br />

vive uma boa retomada este ano. A dificuldade maior<br />

vem do cenário europeu, que impacta no preço do aço.<br />

Mas a fábrica está cheia! Em relação aos investimentos,<br />

estamos com plano para os próximos 5 anos”, antecipou<br />

Rafael Valim, gerente comercial da Reval.<br />

ROTTENG<br />

Com atuação desde 1977, vinda de Limeira (SP), a<br />

Rotteng é especializada em automação industrial e mecanização.<br />

Segundo o diretor comercial Rafael Muller, o<br />

carro chefe da empresa são as destopadeiras, que foram<br />

apresentadas no estande da empresa na Lignum. “São<br />

máquinas com sistema confiável, que garantem segurança<br />

e qualidade nos cortes para nossos clientes. Para 2023,<br />

ainda estamos receosos, vamos aguardar os próximos<br />

movimentos no cenário nacional e no nosso setor”, pontuou<br />

Muller.<br />

SIROMAT<br />

Sediada em São José dos Pinhais (PR), a Siromat esteve<br />

presente na feira Lignum apresentando sua linha de<br />

serras, afiação, pastilhas e corte a laser. “Produzimos serras<br />

circulares de widea, serras circulares de aço carbono,<br />

facas e serras de fita, assegurando qualidade e atendimento<br />

rápido. A Siromat fornece variedade de medidas,<br />

atendendo a necessidade dos clientes. Fizemos questão<br />

de vir para a Lignum, pois é a feira mais importante do<br />

setor. E também para celebrar os 41 anos da empresa, a<br />

gente praticamente comemora o aniversário junto com a<br />

feira”, comemorou Adriano da Silva, diretor da Siromat.<br />

70 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


DRYTECH<br />

A DryTech, especializada em equipamentos para secagem,<br />

expôs na Lignum toda a sua expertise no setor, que<br />

é baseada em alta qualidade e soluções personalizadas<br />

para seus clientes. Gabriel Marques, CEO da DryTech, comentou<br />

que o setor estava congelado pelo período sem<br />

feiras e o retorno da Lignum ajudou a reaquecer o mercado.<br />

“Eventos como esse ajudam a consolidar a marca e<br />

conversar pessoalmente com amigos, colegas e clientes<br />

do setor florestal são sempre uma oportunidade a mais<br />

para nos aproximar dos clientes”, apontou Gabriel.<br />

TZURIEL<br />

Atendendo um nicho específico do mercado, como<br />

importadora e exportadora de produtos de segmentos<br />

variados e especificidades técnicas, a Tzuriel levou seu<br />

estande para a Lignum para receber seus parceiros estratégicos<br />

e fornecedores. “O ano de 2022 tem sido muito<br />

positivo, temos boas perspectivas na nossa atuação no<br />

mercado latino-americano. Os clientes primam por um<br />

serviço de qualidade, por agilidade, atenção, até mesmo<br />

pela matéria-prima. Então, temos nos especializado em<br />

oferecer materiais de qualidade e isso tem sido o diferencial.<br />

Somos muito gratos também aos nossos parceiros e<br />

clientes”, afirmou Brayan Zwiener, gerente comercial da<br />

Tzuriel – empresa sediada em Pinhais (PR) que atua em<br />

sete países da Europa, nos EUA e na Malásia.<br />

VANTEC<br />

“Nesse evento temos grandes investidores da madeira<br />

no Brasil e Curitiba tem se tornado a capital da<br />

madeira no Brasil”, destacou Adriano Vanzin, diretor da<br />

Vantec. Adriano comentou que o retorno da Lignum foi<br />

muito importante para a empresa fortalecer sua marca e<br />

apresentar os equipamentos para um público qualificado.<br />

“Trouxemos para a feira uma máquina revolucionária, o<br />

torno laminador para indústria 4.0, onde todo o trabalho<br />

realizado pela máquina é transformado em um relatório<br />

acessível em qualquer lugar diretamente do celular ou<br />

computador cadastrado”, descreveu Adriano.<br />

OUTUBRO 2022 71


PRINCIPAL CLICK<br />

Os melhores momentos da Lignum 2022!<br />

72 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


INDÚSTRIA<br />

FLORESTAL<br />

MADEIREIRA<br />

SUSTENTÁVEL<br />

NA AMAZÔNIA<br />

Atuamos dentro da maior floresta tropical do mundo, a<br />

Amazônia, com produtos essenciais à vida e às pessoas.<br />

Temos o compromisso de manter esse ecossistema<br />

conservado, adotando técnicas e tecnologias que<br />

permitem uma produção sustentável, com o menor<br />

impacto possível sobre o meio ambiente, mantendo a<br />

floresta em pé, gerando emprego e renda.<br />

MANEJO FLORESTAL<br />

O manejo florestal é uma das práticas sustentáveis adotadas<br />

pelos associados da AIMEX. Através dele, retiramos da floresta<br />

apenas as árvores maduras, estimulando a regeneração natural,<br />

permitindo que plantas jovens continuem se desenvolvendo e<br />

ajudando a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.<br />

É nossa responsabilidade adotar técnicas e tecnologias<br />

sustentáveis. E os consumidores podem e devem contribuir,<br />

buscando saber a origem legal da madeira que usam.<br />

SOBRE A AIMEX<br />

Fundada há 40 anos, a Associação das Indústrias Exportadoras de<br />

Madeira do Estado do Pará – Aimex é a primeira associação de classe<br />

do setor florestal madeireiro do Pará e uma das mais atuantes no Brasil<br />

e exterior. É composta por associados que atuam em toda a cadeia<br />

produtiva florestal, desde a extração, produção, beneficiamento,<br />

intermediação e exportação de produtos madeireiros.<br />

aimex.com.br @aimex__brasil aimexbrasil


74 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


PRODUTOS DE<br />

ALTA QUALIDADE E<br />

O COMPROMISSO<br />

COM A ENTREGA<br />

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76 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


DO BRASIL<br />

PARA O MUNDO<br />

Há décadas, a indústria<br />

madeireira nacional exporta seus<br />

produtos para os mais diversos<br />

mercados, assumindo sempre o<br />

compromisso da entrega dentro<br />

das exigências de cerrficação e<br />

qualidade técnica.<br />

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ARTIGO<br />

ANÁLISE<br />

DAS PRÁTICAS AMBIENTAIS<br />

DE INDÚSTRIAS MOVELEIRAS<br />

Fotos: divulgação<br />

78 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


LARISSA DE LIMA TRINDADE<br />

UFFS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL)<br />

GABRIELA DA COSTA HEMING<br />

UFFS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL)<br />

MOACIR FRANCISCO DEIMLING<br />

UFFS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL)<br />

RESUMO<br />

O<br />

setor moveleiro é significativo e tradicional<br />

na indústria de transformação,<br />

obtendo os insumos necessários à sua<br />

produção do meio ambiente, utilizando<br />

como principal fonte de matéria-prima<br />

a madeira e seus derivados e, pelas características<br />

destas, gera elevado índice de resíduos sólidos. A<br />

Mesorregião Oeste de Santa Catarina comporta o<br />

maior polo de fabricação de móveis do Estado. Em<br />

vista disso, este estudo objetivou analisar as práticas<br />

de responsabilidade ambiental utilizadas pelas<br />

indústrias do setor moveleiro de Chapecó (SC). Para<br />

isso uma pesquisa mista através de multicasos foi realizada,<br />

e as práticas ambientais realizadas por 8 das<br />

13 indústrias associadas foram analisadas a partir de<br />

dois modelos teóricos: o primeiro deles proposto por<br />

Jabbour e Santos (2006) que visa identificar o nível<br />

de integração das práticas ambientais realizadas e<br />

o segundo proposto por North (1992) que permite<br />

avaliar o posicionamento da empresa frente ao meio<br />

ambiente. Os resultados revelam que as práticas<br />

adotadas pelas indústrias são muito similares, e visam<br />

atender principalmente a legislação vigente, sendo<br />

a principal prática utilizada por elas a separação e<br />

destinação dos resíduos gerados. Observa-se que<br />

as indústrias que possuem melhores práticas são as<br />

que estão mais bem posicionadas como amigáveis<br />

na escala de North (1992), no entanto suas ações são<br />

pontuais e não envolvem outras áreas das organizações.<br />

Salienta-se também que neste estudo o porte<br />

das indústrias não tem influência na qualidade das<br />

práticas adotadas, uma vez que as microempresas<br />

apresentaram práticas mais avançadas que as empresas<br />

de médio porte.<br />

Palavras-chave: Resíduos sólidos. Responsabilidade<br />

ambiental. Setor moveleiro<br />

OUTUBRO 2022 79


ARTIGO<br />

INTRODUÇÃO<br />

Atualmente a preocupação com o meio ambiente<br />

é um assunto muito debatido e cobrado pela sociedade<br />

em geral. Dias (2017) aborda que quando há a<br />

exploração do meio ambiente, o qual é um bem comum,<br />

em benefício próprio, podem ser ocasionados<br />

impactos ambientais que afetam negativamente o<br />

bem-estar de outros indivíduos que não têm relação<br />

com quem os gera. Neste cenário as indústrias aparecem<br />

como as principais fontes poluidoras, pois após<br />

a Revolução <strong>Industrial</strong>, de acordo com Barbieri (2016),<br />

houve um aumento significativo dos problemas ambientais,<br />

devido a maior parcela de emissões ácidas,<br />

de gases de efeito estufa e de substâncias tóxicas<br />

serem provenientes das atividades industriais. Além<br />

disso, houve também o aumento da exploração dos<br />

recursos naturais, que acreditavam ser ilimitados, e da<br />

geração de resíduos (Dias, 2017).<br />

Com isso, há uma maior cobrança pela sociedade<br />

perante as organizações, para que as mesmas ajam<br />

com responsabilidade socioambiental, que além dos<br />

fatores econômicos se preocupem com os impactos<br />

gerados no ambiente a sua volta, tanto social quanto<br />

ambientalmente, devendo, se necessário, rever seu<br />

processo produtivo a fim de cooperar com a minimização<br />

dos impactos causados pela geração de resíduos,<br />

emissões ou efluentes.<br />

Dessa forma, deve-se integrar o ambiental à estratégia<br />

das organizações, estando os resultados econômicos<br />

cada vez mais dependentes da variável ambiental,<br />

pois através dela podem obter significativas<br />

vantagens competitivas, podendo também reduzir<br />

custos e incrementar os lucros a médio e longo prazo<br />

(Tachizawa, 2017).<br />

Diante desse contexto, o setor industrial em Santa<br />

Catarina é o segundo mais representativo no PIB<br />

(Produto Interno Bruto) estadual, tendo participação<br />

relativa a 24,20% no ano de 2015. A IESC (Federação<br />

das Indústrias do Estado de Santa Catarina) - 2017,<br />

também destaca que o setor de móveis e madeira,<br />

que reúne os segmentos de desdobramento de<br />

madeira, fabricação de produtos de madeira e fabricação<br />

de móveis, representa 8,9% dos empregos da<br />

indústria catarinense e 10,6% dos estabelecimentos.<br />

Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio aos Empreendedores<br />

(SEBRAE, 2013a) o setor é representado<br />

principalmente (98,3%) por micro ou pequenas<br />

indústrias, as que possuem até 99 empregados<br />

conforme classificação do Serviço Nacional de Apoio<br />

às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2013a), empregando<br />

cerca de 63,8% de todos os trabalhadores<br />

do setor. As mesorregiões de maior destaque no<br />

setor de móveis e madeira são o Oeste Catarinense<br />

(27,7%), que juntamente com o norte catarinense<br />

(27,1%) detêm 54,8% de todos os trabalhadores de<br />

Santa Catarina (FIESC, 2017).<br />

O setor moveleiro utiliza como principal fonte<br />

de matéria-prima a madeira e seus derivados, a qual<br />

pode ser considerada um recurso natural com potencial<br />

renovável. Além disso, pode se utilizar de outros<br />

materiais como plástico, vidro, ferro, tecido, espuma,<br />

entre outros (Casilha et al., 2003).<br />

Nesse sentido, se faz importante analisar as práticas<br />

de responsabilidade ambiental utilizadas pelas<br />

indústrias moveleiras em Chapecó, pois há uma representatividade<br />

significativa na Mesorregião Oeste<br />

deste setor, e por se utilizar principalmente de matéria-prima<br />

proveniente de recursos naturais.<br />

O setor moveleiro possui um elevado índice de<br />

geração de resíduos sólidos, sendo consequência da<br />

transformação da madeira, principal matéria-prima<br />

para a fabricação de móveis. Segundo Cerqueira et<br />

al. (2012), esses resíduos, se dispostos de forma inadequada,<br />

podem se constituir em uma ameaça ao<br />

meio ambiente. No entanto, o seu aproveitamento<br />

pode ser aplicado em outros setores, gerando assim<br />

uma nova alternativa socioeconômica às indústrias.<br />

Diante disso, o estudo tem como objetivo analisar<br />

as práticas de responsabilidade ambiental utilizadas<br />

pelas indústrias do setor moveleiro de Chapecó associadas<br />

ao SIMOVALE, buscando evidenciar quais são<br />

as práticas de responsabilidade ambiental adotadas<br />

pelas indústrias, o seu posicionamento frente ao meio<br />

ambiente, os elementos de um sistema de gestão<br />

ambiental adotados e o grau de maturidade das práticas<br />

de gestão ambiental das empresas.<br />

REFERENCIAL TEÓRICO<br />

O setor moveleiro constitui-se em um dos mais<br />

importantes e tradicionais setores da indústria de<br />

transformação do Brasil. É significativo para a economia<br />

brasileira pois há intensiva contratação de mão<br />

de obra, constituindo-se em uma importante fonte de<br />

emprego (Brainer, 2018; Galinari et al., 2013).<br />

Há uma presença do setor em todo o território<br />

nacional, tendo a atividade registro em praticamente<br />

todo o país, com grande presença de pequenas<br />

empresas. O setor não possui barreiras à entrada de<br />

novos empreendimentos, devendo-se isso ao baixo<br />

investimento inicial em ativos físicos e as inovações<br />

tecnológicas presentes no setor serem geradas por<br />

fornecedores de insumos e bens de capital. Ademais,<br />

a automação de etapas de produção é difícil, não favorecendo<br />

o surgimento de empresas grandes o suficiente<br />

para dominar o mercado (Galinari et al., 2013).<br />

Conforme o Relatório Brasil Móveis 2018, o Brasil<br />

detém 4% da produção mundial de móveis, mas<br />

grande parte dessa produção é consumida interna-<br />

80 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


mente e não há um percentual significativo de exportação<br />

(0,4%) em termos mundiais (Emobile, 2018). De<br />

acordo com Galinari (2013, p. 237) “o desempenho<br />

das exportações brasileiras de móveis é ditado pela<br />

dinâmica do segmento de móveis de madeira”.<br />

Destaca-se que a região oeste de Santa Catarina<br />

é composta por 59 municípios, e dentre esses 41 possuem<br />

empresas moveleiras. Por possuírem similaridade<br />

das características industriais, principalmente por<br />

haver MPEs (micro e pequenas empresas) em todos<br />

os municípios, e da dimensão institucional comum,<br />

permite-se considerar este conjunto de empreendimentos<br />

como um APL (Arranjo Produtivo Local) (Geremia,<br />

2013).<br />

Dessa forma, segundo Geremia (2013), percebe-<br />

-se que o APL é formado predominantemente por<br />

MPEs produtoras de móveis residenciais seriados de<br />

madeira e por ME produtoras de móveis residenciais<br />

sob encomenda. Estas são empresas nacionais, de<br />

capital familiar e refletem a capacidade empreendedora<br />

local. O nacional é o principal mercado do APL,<br />

todavia também realiza algumas exportações. Além<br />

disso, verifica-se que existe um significativo mercado<br />

local para as ME produtoras de móveis sob encomenda.<br />

A indústria de madeira e móveis, segundo Guéron<br />

e Garrido (2004) pode ser entendida como parte<br />

do setor de base florestal, pois se utiliza de madeira<br />

como principal matéria-prima. Do mesmo modo que<br />

a maioria das atividades industriais, o setor florestal<br />

apresenta perdas em seu processo produtivo, a<br />

começar do corte da árvore até seu processamento<br />

em indústrias primárias (serrarias e laminadoras) ou<br />

secundárias (moveleiras e construção civil) (Santa Catarina,<br />

2018).<br />

Assim, os resíduos florestais, conforme a PNRS<br />

(Política Nacional dos Resíduos Sólidos), Lei n° 12.305<br />

em seu Artigo 13 alínea “i”, enquadram-se em resíduos<br />

agrossilvopastoris, ou seja, são os “resíduos<br />

gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais,<br />

incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas<br />

atividades” (Brasil, 2010). Os resíduos do setor moveleiro<br />

também enquadram-se em resíduos industriais,<br />

sendo “os gerados nos processos produtivos e instalações<br />

industriais”. Assim, quem os gera está sujeito,<br />

conforme o Art. 20 da PNRS, à elaboração de plano<br />

de gerenciamento de resíduos sólidos, e se exigido<br />

por órgão competente também os responsáveis por<br />

atividades agrossilvopastoris, devendo, conforme em<br />

seu Art. 21 inciso 1º, elaborar um plano para atender<br />

OUTUBRO 2022 81


ARTIGO<br />

ao disposto no plano municipal de gestão integrada<br />

de resíduos sólidos do respectivo município, sendo<br />

de integral responsabilidade da pessoa física ou jurídica<br />

o manejo e a disposição final do resíduo gerado<br />

(Brasil, 2010).<br />

Conforme Casilha et al. (2003) o segmento moveleiro<br />

caracteriza-se pelo uso de madeira bruta e<br />

pela utilização de processos mecânicos para o seu<br />

desdobramento, o qual ocorre em três estágios: 1)<br />

transformação da madeira bruta em lâminas de madeira<br />

torneadas ou faqueadas; 2) transformação das<br />

lâminas em painéis compensados ou reconstituídos<br />

(aglomerado, MDF (Medium Density Fiberboard) e<br />

OSB (Oriented Strand Board); 3) utilização dos produtos<br />

obtidos para a produção moveleira e marcenaria.<br />

Os resíduos provenientes do processo produtivo<br />

de móveis, conforme Brito e Cunha (2009), podem ser<br />

sólidos, líquidos e gasosos. Assim, os resíduos sólidos<br />

gerados são consequência direta do processamento<br />

realizado para a transformação da madeira, e podem<br />

ser classificados de acordo com a sua morfologia,<br />

sendo cavacos (partículas com dimensões máximas<br />

de 50 mm x 20 mm, em geral provenientes do uso de<br />

picadores), maravalha (resíduo com mais de 2,5 mm),<br />

serragem (partículas de madeira provenientes do uso<br />

de serras, com dimensões entre 0,5 mm a 2,5 mm), e<br />

por fim, o pó (resíduos menores que 0,5 mm) (Casilha<br />

et al., 2003).<br />

Os três principais estágios de processamento<br />

mecânico da madeira apresentados por Casilha et al.<br />

(2003, p. 9) geram diversos subprodutos. No primeiro<br />

estágio são gerados serragem, cavacos, cepilhos (peças<br />

de madeira com diferentes tamanhos; várias faces<br />

planas e dimensão longitudinal mais de quatro vezes<br />

HÁ UMA COBRANÇA<br />

CADA VEZ MAIOR DA<br />

SOCIEDADE PARA QUE AS<br />

INDÚSTRIAS AJAM COM<br />

RESPONSABILIDADE, SE<br />

PREOCUPANDO COM OS IMPACTOS<br />

SOCIOAMBIENTAIS, ALÉM DOS<br />

FATORES ECONÔMICOS<br />

82 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


maior que as dimensões transversais), costaneiras<br />

(partes resultantes do desdobro primário dos fustes<br />

nas faces, onde se encontra a casca da árvore, sempre<br />

com apenas uma das faces longitudinais plana).<br />

Já no segundo estágio tocos de madeira e restos do<br />

processo de serragem, beneficiamento, carpintaria ou<br />

caixaria. E no terceiro estágio, resíduos como cavacos,<br />

serragem, maravalha e pó, bem como peças com<br />

defeitos.<br />

Os resíduos sólidos podem ser descartados de<br />

forma inadequada, como a queima a céu aberto,<br />

depósito em locais inadequados como a margem<br />

de rios, ou ainda em lixões e aterros clandestinos. A<br />

disposição em tais formas é expressamente proibida,<br />

conforme o Artigo 47 da Política Nacional de Resíduos<br />

Sólidos, e é fruto da inexistência de planejamento<br />

e gerenciamento de resíduos sólidos.<br />

Se destinados de forma correta, os resíduos<br />

sólidos de madeira podem ser aproveitados economicamente,<br />

sendo utilizados principalmente para a<br />

produção de energia elétrica e térmica, e usados em<br />

granjas para a forragem de piso, como cama de aviários.<br />

Além disso, podem ter diversas utilidades, como<br />

por exemplo, servir como adubo (Casilha et al., 2003).<br />

Ainda, Casilha et al. (2003) afirmam que a destinação<br />

depende do tipo de matéria-prima empregada,<br />

podendo o resíduo sólido de madeira maciça, por<br />

não ser tóxico, ser aproveitado em granjas como<br />

forração para a criação de animais, e também na<br />

agricultura para auxiliar na retenção de umidade do<br />

solo. Diferentemente, no caso dos painéis de madeira<br />

processada, o aproveitamento de resíduo sólido está<br />

mais limitado à queima para geração de energia.<br />

Salientando que em ambos os casos, o descarte<br />

indevido pode causar poluição dos recursos hídricos,<br />

inutilização de áreas e poluição de maneira geral.<br />

Segundo Lima e Silva (2005) há também os resíduos<br />

sólidos diversos, os quais são provenientes de<br />

embalagens de outros tipos de insumos, como: papéis,<br />

plásticos, metais, latas de tinta e solvente, lixas,<br />

grampos e algumas fitas metálicas, e também pela<br />

varrição da fábrica. Esses resíduos devem ser separados<br />

e destinados para a devida reciclagem.<br />

Quanto aos resíduos líquidos, eles podem ser<br />

solvente de tinta, borra de tinta e água utilizada na<br />

cabine de pintura. Conforme a NBR 10004:2004 da<br />

ABNT, esses resíduos líquidos podem ser classificados<br />

como resíduos de Classe I, sendo considerados<br />

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ARTIGO<br />

perigosos (Lima; Silva, 2005). Esse tipo de resíduo se<br />

disposto incorretamente pode ocasionar graves impactos<br />

no meio ambiente, sendo o mais prejudicial o<br />

causado pelas águas utilizadas nas cabines de pintura<br />

e envernizamento, que podem contaminar o solo e<br />

o subsolo, atingindo também os cursos d’água e lençóis<br />

freáticos (Brito; Cunha, 2009).<br />

Conforme afirmam Schneider et al. (2003), os<br />

resíduos do setor de pintura são os que apresentam<br />

maiores problemas de gerenciamento e descarte no<br />

setor moveleiro, levando muitas empresas a eliminar<br />

ou diminuir os processos de pintura em suas linhas de<br />

produção, ou ainda substituí-lo por meio da utilização<br />

de painéis revestidos com lâminas sintéticas. Ainda,<br />

Venzke e Nascimento (2002) apontam para outros<br />

sistemas de pintura alternativos como sistemas de<br />

pintura que utilizam de tinta em pó curável por radiação<br />

UV (ultravioleta), os adesivos biodegradáveis e<br />

com base de água, além de tintas e vernizes livres de<br />

solventes prejudiciais ao meio ambiente.<br />

E por fim, dentre os resíduos gasosos, estão os<br />

resultantes da queima e incineração a céu aberto dos<br />

resíduos sólidos de madeira, podendo esse processo<br />

liberar dioxinas, furanos e metais pesados, além de<br />

outros compostos prejudiciais à saúde humana e ao<br />

meio ambiente. Além disso, há também as partículas<br />

em suspensão no ar, provenientes do lixamento de<br />

chapas de madeira que foram submetidas a tratamento<br />

com produtos químicos (Brito; Cunha, 2009).<br />

Pesquisas de mercado, conforme comentam<br />

Daian e Ozarska (2009), revelam que as principais razões<br />

para a falta de redução de resíduos por pequenas<br />

e médias empresas deve-se à percepção de baixo<br />

custo-benefício com relação ao gerenciamento dos<br />

resíduos de madeira, além da falta de consciência,<br />

compreensão e de orientação sobre como destiná-los<br />

corretamente. Além disso, ressaltam que o setor moveleiro<br />

não está totalmente preparado para otimizar o<br />

valor agregado de sua madeira processada.<br />

RESULTADOS E DISCUSSÕES<br />

Visando garantir o anonimato das indústrias moveleiras<br />

foram utilizadas as nomenclaturas Empresa<br />

x, sendo diferenciadas por meio de letras de A até H.<br />

Acerca do perfil das organizações investigadas observa-se<br />

que a maioria das empresas são ME (microempresas).<br />

Empresa A, B, C, E e G, as indústrias F e H<br />

são empresas de EPP (pequeno porte) e apenas a indústria<br />

D é classificada como empresa de MD (médio<br />

porte). Salienta-se que este perfil corrobora com o estudo<br />

realizado por Geremia (2013), que destaca que o<br />

arranjo produtivo local do mobiliário da região Oeste<br />

de Santa Catarina é predominantemente formado<br />

por MPE (micro e pequenas empresas) que produzem<br />

móveis residenciais seriados de madeira e por ME<br />

produtoras de móveis residenciais sob encomenda.<br />

Constata-se também que as indústrias, de maneira<br />

geral, foram fundadas após 1990, e que a maioria fabrica<br />

móveis com predominância em madeira.<br />

Percebe-se também que as ME fabricam móveis<br />

sob medida e seu principal mercado de venda de<br />

móveis é o local, ou seja, no município em que está<br />

localizada e em municípios próximos. Já as EPP e a<br />

MD fabricam móveis seriados, porém têm o consumo<br />

voltado ao mercado nacional, e no caso da MD, também<br />

ao internacional, corroborando com o apresentado<br />

por Geremia (2013).<br />

Os entrevistados das empresas A, B, D, E, F, G,<br />

H têm o entendimento do que é responsabilidade<br />

ambiental. Porém, quando se trata de aplicá-la, estão<br />

limitados a separação e destinação dos resíduos corretamente.<br />

Ainda, algumas empresas (B, E e F) trazem<br />

o plantio de árvores/reflorestamento como uma prática,<br />

no entanto percebe-se que esta foi realizada de<br />

maneira pontual, não havendo disseminação de práticas<br />

em outras áreas das organizações. Além disso, a<br />

principal motivação para a adoção de tais práticas diz<br />

respeito ao cumprimento da legislação, assim como<br />

demonstrado nos estudos de Demajorovic e Silva<br />

(2010), Alvarenga et al. (2013) e Backes et al. (2018).<br />

Quanto à separação e destinação dos resíduos, há<br />

empresas que praticam a destinação de resíduos de<br />

maneira inadequada - lixo comum (Empresas D e G),<br />

os principais destinos dados aos resíduos de madeira<br />

são: encaminhamento destes aos aviários e destinação<br />

a coleta seletiva tradicional. Muitas organizações<br />

também não tratam corretamente seus resíduos<br />

oriundos do processo de pintura.<br />

As principais formas de destinação dos resíduos<br />

empregadas pelas indústrias são a queima, a reciclagem<br />

e a revenda dos materiais. Somente as empresas<br />

de médio e pequeno porte possuem contrato com<br />

organizações que realizam a coleta, tratamento e<br />

destinação dos resíduos. No entanto, percebe-se que<br />

nenhuma organização utiliza os resíduos para fabricar<br />

AS EMPRESAS QUE<br />

ADOTAM A CORRETA<br />

DESTINAÇÃO E TRATAMENTO DOS<br />

RESÍDUOS SÃO AS QUE POSSUEM<br />

UMA MELHOR COLOCAÇÃO NO<br />

RANQUEAMENTO DESSAS<br />

PRÁTICAS<br />

84 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


subprodutos ou PMVA, e que poucas reintroduzem<br />

ou reaproveitam matérias-primas, estando limitadas<br />

a espuma ou a pedaços maiores de MDF ou madeira,<br />

respectivamente. Observa-se que todas as indústrias<br />

se utilizam de energia elétrica, não havendo nenhuma<br />

que adote algum sistema de energia alternativa,<br />

assim como demonstram Backes et al. (2018) em seu<br />

estudo. Há apenas duas indústrias, as de pequeno<br />

porte, que se preocupam em selecionar fornecedores<br />

com matérias-primas mais sustentáveis, porém apenas<br />

um dos entrevistados (Indústria H) declara que a<br />

variável ambiental está incorporada à estratégia da<br />

empresa, podendo gerar competitividade e maior<br />

aceitação de seus produtos no mercado pelos consumidores.<br />

Nenhuma empresa possui o mapeamento do<br />

impacto ambiental que causa ao meio ambiente ou<br />

qualquer tipo de SGA (Sistema de Gestão Ambiental).<br />

Esse dado demonstra que estas organizações<br />

estão despreparadas para tratar da questão ambiental<br />

de maneira adequada, pois não possuem conhecimento<br />

dos danos causados pelos seus processos produtivos,<br />

corroborando com as evidências já identificadas<br />

por Demajorovic e Silva (2010). O envolvimento


ARTIGO<br />

dos gestores e dos colaboradores, em grande parte,<br />

é de médio a alto nas organizações, porém a maioria<br />

apresenta dificuldades quanto ao gerenciamento dos<br />

comportamentos dos colaboradores, sendo essa uma<br />

barreira interna para a implantação da responsabilidade<br />

ambiental na organização, conforme salientam<br />

Mello e Mello (2018).<br />

Por fim, a técnica de Produção mais Limpa (P+L)<br />

tem destaque no setor, sendo aplicada pela maioria<br />

das empresas (Indústrias A, B, E, F, G, H), corroborando<br />

com os estudos de Alvarenga et al. (2013), Rocha<br />

et al. (2013) e Leite e Pimenta (2011). Sendo introduzidos<br />

os conceitos nas organizações por meio da melhor<br />

utilização da matéria-prima e por consequência<br />

a redução do desperdício de materiais, tendo como<br />

principal motivação o viés econômico, tendo o nível 1<br />

aplicado pela adoção de boas práticas operacionais<br />

visando a eliminação de perdas, o nível 2 pela reutilização<br />

de matérias-primas internamente, e o nível 3<br />

pelo encaminhamento para a reciclagem externa.<br />

A destinação com melhor desempenho na pontuação<br />

foi a referente aos retalhos/sobras maiores de<br />

MDF ou madeira, sendo esse o material que possui<br />

maior reaproveitamento nos processos produtivos<br />

das empresas. Já o pior desempenho foi apresentado<br />

na destinação do pó de MDF/madeira gerado,<br />

devendo-se isso ao inadequado uso para cama de<br />

aviários, pois prejudica a saúde das aves.<br />

Através da identificação e comparação das práticas<br />

realizadas pelas Empresas, observou-se que as<br />

indústrias moveleiras em seus diferentes portes possuem<br />

práticas ambientais muito similares. Ademais,<br />

para verificar o posicionamento das indústrias quanto<br />

a questão ambiental, foi aplicado um questionário<br />

baseado em North (1992), o qual aborda questões<br />

quanto a produtos, processo, consciência ambiental,<br />

padrões ambientais, comprometimento gerencial,<br />

nível de capacidade do pessoal, capacidade de pesquisa<br />

e desenvolvimento (P&D), e capital.<br />

North (1992) apresenta comportamentos que são<br />

agressivos e amigáveis ao meio ambiente. Dessa forma,<br />

quanto mais próximo de “1” o posicionamento<br />

da empresa é agressivo ao ambiental, e quanto mais<br />

próximo a “5” mais amigável é o posicionamento.<br />

Mediante a pontuação obtida pela aplicação do<br />

questionário com as Empresas seguindo a escala<br />

de North (1992), e analisando os resultados obtidos<br />

por meio da aplicação de Moda, foi verificado o<br />

posicionamento das indústrias quanto ao ambiental,<br />

constatou-se que as empresas B, E, F e H são amigáveis<br />

ao meio ambiente, além de que o ambiental se<br />

caracteriza como oportunidade de crescimento. Já<br />

as empresas A, D e G estão entre amigáveis e agressivas,<br />

constituindo-se a questão ambiental mediana,<br />

não ameaçando e nem constituindo oportunidade de<br />

crescimento a elas. A única empresa que se caracteriza<br />

como agressiva ao meio ambiente é a empresa C,<br />

constituindo-se a questão ambiental uma ameaça ao<br />

negócio. Assim, nota-se que o posicionamento das<br />

empresas quanto ao ambiental é um reflexo das práticas<br />

de responsabilidade ambiental utilizadas pelas<br />

indústrias.<br />

As variáveis propostas por North (1992) foram analisadas<br />

também por meio da aplicação de Média e<br />

Mediana, sendo consideradas as variáveis com média<br />

de 1 até 2,50, um posicionamento agressivo; de 2,50<br />

até 3,50, um posicionamento entre agressivo e amigável;<br />

e de 3,50 a 5, um posicionamento da variável<br />

amigável ao ambiental. A mediana foi utilizada como<br />

forma de comparação com a média, levando em conta<br />

os mesmos critérios de pontuação utilizados com<br />

relação à média.<br />

Destaca-se que nenhuma empresa possui o<br />

mapeamento do impacto ambiental que causa ao<br />

ambiente ou adota qualquer tipo de sistema de gestão<br />

ambiental. No entanto, com base nas respostas<br />

obtidas com os entrevistados, algumas empresas<br />

possuem elementos do SGA.<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Se tratando do setor da indústria de transformação<br />

do Brasil, o moveleiro aparece como um dos mais<br />

importantes e tradicionais, sendo significativo para a<br />

economia brasileira. Ademais, este setor produz muitos<br />

resíduos sólidos, os quais são provenientes de seu<br />

processo produtivo, além de utilizar principalmente<br />

de madeira como matéria-prima. Perante a isso, esse<br />

estudo teve como objetivo analisar as práticas de<br />

responsabilidade ambiental utilizadas pelas indústrias<br />

do setor moveleiro de Chapecó associadas ao SIMO-<br />

VALE. As indústrias moveleiras estudadas em maioria<br />

são microempresas, que fabricam móveis sob medida<br />

com predominância em madeira, utilizando o MDF<br />

como principal matéria-prima, as quais têm como<br />

mercado de atuação o município em que se localiza e<br />

os circunvizinhos.<br />

AS PRINCIPAIS PRÁTICAS<br />

DE RESPONSABILIDADE<br />

AMBIENTAL ESTÃO LIGADAS AO<br />

CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO,<br />

COM A SEPARAÇÃO E<br />

DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS<br />

GERADOS PELAS INDÚSTRIAS<br />

86 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


A pesquisa identificou que as principais práticas<br />

de responsabilidade ambiental estão ligadas principalmente<br />

ao cumprimento da legislação, referindo-se<br />

a separação e a destinação dos resíduos gerados<br />

pelas indústrias. Além de que, algumas realizam reflorestamento,<br />

porém trata-se de uma ação pontual. No<br />

entanto, há empresas que realizam a destinação dos<br />

resíduos e efluentes gerados de forma inadequada. E<br />

nenhuma se utiliza de energia alternativa, empregando<br />

somente a elétrica.<br />

Quanto à comparação das práticas de responsabilidade<br />

ambiental, as empresas que adotam a correta<br />

destinação e tratamento dos resíduos são as que<br />

possuem uma melhor colocação no ranqueamento<br />

das práticas, bem como um melhor posicionamento<br />

quanto ao ambiental e são as que adotam mais<br />

elementos de um SGA. Este estudo também revelou<br />

que o porte da empresa não tem influência sobre a<br />

qualidade das práticas adotadas, pois, entre as estudadas,<br />

há microempresas com mais responsabilidade<br />

ambiental do que uma empresa de médio porte.<br />

Nenhuma das indústrias adota algum tipo de<br />

SGA, e se tratando do grau de maturidade todas estão<br />

classificadas em Especialização Funcional da Ges-<br />

tão Ambiental, ou seja, encontra-se em estágio inicial<br />

de maturidade da gestão ambiental.<br />

Por fim, as limitações atreladas a essa pesquisa<br />

dizem respeito ao contato com os gestores das indústrias,<br />

visto que grande parte passa o dia fora da<br />

empresa, dificultando a realização da entrevista e<br />

aplicação do questionário e por isso algumas organizações<br />

pertencentes ao SIMOVALE não puderem ser<br />

investigadas (cinco delas). E como sugestão de estudo<br />

futuro, a ampliação desse estudo para a região<br />

oeste de Santa Catarina, visando observar as práticas<br />

ambientais que um possível APL no setor moveleiro<br />

nessa região adota. Mediante isso, as indústrias podem<br />

se organizar conjuntamente e adotar melhores<br />

práticas, buscando inserir a sustentabilidade no setor.<br />

Artigo na íntegra: https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/rama/article/<br />

view/8457<br />

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88 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


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O ÚLTIMO RIO NÃO<br />

MAPEADO NA FLORESTA AMAZÔNICA<br />

O<br />

26º presidente dos EUA (Estados Unidos<br />

da América), Theodore Roosevelt, é lembrado<br />

por grandes feitos na história, como<br />

ter articulado a construção do canal do<br />

Panamá e ter celebrado o acordo de paz<br />

na guerra russo-japonesa (1904-1905), o que lhe rendeu<br />

prêmio Nobel da Paz em 1906. Roosevelt também é<br />

lembrado por atuar na consolidação do imperialismo<br />

norte-americano pelas Américas, representado nas intervenções<br />

militares na República Dominicana e em Cuba.<br />

Após perder as eleições de 1912, Roosevelt deixou a<br />

vida pública e partiu para sua última grande aventura,<br />

cujo cenário foram as florestas da região amazônica.<br />

Esse momento da vida de Roosevelt (1913-1914) é retratado<br />

na série documental: O Hóspede Americano<br />

(HBO/2021).<br />

O ex-presidente tinha na bagagem um histórico de<br />

defesa da conservação do patrimônio ambiental americano.<br />

Roosevelt foi ferrenho defensor da preservação de<br />

áreas naturais como o Grand Canyon, instituído como<br />

Parque Nacional em 1919. Além da topofilia em relação<br />

às paisagens naturais do seu país, existia em Roosevelt<br />

uma clara ambição em ter seu nome também enaltecido<br />

em relação a essa temática. Tais reflexões são tiradas a<br />

partir da biografia escrita por Edmund Morris em 2001,<br />

intitulada: The Rise of Theodore Roosevelt.<br />

Na série documental: O Hóspede Americano; vemos<br />

um Roosevelt que busca aumentar suas conquistas,<br />

querendo manter sua relevância e lidando com o peso<br />

da idade. A conquista agora poderia ser seu nome dado<br />

ao último rio não mapeado na região amazônica. Essa<br />

história é explorada na série citada. A expedição Roosevelt<br />

pela Floresta Amazônica teve outro personagem,<br />

esse muito importante na história brasileira: o Marechal<br />

EXPEDIÇÃO EM 1913<br />

BUSCOU DESCOBRIR SE O<br />

CHAMADO RIO DA DÚVIDA ERA OU<br />

NÃO AFLUENTE DO AMAZONAS<br />

POR<br />

OTACÍLIO LOPES<br />

DE SOUZA DA PAZ<br />

GEÓGRAFO E DOUTOR<br />

EM GEOGRAFIA.<br />

PROFESSOR DA ÁREA<br />

DE GEOCIÊNCIAS DO<br />

CENTRO UNIVERSITÁRIO<br />

INTERNACIONAL<br />

UNINTER.<br />

Cândido Rondon. Rondon fez carreira militar e teve uma<br />

vida repleta de conquistas, participando na exploração e<br />

mapeamento do território brasileiro e sendo obstinado<br />

na proteção aos povos indígenas, tendo contribuído na<br />

discussão da criação do Parque Indígena do Xingu.<br />

Por correspondências, foi formada a Expedição<br />

Geográfica-Científica Rondon-Roosevelt, cujo objetivo<br />

era descobrir se o então chamado rio da Dúvida era ou<br />

não afluente do rio Amazonas. O rio da Dúvida também<br />

era base de hipóteses sobre uma possível ligação fluvial<br />

entre a bacia amazônica e a bacia do Prata. De relevante<br />

interesse econômico e geopolítico para o Brasil, a<br />

expedição contou com as mais avançadas tecnologias<br />

disponíveis para mapeamento: homens, barcos, remos e<br />

teodolitos (lembrando, o ano era 1913). Utilizando técnicas<br />

de topografia, o rio foi mapeado percorrendo cada<br />

uma de suas curvas. Foi comprovada a conexão com o<br />

rio Amazonas e o rio foi rebatizado para rio Roosevelt. A<br />

informação cartográfica do rio Roosevelt levou 5 meses<br />

para ser gerada e subsidiou o contato com povos indígenas<br />

e o estabelecimento de rede telegráfica.<br />

Além de uma fascinante história, a Expedição Geográfica-Científica<br />

Rondon-Roosevelt nos faz refletir sobre<br />

a importância dos avanços tecnológicos no nosso conhecimento<br />

sobre o território. O mapa que levou cinco<br />

meses e três vidas humanas para ser produzido, hoje,<br />

seria gerado em questão de minutos, com apoio de<br />

imagens de satélite. Além de nos dar uma perspectiva<br />

histórica, esse caso nos faz lembrar a importância dessa<br />

tecnologia em nossos desafios geográficos atuais, como<br />

o monitoramento do desmatamento da Amazônia. A<br />

tecnologia que temos hoje nos faz enxergar muito além,<br />

com mais detalhes e mais rápido. Resta-nos saber utilizá-la.<br />

Foto: divulgação<br />

90 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022


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