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ENTREVISTA Presidente da AIMEX, Leandro Rymsza, celebra aumento nas exportações de madeira
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8 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
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EVALDO MUÑOZ BRAZ
PAULO PUPO
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Diretor Técnico da AIMEX
(Associação das Indústrias
Esportadoras de Madeira
do Estado do Pará)
Pesquisador da
EMBRAPA Florestas
Superintendente da Abimci
(Associação Brasileira da
Indústria de Madeira Processada
Mecanicamente)
Presidente da CIPEM
(Centro das Indústrias Produtoras
e Exportadoras de Madeira do
Estado de Mato Grosso)
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SUMÁRIO
INDUSTRIAL
62
2022
48
56
54
MADEIRA
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO
Abimci 77
Ágil Madeiras 75
Aimex 73
Alca Máquinas 17
Arte Diamante 06
B.Krick 47
Benecke 15
Bonardi Química 41
Cipem 33
Contraco 43
DRV Ferramentas 21
Drytech 37
Engecass 19
Eurothermo 59
Impacto 45
Linck 11
Mafercon 04
Lions Machine 35
Máquinas Lampe 83
Meeta Industrial 87
Mendes Máquinas 02
Mill Indústrias 92
Montana Química 13
MSM Química 27
MSP Industrial 91
Nazzareno 29
Omil 25
Prêmio REFERÊNCIA 08
Reval Serras 61
Rone Usinagem 85
Siromat Metalúrgica 39
Termolegno 31
Vantec 23
SUMÁRIO
12 Editorial
14 Cartas
16 Bastidores
18 Notas
34 Aplicação
36 Frases
38 Entrevista
46 Coluna ABIMCI
48 Principal Chancela Internacional
54 Química na Madeira
56 Marcenaria
62 Feira
78 Artigo
88 Agenda
90 Espaço Aberto
10 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
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madeireiro brasileiro contam com
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no país com exclusividade
pela B.KRICK. O trabalho da empresa, sediada
em Curitiba (PR), é apresentado na reportagem
de capa desta edição, que traz ainda uma entrevista
exclusiva com o novo presidente da AIMEX
(Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras
do Estado do Pará), além de reportagens
especiais sobre economia, mercado, marcenaria e
muito mais. Uma ótima leitura a todos!
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ANO XXIV - EDIÇÃO 245 - OUTUBRO 2022
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product
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Ano XXIV • Nº245 •Outubro 2022
ENTREVISTA Presidente da AIMEX, Leandro Rymsza, celebra aumento nas exportações de madeira
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WOOD INDUSTRY
PADRÃO
MUNDIAL
TECNOLOGIA ALEMÃ OFERECE SOLUÇÕES
EXCLUSIVAS PARA A INDÚSTRIA MADEIREIRA
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado
fabiomachado@revistareferencia.com.br
Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.
bartoski@revistareferencia.com.br
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timber market has available machines
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The work of the Company, based in Curitiba (PR),
is presented in the cover story of this issue, which
also has an exclusive interview with the new President
of the State of Pará Association of Timber
Exporting Companies (Aimex), as well as special
articles on the economy, market, woodworking
and more. Pleasant reading!
Redação / Writing
André Nunes
jornalismo@revistareferencia.com.br
Colunista / Columnist
Paulo Pupo
Depto. de Criação / Graphic Design
Fabiana Tokarski / Supervisão
Crislaine Briatori Ferreira
Me Hua Bernardi
criacao@revistareferencia.com.br
Midias Sociais / Social Media
Andrew Holanda
Cainan Lucas
Depto. Comercial / Sales Departament - Gerson Penkal - Carlos Felde
comercial@revistareferencia.com.br
fone: +55 (41) 3333-1023
Representante Comercial - Dash7 Comunicação - Joseane Cristina Knop
Tradução / Translation - John Wood Moore
Depto. de Assinaturas / Subscription
Cristiane Baduy
assinatura@revistareferencia.com.br
0800 600 2038
ASSINATURAS
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Veículo filiado a:
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e
consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao
segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor Industrial Madeireiro não se responsabiliza por
conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de
responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco
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exceto para fins didáticos.
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and
consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,
governmental agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked to the forest based
segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,
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use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs
and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without
the written authorization of the holders of the authorial rights.
12 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
DRYERS AND KILNS INCREASE
PRODUCTIVITY IN THE FOREST
PRODUCT INDUSTRY
ENTREVISTA Santa Catarina se mantém como líder nacional na exportação de móveis de madeira
CARTAS
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product
CARTAS
CAPA DA EDIÇÃO 244 DA
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE SETEMBRO DE 2022
SECADORES
www.referenciaindustrial.com.br
Ano XXIV • Nº244 •Setembro 2022
MADEIRA
AQUECIDA
SECADORES E ESTUFAS AMPLIAM A
PRODUTIVIDADE DA INDÚSTRIA MADEIREIRA
HEATED TIMBER
DESIGN
Por Maria Freitas –
Sinop (MT)
Gostei de conhecer a
linha de móveis e design
da Pacajá, com artistas
moveleiros. Boas ideias
para marcenaria! Ainda
mais quando são oriundas
de manejo florestal
sustentável.
Por Tadeu Souza –
Almirante Tamandaré (PR)
É sempre interessante conhecer histórias de
empresas tradicionais que se destacam pelo país,
como a Contraco, de Santa Catarina, que foi capa
da edição de setembro. Tecnologia de secadores
e estufas é essencial em climas úmidos como os
da região sul.
Foto: Emanuel Caldeira
Foto: divulgação
Foto: divulgação
Foto: Filipe Scotti
ENTREVISTA
Por Tiago Faria –
Blumenau (SC)
SETOR FLORESTAL
Por Bianca Teixeira –
São Paulo (SP)
A indústria de Santa
Catarina orgulha o
nosso Estado, ainda
mais quando sabemos o
quanto o setor madeireiro
contribui para a pujança
deste cenário.
Muito bom conhecer o novo estudo publicado
pela Abimci (Associação Brasileira da Indústria
de Madeira Processada Mecanicamente), que
contribui com os principais dados do setor
florestal e industrial em nosso país.
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:
jornalismo@revistareferencia.com.br
CURTA NOSSA PÁGINA
Referência Industrial Madeira
@referenciamadeira
14 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
BASTIDORES
BASTIDORES
VISITA
RECEBEMOS EM NOSSA EDITORA, A VISITA DOS DIRETORES
DA DP FLORESTAL, DENILSON E DAMARIS PADILHA, QUE
TROCARAM IDEIAS COM O NOSSO DIRETOR COMERCIAL,
FÁBIO MACHADO, SOBRE A IMPORTÂNCIA DO CARBONO
NEUTRO NAS INDÚSTRIAS MADEIREIRAS.
Foto: divulgação
REVISTA BIOMAIS
O DIRETOR COMERCIAL DA JOTA EDITORA, FÁBIO
MACHADO, VISITOU A EMPRESA JSIC COMEX, E ESTEVE
VIABILIZANDO JUNTO COM JUSTIN ZHANG E DALCLIS
AZEVEDO A REPORTAGEM DE CAPA DA REVISTA
BIOMAIS DE DEZEMBRO/22.
Foto: divulgação
ALTA
TESOURO DIRETO
As vendas de títulos do
Tesouro Direto superaram
os resgates em R$ 1,4 bilhão
em agosto deste ano.
Segundo dados divulgados
pela entidade, as vendas
do programa atingiram R$
3,835 bilhões. Sinal evidente
da melhoria da economia
brasileira.
BAIXA
CONTAS EXTERNAS
As contas externas tiveram
saldo negativo de US$ 4,136
bilhões em julho, segundo
dados do BC (Banco Central).
No mesmo mês de
2021, o déficit havia sido
de US$ 1,175 bilhão nas
transações correntes, que
são as compras e vendas
de mercadorias e serviços e
transferências de renda com
outros países.
16 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
NOTAS
Foto: divulgação
MERCADO LIVRE
E SETOR ELÉTRICO
A CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) avalia que a Portaria 50/2022, publicada pelo MME (Ministério
de Minas e Energia), representa uma etapa importante para a abertura total do mercado livre de energia. A
decisão da pasta contou com contribuições técnicas da CCEE antes e durante o período em que passou por consulta
pública.
Pela medida, a partir de janeiro de 2024, todos os consumidores do Grupo A, ou seja, aqueles ligados na alta tensão,
como indústrias e médias empresas, a exemplo dos shoppings e redes de varejo, poderão operar no mercado livre
independentemente do volume demandado. No ambiente livre é possível negociar eletricidade diretamente de um
gerador ou comercializador, vantagem que pode permitir encontrar o insumo mais barato e firmar contratos customizados.
O MME também instituiu que os consumidores com carga menor que 500 KW (quilowatts) obrigatoriamente sejam
representados por um comercializador varejista perante a Câmara de Comercialização. Rui Altieri, presidente do Conselho
da CCEE, diz que a decisão do Ministério foi assertiva e que agora essa categoria precisa se fortalecer para atender
a grande demanda que virá. “A figura do comercializador varejista foi criada para intermediar a negociação, gerenciar
os riscos inerentes ao segmento livre, e tornar o ambiente mais atrativo para os consumidores de menor porte, que não
têm familiaridade com a dinâmica do setor elétrico”, comenta.
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica é responsável por viabilizar e gerenciar a comercialização de
energia elétrica no país, garantindo a segurança e o equilíbrio financeiro deste mercado. A CCEE é uma associação civil
sem fins lucrativos, mantida pelas empresas que compram e vendem energia no Brasil. O papel da CCEE é fortalecer o
ambiente de comercialização de energia - no ambiente regulado, no ambiente livre e no mercado de curto prazo - por
meio de regras e mecanismos que promovam relações comerciais sólidas e justas para todos os segmentos do setor
(geração, distribuição, comercialização e consumo).
18 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
NOTAS
POLÍTICAS
INDUSTRIAIS
“As políticas industriais voltaram ao centro do debate econômico e devem mapear tecnologias emergentes, atividades
econômicas novas ou tradicionais, mirar o desenvolvimento de novas atividades, complementares ou não, e
estimular a evolução da estrutura produtiva com oportunidades para novos modelos de negócio”, assim José Velloso,
presidente executivo da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), apresentou
a importância do tema no painel Competitividade e Política de Desenvolvimento Industrial no 7º Congresso Brasileiro
da Indústria de Máquinas, realizado em agosto, na capital paulista.
De acordo com Velloso, a agenda do Custo Brasil deve ser enfrentada com reformas estruturantes e políticas
horizontais, que removam os entraves à competitividade. “Essa é a agenda da urgência. Ao longo dos tempos o
Brasil deu ênfase à políticas para compensar as assimetrias, os famosos puxadinhos. A consequência foi o Brasil sofrer
um processo precoce de desindustrialização quem vêm ocorrendo nas últimas três décadas. As políticas devem
evoluir no sentido de eliminar as assimetrias, lembrando que a Digitalização e Servitização terão grande espaço”,
enfatizou Velloso.
Gino Paulucci Jr, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, abriu o congresso falando do foco no
fortalecimento da indústria e seu papel fundamental para o crescimento econômico do país: “O setor de máquinas
e equipamentos é, indiscutivelmente, um importante catalisador de novas tecnologias e inovações, fatores que contribuem
para uma maior competitividade das empresas brasileiras e a geração de empregos e renda”, alertou Gino.
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20 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
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NOTAS
MADEIRA E AÇO
Propulsores de empreendedorismo na Serra gaúcha, os setores moveleiro e metalmecânico se uniram em parceria
inédita para fortalecer suas indústrias: 1º Hackathon Madeira & Aço – maratona das indústrias gaúchas metalmecânica
e moveleira rumo à inovação. Um evento interativo para entender os problemas enfrentados pelas empresas de ambos
os segmentos e propor soluções inovadoras orientadas por especialistas. Com o tema “Como otimizar e agilizar a integração
de novos colaboradores desde a seleção até o treinamento”, o encontro foi realizado em setembro no Centro
Empresarial Bento Gonçalves, totalizando 18h (horas) de imersão.
A ideia surgiu da aproximação entre o Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves) e o
Simecs (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul e Região). As entidades
coordenam o GT Indústria 4.0 do ecossistema regional de inovação Serra gaúcha – uma das oito macrorregiões integrantes
do programa “Inova RS”, desenvolvido pela Sict (Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande
do Sul), com o objetivo de incluir o estado no mapa global da inovação.
Instituto Hélice e Sebrae RS estão ao lado do Sindmóveis e do Simecs como realizadores do evento – além dos
apoiadores Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul), CIC-BG (Centro da Indústria,
Comércio e Serviços de Bento Gonçalves) e Orquídea.
O Sindmóveis foi criado em 1977 para representar o polo moveleiro de Bento Gonçalves, incluindo empresas de
Bento, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza – hoje com mais de 300 indústrias. A entidade atua amarrando
as pontas da cadeia de modo que todo o setor possa se desenvolver com consistência e proposição de valor. Um trabalho
que não se limita à Serra, pois projetos como a feira Movelsul, o Prêmio Salão Design e o Orchestra Brasil são de
amplitude nacional e internacional.
Fundado em 1957, o Simecs nasceu da associação das indústrias regionais. Hoje, com mais de 60 anos de história,
é uma das maiores entidades sindicais patronais do sul do país no seu segmento. Com sede em Caxias do Sul e abrangência
em outros 16 municípios da Serra gaúcha, o Simecs está instalado em uma das regiões que mais crescem no
Brasil, representando mais de 3.300 empresas de pequeno, médio e grande porte.
Foto: divulgação
22 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
NOTAS
MERCADO CANAVIEIRO
Presente no Brasil desde 2017, desenvolvendo tecnologias necessárias para suportar o monitoramento de alta precisão,
a Taranis, sediada nos EUA (Estados Unidos da América) e com escritório no Brasil, em Campinas (SP), tem como
principal foco a cultura de cana-de-açúcar. Atuando fortemente junto às grandes usinas, principalmente as da região
sudeste e centro-oeste do país, anualmente a empresa monitora cerca de 300 mil ha (hectares). O objetivo é passar a
marca dos 600 mil ha até o final de 2023. Além disso, também tem ação na soja, milho, sorgo, algodão e pastagens.
De acordo com Fábio Franco, gerente geral Brasil da Taranis, o mercado nacional hoje representa a maior oportunidade
agrícola no fornecimento de alimentos para o mundo e especialmente quando falamos da geração de energia
limpa através principalmente do segmento sucroalcooleiro. “Esses fatores refletem diretamente no potencial gigantesco
do país, por isso, o nosso foco está na ampliação e atendimento de demandas para o mercado”, destaca.
A empresa disponibiliza ao setor, a Taranis Smartscout, uma plataforma digital com inteligência artificial, focada em
ajudar os produtores, distribuidores e consultores agrícolas a tomarem decisões mais assertivas. A ferramenta utiliza
imagens de nível foliar que são analisadas por machine learning de última geração, e que é alimentada pela maior biblioteca
de imagens de campo de alta resolução, contendo mais de 200 milhões de pontos de dados de IA (Inteligência
Artifical). Deste total, o mercado brasileiro representa entre 10% e 15%.
A companhia tem uma linha de atuação com mais de 100 revendedores e distribuidores. Segundo Lucas Geraldini,
diretor de marketing e customer success, este é um mercado em consolidação no Brasil com grandes players montando
cadeias nacionais de distribuição e a visão da empresa é fazer com que esse mercado cada vez mais se assemelhe
ao modelo de distribuição americano em alguns aspectos. “Isso vai ser um incentivo para nos desenvolvermos nos
próximos anos nessa linha de negócio também. E será interessante, pois enquanto o nosso produto avança para esse
tipo de cliente nos EUA os brasileiros acabam sendo beneficiados por um produto cada vez mais pronto e avançado”,
acrescenta.
A captação de US$ 40 milhões em uma rodada de investimento de série D, foi liderada pela Inven Capital, um fundo
europeu focado em tecnologia climática. Este capital eleva o financiamento total da empresa para US$ 100 milhões.
De acordo com Bar Veinstein, CEO da Taranis global, o aporte representa muitas oportunidades e permitirá à empresa
acelerar seu plano de crescimento de 3 anos entregando inteligência de colheita para o agronegócio global e
em particular, o Brasil. “Este país é o segundo maior mercado para nós e pretendemos aumentar o nosso investimento
para expandir as operações locais e fornecer insights para proteger milhões de hectares de plantações, especialmente
de cana-de-açúcar”, almeja o CEO.
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24 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
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NOTAS
5G
NO NORTE
As cinco capitais da Região Norte começam a ter sinais da
internet 5G sendo transmitidos pelas antenas das operadoras.
Com isso, a quinta geração da tecnologia completa a primeira
etapa prevista em edital, disponibilizando o serviço a todas as
27 capitais do país.
O sinal começa a ser ligado em Belém (PA), Macapá (AP),
Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC), mas o prazo
para que as operadoras liguem todas as estações previstas
– uma antena para cada 100 mil habitantes – se encerrará no
dia 28 de novembro.
Segundo o conselheiro Moisés Queiroz Moreira – do Grupo
de Acompanhamento da Implantação das Soluções para
os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz
(Gaispi) –, serão 57 antenas em Belém; 18 em Macapá; 84 em
Manaus; 21 em Porto Velho; e 15 no Rio Branco.
Com a nova tecnologia, a transmissão de dados fica mais
veloz, estável e com menor tempo de resposta (latência). As
frequências para o 5G foram leiloadas em novembro de 2021,
tendo como previsão inicial a de que o serviço seria disponibilizado
em todas as capitais até 31 de julho, e que nas demais
cidades do país a ativação seria gradual até 2029.
“Foi um trabalho exitoso nessa fase inicial, apesar de difícil
e de [envolver] aprendizado, porque não tínhamos total
conhecimento dos problemas que poderiam aparecer”, disse
o conselheiro, referindo-se à conclusão da primeira etapa de
entrega da faixa de 3,5 GHz, a ser explorada por três operadoras
(Vivo, TIM e Claro) em todas as capitais do país.
Segundo o coordenador do Gaispi, Henrique Gomes
Pinheiro, as operadoras instalaram, até o momento, “mais
do que o dobro” de antenas previstas no edital do 5G. “O
mínimo era de 2.528 estações [para as três operadoras]. No
entanto, 5.275 já foram instaladas”, disse ele, ao informar que,
com isso, o 5G já está presente em 5% das 93 mil estações
instaladas no país.
Ele acrescentou que o serviço disponibilizado nas 27 capitais
alcança 24% da população brasileira e tem potencial de
chegar a 50 milhões de pessoas.
Sobre a nova etapa prevista no edital, que é a de levar a
tecnologia 5G às cidades com mais de 500 mil habitantes, o
desafio agora é avançar na limpeza do espectro utilizado –
que é o mesmo de antenas parabólicas. A previsão é que essa
etapa comece a ser implementada em janeiro de 2023.
A fim de viabilizar o processo, serão distribuídos kits de
antenas, que substituirão as parabólicas, para famílias inscritas
no cadastro único de programas sociais do governo federal.
Nesse sentido, estão previstas campanhas informando a população
sobre como proceder o agendamento para a troca
de equipamento.
Foto: divulgação
26 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
CIPERTRIN MD
• Líder no tratamento inseticida de painéis de madeira, (compensados,
aglomerados MDF, OSB e outros) por adição à cola;
• Mais concentrado dos inseticidas, diminui a quantidade de inertes
a serem aplicados na cola, como também a área de estocagem;
• Base água, com baixa toxicidade e baixo odor;
• Isento de solventes que atacam as borrachas dos equipamentos
industriais;
• Compatível com resinas de última geração;
• Fácil diluição em água, para tratamento por imersão de madeiras
serradas.
TBP 90
• O primeiro fungicida (antimofo) para madeira a base de
tribromofenol só poderia ser o líder de mercado e a MSM
Química a maior importadora deste ingrediente ativo.
• Produto de fácil aplicação não retirando da madeira
suas características naturais.
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NOTAS
CONSUMO
O IBRE (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou os novos dados que medem a
confiança do consumidor. O ICC (Índice de Confiança do Consumidor) avançou 5,4 pontos em setembro, para 89 pontos,
o maior nível desde janeiro de 2020, com 90,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 3,3 pontos, para 84
pontos.
Segundo a coordenadora das Sondagens do Ibre/FGV, Viviane Seda Bittencourt, a confiança dos consumidores sobe
pelo quarto mês consecutivo influenciada pelas perspectivas mais otimistas em relação aos próximos meses. De acordo
com ela, tal resultado parece estar relacionado com a queda nas expectativas de inflação dos consumidores para os próximos
12 meses e a um aumento do otimismo em relação ao mercado de trabalho.
“Há um aumento na intenção de consumo, exceto para os consumidores de renda mais baixa, o que reflete ainda
dificuldades dessa classe. Além disso, a proximidade das eleições tem um efeito potencializador dessas expectativas.
É necessário ter cautela nesses resultados, considerando uma política monetária ainda restritiva e a possibilidade de
desaceleração da atividade econômica, que reduziria a velocidade de recuperação do mercado de trabalho”, explicou a
pesquisadora.
Conforme o IBRE/FGV, a alta em setembro foi influenciada pela melhora dos indicadores sobre o momento e próximos
meses. O IE (Índice de Expectativas) avançou 7,6 pontos, para 100,2 pontos, maior desde dezembro de 2019, com
100,3 pontos, período pré-pandemia da covid-19. O ISA (Índice de Situação Atual) subiu 1,6 ponto, para 73,3 pontos,
maior resultado desde março de 2020, embora ainda baixo em termos históricos.
Em relação aos indicadores que medem a satisfação dos consumidores no momento, há uma percepção de melhora
da situação econômica com aumento de 2,5 pontos no indicador para 82,3 pontos, maior nível desde fevereiro de 2020
(85,5 pontos). A avaliação sobre a situação financeira da família se alterou pouco, 0,8 ponto para 64,9 pontos, nível ainda
baixo em termos históricos.
Nas expectativas, o item que mais contribuiu para a alta no mês foi o que mede o otimismo das famílias em relação à
situação financeira nos próximos seis meses, cujo indicador subiu 10,4 pontos para 100,8 pontos, maior nível desde janeiro
de 2020 (81,7 pontos).
Foto: divulgação
28 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
NOTAS
PORTAS
DE MADEIRA
A Abimci (Associação Brasileira da Indústria
de Madeira Processada Mecanicamente)
por meio do PSQ-PME (Programa Setorial da
Qualidade de Portas de Madeira para Edificações)
lançou a quinta edição da Revista de
Portas de Madeira.
“A Abimci disponibiliza ao mercado a
Revista que é considerada a principal publicação
nacional sobre o segmento. Ela tem
como propósito ser fonte de informação
sobre tendências de mercado, normalização,
produtos certificados, sustentabilidade, entre
outros. Mas acima de tudo, apresenta a
evolução das portas de madeira certificadas
no atendimento às exigências do mercado”,
justifica o superintendente da Abimci, Paulo
Pupo.
Na edição, a matéria de capa aborda as
transformações vividas pelo segmento de
portas de madeira, que há 10 anos disponibiliza
para o mercado produtos certificados,
fabricados pelas empresas que fazem parte do PSQ-PME.
As reportagens abordam ainda uma visão geral do desenvolvimento e dos avanços
conquistados pelo segmento de portas de madeira certificadas; as percepções e tendências
de mercado; os novos padrões de consumo; o uso das portas com requisitos
adicionais de desempenho em projetos especiais; a importância da fidelização do
cliente durante a jornada de compra; e análises de como o segmento de portas está inserido
nas práticas ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em inglês), que estão
ganhando a cada dia mais importância na sociedade e no mercado.
A edição conta com uma entrevista que aborda a tendência da construção de empreendimentos
em que o indivíduo é colocado ao centro em relação às especificações
de projeto com foco no conforto e qualidade de vida e também o papel dos produtos
de madeira neste perfil de empreendimento.
Com um amplo plano de divulgação segmentado junto ao mercado, a edição passa
agora a ser distribuída para empresas fabricantes de portas, construtoras, entidades
representantes da construção civil, arquitetos, engenheiros e profissionais ligados ao
segmento.
Foto: divulgação
30 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
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NOTAS
Foto: Emanuel Caldeira
O Prêmio REFERÊNCIA 2022 está chegando e conforme foi destacado na última edição, o último participante
do Painel Sustentabilidade desse ano foi confirmado. Esse novo painelista se junta a Rafael Mason, presidente do
CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso), Evaldo Muñoz
Braz, pesquisador da EMBRAPA Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Deryck Pantoja Martins,
diretor técnico da AIMEX (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará).
O integrante que completa o elenco do painel é Paulo Pupo, superintendente da Abimci (Associação Brasileira
da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente). Paulo será responsável por apresentar o tema: Mercado e
tendências para a madeira processada. Além do cargo na Abimci, Paulo é vice-presidente da FIEP (Federação das
Indústrias do Estado do Paraná) e Coordenador do Comitê Brasileiro de Madeira ABNT-CB31 (Associação Brasileira
de Normas Técnicas).
A presença de Paulo no painel reforça o papel do prêmio, que além de celebrar os grandes destaques do setor,
serve também como fonte de informação para vários focos de atuação no mercado, passando pela madeira
manejada, as exportações, a pesquisa e também a madeira de reflorestamento.
O Prêmio REFERÊNCIA 2022 é organizado pela Jota Editora, responsável pelas revistas REFERÊNCIA FLORES-
TAL, REFERÊNCIA INDUSTRIAL DA MADEIRA, REFERÊNCIA CELULOSE&PAPEL, REFERÊNCIA PRODUTOS DE
MADEIRA e REFERÊNCIA BIOMAIS. A edição deste ano conta com os patrocínios de: ACIMDERJ, AIMEX, CIPEM,
DRV FERRAMENTAS, EFFISA, INOX CONEXÕES, MONTANA QUÍMICA, MSM QUÍMICA e REMSOFT. A premiação
será realizada no dia 29 de novembro, a partir das 19h (horas), em Curitiba (PR). Além dos vencedores, e convidados,
esse ano o evento é aberto para o público geral. Estão disponíveis alguns ingressos de um lote limitado
de convites para os interessados em participar do evento que dará direito a participar de toda a programação da
noite: Painel Sustentabilidade, Prêmio REFERÊNCIA e do jantar que acontece logo após o término da cerimônia,
com cardápio de massas especiais e bebidas não alcoólicas liberadas.
32 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
ESTUDO COMPROVA AMPLA OCORRÊNCIA DO IPÊ NAS
FLORESTAS DO BRASIL
Dados de 2019 indicam que Mato Grosso registrou 17,6 mi de
hectares em áreas passíveis de manejo dos 25 milhões de hectares
de Floresta Amazônica no Estado
Fonte: Embrapa Florestas
Estudo realizado em áreas florestais sob manejo
sustentável nos estados do Acre e de Mato Grosso,
mapeou mais de 40 milhões de árvores adultas das
espécies Handroanthus serratifolius (ipê amarelo) e
Handroanthus impetiginosus (ipê roxo). A ampla incidência
registrada mostra que os ipês estão protegidos de
extinção e ressalta a importância do manejo sustentável
das florestas.
Segundo os pesquisadores envolvidos, esse total
mapeado não considerou árvores jovens, arvoretas e
banco de plântulas. “Considerando a população, área de
ocorrência, crescimento e estrutura (do passado e atual),
capacidade de suporte e estoque das florestas naturais
sob manejo, maturidade reprodutiva, entre outros fatores,
entendemos que as duas espécies não se encontram em
condição vulnerável”, afirma o pesquisador Evaldo
Muñoz Braz, da Embrapa Florestas (PR).
Os resultados estão apresentados na publicação
“Ocorrência e crescimento de Handroanthus spp. na
Amazônia, nos estados de Mato Grosso e Acre, como
subsídio para a elaboração de normativas de manejo
florestal e avaliação de risco de extinção”. A obra traz
dados e informações fundamentais que colaboram em
recentes debates no setor florestal sobre a inserção dos
ipês na lista de espécies da flora ameaçadas de extinção.
Durante o ano de 2020, os pesquisadores estiveram em
campo em áreas de florestas nativas remanescentes,
localizadas no Acre e em Mato Grosso, onde já desenvolvem
outros projetos de pesquisa sobre manejo florestal
sustentável, com o objetivo de levantar a atual situação
de ocorrência e crescimento do ipê.
Em Mato Grosso, dados de 2019 registram 17,6
milhões de ha em áreas passíveis de manejo dos 25
milhões de ha de Floresta Amazônica no Estado e com
áreas protegidas em mais 8 milhões de ha em reservas
indígenas e Unidades de Conservação de Proteção
Integral.
A metodologia utilizada para a realização desse
trabalho envolve cruzamento e estudo de diferentes
informações e pesquisas de campo. Os cientistas reuniram
diversos bancos de dados florestais e da literatura
especializada, buscando abranger, de forma representativa,
todas as subtipologias do bioma Amazônia presentes
no Acre e no Mato Grosso e identificar sua ocorrência.
O conjunto de dados foi composto por inventários
florestais de Planos de Manejo Florestal Sustentável
(PMFS) aprovados e fornecidos pelo Instituto de Meio
Ambiente do Acre (Imac-AC) e pela Secretaria de Estado
de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT).
Entre os inventários, estavam os do tipo “censo”, que
incluem os dados de todas as árvores com diâmetro à
altura do peito (DAP) maior que 35 cm. Nessa categoria,
foram registradas mais de 20 mil árvores de Handroanthus
spp. em uma área de aproximadamente 100 mil ha
inventariados.
Outra parte do trabalho analisou dados de crescimento
das espécies, por meio do estudo dos anéis de crescimento
dos ipês das áreas amostradas. Com a informação da
maturidade reprodutiva das espécies, obtida em literatura
científica, foi possível avaliar que o ciclo reprodutivo das
árvores sob MFS está assegurado, garantindo a conservação
da floresta.
Manejo sustentável deixa a floresta em pé
A madeira é um produto altamente sustentável, sendo,
sob normas de manejo, um bem renovável. A floresta sob
manejo, além de sustentável do ponto de vista ambiental,
gera renda e sequestra carbono. No trabalho científico,
também foram simuladas cenários de manejo nas diferentes
tipologias, e sob diferentes condições de extração,
evidenciando a sua sustentabilidade.
O CIPEM
De acordo com Rafael Mason, presidente do Cipem:
“enquanto entidade representativa do setor de base
florestal, o CIPEM defende que a ampliação das pesquisas
científicas em torno do Manejo Florestal contribui
diretamente para a continuidade e aprimoramento da
atividade, com respeito à legislação vigente. Dessa forma,
por entender que o aprofundamento no tema também traz
contribuições na desconstrução de conceitos errôneos
preestabelecidos, o Cipem reitera seu compromisso com a
floresta nativa e com a produção científica de conteúdo
sobre o bioma Amazônico por meio de parcerias sólidas
com instituições de pesquisa”.
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Manejosustentavel
APLICAÇÃO
CAPTAÇÃO
DE CARBONO
Foto: divulgação
Os múltiplos usos da madeira, como
fonte de captação permanente de
carbono da atmosfera, e a plantação
de árvores e reflorestamento são
igualmente importantes para o chamado
sequestro de gás carbônico.
Nesse segmento, um dos destaques
vem da maior construtora da América
Latina, a MRV, que atingiu a marca de
2 milhões de árvores plantadas em
todo o território nacional nos últimos
12 anos. O cálculo leva em conta o
período de janeiro de 2010 a agosto
de 2022, representando um total de
986 mil toneladas de CO 2
(gás carbônico)
removidos da atmosfera.
SUSTENTABILIDADE
Poupando o equivale ao que é
produzido em 18,3 milhões de viagens
pontes aérea entre Rio Janeiro
e São Paulo, e a 5,7 bilhões de
quilômetros rodados de um veículo
leve movido a gasolina, o feito
da construtora MRV. Somente de
janeiro a agosto de 2022, mais de
252 mil árvores já foram plantadas
pela companhia – que é signatária
da Rede Brasil do Pacto Global da
ONU (Organização das Nações
Unidas) e faz parte do Índice de
Sustentabilidade Empresarial da
B3 pelo sexto ano.
Foto: divulgação
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(RLAM) E ISAAC SABBÁ (REMAN). ISSO DIMINUI A CONCENTRAÇÃO DESSE
MERCADO DE 98% PARA 80%. TENHO CERTEZA DE QUE A PETROBRAS
FARÁ DE TUDO PARA CUMPRIR O ACORDO COM O CADE (CONSELHO
ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA) E VENDER TODAS AS
REFINARIAS ACORDADAS, PREVISTAS NO PLANO DE DESINVESTIMENTO”
ADOLFO SACHSIDA, MINISTRO DE MINAS E ENERGIA
“DESENHAMOS
OS PROGRAMAS
SOCIAIS JUNTOS.
PRESERVAMOS
11 MILHÕES DE
EMPREGOS. TODO
MUNDO ESTÁ COM
DINHEIRO PARA VIVER.
NÃO É NEM SOBREVIVER, É
VIVER MESMO. JÁ A CLASSE
MÉDIA ESTÁ GERANDO
EMPREGO E RENDA”
PAULO GUEDES,
MINISTRO DA
ECONOMIA
“A CADEIA PRODUTIVA DA INDÚSTRIA FLORESTAL
PRECISA APROFUNDAR A DISCUSSÃO SOBRE SEUS
DESAFIOS, ENTRE ELES O DE AMPLIAR A OFERTA DE
MATÉRIA-PRIMA E MELHORAR SUA COMPETITIVIDADE.
TEMOS ESCASSEZ DE MADEIRA NAS REGIÕES SUL,
SUDESTE, CENTRO-OESTE E NORDESTE E UMA
DAS CAUSAS É A FALTA DE INCENTIVOS PARA OS
PRODUTORES RURAIS CULTIVAREM FLORESTAS DE
EUCALIPTO OU PINUS”
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
GILBERTO SELEME, PRESIDENTE EM EXERCÍCIO DA FIESC
(FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DE SANTA CATARINA)
“A SEMANA INTERNACIONAL
DA MADEIRA É DE GRANDE
IMPORTÂNCIA PARA O
DESENVOLVIMENTO DO SETOR,
POIS PROPORCIONA NETWORKING,
GERAÇÃO DE NEGÓCIOS, AVALIAÇÃO
DE CENÁRIOS E PERSPECTIVAS
ENTRE OS VÁRIOS ELOS DA CADEIA
PRODUTIVA DO SETOR MADEIREIRO E
DE BASE FLORESTAL NACIONAL”
PAULO PUPO, SUPERINTENDENTE
DA ABIMCI (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
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ENTREVISTA
MADEIRA DO PARÁ:
DESTINO EXPORTAÇÃO
FOREST PRODUCTS
FROM THE STATE
OF PARÁ:
DESTINATION
EXPORT
C
erca de 70% da madeira do Pará é exportada para
os EUA (Estados Unidos da América) e União Europeia,
cenário desafiador diante dos conflitos entre
Rússia e Ucrânia. Representante do segmento
no Estado, a AIMEX (Associação das Indústrias
Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará) celebra os resultados
de 2022 até agora: 100% de aumento em valoração
e 23% mais exportações do início do ano até o mês de julho.
Presidente da AIMEX, Leandro Rymsza, detalha esse panorama
e fala sobre as perspectivas para 2023 em entrevista exclusiva
para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL:
ENTREVISTA
About 70% of the State of Pará’s forest products are
exported to the USA and the European Union, a
challenging scenario facing the conflicts between
Russia and Ukraine. Representative of the segment
in the State, the State of Pará Association of Timber
Exporting Companies (Aimex) celebrates the results of 2022 to
date: a more than 100% increase in value and more than 23% in
exports from the beginning of the year to July. Leandro Rymsza,
President of Aimex, provides details on this panorama and talks
about the prospects for 2023 in this exclusive interview with REFE-
RÊNCIA Industrial:
LEANDRO RYMSZA
CARGO: PRESIDENTE DA AIMEX E
EMPRESÁRIO DO RAMO FLORESTAL MADEIREIRO
Foto: divulgação
FUNCTION: PRESIDENT OF THE STATE OF PARÁ ASSOCIATION OF
TIMBER EXPORTING COMPANIES (AIMEX)
BUSINESSMAN IN THE FOREST PRODUCT INDUSTRY
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ENTREVISTA
AS EXPORTAÇÕES DE MADEIRA DO PARÁ
SUBIRAM 23% DO INÍCIO DO ANO, ATÉ JU-
LHO E 100% EM VALORAÇÃO. A QUE SE
DEVE ESSE AUMENTO?
De fato, existe uma diferença expressiva entre
a quantidade e o valor exportado, pois no acumulado
de janeiro a julho comparando com o mesmo
período de 2021, houve o crescimento de 103,61%
no valor (US$ FOB 253.557.690) e 23,34% na quantidade
(174.791.614 Kg) exportada. Para melhor
analisar temos que avaliar os preços praticados em
2020 haja vista que 2021 foi atípico para o exportador
paraense devido alguns fatos que causaram
o represamento de contêineres, que deixaram de
ser embarcados. Entre os fatos estão a mudança e
integração entre os sistemas do IBAMA (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis) e SISCOMEX (Sistema Integrado
de Comércio Exterior) que dificultou a liberação
da autorização de exportação, e a disponibilidade
restringida de navios e contêineres devido a desestruturação
da rede mundial de oferta e procura
no transporte marítimo de cargas. Se compararmos
com o primeiro semestre de 2020, o preço
médio obtido foi de US$ 972,30/tonelada, enquanto
no primeiro semestre de 2022 o preço médio foi
de US$ 1.593,94/tonelada, ou seja, um aumento
de 64%, bem acima da média de quase todos os
insumos da construção civil, que chegou perto dos
40% em muitos países. O aumento dos valores
exportados em 2022 é reflexo do aumento dos
preços e de uma demanda maior que a oferta nos
primeiros meses, e do início das exportações do
MDF produzido no Pará. Assim, as cargas que ficaram
represadas em 2021 estão sendo exportadas
neste ano, apesar de ainda haver um descompasso
pelos mesmos motivos que ainda persistem, mas
em menor intensidade.
STATE OF PARÁ FOREST PRODUCT EX-
PORTS INCREASED MORE THAN 23% IN
VOLUME AND MORE THAN 100% IN VALUE
FROM THE BEGINNING OF THE YEAR TO
JULY. HOW DID THIS INCREASE COME
ABOUT?
There is a significant difference between the
amount and the value exported from January
to July compared to the same period in 2021.
There was a growth of 103.61% in the value
(US$ 253,557,690 FOB) and 23.34% in volume
(174,791,614 kg) exported. To better analyze
this, we have to evaluate the prices practiced
in 2020, as 2021 was atypical for the exporter
from Pará due to several factors that caused
container shipments to be held up. Among the
factors are the change and integration between
the Brazilian Institute of the Environment and
Renewable Natural Resources (Ibama) and the
integrated System of Foreign Trade (Siscomex)
systems that hindered the granting of export authorizations,
as well as the restricted availability
of ships and containers due to the dismantling
of the world’s supply and demand network in the
area of maritime cargo transport. Compared to
the first half of 2020, the average price obtained
was US$ 972.30/mt, while in the first half of 2022,
the average price was US$ 1,593.94/mt, that is,
an increase of 64%, well above the average of almost
all building construction inputs, which came
close to 40% in many countries. The increase in
exported values in 2022 reflects the increase in
prices and demand greater than supply in the
first months and the beginning of exports of the
MDF produced in Pará. Thus, the shipments held
up in 2021 are being made this year, although a
backlog still persists for the same reasons, but to
a lesser extent.
NO MERCADO NACIONAL O PRINCIPAL
CONSUMIDOR DE MADEIRA É A
CONSTRUÇÃO CIVIL E A INDÚSTRIA DE MÓVEIS
40 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
ENTREVISTA
COMO A AIMEX AVALIA O CENÁRIO NA-
CIONAL E INTERNACIONAL DE EXPORTA-
ÇÃO DE MADEIRA E AS PERSPECTIVAS PARA
2023?
No mercado nacional o principal consumidor
de madeira é a construção civil e a indústria de
móveis. Com as medidas baixadas para controlar a
inflação e com a queda no nível de desemprego, a
expectativa é de melhora do consumo de madeira
pela construção civil na primeira etapa com a entrega
de novas unidades habitacionais, e no setor
de móveis em uma segunda etapa em decorrência
do aumento da produção para mobiliar as novas
residências. Quanto ao mercado internacional é
cedo para se avaliar um cenário para 2023, considerando
que os EUA e União Europeia importam
cerca de 70% da madeira paraense, mas o setor já
observa uma retração do mercado em decorrência
do cenário de mudança na política monetária
para combater a inflação somado ao complicado
quadro geopolítico mundial gerador de pressão
inflacionária, consequência da guerra entre Rússia
e Ucrânia.
DE QUE FORMA AS QUESTÕES INTERNA-
CIONAIS, COMO A GUERRA DA RÚSSIA X
UCRÂNIA TÊM IMPACTADO NO MERCADO
BRASILEIRO?
O impacto foi positivo para o setor, pois os
efeitos diretos das sanções econômicas impostas
levou a suspensão do comércio de madeira da
Rússia, Ucrânia e Belarus, maiores fornecedores da
União Europeia, enquanto perdurar a guerra. Para
compensar esta situação, a União Europeia aumentou
a importação de madeira de outros países,
entre eles o Brasil, beneficiando o Pará que é o
maior exportador brasileiro de madeira tropical.
QUAIS OS OBJETIVOS PARA A SUA GES-
TÃO NA AIMEX?
Dar continuidade aos projetos e ações que vi-
HOW DOES AIMEX SEE THE DOMESTIC
AND INTERNATIONAL FOREST PRODUCT
EXPORT SCENARIO, AND WHAT IS THE
OUTLOOK FOR 2023?
The primary forest product consumers for the
domestic market are the building construction
and furniture industry. With the measures taken
to control inflation and the drop in unemployment,
the expectation is for an improvement.
The first stage is in forest product consumption
by building construction with the delivery of
new housing units. The second stage is in the
furniture-making segment, due to increased
production to furnish new homes. As for the
international market, it is too early to evaluate a
scenario for 2023, considering that the U.S. and
European Union imports account for about 70%
of the forest products from Pará. However, the
Sector is already observing a market downturn
due to the scenario of changing monetary policy
to combat inflation added to the complicated
global geopolitical framework that generates
the inflationary consequence of the war between
Russia and Ukraine.
HOW HAVE INTERNATIONAL ISSUES
SUCH AS THE WAR IN UKRAINE IMPACTED
THE MARKET?
The impact was positive for the Sector, as the
direct effects of the economic sanctions imposed
led to the suspension of forest product trade
with Russia, Ukraine, and Belarus, the European
Union’s largest suppliers, for the duration of the
war. To compensate for this situation, the European
Union has increased timber imports from
other countries, including Brazil, benefiting Pará,
the largest Brazilian exporter of tropical wood
products.
WHAT ARE THE OBJECTIVES FOR YOUR
MANDATE AT AIMEX?
O CONCEITO DE ESG É IRREVERSÍVEL,
MAS PRECISA FAZER PARTE DA CULTURA
DAS EMPRESAS E DO SETOR MADEIREIRO
42 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
• Fabricado em alvenaria
ou estrutura metálica;
•
Sistema que permite o
acompanhamento de
relatórios físicos e
virtuais do desempenho;
• Solução de tratamento
fitossanitário AQF;
•
Sistema Contraco de
aquecimento que
dispensa caldeira
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sem fortalecer institucionalmente o setor produtivo
de base florestal, além de traçar novos objetivos
para o desenvolvimento da atividade madeireira
no Pará e na Amazônia, apoiando a produção sustentável,
combater a atividade e o desmatamento
ilegal, divulgar o manejo florestal e impulsionar,
cada vez mais, o beneficiamento e a certificação
dos nossos produtos para os associados da AI-
MEX, que hoje é integrado por 25 empresas.
DE QUE FORMA A SUSTENTABILIDADE
ESTÁ INTERFERINDO POSITIVAMENTE NA EX-
PORTAÇÃO DE MADEIRA?
O compromisso da AIMEX com a sustentabilidade
da floresta, através das suas ações e campanhas
de divulgação e valorização do manejo
florestal e da madeira sustentada, tem trazido
resultados positivos junto ao público consumidor
interno e externo. A ação mais recente é a parceria
firmada com a EMBRAPA (Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária) para conhecer em detalhes
as populações de Ipês (roxo e amarelo) nas
áreas de produção do Pará. Os resultados obtidos
serão utilizados para subsidiar índices técnicos e
seguros, que levem em conta as características de
crescimento e a taxa de recuperação da espécie,
para garantir sua manutenção e diversidade na
floresta.
COMO A AIMEX VÊ O AUMENTO DA IM-
PORTÂNCIA DO ESG NESSE SEGMENTO DO
MERCADO?
Vejo que o conceito ESG (meio ambiente, social
e governança) é irreversível. Entretanto, a empresa
tem que querer que este conceito faça parte
da sua cultura, tem que ser inerente a atividade
florestal sustentada. Apesar de ser um conceito
novo, entendo que a empresa que já possua um
certificado ambiental, onde é preciso obedecer a
padrões ambientais e sociais sem colocar o lado
econômico em risco, já se enquadra no conceito
ESG.
To continue the projects and actions aimed
at institutionally strengthening the Forest Product
Sector, in addition to setting new objectives
for the development of forest harvesting in Pará
and the Amazon, supporting sustainable production,
combating illegal activity and deforestation,
disseminating forest management, and increasingly
fostering the processing and certification
of our products with Aimex members, who now
number 25 companies.
HOW IS SUSTAINABILITY POSITIVELY
INTERFERING WITH TIMBER PRODUCT EX-
PORTS?
Aimex’s commitment to forest sustainability,
through its actions and campaigns for disseminating
and valorizing forest management
and sustainable timber products, has brought
positive results from the internal and external
consuming public. The most recent effort is the
partnership signed with the Brazilian Agricultural
Research Company (Embrapa) to survey the Ipê
populations (purple and yellow) in the State of
Pará production areas. The results will be used to
subsidize technical and accurate indexes, which
consider the species’ growth characteristics and
recovery rate, to ensure its maintenance and diversity
in the forest.
HOW DOES AIMEX SEE THE INCREASED
IMPORTANCE OF ESG IN THIS MARKET SEG-
MENT?
We see that the ESG concept is irreversible.
However, a company has to want this concept
to be part of its culture; it has to be inherent to
sustained forest activity. Despite being a new
concept, I understand that a company with an
environmental certificate, where it is necessary to
comply with environmental and social standards
without putting the economic side at risk, already
fits the ESG concept.
A UNIÃO EUROPEIA AUMENTOU A IMPORTAÇÃO DE
MADEIRA DE PAÍSES COMO O BRASIL DIANTE DAS
DIFICULDADES TRAZIDAS PELA GUERRA NA RÚSSIA E UCRÂNIA
44 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
SERRA FITA GEMINADA
Equipamento projetado para receber toras de diversos formatos, efetuando
cortes simultâneos nas extremidades para retirada das costaneiras. Sistema
de saída da costaneira automatizada.
Componentes
Posicionador de Toras
Tombador de Toras
Leitor de diâmetro por Scanner e
bitolador com servo motor
Características
Alta produção
Precisão de corte
Sistema de limpeza do volante
Braço preensor
Braço de apoio caída costaneira
Relê de segurança NR12 com acionamentos monitorados
Chave de segurança
Sensores protegidos contra choques mecânicos
Proteção contra distúrbios na rede elétrica de alimentação
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COLUNA ABIMCI
SEMANA INTERNACIONAL
DA MADEIRA 2022
Paulo Pupo
Superintendente da Associação
Brasileira da Indústria de Madeira
Processada Mecanicamente
Contato: abimci@abimci.com.br
A
quarta edição da Semana Internacional
da Madeira, realizada de 13 a 16 de setembro,
em Curitiba (PR), se confirmou
novamente como uma importante agenda
para o setor industrial madeireiro e de
base florestal. Os vários eventos realizados proporcionaram
análises dos cenários e abordaram expectativas
e tendências essenciais para o enfrentamento dos
desafios e da necessária leitura do mercado. Foram
mais de 8 mil pessoas presentes nos diversos eventos
realizados ao longo da semana, reunindo a comunidade
madeireira e florestal nacional, em agendas comerciais,
de encontros técnicos, áreas de exposição e
geração de negócios.
Dentre os principais eventos da programação
da Semana, certamente esteve o Woodtrade Brazil,
evento organizado pela Abimci (Associação Brasileira
da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente),
FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná)
e Malinovski, que contou com mais de 600 participantes
que puderam acompanhar as discussões sobre
as condições de competitividade, as perspectivas, o
potencial e os desafios do mercado para os diversos
produtos madeireiros e florestais. Todo o conteúdo
apresentado no Woodtrade Brazil foi pensado minuciosamente
pela Abimci para trazer à tona pautas que
são essenciais para a análise das perspectivas atuais e
futuras do setor com o objetivo de proporcionar embasamento
para definição das estratégias das empresas
e servem como base para a tomada de decisões.
A Semana contou também com outros dois
eventos técnicos, a Wood Protection – Conferência
Sul-Americana de Tecnologias para Proteção de
Madeira; e a ProWood – Conferência Internacional
de Tecnologias para a Indústria da Madeira. Ambos,
respectivamente, proporcionaram aos participantes
atualizações sobre o setor de tratamento de madeiras
Foto: divulgação
e sobre a transformação e beneficiamento da madeira.
Nesta edição, a Semana Internacional da Madeira
também ganhou um importante reforço em
sua agenda, com a inserção em sua programação
do 5º ENCAPP (Encontro da Cadeia Produtiva da
Porta) que foi realizado junto à Lignum Latin America.
O evento contou com a exposição de produtos
da cadeia produtiva da porta, novas tecnologias e
soluções construtivas para o segmento. Além da
participação das empresas fabricantes de portas e
de empresas expositoras em rodadas de negócios. A
área de exposição do Encapp recebeu 2.698 visitantes.
O resultado foi 80% superior ao da última edição
realizada em 2019.
A feira Lignum Latin America apresentou uma
excelente estrutura, com uma variada área de exposição,
envolvendo 120 empresas. Tecnologias,
lançamentos, prospecção de novos negócios e investimentos
foram pautas desenvolvidas nos três dias
de exposição.
Certamente são essas agendas macro e em várias
abordagens, reunindo empresários de praticamente
todas as regiões do país, de todos os segmentos
madeireiros, indiferente da espécie e da matéria-prima
que utilizam, que proporcionam a integração tão
necessária às empresas do setor, ajudando na definição
de estratégias, no enfrentamento dos desafios
e demandas. Em tempos de constantes transformações
no mercado, tanto nacional como em relação
as exportações, apresentando novas tendências de
consumo, sustentabilidade e competitividade em
velocidades cada vez maiores, exigem cada vez mais
conhecimento, cautela e compreensão dos fatos.
Os eventos e o network presenciados em Curitiba,
durante a Semana Internacional da Madeira, contribuíram
para isso.
Você sabia?
Em 2012, com o intuito de auxiliar
no desenvolvimento técnico
e defender os interesses das empresas
associadas fabricantes de
portas de madeira, a Abimci criou
o PSQ-PME (Programa Setorial da
Qualidade de Portas de Madeira
para Edificações). O Programa trouxe procedimentos
para o processo produtivo e padronização para
as portas de madeira que passaram a atender as
normas técnicas vigentes.
46 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
Você nunca imaginou que uma
weinig estaria tão próxima de você
Oferecemos as melhores soluções em máquinas e equipamentos para empresas que
trabalham no mercado moveleiro e madeireiro no Brasil. A B.KRICK representa as
máquinas do grupo WEINIG, ou seja, as máquinas que ditam os padrões de
tecnologias e eficiência no mercado mundial.
Temos a garantia de uma reputação baseada em seriedade e confiança, alcançada
por meio de práticas criteriosas para atender o melhor possível cada cliente,
contando com mais de 3.000 Máquinas já instaladas no Brasil.
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INTERNACIONAL
HÁ 34 ANOS, A
TECNOLOGIA QUE DEFINE
OS PADRÕES MUNDIAIS
DE EFICIÊNCIA NO
MERCADO MOVELEIRO E
MADEIREIRO CONTAM COM
A REPRESENTAÇÃO DA
B.KRICK NO BRASIL
Fotos: divulgação
48 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
INTERNATIONAL SEAL
FOR 34 YEARS, THE TECHNOLOGY THAT DEFINES
THE WORLD STANDARDS OF EFFICIENCY IN THE
FURNITURE AND SAWMILL MARKET HAS BEEN
REPRESENTED BY B.KRICK IN BRAZIL
OUTUBRO 2022 49
PRINCIPAL
F
undada em outubro de 1988, com sede em Curitiba
(PR), a B.KRICK nasceu com o objetivo de
oferecer as melhores soluções em máquinas e
equipamentos para empresas que trabalham no
mercado moveleiro e madeireiro no Brasil. O fundador,
Bruno E. Krick, buscava preencher uma grande lacuna
tecnológica então existente no país. Logo em seu início, a
B.KRICK passou a representar no país as máquinas do grupo
alemão WEINIG, reconhecido como padrão mundial de excelência.
Em outras palavras, são as máquinas que ditam os
padrões de tecnologia e eficiência no mercado mundial. “O
resultado dessa chancela exclusiva da WEINIG é a garantia
de uma reputação baseada em seriedade e confiança, alcançada
por meio de práticas criteriosas para atender o melhor
possível cada cliente. De lá para cá, somamos mais de 4 mil
máquinas já instaladas no Brasil”, celebra o CEO Bruno Krick
Junior, filho do fundador.
A B.KRICK tem como principal foco o atendimento atencioso
ao cliente em todos os quesitos. “Para isso, contamos
com uma equipe altamente engajada com o mesmo espírito
e visão de negócio. Ao longo dos anos, nosso time – 30 funcionários,
sendo metade do departamento técnico – cresceu
não apenas em número, mas em capacitação, conhecimento
e experiência, cada dia mais forte e unida em torno deste
ideal. O resultado são profissionais com know-how internacional,
confiabilidade para o cliente final, atendimento ágil
e eficiente”, resume o CEO Bruno.
“Somos clientes da B.KRICK desde 2013, quando compramos
a primeira máquina de corte. Optamos pela qualidade do
equipamento alemão, com qualidade superior à disponível no
mercado nacional. De ganhos produtivos, temos a velocidade
dos equipamentos WEINIG, com plainas de alta velocidade,
que atendem às nossas necessidades, com velocidade de
125m (metros) lineares por minuto”, enaltece Flávio Luiz
Knorst, diretor da Finestra Móveis, de Saudades (SC).
Luiz José Sguario Neto, diretor operacional da Sguario Indústria
de Madeiras, recorda que conheceu a B.KRICK em uma
edição da feira Lignum em 1995, em Hannover (Alemanha).
“Compramos os primeiros equipamentos em 2001. Somos
clientes desde então, já compramos moldureiras, scanners,
prensas e finger joint. Praticamente todos equipamentos
na nossa fábrica são da WEINIG e B.KRICK”, lista Luiz José.
F
ounded in October 1988, based in Curitiba (PR),
B.KRICK was established to offer the best solutions
in machinery and equipment for companies
working in Brazil’s furniture and sawmill market.
The founder, Bruno E. Krick, sought to fill a large
technological gap in the Country. In its early beginning,
B.KRICK began representing the German WEINIG Group
machines in the Country, recognized as a world standard of
excellence. In other words, machines dictate technology and
efficiency standards in the world market. “The result of this
exclusive WEINIG seal is the guarantee of a reputation based
on seriousness and trust, achieved through prudent practices
to serve each customer as best as possible. Since then, we
have installed more than four thousand machines in Brazil,”
celebrates Bruno Krick Junior, Managing Director and son of
the founder. B.KRICK focuses on attentive customer service
in all areas. “For this, we have a team highly engaged with
the same spirit and business vision. Over the years, our team
of 30 employees, today one-half of the technical department,
has grown in number and training, knowledge, and experience,
each day stronger and united around this ideal. The
result is professionals with international know-how, providing
reliability for the end customer, agile, and efficient service,”
summarizes Managing Director Krick Junior.
Flávio Luiz Knorst, Managing Director of Finestra Móveis,
Saudade (SC) reveals, “we have been B.KRICK customers
since 2013, when we bought our first cutting machine. We
chose the quality of German equipment, with higher quality
than that available in the domestic market. This is because
of productivity gains; we have the speed of WEINIG equipment,
with high-speed planers, which meet our needs, with a
rate of 125 linear meters per minute.”
Luiz José Sguario Neto, Managing Director of Sguario
Indústria de Madeiras, recalls meeting B.KRICK at the Lignum
Fair in Germany’s 1995 Hannover. “We bought our first
machine in 2001. We have been customers since, and we
have bought molders, scanners, presses, and finger jointers.
Virtually all of the equipment in our factory is from WEINIG
and B.KRICK,” he states.
AFTER-SALES
According to B.KRICK’s Managing Director, the search for
FUNCIONAMENTO COMPLETO
50 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
PÓS VENDA
Segundo o CEO da B.KRICK, a busca por produtos diferenciados
e um pós-venda eficaz são a meta da empresa,
que irá completar 35 anos em 2023. “Nosso pilar principal
sempre foi o pós-venda, faz parte da filosofia da empresa. Há
uns 10 ou 15 anos, a maioria dos clientes passou a ser de exportadoras.
Nossa parte técnica é própria para atender esses
clientes, com disponibilidade 24h (horas) por dia. Para isso,
fazemos questão de ter representantes comerciais próprios
que viajam até os clientes, com contato pessoal e confiança
que fazem a diferença”, relata.
A empresa funciona na mesma sede desde 1988, em Curitiba
(PR), que foi ampliada ao longo dos anos. “Meu pai veio
da França, fundou e comandou a B.KRICK por 30 anos, até se
aposentar em 2018. Desde então, formamos uma equipe de
gestão, em que cada sócio é responsável por um setor, trabalhando
em conjunto com a responsabilidade compartilhada
pela empresa. Hoje estamos na segunda geração de conhecimento
dentro da B.KRICK e já damos início ao processo de
formação da terceira geração”, celebra Bruno Krick Junior.
“O pós-venda e o suporte realmente são muito bons. Em
2015 passamos por uma enchente que foi uma catástrofe,
com perdas em muitos equipamentos debaixo d’água. E a
B.KRICK nos ajudou muito no rescaldo, colocando de volta
à produção todas essas máquinas. O atendimento deles foi
muito importante, com equipe daqui e da Alemanha nos
ajudando a reconstruir nossa linha de produção”, agradece
Flávio Luiz Knorst.
A equipe de profissionais, como atendem produtos nichados,
são todos formados pela empresa, tendo vindo de uma
formação inicial em Mecânica, Eletrônica ou Mecatrônica. “Os
técnicos novos acompanham os técnicos plenos durante um,
dois ou até três anos, e arcamos com todas as despesas desse
processo de aprendizado na prática. O conhecimento das
máquinas é autônomo, independente e integral da B.KRICK,
o que amplia o nosso diferencial”, explica o CEO.
“Nosso equipamento mais antigo da B.KRICK funciona
perfeitamente há 20 anos. É um equipamento robusto, de
grande durabilidade e confiabilidade. E com uma tecnologia
que vem sempre evoluindo e nos garantindo ganhos de
differentiated products and effective after-sales service is the
Company’s goal, which turns 35 in 2023. “Our main pillar has
always been after-sales service; it is part of the Company’s
philosophy. About 10 or 15 years ago, most of the customers
became exporters. Our technical service is now to serve these
customers with availability 24h per day. For this, we make
a point of having our own sales representatives who travel to
customers, offering a personal contact and trust that make
the difference”, he says.
The Company has been operating at the same headquarters
since 1988, in Curitiba, which has expanded over
the years. “My father came from France, founded, and ran
B.KRICK for 30 years until he retired in 2018. Since then, we
have formed a management team in which each partner is
responsible for one sector, working together with the responsibility
shared by the Company. Today, we are working with
the second generation of knowledge within B.KRICK and we
have already started the process of establishing the third generation,”
celebrates Bruno Krick Junior.
“After-sales and support are excellent. For example,
in 2015, our installations were flooded, which was a catastrophe,
with losses with much equipment underwater. And
B.KRICK helped us a lot in the aftermath, putting all these
machines back into operation. Their service was vital, with
professionals based here and in Germany helping us rebuild
our production line,” thanks Finestra Móveis’s Knorst.
The Company’s professional team must be specially
trained as they serve niche products. All have initial training
in Mechanics, Electronics, or Mechatronics. “The new technicians
accompany the older technicians for one, two, or
even three years, and we bear all the expenses of this learning
process in practice. The knowledge of the machines is
autonomous, independent, and integral to B KRICK. Which
expands our differential,” explains the B.Brick Managing
Director.
“Our oldest B.KRICK machine has been working perfectly
for 20 years. It is robust and has great durability and reliability.
And with a technology that has always been evolving,
guaranteeing us productivity gains. We have never had tech-
OUTUBRO 2022 51
PRINCIPAL
EM SOLUÇÕES
TECNOLÓGICAS
PARA MADEIRA MACIÇA, NÃO
TEMOS CONCORRENTES NO
BRASIL HOJE
BRUNO KRICK JUNIOR, CEO DA B.KRICK
produtividade. Nunca tivemos problemas técnicos, somos
sempre bem atendidos e fazemos a manutenção preventiva.
Como a máquina é bastante confiável, padrão WEINIG, apenas
o preventivo é suficiente”, elogia Sguario Neto.
OS PRODUTOS
Entre a gama de produtos oferecidos pela B.KRICK estão
plainas moldureiras, prensas, refiladoras, scanners de alta
performance, seccionadoras, serras fitas, serras múltiplas,
afiadoras e sistemas de medição, coladeira de borda, centros
de usinagem, finger joints, otimizadoras e máquinas usadas.
“Hoje a tecnologia é uma necessidade, independente
se é para móveis ou molduras. Quem não tem scanner terá
prejuízos no mercado. Por exemplo, o scanner analisa os
quatro lados da madeira em visão artificial, vendo defeitos,
trincas e nós, com cálculos para fazer a configuração. Fomos
precursores disso em 2009. Nosso marketshare é de 90% hoje
no Brasil: com soluções específicas e pós-venda, fica difícil ter
concorrência. Em soluções para madeira maciça, não temos
concorrentes”, explica Krick.
“Há 4 anos, somos clientes da B.KRICK para nossos decks
de madeira. São produtos de primeira qualidade, que nos
trouxeram um ganho de qualidade de produção de 30%. O
pós-venda é excelente, tanto que indico a todas as nossas
empresas parceiras”, elogia Anderson Alvarenga, diretor da
nical problems, always receive good service, and just have to
perform preventive maintenance, as the machine is reliable,
WEINIG standard, only preventive is enough,” praises Sguario
Neto.
PRODUCTS
Among the range of products offered by B.KRICK are
molder planers, presses, edgers, high-performance scanners,
beam saws, band saws, gang saws, sharpeners, measurement
systems, edge gluers, machining centers, finger jointers,
optimizers, and used machines.
“Today, technology is necessary, regardless of whether it’s
for furniture or frames. Those who do not have scanners will
have market losses. For example, the scanner analyzes the
four sides of the timber in artificial vision, seeing defects, cracks,
and knots, with calculations to create the best cut configuration.
We were forerunners of this in 2009. Our market
share is 90% today in Brazil: with specific solutions and after-
-sales service, it is difficult to find competitors. In solid wood
solutions, we have no competitors,” explains Krick.
“For four years, we have been a B.KRICK customer for
our wood decking machines. They are top quality products,
which gave us a production quality gain of 30%. In addition,
the after-sales service is excellent, so much so that I indicate
the Company’s machines to all our partner companies,”
52 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
VWA Florestal, de Belém (PA).
“Outra vantagem de ir até o cliente, in loco, é avaliar qual
será a produção e as necessidades, com consultoria de maquinário,
produtos e processos, para somente depois indicar
o produto com a qualidade WEINIG mais recomendada”,
explica o CEO.
EXCLUSIVIDADE
Por ser representante WEINIG, a B.KRICK traz ao Brasil em
primeira mão todas as soluções e tecnologias lançadas fora
do país. “É automático, tudo que é lançado fora trazemos
para cá. Um exemplo, a tecnologia de inteligência artificial
de scaners no Brasil, começaram a rodar pelo país antes até
do que na Europa. A qualidade WEINIG abre as portas em
todo o mundo, em empresas menores ou maiores. O que
muda é a velocidade e escala de produção. É isso que faz a
diferença de valores e tecnologia de automação de processos”,
enfatiza Krick.
“Quando se fala em máquinas importadas, existe o medo
de reposição de peças. Como funciona hoje: temos todo o
estoque de peças em Curitiba. O processo de reposição
externa é 100% aéreo, não fazemos nada marítimo, o que
tem garantia de entrega, apesar do custo. Toda a logística
é aérea. Atualizamos o estoque sempre, conectados com a
Alemanha. Já ganhamos prêmio do Aeroporto Afonso Pena,
de liberação mais rápida de maquinário, não só de madeira.
Logística bem estruturada para atender cliente no menor
tempo possível”, detalha.
Em relação ao aproveitamento da matéria-prima, Bruno
Krick Junior pontua que a economia é sempre um fator chave.
“Sabemos que a madeira sempre fica mais cara. Vimos muito
isso durante a pandemia, então qualquer milésimo de madeira
economizado gera rentabilidade no final, e na qualidade
do produto acabado. Influenciam no produto exportação.”
praises Anderson Alvarenga, Managing Director of VWA Florestal,
Belém (PA). “Another advantage is the customer visit,
on-site, to evaluate production and needs, providing consulting
for machinery, products, and processes, and only then
indicating the most recommended product with the WEINIG
quality,” explains the VWA Florestal Managing Director.
EXCLUSIVITY
As the WEINIG representative, B.KRICK brings to Brazil
firsthand all the solutions and technologies launched outside
the Country. “It’s automatic; everything that’s launched
abroad we bring here. One example is scanner artificial
intelligence technology, which began to be available in the
Country before in Europe. WEINIG quality opens doors worldwide
for smaller or larger companies, offering speed and
production scale changes. That’s what makes the difference
between values and process automation technology,” Krick
emphasizes.
“When dealing with imported machines, there is a fear
of spare parts. Today: we have stock in Curitiba. The replacement
process for parts not on-hand is 100% by air. We don’t
ship anything by maritime transport, which guarantees a
faster delivery, despite the cost. All logistics is air transport.
We always update the stock, connected with Germany. We
have already won the Afonso Pena Airport Award for faster
liberation of materials, not only for timber. Logistics is well-structured
to serve customers in the shortest possible time,”
he details.
Regarding using raw materials, Krick Junior points out
that economics is always a key factor. “We know that timber
always becomes more expensive. We saw a lot of this during
the pandemic, so any thousandth of timber saved generates
profitability in the end, and the quality of the finished product,
influences the export product.”
OUTUBRO 2022 53
QUÍMICA NA MADEIRA
MADEIRA
ENGENHEIRADA
CRESCE NO GOSTO DO
MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Fotos: divulgação
Amadeira é o produto mais antigo usado
pelo ser humano para edificações.
Mas no Brasil outras tecnologias
como a alvenaria, o concreto e o aço,
reduziram a participação do uso da
madeira na composição das estruturas construtivas.
O desconhecimento de suas características
acabou relegando-a à construção de obras temporárias
e aplicações na forma de acabamentos.
Mas isso vem mudando e ganhando força e hoje a
madeira é tida como o futuro da construção civil.
Uma das tecnologias que está contribuindo
para isso é o da madeira engenheirada. Ela surgiu
há algum tempo, mas agora há um movimento
crescente no mercado de construção civil em
busca desse tipo variado de madeira processada
54 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
industrialmente. Nesse processo, a madeira passa
por retirada das falhas naturais e recebe produtos
que reforçam sua resistência a incêndio e às pragas,
como insetos e fungos, que a deterioram.
Os processos mais conhecidos nessa área são
o CLT (Cross Laminated Timber, que é a madeira
laminada cruzada) e o MLC (Glue Laminated Timber
ou Glulam, também conhecida como madeira
laminada colada).
Esse crescente gosto pelo uso da madeira
engenheirada vem de algumas características importantes
como, a diminuição dos custos gerais
(por exemplo, muitas vezes fica aparente, gerando
economia com revestimentos), redução dos prazos
nas obras e a menor geração de resíduos nos canteiros.
Esse produto oferece, ainda, desempenho
térmico superior.
No Brasil, o uso corrente é de madeira engenheirada
que é um material estrutural produzido
pela união de segmentos individuais de madeira,
unidos com adesivos estruturais (em geral a partir
de resinas melamínicas ou poliuretano). A madeira
engenheirada proporciona alta durabilidade e
resistência à umidade, além de vencer grandes
vãos e proporcionar beleza à estrutura em formas
únicas.
O país está redescobrindo essa possibilidade
pelo fato de sermos grandes produtores de madeiras
plantadas. Além disso, nosso clima e solo
favorecem o crescimento florestal, e encurtam o
ciclo produtivo. O que faltava era o processamento
adequado da madeira, mas os empresários já
viram que vale a pena investir na industrialização
desse produto.
Hoje a indústria é capaz de oferecer madeira
engenheirada para aplicações em ambientes interno
ou externo, devido a variedade de adesivos
específicos para diferentes condições de exposição.
E, apesar de sua rigidez, é possível trabalhar
em estruturas de diferentes formatos e não apenas
em vigas retas, como as geralmente ofertadas no
mercado, o que proporciona grande liberdade
arquitetônica.
Obras mais rápidas, limpas, com menor consumo
de energia, custo-benefício maior, alta resistência
ao fogo e insetos, facilidade e liberdade
para a criatividade dos profissionais, tecnologias
cada vez mais adaptadas aos projetos, facilidade
de acesso à madeira engenheirada e um país com
ampla presença e potencial de crescimento em
florestas plantadas. Fica claro porque o mercado
está abraçando cada vez mais forte os benefícios
oferecidos pela madeira engenheirada.
MADEIRA
ENGENHARIADA
OFERECE BENEFÍCIOS COMO
OBRAS MAIS RÁPIDAS E
LIMPAS, MENOR CONSUMO
DE ENERGIA, MAIOR CUSTO-
BENEFÍCIO E TECNOLOGIAS
CADA VEZ MAIS ADAPTADAS
AOS PROJETOS
JACKSON VIDAL
QUÍMICO PESQUISADOR DA MONTANA
QUÍMICA, É GRADUADO EM QUÍMICA
PELA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
PONTA GROSSA, POSSUI MESTRADO
EM CIÊNCIAS - TECNOLOGIA DE
PRODUTOS FLORESTAIS PELA ESCOLA
SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE
QUEIROZ - ESALQ/USP
OUTUBRO 2022 55
MARCENARIA
56 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
PRÁTICOS
E MULTIFUNCIONAIS
PARA CRIAR AMBIENTES MAIS BONITOS E ASSERTIVOS, ARQUITETA
APRESENTA INSPIRAÇÕES E ORIENTA SOBRE COMO ESCOLHER OS
MÓVEIS PARA DESEMPENHAR MAIS DE UM PAPEL NO DÉCOR
Fotos: Rafael Renzo
OUTUBRO 2022 57
MARCENARIA
Aproveitando a lateral de um armário do
quarto, a arquiteta Carina Dal Fabbro
instalou, de forma assimétrica, ganchos
para acomodar colares longos que se enroscariam
facilmente dentro de gavetas. O
charme extra da solução fica por conta do chapéu Panamá,
que deve estar sempre à mão em dias ensolarados!
Um lar bonito, organizado e altamente funcional é
o sonho de todos, não é mesmo?! Principalmente em
casas e apartamentos com metragens compactas, onde
a versatilidade deve ser tida como uma das principais
prioridades, apostar em móveis multifuncionais pode ser
a saída para quem busca otimizar os espaços e renovar
o décor.
Apesar de parecer uma missão desafiadora, a arquiteta
Carina Dal Fabbro, à frente do escritório que leva
seu nome, explica que os móveis podem ser empregados
para diferentes funções e são grandes colaboradores
na construção de uma decoração prática e versátil.
“Da mesma maneira, móveis escolhidos para serem multifuncionais
também permitem diferentes possibilidades
de posicionamento, organização e design”, insinua a
arquiteta.
Trazendo inspirações e dicas para facilitar na escolha
dos móveis, Carina preparou uma seleção especial
de peças que, quando usadas com uma dose extra de
criatividade, podem renovar o visual e a organização de
diversos espaços da casa.
CANTINHO DO CAFÉ COMO PARTE
DA MARCENARIA
Compacta e funcional, a cozinha é considerada o
coração deste projeto. Os armários, feitos em laca e sob
medida, agregam modernidade e evocam uma combinação
diferente: enquanto a parte inferior é verde menta,
os armários superiores são mais clássicos, revelando
a sobriedade do cinza fendi. Deixando a composição
ainda mais interessante, a arquiteta pontuou alguns
detalhes em MDF madeirado que se tornaram grandes
destaques do espaço.
“Quando temos uma planta menor, como a deste
apartamento, não é necessariamente um sinônimo de
que devemos executar apenas o que se é tido como essencial,
deixando de lado o carinho de alguns cantinhos
tão especiais”, conta Carina. Pensando nisso, a arquiteta
utilizou a marcenaria planejada da cozinha a seu favor e
utilizou o nicho como o ponto escolhido para a cafeteira
e a fruteira.
HOME OFFICE EM DOSE DUPLA
Além de direcionar mais de um propósito no décor,
outro conceito fundamental da multifuncionalidade é se
adaptar facilmente às necessidades de cada casa. Neste
projeto, o casal de moradores precisava de cantinhos separados
para trabalhar com privacidade, demanda que
surgiu junto com a pandemia e permaneceu. Para isso, a
arquiteta montou áreas independentes de trabalho, uma
no dormitório e outra na varanda, seguindo a premissa
de ter apenas os itens essenciais nos espaços.
ORGANIZANDO O DORMITÓRIO
Aproveitar cada canto faz toda a diferença em projetos
residenciais. Pensando nisso, Carina optou por
não deixar as laterais dos guarda-roupas vazias. De um
lado, a arquiteta instalou pequenos cabides na lateral do
closet, conseguindo deixar todos os colares sempre a
vista e livres do perigo de acabarem todos enroscados e
danificados dentro de uma gaveta.
58 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
MARCENARIA
Do outro lado, a
profissional contou
com a vantagem dos
móveis produzidos
sob medida e personalizou
cada detalhe
da penteadeira que
foi feita utilizando o
guarda-roupas de
apoio. Com duas arandelas,
que oferecem a
iluminação ideal para
os momentos de maquiagem
e skincare, a
arquiteta também protegeu
a bancada com vidro para torná-la mais resistente
às manchas e ainda inseriu uma pequena prateleira, na
parte superior, que acolhe algumas imagens de grande
valor afetivo.
AR-CONDICIONADO CAMUFLADO
Para este apartamento flat de apenas 58m² (metros
quadrados), a otimização dos ambientes e criação de
espaços de armazenamento eram fundamentais para o
bom resultado do projeto. Por isso, o estar, que também
funciona como sala de TV, foi contemplado por um rack
de madeira com portas ripadas que não comporta apenas
os itens pertinentes à função principal, mas também
atua como buffet para armazenar as louças especiais da
moradora.
Na prateleira superior a TV, a porta de madeira
ripada em laca foi o recurso para camuflar o ar-condicionado.
“Essas pequenas soluções pontuais combinam
com a alta funcionalidade dos móveis, sem abrir mão da
beleza e suavidade do ambiente”, pontua a arquiteta.
BUFFETS
Trazendo múltiplas opções de decoração e funcionalidade,
os buffets surgiram inicialmente nas salas de
jantar como uma extensão da mesa. Muito presente
nas casas inglesas e francesas do século XVIII, as peças
cumprem a função de organizar os talheres e louças,
além de servir de apoio para comes e bebes durante as
refeições. Com sua ampla superfície, o móvel consegue
ser ainda mais versátil e servir de apoio para cantinhos
de café ou até mesmo para o home bar.
“O cantinho do bar é sempre um dos mais pedidos
pelos clientes e neste projeto não foi diferente. Dividindo
espaço com o lounge, projetamos junto a marcenaria
um buffet que atendesse perfeitamente a demanda dos
nossos clientes”, compartilha a arquiteta.
Em uma das portas do móvel são guardados louças
e copos, enquanto do outro lado há uma gaveta em trilhos
de correr que armazenam as garrafas com perfeição
e deixam todas sempre a vista, diferente do que aconteceria
com armários. O buffet conta com tudo o que os
clientes precisavam sem comprometer um grande espaço
do apartamento!
MESA LATERAL VERSÁTIL
Outro móvel altamente versátil e útil no dia a dia são
as mesas de cabeceira. Neste projeto, Carina apostou
em uma dupla de mesas que, a priori, fariam parte do
décor de uma sala de estar como mesinha de apoio.
A peça maior acomoda o abajur e uma vela – escolhas
que ajudam a construir um clima ainda mais relaxante
no dormitório. Já a peça mais baixa, além de acomodar
os objetos de decoração, guarda as mantinhas complementares
para os dias mais frios, otimizando o espaço e
oferecendo um visual charmoso ao espaço.
Como maior prova de versatilidade do móvel, a arquiteta
apresenta uma outra proposta onde a mesa foi
utilizada como mesa de centro na sala de estar. Servindo
de apoio para livros e pequenas decorações, a mesa
pode ser reposicionada com facilidade de acordo com a
necessidade dos moradores.
60 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
FEIRA
LIGNUM
2022
CURITIBA RECEBE SEMANA
INTERNACIONAL DA MADEIRA
Fotos: REFERÊNCIA e Malinovski
62 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
N
a primeira quinzena de setembro, o setor
industrial madeireiro esteve reunido em
Curitiba (PR) para os eventos da Semana
Internacional da Madeira. A programação
contou com os eventos técnicos Woodtrade
Brazil, Wood Protection e ProWood, além das feiras
Lignum Latin America e ENCAPP (Encontro da Cadeia
Produtiva da Porta). Com apoio master da Abimci (Associação
Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente),
a Semana permitiu aos participantes debater
pautas essenciais para o desenvolvimento e avaliações
do mercado, abordou sobre o suprimento de madeira,
gargalos logísticos, questões legais e oportunidades para
os produtos madeireiros brasileiros.
Os dois eventos reuniram expositores que apresentaram
tecnologias e soluções para a cadeia produtiva da
madeira. Segundo a organização, estiveram presentes nos
eventos visitantes de 20 Estados da federação e de outros
14 países - Argentina, Bahamas, Bélgica, Canadá, Chile,
Colômbia, Dinamarca, EUA (Estados Unidos da América),
Finlândia, Itália, Japão, Paraguai, Portugal e Uruguai -.
“A quarta edição da Semana Internacional da Madeira
permitiu a integração da cadeia produtiva. Encontros
como este, que permitem ampla troca de informações
são essenciais para o momento desafiador que vivemos,
onde enfrentamos novas barreiras comerciais, questionamentos
sobre o abastecimento e suprimento de matéria-
-prima, mudanças nas políticas públicas e mais exigências
em relação à certificação de produtos. A Abimci acredita
que as agendas tratadas são essenciais para a definição
das estratégias das empresas e servem como base para
a tomada de decisões”, avaliou o presidente da Abimci,
Juliano Vieira de Araujo.
Nesta quarta edição, a feira Lignum Latin America foi
novamente realizada no Centro de Eventos Positivo, no
Parque Barigui com 115 marcas expostas. O evento se
consolida a cada edição: na última edição, realizada em
2019, antes da pandemia, estiveram presentes 101 empresas
expositoras, com 7.503 visitantes do Brasil e de outros
13 países.
OUTUBRO 2022 63
PRINCIPAL FEIRA
OS EVENTOS
O Woodtrade Brazil, evento que abriu a Semana Internacional
da Madeira e contou com excelente participação
dos empresários e de vários elos da cadeia produtiva,
permitiu a discussão sobre as condições de competitividade,
as perspectivas, o potencial e os desafios do mercado
para os diversos produtos madeireiros e florestais.
Em seu encerramento, contou com a apresentação do
jornalista e apresentador Augusto Nunes, que falou sobre
cenários econômicos e políticos no Brasil. O evento foi organizado
pela Abimci, FIEP (Federação das Indústrias do
Estado do Paraná) e Malinovski.
Também na FIEP, ocorreram a Wood Protection (Conferência
Sul-Americana de Tecnologias para Proteção
de Madeira), e a ProWood (Conferência Internacional de
Tecnologias para a Indústria da Madeira). Juntas, as duas
conferências tiveram cerca de 200 participantes. Como
parte do ENCAPP, também foram realizadas, Rodadas de
Negócios, exclusivas para expositores do encontro e empresas
fabricantes de portas de madeira que fazem parte
do PSQ-PME (Programa Setorial da Qualidade de Portas
de Madeira para Edificações). O encontro proporcionou a
realização de negócios e ampliação de network.
EMPRESAS
ABIMCI
Realizadora do evento junto à Malinovski, a Abimci
contou com amplo estande e sala de reuniões na Lignum.
Para o superintendente da associação, Paulo Pupo, o
evento tem cada vez mais importância para o mercado
de produtos de madeira, beneficiando o fortalecimento
desse segmento que tanto cresce no país. “Essa edição
da Lignum tem grande papel estratégico, por ser realizado
junto à programação da Semana Internacional da
Madeira, envolvendo vários elos da cadeia produtiva da
madeira”, enalteceu. Segundo Pupo, o valor da união de
todos esses eventos deve gerar grandes frutos em curto e
médio prazo. “Todas essas atividades em conjunto fazem
com que os players do setor deixem seus radares ligados
para novas oportunidades de mercado.”
64 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
ARTE DIAMANTE
Os visitantes da Lignum buscaram as inovações apresentadas
pela Arte Diamante em seu estande. A empresa
é especializada em ferramentas de corte especiais para
madeiras e derivados. “Os pastilhados atraem bastante
atenção. Esse interesse dentro do nicho de mercado facilita
para nós, bastante segmentado e direcionado aos
produtos e ferramentas oferecidas”, conta Bruna Moratelli,
comercial da empresa. Segundo ela, a expectativa de
bons negócios só aumenta com a retomada dos eventos
e feiras presenciais. “A gente tende a ter um crescimento
bom, com as pessoas mais voltadas para novas soluções,
buscando mais negócio. E as feiras vão somando a isso
para aumentar a produtividade”, afirmou Bruna.
B.KRICK
Reportagem de capa desta edição, a B.KRICK esteve
presente com seu estande nos três dias da Lignum. Para
o CEO Bruno Krick Junior, o movimento dos visitantes foi
bastante expressivo. “Esta é uma feira bastante nichada,
em que o pessoal da indústria da madeira sólida comparece
em peso. É a segunda edição que a B.KRICK participa.
Apresentamos a questão de informatização do mercado,
explicando as novidades em inteligência artificial,
como nos scaners. Para a próxima Lignum, planejamos
trazer nossas máquinas e ampliar o espaço do estande”,
afirmou Krick. A empresa fornece soluções tecnológicas
para o mercado moveleiro e madeireiro, aliado a um sistema
eficiente de pós-vendas, garantindo segurança e
retorno do investimento.
BONARDI QUÍMICA
Entre as novidades apresentadas pela Bonardi Química
na Lignum, segundo o diretor comercial Robson
Lemos, estão a ampliação da planta da empresa, cuja
sede é localizada em Colombo (PR), na Grande Curitiba.
“Estamos lançando um superfilme, de alta gramatura
para luzes especiais. Participamos da feira desde a edição
anterior, em 2018. Somos muito reativos no mercado,
trabalhando sempre com muita energia”. Na avaliação de
Lemos, o mercado está “andando de lado para quem exporta”.
“É um pouco preocupante, mas a gente sabe que
são os ciclos da madeira. Cada período acontece isso. E a
expectativa é que acreditamos que vai ser um ciclo mais
curto, entendemos que tem uma retomada esse mercado
exportador por informações vindas de fora. Já o mercado
interno está em ritmo normal”, avalia.
OUTUBRO 2022 65
PRINCIPAL FEIRA
BURNTECH
Diretor comercial da Burntech, Marcos Doering, contou
que as mudanças tecnológicas da empresa – especializada
em caldeiras e máquinas, com sede em Agrolândia
(SC) – foram apresentadas no estande da Lignum. “A
Burntech, como pioneira em caldeiras, fornalhas e aquecedores
a óleo térmico, sempre em busca de inovações
no mercado. Temos muitas melhorias de processo, fabricação
e selos, certificação europeia, diante das exigências
dos clientes em questões ambientais e processos. Fomos
muito receptivos quando recebemos o convite da feira,
também pelo tempo sem eventos presenciais e pelo contato
com os clientes”, relatou Marcos.
CONTRACO
Referência em secadores e estufas para madeiras
pelo Brasil, a Contraco trouxe sua equipe direto de Taió
(SC) para os 3 dias da Lignum. “Está muito bom. A gente
se preocupou bastante em trazer a questão ambiental,
com o nosso secador com filtros especiais para fios. Para
cuidar do meio ambiente. E melhorias, sempre. A gente
apresenta melhoria de materiais e performance mesmo.
Mas os equipamentos são mais os secadores e estufas de
tratamento, o nosso forte”, contou Natalino Bonin, diretor
da Contraco, que foi capa da edição de setembro da RE-
FERÊNCIA INDUSTRIAL.
DALLABONA
Carro-chefe da Dallabona, a máquina de serra circular
múltipla regulável, para serrar blocos e tábuas, chamou
a atenção dos visitantes da Lignum. Segundo a diretora
Jussara Amaral, o fator mais atrativo do equipamento é
a sua versatilidade. “Essa é uma máquina bem versátil,
além da qualidade de corte que ela tem. E por sua robustez.
A gente tem mais de 300 máquinas vendidas desse
modelo. Então ela chama bem a atenção aqui, também
por sua eficiência no corte. Além dela, a gente trouxe
outra máquina no estande da Franzoi, nossa parceira”,
detalhou Jussara.
66 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
EKITHERM
Especializada em estufas e secadores de madeira,
com sede em Bento Gonçalves (RS), a Ekitherm trouxe
sua equipe para o estande na feira Lignum. “O momento
pode não ser dos melhores para a economia e o país,
mas a expectativa é grande para a retomada do mercado
de madeira em 2023. A feira foi marcante, com muitos
visitantes. De novidade, trouxemos a estufa e a secadora,
com apelo forte em economia. Precisamos trazer atrativos
que gerem economia aos nossos clientes”, relatou o diretor
Gilberto Pozza.
IMPACTO
Indústria de máquinas e equipamentos voltada à
movimentação de tábuas de madeiras, a Impacto esteve
presente na Lignum apresentando suas soluções tecnológicas.
“A Impacto é uma empresa que desenvolve soluções
personalizadas para os clientes com a automação de
processos produtivos que promovam aumento da produtividade
e diminuição de custos. Trouxemos uma serra fita
com corte vertical. Uma das inovações é a utilização do
scanner, que amplia a qualidade do corte na madeira. Isso
dá mais rentabilidade e garante uma posição permanente
no mercado para a empresa” afirma Daniel Engel, diretor
da Impacto, que é sediada em Lages (SC).
INDUMEC
Sediada em Curitiba (PR), a Indumec Indústria Mecânica
é especializada no desenvolvimento e automação
de máquinas para a fabricação de compensados e beneficiamento
de madeiras em geral. “A gente já conhecia a
feira Lignum, bem tradicional. Trouxemos as atualizações
mais recentes da Indumec, como a passadeira de pó e a
elevadora. Independentemente do rumo político e econômico
para o ano que vem, vivemos um momento bom
de retomada pós-pandemia. Então acredito na pujança
do setor”, avaliou Eduardo Koller, diretor da Indumec.
OUTUBRO 2022 67
PRINCIPAL FEIRA
LIONS MACHINE
Criada para atender das pequenas às grandes indústrias
do segmento madeireiro e agrícola (grãos), na manutenção
e reformas de equipamentos e secagem, a Lions Machine,
de Indaial (SC), esteve presente pela primeira vez na Lignum
para apresentar suas inovações. “Somos uma empresa nova,
de seis anos, mas com bastante novidade em secadores.
Além de uma nova linha no mercado, temos estufas diferenciadas.
Os três dias de feira nos trouxeram boas perspectivas
de negócios. Para 2023, a perspectiva da madeira não
está como a gente esperava, mas a feira também serve para
nos dar uma animada”, afirmou Jean Carlos Osti, diretor da
Lions.
MARRARI
Um dos destaques entre os estandes da Lignum foi a
Marrari, especializada em soluções tecnológicas, sediada
em Curitiba (PR). “Montamos uma estrutura muito boa,
com toda nossa equipe de vendas do país todo, até do
comércio exterior. Tudo para oferecer um atendimento diferenciado
ao nosso cliente na feira”, contou Joaquim Almeida,
gerente comercial da Marrari. Almeida disse ainda
que a vantagem da Lignum é reunir o nicho de público da
cadeia produtiva da madeira. “Com isso, podemos inserir
nosso produto no mercado de forma mais efetiva, indo
de encontro às necessidades do mercado. Trouxemos
sistemas que garantem, por exemplo, mais eficiência nas
caldeiras, medidores de umidade e outras soluções tecnológicas.
Buscamos sempre reduzir os custos e melhorar
a qualidade dos processos para nossos clientes”.
MILL
“Vimos uma grande procura por parte dos clientes
e isso é reflexo da falta de um evento como esse para o
setor”, afirmou Arno Murara, gerente comercial da Mill. A
empresa que já se estabeleceu como uma das referências
do setor levou seus equipamentos de ponta para a feira.
Marcelo Gobbi, gerente de negócios da Mill, destacou
a modernização da empresa, que tem trazido novidades
tecnológicas para atender os clientes. “Nosso parque fabril
está sendo modernizado para ampliarmos a variedade
de produtos oferecidos e também elevar nossa produção
em quase 50%”, exaltou Marcelo.
68 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
MONTANA QUÍMICA
“Estar presente em uma das maiores feiras da América
Latina com foco no setor madeireiro é, sem dúvidas, de
suma importância para o crescimento e desenvolvimento
do setor. A cada edição, são apresentadas soluções, lançamentos
e tendências para o setor industrial madeireiro
e florestal de forma estática e dinâmica”, afirma Silvio
Lima, diretor da Montana Química, que esteve presente
na Lignum junto ao estande da ABPM (Associação Brasileira
de Preservadores de Madeira).
MSM QUÍMICA
Empresa criada a partir da experiência de químicos,
administradores, técnicos e profissionais de vendas com
mais de 20 anos no ramo de preservativos de madeira,
defensivos agrícolas e outros, a MSM Química esteve presente
com estande na Lignum. “Depois de praticamente
3 anos sem eventos presenciais, os parceiros do setor
puderam se reencontrar na feira. Este ano, conseguimos
uma reavaliação do grau de toxicidade dos nossos produtos
junto ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais), que vai ajudar ainda mais nossos
negócios”, celebrou Mario Sergio de Lima, diretor da
MSM Química.
OMIL
“Trouxemos para a Lignum nossa máquina normal de
linha, padrão de mercado. Esse ano tem sido bom para a
empresa, estamos superando expectativas, ainda mais em
meio ao momento político atual. Pensamos que poderia
haver receio, com o pessoal segurando os investimentos,
mas não vimos isso acontecer, felizmente”, elogiou Acácio
Oliane, gerente comercial das Máquinas Omil, empresa
com 74 anos de experiência em plainas moldureiras,
alimentadores automáticos e plainas desengrossadeiras.
Sediada em Ibirama (SC), a Omil é especialista na produção
de máquinas para o beneficiamento da madeira.
OUTUBRO 2022 69
PRINCIPAL FEIRA
REVAL SERRAS
Direto de Caxias do Sul (RS), a Reval Serras marcou
presença na Lignum. A empresa de 25 anos de mercado
atua no segmento de fabricação de serras para corte de
madeira maciça, painéis, alumínio, plástico, acrílico e outros.
“Nos últimos 3 anos, estamos investindo no aumento
do nosso parque fabril, aumentando também as contratações.
Em alguns meses os números podem até estacionar,
mas podemos dizer que o setor madeireiro e moveleiro
vive uma boa retomada este ano. A dificuldade maior
vem do cenário europeu, que impacta no preço do aço.
Mas a fábrica está cheia! Em relação aos investimentos,
estamos com plano para os próximos 5 anos”, antecipou
Rafael Valim, gerente comercial da Reval.
ROTTENG
Com atuação desde 1977, vinda de Limeira (SP), a
Rotteng é especializada em automação industrial e mecanização.
Segundo o diretor comercial Rafael Muller, o
carro chefe da empresa são as destopadeiras, que foram
apresentadas no estande da empresa na Lignum. “São
máquinas com sistema confiável, que garantem segurança
e qualidade nos cortes para nossos clientes. Para 2023,
ainda estamos receosos, vamos aguardar os próximos
movimentos no cenário nacional e no nosso setor”, pontuou
Muller.
SIROMAT
Sediada em São José dos Pinhais (PR), a Siromat esteve
presente na feira Lignum apresentando sua linha de
serras, afiação, pastilhas e corte a laser. “Produzimos serras
circulares de widea, serras circulares de aço carbono,
facas e serras de fita, assegurando qualidade e atendimento
rápido. A Siromat fornece variedade de medidas,
atendendo a necessidade dos clientes. Fizemos questão
de vir para a Lignum, pois é a feira mais importante do
setor. E também para celebrar os 41 anos da empresa, a
gente praticamente comemora o aniversário junto com a
feira”, comemorou Adriano da Silva, diretor da Siromat.
70 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
DRYTECH
A DryTech, especializada em equipamentos para secagem,
expôs na Lignum toda a sua expertise no setor, que
é baseada em alta qualidade e soluções personalizadas
para seus clientes. Gabriel Marques, CEO da DryTech, comentou
que o setor estava congelado pelo período sem
feiras e o retorno da Lignum ajudou a reaquecer o mercado.
“Eventos como esse ajudam a consolidar a marca e
conversar pessoalmente com amigos, colegas e clientes
do setor florestal são sempre uma oportunidade a mais
para nos aproximar dos clientes”, apontou Gabriel.
TZURIEL
Atendendo um nicho específico do mercado, como
importadora e exportadora de produtos de segmentos
variados e especificidades técnicas, a Tzuriel levou seu
estande para a Lignum para receber seus parceiros estratégicos
e fornecedores. “O ano de 2022 tem sido muito
positivo, temos boas perspectivas na nossa atuação no
mercado latino-americano. Os clientes primam por um
serviço de qualidade, por agilidade, atenção, até mesmo
pela matéria-prima. Então, temos nos especializado em
oferecer materiais de qualidade e isso tem sido o diferencial.
Somos muito gratos também aos nossos parceiros e
clientes”, afirmou Brayan Zwiener, gerente comercial da
Tzuriel – empresa sediada em Pinhais (PR) que atua em
sete países da Europa, nos EUA e na Malásia.
VANTEC
“Nesse evento temos grandes investidores da madeira
no Brasil e Curitiba tem se tornado a capital da
madeira no Brasil”, destacou Adriano Vanzin, diretor da
Vantec. Adriano comentou que o retorno da Lignum foi
muito importante para a empresa fortalecer sua marca e
apresentar os equipamentos para um público qualificado.
“Trouxemos para a feira uma máquina revolucionária, o
torno laminador para indústria 4.0, onde todo o trabalho
realizado pela máquina é transformado em um relatório
acessível em qualquer lugar diretamente do celular ou
computador cadastrado”, descreveu Adriano.
OUTUBRO 2022 71
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Os melhores momentos da Lignum 2022!
72 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
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Temos o compromisso de manter esse ecossistema
conservado, adotando técnicas e tecnologias que
permitem uma produção sustentável, com o menor
impacto possível sobre o meio ambiente, mantendo a
floresta em pé, gerando emprego e renda.
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O manejo florestal é uma das práticas sustentáveis adotadas
pelos associados da AIMEX. Através dele, retiramos da floresta
apenas as árvores maduras, estimulando a regeneração natural,
permitindo que plantas jovens continuem se desenvolvendo e
ajudando a reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
É nossa responsabilidade adotar técnicas e tecnologias
sustentáveis. E os consumidores podem e devem contribuir,
buscando saber a origem legal da madeira que usam.
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Fundada há 40 anos, a Associação das Indústrias Exportadoras de
Madeira do Estado do Pará – Aimex é a primeira associação de classe
do setor florestal madeireiro do Pará e uma das mais atuantes no Brasil
e exterior. É composta por associados que atuam em toda a cadeia
produtiva florestal, desde a extração, produção, beneficiamento,
intermediação e exportação de produtos madeireiros.
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ARTIGO
ANÁLISE
DAS PRÁTICAS AMBIENTAIS
DE INDÚSTRIAS MOVELEIRAS
Fotos: divulgação
78 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
LARISSA DE LIMA TRINDADE
UFFS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL)
GABRIELA DA COSTA HEMING
UFFS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL)
MOACIR FRANCISCO DEIMLING
UFFS (UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL)
RESUMO
O
setor moveleiro é significativo e tradicional
na indústria de transformação,
obtendo os insumos necessários à sua
produção do meio ambiente, utilizando
como principal fonte de matéria-prima
a madeira e seus derivados e, pelas características
destas, gera elevado índice de resíduos sólidos. A
Mesorregião Oeste de Santa Catarina comporta o
maior polo de fabricação de móveis do Estado. Em
vista disso, este estudo objetivou analisar as práticas
de responsabilidade ambiental utilizadas pelas
indústrias do setor moveleiro de Chapecó (SC). Para
isso uma pesquisa mista através de multicasos foi realizada,
e as práticas ambientais realizadas por 8 das
13 indústrias associadas foram analisadas a partir de
dois modelos teóricos: o primeiro deles proposto por
Jabbour e Santos (2006) que visa identificar o nível
de integração das práticas ambientais realizadas e
o segundo proposto por North (1992) que permite
avaliar o posicionamento da empresa frente ao meio
ambiente. Os resultados revelam que as práticas
adotadas pelas indústrias são muito similares, e visam
atender principalmente a legislação vigente, sendo
a principal prática utilizada por elas a separação e
destinação dos resíduos gerados. Observa-se que
as indústrias que possuem melhores práticas são as
que estão mais bem posicionadas como amigáveis
na escala de North (1992), no entanto suas ações são
pontuais e não envolvem outras áreas das organizações.
Salienta-se também que neste estudo o porte
das indústrias não tem influência na qualidade das
práticas adotadas, uma vez que as microempresas
apresentaram práticas mais avançadas que as empresas
de médio porte.
Palavras-chave: Resíduos sólidos. Responsabilidade
ambiental. Setor moveleiro
OUTUBRO 2022 79
ARTIGO
INTRODUÇÃO
Atualmente a preocupação com o meio ambiente
é um assunto muito debatido e cobrado pela sociedade
em geral. Dias (2017) aborda que quando há a
exploração do meio ambiente, o qual é um bem comum,
em benefício próprio, podem ser ocasionados
impactos ambientais que afetam negativamente o
bem-estar de outros indivíduos que não têm relação
com quem os gera. Neste cenário as indústrias aparecem
como as principais fontes poluidoras, pois após
a Revolução Industrial, de acordo com Barbieri (2016),
houve um aumento significativo dos problemas ambientais,
devido a maior parcela de emissões ácidas,
de gases de efeito estufa e de substâncias tóxicas
serem provenientes das atividades industriais. Além
disso, houve também o aumento da exploração dos
recursos naturais, que acreditavam ser ilimitados, e da
geração de resíduos (Dias, 2017).
Com isso, há uma maior cobrança pela sociedade
perante as organizações, para que as mesmas ajam
com responsabilidade socioambiental, que além dos
fatores econômicos se preocupem com os impactos
gerados no ambiente a sua volta, tanto social quanto
ambientalmente, devendo, se necessário, rever seu
processo produtivo a fim de cooperar com a minimização
dos impactos causados pela geração de resíduos,
emissões ou efluentes.
Dessa forma, deve-se integrar o ambiental à estratégia
das organizações, estando os resultados econômicos
cada vez mais dependentes da variável ambiental,
pois através dela podem obter significativas
vantagens competitivas, podendo também reduzir
custos e incrementar os lucros a médio e longo prazo
(Tachizawa, 2017).
Diante desse contexto, o setor industrial em Santa
Catarina é o segundo mais representativo no PIB
(Produto Interno Bruto) estadual, tendo participação
relativa a 24,20% no ano de 2015. A IESC (Federação
das Indústrias do Estado de Santa Catarina) - 2017,
também destaca que o setor de móveis e madeira,
que reúne os segmentos de desdobramento de
madeira, fabricação de produtos de madeira e fabricação
de móveis, representa 8,9% dos empregos da
indústria catarinense e 10,6% dos estabelecimentos.
Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio aos Empreendedores
(SEBRAE, 2013a) o setor é representado
principalmente (98,3%) por micro ou pequenas
indústrias, as que possuem até 99 empregados
conforme classificação do Serviço Nacional de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE, 2013a), empregando
cerca de 63,8% de todos os trabalhadores
do setor. As mesorregiões de maior destaque no
setor de móveis e madeira são o Oeste Catarinense
(27,7%), que juntamente com o norte catarinense
(27,1%) detêm 54,8% de todos os trabalhadores de
Santa Catarina (FIESC, 2017).
O setor moveleiro utiliza como principal fonte
de matéria-prima a madeira e seus derivados, a qual
pode ser considerada um recurso natural com potencial
renovável. Além disso, pode se utilizar de outros
materiais como plástico, vidro, ferro, tecido, espuma,
entre outros (Casilha et al., 2003).
Nesse sentido, se faz importante analisar as práticas
de responsabilidade ambiental utilizadas pelas
indústrias moveleiras em Chapecó, pois há uma representatividade
significativa na Mesorregião Oeste
deste setor, e por se utilizar principalmente de matéria-prima
proveniente de recursos naturais.
O setor moveleiro possui um elevado índice de
geração de resíduos sólidos, sendo consequência da
transformação da madeira, principal matéria-prima
para a fabricação de móveis. Segundo Cerqueira et
al. (2012), esses resíduos, se dispostos de forma inadequada,
podem se constituir em uma ameaça ao
meio ambiente. No entanto, o seu aproveitamento
pode ser aplicado em outros setores, gerando assim
uma nova alternativa socioeconômica às indústrias.
Diante disso, o estudo tem como objetivo analisar
as práticas de responsabilidade ambiental utilizadas
pelas indústrias do setor moveleiro de Chapecó associadas
ao SIMOVALE, buscando evidenciar quais são
as práticas de responsabilidade ambiental adotadas
pelas indústrias, o seu posicionamento frente ao meio
ambiente, os elementos de um sistema de gestão
ambiental adotados e o grau de maturidade das práticas
de gestão ambiental das empresas.
REFERENCIAL TEÓRICO
O setor moveleiro constitui-se em um dos mais
importantes e tradicionais setores da indústria de
transformação do Brasil. É significativo para a economia
brasileira pois há intensiva contratação de mão
de obra, constituindo-se em uma importante fonte de
emprego (Brainer, 2018; Galinari et al., 2013).
Há uma presença do setor em todo o território
nacional, tendo a atividade registro em praticamente
todo o país, com grande presença de pequenas
empresas. O setor não possui barreiras à entrada de
novos empreendimentos, devendo-se isso ao baixo
investimento inicial em ativos físicos e as inovações
tecnológicas presentes no setor serem geradas por
fornecedores de insumos e bens de capital. Ademais,
a automação de etapas de produção é difícil, não favorecendo
o surgimento de empresas grandes o suficiente
para dominar o mercado (Galinari et al., 2013).
Conforme o Relatório Brasil Móveis 2018, o Brasil
detém 4% da produção mundial de móveis, mas
grande parte dessa produção é consumida interna-
80 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
mente e não há um percentual significativo de exportação
(0,4%) em termos mundiais (Emobile, 2018). De
acordo com Galinari (2013, p. 237) “o desempenho
das exportações brasileiras de móveis é ditado pela
dinâmica do segmento de móveis de madeira”.
Destaca-se que a região oeste de Santa Catarina
é composta por 59 municípios, e dentre esses 41 possuem
empresas moveleiras. Por possuírem similaridade
das características industriais, principalmente por
haver MPEs (micro e pequenas empresas) em todos
os municípios, e da dimensão institucional comum,
permite-se considerar este conjunto de empreendimentos
como um APL (Arranjo Produtivo Local) (Geremia,
2013).
Dessa forma, segundo Geremia (2013), percebe-
-se que o APL é formado predominantemente por
MPEs produtoras de móveis residenciais seriados de
madeira e por ME produtoras de móveis residenciais
sob encomenda. Estas são empresas nacionais, de
capital familiar e refletem a capacidade empreendedora
local. O nacional é o principal mercado do APL,
todavia também realiza algumas exportações. Além
disso, verifica-se que existe um significativo mercado
local para as ME produtoras de móveis sob encomenda.
A indústria de madeira e móveis, segundo Guéron
e Garrido (2004) pode ser entendida como parte
do setor de base florestal, pois se utiliza de madeira
como principal matéria-prima. Do mesmo modo que
a maioria das atividades industriais, o setor florestal
apresenta perdas em seu processo produtivo, a
começar do corte da árvore até seu processamento
em indústrias primárias (serrarias e laminadoras) ou
secundárias (moveleiras e construção civil) (Santa Catarina,
2018).
Assim, os resíduos florestais, conforme a PNRS
(Política Nacional dos Resíduos Sólidos), Lei n° 12.305
em seu Artigo 13 alínea “i”, enquadram-se em resíduos
agrossilvopastoris, ou seja, são os “resíduos
gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais,
incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas
atividades” (Brasil, 2010). Os resíduos do setor moveleiro
também enquadram-se em resíduos industriais,
sendo “os gerados nos processos produtivos e instalações
industriais”. Assim, quem os gera está sujeito,
conforme o Art. 20 da PNRS, à elaboração de plano
de gerenciamento de resíduos sólidos, e se exigido
por órgão competente também os responsáveis por
atividades agrossilvopastoris, devendo, conforme em
seu Art. 21 inciso 1º, elaborar um plano para atender
OUTUBRO 2022 81
ARTIGO
ao disposto no plano municipal de gestão integrada
de resíduos sólidos do respectivo município, sendo
de integral responsabilidade da pessoa física ou jurídica
o manejo e a disposição final do resíduo gerado
(Brasil, 2010).
Conforme Casilha et al. (2003) o segmento moveleiro
caracteriza-se pelo uso de madeira bruta e
pela utilização de processos mecânicos para o seu
desdobramento, o qual ocorre em três estágios: 1)
transformação da madeira bruta em lâminas de madeira
torneadas ou faqueadas; 2) transformação das
lâminas em painéis compensados ou reconstituídos
(aglomerado, MDF (Medium Density Fiberboard) e
OSB (Oriented Strand Board); 3) utilização dos produtos
obtidos para a produção moveleira e marcenaria.
Os resíduos provenientes do processo produtivo
de móveis, conforme Brito e Cunha (2009), podem ser
sólidos, líquidos e gasosos. Assim, os resíduos sólidos
gerados são consequência direta do processamento
realizado para a transformação da madeira, e podem
ser classificados de acordo com a sua morfologia,
sendo cavacos (partículas com dimensões máximas
de 50 mm x 20 mm, em geral provenientes do uso de
picadores), maravalha (resíduo com mais de 2,5 mm),
serragem (partículas de madeira provenientes do uso
de serras, com dimensões entre 0,5 mm a 2,5 mm), e
por fim, o pó (resíduos menores que 0,5 mm) (Casilha
et al., 2003).
Os três principais estágios de processamento
mecânico da madeira apresentados por Casilha et al.
(2003, p. 9) geram diversos subprodutos. No primeiro
estágio são gerados serragem, cavacos, cepilhos (peças
de madeira com diferentes tamanhos; várias faces
planas e dimensão longitudinal mais de quatro vezes
HÁ UMA COBRANÇA
CADA VEZ MAIOR DA
SOCIEDADE PARA QUE AS
INDÚSTRIAS AJAM COM
RESPONSABILIDADE, SE
PREOCUPANDO COM OS IMPACTOS
SOCIOAMBIENTAIS, ALÉM DOS
FATORES ECONÔMICOS
82 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
maior que as dimensões transversais), costaneiras
(partes resultantes do desdobro primário dos fustes
nas faces, onde se encontra a casca da árvore, sempre
com apenas uma das faces longitudinais plana).
Já no segundo estágio tocos de madeira e restos do
processo de serragem, beneficiamento, carpintaria ou
caixaria. E no terceiro estágio, resíduos como cavacos,
serragem, maravalha e pó, bem como peças com
defeitos.
Os resíduos sólidos podem ser descartados de
forma inadequada, como a queima a céu aberto,
depósito em locais inadequados como a margem
de rios, ou ainda em lixões e aterros clandestinos. A
disposição em tais formas é expressamente proibida,
conforme o Artigo 47 da Política Nacional de Resíduos
Sólidos, e é fruto da inexistência de planejamento
e gerenciamento de resíduos sólidos.
Se destinados de forma correta, os resíduos
sólidos de madeira podem ser aproveitados economicamente,
sendo utilizados principalmente para a
produção de energia elétrica e térmica, e usados em
granjas para a forragem de piso, como cama de aviários.
Além disso, podem ter diversas utilidades, como
por exemplo, servir como adubo (Casilha et al., 2003).
Ainda, Casilha et al. (2003) afirmam que a destinação
depende do tipo de matéria-prima empregada,
podendo o resíduo sólido de madeira maciça, por
não ser tóxico, ser aproveitado em granjas como
forração para a criação de animais, e também na
agricultura para auxiliar na retenção de umidade do
solo. Diferentemente, no caso dos painéis de madeira
processada, o aproveitamento de resíduo sólido está
mais limitado à queima para geração de energia.
Salientando que em ambos os casos, o descarte
indevido pode causar poluição dos recursos hídricos,
inutilização de áreas e poluição de maneira geral.
Segundo Lima e Silva (2005) há também os resíduos
sólidos diversos, os quais são provenientes de
embalagens de outros tipos de insumos, como: papéis,
plásticos, metais, latas de tinta e solvente, lixas,
grampos e algumas fitas metálicas, e também pela
varrição da fábrica. Esses resíduos devem ser separados
e destinados para a devida reciclagem.
Quanto aos resíduos líquidos, eles podem ser
solvente de tinta, borra de tinta e água utilizada na
cabine de pintura. Conforme a NBR 10004:2004 da
ABNT, esses resíduos líquidos podem ser classificados
como resíduos de Classe I, sendo considerados
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ARTIGO
perigosos (Lima; Silva, 2005). Esse tipo de resíduo se
disposto incorretamente pode ocasionar graves impactos
no meio ambiente, sendo o mais prejudicial o
causado pelas águas utilizadas nas cabines de pintura
e envernizamento, que podem contaminar o solo e
o subsolo, atingindo também os cursos d’água e lençóis
freáticos (Brito; Cunha, 2009).
Conforme afirmam Schneider et al. (2003), os
resíduos do setor de pintura são os que apresentam
maiores problemas de gerenciamento e descarte no
setor moveleiro, levando muitas empresas a eliminar
ou diminuir os processos de pintura em suas linhas de
produção, ou ainda substituí-lo por meio da utilização
de painéis revestidos com lâminas sintéticas. Ainda,
Venzke e Nascimento (2002) apontam para outros
sistemas de pintura alternativos como sistemas de
pintura que utilizam de tinta em pó curável por radiação
UV (ultravioleta), os adesivos biodegradáveis e
com base de água, além de tintas e vernizes livres de
solventes prejudiciais ao meio ambiente.
E por fim, dentre os resíduos gasosos, estão os
resultantes da queima e incineração a céu aberto dos
resíduos sólidos de madeira, podendo esse processo
liberar dioxinas, furanos e metais pesados, além de
outros compostos prejudiciais à saúde humana e ao
meio ambiente. Além disso, há também as partículas
em suspensão no ar, provenientes do lixamento de
chapas de madeira que foram submetidas a tratamento
com produtos químicos (Brito; Cunha, 2009).
Pesquisas de mercado, conforme comentam
Daian e Ozarska (2009), revelam que as principais razões
para a falta de redução de resíduos por pequenas
e médias empresas deve-se à percepção de baixo
custo-benefício com relação ao gerenciamento dos
resíduos de madeira, além da falta de consciência,
compreensão e de orientação sobre como destiná-los
corretamente. Além disso, ressaltam que o setor moveleiro
não está totalmente preparado para otimizar o
valor agregado de sua madeira processada.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Visando garantir o anonimato das indústrias moveleiras
foram utilizadas as nomenclaturas Empresa
x, sendo diferenciadas por meio de letras de A até H.
Acerca do perfil das organizações investigadas observa-se
que a maioria das empresas são ME (microempresas).
Empresa A, B, C, E e G, as indústrias F e H
são empresas de EPP (pequeno porte) e apenas a indústria
D é classificada como empresa de MD (médio
porte). Salienta-se que este perfil corrobora com o estudo
realizado por Geremia (2013), que destaca que o
arranjo produtivo local do mobiliário da região Oeste
de Santa Catarina é predominantemente formado
por MPE (micro e pequenas empresas) que produzem
móveis residenciais seriados de madeira e por ME
produtoras de móveis residenciais sob encomenda.
Constata-se também que as indústrias, de maneira
geral, foram fundadas após 1990, e que a maioria fabrica
móveis com predominância em madeira.
Percebe-se também que as ME fabricam móveis
sob medida e seu principal mercado de venda de
móveis é o local, ou seja, no município em que está
localizada e em municípios próximos. Já as EPP e a
MD fabricam móveis seriados, porém têm o consumo
voltado ao mercado nacional, e no caso da MD, também
ao internacional, corroborando com o apresentado
por Geremia (2013).
Os entrevistados das empresas A, B, D, E, F, G,
H têm o entendimento do que é responsabilidade
ambiental. Porém, quando se trata de aplicá-la, estão
limitados a separação e destinação dos resíduos corretamente.
Ainda, algumas empresas (B, E e F) trazem
o plantio de árvores/reflorestamento como uma prática,
no entanto percebe-se que esta foi realizada de
maneira pontual, não havendo disseminação de práticas
em outras áreas das organizações. Além disso, a
principal motivação para a adoção de tais práticas diz
respeito ao cumprimento da legislação, assim como
demonstrado nos estudos de Demajorovic e Silva
(2010), Alvarenga et al. (2013) e Backes et al. (2018).
Quanto à separação e destinação dos resíduos, há
empresas que praticam a destinação de resíduos de
maneira inadequada - lixo comum (Empresas D e G),
os principais destinos dados aos resíduos de madeira
são: encaminhamento destes aos aviários e destinação
a coleta seletiva tradicional. Muitas organizações
também não tratam corretamente seus resíduos
oriundos do processo de pintura.
As principais formas de destinação dos resíduos
empregadas pelas indústrias são a queima, a reciclagem
e a revenda dos materiais. Somente as empresas
de médio e pequeno porte possuem contrato com
organizações que realizam a coleta, tratamento e
destinação dos resíduos. No entanto, percebe-se que
nenhuma organização utiliza os resíduos para fabricar
AS EMPRESAS QUE
ADOTAM A CORRETA
DESTINAÇÃO E TRATAMENTO DOS
RESÍDUOS SÃO AS QUE POSSUEM
UMA MELHOR COLOCAÇÃO NO
RANQUEAMENTO DESSAS
PRÁTICAS
84 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
subprodutos ou PMVA, e que poucas reintroduzem
ou reaproveitam matérias-primas, estando limitadas
a espuma ou a pedaços maiores de MDF ou madeira,
respectivamente. Observa-se que todas as indústrias
se utilizam de energia elétrica, não havendo nenhuma
que adote algum sistema de energia alternativa,
assim como demonstram Backes et al. (2018) em seu
estudo. Há apenas duas indústrias, as de pequeno
porte, que se preocupam em selecionar fornecedores
com matérias-primas mais sustentáveis, porém apenas
um dos entrevistados (Indústria H) declara que a
variável ambiental está incorporada à estratégia da
empresa, podendo gerar competitividade e maior
aceitação de seus produtos no mercado pelos consumidores.
Nenhuma empresa possui o mapeamento do
impacto ambiental que causa ao meio ambiente ou
qualquer tipo de SGA (Sistema de Gestão Ambiental).
Esse dado demonstra que estas organizações
estão despreparadas para tratar da questão ambiental
de maneira adequada, pois não possuem conhecimento
dos danos causados pelos seus processos produtivos,
corroborando com as evidências já identificadas
por Demajorovic e Silva (2010). O envolvimento
ARTIGO
dos gestores e dos colaboradores, em grande parte,
é de médio a alto nas organizações, porém a maioria
apresenta dificuldades quanto ao gerenciamento dos
comportamentos dos colaboradores, sendo essa uma
barreira interna para a implantação da responsabilidade
ambiental na organização, conforme salientam
Mello e Mello (2018).
Por fim, a técnica de Produção mais Limpa (P+L)
tem destaque no setor, sendo aplicada pela maioria
das empresas (Indústrias A, B, E, F, G, H), corroborando
com os estudos de Alvarenga et al. (2013), Rocha
et al. (2013) e Leite e Pimenta (2011). Sendo introduzidos
os conceitos nas organizações por meio da melhor
utilização da matéria-prima e por consequência
a redução do desperdício de materiais, tendo como
principal motivação o viés econômico, tendo o nível 1
aplicado pela adoção de boas práticas operacionais
visando a eliminação de perdas, o nível 2 pela reutilização
de matérias-primas internamente, e o nível 3
pelo encaminhamento para a reciclagem externa.
A destinação com melhor desempenho na pontuação
foi a referente aos retalhos/sobras maiores de
MDF ou madeira, sendo esse o material que possui
maior reaproveitamento nos processos produtivos
das empresas. Já o pior desempenho foi apresentado
na destinação do pó de MDF/madeira gerado,
devendo-se isso ao inadequado uso para cama de
aviários, pois prejudica a saúde das aves.
Através da identificação e comparação das práticas
realizadas pelas Empresas, observou-se que as
indústrias moveleiras em seus diferentes portes possuem
práticas ambientais muito similares. Ademais,
para verificar o posicionamento das indústrias quanto
a questão ambiental, foi aplicado um questionário
baseado em North (1992), o qual aborda questões
quanto a produtos, processo, consciência ambiental,
padrões ambientais, comprometimento gerencial,
nível de capacidade do pessoal, capacidade de pesquisa
e desenvolvimento (P&D), e capital.
North (1992) apresenta comportamentos que são
agressivos e amigáveis ao meio ambiente. Dessa forma,
quanto mais próximo de “1” o posicionamento
da empresa é agressivo ao ambiental, e quanto mais
próximo a “5” mais amigável é o posicionamento.
Mediante a pontuação obtida pela aplicação do
questionário com as Empresas seguindo a escala
de North (1992), e analisando os resultados obtidos
por meio da aplicação de Moda, foi verificado o
posicionamento das indústrias quanto ao ambiental,
constatou-se que as empresas B, E, F e H são amigáveis
ao meio ambiente, além de que o ambiental se
caracteriza como oportunidade de crescimento. Já
as empresas A, D e G estão entre amigáveis e agressivas,
constituindo-se a questão ambiental mediana,
não ameaçando e nem constituindo oportunidade de
crescimento a elas. A única empresa que se caracteriza
como agressiva ao meio ambiente é a empresa C,
constituindo-se a questão ambiental uma ameaça ao
negócio. Assim, nota-se que o posicionamento das
empresas quanto ao ambiental é um reflexo das práticas
de responsabilidade ambiental utilizadas pelas
indústrias.
As variáveis propostas por North (1992) foram analisadas
também por meio da aplicação de Média e
Mediana, sendo consideradas as variáveis com média
de 1 até 2,50, um posicionamento agressivo; de 2,50
até 3,50, um posicionamento entre agressivo e amigável;
e de 3,50 a 5, um posicionamento da variável
amigável ao ambiental. A mediana foi utilizada como
forma de comparação com a média, levando em conta
os mesmos critérios de pontuação utilizados com
relação à média.
Destaca-se que nenhuma empresa possui o
mapeamento do impacto ambiental que causa ao
ambiente ou adota qualquer tipo de sistema de gestão
ambiental. No entanto, com base nas respostas
obtidas com os entrevistados, algumas empresas
possuem elementos do SGA.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Se tratando do setor da indústria de transformação
do Brasil, o moveleiro aparece como um dos mais
importantes e tradicionais, sendo significativo para a
economia brasileira. Ademais, este setor produz muitos
resíduos sólidos, os quais são provenientes de seu
processo produtivo, além de utilizar principalmente
de madeira como matéria-prima. Perante a isso, esse
estudo teve como objetivo analisar as práticas de
responsabilidade ambiental utilizadas pelas indústrias
do setor moveleiro de Chapecó associadas ao SIMO-
VALE. As indústrias moveleiras estudadas em maioria
são microempresas, que fabricam móveis sob medida
com predominância em madeira, utilizando o MDF
como principal matéria-prima, as quais têm como
mercado de atuação o município em que se localiza e
os circunvizinhos.
AS PRINCIPAIS PRÁTICAS
DE RESPONSABILIDADE
AMBIENTAL ESTÃO LIGADAS AO
CUMPRIMENTO DA LEGISLAÇÃO,
COM A SEPARAÇÃO E
DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS
GERADOS PELAS INDÚSTRIAS
86 referenciaindustrial.com.br OUTUBRO 2022
A pesquisa identificou que as principais práticas
de responsabilidade ambiental estão ligadas principalmente
ao cumprimento da legislação, referindo-se
a separação e a destinação dos resíduos gerados
pelas indústrias. Além de que, algumas realizam reflorestamento,
porém trata-se de uma ação pontual. No
entanto, há empresas que realizam a destinação dos
resíduos e efluentes gerados de forma inadequada. E
nenhuma se utiliza de energia alternativa, empregando
somente a elétrica.
Quanto à comparação das práticas de responsabilidade
ambiental, as empresas que adotam a correta
destinação e tratamento dos resíduos são as que
possuem uma melhor colocação no ranqueamento
das práticas, bem como um melhor posicionamento
quanto ao ambiental e são as que adotam mais
elementos de um SGA. Este estudo também revelou
que o porte da empresa não tem influência sobre a
qualidade das práticas adotadas, pois, entre as estudadas,
há microempresas com mais responsabilidade
ambiental do que uma empresa de médio porte.
Nenhuma das indústrias adota algum tipo de
SGA, e se tratando do grau de maturidade todas estão
classificadas em Especialização Funcional da Ges-
tão Ambiental, ou seja, encontra-se em estágio inicial
de maturidade da gestão ambiental.
Por fim, as limitações atreladas a essa pesquisa
dizem respeito ao contato com os gestores das indústrias,
visto que grande parte passa o dia fora da
empresa, dificultando a realização da entrevista e
aplicação do questionário e por isso algumas organizações
pertencentes ao SIMOVALE não puderem ser
investigadas (cinco delas). E como sugestão de estudo
futuro, a ampliação desse estudo para a região
oeste de Santa Catarina, visando observar as práticas
ambientais que um possível APL no setor moveleiro
nessa região adota. Mediante isso, as indústrias podem
se organizar conjuntamente e adotar melhores
práticas, buscando inserir a sustentabilidade no setor.
Artigo na íntegra: https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/rama/article/
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O ÚLTIMO RIO NÃO
MAPEADO NA FLORESTA AMAZÔNICA
O
26º presidente dos EUA (Estados Unidos
da América), Theodore Roosevelt, é lembrado
por grandes feitos na história, como
ter articulado a construção do canal do
Panamá e ter celebrado o acordo de paz
na guerra russo-japonesa (1904-1905), o que lhe rendeu
prêmio Nobel da Paz em 1906. Roosevelt também é
lembrado por atuar na consolidação do imperialismo
norte-americano pelas Américas, representado nas intervenções
militares na República Dominicana e em Cuba.
Após perder as eleições de 1912, Roosevelt deixou a
vida pública e partiu para sua última grande aventura,
cujo cenário foram as florestas da região amazônica.
Esse momento da vida de Roosevelt (1913-1914) é retratado
na série documental: O Hóspede Americano
(HBO/2021).
O ex-presidente tinha na bagagem um histórico de
defesa da conservação do patrimônio ambiental americano.
Roosevelt foi ferrenho defensor da preservação de
áreas naturais como o Grand Canyon, instituído como
Parque Nacional em 1919. Além da topofilia em relação
às paisagens naturais do seu país, existia em Roosevelt
uma clara ambição em ter seu nome também enaltecido
em relação a essa temática. Tais reflexões são tiradas a
partir da biografia escrita por Edmund Morris em 2001,
intitulada: The Rise of Theodore Roosevelt.
Na série documental: O Hóspede Americano; vemos
um Roosevelt que busca aumentar suas conquistas,
querendo manter sua relevância e lidando com o peso
da idade. A conquista agora poderia ser seu nome dado
ao último rio não mapeado na região amazônica. Essa
história é explorada na série citada. A expedição Roosevelt
pela Floresta Amazônica teve outro personagem,
esse muito importante na história brasileira: o Marechal
EXPEDIÇÃO EM 1913
BUSCOU DESCOBRIR SE O
CHAMADO RIO DA DÚVIDA ERA OU
NÃO AFLUENTE DO AMAZONAS
POR
OTACÍLIO LOPES
DE SOUZA DA PAZ
GEÓGRAFO E DOUTOR
EM GEOGRAFIA.
PROFESSOR DA ÁREA
DE GEOCIÊNCIAS DO
CENTRO UNIVERSITÁRIO
INTERNACIONAL
UNINTER.
Cândido Rondon. Rondon fez carreira militar e teve uma
vida repleta de conquistas, participando na exploração e
mapeamento do território brasileiro e sendo obstinado
na proteção aos povos indígenas, tendo contribuído na
discussão da criação do Parque Indígena do Xingu.
Por correspondências, foi formada a Expedição
Geográfica-Científica Rondon-Roosevelt, cujo objetivo
era descobrir se o então chamado rio da Dúvida era ou
não afluente do rio Amazonas. O rio da Dúvida também
era base de hipóteses sobre uma possível ligação fluvial
entre a bacia amazônica e a bacia do Prata. De relevante
interesse econômico e geopolítico para o Brasil, a
expedição contou com as mais avançadas tecnologias
disponíveis para mapeamento: homens, barcos, remos e
teodolitos (lembrando, o ano era 1913). Utilizando técnicas
de topografia, o rio foi mapeado percorrendo cada
uma de suas curvas. Foi comprovada a conexão com o
rio Amazonas e o rio foi rebatizado para rio Roosevelt. A
informação cartográfica do rio Roosevelt levou 5 meses
para ser gerada e subsidiou o contato com povos indígenas
e o estabelecimento de rede telegráfica.
Além de uma fascinante história, a Expedição Geográfica-Científica
Rondon-Roosevelt nos faz refletir sobre
a importância dos avanços tecnológicos no nosso conhecimento
sobre o território. O mapa que levou cinco
meses e três vidas humanas para ser produzido, hoje,
seria gerado em questão de minutos, com apoio de
imagens de satélite. Além de nos dar uma perspectiva
histórica, esse caso nos faz lembrar a importância dessa
tecnologia em nossos desafios geográficos atuais, como
o monitoramento do desmatamento da Amazônia. A
tecnologia que temos hoje nos faz enxergar muito além,
com mais detalhes e mais rápido. Resta-nos saber utilizá-la.
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