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s305[online]

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mos ou das decisões que tomem estão connosco

e esses, felizmente, continuam comigo

e são meus amigos. Uns com quem estou

mais vezes e outros com menos frequência,

mas sei que no dia que precisar(em) eles

sabem que se precisarem de mim estaremos

lá. Não me preocupa sentir que haja algum

afastamento de uma pessoa ou outra, agora

o que sinto é uma certa mágoa ou desilusão

em relação a isso, mas é algo que vejo

como natural numa sociedade. Note-se que

a nossa sociedade está ainda muito presa a

um poder político de quase cinco décadas, o

que de alguma forma faz com que algumas

pessoas tenham limitações em expressar-se

livremente e em assumir posições contrárias

ao regime político vigente. Isso acaba por

influenciar a vida das pessoas, mas é, no meu

caso, um dos motivos pelos quais este projecto

político me motiva e a mudança política

na Madeira me faz trabalhar todos os dias

para a concretizar.

No caso de uma hipotética vitória, para

quem vão os primeiros agradecimentos?

S.: Os agradecimentos vão para todos os

madeirenses e todos os porto-santenses

que confiaram no projecto e o reconheceram

em termos de propostas e soluções, vão

para todas as pessoas que me acompanham,

desde familiares a militantes do partido, os

meus camaradas, e para todas aquelas pessoas

que desde o primeiro dia acreditaram

que é um projecto vencedor e que pode efectivamente

mudar a Madeira e construir a

Madeira melhor que nós preconizamos.

[Estás politicamente correcto] E no caso

de uma hipotética derrota, onde é que se

lambem as feridas?

S.: O processo democrático passa por vitórias

e por derrotas. Qualquer resultado tem

de ser visto com naturalidade e ser aceite.

Acima de tudo, temos de o aceitar. É a decisão

das pessoas é a decisão da população

e tudo aquilo que seja o resultado, ou qualquer

que seja o resultado, dependerá sempre

da decisão das pessoas, mas tal dependerá

sempre da nossa capacidade de transmitir

a mensagem. Se falharmos, é porque

não soubemos transmitir a mensagem da

melhor forma, se vencermos é porque o conseguimos

fazer. Há uma coisa da qual não

tenho dúvidas: é que nós temos o melhor

projecto para a Madeira, temos as melhores

soluções e conseguimos, efectivamente,

fazer melhor do que que tem sido feito

até agora.

Mais Madeira e melhor Madeira?

S.: Sobretudo, melhor Madeira.

Têm ambos o Turismo enquanto trajecto

muito importante e presente nas vossas

vidas. E conhecem-se em contexto de

turismo. Contem-nos como é que tudo

aconteceu. Como é que o Turismo entra

nas vossas vidas e como é que depois

vocês entram na vida um do outro?

M.: É assim: trabalho no turismo desde os

meus 19 anos, na MTS, que é uma empresa

alemã sedeada em Faro e que tem escritórios

em Lisboa, Porto, Açores, Cabo Verde,

Madeira. Sempre ligada à MTS, já fiz representação

no aeroporto, incoming e incentivos,

agora estou mais na parte comercial e

das viagens. Nós conhecemo-nos no âmbito

das feiras de turismo, estava eu na altura na

Top Atlântico, conhecemo-nos “salvo erro”

num workshop da New Castle...

Essas viagens profissionais são um perigo

[risos]...

M.: Temos muita coisa em comum e a parte

das viagens faz parte.

E como é que acontece o clique, ou seja,

o que é que há no Sérgio que faz com que

a Mafalda olhe para ele e resolva passar

para um patamar de casal?

M.: Começou pela simpatia, pelo sorriso...

Há quanto tempo é que vocês estão numa

relação?

M.: É uma pergunta difícil...

S.: Tivemos um período em que não vivíamos

juntos. Agora, a morar juntos, já são

seis anos.

Há filhos de uma parte e há filhos de outra

parte. Como é que se faz a gestão de quatro

adolescentes e pré-adolescentes? De

chicote na mão?

M.: De vez em quando é preciso o chicote

mas não é sempre [risos]. É assim: estive

sozinha com os miúdos durante alguns anos,

a minha filha tinha 2 anos e já está com 10

anos, pelo que, antes de morarmos juntos eu

já tinha o papel de mãe, não digo de pai porque

eles têm o pai e lidam muito com o pai e

têm um bom relacionamento com o pai, mas

já os tinha em casa comigo, por isso, essa

gestão já a tinha em casa.

O que é que a filha do Sérgio puxa mais

ao pai e o que é que os teus filhos puxam

mais a ti? Aquela característica que foram

buscar a vocês.

M.: A filha do Sérgio é fisicamente mais parecida

com ele do que em termos de feitio.

S.: É uma boa menina – tem bom coração,

gosta de crianças, eu também gosto, tem coisas

minhas.

M.: É verdade. Digo-lhe que ela devia seguir

a carreira de Educadora de Infância porque

tem muito jeito com crianças.

E por parte dos filhos mais velhos já existe

alguma vontade, vocação, para um projeto

profissional?

M.: A minha pequenina, desde os 3 anos diz

que quer ser médica, neste momento tem 12.

M.: Em relação aos rapazes, o Rodrigo, que

tem 15 anos e foi agora para o 10. º ano,

tinha uma ideia mas o Sérgio falou com ele

e está na área de Economia. Ele fez uns testes

e tudo indicava Economia e Gestão e está

nessa área. Eu até pensava que seria Desporto

- treinou hóquei em patins durante muitos

anos e tem jeito para o futebol. O mais

velho não sabe ainda o que quer - está com

20 anos - mas temos umas ideias para ele e

veremos o que vai dar.

Devido a serem 4 adolescentes e pré-adolescentes

na casa, ainda consegues arranjar

tempo para ti, em que te consegues

pôr sozinha e fazer aquelas coisas que

gostas de fazer?

M.: Sim, nomeadamente o desporto. Tento

fazer desporto cinco vezes por semana,

gosto de correr na rua e isso alivia-me um

bocado.

Pergunta para ambos: o Turismo sempre

foi o que vocês quiseram fazer nas vossas

vidas ou caem por acaso nessa realidade?

M.: No meu caso, por incrível por pareça, ia

seguir Matemática. Entrei no curso de Gestão,

e por coincidência, uma tia minha que

sempre esteve ligada ao Turismo convenceu-

-me a mudar de curso, mudei de curso, gostei

muito e dei-me bem. Gosto desta parte

comercial, das viagens. Gosto muito.

S.: No meu caso fiz a formação académica

de Economia e comecei a trabalhar em Lisboa,

na área da auditoria (área que considerava

ser muito cinzenta e desinteressan-

24 saber outubro 2022

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