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s305[online]

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S.: Acho que temos de regressar – não gosto

da expressão «regressar ao passado» –

mas temos de respeitar o legado que temos

a nível da excelência de serviço, algo que

tem vindo a perder-se por alguma inércia,

por decisões estratégias (a Escola Hoteleira

é um desses exemplos, a situação em que

se encontra atualmente é preocupante). Um

destino turístico como a Madeira nunca será

competitivo pelo preço ou pelo volume, mas

será sempre pela diferenciação. Temos de

apostar no que é autêntico e genuíno e, portanto,

a preocupação pela excelência de serviço

por um lado e, por outro, a requalificação

do serviço. São as duas grandes prioridades.

Se não cuidarmos daquilo que é autêntico

e genuíno vamos ser iguais a qualquer

outro destino e isso não nos serve.

Tempo a dois, ou a seis, neste momento é

um bocadinho mais difícil devido às funções

do Sérgio, mas mesmo assim consegue-se

um “buraquinho” na agenda para

escaparem?

M.: Sim, conseguimos, de vez em quando...

Como é que se harmoniza este tipo de

situação, harmonizar e equilibrar, de

alguma forma, esta indisponibilidade do

Sérgio com a disponibilidade do resto da

família?

M.: Com compreensão.

Se amanhã vieres a ser a primeira-dama

da Região, como é que vais olhar para essa

possibilidade ou novo papel?

M.: Vou continuar a ser a pessoa que sou e

como sou. Se poder ajudar o Sérgio a governar,

terei todo o gosto.

Mas o Sérgio não é apenas este rosto político

que conhecemos. Quem é o Sérgio

‘não político’?

S.: O Sérgio ‘não político’ é alguém que nasceu

e cresceu na Madeira, que gosta muito

da Madeira e da sua terra, daquilo que é

nosso - e isto também me faz andar na política.

Razões familiares e profissionais levaram-me

a conhecer o mundo, o que faz com

que tenha uma perspetiva daquilo que é a

Madeira, o seu potencial e do que esta terra

pode ser. Apesar de ter trabalhado, estudado

e estado algum tempo fora, sempre que

regressa à Madeira acha que é, de facto, o

sítio ideal para viver, para constituir família e

para ter cá negócios - para toda e qualquer

atividade que se possa imaginar. Sou genuinamente

apaixonado pela Madeira e pela

minha terra. De resto, sou uma pessoa que

gosta de viver bem, que gosta de experienciar

a vida, gosto de viagens, gosto de estar

com os meus amigos, gosto muito de sorrir –

não é um sorriso de cartaz mas é um sorriso

genuíno e que faço o dia todo - acordo sempre

bem disposto e adoro falar, que é uma

coisa que a Mafalda não aprecia assim tanto

de manhã que é quando acordo e ponho-

-me a falar e sorrio muito [risos]. Sou bem

disposto.

És um bom garfo?

S.: Também.

És tu quem usa o avental em casa?

S.: É a Mafalda, mas quando posso gosto de

cozinhar. Não cozinho muitas vezes, mas é

algo que gosto de fazer como antisstress.

Gosto de estar na cozinha, gosto de meter

as mãos na massa e de fazer qualquer coisa

mas, infelizmente, é uma tarefa que não

acontece com muita frequência.

Tenho uma boa notícia para ti: vai ser

sempre a piorar [risos]

S.: Provavelmente [risos]

A memória mais antiga que tens contigo

(aquela memória bonita que trazes sempre

contigo) qual é?

M.: …

ABC: Tenho uma: com dois anos e meio estar

ao colo do meu avô à janela da casa onde

morávamos, a falar com um vizinho...

M.: Os sábados... todos os fins de semana

o meu pai levava-me. Não sou de cá, nasci

na Inglaterra, e na cidadezinha onde morávamos

todos os sábados o meu pai fazia

questão de me levar à cidade e comprava-

-me sempre uma boneca ou um livro, e isso

é uma boa memória.

E em termos de valores, quais os valores

que achas que são mais importantes

para transmitires aos teus ou aos vossos

filhos?

M.: Gostarem das pessoas, compreenderem

e ouvirem as outras pessoas, empatia, tolerância,

terem bom coração. Acima de tudo,

que sejam boas pessoas.

Aquele sonho ou projecto que ainda queres

realizar na tua vida?

M.: Eu ainda não fiz as minhas viagens todas.

Ainda tenho uma bucket list muito grande. A

Islândia, por exemplo.

Qual é o teu topo de viagem que está na

tua bucket list?

S.: Tenho uma grande falha, não é a minha

viagem de sonho mas acho que é imperdoável.

Costumo dizer que já fui duas vezes à

China e ainda não fui aos Estados Unidos, e

então gostava muito de visitar os EUA, várias

cidades desse país, desde Nova Iorque e Los

Angeles. Já tive oportunidades para conhecer

muitos destinos, uns mais exóticos do

que outros, mas acho que os Estados Unidos

é uma falha grande. Gostava de conhecer

melhor a América do Sul - Argentina, Chile

- e também Austrália.

Tens o Paulo Cafôfo nas Comunidades e

apanhas boleia dele…

S.: Ele está neste momento na Califórnia

[risos]

Para quando prevês o teu homicídio político

interno no partido?

S.: Nesta fase, temos um projecto que está

a iniciar-se e que é a afirmação do PS-M

como a melhor alternativa para o governo da

Região e, como tal, não é o momento de pensar

como é que vai terminar. Estamos no início

de um percurso no qual acredito, em que

há muitas pessoas envolvidas e que também

acreditam neste projecto, e tenho a certeza

que a maioria dos madeirenses vão também

acreditar em 2023.

É uma boa resposta, até porque sabemos

que o PS é perito em golpes palacianos...

Uma frase que neste momento gostasses

de deixar para o eleitorado madeirense e

porto-santense.

S.: Que acreditem que é possível termos a

Madeira melhor e que os políticos não são

todos iguais. Por mais que tentem transmitir

essa ideia, acreditem que há pessoas -

não estou a falar de mim mas de um grupo

de pessoas que tive o privilégio de conhecer

ao longo destes últimos três anos - que

estão motivadas, que estão na política de forma

desinteressada e querem efectivamente

construir esta Madeira melhor. Portanto que

acreditem que é possível!

A última pergunta é para ti: nas próximas

regionais em que é que vais votar?

M.: [risos] Essa pergunta não é difícil! É claro

que irei votar no Sérgio, mas não é porque

vive comigo, mas sim porque o Sérgio acha

que vai mudar o mundo. É claro que o Sérgio

não vai conseguir mudar o mundo, mas

tenho a certeza que vai conseguir mudar a

Região para melhor. s

26 saber outubro 2022

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