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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
CONFIANÇA EM QUEDA<br />
O índice de confiança da indústria da FGV IBRE (Fundação Getúlio Vargas – Instituto Brasileiro de Economia)<br />
apontou uma queda de 3,8 pontos no mês de outubro, sendo a pior marca desde março deste ano. Esta é a segunda<br />
queda seguida registrada.<br />
Dos 19 segmentos da indústria que são monitorados, 17 registraram contrações. Em relação ao índice de situação<br />
atual, houve um declínio de 4,5 pontos, o pior desde julho de 2020 e o número da expectativa recuou em 3,0<br />
pontos.<br />
Um dos motivos pela baixa pode estar relacionado à queda na demanda industrial. “Há uma piora das avaliações<br />
sobre a situação atual influenciada por uma percepção de redução da demanda interna e externa, aumento do nível<br />
de estoques e ainda dificuldades na obtenção de insumos por alguns segmentos”, afirmou o economista da FGV<br />
IBRE, Stéfano Pacini.<br />
Já o Índice de Expectativas, que mede a confiança dos empresários em relação aos próximos meses, caiu três<br />
pontos e chegou a 95.<br />
Entre os quesitos que integram o índice de situação atual, o indicador que mede o nível dos estoques foi o que<br />
mais influenciou negativamente o resultado ao cair 6,8 pontos, para 103,2 pontos, pior resultado desde abril de 2022<br />
(103,9 pontos). Quando o indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques<br />
excessivos (ou acima do desejável).<br />
Isso pode estar ligado a uma percepção de queda na demanda – o Indicador que mede o nível de demanda recuou<br />
3,4 pontos para 98,1 pontos, pior resultado desde março deste ano (96,2 pontos).<br />
Já entre os quesitos que medem as expectativas, todos tiveram piora, mas o que mais influenciou foi o indicador<br />
que mede a tendência dos negócios para os próximos seis meses, que caiu 6,2 pontos para 92,3 pontos, mantendo-<br />
-se abaixo dos 100 pontos desde setembro de 2021 (102,7 pontos). No horizonte mais curto de três meses, as perspectivas<br />
sobre emprego, apesar de menores, ainda se mantêm no terreno otimista. O indicador que mede o emprego<br />
previsto cedeu 2,7 pontos para 101,8 pontos, retornando ao mesmo nível de maio de 2022.<br />
24 referenciaindustrial.com.br NOVEMBRO 2022