RBS Magazine ED 51
• Quais os principais pontos de atenção da Lei 14.300 para projetos solares residenciais? • Geração própria de energia elétrica atinge 20 GW e impulsiona o Brasil no ranking mundial de energia solar • PHB leva capacitação e conhecimento a parceiros com academia PHB solar em Vitória-ES • Energia solar não é custo. É investimento e economia • Procedimento executivo - Estaca escavada para usinas de solo e carport
• Quais os principais pontos de atenção da Lei 14.300 para projetos solares residenciais? • Geração própria de energia elétrica atinge 20 GW e impulsiona o Brasil no ranking mundial de energia solar • PHB leva capacitação e conhecimento a parceiros com academia PHB solar em Vitória-ES • Energia solar não é custo. É investimento e economia • Procedimento executivo - Estaca escavada para usinas de solo e carport
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Entrevista do Editor
"o autoprodutor de energia ele é uma tendência do mercado por uma
lógica muito inerente a ao grupo AT. Quem é que pode migrar para o
Mercado Livre pela Portaria Número 50?..."
mas também da necessidade dessa
infraestrutura que custa caro e que
tem uma tendência em explodir o
custo de rede no Brasil. O custo de
rede sempre foi caro aqui, porque
a gente sempre construiu hidráulicas
longes do centro de carga. Então,
isso sempre foi um peso grande
ao setor elétrico brasileiro. Só
que os caras, voltaram com uma
estratégia que é incentivar a solar
gerada longe do centro de carga,
que acaba fazendo bem por um
lado, mas faz mal por outro, ainda
mais que entrou bem no vácuo das
eólicas que foram instaladas quase
sempre na beira da praia. O que
eu estou querendo dizendo é que
talvez o Brasil não veja de maneira
tão exponencial esse crescimento
da geração distribuída na geração
centralizada. Talvez, o que a gente
veja é uma adesão nacional, a
geração solar mesmo na forma
da geração distribuída e no sistema
de compensação, o que me
parece mais aderente a realidade
brasileira. Visando a complementariedade
da fonte solar na matriz
brasileira que é na geração distribuída
e não na centralizada. Geração
centralizada a gente gera com
água, ok? E a geração distribuída,
pela própria natureza da energia
solar, tem que ser direcionada
para o sistema de compensação
de energia.
CASSOL - No próximo ano, teremos
também a entrada ainda mais
forte do mercado livre na comercialização
de energia elétrica no
Brasil. Isso é resultado da Portaria
Número 50, do Ministério de Minas
e Energia, de 27 de setembro
de 2022, onde a partir de 1o de janeiro
de 2024, todas empresas que
estão no Grupo A poderão aderir a
esse modelo de compra de energia.
Quais são os impactos da Portaria
para o setor elétrico brasileiro, em
especial, para as empresas do setor
solar?
Cara, o autoprodutor de energia
ele é uma tendência do mercado
por uma lógica muito inerente a
ao grupo AT. Quem é que pode
migrar para o Mercado Livre pela
Portaria Número 50? Os consumidores
do Grupo A. E quem são
esses caras na maioria dos casos
no Brasil? Consumidor industrial
e comercial. Comercial e industrial
no Brasil pela própria lógica
do país ela é horizontal tem muito
telhado e galpão para geração própria
de energia no Mercado Livre,
porque trabalha com um índice
muito alto de simultaneidade que
é a rotina do comércio da indústria,
trabalhar durante o dia. Então
se a energia solar bateu o preço da
concessionária no mercado cativo
vai bater o preço da energia no
Mercado Livre. Principalmente,
com a energia solar aplicada junto
à carga. Porque o teu alto índice
de simultaneidade faz com que tu
exportes pouca energia da rede e
que tu, também, consumas pouca
energia da rede. Até como uma
função de redução de carga. Então,
aonde a energia solar trabalha
ela reduz a carga do horário de
pico e, principalmente, do sistema
elétrico e, pôr fim, não compra de
energia. Então o conceito de energia
evitada versus o conceito de
energia comprada que daí tu junta
muito a questão do quão eficiência
energética é caro, importante
e bom para o setor, comparando
com o custo de comprar energia
obviamente onerando o sistema
elétrico. Só que veja, na medida
em que tu tens esse custo de fio
muito alto pelas razões que eu coloquei
aí acima, os leilões também
encareceram o uso do fio. Então,
quer dizer que quem gerar junto a
carga e fizer o não uso do fio vai
economizar mais dinheiro, porque
essa parcela da tarifa vai ser muito
mais representativa do que a tarifa
de energia. Então, essa é a tendência
fortíssima no Brasil, a geração
junto a carga. Seja no mercado
cativo que é o que já está acontecendo
exponencialmente aí, seja
no Mercado Livre com abertura
de mercado e com o barateamento
dos sistemas. E com o aumento
obviamente do custo do fio, tá?
CASSOL - Essa abertura do mercado
livre para todas as empresas do
Grupo A, faz com mais de 100.000
empresas brasileiras possam aderir
essa modalidade. Assim, podemos
concluir que o mercado livre é uma
grande oportunidade para o consumidor,
mas e para o integrador
solar? Como ele pode aproveitar
essa nova oportunidade e organizar
sua empresa para essa abertura
de mercado?
O integrador solar precisa entender
que a venda dele é uma venda
consultiva. Então, ele precisa
entender de mercado de energia,
ele precisa entender como a energia
elétrica é gerada e consumida.
Gerada, porque ele vende sistema
solar que trabalha junto a carga.
Então, ele precisa entender qual é
o comportamento de consumo de
energia do cliente para que não fique
somente no quanto consome
e sim no quanto e como ele consome.
A partir do entendimento
desse comportamento de geração,
ele vai ter também entender que
o seu consumo, sugerir algumas
alterações e, eventualmente, vai
ver a venda como uma prestação
de serviço. Além de entender de
tarifas, entender de mercado, do
preço de energia e, obviamente, da
regulação setorial. Assim, tu vais
vender um serviço mais completo
para o teu cliente. Tu tens, por
exemplo, serviço de migração para
o Mercado Livre, serviço de gestão
de energia, serviço homologação
de usinas em Mercado Livre que é
bem diferente da Geração Distribuída.
Aqui fazendo um parêntese,
tu precisas entender muito de
RBS Magazine 41