Florestal_251Web
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ENTREVISTA<br />
Pedro Salles, presidente da SBEF, conta acerca do trabalho e conquistas da entidade<br />
POWER AND<br />
EFFICIENCY<br />
ACQUISITION OF FORESTRY<br />
EQUIPMENT PROVIDES EXCELLENT<br />
RESULTS FOR CLEARING AREAS<br />
POTÊNCIA E EFICIÊNCIA<br />
AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS FLORESTAIS TRAZ<br />
RESULTADOS IMPORTANTES PARA LIMPEZA DE ÁREA
SUMÁRIO<br />
MAIO 2023<br />
40<br />
FORÇA,<br />
DESEMPENHO<br />
E RESULTADO<br />
ACIMA E ABAIXO<br />
DA TERRA<br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Notas<br />
24 Coluna Cipem<br />
26 Frases<br />
28 Entrevista<br />
38 Coluna<br />
40 Principal<br />
46 Dia de Campo<br />
50 Solo<br />
54 Desenvolvimento<br />
60 Planejamento<br />
66 Pesquisa<br />
72 Agenda<br />
74 Espaço Aberto<br />
54<br />
60<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
11 Agroceres<br />
07 BKT<br />
17 Bruno Forest<br />
21 Carrocerias Bachiega<br />
69 D’Antonio Equipamentos<br />
23 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
33 DRV Ferramentas<br />
27 Engeforest<br />
76 Envimat<br />
05 Envu<br />
73 Expoforest<br />
31 Fex<br />
39 Himev<br />
15 Ihara<br />
37 J de Souza<br />
09 John Deere<br />
75 Log Max<br />
49 Manos Implementos<br />
53 Mill Indústrias<br />
59 Prêmio REFERÊNCIA<br />
13 Rotary-Ax<br />
25 Rotor Equipamentos<br />
35 Sergomel<br />
19 Sumitomo<br />
29 Tecmater<br />
71 Valfer Ferramentas<br />
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EDITORIAL<br />
Um para trás,<br />
dois à frente<br />
O segmento de base florestal passou os últimos anos com surpreendente<br />
crescimento. Mesmo com um início de ano turbulento com invasões<br />
de terras florestais causadas, principalmente, pela omissão do novo governo,<br />
empresários do setor resistem aos desmandos e à insegurança jurídica<br />
e comemoram os resultados alcançados até aqui. O momento é de alinhar<br />
expectativas e se preparar para continuar crescendo e fortalecendo o segmento.<br />
Fomentar plantios, buscar parcerias com o poder público e mostrar<br />
para a sociedade civil, que o por vir é verde e a indústria de base florestal é<br />
um dos alicerces desse futuro. Nesta edição, o leitor confere os detalhes da<br />
ST 800 Extreme, triturador de tocos da Himev, ideal para limpeza de áreas,<br />
as novidades sobre planejamento e legislação envolvendo silvicultura, a<br />
utilização do carvão vegetal para inibir o crescimento de fungos no solo e<br />
uma entrevista exclusiva com Pedro Salles, presidente da SBEF (Sociedade<br />
Brasileira de Engenheiros Florestais), que fala das ações da entidade para<br />
valorizar, capacitar e formar profissionais para um mercado de trabalho<br />
cada vez mais exigente. Excelente leitura.<br />
Manipuladores<br />
Hidráulicos<br />
Peneiras,<br />
Picadores, Trituradores,<br />
Revolvedores de Composto<br />
ENVIMAT<br />
2<br />
Enviroment & Material Handling<br />
envimat.com.br<br />
(16) 2121-0865<br />
1<br />
Destocadores,<br />
Mulchers<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXV • Nº251 • Maio 2023<br />
ENTREVISTA<br />
Na capa desta edição o<br />
Ecotritus ST 800 Extreme,<br />
triturador de tocos da Himev<br />
ideal para limpeza de área<br />
Pedro Salles, presidente da SBEF, conta acerca do trabalho e conquistas da entidade<br />
POWER AND<br />
EFFICIENCY<br />
ACQUISITION OF FORESTRY<br />
EQUIPMENT PROVIDES EXCELLENT<br />
RESULTS FOR CLEARING AREAS<br />
POTÊNCIA E EFICIÊNCIA<br />
AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTOS FLORESTAIS TRAZ<br />
RESULTADOS IMPORTANTES PARA LIMPEZA DE ÁREA<br />
ONE STEP BACK, TWO FORWARD!<br />
The Forest-based Sector has grown dramatically over the last few years.<br />
Even with a turbulent start to the year with land invasions caused mainly<br />
by the new government’s omissions, entrepreneurs in the Sector resist the<br />
excesses and legal uncertainty and celebrate the results achieved so far. The<br />
moment is to align expectations and prepare for continuing to grow and<br />
strengthen the Sector. Developing plantations, seeking partnerships with<br />
the government, and showing civil society that what is to come is green<br />
and the Forest-based Sector is one of the foundations for this future. In this<br />
issue, the reader can check out the details of the ST 800 Extreme, Himev’s<br />
stump grinder ideal for clearing areas. Also, read about the news on planning<br />
and legislation involving forest activities, the use of charcoal to inhibit<br />
the growth of fungi in the soil, and an exclusive interview with Pedro Salles,<br />
President of the Brazilian Society of Forest Engineers (Sbef), who speaks of<br />
the activities of the entity aiming to value, educate, and train professionals<br />
for an increasingly demanding job market. Pleasant reading!<br />
Entrevista com<br />
Pedro Salles,<br />
presidente da SBEF<br />
(Sociedade Brasileira<br />
de Engenheiros<br />
Florestais)<br />
Soluções completas para todas<br />
as áreas da operação florestal<br />
3<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXV - EDIÇÃO 251 - MAIO 2023<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Guilherme Augusto Oliveira<br />
Sofia Carlesso<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Midias Sociais / Social Media<br />
Cainan Lucas<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal - Carlos Felde<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
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0800 600 2038<br />
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GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
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Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
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CARTAS<br />
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Hidráulicos<br />
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Peneiras,<br />
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Enviroment & Material Handling<br />
Destocadores,<br />
Revolvedores de Composto<br />
Capa da Edição 250 da Mulchers<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de abril de 2023<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
NOVA IDENTIDADE De cara nova: gigante do setor de herbicidas valoriza legado e renova marca<br />
TRITURAÇÃO E<br />
PREPARO DE SOLO<br />
FABRICANTE DESENVOLVE<br />
TRITURADORA DE TOCOS DEDICADA<br />
AO SEGMENTO FLORESTAL<br />
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Ano XXV • Nº250 • Abril 2023<br />
GRINDING AND SOIL PREPARATION<br />
MANUFACTURER DEVELOPS STUMP CRUSHER<br />
DEDICATED TO THE FORESTRY SEGMENT<br />
CAPA<br />
Por Carlos Góes, Contagem (MG)<br />
Preparar os novos ciclos florestais é muito importante e esse equipamento da<br />
Watanabe é uma solução muito bem-vinda para o segmento florestal.<br />
ENTREVISTA<br />
Por Rebeca Gonçalves, Campinas (SP)<br />
O Brasil tem muito potencial para ser uma liderança na economia verde.<br />
O trabalho do FNBF se mostra cada dia mais importante para fortalecer<br />
nossa imagem para o mundo.<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
EVENTO<br />
Por Claudio Fernandes, Palmas (PR)<br />
Muito importante para o segmento um evento como esse. Trazer informação de<br />
qualidade e fomentar o mercado é a chave para continuar crescendo.<br />
Foto: divulgacão<br />
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CURTA NOSSA PÁGINA<br />
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Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />
@referenciaflorestal<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
BASTIDORES<br />
Revista<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
CONGRESSO<br />
No Congresso de Pinus realizado em Lages (SC), a<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL visitou o stand da<br />
empresa Fex. Na foto, Gerson Penkal, comercial da<br />
Revista, Thaís Gatermann, diretora da Fex, e Fábio<br />
Machado, diretor comercial da Revista REFERÊNCIA.<br />
PARCERIA<br />
Durante o Congresso de Pinus em Lages<br />
(SC), oficializamos a parceria entre a<br />
Richetti Madeiras e Biomassa, do diretor<br />
Rafael Richetti, e a Revista REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL, do comercial Gerson Penkal.<br />
ALTA<br />
INVESTIMENTO INTERNACIONAL<br />
O presidente dos EUA (Estados Unidos da América),<br />
Joe Biden, anunciou recentemente, que o país pretende<br />
aplicar US$ 500 milhões no Fundo Amazônia<br />
nos próximos 5 anos. A informação foi divulgada<br />
durante o Fórum Virtual de Grandes Economias<br />
sobre Clima e Energia. Segundo informações da<br />
Agência Brasil, o financiamento voltado para a<br />
proteção ambiental ainda deve ser negociado<br />
pelo presidente americano com o congresso.<br />
“Hoje tenho o prazer de anunciar que pedirei os<br />
fundos para que possamos contribuir com US$<br />
500 milhões para o Fundo Amazônia e atividades<br />
relacionadas nos próximos 5 anos para apoiar<br />
o Brasil a eliminar o desmatamento até 2030”,<br />
discursou Biden.<br />
MAIO 2023<br />
DESMATAMENTO<br />
A devastação da floresta amazônica triplicou em março<br />
e fez o primeiro trimestre de 2023 fechar com a segunda<br />
maior área desmatada em pelo menos 16 anos.<br />
O monitoramento por imagens de satélite do Imazon,<br />
implantado em 2008, mostra que 867 km² (quilômetros<br />
quadrados) foram derrubados nos 3 primeiros<br />
meses deste ano. A área é equivalente a mil campos<br />
de futebol sendo desmatados diariamente. Em março,<br />
oito dos nove Estados que compõem a Amazônia<br />
Legal apresentaram aumento no desmatamento, com<br />
exceção do Amapá. Com isso já foi contabilizado 42%<br />
do desmatamento previsto pela plataforma PrevisIA<br />
para o período de agosto de 2022 a junho de 2023.<br />
BAIXA<br />
10 www.referenciaflorestal.com.br
Desde 2015 produzindo resultados e soluções<br />
nas operações do controle das formigas cortadeiras.<br />
1.170.000 ha realizados com monitoramento.<br />
440.000 ha de operações mecanizadas e georreferenciadas com emissão de<br />
relatórios gerenciais para análises entre realizado e recomendado<br />
17.500 profissionais capacitados em operações de controle das formigas cortadeiras.<br />
Acompanhamento por indicadores de resultado.<br />
Altos níveis de resultados pós controle, com redução da infestação e dos danos<br />
econômicos na área plantada.<br />
Otimização das doses recomendadas e dos custos operacionais.
NOTAS<br />
Jubileu celebrado<br />
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) celebrou 50 anos apresentando resultados e indicando a<br />
direção que pretende ir. A solenidade comemorativa para o público externo, realizada no Pavilhão Ciência para a Vida,<br />
na Sede da Empresa, foi marcada por lançamentos de tecnologias e publicações, assinatura de acordos de cooperação,<br />
homenagens, e pelo anúncio da nova presidente da Embrapa, a pesquisadora Sílvia Masshuá, que assume o cargo na<br />
próxima semana.<br />
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, aproveitou a oportunidade para destacar a importância das<br />
mulheres em cargo de gestão. “A Embrapa fez a revolução da agropecuária no país”, afirmou. “Agora, nos seus 50 anos,<br />
fortalece o empoderamento das mulheres brasileiras indicando como presidente, pela primeira vez na sua história,<br />
uma mulher cientista”, complementou, referindo-se à pesquisadora Sílvia Masshuá.<br />
“E como será a Embrapa do futuro?”, refletiu o ministro. Ele reforçou a importância do recém-criado Grupo de<br />
Trabalho do SNPA (Serviço Nacional de Pesquisa Agropecuária), composto por cinco notáveis, que tem como objetivo<br />
pensar a Embrapa do futuro: o ex-presidente Silvio Crestana, os ex-ministros da Agricultura Roberto Rodrigues e Luiz<br />
Carlos Guedes Pinto, a economista da UFRJ, Ana Célia Castro, e o engenheiro, agricultor e pecuarista, Pedro Camargo<br />
Neto. “Esses cinco notáveis toparam o desafio de nos ajudar a pensar a Embrapa do futuro - o que e como vamos produzir<br />
e o que a Embrapa pode fazer para que isso aconteça. O maior mérito desse grupo será o de ouvir especialistas e<br />
construir coletivamente um projeto para os próximos 50 anos”, afirmou Carlos.<br />
A Embrapa apresentou em 2022 um lucro social de R$ 125,88 bilhões. Esses valores foram gerados a partir do<br />
impacto econômico no setor agropecuário de 172 tecnologias e 110 cultivares desenvolvidas pelas pesquisas. Isso<br />
significa que para cada R$ 1 aplicado na Embrapa, no ano passado, foram devolvidos R$ 34,70 para a sociedade. Em<br />
2021, para cada R$ 1 aplicado na instituição, foram devolvidos R$ 23,38, um crescimento que ficou na casa dos 50%<br />
em apenas um ano.<br />
Foto: divulgação<br />
12 www.referenciaflorestal.com.br
otaryax<br />
rotaryaxoficial<br />
MAIOR PRODUTIVIDADE,<br />
RESISTÊNCIA E QUALIDADE!<br />
sabres<br />
dentes de corte<br />
ponteiras substituíveis<br />
acessórios<br />
disco de feller<br />
coroas de tração
NOTAS<br />
Paraná Conservado<br />
O governo do Estado do Paraná confirmou em<br />
março a criação de quatro novas UCs (Unidades<br />
de Conservação). São áreas em Reserva do Iguaçu,<br />
Bituruna, São José dos Pinhais e Guaratuba que se<br />
juntarão a outras 70 UCs espalhadas pelo Estado. A<br />
ação integra um pacote de medidas que busca atrair<br />
mais visitantes para esses complexos, aliando turismo<br />
e educação ambiental como forma de conscientizar<br />
a população.<br />
Também nesses pouco mais de 3 meses de<br />
gestão, Ratinho Junior entregou veículos e equipamentos<br />
para reforçar a atuação de servidores em<br />
UCs; anunciou a reabertura ao público do Salto São<br />
Francisco, entre Guarapuava, Prudentópolis e Turvo;<br />
e ampliou o projeto Poliniza Paraná, com a instalação<br />
de novos meliponários (coleção de colmeias<br />
de abelhas nativas sem ferrão) em UCs e parques<br />
urbanos de todo o Estado. Além disso, confirmou<br />
a confecção de um livro com produção e edição do<br />
fotógrafo Zig Koch, notável profissional especializado<br />
em meio ambiente. O material conta com apoio<br />
e suporte técnico do IAT (Instituto Água e Terra),<br />
órgão vinculado à SEDEST (Secretaria de Estado do<br />
Desenvolvimento Sustentável). As novas UCs, inclusive,<br />
já foram batizadas: Estação Ecológica Tia Chica,<br />
em Reserva do Iguaçu (centro-sul); Estação Ecológica<br />
Reserva de Bituruna, no município de mesmo<br />
nome (sul); APA (Área de Proteção Ambiental) do<br />
Miringuava, em São José dos Pinhais (região metropolitana<br />
de Curitiba); e o Refúgio da Vida Silvestre<br />
das Ilhas dos Guarás, em Guaratuba (litoral).<br />
As três primeiras têm origem em condicionantes<br />
de licenciamentos de empreendimentos hídricos da<br />
Sanepar e da Copel. Já o refúgio possui o objetivo de<br />
proteger os guarás, aves que deram o nome à Guaratuba,<br />
e que retornaram à baía depois de décadas<br />
sem serem avistadas na região. A área vai reforçar<br />
o turismo sustentável no Litoral paranaense. As<br />
futuras UCs possuirão, juntas, ocupam a área de<br />
5.393,24 ha (hectares) e se somam às cerca de 70 já<br />
existentes no Paraná. Além disso, destacou o diretor<br />
de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto,<br />
o Estado está homologando a criação de outros<br />
nove complexos ambientais. “Essas ações integram<br />
o projeto Parques Paraná, que fomenta desenvolvimento<br />
e atividade turística à visitação nas UCs, mas<br />
também opera melhorias e promove a qualificação<br />
da visitação com educação ambiental, impulsionando<br />
e utilizando o turismo como instrumento para<br />
conservação”, explicou Rafael.<br />
Foto: divulgação<br />
14 www.referenciaflorestal.com.br
ihara.com.br<br />
Vença a batalha contra as plantas<br />
daninhas com seletividade.<br />
chegou yamato.<br />
Herbicida pré-emergente da IHARA<br />
que não dá chance para a matocompetição.<br />
Seletivo para uso<br />
em área total.<br />
Sua floresta<br />
no limpo por<br />
mais tempo.<br />
Longo residual.<br />
USE O LEITOR DE QR CODE DO SEU CELULAR<br />
AS DANINHAS VÃO SE RENDER!<br />
VEJA MAIS SOBRE A EFICIÊNCIA DE<br />
YAMATO E PROTEJA SUA FLORESTA<br />
YAMATO E AXEEV TECHNOLOGY SÃO MARCAS REGISTRADAS PELA KUMIAI.<br />
ATENÇÃO<br />
ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO<br />
AMBIENTE; USO AGRÍCOLA; VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO;<br />
CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO; INFORME-SE E REALIZE O MANEJO INTEGRADO DE<br />
PRAGAS; DESCARTE CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E OS RESTOS DOS PRODUTOS;<br />
LEIA ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA;<br />
E UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.
NOTAS<br />
Análise de mercado<br />
Foto: divulgação<br />
A FLORESTAR (Associação Paulista de Produtores,<br />
Fornecedores e Consumidores de Florestas<br />
Plantadas) publicou um artigo sobre as<br />
demandas que o setor florestal tem apresentado.<br />
Entre as principais dores que o mercado<br />
apresenta está a questão da mão de obra, que<br />
precisa ser altamente qualificada e muitas vezes<br />
não atinge o nível exigido. Confira abaixo<br />
uma parte do texto, a versão completa pode<br />
ser acessada no site da Associação: www.<br />
http://florestar.org.br/.<br />
O setor de base florestal está completamente<br />
inserido no tripé da sustentabilidade. É<br />
economicamente viável, ambientalmente correto<br />
e socialmente justo. Quando avaliamos as<br />
questões sociais, não tem como não levar em<br />
consideração o mercado de trabalho. No Estado<br />
de São Paulo, por exemplo, são 8.006 empresas<br />
ativas que atuam diretamente no setor<br />
florestal. Elas representam 19% das empresas<br />
do setor florestal brasileiro. Os três principais<br />
segmentos das empresas deste setor que<br />
atuam em São Paulo são: móveis (42%), celulose<br />
& papel (19,6%) e silvicultura e colheita<br />
(16,6%). Os números são da pesquisa RAIS<br />
2021 (Relação Anual de Informações Sociais),<br />
do Ministério do Trabalho e Emprego.<br />
Quando estes números são convertidos<br />
em postos de empregos gerados, também<br />
dentro do Estado de São Paulo, observamos<br />
que são 150 mil vagas de trabalho diretamente<br />
ligadas ao setor de florestas plantadas.<br />
Estes números têm ainda mais expressão se<br />
considerados também os postos indiretos e<br />
o efeito renda. Ao total, são cerca de 800 mil<br />
pessoas trabalhando, envolvidas com o setor.<br />
O segmento que mais emprega é o de celulose<br />
e papel, com 47% das vagas. Ainda de acordo<br />
com a pesquisa RAIS 2021, São Paulo é responsável<br />
pela geração de 23% dos empregos<br />
no setor florestal brasileiro.<br />
A partir de meados da década de 1980, o Brasil começou a conhecer a mecanização dos processos de colheita florestal.<br />
Com a evolução tecnológica, hoje equipamentos ultramodernos são utilizados no corte, transporte e processamento de toras.<br />
O trabalho manual pesado e, em certas situações perigoso, passou a ser feito por máquinas robustas e muito eficientes.<br />
Trabalhar com estes equipamentos se tornou um desafio para o trabalhador florestal. Produtos geralmente importados<br />
ainda exigem o mínimo de especialização para serem operados. Se por um lado melhoraram as condições de trabalho e<br />
surgiram funções mais bem remuneradas, por outro, há uma escassez deste profissional no mercado florestal brasileiro. De<br />
acordo com Matheus Esteves, vice-presidente da FLORESTAR (SP), a função de operador de máquinas florestais se manterá<br />
em alta enquanto o setor segue buscando por profissionais qualificados, ou simplesmente dispostos a se qualificarem em<br />
seus núcleos de treinamento e capacitação.<br />
16 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Conhecimento na prática<br />
Foto: divulgação<br />
A Reflore/MS (Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas) realizou a Jornada<br />
<strong>Florestal</strong> Reflore. Durante os 25, 26 e 27 de abril, a associação levou 18 acadêmicos da UFMS (Universidade Federal de Mato<br />
Grosso do Sul) e 18 da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) a conhecer de perto o trabalho de algumas de<br />
nossas associadas.<br />
O objetivo era o de estreitar as interações entre a comunidade acadêmica e as empresas, mostrando aos alunos que o<br />
mercado está aquecido e que essas empresas estão de portas abertas para novos talentos. Os acadêmicos foram acompanhados<br />
pelo diretor executivo da Reflore (MS), Dito Mário, e por Vanessa Santana, coordenadora do GT Fitossanidade.<br />
A Jornada começou no lançamento da XI Campanha de Prevenção e Combate a Incêndios, no dia 25, no Bioparque<br />
Pantanal, em Campo Grande. Após o evento, os alunos foram levados pela Reflore para a Fazenda Ramires, onde visitaram<br />
o viveiro e viram de perto os clones cultivados pela empresa. Além disso, conheceram o segmento de melhoramento genético,<br />
a parte das cepas, do enraizamento, do substrato, o preparo das mudas e do campo. Depois, visitaram uma área do<br />
plantio com um desses clones.<br />
No dia seguinte, visitaram a Bracell, em Água Clara. Lá, os acadêmicos puderam conhecer o viveiro de mudas e, depois,<br />
eles se encaminharam à fazenda do grupo, a Cana Brava, onde foi realizado o acompanhamento de análise de qualidade das<br />
mudas, a passagem delas para o plantio e, os alunos puderam inclusive, participar do plantio de algumas mudas.<br />
No dia 27, foi a vez de visitar o Grupo Mutum, em Ribas do Rio Pardo (MS), e apresentar aos alunos o sistema silvipastoril,<br />
depois, eles visitaram a carvoaria do grupo, onde puderam conferir como é preparado o carvão vegetal, além da parte<br />
de destocamento das áreas, que permite até o uso dos tocos no processo. Depois eles foram ao Grupo Copa, onde foram<br />
atendidos pela empresa Mantena, que mostrou aos acadêmicos a parte da produção de cavaco de eucalipto para biomassa.<br />
Além disso, eles também acompanharam uma área onde será realizada uma implantação de povoamento e puderam ver de<br />
perto os processos de gradagem e subsolagem para o preparo do plantio das mudas.<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Luta contra incêndios<br />
Com o tema: Fogo Zero – O<br />
melhor combate é a Prevenção, a Reflore/MS<br />
(Associação Sul-Mato-Grossense<br />
de Produtores e Consumidores<br />
de Florestas Plantadas) e empresas<br />
associadas lançaram a XI Campanha<br />
de Prevenção e Combate a Incêndios,<br />
no Bioparque Pantanal.<br />
“O objetivo é o Fogo Zero. Que<br />
a gente consiga (ao longo do tempo<br />
como entidade, como Estado e como<br />
país) evitar o máximo possível os<br />
incêndios, porque eles são danosos<br />
para os seres humanos, para o meio<br />
ambiente e trazem prejuízos com<br />
relação as atividades agroindustriais<br />
que a gente exerce. Então, Fogo Zero<br />
sempre vai ser o nosso objetivo!<br />
Acredito que a conscientização é o<br />
primeiro fator, o fator mais importante<br />
nesta luta. Juntos, somando forças,<br />
evitaremos os incêndios florestais.<br />
Afinal, o melhor combate é a prevenção!”,<br />
destacou Junior Ramires,<br />
presidente da Reflore (MS), em seu<br />
discurso na abertura do evento.<br />
Em um trabalho contínuo de<br />
prevenção e combate aos incêndios<br />
florestais, a união da Reflore (MS)<br />
com as empresas do setor de base<br />
florestal, produtores rurais, entidades<br />
e agentes públicos, tem sido<br />
essencial. Para levar informações e<br />
orientações para as comunidades urbanas<br />
e rurais estão previstas diversas<br />
ações, entre elas: blitz educativa com<br />
panfletagem no Dia Mundial do Meio<br />
Ambiente (05 de junho), treinamentos,<br />
palestras em escolas, divulgações<br />
nas redes sociais, entre outros. A XI<br />
Campanha de Prevenção e Combate<br />
a Incêndios é realizada pela Reflore/<br />
MS com as empresas associadas, em<br />
parceria com o governo do Estado de<br />
Mato Grosso do Sul, Comitê do Fogo<br />
do Estado, Sistema Famasul, Senar<br />
(MS), Corpo de Bombeiros Militar<br />
do Estado, Ibama (MS), Crea (MS) e<br />
Biosul (MS).<br />
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NOTAS<br />
Financiamento garantido<br />
O banco de desenvolvimento alemão KfW (Kreditanstalt fuer Wiederaufbau) selecionou o Projeto: Realiza Pará; apresentado<br />
pelo governo do Estado e desenvolvido pela Semas (Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade), para ser<br />
contemplado pelo Programa Fundo Floresta, que apoia Estados da Amazônia brasileira em ações para reduzir desmatamento,<br />
degradação florestal, promover a conservação e o uso sustentável dos recursos florestais. A aprovação garante ao Pará a<br />
destinação de 13 milhões de euros, para serem aplicados em proteção florestal e controle do desmatamento.<br />
O Realiza Pará: Capacidade de governo para o protagonismo subnacional no controle do desmatamento e promoção da<br />
bioeconomia; desenvolvido pela Semas e com participação de consultoria especializada, foi aprovado após conclusão de processo<br />
de concorrência com a participação de outros Estados da região. Além do Pará, o Amazonas teve um projeto selecionado.<br />
Também participaram os Estados do Acre, Amapá, Mato Grosso, Maranhão, Rondônia, Roraima e Tocantins.<br />
O resultado da seleção conta com a aprovação do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento<br />
(BMZ), da Alemanha, e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, do Brasil. O Programa Fundo Floresta foi<br />
lançado pelo banco KfW, por meio do Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ), para apoiar a<br />
proteção florestal, o controle do desmatamento e a bioeconomia na região amazônica. O Realiza Pará apoia o fortalecimento<br />
das ações de comando e controle sobre o desmatamento, a promoção de uma economia baseada na floresta, com base no<br />
PlanBio (Plano Estadual de Bioeconomia), e a capacitação da Semas e seus instrumentos de gestão.<br />
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acurácia da identificação<br />
de espécies no manejo<br />
florestal<br />
A identificação<br />
de espécies<br />
da flora é, sem<br />
dúvida, um<br />
dos principais<br />
desafios do<br />
censo florestal<br />
no âmbito do<br />
MFS para fins<br />
madeireiros, pois<br />
não é incomum<br />
a ocorrência<br />
de erros de<br />
identificação<br />
https://cipem.org.br<br />
O<br />
projeto para desenvolver: Um Sistema de Inteligência Artificial para Reconhecer<br />
Espécies no Manejo <strong>Florestal</strong> Madeireiro na Amazônia Brasileira; teve início em<br />
julho de 2022, pela firmação de Convênio de Cooperação entre o CIPEM (Centro<br />
das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado do Mato Grosso),<br />
financiador do projeto, e a UFPA (Universidade Federal do Pará), com interveniência<br />
administrativa e financeira da FADESP (Fundação de Amparo e Desenvolvimento da<br />
Pesquisa). No âmbito do MFS (Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável) - com fins madeireiros -, o IF100%<br />
(Inventário <strong>Florestal</strong> 100%), ou censo florestal, é uma atividade que antecede a exploração florestal,<br />
fundamental para identificação do potencial produtivo da floresta, regulação da produção<br />
e definição de estratégias operacionais nas etapas exploratórias e pós-exploratórias. Por meio do<br />
IF100%, as árvores de interesse econômico (e de valor potencial) e com diâmetro mínimo pré-estabelecido<br />
são mapeadas na floresta, recebem uma placa de identificação, têm sua localização<br />
definida com auxílio de GPS e comumente são identificadas por nomes vernaculares.<br />
A identificação de espécies da flora é, sem dúvida, um dos principais desafios do censo florestal<br />
no âmbito do MFS para fins madeireiros, pois não é incomum a ocorrência de erros de<br />
identificação. Os erros de identificação podem ter origem no campo, por exemplo, pela confusão<br />
devido ao compartilhamento de características entre espécies, pelo uso de diferentes nomes<br />
vernaculares para identificar uma mesma espécie, ou ainda, pelo uso do mesmo nome vernacular,<br />
por diferentes mateiros, para identificar espécies distintas. Soma-se a isso, os erros graves<br />
ocasionados pela conversão de nomes vernaculares para nomes científicos, baseado em listas<br />
pré-existentes de órgãos ambientais, que muitas vezes diferem entre si.<br />
Neste contexto, é fundamental a reflexão e o desenvolvimento de tecnologias inovadoras<br />
para aumentar a acurácia da identificação de espécies em IF100%. Uma abordagem de grande<br />
potencial é o uso de tecnologias baseadas em inteligência artificial, em especial, pela associação<br />
de técnicas de visão computacional e aprendizado de máquina.<br />
O projeto tem por objetivo desenvolver uma aplicação web para reconhecer automaticamente<br />
espécies da flora em IF100% no âmbito do MFS com fins madeireiros, baseado em imagens<br />
digitais do ritidoma (casca) e alburno de árvores, além de suas características qualitativas e quantitativas.<br />
É esperado que o produto originado do projeto seja de grande utilidade para o setor de<br />
base florestal, por se tratar de uma ferramenta auxiliar na identificação de árvores no MFS com<br />
fins madeireiros, seja por profissionais liberais, identificadores botânicos, técnicos de órgãos<br />
ambientais, leigos, entre outros. Portanto, espera-se contribuir para o aumento da acurácia na<br />
identificação de espécies, em especial, daquelas mais confundidas e, por conseguinte, minimizar<br />
os impactos ecológicos e econômicos originados pelos erros de identificação de espécies no<br />
IF100%. Por fim, esta tecnologia tem potencial para contribuir no refinamento da identificação<br />
de espécies em diferentes regiões da Amazônia.<br />
SOBRE O PROJETO:<br />
O projeto conta com uma equipe de especialistas de quatro instituições de ensino, sendo<br />
coordenado pelo professor Deivison Venicio Souza (UFPA), com colaboração do professor Samuel<br />
de Pádua Chaves e Carvalho (UFMT), professor Eduardo da Silva Leal (UFRA), professor Luis<br />
Eduardo Soares Oliveira (UFPR), e professora Márcia Orie de Souza Hamada (UFPA). O Projeto<br />
também possui uma bolsista de Mestrado Acadêmico no PPGBC (Programa de Pós-graduação<br />
em Biodiversidade e Conservação) da UFPA, Natally Celestino Gama, que está desenvolvendo a<br />
pesquisa intitulada: Reconhecimento de Espécies de Árvores no Manejo <strong>Florestal</strong> Baseado em<br />
Imagens de Cascas. A coleta de dados em campo está prevista para a segunda quinzena de julho<br />
de 2023, e ocorrerá em três Áreas de Manejo <strong>Florestal</strong> – AMF localizadas nos municípios de Nova<br />
Maringá (MT), Feliz Natal (MT) e Cotriguaçu (MT).<br />
Foto: divulgação<br />
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FRASES<br />
Foto: World Economic Forum / Boris Baldinger<br />
Trata-se de contribuição inédita do<br />
governo americano, que se somará<br />
de forma substantiva aos aportes já<br />
realizados pela Noruega e Alemanha.<br />
Será uma importante contribuição<br />
para o combate às atividades ilegais,<br />
mas sobretudo na construção de<br />
um modelo de desenvolvimento<br />
que resulte em um novo ciclo de<br />
prosperidade para a Amazônia,<br />
protegendo seus povos indígenas<br />
e tradicionais e gerando benefícios<br />
para a vida da população<br />
Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente sobre<br />
a doação dos EUA (Estados Unidos da América)<br />
para o Fundo Amazônia<br />
“Não só por aquilo que ele<br />
representa para o próprio<br />
setor florestal, como também<br />
para áreas como as indústrias<br />
alimentícia, farmacêutica,<br />
de higiene, além dos setores<br />
agrícolas e de energia, que<br />
dependem de soluções<br />
envolvendo a madeira, folhas e<br />
óleos para entregar seu produto<br />
final”<br />
“Esses temas são divisores<br />
de água para mantermos<br />
a competitividade do agro<br />
com segurança jurídica,<br />
sustentabilidade, paz no<br />
campo e mais comida<br />
na mesa do cidadão<br />
brasileiro”<br />
Wallison Tum, secretário da agricultura da Bahia,<br />
durante a apresentação do Plano Bahia <strong>Florestal</strong><br />
2033<br />
Senador Pedro Lupion (PP-PR) durante reunião da<br />
Frente Parlamentar da Agricultura<br />
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ENTREVISTA<br />
Fortalecimento<br />
DA CLASSE<br />
Strengthening the<br />
Business Class<br />
A<br />
engenharia florestal está na essência do setor de<br />
base florestal. São os engenheiros florestais que<br />
garantem o crescimento de todo o segmento.<br />
A valorização dos profissionais e as demandas<br />
do mercado tem elevado resultados e colocado<br />
esses profissionais em uma posição de cada vez mais destaque<br />
e importância para o setor. Pedro Salles, presidente da SBEF<br />
(Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais), evidencia sua<br />
trajetória na profissão e as conquistas da associação para os<br />
profissionais.<br />
F<br />
orest engineering is at the core of the Forest-based<br />
Sector. It is the forest engineers who guarantee the<br />
growth of the entire Sector. The appreciation of<br />
professionals and the market demands have had<br />
auspicious results and placed these professionals<br />
in a position of increasing prominence and importance for the<br />
Sector. Pedro Salles, President of the Brazilian Society of Forest<br />
Engineers (Sbef), highlights his trajectory in the profession and<br />
the Association’s achievements for professionals.<br />
ENTREVISTA<br />
Pedro Salles<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Presidente da SBEF (Sociedade Brasileira de Engenheiros<br />
Florestais), Presidente da Associação dos Engenheiros Florestais<br />
do Distrito Federal, Conselheiro Regional do CREA-DF (Conselho<br />
Regional de Engenharia e Agronomia) e representante do Crea-<br />
DF no Conselho de Meio Ambiente do Distrito Federal.<br />
President of the Brazilian Society of Forest Engineers, President<br />
of the Federal District Association of Forest Engineers, Regional<br />
Councilor of the Regional Council of Engineering and Agronomy<br />
(Crea-DF), and representative of Crea-DF on the Environmental<br />
Council of the Federal District<br />
FORMAÇÃO/ ACTIVITY:<br />
Engenheiro <strong>Florestal</strong> formado pela UNB (Universidade de<br />
Brasília) com especialização em Recuperação de Áreas Degradadas<br />
pela UFV (Universidade de Viçosa)<br />
Forest Engineer, University of Brasília (UNB) with graduate studies<br />
in Recovery of Degraded Areas, University of Viçosa (UFV).<br />
Foto: divulgação<br />
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ENTREVISTA<br />
>> Como surgiu seu interesse pela engenharia florestal?<br />
Costumo dizer que ser neto de um engenheiro agrônomo e<br />
filho de um biólogo fez com que a engenharia fosse um caminho<br />
natural. Eles, meu avô e meu pai, são as duas grandes referências<br />
para mim. Cresci vendo o Globo Rural e tendo muito<br />
contato com fazenda. Já meu pai me fez gostar de ambientes<br />
silvestres, como parques, e dessas influências gostar da floresta<br />
foi natural. Quando estava no momento de escolher o vestibular<br />
já tinha uma sensação de que seria um curso da área de<br />
engenharia, havia me preparado, e escolhi a florestal. Outro<br />
fato foi a importância estratégica que a profissão proporciona.<br />
Também havia um contexto no final dos anos 1990 que<br />
indicavam passos rumo à sustentabilidade e responsabilidade<br />
ambiental. Desde o início gostei muito das matérias e quando<br />
descobri o grande diferencial da ciência florestal no que diz<br />
respeito ao uso sustentável das florestas, decidi que era isso<br />
que queria para mim.<br />
>> Como foi sua chegada a SBEF?<br />
A chegada a SBEF também diria que foi um caminho natural.<br />
Durante o curso de engenharia florestal participei do centro<br />
acadêmico do diretório central de estudantes e também comandei<br />
junto com meus colegas a Associação dos Estudantes<br />
de Engenharia <strong>Florestal</strong>. Depois que me formei, o foco foi<br />
total na profissão. Foram aproximadamente 8 anos que passei<br />
vivendo em regiões fora do Distrito Federal, no norte do país<br />
principalmente. Quando voltei, já havia ingressado no serviço<br />
público e por estar novamente em Brasília, tive contato com<br />
os meus colegas que estavam organizados na associação de<br />
engenheiros florestais do Distrito Federal. Já tinha tido um<br />
prévio contato em Tocantins onde fui vice-presidente da associação<br />
no Estado. Em Brasília tive mais tempo para me dedicar.<br />
Fiz parte da associação local em diferentes cargos e tive a<br />
oportunidade de conhecer o ex-presidente da SBEF e alguns<br />
colegas mais antigos, que me falaram bastante sobre como<br />
se organizar uma entidade. Conheci a história da associação,<br />
apresentei minhas ideias e em 2015 passei a fazer parte da<br />
diretoria como secretário geral. Na eleição seguinte fui eleito<br />
presidente da SBEF.<br />
>> Quais as maiores conquistas da SBEF até aqui?<br />
A SBEF é uma entidade de representação profissional que<br />
funciona em caráter federativo. Quando foi fundada, em<br />
1968, haviam algumas entidades estaduais e a criação de uma<br />
entidade nacional nasceu de uma demanda natural do setor.<br />
Uma das grandes vitórias que merece destaque é a criação de<br />
novas entidades profissionais em outros Estados. Essas entidades<br />
fazem o corpo a corpo e a defesa do profissional mais próximo<br />
ao trabalho dele. A SBEF atua no âmbito nacional, tem<br />
outra inserção no trabalho de representação profissional e defesa<br />
dos direitos dos engenheiros. Outra conquista importante<br />
foi a criação do CONFEA (Conselho Nacional de Engenharia e<br />
Agronomia), uma instância consultiva específica para pensar<br />
assuntos da engenharia florestal. Essa instância é uma coordenadoria<br />
das câmaras de fiscalização que operam nos CREAs<br />
(Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia). Toda essa<br />
How did your interest in forestry come about?<br />
I often say that being the grandson of an agronomist and the<br />
son of a biologist made engineering a natural path. My grandfather<br />
and my father are the two references for me. I grew up<br />
watching the Globo Rural and having much contact with farming<br />
since my father often took me to wilderness environments,<br />
such as parks, and due to these influences, the forest became<br />
well-known to me. So, when I was choosing an entrance exam,<br />
I had several doubts but already had a feeling that it would<br />
be a course in engineering. I had prepared myself and chose<br />
the forest. Another fact was the strategic importance that the<br />
profession provides. The context in the late 1990s began to look<br />
toward sustainability and environmental responsibility. From<br />
the beginning, I liked the subjects. When I discovered the significant<br />
differential of forest science concerning the sustainable use<br />
of forests, I decided that this was what I wanted.<br />
How did you become interested in SBEF?<br />
I would say my first contact with Sbef was natural. While studying<br />
forest engineering, I participated in the academic center<br />
of the students’ central directory and started the Students of<br />
Forest Engineering Association with my colleagues. After I graduated,<br />
my focus was totally on the profession. I lived in regions<br />
outside the Federal District for approximately eight years, mainly<br />
in the Country’s North. When I returned, I had already joined<br />
the public service. Because I was again in Brasilia, I had contact<br />
with my colleagues who had organized the Forest Engineers<br />
Association in the Federal District. I already had a previous<br />
connection with the Association in the State of Tocantins, where<br />
I was Vice President of the State Association. Back in Brasilia,<br />
I had more time to dedicate to the activity. I took part in the<br />
local Association in different positions. I had the opportunity to<br />
meet the former Sbef President and several older colleagues,<br />
who told me a lot about how to organize an entity. I educated<br />
myself about Sbef, presented my ideas, and in 2015, I joined the<br />
board as General Secretary. In the next election, I was elected<br />
President of the entity.<br />
What are SBEF’S most significant achievements so far?<br />
Sbef is an entity representing professionals that operates on a<br />
federative basis. When it was founded in 1968, there were only<br />
several state entities, and creating a national entity was born<br />
from a natural demand of the Sector. One of the great victories<br />
that deserve highlighting is the creation of new professional entities<br />
in other states. These entities make body-to-body contacts<br />
and defend the professional closest to his work. Sbef operates<br />
at the national level and offers another benefit for the professional<br />
representation and defense of the rights of engineers.<br />
Another significant achievement was the creation of the National<br />
Council of Engineering and Agronomy (Confea), a specific<br />
consultative body to deal with forest engineering issues. This<br />
became the coordination of the inspection agents that operate<br />
in the Regional Councils of Engineering and Agronomy (Creas).<br />
All this organization facilitates and organizes the activities in<br />
Brasilia. Sbef has managed to present many proposals that<br />
came to fruition. This year, we are celebrating ten years since<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
organização facilita e organiza as atividades realizadas em<br />
Brasília. A SBEF conseguiu apresentar muitas propostas que se<br />
concretizaram e esse ano estamos comemorando 10 anos de<br />
criação da coordenadoria nacional das câmaras especializadas<br />
de engenharia florestal do CONFEA.<br />
>> Quais os principais desafios da SBEF?<br />
Trata-se de uma missão institucional e valorização profissional,<br />
além da valorização da ciência e da engenharia florestal<br />
para que se coloque à disposição dos profissionais e para a<br />
sociedade, a ciência da engenharia florestal. Contudo, temos<br />
desafios relacionados ao fortalecimento da própria entidade<br />
e das entidades filiadas. Temos desafios de nos aproximar dos<br />
profissionais, que estão atuando no mercado, bem como, de<br />
nos aproximar das instituições de ensino, dos estudantes de<br />
engenharia florestal. Temos demandas que vêm das universidades<br />
como dúvidas e questionamentos, que surgem decorrentes<br />
da fiscalização dos conselhos regionais, das entidades<br />
fiscalizadoras. Por isso, trabalhamos para corrigir as falhas que<br />
acontecem por parte dos conselhos profissionais. Temos o desafio<br />
de comunicar a importância da engenharia e da ciência<br />
florestal para a sociedade, para os jovens que possam conhecer<br />
melhor e valorizar nossa profissão.<br />
>> Ainda existem disputas em relação a atividades exclusivas<br />
de engenheiros florestais em relação a outros profissionais?<br />
Em relação à atuação nas áreas dos profissionais buscamos<br />
esclarecer que a ciência florestal e a engenharia florestal chegam<br />
ao Brasil em 1968, quando foi criada a Escola Nacional<br />
de Florestas. Isso ajudou a estabelecer as atividades de cada<br />
um dos profissionais que atuam junto ao segmento florestal.<br />
O que buscamos garantir para a sociedade é que haja um profissional<br />
qualificado e autorizado a desempenhar a função de<br />
acordo com as suas atribuições. Buscamos que haja um tratamento<br />
isonômico e que os outros profissionais de outras áreas<br />
do conhecimento, que também desejem atuar nessa área,<br />
se qualifiquem para tal. O código florestal passou por uma<br />
revisão em 2012 e ele estabelece de forma bem clara que a<br />
exploração de florestas e vegetação nativa de todos os biomas<br />
em áreas públicas e privadas depende do manejo florestal. O<br />
novo código especifica os fundamentos técnicos e científicos,<br />
que os planos de manejo devem abranger e são conhecimentos<br />
altamente especializados. Dessa forma, que os profissionais<br />
de outras áreas bebam da fonte do conhecimento e da<br />
ciência da engenharia florestal, que passem por um esforço<br />
de formação equivalente aos engenheiros florestais e daí sim,<br />
possam atuar no mercado sem prejuízo para a sociedade.<br />
>> Com a crescente da silvicultura no Brasil, o mercado tem<br />
exigido mais dos engenheiros florestais?<br />
Sim, o mercado é bastante exigente. Além da formação profissional<br />
temos a necessidade de aprofundamento em outras<br />
áreas da tecnologia. A indústria 4.0 e a internet das coisas<br />
são realidades para os profissionais. Há uma necessidade de<br />
ter mais contato com a área de informática e tecnologia da<br />
informação. No contexto do desenvolvimento de projetos<br />
the national coordination of the Confea specialized chambers of<br />
forest engineering.<br />
What are the main challenges for SBEF?<br />
These deal with the institutional mission and professional<br />
valorization, in addition to valuing science and forest engineering<br />
so that professionals and the science of forest engineering<br />
are made available to society. However, we have challenges<br />
in strengthening the entity and affiliated entities. We have<br />
challenges to get closer to the professionals, who are working<br />
in the market, as well as to become more relative to the educational<br />
institutions and the forest engineering students. We have<br />
questions from the universities regarding doubts and questions<br />
arising from the supervision of the regional councils and<br />
inspection entities. That is why we work to correct the flaws<br />
that happen on the part of professional councils. Finally, we are<br />
challenged to communicate the importance of engineering and<br />
forest science to society and young people who can better know<br />
and value our profession.<br />
Are there still disputes regarding the exclusive activities of<br />
forest engineers concerning other professionals?<br />
Concerning professional performance, we seek to clarify that<br />
forest science and forest engineering arrived in Brazil in 1968<br />
when the National School of Forests was created, helping to establish<br />
the activities of each of the professionals who work with<br />
the forest-based segment. We seek to ensure civil society that a<br />
qualified professional is authorized to perform the function according<br />
to its attributions. We seek an isonomic treatment and<br />
that other professionals from other areas of knowledge, who<br />
also wish to work in this area, qualify for this. The forest code<br />
underwent revision in 2012. It establishes that the exploitation<br />
of forests and native vegetation of all biomes in public and<br />
private areas depends on forest management. The new code<br />
specifies the technical and scientific fundamentals management<br />
plans should cover and require highly specialized knowledge.<br />
Thus, professionals from other areas learn, using the sources of<br />
knowledge and science of forest engineering, going through a<br />
training effort equivalent to forest engineers. From there, they<br />
can act in the market without prejudice to society.<br />
With the growth of the Forest-based Sector in Brazil, has the<br />
market demanded more from forest engineers?<br />
Yes, the market is quite demanding. In addition to professional<br />
training, we need to go further in other technology areas. Industry<br />
4.0 and the Internet of Things are realities for professionals.<br />
There is a need to have more contact with computer science<br />
and information technology in developing forestry projects,<br />
including in forest areas. There is a real need to recognize the<br />
exploitation technologies for fighting and preventing forest<br />
fires. The function of Sbef is to provide the conditions that contribute<br />
to the decision-making process to improve the training<br />
of professionals. In this sense, the Brazilian Forestry Congress<br />
brought together 150 high-quality professionals to provide<br />
knowledge to the students, showing what the market needs<br />
and how they can become better qualified for their reality after<br />
32 www.referenciaflorestal.com.br
OL ANÇAMENTO<br />
i<br />
do ano da drv já tem data e local:<br />
aguardem!<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
ENTREVISTA<br />
What are the advantages of associations being affiliated with<br />
SBEF?<br />
The entity conducts courses and lectures, almost always offered<br />
free to members. All the work done by Sbef and local associations<br />
favors professionals so that they are constantly updated<br />
and able to perform the function in all contexts of their activity.<br />
We work hard to strengthen the work of the forest worker. The<br />
boards of public administration carry out another vital mission.<br />
They have the mandate and honorary position of a work conflorestais,<br />
inclusive nas áreas de silvicultura. Existe toda uma<br />
necessidade de reconhecer as tecnologias de exploração,<br />
tecnologias relacionadas a formas de combate e prevenção de<br />
incêndios florestais. A função da SBEF é propiciar as condições<br />
que contribuam para que as próximas decisões possam ser<br />
tomadas para melhorar a formação dos profissionais. Nesse<br />
sentido, o Congresso <strong>Florestal</strong> Brasileiro reuniu 150 profissionais<br />
de alta qualidade para trazer conhecimento para os<br />
estudantes, mostrando o que o mercado precisa e como eles<br />
podem chegar mais prontos para a realidade posterior à formação.<br />
Reunimos, também, os professores e representantes<br />
dos cursos de engenharia florestal para debater quais as novas<br />
ideias e possibilidades para o segmento que vão melhorar a<br />
formação dos novos profissionais.<br />
>> Quais as principais frentes de atuação da SBEF?<br />
O SBEF tem atuado para evoluir a formação dos profissionais.<br />
Realizamos cursos, eventos, apoiamos encontros e buscamos<br />
apoio para melhorar cada vez mais a comunicação do nosso<br />
trabalho para o público. Estamos investindo em um novo site<br />
e no desenvolvimento de um sistema para gerenciar o nosso<br />
cadastro nacional de engenheiros florestais. Fizemos uma<br />
campanha de valorização do manejo em que foi veiculada em<br />
canais pagos. Temos, antes de tudo, uma estratégia dedicada<br />
às proposições que são apresentadas ao CONFEA, em parceria<br />
com os nossos colegas que atuam na CCF (Coordenadoria<br />
Nacional de Câmaras Específicas de Engenharia <strong>Florestal</strong>) do<br />
CONFEA, o que nos garante análise qualificada das sugestões.<br />
>> Dentro da atuação no manejo florestal sustentável, quais<br />
as principais atribuições de um engenheiro florestal?<br />
É uma linha de atuação relacionada com maior contato com a<br />
floresta. O manejo florestal é a atividade mais completa, pois<br />
engloba todo o conjunto de áreas de formação e de atuação<br />
técnica, que compreendem a profissão e a formação. Posso<br />
citar, por exemplo, a parte de estimativa de estoques florestais<br />
feitos por meio dos inventários florestais. Temos toda estratégia<br />
de exploração e corte das florestas estabelecidos por meio<br />
de planejamentos logísticos, o estabelecimento de malhas de<br />
estradas, de picadas de ar e de ramais de arraste, feitos de<br />
forma para minimizar os impactos de toda área relacionada a<br />
exploração, o corte, o direcionamento da queda das árvores e<br />
limpeza de cipós, preparação das áreas para intervenções do<br />
trabalho de retirada dos produtos e depois a parte de industrialização,<br />
áreas de conhecimento relacionadas ao desdobro<br />
e ao aproveitamento, ao beneficiamento dos produtos madeireiros<br />
e não madeireiros. Entra também em conjunto a isso<br />
toda uma estratégia relacionada ao conhecimento e técnicas<br />
para acelerar a recuperação de áreas com florestamentos e<br />
reflorestamentos. Entra, ainda, toda a cadeia de produção de<br />
mudas, coleta de sementes, viveiros florestais e a silvicultura<br />
em si, uma implementação de plantios, intervenções, toda<br />
parte de preparo e conhecimento do solo, da bacia hidrográfica<br />
para saber como que é o regime de águas e como o fluxo<br />
hídrico opera nas áreas de exploração. Conhecer os ecossistemas<br />
e os impedimentos que os solos podem trazer para re-<br />
training. We also brought together the professors and representatives<br />
of the forest engineering courses to discuss new ideas<br />
and possibilities for the segment that will improve the training<br />
of new professionals.<br />
What are the main fronts of SBEF’S activities?<br />
Sbef has worked to evolve the training of professionals. We<br />
hold courses, events, and support meetings and provide help<br />
to improve more and more the communication of our work to<br />
the public. We are investing in a new website and developing a<br />
system to manage our national register of forest engineers. We<br />
carried out a campaign to value the management broadcast on<br />
paid channels. First, we have a strategy dedicated to the proposals<br />
presented to Confea in partnership with our colleagues<br />
who work in the National Coordination of Specific Chambers of<br />
Forest Engineering (CCF) of Confea. This guarantees us a qualified<br />
analysis of the suggestions.<br />
Within sustainable forest management, what are the main<br />
attributions of a forest engineer?<br />
The main attributes are related to more significant contact with<br />
the forest. Forest management is a complete activity since it encompasses<br />
the training and technical activity areas comprising<br />
the profession and training. I can cite, for example, the estimation<br />
of forest stocks made through forest inventories. We have<br />
every strategy of exploitation and felling forests established<br />
through logistical planning, the establishment of road networks,<br />
log storage spaces, and dragging trails made in a way<br />
to minimize the impacts of the entire area related to exploitation,<br />
felling, the direction of the fall of trees, clearing of vines,<br />
preparation of the areas for interventions of the log removal<br />
work, and then the part of industrialization, areas of knowledge<br />
related to log preparation for transport, and processing<br />
timber and non-timber products. A whole strategy pertaining to<br />
understanding and techniques is also included to accelerate the<br />
recovery of areas with afforestation and reforestation, including<br />
the entire chain of seedling production, seed collection, forest<br />
nurseries and forestry itself, implementation of plantings, and<br />
interventions, soil preparation and knowledge, and the watershed<br />
as to what the water regime is and how the water flow<br />
operates in the plantation areas. Knowing the ecosystems and<br />
the impediments that the soils can bring to the regeneration<br />
and recovery of the appropriate areas and species of the forest<br />
consortium are fundamental. There are many areas related to<br />
management, and all are included within a comprehensive plan<br />
aimed at the sustainable use of the forest.<br />
34 www.referenciaflorestal.com.br
ENTREVISTA<br />
generação e recuperação das áreas e espécies adequadas do<br />
consórcio florestal é fundamental. São muitas as áreas relacionadas<br />
ao manejo e todas estão compreendidas dentro de um<br />
amplo planejamento visando o uso sustentável da floresta.<br />
>> Quais as vantagens para associações que estão filiadas à<br />
SBEF?<br />
A entidade realiza cursos, palestras e oferece, quase sempre,<br />
de maneira gratuita para os associados. Todo o trabalho feito<br />
pela SBEF e pelas associações locais é em favor dos profissionais,<br />
para que em todos os contextos de atuação estejam<br />
sempre atualizados e aptos para exercer a função. Trabalhamos<br />
arduamente para fortalecer o trabalho do engenheiro<br />
florestal. Outra missão importante é desempenhada pelos<br />
conselhos da administração pública. Eles têm mandato e cargo<br />
honorífico de um trabalho considerado relevante para a<br />
nação. Havendo então esses profissionais com perfis especializados<br />
cumpre-se o requisito para que se crie uma estrutura<br />
específica de câmara de fiscalização que cabe aos CREAS. Tivemos,<br />
assim, a conquista de uma estrutura nacional para coordenar<br />
a atuação desses responsáveis dedicados à fiscalização<br />
do exercício profissional.<br />
>> Quais as grandes conquistas da sua gestão?<br />
Iniciamos o processo de reestruturação da SBEF em um contexto<br />
em que havia poucas entidades em situação regular<br />
e de adimplência. Hoje somos em vinte entidades, existem<br />
outros que estão a caminho de se regularizar. Percebe-se,<br />
claramente, o fortalecimento dessas instituições organizadas<br />
na federação. Ano passado fizemos dois eventos, que foram<br />
históricos. O Congresso <strong>Florestal</strong> Brasileiro, que teve um intervalo<br />
entre a oitava e a nona edição. Realizada em 2022, fizemos<br />
isso em um período pós-pandemia. Tirar esse evento do<br />
esquecimento e propiciar debates que surgiram a partir dele<br />
foi uma grande vitória. Tivemos, também, o primeiro encontro<br />
de cursos de engenharia florestal, que deixamos como um legado<br />
para a área. Temos hoje canais nas redes sociais, vamos<br />
ter um novo site, um investimento em ferramentas de gestão<br />
administrativa, que facilita a vida do profissional. A SBEF desenvolveu<br />
um sistema em que permite a pessoa fazer a gestão<br />
dos documentos e dos associados, facilitando interagir, além<br />
de compartilhar conhecimento.<br />
>> Qual é seu legado para a SBEF?<br />
Digo legados, como por exemplo, as propostas apresentadas<br />
ao CONFEA, que foram aprovadas e renderam, por exemplo,<br />
um acordo de cooperação técnica junto ao IBAMA (Instituto<br />
Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis)<br />
e o CONFEA. O acordo tem como objetivo a fiscalização da<br />
atuação profissional no manejo florestal que é executado por<br />
meio do Sistema Nacional de Controle dos produtos florestais.<br />
Trata-se do controle da origem dos produtos florestais gerido<br />
pelo SINAFLOR (Sistema Nacional de Florestas), e gerenciado<br />
pelo IBAMA. Foi formalizada a cooperação e essa fiscalização<br />
deve se iniciar esse ano como uma grande conquista para<br />
nosso meio.<br />
sidered relevant to the nation. If there are these professionals<br />
with specialized profiles, the requirement to create a specific<br />
structure of the inspection chamber is the responsibility of the<br />
Creas. Thus, we had to create a national structure to coordinate<br />
the performance of those responsible for supervising professional<br />
practice.<br />
What are the outstanding achievements of your mandate?<br />
We began restructuring Sbef in a context where few entities<br />
were in good standing and in default. Today, we have twenty<br />
associated entities; others are on the way to becoming<br />
regularized. The strengthening of these institutions organized<br />
in the federation is clearly perceived. Last year, we sponsored<br />
two historic events. The Brazilian Forestry Congress had an<br />
interval between the eighth and ninth events, held in 2020 and<br />
then in 2022, in a post-pandemic period. Bringing this event out<br />
of oblivion and fostering debates was a great victory. We also<br />
had the first meeting of forest engineering courses, which we<br />
left as a legacy for the area. Today, we have channels on social<br />
networks, soon a new website, and invested in administrative<br />
management tools, which facilitate the life of the professional.<br />
In addition, Sbef has developed a system that allows the person<br />
access to documents and members, encouraging interaction<br />
and sharing knowledge.<br />
What is the legacy you have left behind with Sbef?<br />
I would say legacies, such as the proposals presented to Confea,<br />
which were approved and yielded, for example, a technical<br />
cooperation agreement with the Brazilian Institute of Environment<br />
and Renewable Natural Resources (Ibama) and Confea.<br />
The agreement aims to supervise professional performance in<br />
forest management through the National System of Control<br />
of forest products. This is the control of the origin of forest<br />
products managed by the National Forest System (Sinaflor),<br />
managed by Ibama. Cooperation has been formalized, and this<br />
inspection should begin this year as an outstanding achievement.<br />
A função da SBEF é<br />
propiciar as condições<br />
que contribuam para que<br />
as próximas decisões<br />
possam ser tomadas para<br />
melhorar a formação dos<br />
profissionais<br />
36 www.referenciaflorestal.com.br
CARREGADOR<br />
FRONTAL<br />
Fabricado em aço certificado reforçado;<br />
Aplicável em carregadeiras de diversas<br />
marcas;<br />
Possui 5 modelos: CFRJ 1000, CFRJ 2000,<br />
CFRJ 3000, CFRJ 4500 e CFRJ 5500;<br />
Equipado com garras de 0,18 m², 0,30 m²,<br />
0,40 m², 0,58 m², 0,80 m², 1,00 m², 1,20 m²<br />
ou 1,35 m² e 1,45 m² dotados de rotator de<br />
giro ilimitado;<br />
Como opcional, possui o engate rápido<br />
hidráulico, equipamento que propicia a<br />
troca de equipamento rápida, sem a<br />
necessidade da remoção de pinos<br />
manualmente;<br />
Disponibilizamos a preparação da<br />
máquina, instalando a 3ª e 4ª função para<br />
giro do rotator e abre e fecha da garra, e<br />
ainda a 5ª função para acionamento do<br />
engate rápido hidráulico.<br />
ANCINHO<br />
Ancinho robusto construído em aço ASTM A-572<br />
para tratores de pneus, tratores de esteira e pás<br />
carregadeiras, os projetos podem ser adaptados a<br />
cada caso, dependo do objetivo e da máquina<br />
base.<br />
GARFOS<br />
PALETEIROS<br />
Desenvolvemos garfos paleteiros para carregadeiras<br />
e tratores agrícolas de diversas marcas e modelos.<br />
São equipamentos resistentes para movimentação<br />
de blocos, tábuas, toras e outros materiais, com<br />
construção em aço certificado.<br />
MATRIZ<br />
J de Souza Indústria Metalúrgica LTDA<br />
BR 116 - Nº 5828, KM 247<br />
Área Industrial<br />
+55 49 3226 0511 I +55 49 3226 0722<br />
Lages - Santa Catarina - Brasil<br />
www.jdesouza.com.br<br />
UNIDADE 01<br />
SETE LAGOAS - MG<br />
Av. Prefeito Alberto Moura, Nº 2051A - Vale das Palmeiras<br />
UNIDADE 02<br />
IMPERATRIZ - MA<br />
Av. Moacir Campos Milhomem, Nº 12 - Colina Park<br />
UNIDADE 03<br />
LAGES - SC<br />
BR 116 - S/Nº, KM 247 - Área Industrial<br />
CENTRO DE DESENVOLVIMENTO<br />
E TESTES<br />
SÃO JOSÉ DO CERRITO - SC<br />
Localidade de Bom Jesus
COLUNA<br />
O que toda empresa do setor<br />
florestal precisa saber sobre a<br />
motosserra - Parte II<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />
Ms. em Manejo <strong>Florestal</strong><br />
gabrielberger.com.br<br />
gabriel@gabrielberger.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
O uso da motosserra ainda se mostra vantajoso se realizado com<br />
segurança, técnica correta e de acordo com a Norma Regulamentadora<br />
N<br />
a edição anterior da Revista REFERÊNCIA FLO-<br />
RESTAL, o leitor conheceu os três primeiros<br />
pontos sobre a utilização da motosserra. Nesta<br />
edição a continuação desse tópico relacionado a<br />
segurança será apresentado.<br />
Antes, vamos recapitular os três pontos já apresentados:<br />
Freios manual e automático de corrente, localizado acima do<br />
silenciador e na frente do cabo dianteiro, servem para travar a<br />
corrente quando acionados de forma voluntária (manual) ou involuntária<br />
(automática) no caso de rebote; Pino pega- corrente,<br />
localizado logo abaixo do sabre e da corrente, fixado na carcaça<br />
inferior da máquina; sua função é interromper o curso da corrente<br />
nos casos de rompimento ou de saída da corrente de dentro<br />
da canaleta do sabre; e Protetor de mão direita, localizado na<br />
parte traseira da motosserra, logo abaixo do cabo da mão direita,<br />
sua função é proteger a mão direita e auxiliar o operador no momento<br />
de ligar a motosserra com o equipamento no solo.<br />
Conheça agora outros três pontos levantados pela equipe da<br />
Tecmater que toda empresa precisa saber para ter os melhores<br />
resultados na operação da motosserra.<br />
4. Protetor da mão esquerda: Localizado acima do silenciador<br />
e na frente do cabo dianteiro da motosserra, tem como<br />
função proteger a mão esquerda do operador, impedindo que a<br />
mesma atinja a corrente, caso perca contato ou escape do cabo<br />
dianteiro.<br />
Também pode evitar que a mão esquerda seja atingida por<br />
algum galho ou qualquer outro objeto quando projetado para a<br />
parte frontal na motosserra.<br />
5. Trava de segurança do acelerador: Localizada na parte<br />
superior do cabo traseiro, tem como função impedir a aceleração<br />
involuntária da motosserra.<br />
Para que ocorra a aceleração da máquina e inicie o movimento<br />
no sentido horário da corrente, deve-se pressionar simultaneamente<br />
o acelerador e a trava de segurança. Isso só é possível<br />
se a palma da mão direita envolver todo o cabo traseiro.<br />
6. Sistema de amortecimento contra vibração: Sua localização<br />
pode variar dependendo da máquina, mas geralmente um<br />
está próximo ao conjunto de corte e outro próximo ao cilindro do<br />
motor. Sua função é reduzir a vibração durante o trabalho com a<br />
máquina.<br />
Os seis dispositivos de segurança da motosserra nunca devem<br />
ser removidos ou modificados. O seu pleno funcionamento,<br />
aliado à técnica correta de manejo e ao manuseio seguro da máquina,<br />
garantem a segurança e a produtividade da atividade.<br />
38 www.referenciaflorestal.com.br
REBAIXADOR DE TOCOS<br />
LINHA HPH<br />
Rebaixamento, rente ao solo, de tocos e raízes<br />
de eucalipto, acácia, pinus, laranja, café, etc;<br />
Limpeza de áreas com as sobras de galhadas e tocos<br />
para a continuidade ou renovação da plantação e<br />
troca de atividades como pecuária e agricultura.<br />
LÍDER ABSOLUTO<br />
EM TRITURAÇÃO VEGETAL<br />
ACIMA E ABAIXO DO SOLO<br />
AGUARDEM NOVIDADES<br />
HIMEV PARA A EXPOFOREST<br />
Rua Edgar Cubas, 173 - 89294-000 - Campo Alegre/SC - Brasil<br />
contato@himev.com.br www.himev.com.br<br />
+55 (47) 3632-1001<br />
+55 (47) 9 9613-1513
PRINCIPAL<br />
FORÇA, DESEMPENHO E<br />
RESULTADO ACIMA E ABAIXO<br />
DA TERRA<br />
Rebaixador de<br />
tocos garante alto<br />
desempenho na<br />
limpeza de área e<br />
preparação para um<br />
novo ciclo florestal<br />
Strength,<br />
Performance, and<br />
Results Above and<br />
Below the Ground<br />
Stump grinder ensures high<br />
performance in area clearing<br />
and preparation for a new<br />
forest cycle<br />
Fotos: divulgação<br />
40 www.referenciaflorestal.com.br
Maio 2023 41
PRINCIPAL<br />
U<br />
m novo ciclo florestal se inicia muito antes do<br />
corte da árvore. O planejamento dos próximos<br />
plantios é feito para garantir os melhores<br />
resultados e dar tranquilidade para o trabalho<br />
que se reinicia. Na parte prática da operação,<br />
a limpeza eficiente da área de plantio é o que garante que as<br />
mudas terão as melhores condições de crescer e atingir os<br />
objetivos ao final de seu ciclo de crescimento. Para promover<br />
essa limpeza e preparação da área de plantio, a Himev<br />
desenvolveu o Ecotritus ST 800 Extreme, triturador de tocos<br />
com alta potência e resultados surpreendentes.<br />
Com 18 anos de história, a indústria catarinense sediada<br />
em Campo Alegre, se tornou uma referência no segmento<br />
de limpeza de área. Combinando o que há de melhor em<br />
tecnologias internacionais, a Himev desenvolve e fabrica<br />
equipamentos dedicados para o mercado nacional, levando<br />
em conta cada necessidade e característica que o produtor<br />
brasileiro enfrenta no seu dia a dia. O ST 800 Extreme é um<br />
modelo que exemplifica todas as características da Himev<br />
quanto ao trabalho sério e qualidade dos implementos.<br />
N<br />
ew forest cycle begins long before the tree<br />
is felled. Planning the next planting ensures<br />
the best results and provides tranquility<br />
for starting the work for the next planting<br />
cycle. In the practical part of the operation,<br />
the efficient cleaning of the planting area ensures that the<br />
seedlings will have the best conditions to grow and achieve<br />
the objectives at the end of their growth cycle. Himev has<br />
developed the ST 800 Extreme, a stump grinder with high<br />
power and exceptional results to promote this clearing and<br />
preparation of the area to be planted.<br />
With 18 years of history, the Company, based in Campo<br />
Alegre, State of Santa Catarina, has become a reference in<br />
the area clearing segment. Combining the best in global<br />
technologies, Himev develops and manufactures specific<br />
equipment for the domestic market, considering each need<br />
and characteristic the Brazilian producer faces daily. The<br />
ST 800 Extreme model exemplifies all the Himev characteristics<br />
regarding the implements’ severe work conditions<br />
and quality.<br />
42 www.referenciaflorestal.com.br
PRATICIDADE E EFICIÊNCIA<br />
Robusto, potente e confiável são apenas alguns dos<br />
adjetivos que a Himev utiliza para tratar do ST 800 Extreme.<br />
O rebaixador de tocos é o resultado de uma série de<br />
aperfeiçoamentos que a Himev uniu através da experiência<br />
adquirida em seus anos de trabalho. Outra característica que<br />
destaca o ST 800 Extreme é sua versatilidade, já que pode<br />
ser utilizado em todo os tipos de terrenos e lidar com tocos<br />
com mais de 25 cm (centímetros) de diâmetro e até 25 cm<br />
de profundidade, preparando o solo para o novo plantio.<br />
Considerado um equipamento plug and play sua instalação<br />
é simples e requer tratores com o mínimo de 230 cv<br />
(cavalos de potência) e câmbio CVT para sua operação. Essas<br />
características diminuem o tempo de adequação e reduz o<br />
número de procedimentos para o início das atividades. Sua<br />
estrutura é robusta e resistente, composta por lâminas de aço<br />
temperado, sendo projetada para suportar as mais diversas<br />
condições de solo e de trabalho.<br />
Celso Kossaka, Diretor Internacional da Himev, aponta<br />
que o rotor do ST 800 Extreme possui martelos ou dentes<br />
feitos em pastilha de metal duro e altamente resistente, que<br />
aumentam a vida útil do conjunto rotativo. Além disso, os<br />
martelos ou dentes, se danificados, podem ser substituídos<br />
individualmente, o que diminui os custos com peças de<br />
reposição, tempo e manutenção. “A utilização das pastilhas<br />
em metal duro com a potência do ST 800 Extreme fazem<br />
com que o trabalho seja feito exclusivamente pela máquina<br />
da Himev, sem necessidade de escavadeiras, lâminas ou<br />
outros implementos, que são utilizados na limpeza de área”,<br />
explica Celso.<br />
PRACTICALITY AND EFFICIENCY<br />
Robust, powerful, and reliable are just some of the adjectives<br />
that Himev uses to describe the ST 800 Extreme. The<br />
stump grinder results from a series of improvements Himev<br />
has put together through the experience gained in its years<br />
of work. Another feature that highlights the ST 800 Extreme<br />
is its versatility. It can be used in all types of terrain and<br />
handle stumps more than 25 cm in diameter and up to 25<br />
cm below ground level, preparing the soil for new planting.<br />
Considered “plug and play” equipment, its installation is<br />
simple and requires tractors with a minimum of 230 hp and<br />
a CVT transmission. These characteristics decrease the adaptation<br />
time and reduce the number of procedures necessary<br />
for beginning activities. In addition, its structure is robust<br />
and resistant, composed of hardened steel blades designed<br />
to withstand the most diverse soil and working conditions.<br />
Celso Kossaka, International Director for Himev, points<br />
out that the rotor of the ST 800 Extreme has hammers or<br />
teeth made of highly resistant carbide inserts, which increase<br />
the life of the rotary assembly. In addition, if damaged, the<br />
hammers or teeth can be replaced individually, decreasing<br />
the spare parts costs, downtime, and maintenance. “The<br />
use of carbide inserts with the power of the ST 800 Extreme<br />
means that the work is done exclusively by the Himev<br />
machine, without excavators, blades, or other implements<br />
used to clear an area,” explains Kossaka. Furthermore,<br />
an essential factor related to the use of carbide inserts in<br />
the grinding assembly of the ST 800 Extreme, they can be<br />
sharpened without disassembling the equipment, using<br />
only a manual sharpener. This practicality ensures that the<br />
Maio 2023<br />
43
PRINCIPAL<br />
Um fator importante relacionado a utilização das pastilhas<br />
de metal duro no conjunto de trituração do ST 800<br />
Extreme pode ser afiado sem a necessidade de desmontar<br />
o equipamento, utilizando apenas uma esmerilhadeira de<br />
mão. Essa praticidade faz com que a operação no campo<br />
seja contínua e o tempo gasto nesse processo seja reduzido.<br />
Toda essa potência faz com que o ST 800 Extreme consiga<br />
cobrir grandes áreas em períodos curtos de trabalho.<br />
Márcio Moletta, responsável de Pesquisa e Desenvolvimento<br />
da Himev, destaca que mesmo sendo uma operação<br />
de maior lentidão devido a maior resistência do toco e a<br />
raiz que vem acompanhada na penetração dentro do solo, a<br />
produtividade sempre é um elemento relativo, que depende<br />
da severidade, densidade, tipo de vegetação/toco, espessura,<br />
terreno, operador, clima e trator. “Posso afirmar, que mesmo<br />
diante destas condições o rebaixador de tocos consegue fazer<br />
até 2 ha (hectares) por cada 8h (horas), dependendo muito<br />
das condições da área de trabalho”, valoriza Márcio.<br />
Em relação aos tipos de árvores, a versatilidade do equipamento<br />
novamente fala mais alto. Muito utilizado para a<br />
remoção de tocos de pinus e eucaliptos, o Ecotritus ST 800<br />
Extreme pode ser utilizado em qualquer tipo de cultura que<br />
seja plantada de forma alinhada como café, citrus, frutíferas<br />
em geral ou qualquer outro tipo de cultura trabalhando<br />
com o trator a frente. Em plantações fora de alinhamento a<br />
operação deve ser feita triturando toco a toco. Sendo recomendado,<br />
nesse caso, a inversão de cabine do trator, pois o<br />
trator trabalha andando para trás.<br />
Em relação ao que fazíamos<br />
antes, hoje limpamos a área<br />
sem precisar sujar nossas<br />
mãos<br />
André Cunha, proprietário da<br />
fazenda Bela Época<br />
44 www.referenciaflorestal.com.br<br />
operation in the field is continuous and the time spent in this<br />
process is reduced.<br />
All this power makes the ST 800 Extreme able to cover<br />
large areas in shorter work periods.<br />
Márcio Moletta, responsible for Research and Development<br />
for Himev, points out that even though it is a slower<br />
operation due to the greater stump and root resistance due to<br />
the penetration into the soil, productivity is always a relative<br />
element, which depends on the severity, density, vegetation/<br />
stump type, thickness, terrain, operator, climate, and tractor.<br />
“I can say that even in these conditions, the stump grinder<br />
can do up to 2 hectares per 8 hours, depending largely on<br />
work area conditions,” values Moletta.<br />
Regarding the types of trees, the versatility of the equipment<br />
again speaks louder. Widely used for removing pine<br />
and eucalyptus stumps, the ST 800 Extreme can be used<br />
for any crop planted in a line, such as coffee, citrus, fruit<br />
trees in general, or any other type of culture working with<br />
the equipment pulled behind the tractor. For operation for<br />
unaligned crops, grinding should be done stump by stump;<br />
recommended, in this case, the tractor’s cab be inverted so<br />
that the tractor works backward.
ATENDIMENTO E PÓS VENDA<br />
Para garantir os melhores resultados para os seus clientes<br />
a Himev investe muito no atendimento pré-venda e pós-venda.<br />
Uma das práticas consideradas mais importantes para<br />
a empresa é a entrega técnica do equipamento. A Himev<br />
enxerga com importância de bem preparar o seu cliente, e<br />
todos os equipamentos são vendidos com entrega técnica,<br />
na qual um técnico especializado explica todo o funcionamento,<br />
manutenção e operação da máquina e acompanha<br />
as primeiras horas de trabalho. Isso dá muito mais confiança<br />
para o operador da máquina e demonstra a preocupação da<br />
empresa com seus clientes.<br />
No caso do Ecotritus ST 800 Extreme, há uma equipe técnica<br />
dedicada ao atendimento e ao pós-venda do equipamento.<br />
A equipe está treinada e pronta para atender quaisquer assuntos<br />
relacionados ao equipamento desde dimensionamento,<br />
aplicação, manutenção, consertos ou qualquer situação que<br />
envolva esse modelo. Por ser um equipamento desenvolvido<br />
e fabricado no Brasil, as peças de reposição estão sempre<br />
disponíveis e são entregues em todo o território nacional.<br />
QUEM USA, APROVA<br />
André Cunha, proprietário da Fazendo Bela Época, utiliza<br />
o equipamento da Himev há mais de 5 anos e não mede<br />
elogios ao ST 800 Extreme. O empresário relata, que hoje é<br />
a única máquina utilizada na sua operação para a limpeza de<br />
área e a utilização facilitou processos e acelerou as atividades<br />
na fazenda. “Antes fazíamos a limpeza superficial de áreas,<br />
mas toda a parte de retirada de raízes e tocos residuais era<br />
realizada manualmente, o que onerava muito a mão de obra<br />
e o tempo investido. Com o ST 800 podemos realizar toda<br />
operação de uma vez só e ainda aproveitar a matéria orgânica<br />
que sobra para fertilizar a terra para o novo plantio”, elogia<br />
André. Seguindo uma análise mais profunda, ele considera<br />
que o ST 800 é uma solução completa para sua atividade.<br />
“Em relação ao que fazíamos antes, hoje limpamos a área<br />
sem precisar sujar nossas mãos”, brinca André. Em relação ao<br />
pós-venda, André valoriza o trabalho da Himev, pois considera<br />
os prazos de atendimento muito acima do esperado. “Estamos<br />
em Franca (SP) e a fábrica da Himev, em Santa Catarina e<br />
mesmo com a distância considerável nunca tivemos atrasos<br />
no atendimento, na manutenção dos equipamentos ou na<br />
entrega de peças de reposição”, conclui André.<br />
SALES AND AFTER-SALES SERVICE<br />
Himev invests heavily in pre- and post-sales service to<br />
ensure the best results for its customers. One of the practices<br />
considered essential for the Company is the technical<br />
delivery of the equipment. Himev sees the importance of<br />
preparing its customer well; all equipment is sold with technical<br />
delivery. A specialized technician explains the whole<br />
operation, maintenance, and operation of the machine and<br />
accompanies the first working hours. This leads to more<br />
confidence for the machine operator and demonstrates the<br />
Company’s concern for its customers.<br />
In the case of the ST 800 Extreme, a technical team is<br />
dedicated to the post-sales service of the equipment. The<br />
team is trained and ready to take care of any matters related<br />
to the equipment, from sizing, application, maintenance,<br />
repairs, or any situation involving this model. Because it<br />
is a piece of equipment developed and manufactured in<br />
Brazil, the spare parts are always available and delivered<br />
throughout Brazil.<br />
THOSE WHO USE, APPROVE<br />
André Cunha, owner of Fazendo Bela Época, has been<br />
using Himev’s equipment for over five years and cannot<br />
measure his praise for the ST 800 Extreme. The entrepreneur<br />
reports that today, it is the only machine used in its<br />
operation for area cleaning, and its use facilitated processes<br />
and accelerated the activities on the farm. “Previously, we<br />
carried out only superficial area clearing, but removing<br />
roots and residual stumps was manually done, increasing<br />
labor and time invested. With the ST 800, we can carry out<br />
every operation simultaneously and even take advantage<br />
of the organic matter left over to fertilize the land for the<br />
new planting,” praises Cunha. Further analysis shows that<br />
the ST 800 Extreme is a complete solution for his activity.<br />
“Concerning what we did before, today we clean the area<br />
without getting our hands dirty,” he jokes. About after-sales,<br />
Cunha values the work of Himev, as he considers the service<br />
times much lower than expected. “We are in Franca (SP)<br />
and the Himev factory in Santa Catarina, and even with<br />
the considerable distance, we have never had delays in<br />
service, equipment maintenance, or delivery of spare parts,”<br />
concludes Cunha.<br />
Maio 2023<br />
45
DIA DE CAMPO<br />
De ponta<br />
A PONTA<br />
Empresa paranaense<br />
oferece soluções<br />
completas para todas<br />
as áreas da operação<br />
florestal<br />
Fotos: Emanuel Caldeira e divulgação<br />
46 www.referenciaflorestal.com.br
EQUIPE DA VALE DO TIBAGI EM APRESENTAÇÃO PARA<br />
CONVIDADOS NO EVENTO DIA DE CAMPO, REALIZADO<br />
EM TRÊS BARRAS (SC)<br />
O<br />
segmento florestal vai muito além do plantio<br />
e corte de árvores. É necessário planejamento<br />
para cada decisão, organização das ações e<br />
excelência na execução das tarefas. Essas características<br />
representam o trabalho da Vale<br />
do Tibagi, empresa sediada em Telêmaco Borba (PR), trabalha<br />
há mais de 20 anos oferecendo serviços que se expandiram<br />
para muito além da operação florestal e hoje cobrem toda a<br />
cadeia produtiva da madeira.<br />
Fundada em 1999, a Vale do Tibagi iniciou suas atividades<br />
com processamento, transporte e comercialização de biomassa.<br />
Com a demanda crescente de clientes e as possibilidades<br />
que foram sendo abertas pelo mercado a VT, como é conhecida<br />
por seus clientes, ampliou suas atividades com a Certificação<br />
SASSMAQ que envolve a segurança, meio ambiente e<br />
qualidade na cadeia de logística.<br />
Os últimos anos foram de muito crescimento para a VT,<br />
que se iniciaram com a industrialização e início da fabricação<br />
de pellets premium pela empresa. A qualidade dos produtos<br />
foi reconhecida pelo mercado internacional, que passou a<br />
ser comercializado na Europa em 2018. Em 2019 a expansão<br />
foi na área logística, com a criação da filial em São José dos<br />
Pinhais (PR). No mesmo ano a certificação FSC foi conquistada,<br />
que abriu ainda mais portas para a VT. Os anos de 2020 e<br />
2021 marcaram, respectivamente, o início da comercialização<br />
de madeira pela empresa e as últimas grandes conquistas<br />
foram a construção da filial logística em Ponta Grossa (PR) e o<br />
pátio de biomassa, em Três Barras (SC).<br />
A VT é uma referência para toda a cadeia produtiva da<br />
madeira, mantendo em sua essência, o cuidado que a empresa<br />
tem com os clientes. Presente em três regiões do país,<br />
conta com colaboradores e equipamentos para atuar em mais<br />
de dez frentes de campo simultâneas. A visão da VT é que o<br />
cuidado com os clientes e a excelência em tudo que faz é o<br />
que conduziu a empresa ao patamar atual. Trabalhar com todos<br />
os clientes com o mesmo ímpeto e atenção desde sempre<br />
Maio 2023<br />
47
DIA DE CAMPO<br />
é o que os representantes da Vale do Tibagi apontam como o<br />
que garantiu esse lugar de destaque no mercado.<br />
Para a VT, mais do que realizar um trabalho, a experiência<br />
do cliente com a empresa tem tanta relevância quanto o que<br />
é feito no campo. A Vale do Tibagi busca sempre a evolução<br />
em tudo que faz e como isso reflete de forma interna nos funcionários.<br />
São realizados treinamentos de aprimoramento e<br />
temos como visão interna solucionar sempre os problemas e<br />
encontrar a melhor solução para os clientes.<br />
Em relação à frota, a VT conta com frota própria de caminhões<br />
e motoristas com dedicação exclusiva, manutenção<br />
preventiva realizada sistematicamente, rastreador e câmeras<br />
em todos os veículos e um programa de reconhecimento de<br />
motoristas que garante uma operação diferenciada. Além disso,<br />
o programa Novos Caminhos é uma iniciativa da VT para<br />
treinamento de mulheres sem experiência que queiram se<br />
tornar motoristas carreteiras da empresa.<br />
DEDICAÇÃO TOTAL<br />
As ótimas práticas da VT são vistas e reconhecidas por<br />
clientes, colaboradores e pelos indicadores internos da empresa.<br />
Cuidado com sinalização de caminhões e máquinas,<br />
armazenamento de produtos, com a alimentação e segurança<br />
dos operadores no campo, além de benefícios para valorizar o<br />
trabalho que é feito, são algumas das ênfases da VT.<br />
Isso tudo é aliado à tecnologia para modernizar e facilitar<br />
o trabalho. Todo o sistema de controle de horas trabalhadas é<br />
eletrônico, a plataforma de pedidos e atendimento a clientes<br />
também, o que agiliza a operação da Vale e diminui as distâncias,<br />
uma vez que os funcionários têm acesso às informações<br />
na palma da mão a qualquer momento e em qualquer lugar.<br />
Trabalhar com todos os clientes<br />
com o mesmo ímpeto e atenção<br />
desde sempre é o que os<br />
representantes da Vale do Tibagi<br />
apontam como o que garantiu esse<br />
lugar de destaque no mercado<br />
48 www.referenciaflorestal.com.br
SOLO<br />
Solução<br />
SUSTENTÁVEL<br />
Fotos: divulgação<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br
Biocarvão auxilia no aumento<br />
da produção e remove gás<br />
carbônico do solo<br />
P<br />
esquisa realizada na EMBRAPA (Empresa Brasileira<br />
de Pesquisa Agropecuária) com biochar<br />
ou biocarvão – finos de carvão (material com<br />
diâmetro inferior a 9,5mm provenientes da<br />
produção de carvão vegetal) – mostrou que seu<br />
uso no solo aumenta a biomassa microbiana e promove<br />
o crescimento das plantas e auxilia a mitigar as mudanças<br />
climáticas. É uma tecnologia limpa, que contribui na sustentabilidade<br />
da produção agrícola/florestal, e está alinhada<br />
com os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da<br />
ONU (Organização das Nações Unidas).<br />
O pesquisador Cristiano Andrade, da EMBRAPA Meio<br />
Ambiente, afirma que o uso do biochar é uma alternativa<br />
para mitigar as emissões antrópicas de gases de efeito estufa,<br />
que incluem as do setor agropecuário, responsável por<br />
cerca de 30% das emissões nacionais. Seu potencial para<br />
mitigação das emissões está relacionado com a captura de<br />
dióxido de carbono que a planta exala no campo, durante<br />
Maio 2023<br />
51
SOLO<br />
seu desenvolvimento, por meio da fotossíntese e posterior<br />
estabilização no carvão quando a biomassa é pirolisada à<br />
elevadas temperaturas (geralmente entre 350OC e 750OC),<br />
na ausência ou baixa concentração de oxigênio. Esse material,<br />
após aplicação no solo, é muito estável e permanecerá<br />
por séculos nos sistemas, promovendo melhorias relacionadas<br />
à fertilidade, física e microbiologia do solo.<br />
No Brasil, maior produtor mundial de carvão vegetal,<br />
os finos de carvão são gerados em grandes quantidades<br />
devido a sua alta fragmentação durante os processos de<br />
fabricação, manuseio e transporte. Dessa forma, na produção<br />
do carvão vegetal são gerados cerca de 25% a 30%<br />
de finos e apenas 20% são reaproveitados na indústria de<br />
ferro-gusa.<br />
Apesar de quaisquer outras formas de biomassas, sejam<br />
elas de origem animal ou vegetal, também poderem<br />
ser usadas na produção de biochar, o fato de os finos de<br />
carvão já estarem disponíveis é uma vantagem, uma vez<br />
que seu valor para o setor siderúrgico é relativamente baixo<br />
e há possibilidade de aplicação direta no solo ou uso na<br />
composição de fertilizantes organominerais.<br />
De acordo com o pesquisador da EMBRAPA Meio Ambiente,<br />
Wagner Bettiol, as plantas podem recrutar ativamente<br />
microrganismos benéficos em suas rizosferas para<br />
combater o ataque de fitopatógenos. O aumento de carbono<br />
da biomassa microbiana evidenciou que há um aumento<br />
dessa biomassa próxima às partículas de biochar. Além disso,<br />
foram observadas maiores taxas de crescimento de comunidades<br />
microbianas em camadas de solo enriquecidas<br />
com carvão vegetal, o que indica que os microrganismos<br />
são capazes de usar frações de carbono do biochar para seu<br />
desenvolvimento.<br />
A supressão de doenças de plantas causadas por patógenos<br />
de solo pode estar relacionada à capacidade de<br />
adsorção do biochar para reduzir os compostos (exsudatos<br />
de raízes), o que de outra forma facilitaria a detecção e infecção<br />
de patógenos nas raízes, uma vez que os exsudatos<br />
radiculares atuam como quimioatrativos para uma série<br />
de fitopatógenos e estimulam a germinação de esporos.<br />
“Em experimentos em casa-de-vegetação, o carvão ativado<br />
adsorve compostos alelopáticos produzidos pelas plantas.<br />
Assim, é razoável supor que as interferências do biochar<br />
incorporado ao solo ocorram entre as raízes e os patógenos<br />
de plantas que habitam o solo”, enfatiza Cristiano Andrade.<br />
O pesquisador afirma que não apenas a abundância,<br />
mas também o comportamento de crescimento das raízes<br />
podem mudar em resposta à presença de biochar. Com impactos<br />
positivos na fertilidade e nos atributos físicos e biológicos<br />
do solo, as raízes podem ter melhor desenvolvimento<br />
e vigor, contribuindo para o alcance de produtividades<br />
competitivas. “O foco em pesquisas futuras será avaliar um<br />
possível sinergismo entre agentes de biocontrole e biocarvão<br />
incorporado ao solo”, completa Cristiano.<br />
O foco em pesquisas futuras será<br />
avaliar um possível sinergismo<br />
entre agentes de biocontrole e<br />
biocarvão incorporado ao solo<br />
Cristiano Andrade,<br />
pesquisador EMBRAPA<br />
52 www.referenciaflorestal.com.br
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DESENVOLVIMENTO<br />
INVESTIMENTO EM<br />
FLORESTAS<br />
PLANTADAS<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
Frente Parlamentar em Defesa da Silvicultura<br />
é instalada na Assembleia Legislativa e cria<br />
plano para qualificação e desenvolvimento do<br />
setor de florestas plantadas<br />
Fotos: REFERÊNCIA e divulgação<br />
Maio 2023<br />
55
DESENVOLVIMENTO<br />
AAssembleia Legislativa instalou a Frente<br />
Parlamentar em Defesa da Silvicultura, que<br />
será presidida pelo deputado Carlos Búrigo<br />
(MDB) e funcionará como um fórum permanente<br />
para discutir os temas de interesse<br />
do setor, além de atuar como um elo entre os governos<br />
estadual e federal.<br />
O destaque do lançamento foram os anúncios feitos<br />
pelos secretário-chefe da Casa Civil, do Rio Grande do<br />
Sul, acerca das alterações na legislação para a atividade<br />
silvícola. Artur Lemos revelou que está chegando hoje<br />
ao governador Eduardo Leite proposta de Plano Estadual<br />
para Qualificar as Florestas Plantadas no Rio Grande do<br />
Sul, programa que, em sua visão, deverá nortear o futuro<br />
da silvicultura no Estado. O secretário anunciou também<br />
que o governo deverá encaminhar ao Poder Legislativo<br />
projeto de lei ampliando o prazo de licença de operação<br />
para a atividade de 5 anos para 10 anos. “A sociedade<br />
pode ficar tranquila que nada será feito sem o devido debate.<br />
Vamos dialogar, discutir e avançar”, avisou Artur.<br />
SUSTENTABILIDADE<br />
O proponente da frente parlamentar afirmou que a<br />
silvicultura pode e deve ser aliada da sustentabilidade<br />
ambiental. Búrigo lembrou que, além de gerar emprego,<br />
renda e impostos, as florestas plantadas reduzem a pressão<br />
sobre as florestas nativas e sobre a biodiversidade,<br />
protegem o solo e a água e são fatores de redução de<br />
emissões de carbono.<br />
No Rio Grande do Sul, a silvicultura gera 320 mil empregos<br />
diretos e indiretos e responde, conforme o emedebista,<br />
por 4% do PIB (Produto Interno Bruto). A cadeia<br />
é integrada por mais de 2500 indústrias e por 20 mil estabelecimentos<br />
de pequeno e médio porte que utilizam a<br />
matéria-prima oriunda das florestas plantadas.<br />
O presidente do Sindmadeira, Leonardo de Souza<br />
de Zorzi, ressaltou que, apesar de robusta, a atividade<br />
silvícola no Estado está aquém de sua capacidade. A<br />
produção de eucaliptos, por exemplo, é 50% menor do<br />
que a existente em Mato Grosso do Sul, e a de pinus é a<br />
metade da de Santa Catarina.<br />
Responsável por 10% das exportações gaúchas, com<br />
um volume anual de R$ 2 bilhões, o setor pleiteia a alteração<br />
do zoneamento ambiental para ampliar a produção<br />
no Estado.<br />
A vice-presidente da Assembleia Legislativa, delegada<br />
Nadine Anflor (PSDB), representou o presidente Valmir<br />
Zanchin (MDB) na cerimônia de lançamento. Ela falou<br />
sobre a importância do setor para o desenvolvimento<br />
sustentável e ressaltou o papel das frentes parlamentares.<br />
“As frentes parlamentares são um instrumento para<br />
discutir e propor políticas públicas. Esta que estamos<br />
instaurando hoje conta com o apoio unânime do parlamento,<br />
o que revela a sua importância”, frisou.<br />
DESENVOLVIMENTO DE FLORESTAS PLANTADAS<br />
O governo do Rio Grande do Sul anunciou no mesmo<br />
dia a criação do Qualisilvi-RS (Plano Estadual para Qualificação<br />
e Desenvolvimento do Setor de Florestas Plantadas<br />
no Estado do Rio Grande do Sul), com o objetivo de<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
traçar um panorama sobre o setor de base florestal no<br />
Estado, suas potencialidades e gargalos. O anúncio foi<br />
feito durante a instalação da Frente Parlamentar da Silvicultura<br />
na Assembleia Legislativa.<br />
O Qualisilvi-RS, que será coordenado pela SEAPI (Secretaria<br />
da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável<br />
e Irrigação), será instruído por meio de decreto a ser<br />
assinado nos próximos dias pelo governador Eduardo<br />
Leite. O plano deverá ser revisado com periodicidade mínima<br />
de 10 anos, podendo ser alterado ou modificado a<br />
qualquer tempo. Estiveram presentes no ato o titular da<br />
SEAPI, Giovani Feltes, e o secretário-chefe da Casa Civil,<br />
Artur Lemos.<br />
No Rio Grande do Sul, quatro espécies se destacam<br />
pelo tamanho de suas áreas de produção: o eucalipto,<br />
com cerca de 700 mil ha (hectares); o pinus, com aproximadamente<br />
300 mil ha; a acácia-negra, com quase 80 mil<br />
ha; e a erva-mate, espécie florestal nativa e não madeireira,<br />
com cerca de 28 mil ha.<br />
“A SEAPI reconhece a importância estratégica da base<br />
florestal como atividade agrícola sustentável. Essa qualificação<br />
e a criação de parâmetros para o desenvolvimento<br />
do setor é essencial para o incremento das florestas<br />
plantadas, atividade econômica imprescindível para o Rio<br />
Grande do Sul”, disse Giovani Feltes. A SEAPI é a instituição<br />
responsável pela Política Estadual das Florestas Plantadas<br />
e pela operação do cadastro florestal no Estado.<br />
Lemos destacou que o conhecimento agregado e as<br />
mudanças nas legislações ambientais permitem que o<br />
governo seja mais assertivo nas discussões. “O Qualisilvi-<br />
-RS dá encaminhamento para o futuro da silvicultura no<br />
Estado. Sabemos da sua importância para o ambiente e<br />
para as mudanças climáticas, mas também para ampliar<br />
a participação na economia e desenvolver novos negócios<br />
com tecnologia”, ressaltou Giovani.<br />
Para o diretor do Departamento de Defesa Vegetal<br />
da SEAPI, Ricardo Felicetti, o Qualisilvi-RS surge como<br />
um instrumento de modernização da base florestal do<br />
Rio Grande do Sul e atende às demandas do setor e dos<br />
produtores florestais, além de proporcionar benefícios à<br />
cadeia produtiva e ao Estado como um todo.<br />
A sociedade pode ficar tranquila<br />
que nada será feito sem o<br />
devido debate. Vamos dialogar,<br />
discutir e avançar<br />
Artur Lemos, Secretário-chefe da<br />
Casa Civil, do Rio Grande do Sul<br />
QUALISILVI-RS<br />
O decreto para criação do Qualisilvi-RS foi construído<br />
a partir da Câmara Setorial das Florestas Plantadas, com<br />
a participação das instituições que compõem o grupo:<br />
UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), AGEFLOR<br />
(Associação Gaúcha de Empresas Florestais), FARSUL (Federação<br />
da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul),<br />
FETAG (Federação dos Trabalhadores na Agricultura no<br />
Rio Grande do Sul), EMATER/RS-ASCAR (Associação Riograndense<br />
de Empreendimentos de Assistência Técnica e<br />
Extensão Rural, Associação Sulina de Crédito e Assistência<br />
Rural) e SINDIMADEIRA-RS (Sindicato Intermunicipal<br />
das Indústrias Madeireiras, Serrarias, Carpintarias, Tanoarias,<br />
Esquadrias, Marcenarias, Móveis, Madeiras Compensadas<br />
e Laminadas, Aglomerados e Chapas de Fibras<br />
de Madeiras do Estado do Rio Grande do Sul).<br />
Maio 2023<br />
57
DESENVOLVIMENTO<br />
ENTRE OS OBJETIVOS DO QUALISILVI-RS ESTÃO:<br />
• Fortalecer as instituições governamentais e incluir o setor<br />
florestal nos programas do governo estadual;<br />
• Estabelecer e manter o Sistema Estadual de Informações<br />
Florestais;<br />
• Qualificar e incentivar os produtores florestais;<br />
• Incentivar a atração de investimentos de base florestal;<br />
• Fomentar a adequação e a criação de condições de crédito<br />
oferecidas no sistema bancário do Rio Grande do Sul para<br />
cultivos de ciclo longo, seus sistemas produtivos e manejos;<br />
• Promover a pesquisa e o desenvolvimento voltado às<br />
florestas plantadas, seus produtos e subprodutos;<br />
• Expandir a área plantada no território estadual;<br />
• Promover a educação florestal, divulgação e promoção do<br />
setor florestal gaúcho.<br />
O Qualisilvi-RS dá<br />
encaminhamento para o<br />
futuro da silvicultura no<br />
Estado. Sabemos da sua<br />
importância para o ambiente e<br />
para as mudanças climáticas,<br />
mas também para ampliar a<br />
participação na economia e<br />
desenvolver novos negócios<br />
com tecnologia<br />
Giovani Feltes, da SEAPI<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
VEM AÍ!<br />
04 DE DEZEMBRO - CURITIBA (PR)<br />
PATROCINADORES:<br />
ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE<br />
MADEIRAS E DERIVADOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS<br />
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comercial@revistareferencia.com.br
PLANEJAMENTO<br />
Trabalhando<br />
PELO FUTURO<br />
60 www.referenciaflorestal.com.br
Poder público e representantes da iniciativa<br />
privada se reúnem para discutir os planos<br />
para a indústria de base florestal no Paraná<br />
Fotos: REFERÊNCIA e divulgação<br />
Maio 2023<br />
61
PLANEJAMENTO<br />
O<br />
Bloco Temático da Madeira, da ALEP (Assembleia<br />
Legislativa do Paraná), realizou<br />
a primeira audiência pública sobre as<br />
oportunidades e desafios do setor florestal<br />
paranaense, com o intuito de aprofundar<br />
o debate junto ao setor produtivo e a sociedade. O evento<br />
foi convocado pelo deputado Artagão Júnior (PSD), presidente<br />
do Bloco, e teve como intuito traçar um panorama<br />
sobre o setor e sua importância na economia do Estado.<br />
As discussões poderão embasar políticas públicas voltadas<br />
ao setor florestal, visando ampliar a representatividade do<br />
Paraná na produção madeireira. O setor madeireiro surpreende<br />
muito pelos seus números, que muitas vezes não<br />
são do conhecimento da sociedade. “É um segmento relevante<br />
que nem sempre é compreendido. Por isso, o Bloco<br />
da Madeira foi criado e a partir desta primeira audiência<br />
passaremos a desenvolver o aprofundamento nos trabalhos<br />
e estamos abertos às discussões”, destacou Artagão.<br />
O deputado diferenciou a importância da floresta nativa<br />
para as florestas plantadas, segmento que corresponde<br />
ao cultivo de eucalipto, pinus, bracatinga e araucária, viveiros<br />
florestais, extração de madeira, produção de carvão,<br />
dentre outros produtos citados pelo deputado. “O setor<br />
de florestas plantadas fechou o ano com 553 mil postos de<br />
trabalho diretos e 1,59 milhão indiretos. Naturalmente, um<br />
segmento como este precisa de atenção do poder público<br />
para ajudar o Brasil a ir para a frente”, frisa Artagão.<br />
Artagão Junior citou os principais dados produtivos do<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
setor madeireiro do Paraná, que ocupa o terceiro lugar na<br />
economia paranaense, bem como os desafios e demandas,<br />
para os quais é necessário o desenvolvimento de políticas<br />
públicas. O Paraná conta com 1,18 milhões de ha (hectares)<br />
de florestas plantadas no Paraná; possui cerca de 5,6<br />
mil empresas ligadas diretamente ao setor madeireiro,<br />
que geram 100,4 mil empregos diretos. “Um setor como<br />
esse tem muitos desafios, como o potencial de desabastecimento<br />
de toras, por conta do aumento da demanda<br />
pós-pandemia; potencial limitado de expansão e plantios<br />
devido à indisponibilidade de áreas e parque industrial<br />
deficiente em determinados polos florestais, infraestrutura<br />
e malha viária com necessidade de melhorias, desburocratização<br />
dos trâmites administrativos, dentre outros aspectos”,<br />
valorizou Artagão.<br />
O pesquisdor Erich Schaitza, chefe geral da EMBRAPA<br />
Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária),<br />
abordou a importância da ciência e tecnologia de florestas<br />
para a construção de um futuro sustentável e citou as<br />
instituições do Estado voltadas à ciência florestal ou que<br />
tem em seu escopo a pesquisa florestal, sendo elas as faculdades<br />
(Universidade <strong>Florestal</strong> do Paraná, Universidade<br />
Tecnológica Federal do Paraná e a Unicentro); os institutos<br />
de pesquisa EMBRAPA Florestas e IAPAR (Instituto de Desenvolvimento<br />
Rural do Paraná); a fundação de amparo à<br />
pesquisa (Fundação Araucária) e as empresas florestais,<br />
que contam com equipes de pesquisadores florestais.<br />
O Paraná é destaque no cenário<br />
nacional por ter a maior área<br />
plantada de pinus do país<br />
(cerca de 37% do total de pinus<br />
plantado no Brasil), é líder nas<br />
exportações de compensado de<br />
pinus, painéis reconstituídos e<br />
molduras, com produtividade<br />
florestal acima da média nacional<br />
e com potencial de crescimento<br />
Zaid Nasser, presidente da APRE<br />
Maio 2023<br />
63
PLANEJAMENTO<br />
O chefe da EMBRAPA Florestas enfatizou a importância<br />
da aplicação da ciência para a resolução de problemas da<br />
sociedade por meio das políticas públicas. Segundo Erich,<br />
a ciência gera desenvolvimento quando aplicada a grupos<br />
sociais, sejam produtores rurais, empresas, inovadores<br />
ou governo e ela deve resolver problemas e abrir possibilidades.<br />
O poder legislativo precisa atuar tendo a base<br />
científica como pano de fundo para a correta mobilização<br />
de recursos que visam à resolução de problemas de grupos<br />
sociais do Estado. A EMBRAPA completa 50 anos e quer<br />
atuar junto com o Bloco Temático da Madeira, propondo<br />
áreas temáticas de maior necessidade de investimentos e<br />
dando pareceres técnicos necessários”, afirma Erich.<br />
O Presidente da APRE (Associação Paranaense de Empresas<br />
de Base <strong>Florestal</strong>), Zaid Nasser, também falou sobre<br />
a importância do desenvolvimento de florestas plantadas.<br />
“Cada hectare de floresta plantada corresponde a outro<br />
hectare de floresta nativa destinada a conservação, ou<br />
seja, reduz a pressão sobre florestas nativas. As florestas<br />
plantadas mantêm a fertilidade do solo e ciclagem de<br />
nutrientes, fixam e sequestram carbono, protegem e regularizam<br />
o regime hídrico, preservam os habitats e ecossistemas<br />
naturais, mantêm a biodiversidade e incentivam<br />
a bioeconomia”, enalteceu Zaid. O presidente da entidade<br />
também enfatizou o protagonismo paranaense no setor.<br />
“O Paraná é destaque no cenário nacional por ter a maior<br />
área plantada de pinus do país (cerca de 37% do total de<br />
pinus plantado no Brasil), é líder nas exportações de compensado<br />
de pinus, painéis reconstituídos e molduras, com<br />
produtividade florestal acima da média nacional e com<br />
potencial de crescimento”, completou Zaid.<br />
É um segmento relevante que nem<br />
sempre é compreendido, por isso,<br />
o Bloco da Madeira foi criado e a<br />
partir desta primeira audiência<br />
passaremos a desenvolver o<br />
aprofundamento nos trabalhos e<br />
estamos abertos às discussões<br />
Artagão Júnior, deputado estadual<br />
do Paraná (PSD)<br />
SISTEMA AMBIENTAL<br />
O secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável,<br />
Valdemar Bernardo Jorge, elogiou a iniciativa de<br />
montar o Bloco Parlamentar e trazer o setor para o debate.<br />
O secretário afirmou que o governo do Paraná é solidário<br />
com aqueles que produzem e geram riqueza e empregos.<br />
O Paraná busca criar um sistema ambiental que procure<br />
conciliar produção e preservação, uma economia que<br />
seja verde, que seja eficiente, que seja inclusiva, gerando<br />
empregos e que possa transformar o nosso Estado em um<br />
modelo de produção e de geração de riqueza, ao mesmo<br />
tempo que possa atender as necessidades da população.”<br />
Na mesma linha, o deputado Artagão Júnior encerrou<br />
a audiência reafirmando o compromisso de atuação pelo<br />
setor florestal. “O setor madeireiro no Paraná responde<br />
por cerca de 100 mil empregos diretos envolvendo 5,6 mil<br />
empresas e a Assembleia Legislativa tem esse dever de<br />
fazer a interlocução com o setor, encurtando as distâncias,<br />
e todos os atores aqui presentes mostraram extrema disposição<br />
para que a gente possa diminuir as divergências e<br />
potencializar as convergências”, concluiu Artagão.<br />
A audiência contou com a participação, na mesa, do<br />
64 www.referenciaflorestal.com.br
Cada hectare de floresta plantada<br />
corresponde a outro hectare de floresta<br />
nativa destinada a conservação, ou<br />
seja, reduz a pressão sobre florestas<br />
nativas<br />
Zaid Nasser, presidente da APRE<br />
chefe geral da EMBRAPA Florestas, Erich Gomes Schaitza;<br />
do secretário de Estado do Desenvolvimento Sustentável<br />
do Paraná, Valdemar Bernardo Jorge; do chefe do Departamento<br />
de Florestas Plantadas da Secretaria da Agricultura<br />
e do Abastecimento do Paraná, Breno Menezes de<br />
Campos; do Presidente da APRE, Zaid Nasser; do gerente<br />
de Políticas Públicas do IDR (Instituto de Desenvolvimento<br />
Rural do Paraná), Amauri Ferreira Pinto; do diretor de<br />
Licenciamento e Outorga do IAT (Instituto Água e Terra do<br />
Paraná), José Volnei Bisognin, bem como dos deputados<br />
Gugu Bueno (PSD), Anibelli Neto (MDB), Matheus Vermelho<br />
(PP) e Arilson Chiorato (PT). Também compareceram<br />
à audiência representantes de várias empresas do setor<br />
produtivo e também do Poder Público.<br />
Maio 2023<br />
65
PESQUISA<br />
Predição da produção total em povoamentos de<br />
PINUS TAEDA L.<br />
por diferentes categorias de modelos<br />
Fotos: divulgação<br />
66 www.referenciaflorestal.com.br
RICARDO CAVALHEIRO<br />
UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)<br />
SEBASTIÃO DO A. MACHADO<br />
UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)<br />
AFONSO FIGUEIREDO FILHO<br />
UNICENTRO (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE)<br />
ALLAN LIBANIO PELISSARI<br />
UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)<br />
GABRIEL ORSO<br />
UFPR (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ)<br />
Maio 2023<br />
67
PESQUISA<br />
RESUMO<br />
O<br />
intuito desse estudo foi modelar o<br />
crescimento e a produção de plantios<br />
de Pinus taeda L. com modelos globais,<br />
de distribuição diamétrica e de<br />
árvores individuais. Os dados utilizados<br />
foram provenientes das medições de 345 parcelas<br />
permanentes localizadas no Estado de Santa Catarina.<br />
Para avaliar a projeção da produção em volume pelos<br />
diferentes métodos estudados, 89 parcelas foram<br />
selecionadas para compor o conjunto de dados para<br />
validação. Aplicou-se o teste estatístico de Wilcoxon<br />
para avaliar igualdade estatística dos volumes estimados<br />
e observados. As estatísticas de viés e acurácia<br />
também foram utilizadas para avaliar as projeções dos<br />
volumes totais. Para obtenção dos parâmetros futuros<br />
da fdp de Weibull, foram utilizados os métodos dos<br />
percentis. Dentre todas as categorias testadas, o modelo<br />
global de Clutter (1963) é o mais preciso e acurado<br />
para a prognose da produção total com viés médio<br />
de -9,80 m3 ha-1 e acurácia média de 33,60 m3 ha-1.<br />
A modelagem de distribuição diamétrica também<br />
apresenta bons resultados. O sistema de árvores individuais<br />
não apresenta estimativas precisas e acuradas.<br />
O resultado do teste estatístico de Wilcoxon mostra<br />
que existe diferença estatística entre os valores observados<br />
e estimados entre todos os métodos.<br />
INTRODUÇÃO<br />
A disputa acirrada por aquisição de terras e a dependência<br />
de compra de madeira do mercado podem<br />
68 www.referenciaflorestal.com.br
comprometer a viabilidade do negócio quando existe<br />
por exemplo a demanda do abastecimento ou expansão<br />
de uma fábrica. Entender a capacidade de oferta<br />
própria de madeira é vital para que a empresa direcione<br />
suas estratégias de forma mais sólida.<br />
Para se obter produção e produtividade de um<br />
plantio florestal utilizam-se modelos estatísticos os<br />
quais podem ser divididos em modelos globais, de<br />
Quando há a necessidade da<br />
prognose da produção de<br />
toras, utilizam-se classes<br />
de modelos que ofereçam<br />
maiores níveis de detalhes<br />
do plantio florestal<br />
Disco de corte para Feller<br />
Usinagem<br />
• Disco de Corte para Feller<br />
conforme modelo ou amostra,<br />
fabricado em aço de alta<br />
qualidade;<br />
• Discos com encaixe para<br />
utilização de até 20<br />
ferramentas, conforme<br />
diâmetro externo do disco;<br />
Caldeiraria<br />
• Diâmetro externo e encaixe<br />
central de acordo com<br />
padrão do cabeçote;<br />
•Discos especiais;<br />
Detalhe de encaixe para<br />
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Maio 2023<br />
69
PESQUISA<br />
distribuição diamétrica e árvores individuais (Burkhart<br />
& Tomé, 2012).<br />
A primeira classe de modelos é a que tem seu<br />
uso mais difundido no Brasil já que nessa categoria<br />
a predição da produção total é obtida de forma mais<br />
simples quando comparada as outras categorias (Miranda,<br />
2016). Quando levamos em conta empresas<br />
que tem como missão fornecer somente um tipo de<br />
sortimento com um único manejo, modelos globais<br />
fornecem o detalhe requerido para que as diretrizes<br />
da empresa sejam definidas (Burkhart & Tomé, 2012).<br />
Estudos sobre modelos globais foram desenvolvidos<br />
por Romaniuk (2015), Nascimento et al. (2015), Mi-<br />
Os modelos de árvores<br />
individuais propiciam<br />
um maior detalhamento,<br />
pois a predição do<br />
crescimento é realizada<br />
para cada árvore<br />
70 www.referenciaflorestal.com.br
anda et al. (2015), Pereira et al. (2016) e tem seu uso<br />
difundido em empresas no país.<br />
Quando há a necessidade da prognose da produção<br />
de toras, utilizam-se classes de modelos que ofereçam<br />
maiores níveis de detalhes do plantio florestal.<br />
A modelagem de distribuição diamétrica permite essa<br />
flexibilidade, já que os volumes da predição são apresentados<br />
em classes diamétricas e por sortimentos.<br />
Estudos da aplicação dessa classe de modelos foram<br />
desenvolvidos por pesquisadores de universidades<br />
distribuídas por todo país (Scolforo, 1990; Eisfeld,<br />
2005; Santana, 2008; Ferraz Filho, 2009; Leite et al.,<br />
2013; Retslaff, 2014; Azevedo et al., 2016; Viana,<br />
2016), mas tem seu uso difundido em poucas empresas<br />
florestais.<br />
Os modelos de árvores individuais propiciam um<br />
maior detalhamento, pois a predição do crescimento<br />
é realizada para cada árvore. No entanto tem seu uso<br />
limitado em empresas devido a sua complexidade no<br />
ajuste das equações do sistema, e necessita de um<br />
número significativo de medições e remedições. Estudos<br />
relacionados a essa modelagem foram desenvolvidos<br />
por Castro et al. (2013a) e Castro et al. (2013b),<br />
e.g. Miranda (2016); Penido et al. (2020), Miranda<br />
et al. (2022), Téo (2022). O uso ainda limitado dessa<br />
categoria traz inúmeras oportunidades de pesquisa<br />
de modo a difundir seu uso mais amplo em empresas<br />
florestais.<br />
Considerando as oportunidades existentes no<br />
desenvolvimento de estudos no meio científico e a<br />
demanda de empresas para obtenção de volumes<br />
futuros confiáveis, torna-se essencial pesquisas que<br />
testem diferentes categorias de modelagem que sejam<br />
capazes de predizer a produção total precisa e<br />
acurada.<br />
Assim, o objetivo desse estudo foi comparar as<br />
projeções da produção total em plantios de Pinus<br />
taeda projetadas pela modelagem global, modelagem<br />
por distribuição diamétrica e com modelo de árvores<br />
individuais independentes da distância.<br />
Essa é uma versão parcial deste conteúdo, para acessar<br />
o estudo completo utilize o link: https://revistas.ufpr.<br />
br/biofix/article/view/89396/49051<br />
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Maio 2023<br />
71
AGENDA<br />
AGENDA2023<br />
LIGNA HANNOVER<br />
Data: 15 a 19<br />
Local: Hannover (Alemanha)<br />
https://www.ligna.de/en/<br />
Congresso de Plantações Florestais<br />
Data: 23 a 25<br />
Local: Piracicaba (SP)<br />
https://www.ipef.br/<br />
MAIO<br />
2023<br />
MAIO<br />
2023<br />
MAI<br />
2023<br />
VII REUNIÃO PARANAENSE DE<br />
CIÊNCIA DO SOLO<br />
A RPCS (Reunião Paranaense de Ciência do Solo) é um<br />
evento técnico científico promovido pelo NEPAR-SBCS<br />
(Núcleo Paranaense de Ciência do Solo vinculado à<br />
Sociedade Brasileira de Ciência do Solo) e organizado<br />
por entidades técnico científicas do Estado do Paraná.<br />
Nessa oitava edição conta com a organização da UTFPR<br />
(Universidade Tecnológica Federal do Paraná) em uma<br />
parceria entre os três Campus do Sudoeste (Dois Vizinhos,<br />
Francisco Beltrão e Pato Branco) associados com a<br />
UNISEP, IDR (PR) e IFPR, de Palmas (PR).<br />
Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />
VII Reunião Paranaense de Ciência do Solo<br />
Data: 16 a 19<br />
Local: Dois Vizinhos (PR)<br />
https://sbcs-nepar.org.br/<br />
MAIO<br />
2023<br />
AGO<br />
2023<br />
EXPOFOREST 2023<br />
Expoforest Integra conta com o apoio de importantes<br />
agentes, que assim como nós, acreditam no setor<br />
florestal brasileiro e estão nos ajudando a divulgar a<br />
maior edição de todas as Expoforest, que será realizada<br />
de 9 a 11 de agosto deste ano em Guatapará, região de<br />
Ribeirão Preto (SP). O setor de base florestal no Brasil é<br />
um dos mais fortes do mundo. Empresas, instituições,<br />
profissionais e tecnologias de excelência estão presentes<br />
e atuantes no cenário nacional. A maior feira florestal<br />
dinâmica do mundo uniu os mais importantes players do<br />
setor para deixar a Expoforest 2023 ainda melhor.<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br
Foto: divulgação<br />
ESPAÇO ABERTO<br />
Gestão de gastos em TI:<br />
ESPECIALISTA<br />
INDICA AÇÕES PARA<br />
OTIMIZAR PROJETOS<br />
Por Milton Felipe Helfenstein,<br />
formado em ciências econômicas pela<br />
UNIJUI (Universidade Regional do Noroeste<br />
do Estado do Rio Grande do Sul) e atua<br />
como CCO (Chief Commercial Officer) na<br />
Envolti Sistemas de Informação<br />
Inflação, folha de pagamento<br />
inchada e falta de visão<br />
estratégica podem<br />
influenciar no gerenciamento<br />
dos recursos. Executivo da<br />
Envolti orienta os gestores a<br />
lidar com a situação<br />
N<br />
os dias de hoje, muitas empresas encaram o desafio<br />
de fazer mais com menos. Isso inclui o setor de TI<br />
(tecnologia da informação), que muitas vezes enfrenta<br />
restrições na definição do orçamento.<br />
Para impulsionamento do crescimento e melhor<br />
gestão, a expectativa do gestor é aumentar gradativamente o orçamento<br />
de TI. Porém, esta não é a realidade de todos os CIOs. Por<br />
isso, o bom gerenciamento dos recursos é que vai trazer os melhores<br />
benefícios aos negócios. “Quando se trata de orçamento, a impressão<br />
do gestor é que este nunca parece ser o suficiente para todas as<br />
possibilidades de inovação. Na verdade, com um controle minucioso,<br />
é possível aplicar o dinheiro da forma mais adequada e extrair o melhor<br />
proveito para a organização, em pontos estratégicos e de maior<br />
impacto operacional”, alerta Milton Felipe Helfenstein, CCO da Envolti,<br />
empresa de tecnologia que desenvolve soluções sob medida.<br />
Apesar da estimativa de aumento nos investimentos com TI de<br />
5,1% em média, para 2023, de acordo com a empresa de pesquisa<br />
Gartner, a inflação global projetada de 6,5% é um dos desafios para<br />
que isto aconteça. Contratempos com retenção de mão de obra e<br />
problemas com fornecimento completam a lista de desafios para os<br />
gestores da área. Embora o orçamento possa ser apertado, com um<br />
pouco de planejamento e estratégias, as empresas podem manter<br />
suas operações de TI em andamento sem gastar mais do que precisam.<br />
Abaixo, o especialista cita algumas medidas:<br />
• Priorize seus gastos: é importante avaliar com cuidado quais<br />
são as necessidades mais urgentes em termos de tecnologia e concentrar<br />
os gastos da empresa nesses itens. O mais indicado é investir<br />
em ferramentas e serviços que irão melhorar significativamente a<br />
eficiência da empresa do que em soluções menos essenciais.<br />
• Terceirize o trabalho: o executivo orienta a buscar empresas<br />
com equipe especializada para evitar o inchaço da folha de pagamento,<br />
principalmente no caso de algum projeto grande. Isso pode ajudar<br />
a economizar dinheiro em salários e benefícios, enquanto conta<br />
com o trabalho de uma equipe altamente qualificada.<br />
• Invista em treinamento: um dos desafios recentes da TI é a<br />
questão de mão de obra. Quando sua equipe de TI está bem treinada,<br />
ela pode ser mais eficiente e eficaz no trabalho que realiza, dispensando<br />
a necessidade de novas contratações.<br />
• Saiba diferenciar custo de investimento: as áreas da empresa<br />
em que os líderes de TI gastam dinheiro, mas não têm nenhum<br />
crescimento, são claramente custos, enquanto os investimentos são<br />
onde eles gastam dinheiro agora para obter retornos múltiplos mais<br />
tarde.<br />
• Defina a visão tecnológica da empresa: é importante que o<br />
planejamento da TI seja claro e decidido, para que não haja custos<br />
extras com itens que o gestor não tem certeza se precisa.<br />
Ou seja, eliminar gastos que possam ser adiados e contar com<br />
uma boa estratégia e um planejamento com visibilidade para todo o<br />
ano, no mínimo, parece ser o caminho para enfrentar a situação de<br />
um orçamento apertado para lidar com a TI. “É importante que os<br />
gestores entendam que ignorar certos custos pode levar a situações<br />
problemáticas relacionadas a dificuldade nas entregas, equipes sobrecarregadas<br />
e insatisfeitas e baixa qualidade dos projetos”, conclui<br />
Milton.<br />
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