Jornal Cocamar Maio 2023
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HOMENAGEM<br />
Empresa Amiga da Cultura<br />
Tanto a <strong>Cocamar</strong> quanto a <strong>Cocamar</strong> Máquinas/Concessionária<br />
John Deere apoiam várias iniciativas culturais<br />
Em solenidade promovida<br />
pelo Instituto<br />
Cultural Ingá (ICI) na<br />
noite de 27/4 no Espaço<br />
Jeferson Nogaroli da Associação<br />
Comercial e Empresarial<br />
de Maringá (Acim), a <strong>Cocamar</strong><br />
Cooperativa Agroindustrial foi<br />
uma das organizações da cidade<br />
homenageadas como<br />
Empresa Amiga da Cultura.<br />
RECONHECIMENTO - O reconhecimento<br />
se deve ao fato de<br />
a cooperativa ser, de acordo<br />
com a instituição, uma “relevante<br />
incentivadora de projetos<br />
culturais na cidade de Maringá”.<br />
TODOS PELA CULTURA - Na<br />
oportunidade, o presidente do<br />
ICI, George Luiz Coelho, entregou<br />
o troféu Todos pela Cultura<br />
à representante da <strong>Cocamar</strong>, a<br />
gerente executiva de Governança,<br />
Fernanda Volpato. Tanto<br />
a <strong>Cocamar</strong> quanto a <strong>Cocamar</strong><br />
Máquinas/Concessionária John<br />
Deere apoiam várias iniciativas<br />
culturais.<br />
PROJETOS - Contam com o<br />
respaldo da <strong>Cocamar</strong> os projetos<br />
Paixão de Cristo, Pintando<br />
Estrelas (cinema e exposição<br />
ao ar livre), Uma história em<br />
muitas mãos, Se meu carro falasse,<br />
Epopeia em terras roxas<br />
(o centenário da Companhia<br />
Melhoramentos Norte do Paraná),<br />
Tem palhaço no trânsito<br />
e Caravana Circo Teatro Sem<br />
Lona.<br />
APOIO - Já a <strong>Cocamar</strong> Máquinas<br />
empresta seu apoio aos<br />
seguintes projetos: Circo Leite<br />
Quente, Pintando Estrelas,<br />
Uma história em muitas mãos,<br />
Epopeia em terras roxas, Caravana<br />
Circo Teatro Sem Lona e<br />
Nenhum beijinho à força.<br />
2 | J o r n a l C o c a m a r
PALAVRA DO PRESIDENTE<br />
Planejar-se<br />
para superar<br />
os desafios<br />
Avançar na busca contínua<br />
pelos melhores resultados<br />
é o caminho para se manter<br />
competitivo<br />
Divanir Higino, presidente da <strong>Cocamar</strong><br />
Oprodutor rural só tem um caminho, o da evolução.<br />
Ainda que os desafios sejam muitos em sua jornada,<br />
não resta outra alternativa: é necessário seguir em<br />
frente, aderir a novas tecnologias para aumentar a<br />
sua produtividade e continuar aprimorando a gestão para manter<br />
a competitividade.<br />
Quando os ventos são favoráveis, assegurando preços remuneradores<br />
como se viu nos últimos anos, todos se beneficiam,<br />
inclusive aqueles produtores menos tecnificados que, assim,<br />
conseguem uma sobrevida em seus negócios.<br />
Mas, quando advém um momento de cotações menos atraentes,<br />
aqueles que não utilizam as tecnologias recomendadas,<br />
não só estão limitando a produtividade como colocando em<br />
risco o seu futuro.<br />
Recursos como a agricultura de precisão, por exemplo, que vem<br />
sendo amplamente difundida pela <strong>Cocamar</strong>, demonstram ser<br />
possível fazer muito mais com o mesmo. Investir na correção<br />
do solo mediante análise, com a necessária reposição de nutrientes,<br />
é atitude básica, mas que nem todos observam.<br />
Com a safra cheia, aliás, uma parcela expressiva de nutrientes<br />
foi retirada do solo, e a busca pelos melhores resultados possíveis<br />
no próximo ciclo de verão passa por um planejamento<br />
bem feito, a ser elaborado sob orientação especializada dos<br />
agrônomos da <strong>Cocamar</strong>.<br />
De forma que, independentemente do momento do mercado, o<br />
produtor precisa estar preparado e fazer tudo o que estiver ao<br />
seu alcance.<br />
Com sua rede de unidades em mais de uma centena de municípios<br />
do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e agora também<br />
Mato Grosso e Goiás, a <strong>Cocamar</strong> está sempre próxima do cooperado<br />
para atendê-lo com excelência em todas as suas demandas.<br />
Conte sempre conosco!<br />
A <strong>Cocamar</strong> está sempre próxima do cooperado<br />
para atendê-lo com excelência em todas<br />
as suas demandas<br />
Jo r n a l C o ca m a r | 3
RALLY COCAMAR<br />
Produção maior que o esperado<br />
Médias obtidas pelos produtores da <strong>Cocamar</strong> na colheita<br />
da soja ficaram acima do previsto em todas as regiões<br />
As médias de produtividade<br />
de soja da<br />
Safra 2022/23, concluída<br />
nas últimas<br />
semanas, variaram bastante<br />
nas regiões atendidas pela <strong>Cocamar</strong><br />
Cooperativa Agroindustrial,<br />
nos estados do Paraná, São<br />
Paulo e Mato Grosso do Sul.<br />
CLIMA FAVORÁVEL - Em todas<br />
essas regiões as médias ficaram<br />
acima do que havia sido estimado<br />
pelo Departamento Técnico<br />
da cooperativa, o que<br />
demonstra o quanto o clima foi<br />
favorável desta vez. Uma situação<br />
muito diferente do que se<br />
observou na temporada anterior<br />
(2021/22), quando a severa estiagem<br />
provocou perdas significativas.<br />
PRODUTIVIDADE - Ao todo, as<br />
áreas atendidas pelas 115 unidades<br />
da <strong>Cocamar</strong> somam<br />
1,060 milhão de hectares e a<br />
média geral de produtividade fechou<br />
em 60,7 sacas de 60 quilos<br />
por hectare –, apresentando um<br />
Floresta e Maringá, municípios vizinhos, obtiveram as maiores médias entre todas as regiões de atuação<br />
aumento sobre a média de 53,7<br />
sacas/hectare de anos de safras<br />
normais.<br />
MARINGÁ - Conforme detalha o<br />
engenheiro agrônomo Rafael<br />
Furlanetto, gerente técnico da<br />
cooperativa, a região de Maringá<br />
– na transição entre o norte e o<br />
noroeste do estado - foi a que<br />
apresentou a média mais alta:<br />
4.177 quilos/hectare, para uma<br />
estimativa de 3.347 quilos/hectare.<br />
Floresta e Maringá, municípios<br />
vizinhos, obtiveram as<br />
maiores médias entre todas as<br />
regiões de atuação da <strong>Cocamar</strong><br />
com, respectivamente, 4.580 e<br />
4.505 quilos por hectare.<br />
FERRUGEM - “No geral, foi confirmada<br />
a melhor safra da história”,<br />
aponta Rafael, lembrando<br />
que se por um lado observou-se<br />
regularidade no volume de precipitações,<br />
de outro não houve<br />
um significativo ataque de pragas.<br />
A combinação de umidade<br />
e altas temperaturas, entretanto,<br />
levou a uma verdadeira<br />
explosão de ferrugem asiática –<br />
a mais importante doença fúngica<br />
da cultura - em todas as regiões,<br />
o que afetou a produtividade<br />
das lavouras, em especial<br />
as semeadas mais tardiamente,<br />
como as do norte do estado. O<br />
impacto da enfermidade acabou<br />
sendo bem menor na região de<br />
Maringá. A explicação do gerente<br />
técnico é que quando a<br />
ferrugem se instalou, as lavouras<br />
já estavam maduras e menos<br />
vulneráveis.<br />
4 | J o r n a l C o c a m a r
SEGUNDA - A segunda região<br />
que mais produziu soja foi a de<br />
Rolândia, Arapongas e imediações,<br />
no norte paranaense, incluindo<br />
Alvorada do Sul, Primeiro<br />
de <strong>Maio</strong> e adjacências,<br />
com a média de 3.783 quilos<br />
por hectare, ante 3.300 quilos<br />
da quantidade prevista. Já no<br />
entorno de Assaí, São Sebastião<br />
de Amoreira, Nova Fátima<br />
e outros municípios mais ao<br />
norte, a média foi menor: 3.415<br />
quilos por hectare, mesmo<br />
assim superior aos 3.362 estimados.<br />
Nesses lugares, a ferrugem<br />
acabou limitando a<br />
produtividade, pois os produtores,<br />
devido às chuvas, não conseguiam<br />
efetuar o controle<br />
preventivo.<br />
ARENITO - Os solos arenosos<br />
do noroeste (compreendendo<br />
Cianorte e imediações e a região<br />
de Umuarama) proporcionaram<br />
a terceira melhor média da <strong>Cocamar</strong>:<br />
3.559 quilos por hectare,<br />
bem acima dos 3.163 projetados,<br />
embora lavouras dos municípios<br />
de Iporã e Altônia<br />
tivessem perdido produtividade<br />
com a ocorrência de uma estiagem.<br />
A média geral de produtividade fechou<br />
em 60,7 sacas de 60 quilos por hectare<br />
O gerente da unidade de Doutor Camargo,<br />
Valdecir Frare, em lavoura altamente produtiva<br />
OUTRAS REGIÕES - No oeste<br />
paulista, onde a cooperativa<br />
possui estruturas de recebimento,<br />
as colheitas apresentaram<br />
uma média de 3.528 quilos<br />
por hectare, acima do previsto,<br />
que era de 3.100. Finalmente, os<br />
números da região sul do Mato<br />
Grosso do Sul revelam que a<br />
safra deste ano não foi das melhores,<br />
registrando a média de<br />
3.282 quilos por hectare –<br />
mesmo assim além dos 3.232<br />
quilos/hectare previstos pelo<br />
Departamento Técnico.<br />
CORREÇÃO - De qualquer<br />
forma, como foi uma safra cheia<br />
em todas as regiões, em que as<br />
lavouras extraíram mais nutrientes<br />
do solo, a recomendação<br />
do gerente técnico é que os<br />
produtores invistam na necessária<br />
correção e reposição dos<br />
nutrientes, mediante análise de<br />
solo.<br />
Jo r n a l C o ca m a r | 5
RALLY COCAMAR<br />
Espanhóis foram decisivos para a<br />
fundação da <strong>Cocamar</strong><br />
Além do descendente Joaquim Romero Fontes, três espanhóis da gema participaram<br />
do grupo que constituiu a cooperativa e garantiu que a ideia saísse do papel:<br />
Antônio Martos Perez, Juan Saldaña Garcia e Diogo Martin Esteves<br />
Num tempo em que,<br />
desorganizada, a<br />
cafeicultura enfrentava<br />
grave crise<br />
com excesso de oferta e os produtores<br />
acumulavam prejuízos,<br />
nem todos os produtores continuavam<br />
acreditando na atividade.<br />
Assim, quando no começo<br />
de 1963 se falou em fundar<br />
uma cooperativa de cafeicultores<br />
em Maringá, foi preciso vencer<br />
o desânimo e arrebanhar<br />
vários deles para tentar garantir<br />
um número mínimo de participantes<br />
na assembleia de constituição<br />
da entidade.<br />
LIDERANÇA - Essa movimentação<br />
coube, em grande medida, a<br />
produtores de origem ou descendência<br />
espanhola, sob a liderança<br />
de Joaquim Romero<br />
Fontes. Filho de espanhóis e<br />
nascido no interior paulista, Fontes<br />
estava entre os poucos que<br />
haviam feito fortuna com café.<br />
INICIATIVA - Mesmo iletrado,<br />
era um homem de visão e, ao<br />
escutar que o Banco do Brasil<br />
articulava a fundação de uma<br />
cooperativa na cidade, apressou-se<br />
em propagar a ideia<br />
entre outros produtores para<br />
que a mesma não morresse na<br />
casca.<br />
ESPALHOU - Foi assim que a<br />
notícia chegou aos ouvidos de<br />
um tio seu, o espanhol Antônio<br />
Martos Perez, o qual, por sua<br />
vez, a transmitiu a um conterrâneo,<br />
Diogo Martin Esteves.<br />
Sabas, com<br />
a carteira<br />
profissional<br />
do pai<br />
Pensão, garapa e café<br />
Diogo Martin Esteves<br />
Natural de Villar del Ciervo, um<br />
povoado da Salamanca situado<br />
na fronteira com Portugal, onde<br />
nasceu em 1902, Diogo (cujo<br />
nome de batismo, na verdade,<br />
era Diego) estava fixado no interior<br />
de São Paulo, para onde seus<br />
familiares haviam imigrado em<br />
1912. E foi em Neves Paulista, a<br />
33 quilômetros de São José do<br />
Rio Preto, que ele se casou com<br />
a espanhola Gabriela, no Brasil<br />
desde os seus oito anos. Tiveram<br />
nove filhos, sendo o mais novo<br />
deles, Sabas Martin Fernandes,<br />
atualmente empresário do ramo<br />
imobiliário em Maringá.<br />
PENSÃO - Com boa memória, o<br />
advogado, economista e contador<br />
Sabas, de 78 anos, conta que<br />
tinha quatro anos em 1948<br />
quando sua família decidiu tentar<br />
a sorte em Maringá, cidade fundada<br />
um ano antes e que era divulgada<br />
aos quatro ventos como<br />
um novo eldorado. “Meu pai<br />
não tinha a ambição de possuir<br />
terra, como muitos que aqui chegavam,<br />
ele pensava só em trabalhar<br />
nas lavouras de café”, observa.<br />
Como ainda estava havendo<br />
a derrubada e eram<br />
J o rn a l C o ca m a r | 7
poucos os cafezais pela redondeza,<br />
Diogo acabou comprando<br />
uma pensão, Primavera, de trinta<br />
e poucos quartos, em uma das<br />
esquinas onde hoje é o cruzamento<br />
das ruas Piratininga e Joubert<br />
de Carvalho.<br />
DESCAMPADO - Segundo Sabas,<br />
àquela época o comércio e a<br />
própria vida do lugar ainda se<br />
concentravam no Maringá Velho<br />
– o bairro pioneiro da cidade –<br />
enquanto no Maringá Novo, cujo<br />
planejamento urbano estava<br />
desenhado, as casas podiam ser<br />
contadas em meio a um descampado.<br />
SÍTIO - Como a pensão ficava<br />
muito afastada e o movimento não<br />
era tão grande, Diogo e Gabriela<br />
ganharam dinheiro no Maringá<br />
Velho servindo freguesia com um<br />
carrinho de garapa puxado por um<br />
cavalo. Para chegar lá, era preciso<br />
vencer o subidão margeado pela<br />
mata fechada em ambos os lados<br />
(trecho que hoje compreende a ligação<br />
entre as praças do Posto<br />
Maluf e o Peladão). Com o tempo,<br />
sempre incentivado pelos amigos<br />
Joaquim Fontes e Martos Perez,<br />
Diogo comprou o primeiro sítio de<br />
café em Terra Boa e não tardou a<br />
adquirir o segundo em Santo Antônio<br />
do Caiuá.<br />
Antônio Martos Peres e Joaquim Romero Fuentes<br />
Saiu do papel<br />
Assim, quando em 1963 ele foi<br />
praticamente convocado pelos<br />
amigos a participar da fundação<br />
da cooperativa, da qual se tornaria<br />
o cooperado de número 22,<br />
Diogo encontrou na reunião<br />
outro espanhol de sua convivência,<br />
Juan Saldaña Garcia. Com 46<br />
fundadores, vários deles de outras<br />
nacionalidades, mas sob a<br />
firmeza e a animação dos espanhóis,<br />
a <strong>Cocamar</strong> seguiu em<br />
frente, sempre apoiada principalmente<br />
por Fontes, que fez generosa<br />
subscrição de capital e<br />
emprestou sua máquina de café<br />
para que a cooperativa tivesse a<br />
sua primeira sede, na rua Caramuru.<br />
FUNDADORES - Sabas diz ter<br />
conhecido muitos daquele grupo<br />
fundador, todos proprietários<br />
de sítios de café, a começar por<br />
Odwaldo Bueno Netto, dono de<br />
cinema e de companhia de taxi<br />
aéreo; Edmundo Pereira Canto,<br />
advogado de grande conceito na<br />
cidade; Domingos Salgueiro, o<br />
médico Ivaldo Borges Horta e o<br />
empreendedor Hélio Moreira,<br />
construtor de edifícios.<br />
Primeira máquina de café<br />
CURIOSIDADE - Uma curiosidade,<br />
segundo ele, é que o bairro<br />
rural conhecido como Santo<br />
Maneta, em Maringá, tem seu<br />
nome originado da família do<br />
cooperado Antônio Manetti; Ermelindo<br />
Bolfer está ligado à história<br />
da cidade, assim como o<br />
folclórico Waldemar Gomes da<br />
Cunha, o Waldemar Barbudo.<br />
Josué Moraes foi gerente do<br />
Banco Itaú; Orélio Moreschi é de<br />
família numerosa e tradicional,<br />
assim como Anatalino Boeira e<br />
Mário Pedretti Tilio.<br />
QUEM ERAM - Ricarte Oliveiro<br />
de Freitas foi professor de economia<br />
no Ginásio Estadual Dr.<br />
Gastão Vidigal; Aloysio Gomes<br />
Carneiro integrou a primeira diretoria<br />
da cooperativa e era piloto<br />
de avião; Ney Infante Vieira<br />
fez seu nome como cafeicultor,<br />
ao passo que Divino Bortolotto<br />
está eternizado como inventor<br />
– é o autor dos semáforos de<br />
ciclo visual que se disseminaram<br />
pelo Brasil. “Os demais eu<br />
conhecia só de ouvir falar”, completa<br />
Sabas.<br />
Juan Saldaña Garcia<br />
A História da <strong>Cocamar</strong> continua nas próximas edições<br />
Jo r n a l C o ca m a r | 9
EXPANSÃO<br />
<strong>Cocamar</strong> chega ao<br />
Mato Grosso e Goiás<br />
Avanço para a região Centro-Oeste do país faz parte do planejamento<br />
estratégico e atende reivindicações de produtores e autoridades<br />
A<strong>Cocamar</strong>, como parte<br />
de seu planejamento<br />
estratégico que prevê<br />
expansão para novas<br />
regiões, inaugurou no final de<br />
abril duas unidades de atendimento<br />
no Centro-Oeste do país:<br />
em Água Boa, no Mato Grosso, e<br />
Chapadão do Céu, em Goiás. As<br />
novas estruturas também atendem<br />
a uma reivindicação de produtores<br />
paranaenses que conhecem<br />
ou já trabalharam com a cooperativa,<br />
e de lideranças locais.<br />
O objetivo é que, ao contar com o<br />
apoio da <strong>Cocamar</strong>, os produtores<br />
desses dois municípios se sintam<br />
mais seguros em seus negócios.<br />
Cerca de 600 produtores e autoridades participaram da inauguração da unidade em Água Boa<br />
ÁGUA BOA - A unidade de atendimento<br />
em Água Boa, no Mato<br />
Grosso, a primeira daquele estado,<br />
foi inaugurada dia 26/4.<br />
Numa primeira etapa a <strong>Cocamar</strong><br />
vai operar no município com uma<br />
loja dotada de uma completa linha<br />
de insumos agrícolas e produtos<br />
pecuários como rações, medicamentos,<br />
vacinas, ferramentaria e<br />
outros - dentre os quais pneus e<br />
equipamentos diversos - dos fornecedores<br />
mais conceituados do<br />
mercado e itens com marca própria,<br />
incluindo uma equipe de profissionais<br />
técnicos para prestar<br />
assistência aos produtores. Mas o<br />
objetivo é contar, também, com<br />
instalações operacionais para o<br />
recebimento de grãos, cuja construção<br />
inicia em breve.<br />
PRESENTES - No evento, dirigentes<br />
e colaboradores recepcionaram<br />
o prefeito Mariano Kolankiewicz,<br />
o vice-governador Otaviano<br />
Piveta, demais autoridades<br />
e cerca de 600 produtores e seus<br />
familiares. A cooperativa foi representada<br />
no evento pelo presidente<br />
do Conselho de Administração<br />
Luiz Lourenço, o vicepresidente<br />
executivo José Cícero<br />
Aderaldo, os superintendentes<br />
Leandro Cezar Teixeira (Relação<br />
com o Cooperado) e Osmar Liberato<br />
(Operações), o gerente regional<br />
João Carlos Ruiz, e o<br />
gerente da unidade José Claudemir<br />
Menegon.<br />
J o r na l C o ca m a r | 1 1
EXPANSÃO<br />
POTENCIAL - Depois da<br />
saudação do prefeito Mariano<br />
Kolankiewicz, que deu as boasvindas<br />
à <strong>Cocamar</strong> e agradeceu<br />
sua diretoria por acreditar e investir<br />
no potencial do município,<br />
o presidente Luiz Lourenço destacou<br />
a receptividade encontrada<br />
pela cooperativa em Água Boa,<br />
enquanto o vice-governador<br />
Otaviano Piveta afirmou que um<br />
grande número de pequenos e<br />
médios produtores passa a contar,<br />
a partir de agora, com apoio<br />
técnico e melhores condições<br />
para se desenvolver.<br />
RECEBIMENTO - À tarde, dirigentes<br />
e autoridades se reuniram<br />
para outra solenidade, o<br />
lançamento da pedra fundamental<br />
da construção das futuras<br />
instalações da estrutura operacional<br />
da <strong>Cocamar</strong> em Água<br />
Boa, voltada ao recebimento de<br />
grãos.<br />
OPORTUNIDADE - A chegada da<br />
<strong>Cocamar</strong> ao município atende a<br />
um pleito feito no ano passado<br />
pelo vice-governador Otaviano<br />
Piveta e o prefeito Mariano Kolankiewicz,<br />
entre outras autoridades,<br />
à diretoria da cooperativa<br />
em Maringá. Segundo eles, como<br />
uma característica de Água Boa<br />
é o grande número de médios e<br />
pequenos proprietários rurais -<br />
parte deles oriunda do Paraná -,<br />
seu desenvolvimento técnico e<br />
logístico precisa contar com o<br />
apoio de uma cooperativa forte e<br />
bem estruturada. Ao mesmo<br />
tempo, a chegada da <strong>Cocamar</strong> na<br />
região representa também uma<br />
oportunidade para a expansão da<br />
organização, que inicia sua operação<br />
numa região de grande potencial.<br />
CHAPADÃO DO CÉU - Centenas<br />
de produtores e diversas autoridades<br />
também participaram na<br />
noite de 27/4 em Chapadão do<br />
Céu, no estado de Goiás, da<br />
inauguração da primeira unidade<br />
da cooperativa em território<br />
goiano.<br />
LOJA - Agricultores e pecuaristas<br />
locais e da região passaram a<br />
contar na cidade com uma loja<br />
para a comercialização de uma<br />
completa linha de insumos das<br />
marcas mais reconhecidas do<br />
mercado e também de produção<br />
própria, além de ter, à disposição,<br />
profissionais técnicos para<br />
orientá-los na lavoura.<br />
SERIEDADE - Em seu pronunciamento<br />
na solenidade, o presidente<br />
do Conselho de Administração<br />
da <strong>Cocamar</strong>, Luiz<br />
Lourenço, destacou a seriedade<br />
do trabalho realizado pela cooperativa<br />
que em março completou<br />
60 anos e nos dois últimos<br />
Luiz Lourenço destacou a qualidade do cooperativismo praticado no Paraná<br />
Chapadão do Céu está localizado em uma das regiões de maior desenvolvimento de Goiás<br />
exercícios (2021 e 2022) foi<br />
eleita a melhor do segmento<br />
agropecuário do Brasil. Lourenço<br />
destacou ainda a qualidade do<br />
cooperativismo praticado no<br />
Paraná, que é referência para o<br />
país, e está sendo levado agora<br />
para outras regiões por meio do<br />
programa de expansão da <strong>Cocamar</strong>.<br />
PARCERIA - Por sua vez, o prefeito<br />
Eduardo Peixoto agradeceu<br />
a cooperativa pelo investimento<br />
realizado em seu município, ressaltando<br />
ter certeza de que está<br />
sendo iniciada uma parceria duradoura<br />
que renderá muitos frutos.<br />
A 480 quilômetros de Goiânia,<br />
Chapadão do Céu está localizado<br />
em uma das regiões de<br />
maior desenvolvimento de<br />
Goiás.<br />
REPRESENTAÇÃO - Além de<br />
Luiz Lourenço, a <strong>Cocamar</strong> foi representada<br />
no evento pelo vicepresidente<br />
executivo José Cícero<br />
Aderaldo, os superintendentes<br />
Osmar Liberato (Operações) e<br />
Leandro Cezar Teixeira (Relação<br />
com o Cooperado) e o gerente<br />
regional João Carlos Ruiz. A unidade<br />
da cooperativa em Goiás<br />
tem como gerente Welington<br />
Frassati.<br />
J o r na l C o ca m a r | 1 3
PECUÁRIA<br />
Carne Precoce<br />
incentiva pecuarista<br />
Reginaldo Ferlini, de Santa Fé, fazia um bom trabalho, mas não era remunerado.<br />
Com o programa da <strong>Cocamar</strong>, já planeja ampliar e melhorar sua criação<br />
Empresário do ramo de<br />
comercialização de<br />
material de construção,<br />
Reginaldo Marcos Ferlini,<br />
de Santa Fé, há aproximadamente<br />
25 anos retornou a suas<br />
origens ao comprar uma chácara<br />
de 5 alqueires. O pai trabalhava<br />
como porcenteiro de café antes<br />
de a família se mudar para a cidade.<br />
A agricultura para Reginaldo,<br />
entretanto, não era a atividade<br />
principal, mas um momento para<br />
relaxar a cabeça. Na área tinha<br />
cinco mil pés de café, o barracão<br />
de frango e criava uns boizinhos.<br />
MUDANÇA - Após a morte de<br />
seu pai, Reginaldo decidiu vender<br />
a empresa onde trabalhava de<br />
sócio com seu pai e focar seus<br />
negócios mais na agricultura.<br />
Atualmente tem dois barracões<br />
de frango com 13 mil aves por<br />
criada em cada barracão, tirou o<br />
café e implementou a recria e engorda<br />
do gado plantando grama<br />
Reginaldo se especializou na compra dos animais selecionando novilhos de cruzamento industrial<br />
estrela e montando os piquetes<br />
para rotacionar os animais em<br />
pastagem adubada, aproveitando<br />
também os dejetos do aviário na<br />
Rebanho no dia 5 de janeiro de <strong>2023</strong> quando iniciou o trabalho<br />
adubação. Também adquiriu<br />
plantadeira, colheitadeira e demais<br />
implementos e passou a<br />
arrendar terras, 9 alqueires, para<br />
o plantio de soja e milho, além de<br />
prestar serviço de plantio e colheita<br />
para outros produtores.<br />
QUALIDADE - Visando produzir<br />
carne de qualidade, Reginaldo se<br />
especializou na compra dos animais<br />
selecionando novilhos, especialmente<br />
os de cruzamento<br />
industrial, para recria e engorda,<br />
trabalhando com semiconfinamento<br />
e confinamento, experimentando<br />
vários sistemas conforme<br />
a tendência do mercado.<br />
Toda sua preocupação em produzir<br />
novilho precoce e carne de<br />
qualidade, entretanto, esbarrava<br />
em uma grande dificuldade: a remuneração<br />
de seu trabalho porque<br />
a venda de seu produto no<br />
mercado comum não agregava<br />
valor.<br />
1 4 | J o rn a l C o ca m a r
PARCERIA - “Eu produzia algo diferenciado,<br />
mas, que o mercado<br />
não valorizava, não valia a pena<br />
investir. Produzia animal precoce,<br />
mas, vendia pelo mesmo preço<br />
do outro pecuarista que deixava o<br />
boi três a quatro anos no pasto. Já<br />
tinha decidido que este seria o último<br />
lote que eu tiraria da área.<br />
Dei sorte de encontrar o pessoal<br />
da <strong>Cocamar</strong> e fazer a parceria<br />
para produção de novilho precoce”,<br />
comenta o pecuarista.<br />
AJUSTES - Em janeiro deste ano,<br />
em visita a propriedade de Reginaldo,<br />
a veterinária da <strong>Cocamar</strong>,<br />
Nicole Martins, apresentou o<br />
programa Carne Precoce e o<br />
convidou a participar. “O Reginaldo<br />
já fazia um bom trabalho e<br />
produzia animais de qualidade.<br />
Só foi preciso fazer alguns ajustes<br />
para intensificar o sistema de<br />
engorda, ajudar os animais a<br />
ganhar uma cobertura de carcaça<br />
melhor e evitar a desclassificação”,<br />
afirma a veterinária, que<br />
selecionou 19 novilhas das<br />
quase quarenta que o pecuarista<br />
possuía, para participar do programa<br />
Carne Precoce, e fez o<br />
acompanhamento da terminação<br />
da engorda dos animais. “O<br />
rendimento de carcaça foi de<br />
16.28 arrobas e o peso médio<br />
das carcaças, 244 quilos”, cita.<br />
RESULTADO - “É uma parceria<br />
que dá resultado quando você<br />
tem um produto bom e tem<br />
quem valoriza o seu trabalho.<br />
Considerando a bonificação<br />
e o melhor aproveitamento de<br />
carcaça, a remuneração foi bem<br />
superior em relação ao que<br />
ganharia se vendesse no mercado<br />
comum”, diz Reginaldo, já<br />
planejando trabalhar com um<br />
número maior de animais, fazendo<br />
a recria em semiconfinamento<br />
e a engorda em confinamento.<br />
Nicole Martins com os animais dia 10 de abril, pouco antes do abate<br />
PLANOS - “Já compramos os<br />
animais e vamos trabalhar<br />
dentro das recomendações<br />
técnicas da equipe da <strong>Cocamar</strong><br />
desde o início. Tenho 45 animais<br />
em três alqueires, divididos<br />
em seis piquetes, e quero<br />
aumentar gradativamente para<br />
60 e 100 animais na área, tirando<br />
novilho precoce, ganhando<br />
300 quilos por animal<br />
em 300 dias”, afirma.<br />
RECOMENDAÇÕES - O pecuarista<br />
também vai testar outras<br />
recomendações técnicas como<br />
suplementar os animais a pasto<br />
com aveia e proteinados e no<br />
cocho com volumoso e concentrado,<br />
buscando diminuir o tempo<br />
de recria e engorda e a área<br />
de trato, intensificando o sistema.<br />
“Eu fazia animais precoces,<br />
mas não com essa qualidade<br />
de cobertura de gordura<br />
e os animais abatidos não chegavam<br />
a esse peso que conseguimos<br />
agora. Assim dá gosto<br />
produzir com qualidade e receber<br />
por isso”, finaliza.<br />
O rendimento de carcaça foi de16.28 arrobas e o peso médio das carcaças, 244 quilos<br />
J o r n a l C o c a m a r | 1 5
EXPOINGÁ<br />
<strong>Cocamar</strong> participa da<br />
Prova de Ganho de Peso<br />
Objetivo é demonstrar a alta qualidade<br />
de suas rações e suplementos minerais,<br />
e fortalecer ainda mais a sua marca<br />
na pecuária de corte<br />
A<strong>Cocamar</strong> Cooperativa<br />
Agroindustrial é<br />
uma das patrocinadoras<br />
da tradicional<br />
Prova de Ganho de Peso promovida<br />
pela Sociedade Rural de<br />
Maringá (SRM) e que faz parte<br />
da programação da Expoingá (4<br />
a 14/5) no Parque Internacional<br />
de Exposições de Maringá. O<br />
objetivo da prova é avaliar a<br />
evolução do ganho de peso de<br />
lotes de animais das raças Nelore<br />
e Angus, pertencente a associados<br />
da SRM e mantidos<br />
em regime de confinamento<br />
nas próprias instalações do Parque.<br />
1 6 | Jo r n a l C o c a m a r
INÍCIO - Após quinze dias de um<br />
período de adaptação do rebanho,<br />
a pesagem teve início no<br />
dia 8 de março com cerca de 30<br />
exemplares Nelore e, a partir de<br />
abril, outros 40 da raça Angus<br />
começaram a ser pesados, completando<br />
60 dias de confinamento<br />
no caso do primeiro<br />
grupo e 30 para o segundo.<br />
GANHO DE PESO - Conforme<br />
explica o zootecnista Luis Pangoni,<br />
da cooperativa, os animais<br />
entraram com 450 quilos, em<br />
média, e foram leiloados durante<br />
a Expoingá, sendo alimentados<br />
exclusivamente com rações e<br />
suplementos minerais produzidos<br />
pela <strong>Cocamar</strong>, com pesagens<br />
a cada quinze dias. Cada<br />
animal adquiriu cerca de 100<br />
quilos, o que dá uma média de<br />
2,2 quilos/dia. E, para o leilão foi<br />
feita avaliação de carcaça e caracterização<br />
racial.<br />
ALTA QUALIDADE - “São animais<br />
com genética de elite”, explica<br />
Luis, salientando que, com<br />
sua participação, a <strong>Cocamar</strong> pretende<br />
demonstrar a alta qualidade<br />
de suas rações e suplementos<br />
minerais, e fortalecer<br />
ainda mais a sua marca na pecuária<br />
de corte.<br />
O estande da <strong>Cocamar</strong> na 49ª Expoingá, de 4 a 14 de maio no Parque Internacional de<br />
Exposições de Maringá, fez alusão aos 60 anos da cooperativa, completados em março,<br />
e que foi tema também de sua participação em outras importantes exposições<br />
agropecuárias, como a ExpoLondrina.<br />
NOVILHO PRECOCE - Além daqueles<br />
dois produtos, a cooperativa<br />
está inserida no setor como<br />
fornecedora de um amplo leque<br />
de insumos, entre equipamentos,<br />
medicamentos, vacinas, ferramentaria<br />
e demais itens, das<br />
marcas mais conceituadas do<br />
mercado. E, desde 2021, implementa<br />
um programa de produção<br />
de novilho precoce que<br />
prevê, para os próximos meses,<br />
operar com uma unidade frigorífica<br />
em Nova Londrina, no extremo<br />
noroeste do Paraná.<br />
BONIFICAÇÃO - Segundo Luís, o<br />
programa concede uma bonificação<br />
por animais precoces (até<br />
dois anos) - com bom acabamento<br />
de gordura e padrão racial<br />
– que pode chegar a até 7% da<br />
cotação do mercado.<br />
ExpoParanavaí e<br />
ExpoUmuarama<br />
abrem o calendário<br />
As duas primeiras exposições<br />
agropecuárias do ano, no Paraná,<br />
movimentam a economia,<br />
atraem milhares de<br />
visitantes, evidenciam ainda<br />
mais a grandeza do setor agropecuário<br />
e contam, tradicionalmente,<br />
com a participação da<br />
<strong>Cocamar</strong>.<br />
Na primeira, a ExpoParanavaí,<br />
promovida de 3 a 12 de abriu, a<br />
cooperativa foi representada<br />
pela <strong>Cocamar</strong> Máquinas/Concessionária<br />
John Deere. Na segunda,<br />
a ExpoUmuarama, de 9<br />
a 19/4, a cooperativa esteve<br />
presente com um estande comemorativo<br />
aos seus 60 anos.<br />
Jo r n a l C o c a m a r | 1 7
FEIRAS<br />
Participação na ExpoLondrina<br />
supera expectativas<br />
Espaço recebeu o público em geral e um grande número de cooperados e pecuaristas,<br />
que contaram com oportunidades para a aquisição de produtos em condições especiais<br />
Aparticipação da <strong>Cocamar</strong><br />
na ExpoLondrina<br />
<strong>2023</strong> foi além das expectativas<br />
quanto ao<br />
número de visitantes em seu estande<br />
e atividades realizadas<br />
com produtores, segundo informa<br />
o gerente da unidade local da<br />
cooperativa, Ricardo Mendes.<br />
REUNIÕES - Ao longo da realização<br />
da feira, de 6 a 16 de abril, o<br />
espaço recebeu o público em geral<br />
e também um grande número<br />
de cooperados e pecuaristas, que<br />
contaram com oportunidades<br />
para a aquisição de produtos em<br />
condições especiais de negociação,<br />
e também alguns eventos.<br />
Foram promovidas várias reuniões<br />
de negócios com produtores<br />
de Londrina e municípios das<br />
imediações, conduzidas pelo gerente<br />
regional Luiz Augusto Pedrone<br />
NOVILHO PRECOCE - Já os pecuaristas<br />
foram convidados para<br />
uma apresentação do programa<br />
de produção de carne precoce da<br />
<strong>Cocamar</strong>. Eles tiveram, ainda, palestras<br />
sobre controle de parasitas<br />
e conheceram os resultados<br />
de ganho de peso com a utilização<br />
de promotor de crescimento.<br />
BAIXO CARBONO - Por sua vez,<br />
os produtores de grãos, entre<br />
outras realizações, acompanharam<br />
evento organizado pela Embrapa<br />
Soja, com o apoio da<br />
cooperativa, a respeito do lançamento<br />
do programa Soja Baixo<br />
Carbono.<br />
PALESTRAS - Uma rodada de<br />
palestras, em quatro etapas, reunindo<br />
mais de 100 cooperados e<br />
25 agrônomos de unidades da<br />
região, abordou Agricultura de<br />
Precisão, com a coordenação do<br />
engenheiro agrônomo Vitor Palaro<br />
e a organização do gerente<br />
de unidade Fernando Stephano.<br />
Foram tratados temas como a<br />
aplicação em taxa variável, mapeamento<br />
de fertilidade do solo<br />
e também a nova plataforma<br />
Xarvio de aplicação localizada de<br />
herbicida. Completando, o engenheiro<br />
agrônomo Osmar Burato<br />
apresentou os resultados do<br />
Grupo Mais de produtores que<br />
recebem assistência técnica personalizada.<br />
O estande foi ornamentado em comemoração aos 60 anos<br />
PRESENÇAS - “Tivemos a presença,<br />
também, de participantes<br />
de Núcleos Femininos das Unidades<br />
da <strong>Cocamar</strong> da região”,<br />
citou o gerente Ricardo Mendes,<br />
destacando que o superintendente<br />
Leandro Cezar Teixeira participou<br />
da solenidade de abertura,<br />
no dia 6, enquanto o presidente<br />
executivo Divanir Higino esteve<br />
na Expolondrina no dia 13, oportunidade<br />
em que visitou os estandes<br />
da <strong>Cocamar</strong> e do Hospital<br />
do Câncer de Londrina (a propósito,<br />
nesse último, para a entrega<br />
de um cheque no valor de R$<br />
311 mil referente à participação<br />
da cooperativa na Campanha<br />
Solidária Saca do Bem). Higino se<br />
reuniu, ainda, com o presidente<br />
da Sociedade Rural do Paraná,<br />
Marcelo Janene El Kadre.<br />
60 ANOS - O estande da <strong>Cocamar</strong><br />
foi ornamentado em comemoração<br />
à passagem dos 60<br />
anos de fundação da cooperativa<br />
e ficou ao lado do espaço da <strong>Cocamar</strong><br />
Máquinas/Concessionária<br />
John Deere.<br />
Jo r n a l C o c a m a r | 1 9
SACA DO BEM<br />
R$ 305,6 mil entregues ao HC de Londrina<br />
<strong>Cocamar</strong> e <strong>Cocamar</strong> Máquinas entregam<br />
cheque resultado da participação na<br />
Campanha Solidária promovida<br />
durante a colheita de soja<br />
No dia 13/4, durante a<br />
ExpoLondrina, a <strong>Cocamar</strong><br />
Cooperativa<br />
Agroindustrial e a<br />
<strong>Cocamar</strong> Máquinas/Concessionária<br />
John Deere formalizaram a<br />
entrega de um cheque no valor<br />
de R$ 305.611,00 à direção do<br />
Hospital do Câncer de Londrina,<br />
como resultado da participação<br />
de ambas na Campanha Solidária<br />
Saca do Bem, promovida durante<br />
a colheita de soja da safra 2022/<br />
23, concluída no início de abril.<br />
SOLENIDADE - A solenidade<br />
aconteceu no estande do Hospital<br />
do Câncer, sendo a <strong>Cocamar</strong><br />
representada pelo presidente<br />
executivo Divanir Higino, e a <strong>Cocamar</strong><br />
Máquinas pelo seu superintendente<br />
Arquimedes Alexandrino.<br />
O cheque foi recebido pelo<br />
administrador do hospital, Edmilson<br />
Garcia, com o prestigiamento<br />
de várias autoridades, entre elas<br />
o secretário de Saúde do Estado<br />
do Paraná, César Neves, e o exgovernador<br />
Orlando Pessuti.<br />
ARRECADAÇÃO - A Campanha,<br />
que começou a ser realizada em<br />
2021, visa arrecadar fundos para<br />
apoiar o Hospital do Câncer e<br />
contou com o envolvimento de<br />
sete organizações voltadas ao<br />
recebimento de soja. Na fase de<br />
colheita, durante a entrega da<br />
sua produção, os agricultores informaram<br />
a quantidade a ser<br />
doada para aquela instituição.<br />
HOSPITAL DO CÂNCER - Fundado<br />
há 57 anos, o Hospital do<br />
Câncer de Londrina atende a<br />
mais de 40 mil pacientes, de<br />
aproximadamente 250 municípios.<br />
2 0 | Jo r n a l C o c a m a r
GESTÃO<br />
<strong>Cocamar</strong> lança o programa ESG+Coop<br />
Expectativa é construir um relatório de atividades consistente,<br />
que demonstre as ações concretas de ESG<br />
Reunindo integrantes<br />
dos conselhos de Administração<br />
e Fiscal,<br />
dirigentes, superintendências,<br />
executivos e técnicos<br />
de áreas, a <strong>Cocamar</strong> Cooperativa<br />
Agroindustrial promoveu dia 25/4,<br />
em evento na Associação <strong>Cocamar</strong><br />
em Maringá, o lançamento<br />
do programa ESG+Coop.<br />
COOPERATIVISMO - Proposto<br />
pela Organização das Cooperativas<br />
do Estado do Paraná (Ocepar),<br />
o ESG+Coop faz parte do Plano<br />
Paraná Cooperativo 200 (PRC<br />
200), o planejamento estratégico<br />
do desenvolvimento do cooperativismo<br />
paranaense.<br />
AÇÕES CONCRETAS - Em seu<br />
pronunciamento, o presidente<br />
executivo Divanir Higino destacou<br />
que a expectativa da <strong>Cocamar</strong> é<br />
que “diante de um cenário de<br />
maior exigência do mercado, possamos<br />
construir um relatório de<br />
atividades consistente, que demonstre<br />
as ações concretas de<br />
ESG”.<br />
PADRÕES COMPARATIVOS -<br />
Para Higino, trabalhar nas três dimensões<br />
que formam a sigla ESG<br />
é um desafio, dada à complexidade<br />
dos temas. “Já temos muitas<br />
ações, agora nosso desafio é conectar<br />
tudo o que fazemos, descomplicar<br />
o processo e organizar<br />
os indicadores, para que tenhamos<br />
padrões comparativos, com<br />
acesso a certificações que atestam<br />
que estamos atuando conforme<br />
os preceitos exigidos pelo<br />
mercado”.<br />
PROGRAMA - A gerente de Responsabilidade<br />
Socioambiental da<br />
<strong>Cocamar</strong>, Natália Cavalini Paganini,<br />
lembra que a cooperativa<br />
participou da construção do programa<br />
e, após a elaboração de um<br />
modelo de diagnóstico inicial, o<br />
mesmo foi lançado em outubro<br />
de 2022 e já conta com mais de<br />
40 cooperativas aderentes.<br />
DEMANDA - De acordo com a<br />
Ocepar, a sistematização e organização<br />
das ações de ESG das cooperativas<br />
foi uma demanda<br />
identificada nas entrevistas com<br />
lideranças, dirigentes e gestores<br />
do setor, durante a construção do<br />
PRC200. O objetivo é criar um<br />
programa de monitoramento,<br />
avaliação e certificação das cooperativas<br />
paranaenses, com o<br />
foco no atendimento a requisitos<br />
ambientais, sociais e de governança<br />
e desempenho.<br />
RESULTADOS - O programa<br />
ESG+Coop tem como resultados<br />
esperados o fortalecimento da<br />
imagem das cooperativas, com a<br />
sistematização e divulgação do<br />
que o setor faz para a melhoria<br />
das questões ambientais e os impactos<br />
sociais positivos da cadeia<br />
produtiva do cooperativismo.<br />
Jo r n a l C o c a m a r | 2 1
RECONHECIMENTO<br />
A CIO Personalidade Mais<br />
Influente é da <strong>Cocamar</strong><br />
Paula Cristina Agulhas Rebelo, gerente executiva de TI e Gestão, foi reconhecida com o prêmio<br />
Agerente executiva de<br />
TI e Gestão da <strong>Cocamar</strong>,<br />
Paula Cristina<br />
Agulhas Rebelo, foi<br />
reconhecida com o prêmio CIO<br />
(Chief Information Officer) - Personalidade<br />
Mais Influente, durante<br />
o CIO Brasil <strong>2023</strong>, um dos<br />
principais eventos de executivos<br />
de tecnologias do país, promovido<br />
no dia 25/3 em Florianópolis.<br />
Na sigla em inglês, CIO é<br />
equivalente ao cargo de executivo<br />
de tecnologia.<br />
PRÊMIO - A realização da empresa<br />
IT4CIO acontece desde<br />
2008 com o propósito de ressaltar<br />
a importância do trabalho<br />
desenvolvido pelos profissionais<br />
da área, sendo o prêmio, pela primeira<br />
vez, conquistado por representante<br />
de uma cooperativa<br />
voltada ao agronegócio.<br />
ELEIÇÃO - Na edição deste ano,<br />
que contou com cerca de 70<br />
grandes empresas patrocinadoras,<br />
mais de 170 executivos de<br />
todo o país foram convidados a<br />
participar da eleição do primeiro<br />
colocado, que aconteceu durante<br />
o CIO Brasil. A vencedora, Paula<br />
Rebelo, foi a primeira colocada<br />
entre cinco finalistas indicados<br />
por representantes da comunidade<br />
de tecnologia do Brasil.<br />
RECONHECIMENTO - “Para<br />
mim já foi uma emoção imensa<br />
ter sido indicada para o prêmio de<br />
um dos mais importantes eventos<br />
de TI do Brasil. Só a indicação<br />
já foi um prêmio. Mas, ser a ganhadora<br />
foi um reconhecimento<br />
incrível por parte dos principais<br />
executivos de tecnologia do país,<br />
levando o nome da <strong>Cocamar</strong> e<br />
mostrando o quanto estamos<br />
sendo relevantes em todos segmentos”,<br />
declarou Paula.<br />
A IT4CIO é uma empresa especializada<br />
no relacionamento<br />
entre pessoas, que atua há mais<br />
de 20 anos no mercado de eventos.<br />
O objetivo é impulsionar a<br />
atualização profissional e ampliar<br />
a rede de contatos entre os executivos,<br />
promovendo o intercâmbio<br />
de experiências e o<br />
desenvolvimento dos setores<br />
com os quais atua: TI e Finanças.Além<br />
do CIO Brasil, a IT4CIO<br />
promove no decorrer do ano diversos<br />
eventos regionais e também<br />
de âmbitos nacionais e<br />
internacionais.<br />
2 2 | Jo r n a l C o c a m a r
TURMINHA<br />
<strong>Cocamar</strong> difunde a cooperação<br />
entre o público infantil<br />
O objetivo é levar o projeto para as escolas difundindo<br />
a prática do cooperativismo desde a tenra idade<br />
Disseminar o conhecimento<br />
sobre a cooperação<br />
entre o<br />
público infantil para<br />
que, desde cedo, ela seja conhecida<br />
e colocada em prática. Com<br />
essa finalidade, a <strong>Cocamar</strong>, por<br />
meio de seu Departamento de<br />
Cooperativismo, promoveu no<br />
último dia 20/4 em Querência<br />
do Norte (PR) uma ação em parceria<br />
com o Centro Municipal de<br />
Educação Infantil (CMEI) Pequeno<br />
Príncipe e a unidade local<br />
da <strong>Cocamar</strong>.<br />
COOPERAÇÃO - Na oportunidade,<br />
houve a distribuição da<br />
Revista Turminha <strong>Cocamar</strong> em<br />
evento para o qual foram reunidas<br />
mais de 300 crianças de<br />
três a cinco anos, apresentando<br />
assim, de forma lúdica, os benefícios<br />
proporcionados à sociedade<br />
pela força da cooperação.<br />
PROGRAMAÇÃO - Na programação,<br />
enquanto o analista de<br />
Cooperativismo Wellington<br />
Costa Martins falou sobre o<br />
tema para as crianças, o supervisor<br />
operacional Dione Lucas<br />
Carniel conduziu a experiência<br />
do plantio de grãos de feijão em<br />
copinhos descartáveis, utilizando<br />
algodão para a germinação<br />
da planta. E, finalizando a<br />
Ação do Departamento de Cooperativismo teve a parceria do CMEI Pequeno<br />
Príncipe de Querência do Norte e da unidade local da <strong>Cocamar</strong><br />
sessão, uma apresentação do<br />
robô "Tinbot" divertiu a criançada.<br />
ESCOLAS - O objetivo é levar o<br />
projeto para as escolas e, de<br />
acordo com Wellington, em<br />
evento que, “de forma muito<br />
agradável, transmite informação<br />
e faz a alegria das crianças”. Na<br />
visão dele, difundir a prática do<br />
cooperativismo desde a tenra<br />
idade tende a contribuir para a<br />
formação de uma sociedade<br />
mais colaborativa e menos individualista,<br />
além da perspectiva<br />
de continuidade do trabalho da<br />
família no campo.<br />
Jo r n a l C o c a m a r | 2 3
GERAL<br />
Palestras das estações<br />
do Safratec no YouTube<br />
As informações sobre as tecnologias que foram divulgadas<br />
aos produtores visitantes em relação às estações do Safratec<br />
<strong>2023</strong>, promovido pela <strong>Cocamar</strong> no mês de janeiro em<br />
sua Unidade de Difusão de Tecnologias (UDT) no município de Floresta,<br />
estão disponíveis no YouTube.<br />
Basta acessar o QRCode ao lado para rever os temas, que foram<br />
seis:<br />
Importância do consórcio<br />
milho, braquiária e crotalária,<br />
com as vantagens e benefícios<br />
dessa diversificação<br />
Manejo de solos - importância<br />
das raízes para o sistema de<br />
produção e características<br />
físico-químicas do solo<br />
Manejo de cigarrinha<br />
e enfezamentos na<br />
cultura do milho<br />
Cultura do sorgo<br />
(manejo e aspectos<br />
importantes)<br />
Os principais cuidados em<br />
relação às tecnologias Enlist<br />
e Xtend na cultura da soja<br />
Sistema Antecipe<br />
(plantio de milho antecipado<br />
em meio a cultura da soja)<br />
Dia de campo sobre pulverização com drone<br />
No dia 5 de abril, a Unicampo<br />
promoveu um Dia de Campo na<br />
Fazenda Santa Isabel, em Presidente<br />
Castelo Branco (PR), na<br />
região de Maringá, com o objetivo<br />
de apresentar aos cooperados,<br />
produtores e parceiros a<br />
tecnologia de utilização de drones<br />
de pulverização agrícola. O<br />
evento foi realizado em parceria<br />
com a empresa Timber.<br />
AGILIDADE - A aplicação de drones<br />
de pulverização agrícola é<br />
uma tecnologia que vem se propagando<br />
no campo brasileiro há<br />
mais de uma década, passando<br />
por constantes aperfeiçoamentos<br />
ao longo dos anos. Por meio<br />
de energia renovável, essa prática<br />
proporciona mais agilidade e<br />
economia no campo.<br />
DEFENSIVOS E SEMENTES - De<br />
acordo com André Carlos Garcia,<br />
presidente da Unicampo, os drones<br />
apresentam-se como uma<br />
valiosa opção no que se refere ao<br />
posicionamento preciso de aplicações<br />
de defensivos agrícolas e<br />
sementes de pequeno tamanho.<br />
PLATAFORMAS DIGITAIS - A<br />
Unicampo busca promover a<br />
disseminação dessa tecnologia<br />
para seus cooperados, para aprimorar<br />
a qualidade dos serviços<br />
prestados aos produtores rurais.<br />
A cooperativa tem investido significativamente<br />
em plataformas<br />
digitais e já disponibiliza programas<br />
que auxiliam seus técnicos<br />
na avaliação de imóveis rurais e<br />
no gerenciamento da fertilidade<br />
do solo.<br />
POTENCIAL - Os cooperados da<br />
Unicampo utilizam drones em<br />
suas vistorias e, segundo a cooperativa,<br />
o uso desses equipamentos<br />
para pulverização agrícola<br />
apresenta um enorme potencial<br />
para evoluir ainda mais<br />
nesse mercado.<br />
2 4 | Jo r n a l C o c a m a r
FINANCIAMENTO<br />
Momento é oportuno para<br />
planejar compra de máquinas<br />
A Sicredi Dexis disponibiliza linha de crédito de recursos livres do BNDES.<br />
Outra possibilidade é protocolar o pedido para o Plano Safra <strong>2023</strong>/24<br />
Atemporada de feiras<br />
agropecuárias apresenta<br />
as novidades<br />
em tecnologia dos<br />
principais fabricantes e revendedores<br />
do país. Para o produtor,<br />
além de conhecer tendências e<br />
lançamentos em maquinários e<br />
equipamentos, abre a oportunidade<br />
de planejar os investimentos<br />
para aumentar a produtividade<br />
e facilitar a vida no campo.<br />
FEIRAS - Na maior feira do agro<br />
do Brasil, a Agrishow em Ribeirão<br />
Preto/SP, cerca de 800 marcas<br />
nacionais e internacionais participaram<br />
do evento na primeira semana<br />
de maio, com expectativa<br />
de reunir 190 mil visitantes e gerar<br />
mais de R$ 11 bilhões em negócios.<br />
Na sequência, Maringá<br />
receberá a Expoingá, até 14 de<br />
maio. Londrina também realizou<br />
sua feira.<br />
LINHA DE CRÉDITO - Depois de<br />
conhecer os lançamentos, é hora<br />
dos produtores analisarem as<br />
melhores opções e fazerem os<br />
cálculos e planejamento da aquisição.<br />
A Sicredi Dexis disponibiliza<br />
linha de crédito de recursos livres<br />
do BNDES para compra de maquinários<br />
e equipamentos. Nos<br />
quatro primeiros meses deste ano<br />
foram quase 60 operações, superando<br />
R$ 24 milhões, inclusive em<br />
equipamentos de irrigação.<br />
PLANO SAFRA - Outra possibilidade<br />
é protocolar o pedido para o<br />
Plano Safra <strong>2023</strong>/2024, que terá<br />
vigência a partir de 1 de julho. Se<br />
depender do histórico dos anos<br />
anteriores, os recursos das principais<br />
linhas podem se esgotar<br />
rápido, por isso, os produtores<br />
podem se antecipar e procurar<br />
uma das 111 agências da Sicredi<br />
Dexis no norte e noroeste do Paraná,<br />
centro e centro-leste de São<br />
Paulo.<br />
LIBERADOS - No Plano Safra vigente<br />
- 2022/<strong>2023</strong> - foram liberados<br />
mais de R$ 2 bilhões, em<br />
quase 7,5 mil operações. Destas,<br />
1,6 mil - 35% - foi crédito para investimento.<br />
Em todo o Sistema<br />
Sicredi foram concedidos R$ 36,4<br />
bi em mais de 238 mil operações<br />
para agricultura familiar, médios e<br />
grandes produtores, o que torna<br />
a segunda maior instituição financeira<br />
do Brasil em crédito<br />
rural. Deste valor, 71% foram para<br />
custeio e 29% para investimento.<br />
PLANEJAR - Para o gerente de<br />
Desenvolvimento Agro da Sicredi<br />
Dexis, Vitor Pasquini,<br />
este é um momento oportuno<br />
para planejar os investimentos<br />
da propriedade rural. E para<br />
isso é possível escolher entre<br />
a linha de recursos livres do<br />
BNDES, aguardar o Plano<br />
Safra ou investir em consórcio<br />
do setor.<br />
ANTECIPE - “Todas as nossas<br />
agências contam com especialistas<br />
agro, o que oportuniza ter<br />
um relacionamento próximo e<br />
conhecer a necessidade de<br />
cada associado e da região em<br />
que atuamos. A recomendação<br />
é que o produtor se antecipe,<br />
deixe seu cadastro atualizado e<br />
apresente a proposta em uma<br />
agência. Assim que o Plano<br />
Safra entrar em vigência, vamos<br />
buscar a aprovação da<br />
proposta e a liberação dos recursos”,<br />
afirma Pasquini.<br />
Jo r n a l C o c a m a r | 2 5
FAMÍLIA DO CAMPO<br />
O agronegócio por opção<br />
Pioneiro em Astorga, Jorge Brandolin<br />
descobriu na agricultura sua verdadeira<br />
vocação e o futuro da família<br />
Pioneiro em Astorga,<br />
o cooperado Jorge<br />
Brandolin, 86 anos, foi<br />
também o primeiro a<br />
iniciar o investimento da família<br />
no agronegócio, segmento em<br />
que descobriu sua vocação. Os<br />
pais, Maria e Ângelo Brandolin<br />
não tinham qualquer envolvimento<br />
com o campo, apesar de<br />
a origem dos Brandolin no Brasil<br />
provavelmente ser rural, já que<br />
os primeiros familiares que imigraram<br />
para o país vieram da Itália<br />
para trabalhar nas lavouras de<br />
café em São Paulo. Em Avaré, de<br />
onde vieram, os pais de Jorge<br />
moravam na cidade e trabalhavam<br />
fazendo frete com uma velha<br />
carroça e um burro.<br />
MUITO MATO - Jorge tinha 14<br />
anos quando chegou a Tupinambá,<br />
distrito de Astorga em<br />
1951. “Tupinambá era para ser<br />
cidade, mas acabou distrito”,<br />
conta o produtor, ressaltando<br />
que tudo estava muito no início,<br />
com poucas casas construídas e<br />
alguns comércios. “Tinha muito<br />
mato ao redor, com perobas tão<br />
grandes que mesmo quatro homens<br />
abraçando não conseguiam<br />
fechar o círculo ao redor”.<br />
MUDANÇA - Os Brandolin vieram<br />
para o Paraná atraídos pela<br />
propaganda e a possibilidade de<br />
crescer. O pai comprou uma<br />
venda e veio com Jorge na frente<br />
estruturar as coisas para depois<br />
trazer a família. No início, dormiram<br />
no chão e tinham a ajuda de<br />
uma senhora que cozinhava para<br />
eles. Quando as coisas engrenaram<br />
e chegou a época de buscar<br />
o resto da família, foi Jorge, com<br />
14 anos, o encarregado de ir sozinho,<br />
de carona com um caminhão<br />
de uma empresa varejista,<br />
até Arapongas e depois, de ônibus,<br />
até Avaré, providenciar a<br />
mudança e acompanhar o caminhão<br />
até Tupinambá. Ele era o<br />
Parte da família que já conta com três gerações na agricultura<br />
segundo mais velho de oito irmãos,<br />
cinco homens e três mulheres.<br />
Só havia uma irmã mais<br />
velha que ele.<br />
BONS NEGÓCIOS - Ângelo era<br />
um homem esperto e corajoso.<br />
Aproveitando que os caminhões<br />
vinham entregar mercadoria,<br />
para que estes não voltassem<br />
vazios, comprava grãos e frangos<br />
dos produtores da região e vendia<br />
para os caminhoneiros. Anos<br />
mais tarde, o pai comprou um<br />
caminhão e com 16 anos Jorge<br />
tirou uma carteira provisória de<br />
motorista e ia vender frango e<br />
grãos em São Paulo, dirigindo o<br />
caminhão.<br />
PRODUTOR - A estreia de Jorge<br />
como produtor rural aconteceu<br />
em 1977, quando ele e mais dois<br />
irmãos e um cunhado compraram<br />
nove alqueires de café formado<br />
em Tupinambá. Com o<br />
tempo, acabou comprando a<br />
parte dos outros sócios e foi investindo<br />
em mais terras até formar<br />
o patrimônio atual. Antes de<br />
2 6 | Jo r n a l Co c a m a r
comprar suas terras e tocar seu<br />
negócio, Jorge trabalhou muito<br />
para outros produtores fazendo<br />
bicos, abanando, colhendo e secando<br />
café, fazendo serviços em<br />
geral. Aprendeu a lidar com a<br />
terra observando os outros, tirando<br />
dúvidas com outros produtores.<br />
“Na época, não podíamos<br />
contar com a assistência<br />
técnica como hoje. Um passava<br />
o conhecimento para o outro”, diz.<br />
MUDANÇAS - No início, Jorge<br />
trabalhou em parceria com porcenteiros,<br />
enquanto se envolvia<br />
com outras atividades. Como<br />
tinha um caminhão e amava dirigir,<br />
o produtor acabou se especializando<br />
também em fazer<br />
mudanças, atividade que garantia<br />
uma boa renda, já que muitos<br />
se aventuravam interior adentro<br />
em busca de oportunidades.<br />
VIAGENS - “Tomava o máximo<br />
de cuidado com os móveis e isso<br />
fez crescer minha fama. Como<br />
muitos recomendavam meu trabalho,<br />
viajava direto. Na época<br />
estava abrindo a região de<br />
Umuarama, Palotina e Guaíra e<br />
como ia constantemente levar<br />
mudança para lá, aproveitava a<br />
oportunidade para negociar<br />
amendoim, mamona, milho e<br />
frangos, na volta, para vender por<br />
aqui. Dava para ganhar um bom<br />
dinheiro e comprava terras com<br />
o que conseguia economizar”, recorda-se.<br />
PIRAPÓ - Antes Astorga era ligada<br />
a Maringá por uma antiga<br />
estrada de chão que cruzava o<br />
Pirapó. Com o tempo a ponte de<br />
madeira precária que havia sido<br />
construída acabou caindo por<br />
causa do peso de um caminhão<br />
de tora, em meados da década<br />
de 1950. Depois, por um tempo,<br />
o trajeto era feito com a ajuda de<br />
uma balsa que cruzava o rio. A<br />
estrada atual vinha até Iguaraçu.<br />
DESATOLAR - Em suas andanças<br />
pelo interior do Paraná, Jorge<br />
sempre andava bem equipado<br />
com todo tipo de ferramenta -<br />
enxadas, foice, machado, facão,<br />
picareta, pá, tudo que fosse necessário<br />
para abrir mais as picadas,<br />
desatolar o caminhão ou<br />
melhorar o caminho. Quantas<br />
vezes teve que usar as técnicas<br />
que aprendeu para poder seguir<br />
em frente como encher a traseira<br />
do caminhão com terra ou areia<br />
para, com o peso, levantar a frente<br />
do caminhão e conseguir desatolar.<br />
“A gente sempre dava um<br />
jeito para continuar a viagem”.<br />
TECNOLOGIA - Em sua propriedade,<br />
além do café, o cooperado<br />
fez experiência com o plantio de<br />
algodão, mas não deu muito<br />
certo. “Tínhamos que trabalhar<br />
com muita mão de obra e o pessoal<br />
fazia de qualquer jeito, sem<br />
qualidade. Acabei desistindo”.<br />
Jorge acertou mesmo foi com a<br />
soja e o milho, a partir de 1978,<br />
culturas que conduz com alta<br />
tecnologia hoje, seguindo todas<br />
as recomendações técnicas, para<br />
garantir os bons resultados. O<br />
cooperado foi produtor de sementes<br />
de soja e trigo para a <strong>Cocamar</strong>,<br />
na década de 1980.<br />
Os Brandolin aprenderam a amar a<br />
terra e trabalharem unidos<br />
UNINDO FORÇAS - Jorge e Maria<br />
Aparecida Brandolin, 83 anos, se<br />
casaram em 1958 (foto ao lado)<br />
e desde o início, a esposa e os filhos<br />
sempre trabalharam junto<br />
com o produtor, no mesmo ritmo.<br />
Dos quatro filhos que o casal<br />
teve, três homens e uma mulher,<br />
só um não está ligado ao agronegócio,<br />
o caçula, Maycon, que<br />
optou por estudar Medicina. José<br />
Carlos, Luiz Ângelo e Rosilene,<br />
cujo esposo, Paulinho Furchini<br />
também é produtor rural, trabalham<br />
juntos. Cada um tem a sua<br />
propriedade, mas optaram por<br />
unirem forças e trabalharem juntos.<br />
SUCESSÃO - O casal, que já tem<br />
sua sucessão garantida no<br />
campo, têm ainda seis netos e<br />
três bisnetos, já estando na terceira<br />
geração ligada ao agronegócio.<br />
Os netos Vinicius, João<br />
Gabriel e Pedro Afonso amam o<br />
campo e trabalham lado a lado<br />
com os pais, e uma neta, Isabela,<br />
está cursando Agronomia. Desde<br />
pequenos, tanto os filhos quanto<br />
os netos acompanham Jorge nas<br />
idas ao sítio, aprendendo desde<br />
cedo a amar o cuidado com a<br />
terra. Todos iam ajudar. Sempre<br />
que tinha oportunidade, Jorge<br />
gosta de orientar e procurou<br />
sempre envolver todos com a<br />
atividade da família. Uma coisa<br />
que sempre fez questão foi ensinar<br />
aos filhos e netos o cuidado<br />
com a terra.<br />
PROFISSIONAIS - Há anos são<br />
os filhos que cuidam de tudo na<br />
propriedade, mas quando pode,<br />
Jorge gosta de dar uma conferida<br />
no trabalho, mesmo sabendo,<br />
como faz questão de ressaltar,<br />
que os filhos e netos são profissionais<br />
e sabem o que fazem,<br />
trabalhando sempre com alta<br />
tecnologia, seguindo as recomendações<br />
da equipe técnica da<br />
<strong>Cocamar</strong>. “Quando vejo um caminhão<br />
passar carregado de soja,<br />
sinto saudades de estar na boleia”.<br />
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MEMÓRIA<br />
O que fazemos em vida, ecoa pela eternidade<br />
Em memória daqueles que deixaram seu legado na história da <strong>Cocamar</strong>, falecidos entre 20/03/<strong>2023</strong> e 20/04/<strong>2023</strong><br />
Seu Aristides fez história na região<br />
Homem da roça, como se definia, estava à frente de<br />
várias propriedades em Prado Ferreira, Florestópolis<br />
e Cambé, onde produzia soja e milho<br />
Há pessoas que, com seu protagonismo,<br />
fazem a história de uma região. Foi o<br />
caso do cooperado Aristides de Caires,<br />
do município de Prado Ferreira, a 60 quilômetros<br />
de Londrina, norte do Paraná.<br />
HOMEM DA ROÇA - O bem humorado Aristides,<br />
de 87 anos, estava à frente de várias propriedades<br />
em Prado Ferreira, Florestópolis e<br />
Cambé, onde se dedicava à produção de soja e<br />
milho. A idade não o impedia de dirigir a caminhonete<br />
e nem de acompanhar pessoalmente<br />
as atividades em suas terras: “sou um homem<br />
da roça”, costumava dizer.<br />
PIONEIRISMO - Nascido em Catanduva (SP),<br />
sua família vivia em Rancharia, no vizinho estado,<br />
quando em 1968 se mudou para o Paraná.<br />
“Viemos para plantar algodão, mas<br />
ficamos encantados mesmo foi com a soja”,<br />
contou. O primeiro plantio de soja, em 1973, se<br />
deu numa época em que eram incipientes os<br />
maquinários, as variedades tinham de ser trazidas<br />
do estado de São Paulo e era difícil achar<br />
um agrônomo que entendesse do assunto.<br />
Mesmo assim, caprichando na adubação, ele<br />
lembrou que, logo de cara, colheu uma média<br />
muito alta, ao redor de 140 sacas por alqueire<br />
– pouco menos do que obtém nos dias atuais.<br />
OPORTUNIDADES -A partir daí, não parou mais<br />
de lidar com a oleaginosa, tendo adquirido as<br />
primeiras colheitadeiras para atender sua demanda<br />
e prestar serviços para terceiros. Foi<br />
assim que cresceu, sempre sabendo aproveitar<br />
as oportunidades: “A gente foi comprando um<br />
pedacinho de terra aqui, outro ali, outro acolá”.<br />
COOPERATIVISTA - Cem por cento <strong>Cocamar</strong>,<br />
Aristides era assistido pela cooperativa e tinha<br />
planos de investir em capim braquiária nos próximos<br />
anos para cobrir o solo de palha e garantir<br />
ainda mais eficiência ao plantio direto. Cooperativista,<br />
ele também era associado do Sicredi.<br />
POLÍTICA - Ativo personagem da história, ele foi<br />
eleito em Mirasselva para um mandato de prefeito<br />
entre 1989 e 1992. A então Vila Prado<br />
pertencia a esse município e Aristides trabalhou<br />
pela sua emancipação. Após o desmembramento<br />
de Prado Ferreira, em 1995, ele ganhou<br />
a eleição para a prefeitura desse novo município,<br />
ficando no cargo de 1997 e 2004, época em<br />
que realizou uma grande quantidade de obras<br />
para a estruturação da cidade.<br />
FALECIMENTO - Falecido em 23/3/<strong>2023</strong>, Aristides<br />
era viúvo de dona Luíza, com quem teve<br />
nove filhos, e vivia em segundas núpcias com<br />
dona Maria Madalena.<br />
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