Florestal_255 - Opps
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EXPOFOREST 2023<br />
Confira cobertura completa da maior feira dinâmica do mundo no segmento florestal<br />
CICLO COMPLETO DA FLORESTA<br />
FABRICANTE UNE TECNOLOGIA, CONECTIVIDADE<br />
E SUSTENTABILIDADE PARA ATENDER O CICLO<br />
FLORESTAL DE PONTA A PONTA<br />
COMPLETE FOREST CYCLE<br />
MANUFACTURER UNITES TECHNOLOGY,<br />
CONNECTIVITY, AND SUSTAINABILITY TO<br />
MEET THE FOREST CYCLE END-TO-END
Agradecemos a todos<br />
que nos visitaram<br />
na Expoforest 2023<br />
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para o setor florestal brasileiro.<br />
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SUMÁRIO<br />
SETEMBRO 2023<br />
56<br />
CICLO<br />
COMPLETO<br />
12 Editorial<br />
14 Cartas<br />
16 Bastidores<br />
18 Notas<br />
38 Coluna CIPEM<br />
40 Frases<br />
42 Entrevista<br />
54 Coluna<br />
56 Principal<br />
62 Pesquisa<br />
70 Trabalho de Campo<br />
74 Economia<br />
78 Feira<br />
110 Produtividade<br />
116 Artigo<br />
120 Agenda<br />
122 Espaço Aberto<br />
62<br />
78<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
19 Agroceres<br />
08 Armac<br />
15 BKT<br />
17 Bruno<br />
27 Carrocerias Bachiega<br />
111 D’Antonio Equipamentos<br />
37 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
41 DRV Ferramentas<br />
103 Duffatto Viveiro <strong>Florestal</strong><br />
119 Eloforte<br />
67 Emex Brasil<br />
47 Engeforest<br />
101 Engtec Forest<br />
124 Envimat<br />
11 Envu<br />
107 Exposul <strong>Florestal</strong><br />
31 Fex<br />
45 Hennings<br />
04 Himev<br />
25 Ihara<br />
113 J de Souza<br />
13 John Deere<br />
55 Komatsu Forest<br />
123 Log Max<br />
73 Mill Indústrias<br />
65 Minusa Forest<br />
77 Nordtech<br />
95 Penz Saur<br />
71 Planalto Picadores<br />
121 Prêmio REFERÊNCIA<br />
117 Raptor <strong>Florestal</strong><br />
99 Reflorestar Serviços Florestais<br />
97 Richetti Madeiras e Biomassa<br />
35 Rocha Facas<br />
21 Rotary-Ax<br />
33 Rotor Equipamentos<br />
105 Seminário Sul Brasileiro de Silvicultura<br />
29 Sumitomo<br />
23 SuperTek/Nokia Tires<br />
06 Syngenta<br />
109 Tech Forestry<br />
43 Tecmater<br />
91 Trex <strong>Florestal</strong><br />
49 Unibrás<br />
115 Unidas Locação<br />
69 Vale do Tibagi<br />
39 Vantec<br />
93 Vista Hydraulics<br />
51 Watanabe<br />
53 WDS Pneumática<br />
10 www.referenciaflorestal.com.br
Floresta<br />
Apresentamos Envu,<br />
Onde o que funciona abre o<br />
caminho a seguir.<br />
Envu é uma nova visão de uma companhia<br />
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vivemos, trabalhamos e nos divertimos.<br />
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novo foco nas necessidades de seu ambiente.<br />
Juntos, podemos aumentar a produtividade e o rendimento das<br />
preservamos.<br />
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SEMPRE LEIA E SIGA AS INSTRUÇÕES DO RÓTULO.
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EDITORIAL<br />
Fruto de muito<br />
esforço<br />
Quem vê uma árvore frondosa quase sempre esquece que ela já foi<br />
uma semente que cabe na palma da mão e no caso de muitas espécies,<br />
na ponta dos dedos. Focar nos resultados da indústria de base florestal<br />
é olhar para um presente muito forte e um por vir de enormes expectativas.<br />
Estabelecido, forte e com viés de melhoria, esse é o setor florestal<br />
brasileiro, que está se tornando um exemplo mundial de produtividade<br />
sustentável. Na capa dessa edição, conheça um pouco mais sobre a Komatsu,<br />
gigante japonesa que possui em seu DNA a união da tecnologia<br />
com as práticas sustentáveis para guiar o próprio futuro, além de poder<br />
se orgulhar da verticalização em máquinas e equipamentos para o setor<br />
florestal. Acompanhe, ainda, a cobertura completa da Expoforest 2023,<br />
informações sobre o panorama econômico do setor de florestas nativas<br />
e plantadas, as pesquisas que levam a silvicultura para o nordeste e uma<br />
entrevista exclusiva com Ailson Loper, professor de engenharia florestal,<br />
que revela o cenário e os desafios sobre a profissão. Excelente leitura!<br />
Manipuladores<br />
Hidráulicos<br />
Peneiras,<br />
Picadores, Trituradores,<br />
Revolvedores de Composto<br />
2<br />
ENVIMAT<br />
Enviroment & Material Handling<br />
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(16) 2121-0865<br />
1<br />
Destocadores,<br />
Mulchers<br />
Na capa dessa edição, a<br />
Komatsu e suas soluções<br />
completas da preparação do<br />
solo ao baldeio das toras<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXV • Nº<strong>255</strong> • Setembro 2023<br />
EXPOFOREST 2023<br />
Confira cobertura completa da maior feira dinâmica do mundo no segmento florestal<br />
CICLO COMPLETO DA FLORESTA<br />
FABRICANTE UNE TECNOLOGIA, CONECTIVIDADE<br />
E SUSTENTABILIDADE PARA ATENDER O CICLO<br />
FLORESTAL DE PONTA A PONTA<br />
COMPLETE FOREST CYCLE<br />
MANUFACTURER UNITES TECHNOLOGY,<br />
CONNECTIVITY, AND SUSTAINABILITY TO<br />
MEET THE FOREST CYCLE END-TO-END<br />
FRUIT OF MUCH EFFORT<br />
Those who see a leafy tree almost always forget that it was once a<br />
seed, and this seed could fit in the palm of the hand and, in the case of<br />
many species, on a fingertip. To focus on the results of the Forest-based<br />
Sector is to look at a very strong present and one of enormous expectations.<br />
Established, strong, and with an improvement bias, the Brazilian<br />
Forestry Sector is becoming a global example of sustainable productivity.<br />
This Issue’s cover story reports a little about Komatsu. This Japanese giant<br />
has in its DNA to unit technology with sustainable practices to guide its future,<br />
in addition to being proud of verticalization in machinery and equipment<br />
for the Forestry Sector. In the Issue, you can even follow a complete<br />
coverage of Expoforest 2023, information on the economic panorama of<br />
the native and planted forests segment, the research that takes forestry<br />
to the northeast, and an exclusive interview with Ailson Loper, Professor<br />
of Forest Engineering, who reveals the scenario and the challenges about<br />
the profession. Pleasant reading!<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXV - EDIÇÃO <strong>255</strong> - SETEMBRO 2023<br />
Entrevista com<br />
Ailson Loper,<br />
engenheiro florestal<br />
e professor da UFPR<br />
(Universidade Federal<br />
do Paraná)<br />
Paraná cria grupo técnico para proteger<br />
os cultivos florestais do Estado<br />
3<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Crislaine Briatori Ferreira<br />
Guilherme Augusto Oliveira<br />
Sofia Carlesso<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Midias Sociais / Social Media<br />
Cainan Lucas<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal - Carlos Felde<br />
comercial@revistareferencia.com.br<br />
fone: +55 (41) 3333-1023<br />
Representante Comercial<br />
Dash7 Comunicação - Joseane Cristina<br />
Knop<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
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0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
0800 600 2038<br />
Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
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CARTAS<br />
Manipuladores<br />
Hidráulicos<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
GENÉTICA<br />
Pesquisadores desenvolvem árvores que produzem até 40% mais celulose por ciclo<br />
ENVIMAT<br />
Peneiras,<br />
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Revolvedores de Composto<br />
Capa da Edição 254 Mulchers da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de agosto de 2023<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
envimat.com.br<br />
(16) 2121-0865<br />
Ano XXV • Nº254 • Agosto 2023<br />
DO BRASIL PARA<br />
O MUNDO<br />
SABRES NACIONAIS CONQUISTAM<br />
MERCADO FLORESTAL INTERNACIONAL<br />
FROM BRAZIL<br />
TO THE WORLD<br />
BRAZILIAN GUIDE BARS<br />
CONQUER THE INTERNATIONAL<br />
FOREST-BASED MARKET<br />
PRINCIPAL<br />
Por Renata Vieira, Campinas (SP)<br />
As conquistas das empresas brasileiras devem ser exaltadas e valorizadas. O<br />
Brasil tem muito potencial para ser um ícone florestal mundial<br />
GENÉTICA<br />
Foto: divulgação<br />
Por Claudio Ribeiro, Sengés (PR)<br />
As inovações tecnológicas serão a chave para que o setor de base<br />
florestal se torne ainda mais importante e eficiente.<br />
ARTIGO<br />
Por André Lopes, Contagem (MG)<br />
A importância da universidade no desenvolvimento do setor florestal é enorme.<br />
É preciso valorizar e investir nesse meio para continuar crescendo<br />
Foto: divulgacão<br />
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Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />
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@revistareferencia9702<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
BASTIDORES<br />
Revista<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
VISITA<br />
Mês passado, o diretor comercial da<br />
REFERÊNCIA FLORESTAL esteve visitando a<br />
empresa Lion Equipamentos, dos diretores<br />
Sérgio Jr. e Rafael Nanami e do comercial<br />
Marcio Fregonese.<br />
PARCERIA<br />
A equipe comercial da REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL, Fábio Machado e Carlos Felde,<br />
visitou as dependências da empresa Trex<br />
<strong>Florestal</strong>, do diretor Fabio Janowski e do<br />
executivo comercial Rubens Tempski.<br />
ALTA<br />
LIBERDADE PARA O<br />
TRABALHADOR<br />
O teto de enquadramento do profissional autônomo<br />
em MEI (microempreendedor individual)<br />
poderá quase dobrar. O Ministério do Desenvolvimento,<br />
Indústria, Comércio e Serviços informou<br />
recentemente, que propôs elevar de R$ 81 mil<br />
para R$ 144,9 mil o limite anual de faturamento<br />
para a categoria. A medida depende de aprovação<br />
do congresso nacional. No regime tributário<br />
simplificado, os microempreendedores<br />
individuais pagam apenas a contribuição para<br />
a previdência social e o ICMS (Imposto sobre a<br />
Circulação de Mercadorias e Serviços) ou o ISS<br />
(Imposto sobre Serviços), dependendo do ramo<br />
de atividade.<br />
SETEMBRO 2023<br />
DE VOLTA PARA O PASSADO<br />
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou<br />
que um grupo de trabalho envolvendo centrais<br />
sindicais, representantes de organizações patronais<br />
e do governo estão construindo uma proposta para<br />
criar uma contribuição financeira para as entidades<br />
sindicais. A ideia é que a contribuição esteja vinculada<br />
às negociações de acordos e convenções coletivas<br />
de trabalho, negociada entre sindicatos de empregadores<br />
e de trabalhadores. A medida valeria para<br />
as entidades patronais e para as de trabalhadores,<br />
e só entraria em vigor se aprovada em assembleias<br />
pelas respectivas categorias. É a retrógrada volta do<br />
imposto sindical.<br />
BAIXA<br />
16 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Trabalho reconhecido<br />
O CREA–PR (Conselho Regional<br />
de Engenharia e Agronomia do<br />
Paraná) terá, a partir de 2024,<br />
uma Câmara Especializada de<br />
Engenharia <strong>Florestal</strong>, que se soma<br />
a outras seis câmaras já existentes<br />
no órgão, encarregadas de analisar<br />
e decidir sobre os assuntos de<br />
fiscalização pertinentes às respectivas<br />
especializações profissionais<br />
e infrações do código de ética. A<br />
aprovação aconteceu na sessão<br />
plenária ordinária de 01 de agosto<br />
de 2023. O engenheiro florestal<br />
Eleandro José Brun, professor da<br />
UTFPR (Universidade Tecnológica<br />
Federal do Paraná) de Dois Vizinhos<br />
(PR) e conselheiro do CREA<br />
(PR) pela AEFOS (Associação de Engenheiros<br />
Florestais do Sudoeste e<br />
Oeste do Paraná), explicou que os<br />
conselhos de engenheira e agronomia<br />
funcionam a partir de instância<br />
deliberativas. Até o momento, a<br />
engenharia florestal estava alocada<br />
na câmara especializada de agronomia,<br />
assim como agronomia,<br />
engenharia agrícola e engenharia<br />
de pesca. Porém, segundo ele,<br />
pela importância da profissão, que<br />
contempla 11 áreas de atuação<br />
previstas, os engenheiros e<br />
engenheiras florestais buscaram a<br />
criação de uma câmara exclusiva,<br />
para garantir maior independência<br />
nas avaliações e decisões relacionadas<br />
à profissão.<br />
O professor Eleandro afirmou<br />
que a câmara especializada, a ser<br />
instalada em 2024, será um espaço<br />
de debate, para que seja dedicado<br />
exclusivamente à discussão das demandas e dos desafios da engenharia florestal. “Pretendemos, também, fazer um trabalho<br />
em conjunto com as associações representativas, as entidades de classe e as universidades, ou seja, todos que fazem parte do<br />
sistema de formação e atuação profissional, fundamentais para um trabalho interligado com a câmara e com o CREA (PR). Dessa<br />
forma, poderemos representar os anseios dos engenheiros e das engenheiras florestais, trazendo melhores perspectivas tanto<br />
de formação como de trabalho orientativo, e quem ganha, com tudo isso, é a sociedade”, avaliou Eleandro.<br />
Foto: divulgação<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
Qualidade<br />
Sistema de Gestão de Qualidade<br />
certificado pela ISO 9001: 2015,<br />
em desenvolvimento, produção,<br />
comercialização e serviços pós-venda.<br />
Eficiência<br />
Resultados de controle comprovado em<br />
campo e por ensaios técnicos de universidades.<br />
Precisão
NOTAS<br />
Visita ilustre<br />
O LPF (Laboratório de Produtos Florestais) do SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) recebeu a visita ilustre de Maria Dalila<br />
Bohrer e Camila Fix, vencedoras do Prêmio Madeiras Alternativas da XXIV e XXV edições do Prêmio Salão Design. Um<br />
grupo formado por quatro mulheres foi a vencedora da XXV edição. As designers paulistanas Camila Fix, Amélia Torozzo,<br />
Flavia Pagotti Silva e Rejane Carvalho Leite, do Estúdio Plataforma4, criaram a peça Cadeira Terra, confeccionada<br />
em jequetibá-rosa (Cariniana sp). Na passagem pelo SFB, Dalila e Camila, representantes do grupo vencedor, puderam<br />
conhecer as dependências do LPF. Elas visitaram as áreas de anatomia e morfologia, secagem, biodegradação e preservação;<br />
química, adesivos e borracha natural; engenharia e física da madeira, dentre outros espaços. Para o pesquisador e<br />
coordenador do LPF, Fernando Gouveia, é sempre gratificante receber visitantes no LPF. “Hoje estão aqui duas designers<br />
premiadas. O trabalho que elas fazem reverbera o nosso. O LPF tem 50 anos de existência e tem como objetivo divulgar<br />
o material madeira e os produtos da floresta. O Prêmio Madeiras Alternativas permite que artistas como Dalila e Camila<br />
façam uma releitura da madeira, dando forma a esse material tão nobre e diverso”, apontou Fernando.<br />
Fotos: Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro<br />
20 www.referenciaflorestal.com.br
dentes de corte<br />
sabres<br />
ponteiras substituíveis<br />
acessórios<br />
disco de feller<br />
coroas de tração<br />
Facas para picadores<br />
A FORÇA DO<br />
SETOR FLORESTAL<br />
rotaryax<br />
rotaryaxoficial
NOTAS<br />
Investimento em tecnologia<br />
O MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), em parceria com a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial),<br />
lançou o terceiro edital do programa Agro 4.0. Serão selecionados projetos-pilotos para a implantação de uma plataforma<br />
de dados de produção agropecuária. Entre os principais aspectos considerados estão a adoção e difusão de tecnologias<br />
de manufatura inteligente no agronegócio, realizadas junto a associações e cooperativas de produtores rurais e agroindústria.<br />
A plataforma que será implantada deverá permitir a coleta e o armazenamento de dados de produção agropecuária de<br />
produtores rurais filiados, além da preparação destes dados, a integração com outras bases; modelagem, análise e visualização<br />
de informações estratégicas, de forma a gerar conhecimentos e recomendações de agregação de valor.<br />
Para desenvolver os projetos os participantes deverão formar um grupo de trabalho com o arranjo constituído por, pelo<br />
menos, três entidades: empresa âncora, produtor rural ou provedora de solução tecnológica. O edital possui três categorias<br />
relacionadas à gestão estratégica de dados de produção: agricultura, pecuária e agroindústria. Os recursos disponibilizados<br />
pela ABDI são de R$ 1.125.000,00, para seleção de até três projetos (totalizando o investimento de R$ 375 mil para cada um).<br />
As inscrições estão abertas até o dia 17 de setembro e a participação obedecerá a cinco etapas: inscrição, seleção de projetos,<br />
execução das ações de adoção e difusão de tecnologias, avaliação dos projetos e monitoramento dos resultados. Após o<br />
resultado dos selecionados, que deverá ser divulgado em até três meses após o fim da inscrição, os três vencedores terão um<br />
ano para desenvolver seus projetos-pilotos.<br />
Foto: divulgação<br />
22 www.referenciaflorestal.com.br
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NOTAS<br />
Prontos pro combate<br />
De janeiro a junho de 2023, mais de 2 mil pessoas se tornaram aptas para o combate ao fogo por meio de cursos ofertados<br />
pelo SENAR-MT (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso) e Sindicatos Rurais. Ao todo, são disponibilizadas<br />
quatro capacitações sem qualquer custo aos participantes. Dentre eles está a técnica em segurança do trabalho,<br />
Maria Rosa dos Santos, de 26 anos. Trabalhadora em uma propriedade rural de silvicultura de teca, ela concluiu o curso de<br />
Formação de Brigada de Incêndio <strong>Florestal</strong>, em Água Boa, neste ano. “Aprendemos a nos localizar dentro da mata, fazer vários<br />
tipos de aceiros, combater o fogo com equipamentos próprios. Ensinamentos que fazem a diferença na prática”, destaca<br />
Maria. Com carga horária de 36h (horas), o treinamento de Formação de Brigada de Incêndio <strong>Florestal</strong> ensina sobre conceito<br />
de fogo e triângulo do fogo, princípios e fases da combustão, conceito e tipos de incêndios florestais: subterrâneo, superficial<br />
e aéreo ou de copa – propagação de incêndios florestais, entre outros. Para o instrutor credenciado ao SENAR (MT), José Roberto<br />
Bueno, com a capacitação, o aluno sai apto para o combate ao fogo. “O aluno recebe todas as informações necessárias<br />
para sair pronto para combater qualquer atividade que envolva o fogo. Eles aprendem desde manusear uma bússola, primeiros<br />
socorros até as especificidades técnicas para combater o incêndio. E, ao final passam por uma prova para testar esse<br />
aprendizado e serem aprovados no curso”, explica José Roberto. Segundo o profissional, o conhecimento traz dois grandes<br />
benefícios: a defesa do patrimônio e a preservação do meio ambiente. “É preciso reduzir os impactos tanto para a propriedade<br />
rural quanto para a questão ambiental. Além disso, temos portarias que regulamentam as brigadas de incêndio, por isso,<br />
as empresas têm buscado capacitar seus colaboradores”, completa José.<br />
Foto: divulgação<br />
24 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Ajuda bem vinda<br />
O governo dinamarquês sinalizou a intenção de doar R$ 110 milhões para o Fundo Amazônia entre os anos de 2024 e<br />
2026. Com isso, a Dinamarca pode se tornar o quarto doador do fundo, que hoje conta com recursos da Noruega, Alemanha<br />
e da Petrobras. Porém, as verbas ainda precisam ser aprovadas pelo parlamento dinamarquês.<br />
Em declaração conjunta com o governo da Dinamarca, o MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima),<br />
informou que o dinheiro deve ajudar a financiar projetos e iniciativas que contribuam para a redução do desmatamento, a<br />
proteção da biodiversidade, a melhoria das condições de vida das comunidades locais e a promoção do desenvolvimento<br />
sustentável no Brasil. Ainda segundo o comunicado, o ministro da Cooperação para o Desenvolvimento e Política Climática<br />
Global da Dinamarca, Dan Jørgensen, elogiou os esforços recentes do Brasil na restauração e manejo sustentável das florestas<br />
e no combate ao desmatamento. Dados do sistema de Deter (Detecção do Desmatamento em Tempo Real) mostram uma<br />
redução de 41% no desmatamento na região da Amazônia Legal entre janeiro e abril deste ano se comparado com o ano passado,<br />
apesar do desmatamento no cerrado ter crescido 14% no mesmo período.<br />
O Fundo Amazônia já recebeu - em doações - R$ 3,396 bilhões desde 2008. Desse total, 93% foram doados pelo governo<br />
da Noruega (R$ 3,189 bilhões), 5,7% pelo governo da Alemanha (R$ 192 milhões) e 0,5% pela Petrobras (R$ 17 milhões).<br />
Criado em 2008, o Fundo Amazônia deve financiar ações para reduzir o desmatamento e a degradação florestal. Ao todo, já<br />
foram financiados 102 projetos, sendo 60 já concluídos, com R$ 1,51 bilhão desembolsado.<br />
Foto: divulgação<br />
26 www.referenciaflorestal.com.br
Agradecemos a todos que nos prestigiaram!<br />
carroceriasbachiega.com.br<br />
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NOTAS<br />
Novas concessões<br />
Em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social), o MMA (Ministério do Meio Ambiente<br />
e Mudança do Clima) e o SFB (Serviço <strong>Florestal</strong> Brasileiro) lançaram o edital de concessão das Flonas (florestas nacionais)<br />
de Irati (PR), Três Barras (SC) e Chapecó (SC), na região sul do país. O projeto, qualificado no PPI (Programa de Parcerias de<br />
Investimentos) do Governo Federal, tem como objetivo principal a recuperação do bioma da Mata Atlântica. Após revisão de<br />
aspectos técnicos pelo SFB, o edital foi republicado e a nova data para entrega das propostas está prevista para o dia 21 de<br />
novembro. O critério será o de maior valor de outorga (variável e fixa) para cada uma das três florestas.<br />
Investidores podem fazer propostas para todas, mas um mesmo licitante só poderá assinar contrato para duas florestas.<br />
A modelagem considera a exploração madeireira de espécies exóticas como principal fonte de receita da concessão, embora<br />
a colheita e a comercialização relacionada à silvicultura de espécies nativas também possam constituir receita acessória do<br />
projeto com o potencial de aumentar a rentabilidade da concessão.<br />
O edital das flonas de Irati, Três Barras e Chapecó é o primeiro projeto de concessão florestal estruturado pelo BNDES<br />
que vai a mercado. Para este ano, o banco ainda tem um pipeline de projetos em estruturação previstas no setor florestal,<br />
que somam 2,2 milhões de ha (hectares).<br />
Fotos: Antonio Cesar Caetano via MMA e divulgação<br />
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NOTAS<br />
Fotos: Emanoel Caldeira<br />
Prêmio REFERÊNCIA 2023<br />
A vigésima primeira edição do Prêmio REFERÊNCIA, a mais importante premiação da indústria de base florestal nacional<br />
já tem dia e hora para acontecer. A grande celebração do segmento florestal será realizada no dia 4 de dezembro, em Curitiba<br />
(PR), cidade onde está sediada a JOTA Editora, responsável pela publicação das revistas REFERÊNCIA FLORESTAL, REFERÊNCIA<br />
MADEIRA INDUSTRIAL, REFERÊNCIA BIOMAIS, REFERÊNCIA CELULOSE & PAPEL e REFERÊNCIA PRODUTOS DE MADEIRA.<br />
O objetivo do prêmio é celebrar e valorizar as 10 empresas que mais se destacaram no ano. A escolha dos vencedores é<br />
feita através da indicação de clientes, leitores e pessoas influentes do setor. Fábio Machado, diretor comercial da JOTA Editora,<br />
aponta o prêmio como uma homenagem para quem contribui e faz o segmento crescer. “Quando criamos esse prêmio tínhamos<br />
como único objetivo celebrar e valorizar o setor que nos dedicamos há quase 25 anos. Podem ter certeza de que essa<br />
edição será muito especial”, exalta Fábio.<br />
O Prêmio REFERÊNCIA conta com o apoio da: Abimci (Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente),<br />
ACIDERJ (Associação do Comércio e Indústria de Madeiras e Derivados do Estado do Rio de Janeiro), AIMEX (Associação<br />
das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará), CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de<br />
Madeira do Estado de Mato Grosso), DRV, Formóbile, Himev, Montana Química e MSM Química.<br />
Quem tiver interesse em participar deverá adquirir o seu ingresso para o jantar de entrega da premiação, pode entrar em<br />
contato através do telefone (41) 3333-1023 ou pelo e-mail comercial@jotaeditora.com.br.<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Festa em São Paulo<br />
A FLORESTAR (Associação Paulista de Produtores, Fornecedores e Consumidores de Florestas Plantadas), completou<br />
este ano 33 anos de fundação. A instituição, que surgiu com o propósito de fortalecer o setor de base florestal paulista,<br />
viveu diversas fases e nunca esteve tão ativa quanto agora. Ao longo de mais de três décadas, muitos profissionais fizeram<br />
parte da FLORESTAR e contribuíram para que a associação se tornasse uma instituição reconhecida dentro do Estado<br />
de São Paulo e respeitada, como é hoje. Para celebrar esse momento a associação fundada em 21 de agosto de 1990,<br />
lançou um vídeo que pode ser acessado através do QRcode abaixo. Além disso, ex-presidentes da associação foram convidados<br />
para dar um depoimento e contar parte de sua trajetória è frente da associação. É o caso de Caio Zanardo, que<br />
liderou a FLORESTAR entre 2016 e 2018. “Minha passagem pela presidência da FLORESTAR foi em um momento oportuno.<br />
Pude dar sequência ao trabalho feito pelo presidente anterior, José Ricardo Ferraz. Deixamos de ter sede própria e<br />
conseguimos otimizar alguns custos. Ampliamos nossa visão de planejamento”, relata Caio.<br />
Outro ex-presidente que deixou um depoimento sobre a experiência foi Jonas Salvador que salientou a seriedade do<br />
trabalho realizado pela FLORESTAR. “Estamos acima do associativismo. Estamos em um cooperativismo. Através da associação,<br />
as empresas associadas expõem suas demandas e compartilham seus problemas, umas ajudando outras. Desta<br />
maneira, conseguimos pautar os assuntos direcionados à sociedade, ao setor público ou privado. Isto facilita na distribuição<br />
das demandas e na obtenção de resultados positivos”, completou Jonas.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Encontro de silvicultura<br />
O V Encontro Brasileiro de Silvicultura, ocorrido no início de agosto, reuniu cerca de 600 empresários e profissionais da área florestal.<br />
A programação foi composta por seis palestras, divididas em dois painéis, seguidos por perguntas e debates. Após cada painel<br />
houve uma mesa redonda, abordando temas distintos, com outros palestrantes especialistas da área florestal. Organizado pela Embrapa<br />
Florestas e Malinovski, o encontro buscou promover o principal palco de discussões sobre silvicultura de florestas cultivadas do<br />
Brasil. Segundo Edilson de Oliveira, pesquisador da Embrapa Florestas e um dos organizadores do evento, o alto nível dos palestrantes<br />
tem proporcionado boas reflexões. “Selecionamos os melhores profissionais das áreas demandadas e o resultado sempre é muito positivo,<br />
pois fomenta discussões, além de trazer muita informação para quem atua no setor de plantação florestal”, resumiu Edilson.<br />
Os dois primeiros dias do evento foram divididos em painéis com convidados apresentando temáticas de relevância para o segmento<br />
florestal, partindo da silvicultura, mas pincelando sobre manejo, mudas e outras práticas relacionadas.<br />
No bloco final do evento, foram entregues premiações às cinco startups vencedoras do 1º prêmio Startup Expoforest, e também<br />
realizada a entrega de homenagens aos pesquisadores Paulo Ernani Ramalho Carvalho, da Embrapa Florestas, e Harri Lorenzi, diretor<br />
do Instituto Plantarum, que se destacam pelas inúmeras contribuições à área florestal.<br />
Fotos: Malinovski<br />
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Metas ambiciosas<br />
Mato Grosso do Sul tem atualmente 1,4 milhão de ha (hectares) em área de floresta plantada. A projeção é que nos<br />
próximos 7 anos o Estado chegue à marca de 2 milhões de ha, crescimento de 42,8%. Conforme representantes do setor<br />
florestal, somente neste ano, o acréscimo será de pelo menos 300 mil ha, o que totalizará 1,7 milhão de ha em extensão<br />
de floresta plantada.<br />
Diretor-executivo da Reflore-MS (Associação Sul Mato Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas),<br />
Dito Mário, destaca que, contando com as empresas hoje presentes no Estado, é possível estimar um aumento<br />
significativo. “Acredito que até 2030 podemos chegar a 2 milhões de ha ou até mais. Isso vai depender dos investimentos<br />
que poderão estar vindo”, vislumbra Dito.<br />
Conjectura que também é apontada pelo presidente da Reflore (MS), Júnior Ramires, que atribui a expectativa aos<br />
investimentos já anunciados, garantindo crescimento do setor por pelo menos os próximos 10 anos. “Com isso, as perspectivas<br />
que entendo para o setor daqui para frente são muito boas, uma vez que as fábricas do Estado precisarão ser<br />
abastecidas, daí devemos atingir os 2 milhões de ha nos próximos 5 ou 7 anos”, frisa Júnior.<br />
Em uma projeção futura, o secretário da Semadesc (Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia<br />
e Inovação), Jaime Verruck, revelou que a expansão em Mato Grosso do Sul será tão grande que a base econômica do<br />
Estado mudará. “São 60 mil ha já plantados de eucalipto e praticamente 140 mil ha já arrendados na região para fazer a<br />
base florestal para o próximo plano. Fase que nós estamos hoje”, destaca Jaime.<br />
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COLUNA<br />
Prontos para<br />
o futuro<br />
Segmento florestal de Mato<br />
Grosso enfrenta desafios ao<br />
cumprir antecipadamente novas<br />
regras de rastreabilidade e<br />
origem da madeira nativa<br />
Por meio de um<br />
trabalho conjunto será<br />
possível estabelecer<br />
práticas padronizadas<br />
que beneficiem,<br />
tanto o setor de base<br />
florestal, quanto o<br />
meio ambiente e a<br />
sociedade em geral<br />
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O<br />
setor de Base <strong>Florestal</strong> evoluiu em muitos aspectos. Em consonância<br />
com as boas práticas de desenvolvimento sustentável, consolidamos<br />
nossas bandeiras de manter a floresta em pé, do uso consciente da<br />
madeira e benefícios do manejo florestal, ressaltando a importância<br />
ambiental e econômica de nosso segmento empresarial para Mato<br />
Grosso. Neste contexto, estreitamos relacionamentos com os órgãos governamentais,<br />
instituições organizadas, associados e com a sociedade em geral.<br />
Para continuar avançando com equilíbrio ambiental, social e governamental, de<br />
forma ética e transparente nos negócios e buscando assegurar a competitividade e<br />
perenidade das empresas, o CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras<br />
de Madeira do Estado de Mato Grosso) ressalta a importância da participação das<br />
empresas no novo sistema do DOF (Documento de Origem <strong>Florestal</strong>). A licença obrigatória<br />
DOF+Rastreabilidade é uma ferramenta de emissão, gestão e monitoramento do<br />
transporte e armazenamento de produtos florestais de espécies nativas do Brasil e que<br />
possibilita ao setor florestal alcançar níveis mais elevados de responsabilidade ambiental,<br />
aspecto cada vez mais relevante no cenário global.<br />
A transição para o DOF+Rastreabilidade requer a colaboração abrangente de todos<br />
os agentes envolvidos, incluindo empresas, governos e organizações relevantes. Por<br />
meio de um trabalho conjunto será possível estabelecer práticas padronizadas que<br />
beneficiem, tanto o setor de base florestal, quanto o meio ambiente e a sociedade em<br />
geral. Em Mato Grosso, o setor florestal preza pela rastreabilidade e origem da madeira<br />
nativa, por isso trabalha seguindo à risca esse novo modelo. Estamos convictos de<br />
que o DOF+Rastreabilidade garante a legalidade da madeira, além de ajudar a combater<br />
o desmatamento ilegal e a promover a sustentabilidade florestal. Para avançar neste<br />
caminho, o diálogo e a busca coletiva por soluções transparentes são fundamentais,<br />
mirando a sustentação de um mercado forte e competitivo.<br />
Atualmente, Mato Grosso lidera a produção de madeira em tora, ultrapassando o<br />
Pará, com volume anual de 4,4 milhões de m3 (metros cúbicos) de madeira, segundo o<br />
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O Pará ocupa o segundo lugar no<br />
ranking nacional com 3,8 milhões (m3) de madeira em tora. Apesar disso, as indústrias<br />
de base florestal de Mato Grosso enfrentam condições desiguais na comercialização<br />
de sua produção no mercado nacional. Consumidores de matéria-prima de outros<br />
Estados, especialmente do sul e sudeste, têm optado pela produção das indústrias<br />
de base florestal da região norte - como Rondônia e Acre -, que ainda comercializam<br />
sua produção pela versão anterior do sistema DOF (DOF Legado), disponibilizado pelo<br />
IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis),<br />
mas que lançou em 2022 a versão mais recente, o DOF+Rastreabilidade. Com isso, indústrias<br />
desses Estados da região norte mantêm uma vantagem competitiva, diferentemente<br />
de Mato Grosso, que fez a transição para o DOF+Rastreabilidade e também<br />
adota o SISFLORA 2, sistema próprio estadual para emissão de documento de controle<br />
do transporte e armazenamento de produtos florestais.<br />
Em Mato Grosso, o setor de Base <strong>Florestal</strong> está entre os dez segmentos industriais,<br />
que mais arrecadam impostos, ocupando a nona posição em 2022, com R$ 66,2 milhões<br />
recolhidos aos cofres do governo estadual. Além disso, contribui com a geração<br />
de emprego e renda, ocupando 9.904 pessoas às quais foram pagos R$ 196,3 milhões<br />
em 2021, confirmando alta anual de 18,1% na massa salarial, conforme levantamento<br />
do Observatório da Indústria do Sistema Fiemt (Federação das Indústrias no Estado de<br />
Mato Grosso). Responsáveis pela maior proporção de empregos, as micro e pequenas<br />
empresas do setor de Base <strong>Florestal</strong> ocupam 7.742 pessoas ou 78,1% do total de 9.904<br />
contratados formalmente pelas indústrias do segmento no Estado.<br />
Os pequenos negócios representam a maioria (67,8%) do total de 869 empresas<br />
do setor de Base <strong>Florestal</strong> de Mato Grosso, somando 590 micro e pequenos empreendimentos.<br />
Após a crise enfrentada em 2019 e 2020, que levou ao fechamento de empresas<br />
do ramo, o setor voltou a crescer em 2022, com taxa de 42,6% acima de 2021.<br />
Outro aspecto relevante é que quase a metade do total de municípios de Mato Grosso<br />
possuem indústrias do setor de Base <strong>Florestal</strong>. Ao todo, são 66 cidades ou 46,8% dos<br />
141 municípios mato-grossenses com empresas do ramo.
FRASES<br />
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil<br />
O desmatamento não é feito<br />
pelo agricultor. É feito por<br />
grileiro de terra<br />
Geraldo Alckmin, vice-presidente da<br />
república em sabatina ao UOL<br />
“Nós não acreditamos nessa<br />
história da floresta intacta. A<br />
floresta precisa gerar renda<br />
para as pessoas. Mas precisa,<br />
obviamente, ter os maiores<br />
cuidados ambientais possíveis<br />
para que não gere poluição e,<br />
principalmente, para que não<br />
afaste essas populações. Porque<br />
elas são os maiores defensores<br />
da floresta, são as pessoas que aí<br />
atuam”<br />
Além da terra do queijo, do<br />
café e da cachaça, Minas<br />
Gerais é a casa das árvores.<br />
Por meio das nossas florestas<br />
certificadas, provaremos<br />
ao mundo que vários itens<br />
produzidos tendo a biomassa<br />
como insumo são verdes e,<br />
com isso, terão maior valor<br />
agregado. O fator preço não<br />
está sendo suficiente. As<br />
pessoas perguntam quanto<br />
custa e quanto polui”<br />
Adriana Maugeri, presidente da AMIF (Associação<br />
Mineira da Indústria <strong>Florestal</strong>)<br />
Agenor Leão, vice-presidente da Natura<br />
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ENTREVISTA<br />
Da teoria à<br />
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From theory to practice<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
Q<br />
uando se fala em indústria de base florestal se<br />
pensa muito no campo, nas máquinas e nas<br />
árvores, mas ele é feito primordialmente de<br />
pessoas. Alguns dos mais importantes são os<br />
engenheiros florestais, que são responsáveis por liderar e trazer<br />
as soluções para o campo através da pesquisa e desenvolvimento.<br />
Ailson Loper, engenheiro florestal e professor da UFPR<br />
(Universidade Federal do Paraná) relata aqui sua trajetória no<br />
setor, as demandas que o mercado traz e visões sobre o futuro<br />
do segmento florestal brasileiro.<br />
Ailson<br />
Loper<br />
W<br />
hen we talk about the Forest-based Sector,<br />
we think a lot about the field, the machines,<br />
and the trees, but it is primarily made up of<br />
people. Some of the more important are forestry<br />
engineers, who are responsible for leading and providing<br />
solutions to the field through research and development. Ailson<br />
Loper, Forestry Engineer and Professor at the Federal University<br />
of Paraná (Ufpr), speaks about his path in the Sector, the<br />
market’s demands, and his visions for the future of the Brazilian<br />
forestry segment.<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Graduação em Engenharia <strong>Florestal</strong> pela UFPR (Universidade<br />
Federal do Paraná), mestrado em Economia e doutorado em<br />
Engenharia <strong>Florestal</strong> também pela UFPR (Universidade Federal<br />
do Paraná). Atualmente é professor do DERE (Departamento<br />
de Economia Rural e Extensão), do SCA (Setor de Ciências<br />
Agrárias), da UFPR, e diretor executivo da APRE (Associação<br />
Paranaense de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>).<br />
Undergraduate studies in Forestry Engineering, Masters in<br />
Economics, and Ph.D. in Forestry Engineering, Federal University<br />
of Paraná (Ufpr). Currently, Professor at the Economics<br />
and Extension Department (Dere) of the Agrarian Sciences<br />
Sector (SCA), Federal University of Paraná (Ufpr) and Executive<br />
Director of the State of Paraná Association of Forest-Based<br />
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ENTREVISTA<br />
>> Como surgiu o interesse pela engenharia florestal?<br />
Provavelmente como muita gente começa, sem saber direito<br />
como é realmente o curso, mas atraído por essa fascinação<br />
que a floresta traz. Quando ainda estava no ensino médio,<br />
fazia trilha e tinha contato com a natureza. Do hobby surgiu<br />
um grupo de amigos e todos decidiram cursar engenharia<br />
florestal. O primeiro ano foi de mais dúvidas do que certezas,<br />
mas no segundo ano em diante, comecei a entender<br />
realmente tudo que poderia fazer e tomei a decisão de<br />
largar o emprego que tinha para focar na faculdade e no<br />
que ela poderia proporcionar. O que mais mexeu comigo,<br />
nem foi tanto a prática direta do campo, mas sim, a relação<br />
que a floresta, plantada ou nativa, tem sobre a sociedade e<br />
a comunidade que está inserida. Essas atividades foram realmente<br />
as que mais me trouxeram alegria durante o curso<br />
e também posteriormente na profissão. Acho importante<br />
salientar, para os leitores e para meus alunos, que há um leque<br />
muito grande de possibilidades, que a academia proporciona<br />
e o direcionamento ainda na graduação é chave para<br />
o profissional sair já focado no que vai fazer no mercado de<br />
trabalho.<br />
>> E a caminhada dentro da profissão?<br />
Comecei a estudar em 1999 e foi desesperador, algo que<br />
todos passam. O contato com as matérias básicas, sem ver<br />
a aplicabilidade do que se está aprendendo é muito pesado<br />
e hoje, na função de docente, acho que precisamos mudar.<br />
É importante que o estudante possa sentir o curso, sentir a<br />
profissão, já no início da faculdade. Retomando o raciocínio,<br />
passei por diversos laboratórios, fiz pesquisas, estágios e<br />
no final do curso passei a trabalhar no laboratório benefício<br />
da floresta, com foco em economia e política florestal, que,<br />
curiosamente, hoje coordeno com o doutor Vitor Hoeflich.<br />
E ainda dentro da universidade, uma das minhas maiores<br />
crises era a falta de conhecimento do grande público em<br />
relação a engenharia florestal e para mim a área tinha um<br />
potencial gigantesco. Via a engenharia como uma ferramenta<br />
para o desenvolvimento social e econômico. Tenho isso<br />
como um dogma: o setor de base florestal, que planta, colhe<br />
e replanta árvores no mesmo lugar tem um papel importantíssimo<br />
para a sociedade. A interação do ser humano com a<br />
floresta é intrínseca e nosso futuro depende da relação, que<br />
temos e teremos com a floresta. Quando me formei logo<br />
depois encaminhei meu mestrado e passei a trabalhar como<br />
professor de ensino fundamental. Ao final do mestrado<br />
trabalhei em uma consultoria e em 2008 recebi o convite da<br />
APRE. Desde então, há 15 anos concilio a docência, primeiro<br />
na PUC e depois na UFPR, e o trabalho na associação.<br />
>> A docência sempre foi um sonho?<br />
A docência é algo muito desafiador, pois ser professor é uma<br />
verdadeira vocação. Precisa-se estar lendo constantemente,<br />
se atualizando e sabendo de todas as novidades para poder<br />
ensinar. Não era um sonho, mas poder juntar a possibilidade<br />
de difundir conhecimento e continuar atuando no que<br />
gosto é muito gratificante. E claro, isso me ajuda também,<br />
How did you become interested in Forestry Engineering?<br />
Probably like many people, I started out not knowing exactly<br />
what my studies would be, but I was attracted by the<br />
fascination of the forest. When I was still in high school, I<br />
went hiking and had much contact with nature. A group of<br />
friends who participated with me in this pastime decided<br />
to study forest engineering. The first year was one that created<br />
more doubts than certainties, but in the second year<br />
of the course, I began to understand everything I could do<br />
and decided to quit my job and focus on my studies and<br />
what they could provide. What moved me the most was<br />
not so much the direct practice in the field but rather the<br />
relationship that the forest, planted or native, had on the<br />
society and the community in which it is inserted. These activities<br />
were the ones that brought me the most joy during<br />
the course and later in the profession. I must point out to<br />
the readers and my students that education provides many<br />
possibilities and directions. Graduation is the key for the<br />
professional to leave already focused on what he will do in<br />
the labor market.<br />
And your career within the profession?<br />
I started studying in 1999, and it was eye-opening, something<br />
everyone goes through. The contact with the basic<br />
subjects is very unclear without seeing the applicability of<br />
what is being learned, and today, in the role of teacher, I<br />
think it is something that we need to change. It is vital that<br />
the students feel the course material and the profession,<br />
even at the beginning of their studies. Resuming, I went<br />
through several laboratories and carried out research and<br />
internships. At the end of the course, I started to work in<br />
the Forest Benefit Laboratory (LBF), focusing on forest<br />
economics and policy, which, curiously, I coordinate with<br />
PhD Vitor Hoeflich who was my research director when I<br />
was still a student. Still, within the university, one of my<br />
biggest challenges is the lack of knowledge by the general<br />
public concerning forest engineering. For me, the area has<br />
a gigantic potential. I see engineering as a tool for social<br />
and economic development. I have this as a dogma: the<br />
Forest-based Sector, which plants, harvests, and replants<br />
trees in the same place, has a crucial role in society. The<br />
interaction of the human being with the forest is intrinsic,<br />
and our future depends on the relationship we have and<br />
will have with the forest. Soon after I graduated, I started<br />
my Master’s degree and started working as an elementary<br />
school teacher. At the end of my Master’s degree, I worked<br />
as a consultant, and in 2008, I was invited to work with<br />
Apre. Since then, for 15 years, I have been conciliating<br />
teaching, first at PUC and then at Ufpr, and working at the<br />
Association.<br />
Has teaching always been your dream?<br />
Teaching is very challenging because being a teacher<br />
is something I understand as a true vocation. You must<br />
constantly read, update yourself, and keep up with all the<br />
advances, to be able to teach about any new technologies.<br />
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Orientações para o<br />
abastecimento seguro<br />
da motosserra (parte 1)<br />
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Queimaduras, explosões, alergias e contaminação do solo<br />
são alguns dos riscos ao abastecer a motosserra<br />
A<br />
motosserra é uma máquina amplamente<br />
utilizada em operações florestais, sendo<br />
indicada para corte e poda de árvores, rebaixamento<br />
de tocos e até para o corte de<br />
lenha. É necessária muita atenção durante a<br />
operação, especialmente no processo de abastecimento e<br />
reabastecimento da máquina.<br />
Nessa fase do trabalho, podem ocorrer muitos danos<br />
à saúde do operador, desde alergias, devido ao contato da<br />
gasolina com a pele, até acidentes, como queimaduras e<br />
explosões. Por isso é muito importante ter conhecimento<br />
para operar a motosserra e realizar práticas seguras ao<br />
abastecer a máquina.<br />
Nessa edição, o Leitor confere as primeiras orientações<br />
essenciais para um correto e seguro abastecimento da<br />
motosserra.<br />
1. Escolha do local adequado<br />
Antes de iniciar o processo de abastecimento, deve-<br />
-se escolher um local seguro, plano e livre de quaisquer<br />
obstáculos. É fundamental que o abastecimento não seja<br />
realizado exatamente no local do uso da motossera e que<br />
a máquina nunca seja colocada em funcionamento no<br />
mesmo local onde foi realizado o abastecimento. Esses cuidados<br />
devem ser adotados para evitar o acúmulo de vapor<br />
e de gases na atmosfera. Também não se deve abastecer<br />
próximo a fontes de calor e faísca, por isso é expressamente<br />
proibido abastecer próximo a cigarro aceso. O operador<br />
sempre deve escolher um espaço<br />
aberto e com boa ventilação<br />
para realizar o abastecimento.<br />
corrente em abundância e realizar a substituição da vestimenta<br />
molhada.<br />
3. Abastecimento da motosserra<br />
Para realizar o abastecimento, é preciso desligar a motosserra<br />
e colocá-la com o bocal para cima. Nem sempre<br />
há a possibilidade de esperar a máquina esfriar, portanto<br />
é fundamental observar a seguinte orientação: nunca<br />
movimentar o misturador ou o recipiente que contém<br />
o combustível por cima da máquina, sempre abastecer<br />
trazendo o recipiente pelo lado do cabo traseiro. Dessa<br />
forma, reduz-se o risco de ocorrerem respingos em partes<br />
quentes da máquina, como o silenciador, o cilindro ou<br />
ainda o volante magnético.<br />
4. Utilização de recipientes adequados<br />
É fundamental utilizar recipientes aprovados para<br />
armazenar e transportar gasolina/combustível, ou aqueles<br />
específicos dos fabricantes das motosserras. Nunca se<br />
deve reaproveitar embalagens que tenham sido usadas<br />
anteriormente para armazenamento de produtos de limpeza,<br />
químicos ou ainda de veneno. O combustível armazenado<br />
nessas embalagens pode trazer prejuízos para o<br />
carburador e o motor da motosserra.<br />
Na próxima edição falaremos de mais cinco orientações<br />
essenciais para um correto e seguro abastecimento<br />
da motosserra. Não perca!<br />
2. Utilização do EPI (equipamento<br />
de proteção individual)<br />
Mesmo durante o abastecimento,<br />
é muito importante<br />
utilizar vestimentas adequadas,<br />
sobretudo luvas, óculos e respiradores<br />
de segurança. Deve-se<br />
priorizar roupas compridas, protegendo<br />
toda a pele do operador.<br />
Se por ventura a gasolina entrar<br />
em contato com a pele, é preciso<br />
lavar a região afetada com água<br />
Foto: divulgação<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
PRINCIPAL<br />
CICLO<br />
COMPLETO<br />
56 www.referenciaflorestal.com.br
Fabricante foca<br />
em tecnologia,<br />
conectividade e<br />
sustentabilidade<br />
para oferecer<br />
soluções completas<br />
para a abertura e<br />
manutenção de<br />
estradas, preparo de<br />
solo, plantio, colheita<br />
e baldeio no campo<br />
ou pátio, além de<br />
serviços de pós-venda<br />
Fotos: divulgação e Malinovski<br />
Setembro 2023<br />
57
PRINCIPAL<br />
O<br />
ciclo florestal é longo e complexo. O processo de<br />
produção da matéria-prima da indústria de base<br />
florestal é cheio de minúcias e a demanda por aumento<br />
de produtividade se tornou o grande desafio<br />
para fabricantes de equipamentos. Estar presente<br />
do plantio ao transporte das árvores é algo que poucos podem<br />
oferecer. A Komatsu Forest está nesse seleto grupo e atualizou<br />
seu catálogo de equipamentos para se tornar a primeira empresa<br />
a ter a cobertura completa de máquinas e serviços no segmento<br />
da cadeia florestal brasileira.<br />
Quem visitou o estande da Komatsu Forest na ExpoForest 2023,<br />
pôde conhecer de perto cada uma das soluções trazidas pela empresa.<br />
Com mais de 20 mil m2 (metros quadrados), a experiência<br />
no estande contava com uma visita guiada que passava por todos<br />
os passos do ciclo florestal, preparação do solo, plantio, corte e<br />
baldeio, e depois conhecia o equipamento Komatsu e as soluções<br />
de pós-venda, que operam em conjunto com a respectiva atividade.<br />
Ainda, completando a necessidade de máquinas utilizadas<br />
nas atividades de campo e indústria, apresentou equipamentos<br />
destinados a fabricação de estradas e manejo de toras em pátio.<br />
Eduardo Nicz, diretor-presidente da Komatsu Forest Brasil,<br />
destacou que o formato da feira permitiu mostrar tudo que os<br />
equipamentos Komatsu oferecem, que vão muito além da alta<br />
performance já reconhecida pelo mercado. “Nossas máquinas têm<br />
como diferencial em tecnologia sistemas de gestão de frotas inteligentes,<br />
com comparativos de benchmarking de operadores para<br />
melhorar o desempenho de toda a operação e, consequentemente,<br />
resultados do cliente”, valoriza Eduardo.<br />
LANÇAMENTOS E NOVIDADES<br />
Os dois grandes destaques da Komatsu desse novo momento de<br />
cobertura completa do ciclo florestal da empresa estão em momentos<br />
bem distintos. A plantadeira PC210 P12B abre portas para mais<br />
eficiência no processo de plantio. A PC210 Planter é apresentada<br />
pela Komatsu como uma solução perfeita para o mercado de silvicultura<br />
de precisão em área declivosa e em condições severas de<br />
solo e manejo. A Planter comtempla a PC210, que é uma máquina<br />
classe de 20 toneladas da linha Komatsu 10 de alta performance<br />
com o cabeçote Komatsu Bracke modelo P12B, foi desenvolvida<br />
exclusivamente para operação no mercado brasileiro. Um dos<br />
principais diferenciais do conjunto é a preparação para atuar em<br />
24h (horas). O equipamento efetua seis operações simultâneas<br />
e conjugadas: preparo de solo, preparo da bacia e cova, plantio,<br />
fertilização, irrigação e geoposicionamento da muda. Esse último<br />
é aliado a um sistema de telemetria via satélite e assistente de<br />
plantio, que indica o local exato para plantar a muda.<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
Setembro 2023 59
Setembro 2023 61
PESQUISA<br />
Sob<br />
MEDIDA<br />
Pesquisa seleciona árvores para a indústria<br />
moveleira do Ceará de acordo com as<br />
características de clima de solo do Estado<br />
Fotos: REFERÊNCIA e divulgação<br />
62 www.referenciaflorestal.com.br
B<br />
oa parte do Estado do Ceará apresenta forte<br />
insolação, baixas precipitações, solos arenosos<br />
e ventos fortes. Nesse ambiente parecia<br />
improvável produzir madeira de qualidade<br />
para atender aos padrões da indústria<br />
moveleira ou para produzir energia. Mas, os cientistas da<br />
EMBRAPA estão mostrando que é possível plantar florestas<br />
nessas condições. Projeto iniciado há 12 anos, conduzido<br />
em Acaraú (CE), pela EMBRAPA (Empresa Brasileira<br />
de Pesquisa Agropecuária) Agroindústria Tropical e pela<br />
EMBRAPA Florestas (PR), avaliou 39 espécies no total, 29<br />
nativas e 10 exóticas, além de 6 híbridos de eucaliptos, e<br />
mostrou as que mais se adaptaram à região.<br />
A líder da ação, a pesquisadora da EMBRAPA Diva<br />
Correia, conta que o material tem potencial para aproveitamento<br />
na indústria de móveis, energia e também<br />
para outros fins como a produção de mel, arborização,<br />
recuperação de áreas degradadas, na construção civil ou<br />
como alternativa de componente florestal em sistemas<br />
de ILPF (integração lavoura-pecuária e floresta). “Várias<br />
espécies e clones de eucaliptos apresentaram ótima resposta<br />
para adaptação”, destaca Diva.<br />
A ideia dos pesquisadores é ter recomendações de<br />
espécies florestais para diferentes regiões do Ceará. O<br />
primeiro experimento foi instalado em 3 ha (hectares) de<br />
área de irrigação do DNOCS (Departamento Nacional de<br />
Setembro 2023<br />
63
PESQUISA<br />
Obras Contra as Secas), na zona rural de Acaraú, em área<br />
limítrofe com o município de Marco (CE). Com 3 anos<br />
de instalação, foi realizada a primeira etapa de seleção e<br />
as espécies com boa adaptação às condições da região<br />
avançaram para novas etapas de experimentação, com<br />
novos ensaios experimentais envolvendo seleção de matrizes<br />
de espécies nativas, espaçamentos e testes clonais<br />
em eucaliptos, além de estudos de qualidade da madeira<br />
e aproveitamento de resíduos para o desenvolvimento<br />
de novos materiais.<br />
Atualmente, além do experimento instalado em Acaraú,<br />
existem testes em Tabuleiro do Norte (na chapada<br />
do Apodi), em Aracati, em Marco, em Pacajus e Quixeramobim,<br />
no Sertão Central do Ceará. Ao todo, estão em<br />
avaliação 85 clones de eucaliptos, além de 24 espécies<br />
nativas e 9 exóticas.<br />
João Alencar, pesquisador que atua no projeto, afirma<br />
que os clones de eucaliptos são muito promissores,<br />
por seu rápido crescimento e adaptabilidade às condições<br />
de solo e clima da região e apresentam potenciais<br />
de uso para móveis e energia. “Entre as espécies nativas<br />
avaliadas existem várias que têm bom desenvolvimento<br />
e, assim como os clones de eucaliptos, têm potencial<br />
para produção de móveis, geração de energia, bem como<br />
serem utilizadas na reposição florestal, apicultura, componente<br />
florestal em sistemas integrados, entre outros<br />
usos”, relata João.<br />
O pesquisador da EMBRAPA Alisson Santos salienta a<br />
Entre as espécies nativas avaliadas<br />
existem várias que têm bom<br />
desenvolvimento e, assim como os<br />
clones de eucaliptos, têm potencial<br />
para produção de móveis, geração de<br />
energia, bem como serem utilizadas<br />
na reposição florestal, apicultura,<br />
componente florestal em sistemas<br />
integrados, entre outros usos<br />
João Alencar, pesquisador do projeto<br />
64 www.referenciaflorestal.com.br
CABEÇOTE FLORESTAL<br />
PROJETADO PARA<br />
FACILITAR A OPERAÇÃO E<br />
GARANTIR EFICIÊNCIA E<br />
PRODUTIVIDADE AOS<br />
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OU EUCALIPTO, O<br />
EQUIPAMENTO ALIA<br />
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ATRELADA À LEVEZA<br />
FAZ COM QUE O<br />
CABEÇOTE H61<br />
ALCANCE ALTA<br />
PERFORMANCE,<br />
AGILIDADE E<br />
PRECISÃO NO CORTE,<br />
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certificados garantem o controle de<br />
processo comprovado no desenvolvimento<br />
das melhores soluções para o seu<br />
negócio florestal.<br />
O<br />
da questão<br />
em transporte<br />
de carga florestal!<br />
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68 www.referenciaflorestal.com.br
TRABALHO DE CAMPO<br />
Time de<br />
ELITE<br />
Paraná cria grupo técnico para proteger<br />
os cultivos florestais do Estado<br />
Fotos: divulgação<br />
A<br />
madeira representa o terceiro produto<br />
de exportação do agronegócio<br />
paranaense, com área total plantada<br />
superior a 1,1 milhão de ha (hectares),<br />
que produz, em média, 116,6 m3<br />
(metros cúbicos) por dia. O setor emprega mais de<br />
100 mil pessoas nas 5.680 empresas do segmento.<br />
Para preservar esse patrimônio, foi instituído o<br />
GT-Deflo (Grupo Técnico de Defesa <strong>Florestal</strong>), que<br />
une entidades públicas e privadas. O grupo terá<br />
como função estabelecer diretrizes e ações de controle,<br />
monitoramento, prevenção e erradicação de<br />
pragas florestais que possam colocar em risco esse<br />
segmento de interesse econômico para o Estado.<br />
Ele foi criado por meio da Resolução Conjunta<br />
número 4 , da SEAB (Secretaria de Estado da Agricultura<br />
e do Abastecimento) e da ADAPAR (Agência<br />
de Defesa Agropecuária do Paraná). “O Paraná tem<br />
uma presença muito importante no mundo da madeira,<br />
plantamos bastante, cultivamos e colhemos,<br />
para transformar em cavaco para energia, madeira<br />
bruta serrada que vai para o mundo, laminação,<br />
placas MDF e MDP, papel e celulose”, destacou o<br />
secretário Norberto Ortigara. “É preciso preservar<br />
esse grande potencial para continuarmos a conquistar<br />
do mundo”, completou Norberto.<br />
70 www.referenciaflorestal.com.br
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TRABALHO DE CAMPO<br />
O Estado é responsável por mais de 55% do<br />
volume de madeira de pinus produzida no Brasil<br />
e líder em exportação de compensados de pinus,<br />
painéis reconstituídos e molduras. No setor de papel,<br />
é o segundo maior exportador.<br />
Segundo levantamento da APRE (Associação<br />
Paranaense de Empresas de Base <strong>Florestal</strong>), em<br />
2020 as empresas paranaenses de celulose apresentaram<br />
maior participação no segmento no país,<br />
com 25,5%. O Paraná é também responsável por<br />
aproximadamente 16,5% dos empregos do setor<br />
florestal do Brasil.<br />
Com grande valorização de preços em 2022, os<br />
produtos florestais apresentaram crescimento real<br />
de 37% no VBP (Valor Bruto de Produção), alcançando<br />
R$ 9,4 bilhões, de acordo com os dados preliminares<br />
levantados pelo Deral (Departamento de<br />
Economia Rural), da Seab. O destaque ficou para as<br />
toras para papel e celulose que dobraram de valor<br />
atingindo R$ 1,8 bilhão.<br />
O mercado aquecido tanto internamente quanto<br />
no exterior para toras de serraria e laminação<br />
também levou a um aumento de 40% no VBP desses<br />
produtos, que somou R$ 5,5 bilhões. No Paraná<br />
foram extraídos 28,5 milhões de m3 dessas toras.<br />
“São números expressivos que demonstram a necessidade<br />
de conjugarmos esforços para elevar a<br />
proteção e a sanidade das florestas do Estado face<br />
aos riscos que as pragas podem causar a essa grande<br />
riqueza”, defendeu o presidente da ADAPAR,<br />
Otamir Cesar Martins.<br />
Além da SEAB, da ADAPAR e da APRE, o GT-Deflo<br />
inclui representantes do IDR-Paraná (Instituto<br />
de Desenvolvimento Rural do Paraná), Ministério<br />
da Agricultura e Pecuária, OCEPAR (Organização<br />
das Cooperativas do Paraná), EMBRAP (Empresa<br />
Brasileira de Pesquisa Agropecuária), FUPEF (Fundação<br />
de Pesquisas Florestais do Paraná), FAEP<br />
(Federação da Agricultura do Paraná) e UFPR (Universidade<br />
Federal do Paraná).<br />
72 www.referenciaflorestal.com.br
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ECONOMIA<br />
Novo<br />
PROGRAMA<br />
Coalizão Verde com bancos de<br />
desenvolvimento anunciam R$ 4,5 bi para<br />
micro, pequenas e médias empresas<br />
Fotos: divulgação<br />
74 www.referenciaflorestal.com.br
O<br />
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento<br />
Econômico e Social), o BID (Banco<br />
Interamericano de Desenvolvimento) e<br />
bancos de desenvolvimento dos países<br />
da Bacia Amazônica, lançaram a Coalizão<br />
Verde, uma aliança internacional pioneira para promoção<br />
do desenvolvimento sustentável na região. O lançamento<br />
ocorreu durante o seminário: Coalizão Verde - Mobilizando<br />
Recursos para o Desenvolvimento Sustentável da<br />
Amazônia; realizado em Belém (PA), que recebeu a Cúpula<br />
da Amazônia, reunião de chefes de Estado da região.<br />
Também nesta segunda, os presidentes do BNDES, Aloizio<br />
Mercadante, e do BID, Ilan Goldfajn, assinaram a carta de<br />
intenções do Pro-Amazônia, um programa conjunto entre<br />
as duas instituições que destinará aproximadamente R$<br />
4,5 bilhões para operações de crédito com microempreendedores<br />
individuais e micro, pequenas e médias empresas<br />
da região amazônica.<br />
Segundo o ministro, além da parceria histórica entre<br />
BNDES e BID na Coalizão Verde, o Pro-Amazônia é mais<br />
um passo para o desenvolvimento sustentável da região.<br />
Os bancos públicos respondem por 15% do crédito na economia<br />
e têm um papel fundamental no enfrentamento às<br />
mudanças climáticas. “Se o sistema financeiro não mudar,<br />
a economia mundial não vai mudar”, filosofou Aloizio Mercadante.<br />
O presidente do BID, Ilan Goldfajn, adiantou o que<br />
é possível esperar das ações da Coalizão Verde. “São 19<br />
bancos de desenvolvimento da região. Com essa coalizão,<br />
vamos apoiar a Amazônia de forma sustentável. A ideia<br />
não é só acesso a crédito, mas também alavancar o desenvolvimento<br />
do sistema privado por meio de uma mudança<br />
de patamar do financiamento”, destacou Ilan.<br />
Setembro 2023<br />
75
ECONOMIA<br />
A partir da assinatura, os bancos signatários da coalizão<br />
se comprometem a trabalhar de forma coordenada<br />
e complementar, alavancando capacidades e expertises<br />
para financiar projetos públicos e privados que permitam<br />
alternativas econômicas sustentáveis, inclusivas e positivas<br />
para o clima; projetar soluções financeiras inovadoras,<br />
combinando recursos públicos e privados para mitigar<br />
riscos; e impulsionar a cooperação técnica para gerar um<br />
pipeline robusto de projetos e consolidar um novo modelo<br />
de desenvolvimento sustentável para a região amazônica.<br />
Também participaram do lançamento as ministras Marina<br />
Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) e Simone<br />
Tebet (Planejamento e Orçamento), do Brasil, e Susana<br />
Muhamad (Meio Ambiente), da Colômbia; a vice-governadora<br />
do Pará, Hana Tuma; o prefeito de Belém, Edmilson<br />
Rodrigues; as diretoras do BNDES, Natália Dias (Mercado<br />
de Capitais e Finanças Sustentáveis) e Tereza Campello (Socioambiental)<br />
e a integrante do Conselho de Administração<br />
do Banco, Izabella Teixeira; entre outros especialistas e<br />
autoridades.<br />
A Coalizão Verde tem como objetivo promover soluções<br />
financeiras e condições propícias para criar e fortalecer<br />
atividades produtivas locais e impulsionar projetos<br />
social, ambiental e economicamente sustentáveis, respeitando<br />
as características locais e regionais.<br />
Entre as áreas de trabalho, incluem-se melhorar a<br />
renda, o emprego, a segurança, o saneamento, a saúde e<br />
a educação; habilitar conectividade, infraestrutura verde e<br />
transição energética; promover a conservação e restauração<br />
do bioma Amazônia; apoiar as MPMEs (Micro, Pequenas<br />
e Médias Empresas) na geração de produtos e serviços<br />
de valor agregado em atividades econômicas favoráveis ao<br />
clima; e melhorar as capacidades institucionais e digitalização<br />
dos serviços públicos. Novos anúncios referentes à<br />
coalizão devem ser feitos na próxima COP 28, em Dubai.<br />
Programa Pro-Amazônia - Após a assinatura da Declaração<br />
da Coalizão Verde, BNDES e BID assinaram a carta de<br />
intenções para implementar o Programa de Acesso ao Crédito<br />
para MPMEs e Pequenos Empreendedores (Pro-Amazônia),<br />
estimado em aproximadamente R$ 4,5 bilhões ou<br />
US$ 900 milhões. O compromisso inclui um empréstimo de<br />
US$ 750 milhões do BID, com US$ 150 milhões do BNDES,<br />
que vai implementar o programa por meio de agentes<br />
financeiros credenciados. Os empréstimos individuais devem<br />
cumprir com as políticas de salvaguardas ambientais<br />
e sociais do BID e do BNDES. Empresas e pequenos empreendedores<br />
de múltiplos setores serão beneficiados com<br />
financiamento para modernização, expansão, aquisição de<br />
bens e equipamentos e inovação. O financiamento incluirá<br />
incentivos à adoção de práticas sustentáveis, contribuindo<br />
para gerar empregos e construir uma economia equilibrada<br />
e ambientalmente responsável na região.<br />
76 www.referenciaflorestal.com.br
FEIRA<br />
Expoforest<br />
2023<br />
78 www.referenciaflorestal.com.br
Feira do setor florestal teve<br />
participação de empresas do<br />
segmento de biomassa<br />
Fotos: REFERÊNCIA e Malinovski<br />
A<br />
V Expoforest – Feira <strong>Florestal</strong> Brasileira, reuniu<br />
mais de 200 empresas que estiveram expondo<br />
seus lançamentos, equipamentos e serviços<br />
para o setor, através de demonstrações dinâmicas<br />
e estandes inovadores. A feira se consolidou<br />
como a maior feira florestal dinâmica do planeta e<br />
aconteceu entre os dias 9 e 11 de agosto, em uma área de<br />
plantação de eucaliptos pertencente à Sylvamo, em Guatapará<br />
(SP), município próximo à Ribeirão Preto (SP). A exposição<br />
atraiu pessoas de todos os Estados do Brasil e visitantes<br />
de 43 países, que puderam conferir em primeira mão os<br />
lançamentos mundiais realizados no evento. O mercado estava<br />
ansioso em apresentar os lançamentos uma vez que a<br />
feira não era realizada há 5 anos e outro motivo do sucesso<br />
foi por ter sido o primeiro do gênero e porte a ser realizado<br />
após a pandemia do covid-19.<br />
Fábio Machado, diretor comercial da Revista REFERÊN-<br />
CIA FLORESTAL, considera a relevância do encontro. “A Expoforest<br />
2023 foi excelente. E afirmo sem medo de que a edição<br />
2023 foi a melhor das cinco edições. Seja pelo volume<br />
de visitantes, qualificação do público ou mesmo estrutura<br />
da feira, tudo que foi feito nestes dias elevou o patamar do<br />
evento para um nível que muitos não imaginavam que poderia<br />
ser feito algo do gênero fora da Europa e América do<br />
Norte”, valorizou Fábio. O diretor destacou a parte dinâmica<br />
da feira, onde as máquinas puderam ser vistas em plena<br />
atividade, oferecendo um verdadeiro espetáculo visual para<br />
os expectadores e uma mostra da qualidade das máquinas<br />
para quem tinha interesse em conhecer melhor o funcionamento.<br />
“Chamar de Extreme deixou de ser um adjetivo para<br />
valorizar a feira e se tornou uma verdadeira demonstração<br />
da realidade que o evento proporciona”, completou Fábio.<br />
Setembro 2023<br />
79
FEIRA<br />
ARMAC<br />
Oferecendo soluções de serviços e locação de<br />
máquinas de grande porte em todo o Brasil, a Armac<br />
fez sua estreia na Expoforest. Presente no mercado<br />
florestal na abertura de estradas, carga, descarga,<br />
e baldeio, a empresa teve como objetivo na feira<br />
fortalecer a presença no segmento da silvicultura,<br />
como explica Mairon Karr, head comercial da Armac.<br />
“Vemos esse mercado como uma atividade perene<br />
na nossa economia, que vem em um forte crescimento<br />
e temos as máquinas necessárias para fortalecer<br />
esse crescimento”, destacou Mairon.<br />
BACHIEGA<br />
A empresa Bachiega foi uma das atrações da<br />
feira com sua carreta estande e com seu novo lançamento.<br />
“Apresentamos na Expoforest o piso móvel<br />
patenteado pela nossa empresa. Um equipamento<br />
com capacidade para 111 m3 (metros cúbicos), que<br />
fez muito sucesso. Viemos com a carreta estande<br />
reestilizada, onde foi instalada uma base de piso<br />
móvel com diferentes tipos de perfis para diversas<br />
aplicações. Foi muito boa a feira, recebemos clientes<br />
do Brasil todo e da América do Sul”, elogiou<br />
Sheila Bachiega, diretora da empresa.<br />
BRUNO FOREST<br />
A Bruno Forest apresentou o novo integrante<br />
da sua linha de picadores florestais: o Titan. Os<br />
visitantes da Expoforest 2023 puderam conferir de<br />
perto o desempenho do equipamento durante as<br />
demonstrações, que ocorreram nos três dias de<br />
feira. “Nosso novo lançamento, que trouxemos para<br />
a Expoforest, é o Titan, um picador florestal de mil<br />
cavalos, que apresenta robustez, segurança e alta<br />
produtividade nas mais diversas essências florestais”,<br />
destacou Lucas Antonini, gerente de vendas da<br />
área florestal da empresa.<br />
80 www.referenciaflorestal.com.br
Setembro 2023 81
82 www.referenciaflorestal.com.br
Setembro 2023 83
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anuncia seu novo posicionamento<br />
e portfólio de serviços, na busca<br />
por um caminho de cada vez mais<br />
excelência e liderança no setor, com<br />
estratégia focada na governança e<br />
confiabilidade das suas atividades.<br />
Assim, a Reflorestar reafirma seu compromisso<br />
ao oferecer soluções completas para atender às<br />
mais diversas demandas de seus clientes em<br />
segmentos diversos, como celulose, energia e<br />
carvão vegetal renovável: desde o sistema de<br />
colheita full tree e CTL, até a silvicultura<br />
mecanizada.<br />
Governança e transparência<br />
como marca registrada<br />
Neste novo capítulo, a<br />
Reflorestar se destaca por<br />
uma estrutura de gestão<br />
robusta, construída sobre<br />
pilares sólidos de<br />
governança corporativa,<br />
o que se traduz em<br />
eficiência operacional<br />
e administrativa,<br />
compromisso de entrega e<br />
valores transparentes.<br />
Além disso, capacitação e<br />
desenvolvimento são cada<br />
vez mais palavras de<br />
ordem dentro da empresa,<br />
com sinergia entre<br />
inovação e expertise.<br />
“São novos conceitos que<br />
trazemos para a<br />
Reflorestar, dando essa<br />
oportunidade aos<br />
profissionais, juntamente<br />
a novas soluções ao<br />
mercado”, conta o sócio<br />
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No início do mês, a Reflorestar participou da<br />
5ª Expoforest, em Guatapará (SP), uma oportunidade<br />
de a empresa se apresentar como especialista em<br />
colheita full tree e colheita em áreas inclinadas, nova<br />
tendência do setor florestal. O Gerente Geral de<br />
Operações, Nilo Neiva, ressaltou que o evento mostrou<br />
a principal política da Reflorestar: o desenvolvimento<br />
contínuo da eficácia operacional.
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Codornada <strong>Florestal</strong><br />
A 1ª ExpoSul <strong>Florestal</strong> 2023 chegou para evoluir e expandir a rica tradição da<br />
Codornada <strong>Florestal</strong>, apresentando uma visão audaciosa para o futuro do setor florestal.<br />
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Setembro 2023<br />
111
PRODUTIVIDADE<br />
O<br />
pinus é a segunda espécie florestal<br />
mais cultivada no Brasil (19,4%),<br />
atrás do eucalipto (75,8%), sendo<br />
que a área total de florestas plantadas<br />
é de aproximadamente 9,93<br />
milhões de ha (hectares). A maior parte (88,9%) dos<br />
1,93 milhões de ha plantados com pinus se encontram<br />
nos três Estados da região sul, principalmente<br />
Paraná (37%) e Santa Catarina (37%), tendo esse<br />
último apresentado incremento significativo a partir<br />
de 2019. Fora dessa região, o pinus é cultivado em<br />
São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás<br />
e Rondônia.<br />
As principais destinações do pinus cultivado são<br />
a produção de papel, celulose, laminados e madeira<br />
serrada. Em relação à produção de papel e celulose,<br />
que no Brasil emprega o uso de matérias-primas<br />
de áreas 100% reflorestadas, o pinus participa com<br />
aproximadamente 30% do total.<br />
De forma a retratar o cenário de custos do cultivo<br />
de pinus, dados levantados pelo Projeto Campo<br />
Futuro em 2022 por iniciativa da CNA (Confederação<br />
da Agricultura e Pecuária do Brasil) e do SENAR (Serviço<br />
Nacional de Aprendizagem Rural), servem de<br />
Em relação à produção de papel e<br />
celulose, que no Brasil emprega o<br />
uso de matérias-primas de áreas<br />
100% reflorestadas, o pinus<br />
participa com aproximadamente<br />
30% do total<br />
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RESUMO<br />
M<br />
odelos de agricultura e silvicultura convencionais<br />
vêm impactando fortemente a biodiversidade<br />
em nível global. O Brasil é um<br />
dos principais representantes destes setores,<br />
que devem buscar modelos mais sustentáveis.<br />
Plantações florestais com espécies nativas têm se<br />
mostrado alternativas para promoção da produção socioeconômica<br />
e da conservação da biodiversidade. Entretanto<br />
essas abordagens bottom-up de conservação, ou seja, incorporando<br />
os interesses da população local, são pouco incentivadas<br />
no país. Araucaria angustifolia é uma conífera nativa,<br />
com potencial madeireiro já conhecido. Sua madeira foi<br />
explorada de forma intensiva até a década de 1970, o que<br />
influenciou para que fosse classificada como ameaçada de<br />
extinção. Embora seu extrativismo seja proibido, o comércio<br />
madeireiro ainda ocorre e é sustentado por meios ilegais, ou<br />
por plantios privados licenciados. Assim, devido a sua madeira<br />
de alta qualidade e sua importância para biodiversidade<br />
nativa, plantios silviculturais com essa espécie podem ser<br />
estratégia de uso para conservação. O objetivo desta dissertação<br />
foi caracterizar os plantios silviculturais da espécie no<br />
Rio Grande do Sul, visando fundamentar o desenvolvimento<br />
sustentável do setor. A Secretaria do Meio Ambiente do Rio<br />
Grande do Sul permite a realização de plantios silviculturais<br />
desta espécie, mediante emissão do CIFPEN (Certificado<br />
de Identificação de Floresta Plantada com Espécie Nativa).<br />
Assim, como base desta pesquisa, foram utilizadas as informações<br />
de todos os processos de CIFPEN abertos de janeiro<br />
de 2017 a maio de 2021. Ao total, foram estudados 640<br />
processos. As propriedades com plantios da espécie no Rio<br />
Grande do Sul estão concentradas em dois polos. Proprietários<br />
apresentaram pouco interesse em novos plantios de espécies<br />
nativas. Propriedades com o plantio citado possuem<br />
diferença quanto a aspectos fundiários e ambientais em<br />
relação a propriedades com silvicultura de espécies nativa<br />
e sem silvicultura. De modo geral, essas características indicam<br />
que a silvicultura de Araucaria angustifolia está associada<br />
com melhores condições de ecossistemas nativos, além<br />
Setembro 2023<br />
117
ARTIGO<br />
de promover a conservação da própria espécie. Em relação<br />
ao incremento diamétrico médio anual, este é influenciado,<br />
principalmente, pelo fator idade, com maiores taxas ocorrendo<br />
até os 40 anos do plantio, aproximadamente. Acima<br />
desta faixa etária, os melhores resultados de incremento<br />
são encontrados em regiões com outono úmido, em solos<br />
profundos com alto teor de matéria orgânica e, ainda, com<br />
verões abaixo de 142 mm (milímetros) de precipitação, características<br />
concentradas em uma grande região à norte do<br />
Estado e em manchas à oeste. Ainda, é importante considerar<br />
que outras variáveis não analisadas neste estudo podem<br />
ter influência no crescimento da espécie, tais como, fatores<br />
genéticos e manejo. Conclui-se que para expandir o CIFPEN,<br />
é essencial que este seja mais bem traduzido e divulgado à<br />
população, sobretudo em relação a aspectos legais.<br />
INTRODUÇÃO<br />
O aumento populacional e a consequente necessidade<br />
por mais matéria-prima vêm causando um fenômeno global<br />
de conversão do uso da terra, caracterizado por ocorrer<br />
em alta magnitude e velocidade (Meyer; Turner, 1992). A<br />
produção agrícola monocultural vem apresentando-se como<br />
um dos principais motores para este processo, afetando a<br />
biodiversidade, os recursos hídricos e as condições climáticas<br />
(Zhao; Pitman; Chase, 2001; Ortiz et al., 2021; Hoekstra;<br />
Mekonnen, 2012). Além deste, o cultivo monoespecífico de<br />
espécies invasoras em plantios silviculturais também é forte<br />
ameaça (Vilà et al., 2011; Gallardo et al. 2017; Castro-Diez<br />
et al., 2019; Pysek et al., 2020; Helsen et al., 2021). Espécies<br />
exóticas invasoras caracterizam-se por apresentarem ampla<br />
dispersão (Gallardo; Vila, 2019; Gurevitch; Padilla, 2004;<br />
Mack et al., 2000), dessa forma, seu cultivo em larga escala<br />
promove a ampliação da área de invasão destas espécies,<br />
as quais competem com as espécies nativas por recursos,<br />
influenciando negativamente a riqueza de espécies e os serviços<br />
ecossistêmicos (Castro-Diez et al., 2019; Pysek et al.,<br />
2020; Helsen et al., 2021; Piña-Rodrigues; Silva, 2021).<br />
O Brasil tem forte representatividade em seu setor primário,<br />
sendo destaque tanto na agricultura, como no plantio<br />
de árvores exóticas. Aproximadamente 25% do PIB (Produto<br />
Interno Bruto) do país corresponde ao setor do agronegócio<br />
(Martinelli et al., 2010). Tal modalidade de cultivo ocupa<br />
30% da cobertura territorial do país e vem sofrendo significativo<br />
aumento em área desde 1980, o qual é concomitante<br />
com o desmatamento de florestas nativas (Martinelli et<br />
al., 2010). Em relação as florestas plantadas, a silvicultura<br />
de espécies exóticas representa, aproximadamente, 98%<br />
da área total de árvores plantadas em território brasileiro<br />
(Brockerhoff et al., 2008; Fearnside, 1998; IBA, 2017). Destacam-se<br />
os gêneros pinus e eucalyptus, que juntos correspondem<br />
a pouco mais de 93% desta área (Valverde, 2012).<br />
Uma projeção realizada por Fearnside (1998) indica que, até<br />
2050, essas áreas possam sofrer um aumento de 3,2 vezes<br />
em relação a 1991. Ainda, os Estados do sul e do sudeste<br />
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apresentam as maiores porções de área ocupada por plantações<br />
silviculturais com espécies exóticas (Brockerhoff et<br />
al., 2008; Fearnside, 1998; Valverde, 2012). Diante desse<br />
cenário, promover a sustentabilidade do setor agrícola é<br />
essencial, especialmente no Brasil (Martinelli et al., 2010). O<br />
desenvolvimento de modelos de produção que possam minimizar<br />
os danos ambientais e que, ao mesmo tempo, sejam<br />
capazes de cumprir o papel socioeconômico têm sido abordados<br />
na literatura (Martinelli et al., 2010; Pinto et al., 2014;<br />
Gennaro; Forleo, 2019; Tubenchlak et al., 2021). Somado a<br />
isso, abordagens de conservação top-down, ou seja, excluindo<br />
a população local do processo de tomada de decisão,<br />
vem sendo criticadas, especialmente em ecossistemas fragmentados<br />
(Rodrigues; Cazalis, 2020; Tagliari et al., 2021). Ao<br />
optar por estratégias incluindo os interesses da população<br />
local (bottom-up) no processo de conservação, há tendência<br />
em fortalecer o sistema socioecológico e a resiliência do<br />
ecossistema (Bennett et al., 2016; Tagliari et al., 2021).<br />
Plantações florestais com espécies nativas têm se<br />
mostrado uma alternativa bottom-up em potencial para<br />
promoção de recursos e conservação da biodiversidade<br />
(Brockerhoff et al., 2008). O manejo das espécies nativas<br />
plantadas promove recursos florestais madeireiros e não-<br />
-madeireiros, desempenhando importante papel social e<br />
econômico (Lamb, 2014; Piña-Rodrigues; Silva, 2021; Rolim;<br />
Piotto, 2018). Ao mesmo tempo, representam uma matriz<br />
de baixo contraste, podendo fornecer habitat complementares<br />
e serviços ecossistêmicos, além de aumentar a conectividade<br />
entre ambientes, promover a manutenção da biodiversidade<br />
e a conservação e recuperação de áreas degradadas<br />
(Brockerhoff et al., 2008; Lamb, 2014). No entanto, as duas<br />
espécies nativas mais plantadas no Brasil para uso da madeira<br />
em monocultivos, o paricá (Schizolobium amazonicum) e<br />
a araucária, somam apenas 1,27% da área total de silvicultura<br />
no país (IBÁ, 2017). Diante desse contexto, a adoção<br />
de espécies nativas para prática silvicultural no Brasil é reduzida<br />
e carece de programas e apoio por parte dos órgãos<br />
governamentais, tanto para pesquisas como para incentivar<br />
produtores rurais (Lamb, 2014; Rolim; Piotto, 2018).<br />
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Data: 9 a 11<br />
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o Seminário Sul Brasileiro de Silvicultura. O evento visa<br />
trazer ao debate importantes temas como mercado e<br />
oportunidades, tecnologias modernas para o setor, oportunidade<br />
de novos investimentos e incentivo ao plantio<br />
florestal. O evento acontece no Parque do SESI-Canela, e<br />
inclui eventos paralelos como: rodada de negócios e área<br />
exposição, com empresas ligadas ao setor.<br />
Conferência IUFRO LA-2023<br />
Data: 17 a 19<br />
Local: Curitiba (PR)<br />
Informações:<br />
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VIII SIMFLOR – Simpósio <strong>Florestal</strong> Sul<br />
Mato Grossense<br />
Data: 20 a 22<br />
Local: Chapadão do Sul (MS)<br />
Informações: https://simflor.ufms.br/<br />
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DEZEMBRO<br />
05, 06 e 07<br />
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A I ExpoSul <strong>Florestal</strong> 2023 chegou para evoluir<br />
16º CODORNADA<br />
e expandir a rica<br />
FLORESTAL<br />
tradição da Codornada <strong>Florestal</strong>,<br />
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setor. O evento acontecerá de 5 a 7 de dezembro de<br />
2023, no Parque de Exposições Pouso do Tropeiro, em<br />
Curitibanos (SC). Esta mudança representa a expansão<br />
de horizontes para criar uma experiência ainda mais<br />
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TECNOLOGIA<br />
Por Carolina Maestri<br />
O compromisso ético e<br />
social dos data centers na<br />
sociedade conectada<br />
E<br />
m um mundo cada vez mais digital e conectado, os data<br />
centers desempenham um papel crucial na infraestrutura da<br />
tecnologia da informação – e grande parte das pessoas sequer<br />
conhece a sua importância. E à medida que a demanda<br />
por serviços digitais cresce, surge a necessidade de falarmos<br />
sobre questões éticas e de responsabilidade social associadas a esses<br />
ambientes. De acordo com pesquisa da Comscore, para se ter uma ideia,<br />
a população digital brasileira abrange cerca de 121 milhões de dispositivos<br />
móveis. Ou seja, trata-se de um tema de grande interesse público.<br />
Quando há o comprometimento com a responsabilidade social, é<br />
fundamental que a organização apresente transparência com todos os<br />
stakeholders, isto é, indivíduos e grupos interessados ou afetados pelas<br />
suas atividades. Estamos falando de disponibilizar informações detalhadas<br />
sobre as práticas sustentáveis e iniciativas sociais em seus websites e<br />
redes. Também deve-se buscar participar de índices e rankings de ESG e<br />
obter reconhecimentos por meio de certificações e premiações.<br />
É cada vez mais evidente que os data centers são grandes consumidores<br />
de energia e, consequentemente, emissores de GEE (gases de<br />
efeito estufa) na atmosfera. Embora haja empresas no setor que já estejam<br />
adotando medidas para reduzir drasticamente essas emissões, ainda<br />
há muito trabalho a ser feito em todo o mercado. Em vista disso, devo<br />
reiterar a relevância da adoção de práticas sustentáveis para minimizar o<br />
impacto ambiental das operações, que também reflete na comunidade.<br />
A migração da energia tradicional – procedente também de combustíveis<br />
fósseis – para a energia proveniente totalmente de fontes renováveis<br />
é o cenário ideal. Entre eles estão os materiais desgastados, como<br />
cabos e baterias, e materiais como papel, papelão e plásticos. Sempre<br />
que possível, deve-se reaproveitar o teor de matéria ou energia desses<br />
elementos, reinserindo-os na cadeia.<br />
Além disso, uma alternativa para iniciar a jornada na sustentabilidade<br />
ambiental é participar de iniciativas que buscam combater, colaborativamente,<br />
os impactos ambientais e as mudanças climáticas. Desse<br />
modo, podemos mencionar o ICA (Acordo Climático iMasons) e a SBTI<br />
(Science Based Targets Initiative) – dois grandes exemplos de iniciativas<br />
abertas ao mercado que podem auxiliar a jornada sustentável de data<br />
centers. A primeira compartilha melhores práticas do setor e a segunda<br />
incentiva empresas a estabelecer metas de redução de emissões alinhadas<br />
com as descobertas científicas.<br />
Não podemos deixar de olhar para a comunidade em que esses centros<br />
de processamento e armazenamento de dados estão inseridos. Não<br />
se trata de dizer que a companhia se preocupa com o meio ambiente,<br />
mas também é importante mostrar como ela engaja com as pessoas impactadas<br />
de alguma forma – seja direta ou indiretamente. E mais do que<br />
afirmar, deve-se colocar em prática todas essas medidas e tê-las enraizadas<br />
na organização para que os resultados de fato aconteçam.<br />
Em geral, ética e responsabilidade social são pilares indispensáveis<br />
para o funcionamento adequado e sustentável dos data centers. Esses<br />
ambientes têm um grande impacto tanto no meio ambiente como na comunidade<br />
e na sociedade em geral. Por isso, ao assumir essas responsabilidades,<br />
eles reforçam a sua posição como agentes positivos e prudentes<br />
na construção de um futuro sustentável. E as práticas mencionadas<br />
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dos stakeholders.<br />
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