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nº <strong>114</strong>- <strong>Outubro</strong>/ <strong>Novembro</strong>- 2023 - ano 20<br />
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&<br />
20<br />
<br />
VALE DO<br />
JEQUITINHONHA<br />
(MG)
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Í<br />
ndice<br />
Outras matérias:<br />
Matsuda- pág 38<br />
04<br />
<strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha<br />
37<br />
Esportes e Jogos em<br />
Altamira<br />
Pantanal<br />
Paulista e Tietê 20<br />
Vivo<br />
Expediente<br />
Diretor responsável:<br />
José Carlos Reis de Souza<br />
Departamento Jurídico:<br />
Dr. Luis Antonio Ravani<br />
Jornalista Responsável:<br />
Camões Filho - MTB 18411<br />
Editoração:<br />
Letícia Casoni Peres<br />
Diretora de Fotografia:<br />
Lourdes A. Antunes de Oliveira<br />
Jornalista :<br />
Simone Galib (colabola<strong>do</strong>ra)<br />
Tiragem: 5.000 exemplares<br />
Distribuição gratuita e dirigida<br />
Publicação Bimestral<br />
Contato<br />
Revista <strong>Empresas</strong> <strong>do</strong> <strong>Vale</strong><br />
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Dpto. Comercial<br />
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Editorial<br />
José Carlos Reis de Souza<br />
Diretor Responsável<br />
Caro leitor!<br />
Nesta edição, vamos mostrar o<br />
<strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha (MG), lugar<br />
onde as mulheres, conhecidas<br />
como, “Viúvas da Seca” ou “Viúvas<br />
de Mari<strong>do</strong>s-vivos”, produzem<br />
artesanatos para aumentar a<br />
renda da família. E, uma viagem<br />
mostran<strong>do</strong> o Pantanal Paulista<br />
e Tietê Vivo, uma das 10 Rotas<br />
Gastronômicas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São<br />
Paulo. Viajar e conhecer outros<br />
lugares, buscan<strong>do</strong> outras culturas<br />
e gastronomias diferenciadas. Não<br />
deixe a vida passar, sem ao menos<br />
poder ter o privilégio de curtir<br />
lugares diferentes.<br />
Parceria:<br />
Apoio:<br />
As fotos de divulgação foram cedidas pelas<br />
empresas e/ou pessoas mencionadas nos textos.<br />
Não é permitida a reprodução sem autorização<br />
expressa <strong>do</strong>s autores, por escrito. Os textos,<br />
informações e anúncios publicitários são de inteira<br />
e exclusiva responsabilidade <strong>do</strong>s autores e empresas<br />
anunciantes.<br />
03
CERAMISTAS DO<br />
VALE DO JEQUITINHONHA (MG)<br />
Por: José Carlos Reis de Souza<br />
Mapa <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha (MG)<br />
O <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha tem uma população de aproximadamente um milhão de pessoas,<br />
distribuídas em mais de 55 municípios. A enorme diversidade sociocultural da região é<br />
frequentemente negligenciada. De solo fértil para criação de artesanatos, localiza<strong>do</strong> na<br />
região nordeste <strong>do</strong> semiári<strong>do</strong> mineiro, entre o serra<strong>do</strong> e a caatinga, tradicionalmente<br />
conheci<strong>do</strong> como “<strong>Vale</strong> da Miséria”, cuja população feminina é chamada de “Viúvas da<br />
Seca” ou “Viúvas de Mari<strong>do</strong>s-vivos”, em razão da migração maciça <strong>do</strong>s mari<strong>do</strong>s em busca<br />
de trabalho, devi<strong>do</strong> às mudanças climáticas ocorridas no vale nas últimas décadas,<br />
provocan<strong>do</strong> longas estiagens. Hoje são reconhecidas internacionalmente e reverenciadas<br />
pela sua cerâmica.<br />
04
E, uma das principais características das famosas<br />
peças de cerâmica feitas na região é o seu processo<br />
de pintura, não usam tinta industrial, mas pigmentos<br />
naturais extraí<strong>do</strong>s das folhas <strong>do</strong> maracujá e <strong>do</strong> limão,<br />
inclusive <strong>do</strong> barro branco. Grande parte da população das<br />
comunidades de Cachoeira <strong>do</strong> Fana<strong>do</strong>, Campo Alegre,<br />
Coqueiro Campo e Santana <strong>do</strong> Araçuaí sobrevivem<br />
atualmente <strong>do</strong> artesanato. As mulheres tornaramse<br />
responsáveis pela criação <strong>do</strong>s filhos, buscan<strong>do</strong> no<br />
artesanato uma fonte de renda para sustentar a família<br />
como: trabalhar na roça, cuidar <strong>do</strong>s filhos. Fazer cerâmica<br />
se tornou atividade diária na vida da população feminina<br />
<strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha. O artesanato em barro<br />
produzi<strong>do</strong> na região <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha é famoso no<br />
mun<strong>do</strong> inteiro. Foi exposto até na sede da Organização<br />
das Nações Unidas (ONU), em Nova York, durante a<br />
mostra “Mulher Artesã Brasileira”, em 2013, e constituise<br />
como uma importante referência cultural de Minas<br />
Gerais. Embora a arte seja reconhecida, como símbolo<br />
da cultura mineira, poucas são as ceramistas que vivem<br />
apenas <strong>do</strong> artesanato. O processo de produção artesanal<br />
das peças é manual, e começa ce<strong>do</strong>, logo após o café da<br />
manhã, com olhar fixo no dedilhar da matéria bruta, que<br />
aos poucos ganham formas. As artesãs têm <strong>do</strong>mínio de<br />
todas as etapas, desde a extração <strong>do</strong> barro, passan<strong>do</strong> pela<br />
fabricação <strong>do</strong>s pigmentos, até a construção <strong>do</strong>s fornos<br />
para a queima. Além <strong>do</strong>s saberes e das técnicas que<br />
envolvem esse mo<strong>do</strong> de fazer, são transmitidas aos mais<br />
jovens, as artesãs desenvolveram, através desse ofício,<br />
uma infinidade de expressões artísticas, que variam<br />
desde peças utilitárias, para uso no dia a dia, as peças<br />
que traduzem, por distintas formas, cenas <strong>do</strong> cotidiano,<br />
vivências, sentimentos e crenças, que se materializam<br />
nos aspectos estéticos da cerâmica produzida na região.<br />
No <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha, são conhecidas como “artistas<br />
<strong>do</strong> barro” e vivem na zona rural, principalmente nos<br />
municípios de Turmalina, Araçuaí, Itinga, Minas Novas<br />
e Caraí, que herdaram a técnica e a arte <strong>do</strong> ofício <strong>do</strong>s<br />
seus antepassa<strong>do</strong>s. A cerâmica produzida no <strong>Vale</strong> <strong>do</strong><br />
Jequitinhonha era, até pouco tempo, classificada pelos<br />
artesãos locais como “vasilhas”, “enfeites” e “bonecas”;<br />
as ceramistas mais antigas, consideradas “Mestras<br />
artesãs” no ofício <strong>do</strong> barro, eram até recentemente<br />
conhecidas como as “paneleiras” <strong>do</strong> <strong>Vale</strong>. Os saberes, o<br />
ofício de artesã e as expressões artísticas relacionadas<br />
ao artesanato em barro <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha foram<br />
reconheci<strong>do</strong>s, em 2018, como Patrimônio Cultural pelo<br />
Instituto Estadual <strong>do</strong> Patrimônio Histórico e Artístico de<br />
Minas Gerais (IEPHA-MG).<br />
As ceramistas <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha (MG), com<br />
suas mãos em contato com o barro, dão forma a peças<br />
como: moringas, filtros, mulheres, noivas, grávidas,<br />
amamentan<strong>do</strong>, colhen<strong>do</strong>, trabalhan<strong>do</strong>, e de mãos<br />
dadas, em círculo. O barro coleta<strong>do</strong> a cada <strong>do</strong>is anos<br />
para não degradar o solo, é soca<strong>do</strong> no pilão, peneira<strong>do</strong><br />
e amassa<strong>do</strong> para poder ser molda<strong>do</strong>. As cores são<br />
o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong> oleio, barro diluí<strong>do</strong> em água com<br />
pigmentos naturais, como o tauá, que dá a coloração<br />
avermelhada, e a tabatinga, que colore de branco. Para<br />
a pintura de flores e penas, elas utilizam penas variadas,<br />
e após de pintadas, as peças são queimadas em forno<br />
de barro. Na região conta-se que as antepassadas das<br />
ceramistas aprenderam a moldar o barro com as índias<br />
que viviam na região, fazen<strong>do</strong> cumbucas para uso<br />
<strong>do</strong>méstico e urnas funerárias. As técnicas<br />
TURISMO DE BASE<br />
COMUNITÁRIA (TBC)<br />
Com a implantação <strong>do</strong> Turismo de Base Comunitária<br />
(TBC), também chama<strong>do</strong> de turismo comunitário ou<br />
solidário, que não é um segmento, e sim um mo<strong>do</strong><br />
de fazer turismo, que se difere <strong>do</strong> convencional. Nesse<br />
tipo de turismo a comunidade apresenta uma gestão<br />
coletiva e são proprietários <strong>do</strong>s empreendimentos<br />
turísticos, com a preocupação em minimizar o impacto<br />
ambiental e fortalecer ações de conservação da<br />
natureza. A principal atração turística é o mo<strong>do</strong> de vida<br />
da população local. Os habitantes, que disponibilizam<br />
as suas residências para os turistas, são os responsáveis<br />
pelo sucesso <strong>do</strong> empreendimento. Entre os benefícios<br />
da iniciativa estão o pagamento imediato <strong>do</strong>s proventos<br />
aos proprietários e a valorização <strong>do</strong> roteiro. O turismo de<br />
base comunitária, por outro la<strong>do</strong>, respeita as heranças<br />
culturais e tradições locais e promove o diálogo e a<br />
interação entre visitantes e visita<strong>do</strong>s. Nem os anfitriões<br />
são submissos aos turistas, nem os turistas os veem<br />
como objetos de consumo.<br />
Receptivo Familiar - Turismo Solidário
ISABEL MENDES DA CUNHA<br />
Mestra ceramista (03/08/1924 - 30/10/2014) / in memorian<br />
Santana <strong>do</strong> Araçuaí (MG), um <strong>do</strong>s menores lugares <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha, foi nesse<br />
local que surgiu uma artista que ganhou projeção internacional, a bonequeira Izabel<br />
Mendes da Cunha. O talento dessa artista para modelar o barro veio de longe.<br />
Mulher amentan<strong>do</strong> (peça da mestra ceramista <strong>do</strong>na Izabel Mendes da<br />
Cunha).<br />
Casal de noivos (cerâmica policromada).<br />
06<br />
Dona Isabel Mendes da Cunha nasceu no dia<br />
03/08/1924 na zona rural de Córrego Novo, município<br />
mineiro de Itinga (MG), na Fazenda Córrego Novo.<br />
Ainda jovem mu<strong>do</strong>u-se para Santana de Araçuaí, hoje<br />
município de Ponto <strong>do</strong>s Volantes, <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha<br />
(MG). Desde criança já demonstrava fascínio e paixão<br />
pelas bonecas e criava figuras de barro imitan<strong>do</strong> sua<br />
mãe que era louceira (paneleira), conforme chama<strong>do</strong><br />
na região <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha e se dedicava<br />
a produção de cerâmica utilitária. Quan<strong>do</strong> adulta,<br />
seguiu os passos de sua mãe e começou a fazer peças<br />
utilitárias com o barro, e as vendia nas feiras da região.<br />
Dona Isabel ficou viúva, e desde então, para ajudar no<br />
sustento <strong>do</strong>s filhos começou a modelar outros tipos<br />
de peças, como animais e bonecas de barro. No início<br />
suas figuras consistiam em cavaleiros, bois, aves e<br />
pequenos presépios, to<strong>do</strong>s feitos com barro vermelho<br />
e pinta<strong>do</strong>s com barro branco. No início da década de<br />
1970, a artesã iniciou a produção de bonecas grandes,<br />
algumas com cerca de um metro de altura. Era, em sua<br />
grande maioria, casais de noivos (o homem vesti<strong>do</strong> de<br />
terno e a mulher vestida de branco, grinalda e buquê<br />
de flores nas mãos), marca registrada de sua obra. Outra<br />
peça que ficou muito famosa, e que começou a ser<br />
modela<strong>do</strong> nessa época, foi a boneca representan<strong>do</strong><br />
uma mãe amamentan<strong>do</strong>. Com a procura de suas peças,<br />
<strong>do</strong>na Izabel passou a produzir bonecas com detalhes<br />
mais elabora<strong>do</strong>s e características próprias. Na época,<br />
uma de suas inovações foi a forma de fazer os olhos das<br />
bonecas. Antes os olhos eram apenas pinta<strong>do</strong>s, como<br />
ainda fazem muitas outras artesãs <strong>do</strong> vale, <strong>do</strong>na Isabel<br />
passou a esculpir os olhos de suas bonecas em altorelevo.<br />
Outra inovação foi a utilização <strong>do</strong> barro colori<strong>do</strong><br />
para pintura das bonecas, técnica ainda utilizada por<br />
ela e por várias artesãs <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha. As<br />
peças de <strong>do</strong>na Izabel logo ganharam fama nas feiras da<br />
região. No final da década de 1970, tornaram-se muito<br />
valorizadas em feiras nacionais e internacionais. Porém,<br />
as bonecas de cerâmica ganharam fama em 2004,<br />
quan<strong>do</strong> a artesã Isabel Mendes da Cunha, aos 80 anos,<br />
recebeu o prêmio UNESCO (Organização das Nações<br />
Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) de artesanato<br />
por uma de suas criações. Com a notoriedade<br />
alcançada, a artesã deixou de la<strong>do</strong> a cerâmica utilitária<br />
e passou a se dedicar apenas às suas bonecas: casal de<br />
noivos, mulheres amamentan<strong>do</strong>, rituais de batiza<strong>do</strong>,<br />
entre outras peças famosas. Todas as bonecas eram vestidas<br />
com roupas de festa, feitas com capricho e com
grande riqueza de detalhes, características presentes<br />
em praticamente toda a sua obra. Dona Izabel teve<br />
quatro filhos: Amadeu, Rita de Cássia, Maria Madalena<br />
e Glória. Com o aumento da demanda por suas peças,<br />
toda a família se incorporou ao trabalho com o barro.<br />
Dos quatro filhos, apenas Rita de Cássia não trabalha<br />
na arte <strong>do</strong> barro. A filha Glória e seu esposo, João<br />
Pereira de Andrade são ceramistas renoma<strong>do</strong>s. Maria<br />
Madalena morou com sua mãe e aju<strong>do</strong>u por muitos<br />
anos na produção das bonecas. Dona Isabel faleceu no<br />
dia 30/10/2014 e deixou um lega<strong>do</strong>, passan<strong>do</strong> aos seus<br />
sucessores, técnicas de moldagem e pintura de bonecas<br />
de barro, que se tornaram conhecidas e alavancou to<strong>do</strong><br />
o artesanato de barro <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha.<br />
Bonecas de diferentes épocas, lega<strong>do</strong> deixa<strong>do</strong> por Dona Izabel<br />
Mendes da Cunha.<br />
Maria José Gomes da Silva (Zezinha).<br />
Maria José Gomes da Silva (Zezinha), durante um de seus trabalhos<br />
com barro.<br />
MARIA JOSÉ GOMES DA SILVA (ZEZINHA)<br />
Mestra ceramista<br />
Maria José Gomes da Silva (Zezinha) nasceu em 1968, em Campo Alegre, município de Turmalina, no <strong>Vale</strong><br />
<strong>do</strong> Jequitinhonha (MG). Atualmente mora e trabalha em Campo Buriti, cidade vizinha à sua terra natal. Sen<strong>do</strong><br />
a primeira de uma família de 10 filhos, seu pai, Manoel Gomes da Silva, era um <strong>do</strong>s poucos ceramistas homens.<br />
Zezinha aprendeu bem pequena a moldar o barro com sua mãe e outros irmãos, para ajudar no sustento da<br />
família, era a única opção para conseguir o pão de cada dia. Apesar de ter si<strong>do</strong> sua mãe que lhe ensinou a fazer<br />
cerâmica, foi o tempo que lhe deu a mestria <strong>do</strong> ofício, e consegue viver de seu trabalho, da venda de suas peças<br />
comercializadas em sua casa. Das suas mãos nascem bonecas inspiradas em mulheres grávidas ou vestidas de<br />
noiva, que reproduzem com fidelidade vesti<strong>do</strong>s ricos em detalhes, como renda e laços. Zezinha retira da natureza<br />
a argila disponível em várias colorações, e os pigmentos para pinturas são provenientes de cascas de árvores, raízes<br />
e plantas. Apesar de produzir artes diferenciadas, são as bonecas de cerâmica que chamam a atenção, encantam<br />
a to<strong>do</strong>s pela expressividade <strong>do</strong>s traços e ganham destaque no trabalho da artesã, que a tornara conhecida no<br />
Brasil e no exterior. Ela já apresentou sua obra na “Exposição Mulher Artesã Brasileira”, nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, evento<br />
promovi<strong>do</strong> pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2013. O amor pelo artesanato já tem quatro décadas.
ULISSES PEREIRA CHAVES<br />
Mestre ceramista (15/05/1922 -<br />
26/12/2006) / in memorian<br />
Em plena zonal rural <strong>do</strong> município de Caraí,<br />
cresceu e morreu o maior ceramista brasileiro<br />
<strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha (MG), mestre Ulisses<br />
Pereira Chaves.<br />
Ulisses Pereira Chaves nasceu no dia 15/05/1922,<br />
na cidade de Córrego Santo Antonio, município de<br />
Caraí (MG), uma região onde a arte da cerâmica, em<br />
sua grande maioria, surge a partir das mãos femininas,<br />
como: Izabel Mendes da Cunha (falecida), Maria José<br />
Gomes da Silva (Zezinha), Irene Gomes e Noemisa. Era<br />
filho da paneleira (mulheres que se dedicam à cerâmica<br />
utilitária) Domingas Pereira Santos (filha, neta e bisneta<br />
de oleiras). Foi um <strong>do</strong>s primeiros homens a se dedicar<br />
a arte da cerâmica, aprendeu a trabalhar com o barro<br />
observan<strong>do</strong> sua mãe e parentes a produzirem utilitários.<br />
Manteve as mesmas técnicas de modelagem e pintura<br />
aprendidas com a mãe. Deu vida aos sonhos e visões<br />
que tinha: peças com rostos de gente, bicho e natureza.<br />
Sua arte ganhou o mun<strong>do</strong>, mas antes de morrer ensinou<br />
seus filhos a trabalhar com o barro, pois sabia que não<br />
era para sempre. Foi a partir da geração de Ulisses que os<br />
homens adultos passaram a exercer a arte <strong>do</strong> barro, pois<br />
nas gerações anteriores essa arte era exclusivamente<br />
feminina. As últimas criações de Ulisses, iniciadas nos<br />
Ulisses Pereira Chaves ( mestre ceramista).<br />
anos 1990, são as extraordinárias cabeças resolvidas<br />
com incrível economia de elementos, o nariz unin<strong>do</strong>-se<br />
à lisura de uma cabeleira que poderia ser o capacete e<br />
um guerreiro homérico, a boca entreaberta proferin<strong>do</strong><br />
as palavras secretas <strong>do</strong> pacto feito entre o homem e<br />
a natureza. Expressionista, surrealista, ou participante<br />
de uma experiência e outra, que convive com o<br />
sobrenatural com a maior naturalidade, consideran<strong>do</strong>-o<br />
mais verdadeiro <strong>do</strong> que os fatos perceptíveis por to<strong>do</strong>s<br />
os nós no seu dia a dia. Ulisses constituiu em torno dele<br />
uma oficina familiar cujos filhos Zé Maria e Margarida,<br />
excelentes ceramistas levam a marca da sua invenção,<br />
mas com mo<strong>do</strong>s diferencia<strong>do</strong>s de autoria. A criação de<br />
Ulisses está representada no acervo <strong>do</strong> Museu Edison<br />
Carneiro (RJ); Centro Nacional de Folclore e Cultura<br />
Popular <strong>do</strong> IPHAN e no Museu Casa <strong>do</strong> Pontal.<br />
08<br />
Moringa de Três Cabeças (Cerâmica. Acervo <strong>do</strong> Museu Casa <strong>do</strong> Pontal<br />
- (RJ).<br />
Peça <strong>do</strong> mestre ceramista, Ulisses Pereira Chaves.
Peça <strong>do</strong> mestre ceramista, Ulisses Pereira Chaves, (Acervo <strong>do</strong><br />
Pavilhão das Culturas Brasileiras - SP) .
10<br />
Noemisa Batista <strong>do</strong>s Santos (Mestra ceramista). Peça da Mestra ceramista Noemisa Batista <strong>do</strong>s Santos (Casamento –<br />
cerâmica policromada).<br />
NOEMISA BATISTA DOS SANTOS<br />
Mestra ceramista<br />
Nascida em 1947 em Ribeirão da Capivara, município<br />
de Caraí (MG), filha de um lavra<strong>do</strong>r e de uma respeitada<br />
ceramista, Joana Gomes <strong>do</strong>s Santos, é uma das mais<br />
conhecidas ceramistas <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha (MG).<br />
Ela juntamente com outros nomes, como, Isabel Mendes<br />
da Cunha (falecida) e Ulisses Pereira Chaves (faleci<strong>do</strong>),<br />
são responsáveis pela enorme projeção nacional e<br />
internacional da arte <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha, alguns<br />
autores chegam a considerá-la uma espécie de mestre<br />
Vitalino de Minas Gerais. Noemisa aprendeu a arte<br />
com a mãe, quan<strong>do</strong> tinha apenas sete anos. Apesar<br />
de sua mãe trabalhar com cerâmica utilitária, Noemisa<br />
nunca gostou de fazer panelas, potes ou jarras, desde<br />
muito pequena gostava de criar pequenos animais<br />
de barro, para suas brincadeiras. Tornou-se um <strong>do</strong>s<br />
mais requisita<strong>do</strong>s nomes da arte figurativa <strong>do</strong> <strong>Vale</strong><br />
<strong>do</strong> Jequitinhonha. O barro usa<strong>do</strong> por Noemisa é o<br />
mesmo utiliza<strong>do</strong> pelos demais ceramistas de Caraí.<br />
De coloração rosa, vermelha e branca, o barro é<br />
extraí<strong>do</strong> da Fazenda Senhor Serafim; sua irmã Santa é<br />
a responsável pela extração. O preparo <strong>do</strong> barro e as<br />
técnicas utilizadas foram provavelmente aprendi<strong>do</strong>s<br />
com os nativos da região e são os mesmos utiliza<strong>do</strong>s<br />
pelos demais artesãos. O barro após extraí<strong>do</strong> e seco ao<br />
sol é tritura<strong>do</strong> e pulveriza<strong>do</strong>. Após mistura<strong>do</strong> na água<br />
é armazena<strong>do</strong> em locais escuros e sem ventilação, até<br />
ser usa<strong>do</strong> na modelagem. Concluída a modelagem,<br />
as peças são pintadas e decoradas, usan<strong>do</strong> sempre a<br />
técnica <strong>do</strong> “engobe” nas cores vermelha e branca. Os<br />
temas <strong>do</strong>s decora<strong>do</strong>s são quase sempre motivos florais<br />
ou figuras de animais. A temática <strong>do</strong> universo artístico<br />
é bastante diversificada, vai das cenas cotidianas à arte<br />
religiosa (ritos religiosos, como casamentos, batiza<strong>do</strong>s<br />
e funerais, igrejas e santuários) são temas sempre<br />
presentes na sua obra. As “Mulheres de Noemisa”<br />
são mostradas em atividades consideradas como<br />
respeitosas e necessárias. Elas usam normalmente<br />
vesti<strong>do</strong>s estampa<strong>do</strong>s e acessórios como brincos, sapatos<br />
e bolsas. Os homens, normalmente em poses viris,<br />
usam chapéu, relógio, botas e esporas. São mostra<strong>do</strong>s<br />
como caça<strong>do</strong>res, solda<strong>do</strong>s ou médicos. Além de uma<br />
variedade de animais, como bois, cavalos e cachorros.<br />
Apesar <strong>do</strong>s trabalhos terem alcança<strong>do</strong> um alto preço<br />
no merca<strong>do</strong>, ela continua viven<strong>do</strong> precariamente, quem<br />
lucra com seus trabalhos são os intermediários. Por ser<br />
analfabeta, não soube administrar com eficiência uma<br />
das melhores fases de sua produção na década de<br />
1980, quan<strong>do</strong> vendeu muitas peças para a CODEVALE.<br />
Ela continua produzin<strong>do</strong>, mas não com a mesma<br />
intensidade de antes.
Irene Gomes (ceramista, moldan<strong>do</strong> uma peça em seu ateliê).<br />
IRENE GOMES<br />
Ceramista<br />
Assim como grande parte das mulheres de Campo Alegre e Coqueiro Campo, Irene Gomes nasceu no dia<br />
06/11/1974 na pequena comunidade rural de Campo Alegre, distrito de Turmalina, no <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha (MG),<br />
em meio ao barro que sua mãe e avó moldavam. É a filha mais nova de onze filhos, e faz parte da terceira geração de<br />
ceramistas que dedicam à arte de fazer bonecas na região. Desde criança aprendeu a brincar crian<strong>do</strong> seus próprios<br />
brinque<strong>do</strong>s, que fazia com o barro, moldan<strong>do</strong> com as próprias mãos, o seu universo de galinhas, pássaros e outros<br />
animais. Aos 12 anos começou a fazer as suas peças com intenção de vendê-las, e assim, ajudar na renda da família.<br />
Quan<strong>do</strong> se casou mu<strong>do</strong>u-se para a vizinha de Coqueiro Campo, distrito de Minas Novas (MG), e lá começou a trabalhar<br />
com a sua prima, Maria José Gomes da Silva, mais conhecida como Zezinha, cujo trabalho em cerâmica de formas<br />
humanas é reconheci<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o Brasil. No início, Irene ajudava a sua prima apenas nos afazeres <strong>do</strong>mésticos, mas<br />
em função <strong>do</strong> excesso de pedi<strong>do</strong>s, Zezinha a contratou para ajudá-la no acabamento e na decoração das peças.<br />
Mesmo sen<strong>do</strong> ceramista, Irene preferiu ganhar um salário fixo trabalhan<strong>do</strong> com Zezinha, a qual já tinha uma boa<br />
estrutura de vendas, a ficar com suas peças encalhadas nas prateleiras das lojas. Irene trabalhou com Zezinha durante<br />
três anos com ela e aperfeiçoou sua técnica. Nesse perío<strong>do</strong>, Irene era responsável pela pintura das peças de Zezinha.<br />
As bonecas produzidas nessa época levavam a seguinte inscrição “Zezinha di Coqueiro Campo, Município de Minas<br />
Novas (MG), pintura di Irene”. Hoje suas bonecas são conhecidas em to<strong>do</strong> o Brasil, e a expressão artística é marcada<br />
pela riqueza de detalhes e pelo requinte com que a<strong>do</strong>rna as expressões faciais. Na maioria das vezes são noivas e<br />
noivos, vesti<strong>do</strong>s com estilo tradicional, e mulheres, as quais exalam graça e calor humano. Essa jovem artista já é<br />
considerada uma das mais importantes <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha, e representa, juntamente com muitas outras, a<br />
perpetuação desta importante tradição mineira.<br />
Contato com Irene Gomes: (38) 99981-9026<br />
Irene Gomes (ceramista, posa ao la<strong>do</strong> de seus trabalhos).
Deuzani Santos, ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> forno para queima de peças.<br />
DEUZANI GOMES DOS SANTOS<br />
Ceramista<br />
Deuzani Gomes <strong>do</strong>s Santos nasceu em Campo Alegre, em 1965, na zona rural de Minas Novas, no <strong>Vale</strong> <strong>do</strong><br />
Jequitinhonha (MG), atualmente vive e trabalha em Coqueiro Campo. Aprendeu a arte de moldar a partir <strong>do</strong>s seis<br />
anos com a sua mãe. Enfrentou e superou muitas dificuldades para sobreviver e criar os três filhos, hoje adultos. Ela<br />
é uma ex-viúva de mari<strong>do</strong> vivo, expressão usada às mora<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha, que, historicamente, se<br />
acostumaram a permanecer sozinhas em casa, com os filhos, na maior parte <strong>do</strong> ano, enquanto os companheiros<br />
permanecem fora, no trabalho braçal no corte de cana, lavouras de café e outras atividades, fugin<strong>do</strong> da seca, em<br />
busca <strong>do</strong> sustento. Além das vendas das peças de cerâmica comercializadas em casa e não na associação, Deuzani<br />
é uma das ceramistas que recebe visitantes da cidade no “Programa Turismo Solidário” <strong>do</strong> MTur. O programa<br />
hospeda quem deseja conhecer a cerâmica da região, na casa das próprias artistas.<br />
12<br />
ANÍSIA LIMA DE SOUZA<br />
Ceramista<br />
Mora<strong>do</strong>ra de Turmalina (MG), Anísia Lima de Souza,<br />
filha de lavra<strong>do</strong>res que viviam da lavoura, e o que não<br />
plantavam, compravam com o dinheiro <strong>do</strong> artesanato,<br />
desde criança acompanhava o pai na parte da manhã, e<br />
a tarde nos arrozais, para espantar os bichos e proteger o<br />
roça<strong>do</strong>. Aos finais de semana ia com a mãe até a feira de<br />
Capelinha, município próximo, para vender o artesanato.<br />
Saíam por volta de 02:00h da madrugada, pois não<br />
havia estradas na comunidade e precisavam caminhar<br />
até o ponto onde seguiam viagem na carroceria de<br />
um caminhão. Anísia começou a modelagem <strong>do</strong><br />
barro como brincadeira, quan<strong>do</strong> aos oito anos ficava<br />
ao re<strong>do</strong>r de sua mãe ceramista, fazen<strong>do</strong> suas primeiras<br />
peças. Her<strong>do</strong>u a profissão de sua mãe e ganhou lugar<br />
de destaque no merca<strong>do</strong>. Para a ceramista, o artesanato<br />
é uma cultura muito antiga que suas avós aprenderam<br />
com suas mães, que passaram para suas filhas, e agora<br />
passou os conhecimentos para as minhas filhas Cibele<br />
e Jaqueline. Anísia modela bonecas variadas, filtros de<br />
barro e peças de decoração. O barro é coleta<strong>do</strong> na<br />
comunidade e a tinta que utiliza é natural de origem<br />
mineral. Para a pintura de flores e penas, utiliza penas<br />
variadas, e após pintadas, as peças são queimadas em<br />
forno a lenha.<br />
Anísia Lima de Souza - ceramista.
Mestra ceramista Maria Lira Marques Borges, trabalhan<strong>do</strong> em seu<br />
ateliê.<br />
Trabalhos da mestra Maria Lira Marques Borges.<br />
MARIA LIRA MARQUES BORGES<br />
Mestra ceramista<br />
Mulher negra e pobre, como ela se define, a mestra ceramista, Maria Lira Marques Borges, nasceu em 1945,<br />
na cidade de Araçuaí, no Médio <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha (MG), e estu<strong>do</strong>u até a 7ª série <strong>do</strong> primário e não teve<br />
educação formal em arte. Com cinco anos, começou a observar os presépios em barro que sua mãe Odília Borges<br />
Nogueira, uma lavadeira, fazia para presentear os vizinhos to<strong>do</strong> final de ano. Em seguida, Maria Lira começou a<br />
modelar pequenas figuras a partir da cera de abelha que o pai, sapateiro, passava na linha para costurar calça<strong>do</strong>s.<br />
Ela então passou a frequentar o merca<strong>do</strong> central de Araçuaí, epicentro da via pública da cidade, onde descobriu<br />
potes, panelas e botijas de barro, seu primeiro contato com a cerâmica utilitária da região. Curiosa, conversava<br />
com os artesãos para aprender, e indagava: “porque a peça era daquela cor, porque ia ao forno e porque era lisa”. E<br />
cada um ia dan<strong>do</strong> uma definição. Quan<strong>do</strong> chegava a sua casa, comentava com sua mãe, Odília Borges Nogueira,<br />
que não tinha forno e não queimava nada que produzia. Ela preparava a mistura com alguns ingredientes<br />
no barro para dar a liga, como as cinzas. Por volta dessa época, nos anos de 1970, Maria Lira, conheceu Joana<br />
(poteira), sua maior mestra, que moldava potes e panelas de cerâmica utilitárias, que a ensinou o processo de<br />
extração da melhor argila, sempre na lua cheia, seguin<strong>do</strong> suas tradições, assim como escolher a lenha certa para<br />
queimar as peças no forno, o que não é uma tarefa simples, que passaria a produzir. Do seu primeiro forno saíram<br />
pequenas esculturas mostran<strong>do</strong> “o sofrimento das pessoas, tanto <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha, como de mo<strong>do</strong> geral<br />
no mun<strong>do</strong>”. Estavam representadas cenas como uma<br />
enchente em Araçuaí e uma aldeia africana, e havia<br />
também uma estatueta com triste título “Ajude-me<br />
a levantar”. Seus conhecimentos não vieram de livros<br />
ou da academia, seu saber é empírico. Pesquisa<strong>do</strong>ra<br />
de cantos tradicionais, junto à Frei Chico, Maria Lira<br />
já viajou por vários Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Brasil contan<strong>do</strong> e<br />
cantan<strong>do</strong> as histórias <strong>do</strong>s boiadeiros, lavadeiras, cantos<br />
de beira-mar, entre outros. Aliás, foi lavan<strong>do</strong> roupa com<br />
sua mãe que talvez tenha percebi<strong>do</strong> a potência de sua<br />
voz e a importância de perpetuar cantigas e tradições<br />
populares. Mestra Lira, além de reconhecida como<br />
ceramista, pela produção de máscaras, o que evidencia<br />
sua admiração pela cultura afro-brasileira, e deixa sua<br />
marca mais forte na criação das peças, também é<br />
pintora, desenha o que vem da sua imaginação, ora na<br />
cerâmica, ora no papel. Na pintura, usa a terra colorida<br />
para mostrar o quanto a diversidade de cores valoriza<br />
uma peça. Mestra Lira é uma educa<strong>do</strong>ra e construtora<br />
<strong>do</strong> conhecimento popular. Suas peças já foram<br />
expostas pelo Brasil, e no exterior, como Alemanha,<br />
Áustria, Bélgica, Dinamarca, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e França.<br />
Recebeu o título de Mestra ao participar da 14ª Feira<br />
de Artesanato <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha na UFMG, no<br />
ano de 2013.<br />
Vista interna da Casa da Cultura de Pernambuco.
Rita Gomes Ferreira (ceramista).<br />
Filtros (cerâmica policromada).<br />
RITA GOMES FERREIRA<br />
Ceramista<br />
Rita Gomes Ferreira nasceu na cidade de Coqueiro Campo, em 28/06/1959, ex-professora da escola local, onde,<br />
mora e trabalha com o barro, sua cidade natal. Desde pequena já fazia alguns trabalhos de cerâmica, mas não<br />
tinha vontade, porque na época o pessoal usava mais as peças para consumo, como pote para colocar água,<br />
moringa, pratos e panelas. Foi com a minha tia Rosa (mestre) que comecei a fazer bonecas, já estava com mais<br />
de 20 anos quan<strong>do</strong> recomecei. Na época o artesanato, ainda não era comercializa<strong>do</strong>. Hoje, diferentemente de<br />
Zezinha e de sua cunhada Deuzani, participa da Associação <strong>do</strong>s Artesãos de Coqueiro Campo (AACC). Rita Gomes<br />
Ferreira, também faz parte <strong>do</strong> Programa Turismo Solidário <strong>do</strong> MTur, e uma das lideranças entre as artesãs da<br />
região, e consegue viver com a renda das vendas de suas peças.<br />
ALICE RIBEIRO<br />
Ceramista<br />
O contato com o barro começou na infância, no<br />
sítio da família, quan<strong>do</strong> a mãe transformava matériaprima<br />
em peças utilitárias. Em 2002, ela perdeu o<br />
emprego e encontrou no artesanato uma alternativa<br />
de renda. Para isso, contou com a ajuda e os<br />
ensinamentos da irmã, Ana, outra aprendiz de Dona<br />
Izabel. No começo era muito difícil moldar um rosto,<br />
e só conseguiu fazer uma boneca após muitos meses<br />
e pegan<strong>do</strong> gosto pelo trabalho. O artesanato mu<strong>do</strong>u<br />
a sua vida, voltou a estudar, se formou em história e<br />
passou a lecionar meio perío<strong>do</strong>, e o tempo restante<br />
continua se dedican<strong>do</strong> às cerâmicas.<br />
Alice Ribeiro (ceramista).<br />
14
Terezinha Gomes Barbosa (ceramista).<br />
TEREZINHA GOMES BARBOSA<br />
Ceramista<br />
O networking tem torna<strong>do</strong> o trabalho de Terezinha cada vez mais conheci<strong>do</strong>, ela vem se des<strong>do</strong>bran<strong>do</strong> para<br />
atender encomendas de várias partes <strong>do</strong> país. Ela vive exclusivamente da renda obtida com a venda de bonecas,<br />
moringas e copos.<br />
Rosana Pereira Chaves (ceramista).<br />
Escultura em barro (representan<strong>do</strong> um casal de noivos).<br />
ROSANA PEREIRA CHAVES<br />
Ceramista<br />
Rosana Pereira Chaves, de poucas palavras e grande timidez, nasceu em 1988 na cidade de Caraí (MG), é neta<br />
<strong>do</strong> mestre ceramista Ulisses Pereira Chaves (1922-2006), considera<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s maiores escultores brasileiros por<br />
Burle Marx e Lélia Coelho Frota. Rosana adquiriu conhecimento e técnicas da cerâmica, e encontrou na escultura<br />
a melhor forma para se comunicar. Fiel a uma linha própria, com múltiplos temas, suas obras mostram figuras<br />
antropozoomórficas (característica atribuída aos seres cujo corpo é parte humano e parte animal). As figuras<br />
femininas, em sua grande maioria, trajam vesti<strong>do</strong>s de noiva, e, as masculinas, terno completo para o casamento.
Loja da Associação <strong>do</strong>s Artesãos de Santana <strong>do</strong> Araçuaí (MG).<br />
ASSOCIAÇÃO DOS ARTESÃOS DE SANTANA DO ARAÇUAÍ (MG)<br />
A Associação <strong>do</strong>s Artesãos de Santana <strong>do</strong> Araçuaí criada em11/09/1989, pela mestra ceramista Isabel<br />
Mendes da Cunha e sócios funda<strong>do</strong>res, que buscavam através da união e formalização, condições mais justas<br />
para comercialização e valorização de seus produtos. Atualmente conta com ceramistas (homens e mulheres),<br />
valorizan<strong>do</strong> o ofício e registran<strong>do</strong> a história tão rica <strong>do</strong> artesanato que representam. É um <strong>do</strong>s principais polos de<br />
artesanato <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha (MG). A associação reúne trabalhos <strong>do</strong>s ceramistas da região de Santana <strong>do</strong><br />
Araçuaí, onde o visitante pode comprar e admirar diversos trabalhos em argila de inestimável valor, feitos pelas<br />
mãos de diversas ceramistas, como: (bonecas, panelas, botijas, potes, flores entre outros). Além de participar de<br />
oficinas com as artesãs da comunidade, com agendamento.<br />
Endereço: Rua Araçuaí, 167 - Centro / Ponto <strong>do</strong>s Volantes - MG<br />
Aberto: Segunda a sexta, das 07:00h às 19:00h / sába<strong>do</strong>, <strong>do</strong>mingo e feria<strong>do</strong>: Fecha<strong>do</strong><br />
Contato: (33) 99939-8395<br />
16<br />
CONSELHO DAS ARTESÃS DO VALE DO JEQUITINHONHA - CAVJ (MG)<br />
O Conselho das Artesãs <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha é uma associação civil, de caráter representativo, científico,<br />
educacional, divulga<strong>do</strong>r e cultural, sem fins lucrativos, forma<strong>do</strong> por associações de artesãs <strong>do</strong> <strong>Vale</strong> <strong>do</strong> Jequitinhonha,<br />
com o compromisso em perpetuar to<strong>do</strong> o saber e a união das ceramistas, para criar o encantamento da arte<br />
produzi<strong>do</strong> com o barro.<br />
- Cachoeira <strong>do</strong> Fana<strong>do</strong> (MG) / contato: (33) 99821-56636 / @artesascoqueirocampo<br />
- Campo Alegre (MG) / contato: (38) 99852-2920 / @alacacampoalegre<br />
- Coqueiro Campo (MG) / contato: (33) 99821-56363 / @artesascoqueirocampo<br />
- Nova (MG) / contato: (38) 99922-8638 / artesao1@gmail.com<br />
- Santana <strong>do</strong> Araçuaí (MG): contato: (38) 99939-8935 / @artesanatosantana<strong>do</strong>aracuai
TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA (TBC)<br />
Com a implantação <strong>do</strong> Turismo de Base Comunitária (TBC), também chama<strong>do</strong> de<br />
turismo comunitário ou solidário, que não é um segmento, e sim um mo<strong>do</strong> de fazer<br />
turismo, que se difere <strong>do</strong> convencional. Nesse tipo de turismo a comunidade apresenta<br />
uma gestão coletiva e são proprietários <strong>do</strong>s empreendimentos turísticos, com a<br />
preocupação em minimizar o impacto ambiental e fortalecer ações de conservação<br />
da natureza. A principal atração turística é o mo<strong>do</strong> de vida da população local. Os<br />
habitantes, que disponibilizam as suas residências para os turistas, são os responsáveis<br />
pelo sucesso <strong>do</strong> empreendimento. Entre os benefícios da iniciativa estão o pagamento<br />
imediato <strong>do</strong>s proventos aos proprietários e a valorização <strong>do</strong> roteiro. O turismo de base<br />
comunitária, por outro la<strong>do</strong>, respeita as heranças culturais e tradições locais e promove<br />
o diálogo e a interação entre visitantes e visita<strong>do</strong>s. Nem os anfitriões são submissos aos<br />
turistas, nem os turistas os veem como objetos de consumo.<br />
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18<br />
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para to<strong>do</strong>s os tipos e tamanhos de encontros. Consulte também os programas<br />
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PRESS TRIP - SETUR-SP<br />
PANTANAL PAULISTA E TIETÊ VIVO<br />
Criação de búfalas, na Fazenda São Francisco.<br />
Durante os dias 17 a 23/09/2023, a Secretaria de<br />
Turismo e Viagens <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo (Setur-<br />
SP), em parceria com o Mun<strong>do</strong> Mesa e o SENAC - São<br />
Paulo, convidaram jornalistas, influencia<strong>do</strong>res e agentes<br />
de turismo, para conhecerem in loco, produtores<br />
artesanais e restaurantes das “Regiões Turísticas<br />
Pantanal Paulista e Tietê Vivo”, no intuito de fomentar<br />
o turismo gastronômico paulista, que integra uma das<br />
10 Rotas Gastronômicas, distribuídas por to<strong>do</strong> O Esta<strong>do</strong><br />
de São Paulo.<br />
Andradina foi idealizada em 1932, pelo fazendeiro Joaquim de Mora Andrade,<br />
era o maior cria<strong>do</strong>r de ga<strong>do</strong> <strong>do</strong> Brasil, e conheci<strong>do</strong> como o “Rei <strong>do</strong> Ga<strong>do</strong>”. Na época<br />
Joaquim encomen<strong>do</strong>u a um escritório de engenharia, a elaboração de um projeto<br />
para a urbanização da cidade. Em 11/07/1937 o projeto saiu <strong>do</strong> papel e o sonho virou<br />
realidade, nascia Andradina. A cidade foi fundada em terras da Fazenda Guanabara,<br />
uma área de 2.713 km² repleta de riquezas naturais.<br />
20
BUFALARE ARTESANAL - FAZENDA SÃO FRANCISCO ANDRADINA (SP) -<br />
PANTANAL PAULISTA<br />
José Carlos entrevista<strong>do</strong> Eduar<strong>do</strong> Augusto de Andrade Haik,<br />
proprietário da Bufalare Artesanal.<br />
Mesa de degustação com produtos de búfala.<br />
Chegamos à Fazenda São Francisco, localizada no município de Andradina (SP), distante<br />
da capital paulista, 629 km, onde está à empresa “Bufalare Artesanal” para uma visita<br />
e conhecer um pouco <strong>do</strong> que produzem com o leite de búfala, e ficamos maravilha<strong>do</strong>s<br />
com os cuida<strong>do</strong>s na ordenha, higienização e preparação <strong>do</strong>s produtos. Conversamos<br />
com Eduar<strong>do</strong> Augusto de Andrade Haik empresário e proprietário da empresa “Bufalare<br />
Artesanal”, que contou um pouco da história.<br />
A família cria búfalos há 52 anos como ga<strong>do</strong> leiteiro,<br />
tirava o leite e entregava para o laticínio, e produzíamos<br />
alguns queijos e coalhadas para a família e alguns<br />
amigos. Em 2018 mudei a minha atividade e meus<br />
filhos tinham a dignidade de irem para a faculdade, e eu<br />
precisava ter outra renda. Nessa época chegou um ga<strong>do</strong><br />
para a engorda e depois ser vendi<strong>do</strong>, porém, algumas<br />
búfalas estavam prenhas e pariram na sequência.<br />
Como eram mansas de leite resolvemos fazer alguns<br />
produtos. Aproveitamos para nos aperfeiçoarmo-nos<br />
fazen<strong>do</strong> um curso com um <strong>do</strong>s melhores instrutores<br />
de queijos de búfalas no Brasil, na cidade de Paraguaçu<br />
Paulista e voltamos fazen<strong>do</strong> alguns produtos bem<br />
diferentes, como a burrata, e mudamos a técnica e<br />
o procedimento para fazer o frescal. Depois disso, fiz<br />
mais alguns cursos, um deles com Dr. Ângelo, principal<br />
mestre em mussarela <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> que esteve no Brasil.<br />
Hoje temos uma linha com 22 produtos, dentre eles:<br />
burrata tradicional (burrata é um queijo mussarela<br />
rechea<strong>do</strong> com massa fresca de mussarela e creme<br />
de leite fermenta<strong>do</strong>), burrata de tomate seco, burrata<br />
com recheio de creme de leite e cerveja preta, além <strong>do</strong><br />
creme de leite desnata<strong>do</strong>, tu<strong>do</strong> produzi<strong>do</strong> na fazenda.<br />
Nós criamos as búfalas, fazemos to<strong>do</strong>s os tratos das<br />
ordenhas e produzimos os produtos. Nós estamos<br />
para finalizar uma nova queijaria onde passaremos a<br />
ter queijos cura<strong>do</strong>s e defuma<strong>do</strong>s. Esse novo ambiente<br />
é um espaço bem próximo da cidade, muito agradável<br />
e arboriza<strong>do</strong>. Na fazenda São Francisco nós vamos ter<br />
o espaço <strong>do</strong> ga<strong>do</strong> e o da Bufalare Artesanal, onde o<br />
pessoal poderá ir para tomar o café da manhã ou um<br />
brunch. Vai ter um parque infantil, um memorial <strong>do</strong><br />
“Rei <strong>do</strong> Ga<strong>do</strong>”, porque na época a fazenda foi utilizada<br />
como base <strong>do</strong> “Rei <strong>do</strong> Ga<strong>do</strong>”, que era o fazendeiro<br />
Antônio Joaquim de Moura Andrade, funda<strong>do</strong>r da<br />
cidade de Andradina (SP). Então! Existem algumas<br />
coisas históricas interessantes, um lugar para conhecer<br />
a cultura regional, degustar nossos produtos. Logo<br />
teremos passeios no <strong>do</strong>rso de um búfalo, passeios<br />
com pôneis com charrete e passeios a cavalo. Estamos<br />
desenvolven<strong>do</strong> a trilha <strong>do</strong>s búfalos, que sai a cavalo<br />
e passa por um riozinho e anda no meio das búfalas<br />
que são mansas, curtirem os tuiuiús, e as garças no<br />
pasto da fazenda. Além <strong>do</strong> passeio de trator que passa<br />
por um corre<strong>do</strong>r de 300m de bambu e chega onde<br />
é a ordenha das búfalas. Nós estamos bem próximos<br />
da cidade, o espaço é bem amplo, e com sanitários<br />
adapta<strong>do</strong>s para receber pessoas especiais.<br />
Endereço: Ro<strong>do</strong>via Euclides Oliveira Figueire<strong>do</strong>, s/nº<br />
/ Andradina (SP)<br />
Contato: (18) 98138-3997<br />
Redes sociais: Instagram: @bufalare / Facebook:<br />
bufalare_cavalgare
Peças antigas da Fazenda São Francisco.<br />
Fotos antigas da família.<br />
CACHAÇA D’LOURENÇO / FAZENDA SÃO LOURENÇO<br />
ANDRADINA (SP) - PANTANAL PAULISTA<br />
José Carlos, entrevistan<strong>do</strong> Lourenço Haick<br />
Neto, proprietário da Cachaça D’Lourenço.<br />
Cachaça D’Lourenço para degustação.<br />
Espaço da Cachaça D’Lourenço.<br />
Nossa segunda parada foi a “Cachaça D’Lourenço”, onde fomos recepciona<strong>do</strong>s pelo<br />
empresário e proprietário, Lourenço Haick Neto, onde conversamos e degustamos diversas<br />
variedades de cachaças, além de contar a história da mesma<br />
22<br />
A cachaça vem desde o meu avô, que fabricava para<br />
o seu próprio consumo, e desde criança acompanhava<br />
o meu avô na produção de cachaça e a<strong>do</strong>rava o<br />
formato e o cheiro <strong>do</strong>s barris de madeira. Depois de<br />
certa idade, eu trabalhava como veterinário um perío<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> ano e no outro perío<strong>do</strong> já não trabalhava muito<br />
devi<strong>do</strong> à seca. Como eu tinha parceria com a usina de<br />
cana-de-açúcar, me veio à cabeça produzir a cachaça, e<br />
aí, começa a nossa história. Fui à busca de cursos e me<br />
especializei. O processo para a fabricação da cachaça<br />
artesanal começa com o plantio da cana-de-açúcar e<br />
os tratos naturais. Quan<strong>do</strong> chega o perío<strong>do</strong> de agosto<br />
e setembro ela alcança o grau brix (é a porcentagem<br />
de sóli<strong>do</strong>s solúveis dissolvi<strong>do</strong>s no cal<strong>do</strong> bruto da cana),<br />
nós cortamos, tiramos a palha e a ponta. Em seguida a<br />
cana vai para a moenda (máquina de espremer), depois<br />
filtrada para baixar o brix. O próximo passo é levar para<br />
as <strong>do</strong>rnas de fermentação, onde usamos a levedura<br />
seca CA11, que vai sen<strong>do</strong> colocada até atingir 20% <strong>do</strong><br />
total que será processa<strong>do</strong>, e permanece por um dia e<br />
meio para zerar o brix. Após esse processo é leva<strong>do</strong> para<br />
os alambiques, onde é feito a destilação. E finalmente, o<br />
engarrafamento e a rotulagem. Nós produzimos 10.000<br />
litros por ano, <strong>do</strong>s tipos: carvalho, amburana, jequitibá, e<br />
temos a branca, que é <strong>do</strong> inox. Nesse meio tem um blend<br />
que é a mistura das cachaças de carvalho, amburana e<br />
jequitibá. O álcool puro decanta<strong>do</strong> no início, conheci<strong>do</strong><br />
como cabeça, é usa<strong>do</strong> como desinfetante para<br />
esterilizar os equipamentos. O rabo, como é chama<strong>do</strong> o<br />
final da decantação, vai para a irrigação <strong>do</strong> canavial por<br />
drones, por-que esse líqui<strong>do</strong> é um rico fertilizante, e o<br />
bagaço, nós <strong>do</strong>amos para o vizinho alimentar o ga<strong>do</strong>. A<br />
vantagem de se consumir um produto artesanal é que<br />
se vai ingerir um produto limpo, livre de impurezas. A<br />
indústria mistura no produto final tanto a cabeça, que é<br />
álcool puro, como o rabo, usa<strong>do</strong> como adubo.<br />
Endereço: Rua Pereira Barreto, 1.700, Vila Rica /<br />
Andradina (SP), Tel. (18) 99759-7764
O teto da nave central possui pinturas que trazem representações <strong>do</strong>s milagres de Nossa Senhora Aparecida<br />
SÍTIO BOM PARAÍSO<br />
ANDRADINA (SP) - PANTANAL PAULISTA<br />
Produtos a base banana verde.<br />
Tivemos a satisfação de conhecer <strong>do</strong>na Mirtes de Paula Oliveira e seu esposo, responsáveis<br />
pela produção da farinha de banana verde e seus deriva<strong>do</strong>s. Nós aproveitamos in<br />
loco para saber como ela se tornou uma empreende<strong>do</strong>ra na produção da farinha de<br />
banana verde.<br />
A minha história começa, quan<strong>do</strong> fiz o curso de Processamento Artesanal de Banana Verde, sobre biomassa,<br />
ministrada pelo SENAR-SP. Após o término <strong>do</strong> curso, passei a trabalhar com a biomassa, porém percebi que<br />
não iria dar muito lucro. Falei com a professora se havia outra possibilidade de fazer diferente, e a resposta foi<br />
“faça farinha de banana verde”, corte as bananas, ponha para secar, depois torre e bate no liquidifica<strong>do</strong>r. E, deu<br />
certo, começamos a vender a farinha de banana verde, que passou a ser conhecida pelas suas propriedades,<br />
proporcionan<strong>do</strong> diversos benefícios para a nossa saúde, como a melhora <strong>do</strong> funcionamento <strong>do</strong> intestino e<br />
reduzin<strong>do</strong> a absorção de glicose e gorduras no processo digestivo. O ami<strong>do</strong> resistente presente na farinha de<br />
banana verde também promove a sensação de saciedade, isto é, reduz a fome e te mantém sacia<strong>do</strong> por mais<br />
tempo. Além da farinha, <strong>do</strong>na Mirtes comercializa chips de banana verde, <strong>do</strong>ces, geleias entre outros.<br />
Endereço: Sítio Bom Paraíso - Andradina (SP)<br />
Contato: (18) 99125-8557 / @mirtes.farinhabananaverde.andr<br />
Dona Mirtes e Viviane Castro Elois (subsecretária de Turismo de<br />
Andradina - SP).<br />
José Carlos entrevistan<strong>do</strong> <strong>do</strong>na Mirtes, rainha da bananinha verde.
RANCHO ZÉ RAIMUNDO<br />
ANDRADINA (SP) - PANTANAL<br />
PAULISTA<br />
Nossa parada foi no “Rancho Zé<br />
Raimun<strong>do</strong>”, de propriedade <strong>do</strong> casal Kelly<br />
Cristina Guimarães e Anderson Caetano,<br />
mais conheci<strong>do</strong> por “maluquinho”,<br />
localiza<strong>do</strong> em Ribeirinhos Renascer, na<br />
cidade de Andradina (SP), distante da<br />
capital 630 km e distante 21 km <strong>do</strong> Rancho<br />
Zé Raimun<strong>do</strong>. Fomos bem recepciona<strong>do</strong>s,<br />
e degustamos a culinária preparada pelo<br />
casal. A casa é simples, mais bem receptiva<br />
para quem visita e aprecia um bom peixe<br />
fresco.<br />
Anderson Caetano (mais conheci<strong>do</strong> com Maluquinho).<br />
Anderson e Kelly residem há mais de sete anos no<br />
Rancho Zé Raimun<strong>do</strong>, e a finalidade é receber turistas<br />
e visitantes para conhecer e degustar a culinária local<br />
à base de peixe: frito, ao molho, bolinho, sashimi<br />
marina<strong>do</strong>, iguarias e salada diversificada, preparadas<br />
na hora. Além da gastronomia, o turista ou visitante<br />
tem a oportunidade de fazer uma trilha curta, dar<br />
um passeio de barco até a barragem e aprender a<br />
preparar o sashimi de piranha. Segun<strong>do</strong> Anderson<br />
(maluquinho), ele aprendeu com o tio-avô Nico a<br />
explorar a piranha e outros peixes <strong>do</strong> rio Tietê, em<br />
saborosos pratos.<br />
Endereço: Estrada Beira Rio, Porto de Areia, 16,<br />
Timboré – Andradina (SP) / Contato: whatsApp:<br />
(18) 99646-3079<br />
Diversos produtos à base de piranha.<br />
Bolinhos de piranha.<br />
Ceviche marina<strong>do</strong> de piranha.<br />
24
RESTAURANTE E PESQUEIRO SANMURAI<br />
MURITINGA DO SUL (SP) - PANTANAL PAULISTA<br />
José Carlos, durante entrevista com os sócios, Lucimar <strong>do</strong>s Santos e<br />
Guilherme Murai.<br />
Visão da ponte e <strong>do</strong> espaço <strong>do</strong> Pesqueiro Sanmurai - Murutinga <strong>do</strong> Sul<br />
(SP).<br />
O Restaurante e Pesqueiro Sanmurai localiza<strong>do</strong> na cidade Murutinga <strong>do</strong> Sul (SP), “Região<br />
Turística Pantanal Paulista”, distante 613 km da capital (SP), inaugura<strong>do</strong> no dia 23/09/2015<br />
e oferece aos turistas e visitantes a culinária local e a japonesa. No cardápio constam 35<br />
tipos de peixes, sen<strong>do</strong> o mais pedi<strong>do</strong> o tucunaré com provolone, uma homenagem ao<br />
rio da região por conta <strong>do</strong> Pantanal Paulista. E para ficar sugestivo fizeram a junção<br />
<strong>do</strong>s nomes San (Santos) e Murai, passan<strong>do</strong> a ser chama<strong>do</strong> de “Sanmurai”. A empresa é<br />
administrada pelos sócios, Lucimar Souza Santos (chef de cozinha) e Guilherme kasuhiro<br />
Murai, que nos recepcionou com diversos pratos da culinária local e japonesa para que<br />
to<strong>do</strong>s pudessem degustar que estava maravilhoso.<br />
Lucimar aproveitou a nossa presença e falou sobre esse investimento. Nós temos um restaurante<br />
simples, em um assentamento de reforma agrária, e atualmente sou uma das chefs de cozinha que está<br />
ten<strong>do</strong> destaque nacional na agricultura familiar. Isso para a minha pessoa é gratificante pelo trabalho que<br />
temos feito. Aqui produzimos muita comida boa, para terem ideia, vocês estão em um assentamento<br />
de reforma agrária, e ao nosso re<strong>do</strong>r estão assenta<strong>do</strong>s 125 sítios e mais de 600 pessoas produzin<strong>do</strong> leite,<br />
queijo, frutas, peixes entre outros. O restaurante está há nove anos presentean<strong>do</strong> a comunidade, no ano<br />
de 2022 a nossa gastronomia foi premiada e destaque na Agricultura Familiar, participamos <strong>do</strong> “Mun<strong>do</strong><br />
Mesa” e “Melhores <strong>do</strong> Ano da Gastronomia Brasileira”. Então! To<strong>do</strong> esse trabalho nos traz muito orgulho,<br />
porque, com toda a simplicidade da comunidade de agricultores muito pobres, a gente consegue<br />
enobrecer o cultivo. Hoje vamos preparar uma peixada no fogão de lenha, com peixes da região. Esse<br />
trabalho <strong>do</strong> “Sabor São Paulo” com o “Mun<strong>do</strong> Mesa” e “Rota Gastronômica”, está trazen<strong>do</strong> um pouco da<br />
alta gastronomia, transforman<strong>do</strong> a região.<br />
Fogão a lenha <strong>do</strong> Pesqueiro Sanmurai - Murutinga <strong>do</strong> Sul (SP).<br />
Decoração <strong>do</strong> Pesqueiro Sanmurai - Murutinga <strong>do</strong> Sul (SP).
BAR E RESTAURANTE DO PORTO<br />
ILHA SOLTEIRA (SP) - PANTANAL<br />
PAULISTA<br />
José Carlos entrevistan<strong>do</strong> Renata Galan Alamino.<br />
Nossa passagem por Ilha Solteira (SP),<br />
um lugar maravilhoso por onde o rio<br />
Paraná desliza mansamente, encontramos<br />
com Renata Galan Alamino, empresária<br />
e proprietária <strong>do</strong> “Bar e Restaurante<br />
<strong>do</strong> Porto”, que nos recepcionou com a<br />
culinária local. Ela preparou um <strong>do</strong>s<br />
pratos mais solicita<strong>do</strong>s pelos turistas e<br />
visitantes, a “Tilápia Frita com Provolone”.<br />
Enquanto to<strong>do</strong>s degustavam essa iguaria,<br />
aproveitamos para saber da Renata,<br />
como foi que ela entrou para esse ramo da<br />
gastronomia.<br />
Bolinhos de tilápia com provolone.<br />
O restaurante surgiu em 1995, com a minha mãe e<br />
meu pai e há uns quinze anos, eles se aposentaram.<br />
Com isso, minha mãe deixou o restaurante para minha<br />
pessoa e meu irmão como herança, e estamos tocan<strong>do</strong><br />
e trabalhan<strong>do</strong> para atender aos visitantes, turistas<br />
e pesca<strong>do</strong>res. Nosso espaço tem capacidade para<br />
120 pessoas e nossa especialidade são as peixadas,<br />
porções de peixe entre outros. Mas, também servimos<br />
outros pratos de carne, como o filé à parmegiana.<br />
Endereço: Rua <strong>do</strong>s Pesca<strong>do</strong>res s/n<br />
Contato: (18) 99776-692 / (18) 3748-7217 / @<br />
rest<strong>do</strong>portoisa<br />
Aberto: de terça a <strong>do</strong>mingo, das 08:00 às 22:30 /<br />
segunda: fecha<strong>do</strong><br />
Fachada <strong>do</strong> Bar e Restaurante <strong>do</strong> Porto.<br />
Visão <strong>do</strong> bar.<br />
Visão interna.<br />
26
Pier <strong>do</strong> Pesqueiro São Luiz.<br />
PESQUEIRO SÃO LUIZ<br />
ZACARIAS (SP) - TIETÊ VIVO<br />
Nossa passagem por Ilha Solteira (SP), um lugar maravilhoso por onde o rio Paraná<br />
desliza mansamente, encontramos com Renata Galan Alamino, empresária e proprietária<br />
<strong>do</strong> “Bar e Restaurante <strong>do</strong> Porto”, que nos recepcionou com a culinária local. Ela preparou<br />
um <strong>do</strong>s pratos mais solicita<strong>do</strong>s pelos turistas e visitantes, a “Tilápia Frita com Provolone”.<br />
Enquanto to<strong>do</strong>s degustavam essa iguaria, aproveitamos para saber da Renata, como foi<br />
que ela entrou para esse ramo da gastronomia.<br />
O pesqueiro já existe em tono <strong>do</strong>s 20 anos, e vem<br />
da família de meu esposo, como os filhos foram<br />
crescen<strong>do</strong> resolveram fechar. Há nove anos, eu meu<br />
esposo Luiz Ricar<strong>do</strong> Rosante resolvemos reabrir com<br />
<strong>do</strong>is tanques para pesca esportiva ou levar o peixe<br />
para casa. No cardápio o cliente vai encontrar uma<br />
variedade de pratos a base de peixe, como o Medalhão<br />
de tilápia com provolone, Parmegiana de tilápia, Tiras<br />
de tilápia crocante, Sashimi de tilápia, entre outros.<br />
Além <strong>do</strong> restaurante, pesca esportiva e aluguel de<br />
barcos, faz eventos corporativos, confraternizações,<br />
aniversários e casamentos.<br />
Aberto: sába<strong>do</strong>, <strong>do</strong>mingo e feria<strong>do</strong>, das 08:00h às<br />
17:00h<br />
Endereço: Vicinal Lazaro Teixeira <strong>do</strong>s Santos, km 3,2,<br />
senti<strong>do</strong> Zacarias / Buritama - Zacarias (SP) / Contato:<br />
(18)99686-3801<br />
Redes sociais: Facebook.com/pesqueirosaoluiz / @<br />
pesqueirosaoluiz<br />
José Carlos entrevistan<strong>do</strong> Debora Nascimento, proprietária <strong>do</strong><br />
Pesqueiro São Luiz.<br />
Sashimi de tilápia.
PADARIA PÃO GOSTOSO<br />
ILHA SOLTEIRA (SP) PANTANAL PAULISTA<br />
Quan<strong>do</strong> chegamos e adentramos na famosa e charmosa Padaria Pão Gostoso, a<br />
proprietária Luciana Garcia já nos aguardava para nos recepcionar, e logo autorizou a nos<br />
servir alguns <strong>do</strong>s seus produtos, para que pudéssemos degustar a sua gastronomia. Durante<br />
nossa permanência, aproveitei para saber um pouco da história, solicitan<strong>do</strong> à Luciana que<br />
nos conta-se um pouco da trajetória desse empreendimento.<br />
Fachada da Padaria Pão Gostoso.<br />
José Carlos entrevistan<strong>do</strong> Luciana Garcia, proprietária da Padaria Pão<br />
Gostoso - Ilha Solteira (SP).<br />
Nós estamos fazen<strong>do</strong> em novembro 53 anos de atividade. A padaria iniciou com os meus pais, eu ainda não<br />
era nascida. Minha família mu<strong>do</strong>u-se na década de 1970, da cidade de Jales (SP) para a cidade de Ilha Solteira (SP),<br />
por conta da construção da barragem da hidroelétrica <strong>do</strong> rio Paraná. A padaria começou a funcionar oficialmente<br />
a partir de 04/11/1970, e por muito tempo nós fomos a única padaria da cidade. O tempo foi passan<strong>do</strong> e a gente<br />
foi sempre em busca de melhorar para os clientes. Em 1995 passamos a trabalhar com alimentação. Atualmente,<br />
funcionamos como padaria, confeitaria, cafeteria, pizzaria e choperia, tu<strong>do</strong> em um único lugar, numa uma cidade<br />
pequena <strong>do</strong> interior. Nossa infraestrutura gira em torno de 45 colabora<strong>do</strong>res seguin<strong>do</strong> com os desafios. Nós temos<br />
as nossas pizzas que são incríveis e os clientes elogiam muito as refeições que vem no mesmo padrão. Nós temos<br />
clientes da cidade que se alimentam com nossos produtos diariamente, eles dizem que a comida é muito caseira<br />
e não tem um tempero muito forte. Nós conseguimos manter um padrão de qualidade bem significativo para<br />
atender da melhor forma possível o cliente. Aproveitan<strong>do</strong>, gostaria de falar sobre o programa <strong>do</strong> Setur-SP em que<br />
fomos seleciona<strong>do</strong>s para a Rota Gastronômica, nós ficamos encanta<strong>do</strong>s e fizemos até um <strong>do</strong>cumento e coloquei<br />
para to<strong>do</strong>s os nossos colabora<strong>do</strong>res, para que to<strong>do</strong>s tivessem cientes daquilo que estamos inseri<strong>do</strong>s, e to<strong>do</strong>s se<br />
envolveram no projeto. Para o turismo e para a cidade é sensacional.<br />
Aberto: de <strong>do</strong>mingo a quinta, das 06:00h às 23:00h / sexta, das 06:00h às 00:00h<br />
Endereço: Av. Brasil Sul, 315, Ilha Solteira (SP)<br />
Contato: (18) 3742-2333 / site: www.paogostosoisa.com.br / @paogostosoisa / Facebook.com/paogostosoisa<br />
Tortinhas de morango.<br />
Pastéis rechea<strong>do</strong>s de carne ou queijo.<br />
28
CAFÉ DA VÓ CHICA<br />
MONÇÕES (SP) - TIETÊ VIVO<br />
José Carlos, durante entrevista com Miriam Keila Borges Andrade<br />
Fabrício e Fernan<strong>do</strong> Fabrício.<br />
Maria Frota Borges (Vó Chica).<br />
Na cidade de Monções (SP), distante 543 km de São Paulo, capital, com uma população<br />
de 2.267 habitantes, conforme senso de 2020, nossa parada estava programada para<br />
conhecer o famoso “Café da Vó Chica”, um espaço aconchegante e muito agradável. Quem<br />
nos recepcionou foram os empresários e proprietários, Miriam Keila Borges Andrade<br />
Fabrício e Fernan<strong>do</strong> Fabrício, com um delicioso café rural da tarde e muitas opções de <strong>do</strong>ces<br />
e salga<strong>do</strong>s. Nesse perío<strong>do</strong> em que to<strong>do</strong>s estavam degustan<strong>do</strong> a gastronomia da casa,<br />
conversamos com o casal a respeito <strong>do</strong> empreendimento.<br />
Nós estamos localiza<strong>do</strong>s na cidade de Monções (SP), um lugar maravilhoso, é uma propriedade de família,<br />
e nós já somos a quarta geração. Há pouco mais de um ano tivemos a ideia daquilo que fazíamos e faz, de<br />
reunir a família a mesa e ter esse contato <strong>do</strong> café e <strong>do</strong> almoço, trazen<strong>do</strong> nossos amigos e pessoas eu nos<br />
visitam. Atualmente, estamos to<strong>do</strong>s os <strong>do</strong>mingos, inician<strong>do</strong> a manhãzinha, com um café rural, e ao meio-dia<br />
começamos com o almoço caipira. Nós fazemos questão de que tu<strong>do</strong> seja produzi<strong>do</strong> na nossa fazenda, no<br />
fogão a lenha. Então! É aquele sabor mesmo da infância de vó, aquela comida caseira, aquela comida de sítio.<br />
Durante a semana nós abrimos para eventos, como aniversários e casamentos ao ar livre. Nós temos para um<br />
futuro bem próximo, poder estar abrin<strong>do</strong> durante a semana.<br />
Endereço: Estrada Municipal de Monções à Turiúba, km 01 / Monções (SP)<br />
Contato: (17) 99627-9240 (Fernan<strong>do</strong>) / (17) 99648-44898 / @cafedavochica<br />
Louças para atender aos visitantes no café da<br />
manhã e da tarde.<br />
Salga<strong>do</strong>s, arroz <strong>do</strong>ce e canjica.<br />
Mesa pronta para o café da tarde.
MANÉ SIMPATIA TRADICIONAL<br />
BIRIGUÍ (SP)– TIETÊ VIVO<br />
Durante nossa visita à cidade de Birigui<br />
(SP), tivemos a oportunidade de conhecer<br />
a gastronomia da mais famosa lanchonete<br />
da cidade, o “Mané Simpatia Tradicional”,<br />
administra<strong>do</strong> por Manoel Marques<br />
Espe<strong>do</strong>, mais conheci<strong>do</strong> como “Mané<br />
Simpatia” e seu filho Fabiano. Os <strong>do</strong>is<br />
foram receptivos e conversamos sobre a<br />
trajetória comercial <strong>do</strong> empreendimento,<br />
foi incrível.<br />
José Carlos entrevistan<strong>do</strong> Mané Simpatia.<br />
Fiquei feliz de receber você José Carlos e essa<br />
equipe maravilhosa de profissionais em nossa<br />
lanchonete. A minha trajetória como comerciante<br />
começa aos 18 anos, quan<strong>do</strong> fui para São Paulo,<br />
onde vivi durante 20 anos. Em 1985 voltei para<br />
Birigui (SP), montei um bar muito simples com oito<br />
mesas de snooker e inauguramos em julho/1985,<br />
onde permanecemos por cinco anos e fomos bem<br />
sucedi<strong>do</strong>s. Lá trabalhávamos to<strong>do</strong>s os dias das 13:00h<br />
às 07:00h <strong>do</strong> dia seguinte sem folga, às 13:00h já<br />
estava de volta para abrir o bar. Como sou uma pessoa<br />
extrovertida e agradável, os clientes passaram a me<br />
chamar de “simpatia” e o apeli<strong>do</strong> ficou. Em setembro<br />
de 1991 mudamos para outro ponto bem maior, no<br />
Bairro Toselar, na mesma cidade de Birigui (SP). Com o<br />
sucesso <strong>do</strong> trabalho, construíram um prédio comercial,<br />
em frente ao antigo estabelecimento, inauguran<strong>do</strong><br />
no dia 01/01/2021. A casa só trabalha na parte noturna,<br />
com cal<strong>do</strong>s (mocotó, vaca atolada, <strong>do</strong>bradinha e<br />
Jegue), porções de frango, tilápia, corvina, contrafilé e<br />
mais de 150 tipos de lanches. E o que mais vende é o<br />
cal<strong>do</strong> de Jegue, prepara<strong>do</strong> com feijão-branco, grãode-bico,<br />
bacon, calabresa e frango desfia<strong>do</strong>. O cal<strong>do</strong><br />
é servi<strong>do</strong> no pão italiano ou na cumbuca. A casa<br />
também tem um atrativo cultural, estão expostas<br />
mais de 1.000 quadros com fotos <strong>do</strong> “Mané Simpatia”<br />
com clientes, além de centenas de camisas de clubes,<br />
todas emolduradas. Recomendamos a visitar o<br />
espaço, provar a gastronomia local e curtir um ótimo<br />
ambiente familiar.<br />
O famoso lanche Bilacão.<br />
Mané Simpatia preparan<strong>do</strong> diversos tipos de cal<strong>do</strong>s.<br />
Endereço: R. Dr. Luís de Tolê<strong>do</strong> Piza Sobrinho, 362 -<br />
Jardim Tangara, Birigui (SP)<br />
Aberto: segunda a sába<strong>do</strong>, das 18:00h às 06:00h /<br />
<strong>do</strong>mingo, fecha<strong>do</strong><br />
Contato: (18) 3641-1930<br />
30<br />
Um <strong>do</strong>s murais com camisas de clubes autografadas.
Visão parcial <strong>do</strong> vinhe<strong>do</strong>.<br />
VINÍCOLA FERRACINI<br />
PENÁPOLIS (SP) - TIETÊ VIVO<br />
A cidade de Penápolis (SP), Região Oeste <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo, distante 480 km da<br />
capital paulista, com uma população de 63.757 habitantes, conforme senso de 2020<br />
foi a nossa parada para conhecer a primeira Vinícola Ferracini da região e degustar os<br />
preciosos vinhos.<br />
Minha história começa em 2013 com aquisição<br />
de uma área para montar uma vinícola em Penápolis<br />
(SP), uma cidade com duas temperaturas, “quente<br />
ou muito quente”. Depois de muito empenho,<br />
pesquisa e tecnologia, em 2014 foram colocadas os<br />
primeiros parreirais. O primeiro era um hectare entre<br />
uvas Vitis vinifera (cabernet sauvignon e tannat), e<br />
os resulta<strong>do</strong>s estão sen<strong>do</strong> fantástico. Nós usamos<br />
uma técnica diferente usada no Rio Grande <strong>do</strong> Sul<br />
e Santa Catarina. Aqui nós a<strong>do</strong>tamos a dupla poda<br />
José Carlos, entrevistan<strong>do</strong>, Fábio Ferracini, proprietário da Vinícola<br />
Ferracini - Penápolis (SP).<br />
Barricas de vinhos.
Showroom.<br />
Recepção da sala de degustação.<br />
ou poda invertida, ou vinho de inverno, em que<br />
consiste a colheita ser em agosto, escapan<strong>do</strong> da<br />
época de muita chuva, pegan<strong>do</strong> um clima mais<br />
ameno e concentran<strong>do</strong> melhores açucares. Tem<br />
da<strong>do</strong> bons resulta<strong>do</strong>s e ampliamos nossos parreirais<br />
com mais 2 hectares com outras variedades<br />
chegan<strong>do</strong>, como a cirrar e cabernet franc. Enfim, a<br />
Vinícola Ferracini está em constante investimento<br />
para divulgar o turismo da Região Noroeste. A<br />
empresa tem três vertentes: produção e plantio das<br />
uvas (parreirais), a nossa indústria completa para<br />
transformar esse tão precioso produto a qual é a uva<br />
em bons vinhos e um grande espaço que locamos<br />
para atender eventos diversifica<strong>do</strong>s (aniversários,<br />
casamentos e empresariais), além <strong>do</strong> enoturismo e<br />
enogastronomia. O trabalho <strong>do</strong> enoturismo é foca<strong>do</strong><br />
para o pessoal da região se locomover até a nossa<br />
indústria, conhecer nossos parreirais, degustar bons<br />
vinhos e se aproximar desse mun<strong>do</strong> maravilhoso.<br />
Com a chegada de nosso chef de cozinha João, nós<br />
estamos fazen<strong>do</strong> o enogastronomia, que consiste<br />
em harmonizar grandes pratos com vinhos. Toda<br />
essa experiência incide em couvert, entrada, prato<br />
principal e sobremesa. A cada passo que os nossos<br />
chefs apresentam os pratos, o nosso sommelier<br />
apresenta os vinhos, e faz uma harmonização perfeita,<br />
para mais pessoas vivenciarem essa experiência, e o<br />
vinho tem tu<strong>do</strong> a ver com a gastronomia. Aqui, nos<br />
nossos parreirais, nós temos o cabernet sauvignon,<br />
tannat, cabernet franc e a maior quantidade de<br />
cirrar, totalizan<strong>do</strong> nove mil plantas em torno de três<br />
hectares. A Vinícola Ferracini tem diversos parceiros<br />
que nos enviam uvas de Jales (SC), Mirassol (SP) e<br />
Jundiaí (SP), que também usam às mesmas técnicas<br />
e outras variedades. Eles talvez não precisem de uma<br />
unidade <strong>do</strong> nosso tamanho, nós compramos as uvas<br />
deles, ou eles mandam as uvas e nós vinificamos e<br />
devolvemos a granel, ou se precisa de um vinho com<br />
registro certinho, nós produzimos e entregamos<br />
registra<strong>do</strong> no nome da vinícola. O importante, é que<br />
o homem não saia da terra, e continue aumentan<strong>do</strong><br />
de produtores.<br />
Endereço: Estrada <strong>do</strong> Mineiro, km 2 - Zona Rural<br />
Aberto: de terça a sexta, das 08:00 às 12:00h -<br />
13:30h às 17:00h / sába<strong>do</strong>, das 09:30h às 13:30h /<br />
<strong>do</strong>mingo, fecha<strong>do</strong>.<br />
Contato: (18) 2191-0145 / @vinicolaferracini<br />
Espaço para eventos.<br />
Laboratório.<br />
32
José Carlos, entrevistan<strong>do</strong> Thais Dal Bello Russo, proprietária da<br />
empresa Queijos Bela Vista - Bilac (SP).<br />
Visão <strong>do</strong> espaço para receber visitantes, na Queijaria Bela Vista -Bilac<br />
(SP).<br />
QUEIJARIA BELA VISTA - BILAC (SP) - TIETÊ VIVO<br />
Outra visita importante foi conhecer in loco a empresa Queijos Bela Vista, localizada no<br />
bairro rural <strong>do</strong> município de Bilac, distante 22,7 km de Araçatuba (SP), e 540 km da capital<br />
paulista, tem uma população de 8.117 habitantes, conforme senso realiza<strong>do</strong> em 2020.<br />
A empresa Queijos Bela Vista, fundada em 27/11/2019, tem como atividade principal o comércio varejista<br />
de laticínios e frios. As proprietárias, Célia de Fátima Rodrigues e Thais Dal Bello Russo, trabalham com leite de<br />
qualidade, ótima higienização e resulta<strong>do</strong> positivo na produção de duas ordenhas diárias, sen<strong>do</strong> uma na parte da<br />
manhã e outra na parte da tarde. A matéria-prima são as vacas Jersey (originárias das ilhas Jersey, localizada no<br />
Canal da Mancha, na Inglaterra). Todas são bem cuidadas e tratadas com dietas balanceadas, e todas têm nomes.<br />
As vacas não recebem a ocitocina, e sim liberam a ocitocina natural na hora da ordenha. Thais Dal Belo Russo, falou<br />
um pouco a respeito <strong>do</strong> empreendimento. Nós produzimos queijos <strong>do</strong> leite de vaca Jersey, porém, no início não<br />
era para ser um negócio, e sim, queríamos mudar a alimentação familiar. Começamos a produzir queijos em casa e<br />
depois fomos aumentan<strong>do</strong> a produção e começamos a vender pelas redes sociais. Com o tempo foi expandin<strong>do</strong>,<br />
e atualmente temos a nossa lojinha com espaço para receber clientes, espaços para ser visita<strong>do</strong>, conhecerem os<br />
animais, e sempre falo que trabalhamos <strong>do</strong> campo ao produto final. To<strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> é muito importante para ter<br />
um produto de qualidade, atualmente nós produzimos 20 tipos de produtos diferentes, desde queijo fresco a<br />
parmesão que é um queijo de alta maturação, iogurtes, <strong>do</strong>ces de leite, entre outros produtos. Também temos a<br />
parte de suínos, como produzimos queijos, existe a sobra <strong>do</strong> soro que acaba sen<strong>do</strong> um descarte, e usamos para<br />
a produção de suínos. Eles consomem esse soro, e produz uma carne maravilhosa, a banha é bem branquinha<br />
e ótima para preparo de comida, além de fazer linguiça e diversos cortes que to<strong>do</strong>s conhecem. Nós recebemos<br />
visitantes e turistas <strong>do</strong> Brasil inteiro, pessoas que estão passan<strong>do</strong> na beira da ro<strong>do</strong>via, e pessoas das cidades ao<br />
nosso entorno, que buscam lugar para passear com a família e crianças para apresentar o campo, mostrar as<br />
origens <strong>do</strong> campo, de como é tira<strong>do</strong> o leite da vaca e como é produzi<strong>do</strong> o queijo.<br />
Endereço: Ro<strong>do</strong>via Gabriel Melha<strong>do</strong>, 461 – km 2-S / Baguaçu – Bilac (SP)<br />
Aberto: de segunda a sexta, das 07:00h às 17:00h / sába<strong>do</strong>, das 08:00h às 17:00h<br />
Contato: (18) 99707-4399 / @queijariabelavista / F. estanciabelavistabilac<br />
Câmara fria com queijos.<br />
Mesa com diversos tipos de queijos para degustação, na Queijaria<br />
Bela Vista - Bilac (SP).
Visão <strong>do</strong> Philomena Bar e Restaurante - Araçatuba (SP).<br />
PHILOMENA BAR E RESTAURANTE<br />
ARAÇATUBA (SP) - TIETÊ VIVO<br />
Tivemos a oportunidade de jantar no Philomena Bar e Restaurante, localiza<strong>do</strong> à<br />
Rua General Glicério, 1093, no centro de Araçatuba (SP), e quem nos recepcionaram foi<br />
Graziele Oliveira, que preparou diversos tipos de pratos a base de cordeiro, especialidade<br />
da casa. Aproveitamos o momento e solicitamos que Graziele desse um depoimento sobre<br />
a origem da casa.<br />
Segun<strong>do</strong> Graziele Oliveira, o restaurante surgiu devi<strong>do</strong> à paixão <strong>do</strong> proprietário Arnal<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Santos Vieira<br />
Filho pela raça de cordeiros. Há muitos anos, teve uma feira famosa de agropecuária em nossa cidade, e o senhor<br />
Arnal<strong>do</strong>, montou um restaurante na feira para divulgar a carne de cordeiro. Devi<strong>do</strong> à grande aceitação e procura<br />
<strong>do</strong> mesmo, ele resolveu montar um restaurante na cidade de Araçatuba (SP), com especialidade em cordeiro, e<br />
já estamos há 13 anos em plena atividade. Outro detalhe, o nome “Philomena” foi uma homenagem à avó <strong>do</strong><br />
proprietário, que era uma pessoa querida e gostava muito de receber às pessoas em sua casa. Então, a nossa<br />
intenção é que to<strong>do</strong>s sejam bem-vin<strong>do</strong>s e sintam-se acolhi<strong>do</strong>s. Além da especialidade da carne de cordeiro, a<br />
casa trabalha com carnes bovinas nobres, frangos e várias especialidades na brasa, o qual é o forte da casa. <strong>Vale</strong><br />
apena conhecer a gastronomia da Philomena Bar e Restaurante.<br />
Aberto: de terça a sexta: das 18:00h às 23.59h / sába<strong>do</strong>: da 11:30h às 23:59 / <strong>do</strong>mingo: das 11:30h às 15:30h /<br />
segunda, fecha<strong>do</strong>.<br />
Contato: (18) 3305-8116 /<br />
Endereço: R. Gen. Glicério, 1093 - Centro / Araçatuba (SP)<br />
34<br />
José Carlos, durante uma entrevista com<br />
Graziele Oliveira, opera<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Philomena<br />
Bar e Restaurante.<br />
Espaço interno <strong>do</strong> Philomena Bar e<br />
Restaurante.<br />
Espaço <strong>do</strong> Philomena Bar e Restaurante.
RANCHO DAS VIDEIRAS<br />
ARAÇATUBA - TIETÊ VIVO<br />
Iraci Aparecida Tanaka Figueire<strong>do</strong> da Silva, no parreiral.<br />
José Carlos entrevistan<strong>do</strong> Iraci Aparecida Tanaka Figueire<strong>do</strong> da<br />
Silva.<br />
Visão <strong>do</strong> parreiral.<br />
Outro local importante que conhecemos<br />
foi o Rancho das Videiras, localiza<strong>do</strong> no<br />
município de Araçatuba, distante 520 km<br />
de São Paulo. Uma propriedade agradável,<br />
de poder passar algumas horas e conhecer<br />
como funciona o trabalho da plantação e<br />
colheita das uvas. E, quem nos recepcionou<br />
foi Iraci Aparecida Tanaka Figueire<strong>do</strong><br />
da Silva, ex-professora e propriedade <strong>do</strong><br />
Rancho das Videiras, que nos contou um<br />
pouco da história sobre essa nova atividade<br />
de empreende<strong>do</strong>ra.<br />
O Rancho das Videiras foi inicia<strong>do</strong> com a plantação<br />
em 2018, em 2019 tivemos a primeira colheita, em 2020<br />
fizemos a segunda colheita <strong>do</strong>brada da primeira, e<br />
2021, duas colheitas, onde tivemos aproximadamente<br />
250 pessoas e aqui fundamos então, o Recanto <strong>do</strong>s<br />
Pássaros, sen<strong>do</strong> o nome da propriedade, para Rancho<br />
das Videiras, volta<strong>do</strong> para uvas de mesa que temos em<br />
nossa propriedade. Até então procuramos trabalhar<br />
com toda a verticalidade, com to<strong>do</strong>s os produtos que<br />
produzimos. As frutas são de nossa plantação, as geleias<br />
de uva, goiaba, graviola, amora e sucos são da nossa<br />
propriedade. Hoje temos uma novidade, o sorvete de<br />
mandioca. Com relação aos visitantes e turistas, nós<br />
recepcionamos com o café da manhã e após uma<br />
explanação sobre as nossas atividades, levamos to<strong>do</strong>s<br />
para uma visita ao parreiral. Em seguida oferecemos<br />
um almoço bem roceiro. Agora com um novo formato,<br />
que começa às 11:00h e encerra às 16:00h, com café<br />
da manhã e almoço. Nós temos a fazendinha para as<br />
crianças que passam o dia com recrea<strong>do</strong>res infantis.<br />
Endereço: Rua João Buchi / Araçatuba (SP)<br />
Contato: (018) 99130-2534 / @ranchodasvideiras<br />
Aberto: terça a sexta, das 09:00 às 17:00 / sába<strong>do</strong>, das<br />
11:00 às 16:00 / <strong>do</strong>mingo, das12:00 às 16:00 / segundafeira<br />
fecha<strong>do</strong>.<br />
Doce de abóbora com coco produzi<strong>do</strong> no Rancho das Videiras.<br />
Lourdes com uma arara de peito amarela.
ENCERRAMENTO DA 4ª SEMANA<br />
“SABOR DE SÃO PAULO” NO SENAC<br />
– ARAÇATUBA<br />
Público presente no workshop.<br />
Para finalizar, vamos falar sobre o encerramento da 4ª semana “Sabor de São Paulo” realiza<strong>do</strong> no dia 23/09/2023<br />
no SENAC – Araçatuba. Foi uma experiência enriquece<strong>do</strong>ra para to<strong>do</strong>s os envolvi<strong>do</strong>s, promoven<strong>do</strong> a valorização<br />
da gastronomia paulista e proporcionan<strong>do</strong> momentos únicos de degustação e aprendiza<strong>do</strong>, reunin<strong>do</strong> amantes da<br />
gastronomia e proporcionan<strong>do</strong> uma experiência única de sabores e aromas da rica cultura culinária paulista <strong>do</strong><br />
Pantanal Paulista e Tietê Vivo. Além das atividades gastronômicas, o encerramento contou com a participação de<br />
renoma<strong>do</strong>s chefs e expositores, que apresentaram pratos deliciosos e tendências gastronômicas. Os participantes<br />
tiveram a oportunidade de participar de uma aula-show da madrinha da rota gastronômica da região, a chef de<br />
cozinha e pesquisa<strong>do</strong>ra de ingredientes, Tanea Romão.<br />
Participaram da abertura e das palestras: Christiane Fuchs Grecco (Diretora de Turismo e Viagens <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São<br />
Paulo), Solange Moretti (SEBRAE), João Gustavo Loureiro (Secretaria de Agricultura e Abastecimento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de<br />
São Paulo), Daniel Miranda (Secretaria de Agricultura e Abastecimento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo), João Carlos de Melo<br />
Mace<strong>do</strong> (SENAC), William Roberto Rodrigues (SENAC), Adriana Renata Verdi (Secretaria de Agricultura e Abastecimento<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo), Gregory Andrade (Secretaria de Turismo e Viagens), Márcio Paccola Langoni (SENAR), Luis<br />
Antonio de Lima (SENAC – Araçatuba), Tanea Romão (Chef de cozinha e pesquisa<strong>do</strong>ra de ingredientes) e George<br />
Schnyer (Diretor de Publicidade da Mesa e Sabor)<br />
Christine Fuchs Grecco (Diretora da<br />
Secretaria de Turismo e Viagens).<br />
Adriana Renata Verdi (Sec. de Agric. e<br />
Abastec. <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo).<br />
Gregory Andrade (Secretaria Estadual de<br />
Turismo e Viagens de São Paulo-Setur).<br />
Daniel Miranda (Sec. de Agric. e Abastec. <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong> de São Paulo).<br />
William Roberto Rodrigues (SENAC).<br />
Dr. João Gustavo Loureiro (Sec. de Agricultura<br />
e Abastecimento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo).<br />
36<br />
Roberto de Lucena (secretário de Turismo e<br />
Viagens <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo).<br />
Tanea Romão (chef de cozinha e pesquisa<strong>do</strong>ra<br />
de ingredientes).<br />
Georges Schnyder (diretor de publicidade <strong>do</strong><br />
Mun<strong>do</strong> Mesa).
ESPORTE E JOGOS POTENCIALIZANDO O TURISMO DE<br />
ALTAMIRA, NO PARÁ E BRASIL<br />
Bruno Omori, posa em frente ao painel.<br />
Bruno Omori posa ao la<strong>do</strong> de diversas<br />
pessoas.<br />
Bruno Omori, Prefeito Clau<strong>do</strong>miro Gomes e a<br />
Secretária de Turismo Eliana Couto.<br />
O Centro de Eventos Vilmar Soares em Altamira (PA)<br />
foi palco <strong>do</strong> “I Seminário de Turismo de Natureza” que<br />
aconteceu nos dias 12 e 13/09/202, organiza<strong>do</strong> pela<br />
Secretaria Municipal de Turismo (Semtur). O principal<br />
painel <strong>do</strong> evento foi o debate sobre esporte, jogos e<br />
cassinos em sinergia para potencializar o turismo de<br />
Altamira (PA), media<strong>do</strong> por Eliana Couto, secretária de<br />
Turismo de Altamira (PA). Bruno Omori presidente <strong>do</strong> IDT-<br />
CEMA que iniciou sua apresentação com a pujança das<br />
exportações mundiais <strong>do</strong> turismo na ordem de USD $1,8<br />
trilhões, da demanda de criar experiências diferenciadas<br />
para o turista a negócios ou lazer em um destino como,<br />
por exemplo, em Altamira (PA) com a floresta amazônica,<br />
rio Xingu, não somente atenden<strong>do</strong> às necessidades<br />
<strong>do</strong>s turistas, mas sim crian<strong>do</strong> demandas como marcas<br />
como a Apple ou a Disney fazem, crian<strong>do</strong> sinergias para<br />
gerar experiências diferenciadas, unin<strong>do</strong> a gastronomia<br />
regional, vivência indígena, pesca esportiva, esportes<br />
náuticos e de aventura na selva, cultura alinhadas com<br />
a sustentabilidade, com a proximidade da COP 30 no<br />
Pará em 2025, que serão potencializadas. Bruno Omori<br />
eluci<strong>do</strong>u que com a aprovação da Lei de Jogos e Cassinos<br />
teremos investimentos nacionais e internacionais de<br />
USD 70 bilhões, e onde no Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Pará poderá ter 1<br />
cassino integra<strong>do</strong> ao resort, provavelmente 2 Cassinos<br />
turísticos e ainda 1 bingo a cada 150 mil habitantes por<br />
cidade, que além de fortalecer os destinos, ampliaram<br />
a oferta de mão de obra e divisas, além <strong>do</strong> repasse<br />
<strong>do</strong>s impostos e concessões de 10% para o esporte e<br />
12% para o turismo. Trouxe o case de Las Vegas que<br />
tem a maior oferta hoteleira <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> com 175 mil<br />
UHs, que os jogos representam 45% <strong>do</strong> PIB, os demais<br />
55% são resulta<strong>do</strong>s da gastronomia, compras, shows/<br />
cultura (tem 5 cirque du soleil), eventos/feiras de to<strong>do</strong>s<br />
os segmentos, e os eventos esportivos como o MMA,<br />
Hockey sobre gelo, entre outros.<br />
Ana Carla Moura (Ministério <strong>do</strong> Turismo)<br />
palestrou e recebeu o livro de Altamira <strong>do</strong><br />
Prefeito Clau<strong>do</strong>miro Gomes e da Secretária<br />
de Turismo Eliana Couto.<br />
Eliana Couto (Secretária de Turismo).<br />
O prefeito de Altamira, Clau<strong>do</strong>miro Gomes, pediu<br />
a palavra, agradeceu e congratulou os palestrantes<br />
e ficou muito otimista de poder em breve criar um<br />
Bingo ou Cassino Turístico para potencializar Altamira<br />
no turismo, geran<strong>do</strong> novos empregos, fortalecen<strong>do</strong> a<br />
cultura e artistas locais, apresentar a região Rio Xingu<br />
com seus potenciais gastronômicos, esportivos, assim<br />
como a Usina de Belo Monte que já recebeu mais de<br />
70 mil visitantes. O secretário de esportes de Altamira,<br />
Victor Conde, apresentou os cases de esportes que o<br />
município vem desenvolven<strong>do</strong>, inclusive de esportes<br />
integra<strong>do</strong>s com o turismo e a cultura, integran<strong>do</strong><br />
ações sociais, educativas e econômicas, sobre os jogos,<br />
acredita que potencializará os esportes locais. Lars<br />
Grael campeão olímpico e dirigente esportivo, trouxe<br />
sua história vitoriosa no esporte, da superação com<br />
Victor Conde, Bruno Omori, Eliana Couto<br />
(Secretária de Turismo) e Lars Grael, durante<br />
sua palestra.<br />
o acidente e <strong>do</strong>s desafios como Secretario Nacional<br />
<strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong>s Esportes e Secretário de esporte <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong> de SP, trouxe sua visão da integração <strong>do</strong> esporte<br />
com to<strong>do</strong>s seus benefícios sociais e de saúde, integra<strong>do</strong><br />
com o turismo para geração de divisas e fortalecimento<br />
de destinos, como Barcelona preparou para ser um<br />
grande case de turismo mundial através das Olimpíadas<br />
de 1992, de eventos como a fórmula 1 que na cidade<br />
de São Paulo tem impacto de mais de R$ 2 bilhões para<br />
o turismo e economia da cidade, e da Vela tanto nas<br />
Olimpíadas como nos Mundiais que potencializam o<br />
turismo <strong>do</strong> destino trazen<strong>do</strong> turistas com alto potencial<br />
de consumo. Ana Carla Moura <strong>do</strong> Ministério <strong>do</strong> Turismo<br />
palestrou e recebeu o livro de Altamira, das mãos <strong>do</strong><br />
Prefeito Clau<strong>do</strong>miro Gomes e da Secretária de Turismo<br />
Eliana Couto.
FÁBULA “FACILIDADE EM<br />
RESOLVER PROBLEMAS”<br />
Do livro “As mais belas parábolas de to<strong>do</strong>s os tempos,<br />
vol. II”.<br />
Certa vez perguntei ao mestre:<br />
– Por que existem pessoas que saem facilmente<br />
<strong>do</strong>s problemas mais complica<strong>do</strong>s, enquanto outras<br />
sofrem por problemas muito pequenos, como se<br />
estivessem morren<strong>do</strong> num copo de água?<br />
Ele simplesmente sorriu e contou-me uma<br />
história:<br />
– Era uma vez um sujeito que viveu amorosamente<br />
toda a sua vida. Quan<strong>do</strong> morreu, to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> lhe<br />
recomen<strong>do</strong>u que fosse ao céu, pois um homem<br />
tão bon<strong>do</strong>so quanto ele somente poderia ir para o<br />
paraíso. Ir para o céu não era tão importante para<br />
aquele homem, mas mesmo assim ele foi até lá.<br />
Naquela época o céu não havia ainda passa<strong>do</strong> por<br />
um programa de qualidade total. A recepção não<br />
funcionava muito bem. A moça que o recebeu deu<br />
uma olhada rápida nas fichas em cima <strong>do</strong> balcão<br />
e, como não viu o nome dele na lista, orientou-lhe<br />
para ir ao inferno.<br />
E, no inferno, você sabe como é? Ninguém<br />
exige crachá ou convite. Qualquer um que chega é<br />
convida<strong>do</strong> a entrar. O sujeito entrou lá e foi fican<strong>do</strong>.<br />
Alguns dias depois, lúcifer chegou às portas <strong>do</strong><br />
paraíso para tomar satisfações com São Pedro:<br />
– Você é um canalha! Nunca imaginei que fosse<br />
capaz de uma baixaria como essa. Isso que você está<br />
fazen<strong>do</strong> é puro terrorismo!<br />
Sem saber o motivo de tanta raiva, São Pedro<br />
perguntou surpreso, <strong>do</strong> que se tratava. Lúcifer,<br />
transtorna<strong>do</strong>, desabafou:<br />
– Você man<strong>do</strong>u aquele sujeito para o inferno e<br />
ele está fazen<strong>do</strong> a maior bagunça lá. Ele chegou<br />
escutan<strong>do</strong> as pessoas, olhan<strong>do</strong>-as nos olhos,<br />
conversan<strong>do</strong> com elas. Agora, está to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />
dialogan<strong>do</strong>, se abraçan<strong>do</strong> e se beijan<strong>do</strong>. O inferno<br />
está insuportável parece o paraíso.<br />
E fez um apelo:<br />
– Pedro, por favor, pegue aquele sujeito e leve-o<br />
de lá!<br />
Quan<strong>do</strong> o mestre terminou de contar essa<br />
história, olhou-me carinhosamente e disse:<br />
– Viva com tanto amor no coração que se,<br />
por engano, você for parar no inferno, o próprio<br />
demônio lhe trará de volta ao paraíso. Problemas<br />
fazem parte da nossa vida, porém não deixe que eles<br />
o transformem numa pessoa amargurada. As crises<br />
vão estar sempre suceden<strong>do</strong> e, às vezes, você não<br />
terá escolha.<br />
E ainda continuou:<br />
– Sua vida está sensacional e, de repente, você<br />
pode descobrir que sua mãe está <strong>do</strong>ente, que<br />
a política econômica <strong>do</strong> governo mu<strong>do</strong>u e que<br />
infinitas possibilidades de encrencas aparecem. As<br />
crises você não pode escolher, mas pode escolher<br />
a maneira como enfrentá-las. E, no final, quan<strong>do</strong><br />
os problemas foram resolvi<strong>do</strong>s, mais <strong>do</strong> que sentir<br />
orgulho por ter encontra<strong>do</strong> as soluções, você terá<br />
orgulho de si mesmo (a).<br />
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