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Parte I<br />
Capítulo I<br />
cação <strong>se</strong> verifica igualmente no tocante<br />
à perfeição <strong>das</strong> comunicações. E<br />
também no gradual aprimoramento<br />
da sua já exímia capacidade de informar.<br />
Neste <strong>se</strong>ntido, a imprensa, o<br />
rádio e a televisão, todos em contínuo<br />
progresso, <strong>se</strong> completam de maneira a<br />
pôr à disposição do homem uma a<br />
bundância de idéias e de imagens espantosa.<br />
Para informar, impressionar<br />
e persuadir o homem, atingiram es<strong>se</strong>s<br />
meios de comunicação um poder<br />
maior, em muitas circunstâncias, do<br />
Para inf armar, impressionar<br />
e persuadir,<br />
um poder<br />
maior do que os<br />
mais salie111es potentados<br />
do passado<br />
era da cibernética. Pode-<strong>se</strong> supor que<br />
esta última encerre o ciclo <strong>das</strong> grandes<br />
invenções a <strong>se</strong>rviço da Propaganda.<br />
Porém, à vista dos progressos da<br />
chamada transpsicologia, ainda nebulosos,<br />
insólitos e desconcertantes, é<br />
possível que novas formas de comunicação<br />
entre os homens conduzam a<br />
meios de propaganda ainda insuspeitáveis,<br />
ainda mais céleres, mais drásticos.<br />
Em uma palavra, mais terríveis ...<br />
A marcha ascensional que <strong>se</strong> nota<br />
na celeridade dos meios de comuniexuberância<br />
de vida de um verdadeiro povo a<br />
vida <strong>se</strong> difunde, abundante, rica, no Estado e<br />
em todos os <strong>se</strong>us órgãos, infundindo-lhes com<br />
vigor incessantemente renovado a consciência<br />
da própria responsabilidade, o verdadeiro <strong>se</strong>nso<br />
do bem comum. Da f orça elementar da<br />
massa, habilmente manejada e utilizada, o<br />
Estado pode também <strong>se</strong>rvir-<strong>se</strong>: nas mãos ambiciosas<br />
de um só ou de vários que as tendências<br />
egoísticas tenham agrupado artificialmente,<br />
o mesmo Estado pode, com apoio da massa,<br />
reduzida a não mais que uma simples máquina,<br />
impor <strong>se</strong>u arbítrio à parte melhor do<br />
verdadeiro povo: em con<strong>se</strong>qüência, o interes<strong>se</strong><br />
comum fica gra vemente e por largo tempo<br />
atingido e a f erida é bem freqüentemente de<br />
cura difícil" (Radiomensagem de Natal de<br />
1944, Discorsi e Radiomessaggi di Sua Santità<br />
Pio X II, Tipografia Poliglotta Vaticana, vol.<br />
VI , pp. 238-239).<br />
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