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Entrevista Fernando Gouveia destaca os avanços das pesquisas do Laboratório de Produtos Florestais<br />
EFICIÊNCIA TÉCNICA<br />
SOLUÇÕES INOVADORAS CONSOLIDAM<br />
O MERCADO DE ACABAMENTO PARA<br />
MOLDURAS<br />
TECHNICAL EFFICIENCY<br />
INNOVATIVE SOLUTIONS<br />
CONSOLIDATE THE FINISHING<br />
MARKET FOR MOLDINGS
SUMÁRIO<br />
INDUSTRIAL<br />
56<br />
2024<br />
36<br />
52<br />
44<br />
MADEIRA<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
Benecke 07<br />
Burntech 33<br />
Bruno 09<br />
Cipem 29<br />
Contraco 31<br />
DRV Ferramentas 13<br />
Engecass 17<br />
Eurothermo 55<br />
Formóbile 63<br />
Fhaizer 67<br />
Gaidzinski 35<br />
Impacto 21<br />
Mendes Máquinas 02<br />
Mill Indústrias 68<br />
Montana Química 05<br />
MSM Química 19<br />
Prêmio REFERÊNCIA 65<br />
Nazzareno 23<br />
Omil 51<br />
Rotteng 11<br />
Termolegno 25<br />
TTS - Timber Treatment Solutions 61<br />
Vantec 15<br />
Walter Fundidos e Usinagem 47<br />
SUMÁRIO<br />
06 Editorial<br />
08 Cartas<br />
10 Bastidores<br />
12 Notas<br />
22 Aplicação<br />
24 Frases<br />
26 Entrevista<br />
36 Principal Inovação e eficiência<br />
42 Investimento<br />
44 Marcenaria<br />
48 Negócios<br />
52 Máquinas<br />
56 Química na Madeira<br />
58 Artigo<br />
64 Agenda<br />
66 Espaço Aberto<br />
04<br />
referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
EDITORIAL<br />
EM BUSCA<br />
DA INOVAÇÃO<br />
NA CAPA<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
Entrevista Fernando Gouveia destaca os avanços das pesquisas do Laboratório de Produtos Florestais<br />
A<br />
mais recente edição da Revista REFERÊNCIA<br />
MADEIRA INDUSTRIAL, traz como destaque<br />
a Gaidzinski Máquinas, empresa que atua no<br />
desenvolvimento de equipamentos para área<br />
de acabamento no setor moldureiro civil e<br />
decorativo. Reconhecida pelos seus clientes como uma empresa<br />
confiável e comprometida em apresentar as melhores<br />
soluções, a Gaidzinski completa 45 anos com sua trajetória<br />
marcada pela busca incessante da inovação industrial. Hoje<br />
a empresa, que tem sede no sul de Santa Catarina, está presente<br />
nos quatro cantos do mundo. Na editoria de Entrevista,<br />
conversamos com o coordenador do LPF (Laboratório de<br />
Produtos Florestais), Fernando Nunes Gouveia, que contou<br />
sobre as evoluções já apresentadas pela equipe do LPF. A<br />
edição também traz uma matéria sobre a missão técnica do<br />
Napi Wood Tech na Alemanha, os preparativos para a 10ª<br />
Formóbile e a projeção de aquecimento do mercado de<br />
máquinas e equipamentos. Além disso, a edição traz notícias<br />
sobre economia, exportações e produtos de madeira.<br />
Tenha uma ótima leitura!<br />
IN THE SEARCH FOR<br />
INNOVATION<br />
T<br />
he latest issue of the REFERÊNCIA Madeira<br />
<strong>Industrial</strong> highlights Gaidzinski Máquinas, a<br />
company that manufactures finishing equipment<br />
for the housing and decorative woodworking<br />
industry. Recognized by its customers as a reliable<br />
company committed to presenting the best solutions,<br />
Gaidzinski completes 45 years with its trajectory marked<br />
by the incessant search for industrial innovation. Today, the<br />
Company, which is headquartered in the South of the State<br />
of Santa Catarina, is present in the four corners of the world.<br />
In the Interview Section, we spoke with Fernando Nunes<br />
Gouveia, Coordinator of the Forest Products Laboratory<br />
(LPF), who told us about the developments already presented<br />
by the LPF team. The issue also features an article about<br />
the Napi Wood Tech technical mission to Germany, the preparations<br />
for the 10th Formóbile, and the projection that the<br />
machinery and equipment market is growing. In addition,<br />
the issue features news about the economy, exports, and<br />
wood products. Pleasant reading!<br />
06<br />
referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024<br />
A CAPA DESTA EDIÇÃO DESTACA<br />
O MAQUINÁRIO DA GAIDZINSKI<br />
MÁQUINAS, EMPRESA CONSOLIDADA<br />
NO MERCADO GLOBAL DE<br />
ACABAMENTO PARA O SETOR<br />
MOLDUREIRO CIVIL E DECORATIVO<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXVI - EDIÇÃO 260 - MARÇO 2024<br />
Diretor Comercial / Commercial Director - Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director - Pedro Bartoski Jr.<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Gisele Rossi<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
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Fabiana Tokarski / Supervisão<br />
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fone: +55 (41) 3333-1023<br />
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0800 600 2038<br />
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GARANTIDA GARANTEED<br />
Ano XXVI • Nº260 • Março 2024<br />
EFICIÊNCIA TÉCNICA<br />
SOLUÇÕES INOVADORAS CONSOLIDAM<br />
O MERCADO DE ACABAMENTO PARA<br />
MOLDURAS<br />
Tradução / Translation - John Wood Moore<br />
Depto. de Assinaturas / Subscription<br />
assinatura@revistareferencia.com.br<br />
0800 600 2038<br />
Veículo filiado a:<br />
TECHNICAL EFFICIENCY<br />
INNOVATIVE SOLUTIONS<br />
CONSOLIDATE THE FINISHING<br />
MARKET FOR MOLDINGS<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente, dirigida aos produtores e<br />
consumidores de bens e serviços em madeira, instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos<br />
governamentais, ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente ligados ao<br />
segmento madeireiro. A Revista REFERÊNCIA do Setor <strong>Industrial</strong> Madeireiro não se responsabiliza por<br />
conceitos emitidos em matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais de<br />
responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação, armazenamento de banco<br />
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FERÊNCIA são terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos direitos autorais,<br />
exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication directed at the producers and<br />
consumers of the good and services of the lumberz industry, research institutions, university students,<br />
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segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself responsible for the concepts contained in the material,<br />
articles or columns signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors, themselves. The<br />
use, reproduction, appropriation and databank storage under any form or means of the texts, photographs<br />
and other intellectual property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited without<br />
the written authorization of the holders of the authorial rights.
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e sistemas de secagem de grãos direto e indireto.<br />
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da indústria, garantindo mais qualidade no<br />
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necessidade, garantindo qualidade e<br />
principalmente a confiabilidade em quem<br />
carrega 70 anos de experiência no mercado.
PRESENT THE NEWS FROM THE<br />
SECTOR'S PRODUCTION CHAIN<br />
Entrevista vice-presidente da Fiep, Roni Junior Marini, destaca os princípios ESG e o futuro do mercado<br />
CARTAS<br />
A Revista da Indústria da Madeira / The Magazine for the Forest Product<br />
MÓVEIS E MADEIRA<br />
FEIRA INTERNACIONAL VAI APRESENTAR<br />
AS NOVIDADES DA CADEIA PRODUTIVA<br />
DO SETOR<br />
FURNITURE AND WOOD<br />
INTERNATIONAL TRADE SHOW WILL<br />
CAPA DA EDIÇÃO 259 DA<br />
REVISTA REFERÊNCIA INDUSTRIAL, MÊS DE FEVEREIRO DE 2024<br />
www.referenciaindustrial.com.br<br />
CARTAS<br />
PRINCIPAL<br />
Ano XXVI • Nº259 • Fevereiro 2024<br />
INOVAÇÃO<br />
Por Angela Fontes –<br />
Formosa (GO)<br />
Por Aguinaldo Marcondes –<br />
Divinópolis (MG)<br />
Esta 10ª edição da Formóbile promete! Sempre<br />
vale a pena visitar a feira.<br />
Viva a ciência e a<br />
pesquisa. Nunca imaginei<br />
ser possível deixar a<br />
madeira transparente<br />
como os pesquisadores<br />
suecos fizeram. Incrível!<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: divulgação<br />
Foto: Gelson Bampi<br />
ENTREVISTA<br />
Por Diogo Meireles –<br />
Ponta Grossa (PR)<br />
Esclarecedora a entrevista<br />
com Roni Junior Marini.<br />
Não dá para fugir do ESG.<br />
INVESTIMENTO<br />
Por Marcos Serra –<br />
Água Clara (MS)<br />
Excelente registro sobre a inauguração do<br />
Napi Wood Tech, um passo importante<br />
para o desenvolvimento do setor.<br />
08<br />
Leitor, participe de nossas pesquisas online respondendo os<br />
e-mails enviados por nossa equipe de jornalismo.<br />
As melhores respostas serão publicadas em CARTAS. Sua opinião é<br />
fundamental para a Revista REFERÊNCIA INDUSTRIAL.<br />
referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser enviados para redação ou siga:<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
CURTA NOSSAS PÁGINAS<br />
E INSCREVA-SE NO NOSSO<br />
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Referência Madeira <strong>Industrial</strong><br />
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BASTIDORES<br />
BASTIDORES<br />
Foto: divulgação<br />
VISITA<br />
O DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA INDUSTRIAL<br />
CONHECEU A PLANTA DE PELLETS DA EMPRESA<br />
MADEIREIRA RODRIGUES, EM CORREIA PINTO (SC). NA<br />
FOTO, ESTÁ AO LADO DO DIRETOR DA EMPRESA SÉRGIO<br />
RONI RODRIGUES (ESQ.) E DO GERENTE DE OPERAÇÕES,<br />
RENAN RODRIGUES (DIR.).<br />
Foto: divulgação<br />
PARCERIA<br />
ALÉM DA FÁBRICA DE COMPENSADOS, A EMPRESA MADEIREIRA<br />
RODRIGUES CONSTRUIU DUAS PLANTAS DE PELLETS NA<br />
CIDADE DE CORREIA PINTO (SC), EM PARCERIA COM A<br />
EMPRESA ITALIANA COSTRUZIONI NAZZARENO. NA FOTO, O<br />
DIRETOR COMERCIAL DA REFERÊNCIA, FÁBIO MACHADO (ESQ.),<br />
O GERENTE DE OPERAÇÕES DA MADEIREIRA RODRIGUES,<br />
RENAN RODRIGUES (CENTRO) E O GERENTE COMERCIAL DA<br />
NAZZARENO, FRANCESCO STELLA (DIR.).<br />
ALTA<br />
RECORDE EM ENERGIA<br />
DE FONTES RENOVÁVEIS<br />
De acordo com levantamento<br />
feito pela CCEE (Câmara<br />
de Comercialização de Energia<br />
Elétrica) de toda a energia<br />
produzida em 2023 no<br />
país, 93,1% foi proveniente<br />
de fonte renovável, um recorde<br />
histórico. O índice de<br />
emissão de carbono também<br />
foi menor. Em 2023, o Brasil<br />
atingiu a menor taxa dos<br />
últimos 11 anos, de acordo<br />
com o SIN (Sistema Interligado<br />
Nacional). A produção<br />
foi de 38,5 kg de dióxido de<br />
carbono, o CO 2<br />
, por MWh<br />
(megawatt/hora) gerado.<br />
BAIXA<br />
INTENÇÃO DE<br />
CONSUMO CAI<br />
O indicador ICF (Intenção de<br />
Consumo das Famílias) caiu<br />
em fevereiro pelo terceiro<br />
mês seguido. O índice calculado<br />
pela CNC (Confederação<br />
Nacional do Comércio<br />
de Bens, Serviços e Turismo),<br />
fechou o mês em 105,7 pontos,<br />
0,5% a menos que o mês<br />
anterior. De acordo com a<br />
CNC, o resultado negativo<br />
na comparação entre meses<br />
imediatamente seguidos é<br />
resultado das famílias estarem<br />
mais preocupadas em<br />
pagar e diminuir dívidas do<br />
que fazer mais aquisições.<br />
10 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
NOTAS<br />
EXPORTAÇÃO<br />
PARADA<br />
A Fiemt (Federação das Indústrias de Mato Grosso), em conjunto com o Cipem (Centro das Indústrias<br />
Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso) e do FNBF (Fórum Nacional de Base Florestal),<br />
se reuniram com o presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais<br />
Renováveis), Rodrigo Agostinho, para tratar da desburocratização das exportações dos produtos do<br />
setor de base florestal do Estado. O objetivo da reunião foi resolver problemas como a paralisação de<br />
mercadorias nos portos devido à falta de agentes de fiscalização do órgão federal, o que tem gerado<br />
prejuízos à industrial regional. Durante o encontro, os presidentes das entidades produtivas solicitaram<br />
ao Ibama a disponibilização de servidores para atuarem no Porto Seco de Cuiabá, a fim de resolver essas<br />
demandas e agilizar as exportações. O setor florestal de Mato Grosso negociou com 62 países em 2023.<br />
As exportações de produtos florestais nesse período totalizaram US$ 104,6 milhões, com destaque para<br />
mercados dos EUA (Estados Unidos da América), Índia e China, maiores compradores. Os principais<br />
produtos exportados incluem madeira bruta, serrada e perfilada, conforme informações do MDIC (Ministério<br />
do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços).<br />
12 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024<br />
Foto: divulgação
PICAR EM ALTA<br />
PRODUTIVIDADE É<br />
UMA ARTE PARA POUCOS!<br />
Para obter um alto potencial<br />
produtivo em operações de<br />
picagem, além do picador<br />
robusto, você precisa de facas<br />
de alta performance e uma<br />
afiação eficaz.<br />
A DRV tem as ferramentas<br />
certas para cada<br />
operação!<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
NOTAS<br />
Foto: Augusto Tomasi<br />
MERCADO EM RETRAÇÃO<br />
O setor moveleiro gaúcho encerrou 2023 com faturamento nominal de R$ 11.9 bilhões. Esse montante<br />
representa um aumento de 3,4% na comparação com 2022, mas, utilizando o IPCA (Índice Nacional de<br />
Preços ao Consumidor Amplo) como referência de inflação, o montante não apresentou crescimento real,<br />
conforme informações apresentadas pela Movergs (Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio<br />
Grande do Sul). A produção física industrial e a geração de empregos também são parâmetros analisados<br />
pela Movergs. De acordo com os dados fornecidos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),<br />
a produção do setor moveleiro gaúcho foi 2,7% menor em 2023. Já o balanço do Caged (Cadastro<br />
Geral de Empregados e Desempregados) aponta que o ano encerrou com retração de 2,05% no comparativo<br />
com 2022 – passando de 6.530 para 6.396 profissionais em atividade no Rio Grande do Sul. Para o<br />
presidente da associação, Euclides Longhi, o desempenho do segmento é reflexo de um conjunto de fatores<br />
que impactam as indústrias moveleiras de todo o Brasil. “Além dos altos custos de produção, ainda<br />
estamos em um momento de redução nas compras de bens duráveis, como móveis. Havendo manutenção<br />
efetiva do controle inflacionário, diminuição dos juros, incentivo ao consumo, ao crédito e ao mercado<br />
imobiliário, é possível que o segundo semestre de 2024 seja mais favorável para o setor moveleiro”, anseia<br />
Longhi.<br />
14 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
NOTAS<br />
RECUAM<br />
EXPORTAÇÕES NO PARÁ<br />
O setor madeireiro do Pará apresentou redução nas exportações em 2023. Ao todo, foram embarcadas<br />
242 mil toneladas de madeira, 39% a menos na comparação com 2022 – quando 262 mil toneladas foram<br />
exportadas. Os dados são da Aimex (Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado<br />
do Pará), com base nas informações do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e<br />
Serviços). Na avaliação da Aimex, alguns fatores como os conflitos entre Rússia e Ucrânia, Israel e Hamas<br />
impactaram nos estoques globais de madeira e por isso os preços e as exportações sofreram revezes<br />
em 2023. Outro fator que impactou negativamente foi a queda no preço pago pela madeira no mercado<br />
internacional. Na comparação entre 2022 e 2023, o valor caiu de US$ 1,3 mil por tonelada para US$<br />
877. Dentre os principais mercados da madeira do Pará, os EUA (Estados Unidos da América) foram<br />
responsáveis por 30% de todos os embarques em 2023. A União Europeia também teve participação<br />
importante, com 45% de toda a madeira embarcada pelo Pará – especialmente produtos como pisos,<br />
decks, tacos, frisos e madeira serrada.<br />
Foto: divulgação<br />
16 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
NOTAS<br />
PEQUENAS<br />
E MÉDIAS EMPRESAS<br />
Os pequenos e médios negócios demonstraram mais um<br />
sinal de avanço e de destaque no cenário econômico no ano<br />
de 2023. Isto porque o IODE-PME (Índice Omie de Desempenho<br />
Econômico das Pequenas e Médias Empresas) mostrou<br />
que o crescimento do setor foi mais do que o dobro do PIB<br />
(Produto Interno Bruto). Enquanto o crescimento do país foi<br />
de aproximadamente 2,9%, as pequenas e médias empresas<br />
cresceram cerca de 7% no último ano - o índice considera a<br />
movimentação financeira real dos negócios (descontada a<br />
inflação). “Os pequenos negócios já são responsáveis por<br />
30% do PIB e geraram oito em cada dez postos de trabalho<br />
em 2023, então, mais uma vez demonstram o seu potencial<br />
e a sua capacidade de contribuir ainda mais na economia<br />
do nosso país. São os que fazem a distribuição de renda no<br />
país”, apontou o presidente do Sebrae, Décio Lima.<br />
O maior avanço foi registrado na pequena e média indústria,<br />
com um crescimento de faturamento da ordem de 17%. O<br />
setor de serviços também apresentou resultados positivos<br />
e fechou o ano com um avanço de 4,4% em comparação a<br />
2022. O IODE-PME funciona como um termômetro econômico<br />
das empresas com faturamento até R$ 50 milhões por<br />
ano. Para 2024, os responsáveis pelo índice apontam para<br />
um crescimento dos pequenos e médios negócios de 3,1%,<br />
puxado pela redução da taxa básica de juros (Selic) que vem<br />
sendo realizada.<br />
Foto: divulgação<br />
18 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
CUPIM SUBTERRÂNEO<br />
NORMA ASTM D:3345-74 (1999)<br />
AVALIAÇÃO 10<br />
CIPERTRIN MD foi aplicado em painéis compensados pelo processo de adição à cola e tratamento superficial, posteriormente<br />
estes painéis foram submetidos ao ataque de CUPINS SUBTERRÂNEOS conforme NORMA ASTM D:3345-74 (1999)<br />
(Stabd Test Method for Laboratory Evoluation of Wood and Other Cellulosic Materials for Resistence to Termites), obtendo<br />
resultados de avaliação 10, onde demonstra total eficiência contra o ataque dos CUPINS SUBTERRÂNEOS, atendendo<br />
assim, a Norma de Preservação de Madeira ABNT 16143 (Sistema de Categoria de Uso).<br />
• Líder no tratamento inseticida de painéis de<br />
madeira, (compensados, MDF, HDF, OSB, e outros)<br />
por adição à cola e tratamento superficial;<br />
• Indicadores: EC 257-842-9 /<br />
CAS 52315-07-08 / EPA 70506-10;<br />
• Compatível com resinas de última geração;<br />
• Formulado líquido de emulsão concentrada a<br />
base d’água, não contendo Hidrocarbonetos<br />
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NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
MADEIRA DIGITAL<br />
A ABIMAQ (Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos) se juntou à Plataforma Brasil Exportação,<br />
visando impulsionar as exportações no setor de máquinas e equipamentos. A parceria impulsiona a presença<br />
global do setor ao divulgar o portfólio da ABIMAQ na Plataforma operada pela ApexBrasil (Agência Brasileira de<br />
Promoção de Exportações e Investimentos), hub digital que reúne mais de 400 serviços de apoio ao comércio exterior.<br />
Com a adesão da ABIMAQ, empresas do setor de máquinas e equipamentos ganham acesso a uma variedade<br />
de serviços de apoio à exportação. Desde estudos de mercado até suporte logístico, a Plataforma Brasil Exportação<br />
se torna o ponto de partida para empresas que buscam expandir sua presença global. “A presença na plataforma<br />
é essencial para nos conectarmos às empresas interessadas em exportação e ampliar nossa atuação no setor de<br />
máquinas e equipamentos. Ao oferecer nossos serviços na Plataforma Brasil Exportação, ganhamos a oportunidade<br />
de ter um diálogo direto com o público e prospectar novos integrantes para nossas ações de promoção comercial<br />
e inteligência”, resume Paulo Guerra, Gerente de Relações Institucionais da ABIMAQ.<br />
De acordo com o gerente da Plataforma Brasil Exportação, Juarez Leal: “o setor de máquinas e equipamentos é<br />
fundamental para a agregação de valor nas exportações brasileiras e sua participação na plataforma contribuirá<br />
para o portfólio de soluções com informações estratégicas sobre mercados potenciais para exportação e ações de<br />
promoção comercial em países com demanda para produtos brasileiros.”<br />
20 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
APLICAÇÃO<br />
ITENS UTILITÁRIOS<br />
COM MDF<br />
Foto: divulgação<br />
A designer Marta Manente, em parceria<br />
com a Casa Guararapes, criou uma coleção<br />
de objetos de design exclusivos<br />
produzidos com MDF. A Coleção Grão<br />
traz peças versáteis, funcionais, que se<br />
encaixam na decoração e trazem praticidade<br />
no dia a dia, como bandejas,<br />
organizadores e objetos decorativos. A<br />
coleção é formada por oito itens, com<br />
bandejas de diferentes formatos e funcionalidades,<br />
como o trio de bandejas<br />
grandes com porta copos, bandejas<br />
com revisteiro, floreira e apoio de braço<br />
de sofá.<br />
DESIGN<br />
DIFERENCIADO<br />
Para desenvolver a coleção, a designer<br />
utilizou traços fluidos, enaltecendo e<br />
diferenciando o uso do MDF. “A inspiração<br />
veio do grão de uva, que representa<br />
o embrião de grandes criações,<br />
é a partir dele que nascem as múltiplas<br />
possibilidades de transformação. Com<br />
formas orgânicas, as peças transbordam<br />
suavidade e delicadeza”, explica Marta.<br />
A designer é formada em Tecnologia de<br />
Produção Moveleira e tem especialização<br />
em Design de Produtos com ênfase<br />
em móveis, além de ter mais de 20 anos<br />
de experiência no desenvolvimento de<br />
projetos.<br />
Foto: divulgação<br />
22 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
FRASES<br />
“O SETOR MOVELEIRO NACIONAL CUMPRE UM PAPEL<br />
ESTRATÉGICO PARA O PAÍS, AO CONTRIBUIR COM O EQUILÍBRIO<br />
E O POSICIONAMENTO DA ECONOMIA E DA INDÚSTRIA BRASILEIRA<br />
NO MERCADO INTERNO E GLOBAL, GERANDO EMPREGOS E SENDO<br />
RESPONSÁVEL PELO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS QUE FORAM<br />
EXPORTADOS PARA MAIS DE 180 PAÍSES APENAS EM 2023”<br />
CÂNDIDA CERVIERI, DIRETORA-EXECUTIVA DA ABIMÓVEL<br />
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DO MOBILIÁRIO)<br />
E GERENTE DO PROJETO BRAZILIAN FURNITURE<br />
“O BRASIL ESTÁ<br />
ARTICULARMENTE<br />
BEM POSICIONADO<br />
PARA SE BENEFICIAR<br />
DA TRANSIÇÃO GLOBAL<br />
PARA UMA ECONOMIA DE<br />
CARBONO NEUTRO. O BRASIL<br />
TEM A VANTAGEM DE UMA<br />
MATRIZ ENERGÉTICA QUE JÁ<br />
É MUITO BASEADA EM FONTES<br />
RENOVÁVEIS, QUE SERÁ UM DOS<br />
PRINCIPAIS ATIVOS”<br />
“NÃO EXISTE EMPRESA QUE CRESCEU SEM TER<br />
UM SISTEMA DE GESTÃO EFICIENTE. ISSO TAMBÉM<br />
VALE PARA UM PAÍS. O BRASIL ESTÁ ESQUECENDO<br />
DE PRATICAR ESSE PRINCÍPIO. TEM QUE SER ALGO<br />
DIFERENTE, TEM QUE SER DISRUPTIVO”<br />
MAURO MENDES,<br />
GOVERNADOR DO MATO GROSSO<br />
JANET YELLEN,<br />
SECRETÁRIA DO<br />
TESOURO DOS EUA<br />
(ESTADOS UNIDOS<br />
DA AMÉRICA),<br />
EM EVENTO<br />
ORGANIZADO PELA<br />
AMCHAM (CÂMARA<br />
AMERICANA DE<br />
COMÉRCIO PARA<br />
O BRASIL).<br />
Foto: HM Treasury<br />
“MUITOS MERCADOS ESTÃO<br />
EXIGINDO CADA VEZ MAIS PRODUTOS<br />
E SERVIÇOS AMBIENTALMENTE<br />
RESPONSÁVEIS. CUMPRIR AS<br />
OBRIGAÇÕES AMBIENTAIS PODE<br />
ABRIR NOVAS OPORTUNIDADES DE<br />
NEGÓCIOS, ALÉM DE FACILITAR O<br />
ACESSO A OUTROS MERCADOS E<br />
ATRAIR MAIS CLIENTES”<br />
MIRELA CHIAPANI SOUTO, PRESIDENTE<br />
DO COEMAS (CONSELHO TEMÁTICO DE<br />
MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE)<br />
DA FINDES (FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS<br />
DO ESPÍRITO SANTO)<br />
24 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
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ENTREVISTA<br />
EXPERIMENTAÇÕES<br />
COM A MADEIRA<br />
Foto: divulgação<br />
EXPERIMENTS<br />
WITH WOOD<br />
ENTREVISTA<br />
C<br />
om mais de 50 anos de atividade, o LPF (Laboratório<br />
de Produtos Florestais) é um importante espaço de<br />
pesquisa para área da madeira. Vinculado ao MMA<br />
(Ministério do Meio Ambiente) o laboratório tem a<br />
proposta de desenvolver estudos, pesquisas e transferir<br />
tecnologias para utilização dos recursos florestais. O modelo de<br />
Habitação Popular em Madeira é resultado de uma das iniciativas<br />
de estudos do LPF. Trata-se de um novo modelo de sistema construtivo<br />
que já foi implantado em alguns municípios da região norte<br />
do país. Para entender melhor sobre o funcionamento da instituição,<br />
conversamos com o coordenador do laboratório, Fernando<br />
Nunes Gouveia, funcionário de carreira do IBAMA (Instituto Brasileiro<br />
do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).<br />
W<br />
ith more than 50 years of activity, the Forest Products<br />
Laboratory (LPF) is an important research<br />
space for the Forest Sector. Affiliated with the<br />
Ministry of the Environment (MMA), the Laboratory<br />
aims to carry out studies and research, as well as<br />
transfer technologies for the use of forest resources. The model of Popular<br />
Housing in Wood is the result of one of the LPF’s study initiatives.<br />
It is a new construction system model that has already been implemented<br />
in some municipalities in the Northern Region of the Country.<br />
To better understand how the institution works, we spoke with the<br />
laboratory coordinator, Fernando Nunes Gouveia, a career employee<br />
of the Brazilian Institute of the Environment and Renewable Natural<br />
Resources (Ibama).<br />
FERNANDO NUNES<br />
GOUVEIA<br />
FORMAÇÃO PROFISSIONAL: ENGENHARIA FLORESTAL PELA<br />
UNB (UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA); MESTRADO EM CIÊNCIA<br />
FLORESTAL PELA UFV (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA) E<br />
DOUTORADO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS PELA UNB<br />
CARGO: COORDENADOR DO LPF (LABORATÓRIO DE<br />
PRODUTOS FLORESTAIS) DO MMA (MINISTÉRIO DO MEIO<br />
AMBIENTE)<br />
PROFESSIONAL EDUCATION: FOREST ENGINEERING FROM THE UNIVERSITY<br />
OF BRASILIA (UNB); MASTER’S DEGREE IN FOREST SCIENCE FROM THE FEDERAL<br />
UNIVERSITY OF VIÇOSA (UFV) AND PHD IN FOREST SCIENCES FROM UNB<br />
FUNCTION: COORDINATOR OF THE FOREST PRODUCTS LABORATORY (LPF) OF<br />
THE MINISTRY OF THE ENVIRONMENT (MMA)<br />
26 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
CONTE DE FORMA RESUMIDA COMO FOI A<br />
TRAJETÓRIA DO LPF DESDE A CRIAÇÃO ATÉ OS<br />
DIAS ATUAIS.<br />
O LPF (Laboratório de Produtos Florestais) foi concebido<br />
para integrar o Centro Nacional de Treinamento<br />
e Pesquisa Florestal, órgão idealizado no início de 1970<br />
para promover a pesquisa florestal no Brasil, a capacitação<br />
de pessoal técnico necessário ao desenvolvimento<br />
do setor florestal brasileiro, e a cooperação com o setor<br />
industrial madeireiro. Seria o órgão precursor para a implantação<br />
e estruturação da área de pesquisa no então<br />
IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal).<br />
Naquela época, o IBDF era basicamente um órgão administrativo,<br />
logo não dispunha de um local apropriado<br />
para a instalação de um laboratório de pesquisa. Em<br />
razão disto, o LPF foi instalado na UnB (Universidade de<br />
Brasília) em 1973, onde funcionou até 1985, ano em que<br />
se instalou na área onde se encontra até hoje. Em 1989,<br />
o LPF foi integrado ao Ibama, na qualidade de centro<br />
especializado, o que otimizou o desempenho de suas<br />
atividades e potencializou suas entregas à sociedade.<br />
Em 2007, o LPF foi incorporado ao SFB (Serviço Florestal<br />
Brasileiro), mantendo sua principal missão de realizar<br />
pesquisas relacionadas com a tecnologia e utilização de<br />
produtos florestais.<br />
ONDE O LABORATÓRIO ESTÁ SEDIADO E COMO<br />
É COMPOSTA SUA EQUIPE?<br />
O LPF está localizado em Brasília (DF), na sede do<br />
SFB e ocupa uma área de aproximadamente 4.500 m²<br />
(metros quadrados). É dividido em sete áreas técnicas,<br />
cada uma dotada de laboratórios bem equipados,<br />
capazes de realizar diversos projetos de pesquisa nas<br />
principais áreas relacionadas à tecnologia e utilização<br />
de produtos florestais. Além disso, possuímos também<br />
uma carpintaria onde todas as amostras são preparadas.<br />
O quadro atual de servidores do LPF é composto por<br />
38 pessoas, entre servidores públicos da carreira de especialista<br />
em meio ambiente, servidores contratados e<br />
estagiários. É uma equipe multidisciplinar composta por<br />
doutores, mestres e especialistas. Também contamos<br />
com o apoio de sete bolsistas de iniciação científica,<br />
que atuam por período de um ano.<br />
QUAIS FORAM AS PRINCIPAIS CONQUISTAS<br />
NESTES MAIS DE 50 ANOS DE EXISTÊNCIA?<br />
As entregas realizadas pelo LPF à sociedade brasileira<br />
nestes últimos 50 anos foram muitas e das mais variadas.<br />
Desde os clássicos estudos produzidos sobre as<br />
características tecnológicas de mais de 300 espécies de<br />
madeira, até a capacitação de vários profissionais que<br />
hoje atuam como pesquisadores, peritos, consultores<br />
e professores em diferentes instituições. O laboratório<br />
atuou também em projetos construtivos em madeira,<br />
instalados por todo o país e até na Antártida. Tem colaborado<br />
para a definição de normas técnicas junto à<br />
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Possui<br />
TELL US BRIEFLY ABOUT THE EVOLUTION OF<br />
THE LPF FROM ITS CREATION TO THE PRESENT<br />
DAY.<br />
The LPF was conceived to integrate the National<br />
Center for Forestry Training and Research, an agency<br />
created in the early 1970s to promote forestry research<br />
in Brazil, the training of technical personnel necessary<br />
for the development of the Brazilian Forest Sector, and<br />
cooperation with the Forest Product Sector. It would be<br />
the forerunner of the implementation and structuring of<br />
the research area at the then Brazilian Institute of Forest<br />
Development (IBDF). At that time, the IBDF was basically<br />
an administrative body, so it did not have an appropriate<br />
place to set up a research laboratory. For this reason, in<br />
1973, the LPF was installed at the University of Brasilia<br />
(UnB), where it operated until 1985, when it was moved<br />
to its current location. In 1989, the LPF was integrated<br />
into Ibama as a Specialized Center, which optimized the<br />
performance of its activities and improved its services to<br />
society. In 2007, the LPF was incorporated into the Brazilian<br />
Forest Service (SFB), retaining its main mission of<br />
conducting research related to the technology and use<br />
of forest products.<br />
WHERE IS THE LAB BASED, AND HOW IS THE<br />
TEAM COMPOSED?<br />
LPF is located at the SFB offices in Brasília (DF) and<br />
occupies an area of approximately 45 hundred m². It is<br />
divided into seven technical areas, each with well-equipped<br />
laboratories capable of carrying out various research<br />
projects in the main areas related to the technology<br />
and use of forest products. In addition, we also have a<br />
woodworking shop where all samples are prepared. The<br />
current staff of the LPF is composed of 38 people, including<br />
civil servants such as career environmental specialists,<br />
contracted workers, and interns. It is a multidisciplinary<br />
team composed of PhDs, Masters, and specialists.<br />
We also have the support of seven scientific intern scholarship<br />
holders, who work for periods of one year.<br />
WHAT HAVE BEEN THE MAIN ACHIEVEMENTS<br />
IN THESE MORE THAN 50 YEARS OF EXISTENCE?<br />
The work carried out by the LPF and delivered to<br />
the Brazilian society in the last 50 years has been much<br />
AS ENTREGAS REALIZADAS<br />
PELO LPF À SOCIEDADE<br />
BRASILEIRA NESTES ÚLTIMOS 50<br />
ANOS FORAM MUITAS E DAS MAIS<br />
VARIADAS<br />
MARÇO 2024 27
ENTREVISTA<br />
produtos e processos patenteados, coleções de referência<br />
e produziu diversas publicações técnicas.<br />
EXISTE UM ESTUDO PARA IMPLANTAÇÃO DE<br />
HSM (HABITAÇÃO SOCIAL DE MADEIRA)?<br />
Existe um projeto técnico, elaborado, prototipado e<br />
implantado em condições reais de uso para avaliar a sua<br />
aplicabilidade enquanto instrumento de política pública<br />
habitacional. Em 2001, o LPF entregou à sociedade<br />
brasileira a primeira versão do projeto Habitação Popular<br />
em Madeira. O LPF, enquanto Centro de Pesquisa,<br />
cumpre sua missão de oferecer respostas técnicas aos<br />
problemas que lhe são apresentados. O estudo está finalizado,<br />
e sempre existe algo que pode ser melhorado.<br />
Recentemente ele foi revisitado e atualizado, tendo sido<br />
comprovado sua maior economicidade em relação a<br />
projetos semelhantes em alvenaria.<br />
O QUE MOTIVOU O DESENVOLVIMENTO DESTE<br />
ESTUDO?<br />
O Programa Comunidade Solidária do Governo Federal,<br />
iniciado em 1995, buscava desenvolver, dentre outras<br />
ações, políticas públicas habitacionais destinadas a<br />
populações de baixa renda. O projeto Habitação Popular<br />
em Madeira foi concebido para atender esta demanda,<br />
fazendo uso de madeiras apreendidas pelo Ibama.<br />
Entre 2001 e 2003, foram edificadas as primeiras unidades<br />
habitacionais do projeto arquitetônico concebido<br />
em municípios amazônicos. Em 2013, surgiu uma nova<br />
demanda, desta vez pelo CNS (Conselho Nacional de<br />
Populações Extrativistas), que buscava informações técnicas<br />
que permitissem o subsídio ou financiamento de<br />
moradias pelo Programa Nacional de Habitação Rural.<br />
Para isso, foi criado um grupo de trabalho, formado por<br />
diferentes instituições públicas, que definiu o projeto<br />
Habitação Popular em Madeira, como modelo apto para<br />
ser observado quando há solicitação de financiamentos<br />
para moradias rurais, conforme consta na Portaria Interministerial<br />
nº 318/2014.<br />
QUAIS SERIAM AS CARACTERÍSTICAS DESSAS<br />
HABITAÇÕES? ALGUMA MADEIRA ESPECÍFICA?<br />
O projeto é de uma casa de 52 m², construída em<br />
madeira maciça, contendo sala, dois quartos, cozinha,<br />
banheiro, varanda e área de serviço. É composto por um<br />
sistema estrutural e construtivo flexível, adaptável a vários<br />
tipos de fechamentos, com ênfase na simplificação<br />
do processo construtivo e independência entre estrutura<br />
e fechamento. Possui modulação estrutural em múltiplos<br />
de 90 cm (centímetros), opções diferenciadas de<br />
soluções de conforto ambiental para diferentes regiões<br />
de implantação e possibilidade de expansão da moradia.<br />
Além disso, a varanda principal valoriza a estética<br />
arquitetônica. Já a varanda da área de serviço oferece<br />
proteção contra intempéries e representa um prolongamento<br />
da área da cozinha. Não existe uma madeira<br />
and varied, from the classic studies produced on the<br />
technological characteristics of more than three hundred<br />
wood species, to the training of several professionals<br />
who today work as research scientists, expert technicians,<br />
consultants, and professors in different institutions.<br />
The Laboratory has also worked on wood construction<br />
projects that have been installed throughout the Country<br />
and even in Antarctica. It has collaborated in the definition<br />
of technical standards with the Brazilian Association<br />
of Technical Standards (ABNT). It has patented products<br />
and processes, reference collections and has produced<br />
several technical publications.<br />
IS THERE A STUDY ON THE IMPLEMENTATION<br />
OF SOCIAL HOUSING IN WOOD (HSM)? IS IT A FI-<br />
NISHED STUDY?<br />
There is a technical project, elaborated, prototyped,<br />
and implemented in real conditions of use to evaluate its<br />
applicability as an instrument of public housing policy.<br />
In 2001, the LPF delivered to Brazilian society the first<br />
version of the project “Popular Housing in Wood”. The<br />
LPF, as a Research Center, fulfills its mission of providing<br />
technical answers to the problems presented to it. The<br />
study is finished, and there is always room for improvement.<br />
Recently, it was revisited and updated, having<br />
been proven to be more economical in relation to similar<br />
projects in brick.<br />
WHAT MOTIVATED THE DEVELOPMENT OF<br />
THIS STUDY?<br />
The Federal Government’s Solidarity Community<br />
Program, initiated in 1995, sought, among other things,<br />
to develop public housing policies aimed at low-income<br />
populations. The Popular Housing in Wood project<br />
was designed to meet this need, making use of wood<br />
confiscated by Ibama. Between 2001 and 2003, the first<br />
housing units of the architectural project were built in<br />
Amazonian municipalities. In 2013, a new demand arose,<br />
this time from the National Council of Extractive Populations<br />
(CNS), which sought technical information that<br />
would allow the subsidy or financing of housing through<br />
the National Rural Housing Program. To this end, a<br />
workgroup was created, formed by different public institutions,<br />
which defined the Popular Housing in Wood project<br />
as a model suitable to be observed when applying<br />
for financing for rural housing, as stated in Interministerial<br />
Ordinance No. 318/2014.<br />
WHAT WOULD BE THE CHARACTERISTICS OF<br />
THESE DWELLINGS? ANY PARTICULAR TYPE OF<br />
WOOD?<br />
The project is a house of 52 m², built in solid wood,<br />
with a living room, two bedrooms, kitchen, bathroom,<br />
porch, and service area. It consists of a flexible structural<br />
and construction system, adaptable to various types of<br />
panels, with an emphasis on simplifying the construction<br />
28 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
ENTREVISTA<br />
específica, mas sim um conjunto de espécies que são<br />
sugeridas, pois, de acordo com suas propriedades, algumas<br />
são mais indicadas para uso estrutural, outras para<br />
fechamento, piso ou forro. Mas a principal característica<br />
de habitações em madeira é a redução da pegada de<br />
carbono. Estima-se que na construção de uma casa de<br />
alvenaria de 35 m² são emitidas cerca de 7,84 toneladas<br />
de CO 2<br />
para a natureza, enquanto para a edificação<br />
de uma casa de madeira (apenas com os alicerces em<br />
concreto), com as mesmas dimensões, o saldo é positivo<br />
em 1,07 toneladas de CO 2<br />
sequestrado, uma vez que o<br />
carbono é fixado e permanece durante toda a vida útil<br />
do imóvel.<br />
QUAIS OS PRINCIPAIS RESULTADOS DESTE ES-<br />
TUDO?<br />
Do ponto de vista acadêmico e científico, este<br />
projeto gerou artigos científicos em periódicos especializados,<br />
congressos e seminários afins, além de livros<br />
e manuais. O principal resultado deste estudo é a comprovação<br />
da viabilidade técnica, econômica e como<br />
instrumento de política pública social, pois as unidades<br />
habitacionais construídas entre os anos de 2001 e 2003<br />
estão, em sua maioria, em perfeitas condições de uso<br />
até hoje, o que comprova a qualidade do projeto arquitetônico<br />
e a viabilidade de se construir em madeira.<br />
Além disso, os estudos mais recentes comprovam a<br />
maior economicidade deste projeto em relação a propostas<br />
similares em alvenaria. Cálculos indicam que este<br />
projeto, quando construído em madeira, é 30% mais<br />
barato do que se fosse feito com tijolos. Finalmente,<br />
dentro das ações para celebrar o cinquentenário do LPF,<br />
lançamos uma edição revista e ampliada do projeto, renomeado<br />
Habitação Social em Madeira.<br />
EXISTE A EXPECTATIVA DE QUE ESTE ESTUDO<br />
SE TORNE UM PROGRAMA DE HABITAÇÃO?<br />
Alguns municípios da região norte do Brasil implantaram<br />
algumas unidades no início da década de 2000.<br />
Várias casas estão em perfeitas condições de uso até<br />
hoje, o que colabora para a quebra de paradigmas sobre<br />
casas de madeira, principalmente sobre aqueles relacionados<br />
à durabilidade. Quanto à possiblidade deste<br />
O LABORATÓRIO ATUOU<br />
TAMBÉM EM PROJETOS<br />
CONSTRUTIVOS EM MADEIRA,<br />
INSTALADOS POR TODO O PAÍS E<br />
ATÉ NA ANTÁRTIDA<br />
process and independence between structure and panel.<br />
It has structural modulation in multiples of 90 cm, differentiated<br />
options of environmental comfort solutions<br />
for different regions of implantation, and the possibility<br />
of expansion of the house. In addition, the main porch<br />
enhances the architectural aesthetics. The service area<br />
porch offers protection from the weather and represents<br />
an extension of the kitchen area. There are no specific<br />
wood species, but rather a set of species that are suggested<br />
because, depending on their characteristics,<br />
some are more suitable for structural use, and others<br />
are for paneling, flooring, or ceiling. But the main feature<br />
of a wood-dwelling is the reduction of the “carbon<br />
footprint”. It is estimated that in the construction of a 35<br />
m² masonry house, about 7.84 tons of CO 2<br />
are emitted<br />
into nature. In contrast, for the construction of a wooden<br />
dwelling (with only concrete foundations) with the same<br />
dimensions, the balance is positive in 1.07 tons of CO 2<br />
sequestered since the carbon is fixed and remains throughout<br />
the useful life of the property.<br />
WHAT ARE THE MAIN RESULTS OF THIS STUDY?<br />
From an academic and scientific point of view, this<br />
project has generated scientific articles in specialized<br />
journals, congresses, and related seminars, as well as<br />
books and manuals. The main result of this study is the<br />
proof of technical and economic feasibility as an instrument<br />
of social public policy, since the housing units<br />
built between 2001 and 2003 are, for the most part, in<br />
perfect conditions of use today, proving the quality of<br />
the architectural project and the feasibility of building in<br />
wood. In addition, the most recent studies demonstrate<br />
the greater economy of this project compared to similar<br />
proposals in brick. Calculations indicate that this design,<br />
when built in wood, is 30% cheaper than if it were made<br />
in brick. Finally, as part of the actions to celebrate the<br />
LPF’s fiftieth anniversary, we launched a revised and expanded<br />
edition of the project, renamed Habitação Social<br />
em Madeira (Social Housing in Wood).<br />
IS THERE AN EXPECTATION THAT THIS STUDY<br />
WILL BECOME A HOUSING PROGRAM? IF SO,<br />
WOULD IT BE APPLICABLE NATIONWIDE?<br />
Several municipalities in the Northern Region of<br />
Brazil built some units in the early 2000s. Several houses<br />
are in perfect condition of use to this day, which contributes<br />
to the breaking of paradigms about wooden<br />
houses, especially those related to durability. As for the<br />
possibility of this study becoming a housing program, we<br />
understand that it is a solution that is not only feasible<br />
from a technical point of view, with evident benefits in<br />
relation to housing policy, but also economical. As it is a<br />
relatively simple building project, it can be implemented<br />
in small and medium-sized woodworking shops, generating<br />
income and employment in the municipalities where<br />
30 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
ENTREVISTA<br />
estudo se tornar um programa de habitação, entendemos<br />
que é uma solução não apenas viável do ponto de<br />
vista técnico, com benefícios evidentes em relação à política<br />
habitacional, mas também econômicos. Por ser um<br />
projeto construtivo relativamente simples, ele pode ser<br />
executado em marcenarias de pequeno e médio porte,<br />
gerando renda e emprego nos municípios onde venha<br />
a ser instalado, alavancando a atividade econômica da<br />
região. E sim, ele é aplicável em todo o país, desde que<br />
se faça o uso das adaptações necessárias, principalmente<br />
em razão da amplitude do teor de umidade de<br />
equilíbrio local, como também dos tipos de fechamento<br />
utilizados, conforme indicados na nova versão do livro<br />
Habitação Social em Madeira.<br />
COMO OS ESTUDOS DESENVOLVIDOS PELO LPF<br />
PODEM CONTRIBUIR PARA MAIOR UTILIZAÇÃO DA<br />
MADEIRA EM CONSTRUÇÕES E ESTRUTURAS?<br />
Basicamente de duas maneiras: a primeira é ofertando<br />
informações precisas, confiáveis, sobre o comportamento<br />
de espécies madeireiras quando submetidas a<br />
esforços e cargas relacionados ao seu uso estrutural. A<br />
segunda é comprovando a viabilidade do emprego da<br />
madeira e derivados por meio da elaboração de projetos<br />
construtivos e divulgação do uso. Afinal, antes do<br />
retorno de alta procura de construções em madeira, o<br />
LPF já preconizava o uso deste material como solução<br />
construtiva.<br />
A SECAGEM É UM MOMENTO IMPORTANTE<br />
PARA GARANTIR O BOM DESEMPENHO DA MA-<br />
DEIRA. QUAL A PRINCIPAL LINHA DE PESQUISA<br />
DESENVOLVIDA NESSA ÁREA DENTRO DO LPF?<br />
A secagem é fundamental para o uso adequado da<br />
madeira, isso para qualquer finalidade. A principal linha<br />
de pesquisa do LPF é a caracterização das propriedades<br />
tecnológicas de espécies madeireiras, principalmente<br />
das pouco conhecidas. Quando o assunto é a relação<br />
água-madeira, nosso foco principal está em entender<br />
o comportamento das diferentes espécies florestais estudadas<br />
durante o processo de secagem. Desta forma<br />
conseguimos elaborar programas de secagem melhor<br />
adaptados para cada espécie. Por exemplo, em nosso<br />
livro: Programas de secagem para madeiras brasileiras;<br />
apresentamos 134 programas de secagem e como foi<br />
o comportamento de 280 espécies de madeira durante<br />
este processo. Atualmente, estamos focados em investigar<br />
o PSF (ponto de saturação das fibras) de algumas<br />
espécies amazônicas, pois já foi comprovado que várias<br />
espécies deste bioma possuem PSF diferente dos 30%<br />
preconizados pela bibliografia. Paralelamente, temos realizado<br />
estudos sobre propriedades elétricas, importante<br />
para a programação de medidores de teor de umidade.<br />
Finalmente, estamos trabalhando na elaboração de<br />
um novo mapa de teor de umidade equilíbrio do Brasil,<br />
it will be installed and leveraging the economic activity<br />
of the Region. And yes, it is applicable throughout the<br />
Country, as long as the necessary adaptations are used,<br />
mainly due to the amplitude of the local equilibrium<br />
moisture content, as well as the types of closure used,<br />
as indicated in the new version of the book Habitação<br />
Social em Madeira.<br />
HOW CAN THE STUDIES DEVELOPED BY THE<br />
LPF CONTRIBUTE TO THE INCREASED USE OF<br />
WOOD IN BUILDINGS AND STRUCTURES?<br />
Basically, there are two ways. The first is by providing<br />
accurate and reliable information on the behavior<br />
of wood species when subjected to stresses and loads<br />
related to their structural use. The second is to prove<br />
the feasibility of using wood and derivatives through the<br />
elaboration of construction projects and dissemination<br />
of use. After all, before the demand for wooden constructions<br />
returned, the LPF advocated the use of this<br />
material as a constructive solution.<br />
DRYING IS AN IMPORTANT TIME TO ENSURE<br />
GOOD PERFORMANCE OF THE WOOD. WHAT IS<br />
THE MAIN LINE OF RESEARCH DEVELOPED IN THIS<br />
AREA WITHIN THE LPF?<br />
Drying is essential for the proper use of wood, be<br />
it for any purpose. The main line of research of the LPF<br />
is the characterization of the technological properties<br />
of wood species, especially those that are little known.<br />
When it comes to the water-wood relationship, our<br />
primary focus is on understanding the behavior of the<br />
different forest species studied during the drying process.<br />
In this way, we are able to develop drying programs<br />
that are better adapted to each species. For example,<br />
in our book Drying Programs for Brazilian Woods, we<br />
present 134 drying programs and how 280 wood species<br />
behaved during this process. Currently, we are focused<br />
on investigating the fiber saturation point (PSF) of some<br />
Amazonian species, as it has already been demonstrated<br />
that several species in this biome have a PSF different<br />
from the 30% recommended in the bibliography. At the<br />
same time, we have been conducting studies on electrical<br />
properties, which is important for the programming<br />
of moisture content meters. Finally, we are working on<br />
elaborating a new map of the equilibrium moisture content<br />
of Brazil to verify if there has been any change due<br />
to the global climate changes that we have observed.<br />
IN 2023, THE REGULATORY STANDARD FOR<br />
THE CONSTRUCTION OF HOUSES USING THE LI-<br />
GHT WOOD-FRAME SYSTEM WAS PUBLISHED. HAS<br />
THE LPF ALREADY DEVELOPED ANY STUDIES ON<br />
THIS CONSTRUCTION MODEL?<br />
At the end of the 1990s, we developed some studies<br />
using Oriented Strand Board (OSB) panels, commonly<br />
32 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
ENTREVISTA<br />
para verificar se houve alguma alteração em razão das<br />
mudanças climáticas globais que temos observado.<br />
EM 2023 FOI PUBLICADA A NORMA REGULA-<br />
MENTADORA PARA CONSTRUÇÃO DE CASAS PELO<br />
SISTEMA LIGHT WOOD FRAME. O LPF JÁ DESEN-<br />
VOLVEU ALGUM ESTUDO SOBRE ESTE MODELO<br />
CONSTRUTIVO?<br />
No final da década de 1990, desenvolvemos alguns<br />
estudos com painéis do tipo OSB (Oriented Strand<br />
Board), comumente utilizados no sistema light wood-<br />
-frame. Naquela época, estávamos focados em avaliar a<br />
utilização da madeira de eucalipto como matéria-prima<br />
para a confecção desses painéis. Infelizmente, não conseguimos<br />
avançar até a elaboração de sistemas construtivos,<br />
assim não tivemos oportunidade de desenvolver<br />
estudos ou projetos que tivessem como base o sistema<br />
light wood-frame.<br />
COMO AS PESSOAS PODEM TER ACESSO AOS<br />
ESTUDOS DO LPF E SUAS CONCLUSÕES?<br />
Os estudos gerados no LPF podem ser acessados de<br />
diferentes formas. Alguns se transformaram em livros,<br />
boletins, cartilhas e até aplicativos para smartphones.<br />
Como acontece em outros centros de pesquisa, boa<br />
parte da produção científica do LPF está publicada na<br />
forma de artigos, em diversos periódicos, nacionais e<br />
internacionais, em sua maioria, com grande fator de<br />
impacto e relevância perante a comunidade científica.<br />
Existem também diversos textos, resumos e dados que<br />
estão disponíveis em nossa página. Caso alguém tenha<br />
interesse em adquirir alguma de nossas publicações,<br />
basta enviar uma mensagem eletrônica para lpf@florestal.gov.br.<br />
Nossa equipe irá responder com a maior<br />
brevidade possível, informando sobre o passo a passo.<br />
Agora, se o interessado for uma instituição pública, basta<br />
nos enviar um ofício solicitando a doação. Além disso,<br />
boa parte do acervo já se encontra digitalizado, assim,<br />
basta acessar a nossa página (lpf.florestal.gov.br) e fazer<br />
o download.<br />
COMO ÓRGÃO PÚBLICO, O QUE A SOCIEDADE<br />
BRASILEIRA PODE ESPERAR DE RESULTADOS DO<br />
LPF?<br />
O LPF é um dos poucos centros de pesquisa em atividade<br />
no país que tem como foco o estudo de madeiras<br />
e produtos florestais. Enquanto pudermos desempenhar<br />
nossa missão de realizar atividades de pesquisa,<br />
desenvolvimento e inovação, continuaremos entregando<br />
à sociedade brasileira estudos clássicos e de vanguarda<br />
na área de tecnologia e utilização de produtos florestais.<br />
Sem contar no desenvolvimento de ferramentas e<br />
soluções tecnológicas para otimizar o uso racional dos<br />
recursos das florestas nacionais.<br />
used in the light wood-frame system. At that time, we<br />
were focused on evaluating the use of eucalyptus wood<br />
as a raw material for the manufacture of these panels.<br />
Unfortunately, we were not able to advance to the elaboration<br />
of construction systems, so, as such, we did not<br />
have the opportunity to develop studies or projects that<br />
were based on the light wood-frame system.<br />
HOW CAN PEOPLE ACCESS THE LPF STUDIES<br />
AND THEIR CONCLUSIONS?<br />
The studies generated in the LPF can be accessed<br />
in different ways. Some have turned into books, newsletters,<br />
brochures, and even smartphone apps. As is<br />
the case in other research centers, much of the LPF’s<br />
scientific production is published in the form of articles in<br />
several national and international journals, most of them<br />
with a high impact factor and relevance to the scientific<br />
community. Several texts, abstracts, and data are available<br />
on our page at the address “c/. “ If anyone is interested<br />
in purchasing any of our publications, just send an<br />
email to lpf@florestal.gov.br. Our team will respond as<br />
soon as possible, informing you step by step. Now, if the<br />
interested party is a public institution, send us a letter<br />
requesting the donation. In addition, a good part of the<br />
collection is already digitized, so access our page (lpf.<br />
florestal.gov.br) and download it.<br />
AS A PUBLIC AGENCY, WHAT CAN BRAZILIAN<br />
SOCIETY EXPECT FROM THE RESULTS OF THE LPF?<br />
The LPF is one of the few active research centers in<br />
the Country that focuses on the study of wood and forest<br />
products. As long as we can carry out our mission of<br />
research, development, and innovation activities, we will<br />
continue to provide Brazilian society with classic and cutting-edge<br />
studies in the area of technology and the use<br />
of forest products, not to mention the development of<br />
technological tools and solutions to optimize the rational<br />
use of national forest resources.<br />
A HABITAÇÃO SOCIAL EM<br />
MADEIRA É UM PROJETO<br />
TÉCNICO, ELABORADO,<br />
PROTOTIPADO E IMPLANTADO EM<br />
CONDIÇÕES REAIS DE USO PARA<br />
AVALIAR A SUA APLICABILIDADE<br />
34 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
PRINCIPAL<br />
INOVAÇÃO<br />
E EFICIÊNCIA<br />
EMPRESA CATARINENSE<br />
COMPLETA 45 ANOS<br />
RECONHECIDA NO MERCADO<br />
PELO DESENVOLVIMENTO DE<br />
SOLUÇÕES E ATENDIMENTO<br />
PERSONALIZADO<br />
Fotos: Gaidzinski<br />
36 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
INNOVATION AND<br />
EFFICIENCY<br />
A COMPANY FROM THE STATE OF<br />
SANTA CATARINA COMPLETES 45 YEARS<br />
RECOGNIZED IN THE MARKET FOR THE<br />
DEVELOPMENT OF SOLUTIONS AND<br />
PERSONALIZED SERVICE<br />
MARÇO 2024 37
PRINCIPAL<br />
V<br />
isando proporcionar eficiência e evolução<br />
contínua nas indústrias, a Gaidzinski<br />
Máquinas é reconhecida pelos seus<br />
clientes como uma empresa confiável e<br />
comprometida em apresentar as melhores<br />
soluções. A confiança e a inovação estão no DNA<br />
da empresa que completou 45 anos e está no mercado<br />
global, oportunizando às indústrias soluções inovadoras<br />
de equipamentos sob medida para suas operações,<br />
oferecendo um suporte resolutivo e de excelência.<br />
Conciliando investimentos em inovação e tecnologia,<br />
trabalho em equipe, qualidade das máquinas e atendimento<br />
diferenciado, a empresa se consolidou no<br />
mercado como uma das principais no segmento de<br />
equipamentos para indústria madeireira, moveleira e<br />
outras aplicações na linha de produção de madeira.<br />
A Gaidzinski atua na fabricação de maquinários<br />
para área de embalagem, extrusão, pintura, secagem,<br />
transferência, armazenagem, recobrimento, fresamento,<br />
lixamento e polimento, gravação, corte e modelagem,<br />
entre outras, além de oferecer linhas de produção<br />
completas, compostas por grupo de equipamentos<br />
que trabalham de forma conjunta e, assim, aceleram<br />
todo processo. “Acredito que estamos inseridos como<br />
fornecedores para indústria 4.0, por todo trabalho da<br />
Timing to provide efficiency and continuous<br />
industrial evolution, Gaidzinski Máquinas<br />
is recognized by its customers as a reliable<br />
company committed to presenting the best<br />
solutions. Trust and innovation are in the DNA<br />
of the Company, which has completed 45 years and is<br />
found in the global market. It provides companies with innovative<br />
equipment solutions tailored to their customers`<br />
operations, offering problem-solving and reliable support.<br />
Reconciling investment in innovation and technology,<br />
teamwork, machine quality, and differentiated service, the<br />
Company has consolidated itself in the market as one of<br />
the major players in the equipment segment for forest<br />
products, furniture, and other applications for wood production<br />
lines.<br />
Gaidzinski operates in the manufacture of machinery<br />
for packaging, extrusion, painting, drying, handling, storage,<br />
coating, milling, sanding and polishing, engraving,<br />
cutting, and modeling, among others, in addition to<br />
offering complete production lines composed of groups<br />
of equipment that work together, and thus accelerate the<br />
entire process. “I believe that we are suppliers for Industry<br />
4.0 due to all the work of the development team that<br />
has taken place in recent years,” says Gustavo Gaidzinski,<br />
Company Director, proudly. With significant investments<br />
GUSTAVO GAIDZINSKI E JESSICA GAIDZINSKI<br />
GUILHERME SPECK, MARCOS TASCA, AURELIO MONTEIRO, RODRIGO<br />
PIZZOLO, GUSTAVO GAIDZINSKI, GILBERTO GAIDZINSKI, ROBSON DE<br />
CARVALHO, LUAN EFFTING, EWALDO QUINT E MIGUEL MICHELS<br />
JESSICA GAIDZINSKI, ANDREIA GAIDZINSKI,<br />
GILBERTO GAIDZINSKI E GUSTAVO GAIDZINSKI<br />
38 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
ANDREIA GAIDZINSKI E GILBERTO GAIDZINSKI<br />
equipe de desenvolvimento que vem acontecendo<br />
nos últimos anos”, orgulha-se o diretor da empresa,<br />
Gilberto Gaidzinski.<br />
Com investimentos significativos em tecnologia e<br />
infraestrutura, a Gaidzinski inaugura em abril seu novo<br />
parque fabril, com área superior a 9 mil m² (metros<br />
quadrados), espaço que acompanha o crescimento<br />
da empresa.<br />
GILBERTO GAIDZINSKI,<br />
SOMOS A EMPRESA LÍDER<br />
NACIONAL EM ACABAMENTO<br />
NO SETOR MOLDUREIRO CIVIL E<br />
DECORATIVO. COMBINAMOS EFICIÊNCIA<br />
TÉCNICA COM INOVAÇÃO, O QUE NOS<br />
LEVOU A SER UMA REFERÊNCIA EM<br />
PRODUTOS DE ALTA QUALIDADE E<br />
SOLUÇÕES EXCLUSIVAS<br />
DIRETOR DA GAIDZINSKI MÁQUINAS<br />
ATENTA AO MERCADO<br />
Sediada em Braço do Norte (SC), região sul do<br />
Estado, a Gaidzinski foi fundada em 1978, por Antônio<br />
Gaidzinski, como uma empresa de ferraria para<br />
atender a atividade agrícola. Ampliou suas atividades<br />
e passou a atender as áreas de usinagem, solda, funilaria<br />
e caldeiraria até entrar no segmento de molduras<br />
onde hoje é uma das principais empresas criadoras e<br />
fabricantes de máquinas para o setor, proporcionando<br />
soluções personalizadas para as linhas de produção,<br />
com suporte próximo e estendendo suas atividades<br />
também ao setor moveleiro. “Somos a empresa líder<br />
nacional em acabamento no setor moldureiro civil e<br />
decorativo. Combinamos eficiência técnica com inovação,<br />
o que nos levou a ser uma referência em produtos<br />
de alta qualidade e soluções exclusivas. Investimos na<br />
integração estratégica, o que nos possibilita parcerias<br />
confiáveis, capacidade para oferecer soluções adaptáveis<br />
e orientadas para o futuro”, ressalta Gilberto. “A<br />
Gaidzinski Máquinas é reconhecida pela introdução<br />
contínua de tecnologias avançadas, garantindo que<br />
nossos clientes estejam à frente no cenário industrial. Ao<br />
mesmo tempo, nos diferenciamos pela flexibilidade em<br />
personalizar projetos exclusivos, adaptando-nos às nein<br />
technology and infrastructure, in April, Gaidzinski inaugurates<br />
its new industrial park, with an area of more than<br />
nine thousand m², a space that follows the Company’s<br />
growth.<br />
ATTENTIVE TO THE MARKET<br />
Headquartered in Braço do Norte (SC), in the Southern<br />
Region of the State, Gaidzinski was founded in 1978<br />
by Antônio Gaidzinski as a blacksmithing company that<br />
served the agricultural activity. It expanded its activities<br />
and started to serve the areas of machining, welding,<br />
bodywork, and boiler making until it entered the woodworking<br />
equipment segment, where today, it is one of<br />
the major companies creating and manufacturing machines<br />
for the Sector, providing customized solutions for<br />
the production lines, with close support, and extending<br />
its activities also to the Furniture Sector. “We are the<br />
leading national finishing equipment manufacturer in<br />
the housing and decorative woodworking segment. We<br />
combine technical efficiency with innovation, which has<br />
led us to be a benchmark in high-quality products and exclusive<br />
solutions. We invest in strategic integration, which<br />
enables us to have reliable partnerships and the ability<br />
to offer adaptable and future-oriented solutions,” says<br />
Gustavo Gaidzinski. “Gaidzinski Máquinas is recognized<br />
for the continuous introduction of advanced technologies,<br />
MARÇO 2024 39
PRINCIPAL<br />
cessidades específicas de cada cliente. Essa abordagem<br />
equilibrada garante soluções sob medida, mantendo<br />
a confiança e a inovação como pilares fundamentais”,<br />
enfatiza o diretor.<br />
MERCADO INTERNACIONAL<br />
Hoje a Gaidzinski está presente em todo Brasil, em<br />
países da América do Sul, América do Norte e Europa,<br />
e vem ampliando sua participação no mercado global<br />
estando também na África e Ásia. “Nosso principal objetivo<br />
nesses anos foi entender o panorama abrangente<br />
do mercado, destacando os elementos diferenciadores,<br />
procurando compreender o funcionamento intricado<br />
do setor e identificar e assimilar a cultura interna dos<br />
clientes para melhor atender”, destaca Gilberto.<br />
Um dos clientes da empresa, a Millpar, indústria de<br />
transformação de madeira em produtos para uso na<br />
construção civil mundial, cuja parceria teve início em<br />
2004, destaca a eficiência alcançada com os equipamentos<br />
da Gaidzinski. “São equipamentos que, ao longo<br />
dos anos, atendem os nossos planos de crescimento,<br />
principalmente no desenvolvimento de acabamentos<br />
com padrões de qualidade superiores, visto que a<br />
Millpar exporta produtos para mercados exigentes,<br />
como EUA (Estados Unidos da América), Canadá e Europa”,<br />
enaltece Gian Carlo Marodin, diretor comercial<br />
ensuring that our customers are ahead of the curve in the<br />
industrial landscape. At the same time, we differentiate<br />
ourselves by the flexibility to customize unique projects,<br />
adapting to the specific needs of each customer. This balanced<br />
approach ensures tailor-made solutions, keeping<br />
trust and innovation as fundamental pillars,” emphasizes<br />
the Director.<br />
INTERNATIONAL MARKET<br />
Today, Gaidzinski is present throughout Brazil, in<br />
countries in South America, North America, and Europe,<br />
and has been expanding its participation in the global<br />
market, including Africa and Asia. “Our main objective in<br />
these years has been to understand the comprehensive<br />
panorama of the market, highlighting the differentiating<br />
elements, seeking to understand the intricate functioning<br />
of the Sector and identifying and assimilating the internal<br />
culture of customers to serve them better,” highlights<br />
Gustavo Gaidzinski.<br />
One of the Company’s customers, Millpar, a company<br />
that transforms wood into products for use in housing<br />
construction worldwide, whose partnership began in 2004,<br />
highlights the efficiency achieved with Gaidzinski’s equipment.<br />
“Their equipment that, over the years, meets our<br />
growth plans, mainly in the development of finishes with<br />
superior quality standards, since Millpar exports products<br />
NO PÓS-VENDA SEMPRE<br />
DEMONSTRARAM<br />
PRONTIDÃO NA BUSCA DE SOLUÇÕES<br />
DOS PROBLEMAS ENCONTRADOS E<br />
DISPONIBILIDADE DE COMUNICAÇÃO<br />
COM AS EQUIPES<br />
GAIDZINSKI NA ÍNDIA<br />
GIAN CARLO MARODIN, DIRETOR COMERCIAL<br />
DA MILLPAR<br />
GAIDZINSKI NA ÍNDIA GAIDZINSKI NA LIGNA ALEMANHA GAIDZINSKI NOS EUA<br />
40 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
A BUSCA INCANSÁVEL<br />
POR INOVAÇÃO<br />
INDUSTRIAL DEFINE NOSSA<br />
JORNADA. ENXERGAMOS DESAFIOS<br />
COMO OPORTUNIDADES PARA<br />
EVOLUIR, SEMPRE PROCURANDO<br />
MANEIRAS DE TRANSFORMAR<br />
GILBERTO GAIDZINSKI, DIRETOR<br />
DA GAIDZINSKI<br />
da Millpar. A empresa, com sede em Guarapuava (PR),<br />
possui linhas de pintura para molduras em madeira<br />
finger-joint - desenvolvida em parceria com a Gaidzinski<br />
- sistema no qual a Millpar é pioneira no Brasil, fruto de<br />
investimentos em equipamentos e desenvolvimento de<br />
novas tecnologias.<br />
Sobre o atendimento pós-venda da Gaidzinski, Gian<br />
garante: “sempre demonstraram prontidão na busca de<br />
soluções dos problemas encontrados e disponibilidade<br />
de comunicação com as equipes.”<br />
SETORES ESPECIALIZADOS<br />
No setor de embalagens, a Gaidzinski desenvolve<br />
equipamentos automatizados ou semi-automatizados,<br />
que atendem os processos de embalagem contínuos<br />
ou intermitentes, utilizando como embalagem bobinas<br />
de papel ou plástico. Como é uma linha flexível, pode<br />
operar com perfilados em geral, como móveis, portas,<br />
painéis, entre outros. “A busca incansável por inovação<br />
industrial define nossa jornada. Enxergamos desafios<br />
como oportunidades para evoluir, sempre procurando<br />
maneiras de transformar. Com mais de 45 anos de<br />
experiência, possuímos o know-how necessário para<br />
executar projetos complexos de nível internacional,<br />
consolidando a Gaidzinski como uma das principais<br />
empresas do seu segmento no mundo”, finaliza Gilberto<br />
Gaidzinski.<br />
to demanding markets, such as the USA, Canada, and<br />
Europe,” praises Gian Carlo Marodin, Director of Sales for<br />
Millpar. The Company, headquartered in Guarapuava (PR),<br />
has painting lines for finger-joint wood products - developed<br />
in partnership with Gaidzinski - a system in which<br />
Millpar is a pioneer in Brazil as a result of investments in<br />
equipment and development of new technologies.<br />
Regarding Gaidzinski’s after-sales service, Marodin<br />
guarantees that they have always shown readiness in the<br />
search for solutions to the problems encountered and the<br />
availability of communication with the teams.<br />
SPECIALIZED SEGMENTS<br />
In the packaging segment, Gaidzinski develops automated<br />
or semi-automated equipment that meets continuous<br />
or intermittent packaging processes, using paper<br />
or plastic reels as packaging material. As it is a flexible<br />
line, it can operate with profiles in general, such as furniture,<br />
doors, and panels, among others. “The relentless pursuit<br />
of industrial innovation defines our journey. We see<br />
challenges as opportunities to evolve, always looking for<br />
ways to transform. With more than 45 years of experience,<br />
we have the necessary know-how to execute complex<br />
projects at an international level, consolidating Gaidzinski<br />
as one of the leading companies in its segment in the<br />
world,” concludes Gustavo Gaidzinski.<br />
MARÇO 2024 41
INVESTIMENTO<br />
MISSÃO<br />
TÉCNICA NA<br />
ALEMANHA<br />
Fotos: divulgação<br />
PROFISSIONAIS DO NAPI WOOD TECH<br />
FAZEM VISITAS COM OBJETIVO DE<br />
IMPULSIONAR USO DE MADEIRA NA<br />
CONSTRUÇÃO CIVIL<br />
Professores de cinco instituições de ensino superior<br />
públicas do Paraná estão na Alemanha em<br />
uma missão técnica que visa o aprofundamento<br />
das pesquisas voltadas ao uso de madeira em<br />
setores estratégicos, e cujo objetivo é render<br />
bons frutos para a construção civil. Em visita ao Estado de<br />
Baden-Wurtemberg, o grupo desenvolveu ações previstas<br />
no Napi (Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação) Wood<br />
Tech, implementado pela Seti (Secretaria da Ciência, Tecnologia<br />
e Ensino Superior do Paraná) e pela Fundação<br />
Araucária.<br />
Representando a UEL, (Universidade Estadual de Londrina)<br />
o professor Jorge Daniel de Melo Moura, do CTU<br />
(Departamento de Arquitetura e Urbanismo), destaca que<br />
o Napi, que tem sede em Guarapuava (PR) é constituído<br />
por docentes da UEM (Universidade Estadual de Maringá),<br />
Unicentro (Universidade do Centro-Oeste), UFPR (Universidade<br />
Federal do Paraná) e UTFPR (Universidade Tecnológica<br />
Federal do Paraná). Dentro do cronograma da viagem<br />
ocorrem visitas técnicas e entrevistas com pesquisadores e<br />
profissionais alemães, com o objetivo de aumentar o repertório<br />
de possibilidades da equipe do projeto, bem como<br />
prospectar novos acordos de cooperação entre o Paraná e<br />
Baden-Wurtemberg.<br />
REFORÇAR A PARCERIA<br />
Estado irmão do Paraná na Alemanha, Baden-Wurtemberg<br />
conta com iniciativas conceitualmente parecidas<br />
com um Napi, ou seja, são ações que envolvem os ativos já<br />
existentes nos setores da pesquisa e inovação, e as empresas<br />
líderes em diversos setores da economia. Uma destas<br />
iniciativas é a HolzBau Offensive BW, que pode ser definida<br />
como: Campanha para a Construção em Madeira de Baden-Wurtemberg;<br />
em tradução livre. Atualmente, países<br />
como Suécia e Canadá dividem com a Alemanha o posto<br />
de referências internacionais quanto ao uso do principal<br />
42 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
produto mercantil florestal – a madeira – na construção<br />
civil.<br />
Por meio da utilização da madeira engenheirada, o trabalho<br />
visa promover o desenvolvimento socioeconômico,<br />
aliando o potencial de inovação aos benefícios ambientais,<br />
servindo para reduzir a emissão de gases poluentes pela<br />
indústria da construção civil. Desta forma, o trabalho passa<br />
a atender aos ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável)<br />
da Agenda 2030, da ONU (Organização das Nações<br />
Unidas).<br />
NAPI WOOD TECH<br />
Ao lado do professor da UEL, o grupo de pesquisadores<br />
que está na missão técnica, que termina na primeira semana<br />
de março, é composto por docentes, pelo presidente<br />
da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, e pelo conselheiro<br />
do arranjo de empresas Cilla Tech Park, Paulo César<br />
Rezende de Carvalho Alvim, entre outros.<br />
O Napi Wood Tech envolve docentes e pesquisadores<br />
de cursos como Engenharia Civil, Engenharia Florestal,<br />
Engenharia <strong>Industrial</strong> Madeireira, Arquitetura e Urbanismo,<br />
além de empresas e órgãos públicos.<br />
A expertise de cada docente envolvido é o que nutre as<br />
esperanças pelo sucesso da estratégia de desenvolvimento<br />
econômico para o Estado. “A questão das influências das<br />
condições de plantio nas propriedades mecânicas vai ser<br />
tratada pela Unicentro. As questões relacionadas à tecnologia<br />
da madeira vão ser tratadas pela UFPR. Questões<br />
relativas ao comportamento dos sistemas de construção e<br />
à própria engenharia do elemento construtivo e o sistema<br />
de construção vão ser tratadas na UTFPR. E a parte de arquitetura,<br />
estrutura e concepção dos sistemas seremos nós<br />
da UEL e a UEM, sendo nosso parceiro o professor Ricardo<br />
Dias Silva, ex-professor da UEL, com larga experiência no<br />
tema”, conclui Jorge Daniel.<br />
MARÇO 2024 43
MARCENARIA<br />
44 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
COMO<br />
UTILIZAR OSB<br />
AS PLACAS DE MADEIRA OSB SÃO BASTANTE USADAS EM<br />
CONSTRUÇÕES PARA ESTRUTURA E DECORAÇÃO<br />
Fotos: divulgação<br />
MARÇO 2024 45
MARCENARIA<br />
Asigla OSB vem do nome em inglês:<br />
Oriented Strand Board, denominação<br />
para o painel composto por tiras de<br />
madeiras dispostas na mesma direção.<br />
Sustentável, versátil e com alta resistência,<br />
o OSB tem ganhado cada vez mais espaço na<br />
construção civil, como na área de design de interiores.<br />
É um produto de alta resistência mecânica e com<br />
qualidade uniforme. Por conta dessas características,<br />
é possível considerar o OSB um painel estrutural.<br />
O OSB geralmente é composto de três a cinco camadas.<br />
No Brasil, a maioria das placas de OSB possui<br />
quatro camadas – duas externas, orientadas no sentido<br />
longitudinal, e duas internas, cruzadas no sentido<br />
perpendicular.<br />
Para produzir o OSB, lascas de madeira são<br />
orientadas em camadas perpendiculares, unidas com<br />
resina resistente a intempéries e prensada sob alta<br />
temperatura. Isso aumenta sua resistência mecânica,<br />
rigidez e estabilidade.<br />
APLICAÇÕES DO OSB<br />
A área da construção civil e a área de design de<br />
interiores utilizam amplamente o OSB. Na construção,<br />
é possível aplicá-lo, por exemplo, no fechamento<br />
de estruturas de wood frame, em telhados, paredes,<br />
pisos e lajes. Além disso, ele serve também para tapumes<br />
e barracões de obras. Já na área de design de<br />
interiores, é possível encontrar OSB em itens como<br />
luminárias, mesas, cadeiras, aparadores, bancadas,<br />
pallets, cômodas e outros mobiliários para decoração<br />
de aspecto rústico e industrial.<br />
VANTAGENS DO OSB<br />
O aspecto sustentável do OSB é uma das vantagens.<br />
As placas OSB são feitas a partir de madeira<br />
de reflorestamento e utilizam até 90% do tronco,<br />
diminuindo, portanto, a quantidade de matéria-prima<br />
necessária para sua produção e, consequentemente,<br />
trazendo menor impacto ambiental. Possui bons níveis<br />
de isolamento térmico e acústico, além de ter um<br />
preço mais atrativo em relação a outros derivados de<br />
madeira.<br />
DESVANTAGENS DO OSB<br />
Apesar de ser tratado para ter maior resistência<br />
à umidade, o OSB não pode estar em contato constante<br />
e direto com água, o que impede seu uso em<br />
alguns locais, como áreas externas e banheiros, por<br />
exemplo. Outras desvantagens são o peso das placas,<br />
que costumam ser mais pesadas que outras placas<br />
de madeira, além do aspecto rugoso adquirido na<br />
confecção, que impede a aderência de revestimentos<br />
laminados.<br />
SUSTENTÁVEL, VERSÁTIL E<br />
COM ALTA RESISTÊNCIA, O<br />
OSB TEM GANHADO CADA VEZ MAIS<br />
ESPAÇO NA CONSTRUÇÃO CIVIL E NA<br />
ÁREA DE DESIGN DE INTERIORES<br />
46 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
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NEGÓCIOS<br />
VEM AÍ<br />
A 10ª EDIÇÃO<br />
DA FORMÓBILE<br />
48 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
A MELHOR EDIÇÃO DE TODOS OS<br />
TEMPOS ESTÁ CHEGANDO COM DIVERSAS<br />
EXPERIÊNCIAS E INOVAÇÕES PARA O SETOR<br />
Fotos: Formóbile<br />
AForMóbile, maior feira do setor e o<br />
principal evento da indústria de móveis<br />
e madeira na América Latina, está programada<br />
para acontecer de 2 a 5 de<br />
julho de 2024, no São Paulo Expo, com<br />
a participação confirmada de mais de 550 marcas<br />
expositoras e expectativa de receber cerca de 50 mil<br />
profissionais do segmento.<br />
A feira se destaca como um ponto de encontro<br />
essencial para marceneiros, indústrias, fornecedores<br />
e revendedores nacionais e internacionais, além de<br />
arquitetos e designers. Oferecendo um ambiente<br />
propício para oportunidades de negócios, a ForMóbile<br />
proporciona aos participantes a exploração das<br />
últimas novidades e tendências do mercado, promovendo<br />
a integração da cadeia moveleira em torno da<br />
inovação para as empresas do setor.<br />
DIFERENTES ESPAÇOS<br />
Sob a gestão de Tatiano Segalin, business manager<br />
da ForMóbile, a 10ª edição é um marco, que<br />
coincide com o 20º aniversário da feira e contará com<br />
participação recorde da indústria e cadeia moveleira.<br />
Os visitantes terão a oportunidade de explorar<br />
tendências, novidades e conteúdo abrangente sobre<br />
fabricação, acessórios, matérias-primas, insumos,<br />
equipamentos e produtos finais, além de conectar<br />
fornecedores e revendedores.<br />
O Espaço Madeira, que reúne expositores de<br />
madeira maciça e produtos relacionados, será expandido,<br />
incluindo soluções para a construção civil em<br />
resposta ao aumento global do uso da madeira em<br />
edificações para promover a sustentabilidade.<br />
MARÇO 2024 49
NEGÓCIOS<br />
A ForMóbile oferece ações pensadas para promover<br />
o desenvolvimento comercial, econômico, tecnológico<br />
e profissional do setor. Os visitantes poderão<br />
participar de palestras no Palco ForMóbile, além de<br />
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50 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
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MÁQUINAS<br />
EXPECTATIVA<br />
DE CRESCIMENTO<br />
Fotos: divulgação<br />
52 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
ABIMAQ PROJETA<br />
CRESCIMENTO DE<br />
3,5% NA RECEITA DO<br />
SETOR DE MÁQUINAS<br />
E EQUIPAMENTOS,<br />
DEPOIS DO RECORDE<br />
NA EXPORTAÇÃO<br />
REGISTRADO EM 2023<br />
Apesar das adversidades e dos desafios<br />
enfrentados em 2023 pela indústria de<br />
máquinas e equipamentos do Brasil, refletido<br />
na queda significativa na receita do<br />
mercado interno, as projeções para 2024<br />
são otimistas, com uma expectativa de crescimento de<br />
3,5% na receita total do setor, aponta Cristina Zanella,<br />
diretora de competitividade, economia e estatística da<br />
Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas<br />
e Equipamentos). “A perspectiva positiva é respaldada<br />
por fatores como a inflação controlada, taxa de juros<br />
em queda, e melhora do poder de compra das famílias<br />
que contribuem na melhora da atividade da indústria de<br />
transformação e da construção civil”, explica a diretora.<br />
MARÇO 2024 53
MÁQUINAS<br />
A associação trabalha com um cenário de inflação<br />
em 2024 próximo a meta, de 4,2%; redução da taxa Selic<br />
para 9,25% no final do ano; e um crescimento de PIB<br />
(produto interno bruto) de aproximadamente 2%. Para a<br />
indústria de máquinas e equipamentos, a expectativa é<br />
de crescimento da ordem de 5,5% nas receitas do mercado<br />
interno.<br />
RECORDE NAS EXPORTAÇÕES<br />
Para as exportações, que atingiram um recorde<br />
histórico do setor em 2023, quando movimentou US$<br />
13,9 bilhões, a expectativa é de consolidação, com um<br />
aumento projetado de 0,6% em 2024. O crescimento<br />
registrado no ano passado foi de 14,6% em relação a<br />
2022, superando o ano de 2012, que foi o melhor resultado<br />
do setor de exportação de máquinas e equipamentos.<br />
“Existem ações que estão atuando fortemente para<br />
levar mais empresas para o mercado externo. São ações<br />
para fomentar e incentivar a participação das empresas.<br />
Talvez isso tenha sido um dos motivos que contribuiu<br />
para este aumento nas exportações. É um trabalho<br />
difícil, mas estamos vendo o resultado ser alcançado”,<br />
comentou Cristina Zanella.<br />
A exportação de máquinas para bens de consumo,<br />
onde se enquadram as máquinas de processamento<br />
da madeira, representou 6,5% do total de negócios em<br />
2023, e teve uma redução acumulada no ano de 5,7%<br />
em comparação com 2022.<br />
EXISTEM AÇÕES QUE ESTÃO<br />
ATUANDO FORTEMENTE<br />
PARA LEVAR MAIS EMPRESAS PARA O<br />
MERCADO EXTERNO. É UM TRABALHO<br />
DIFÍCIL, MAS ESTAMOS VENDO O<br />
RESULTADO SER ALCANÇADO<br />
CRISTINA ZANELLA, DIRETORA ABIMAQ<br />
Apesar do desempenho positivo das exportações<br />
no ano passado, o total da receita de máquinas e equipamentos<br />
no período (mercado interno + exportação)<br />
registrou queda de 11%.<br />
54 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024<br />
INVESTIMENTOS DAS INDÚSTRIAS<br />
Com relação ao anúncio da Nova Indústria Brasil, a<br />
Abimaq diz que o plano de ação da neoindustrialização<br />
é amplo e favorece sob vários aspectos a indústria de<br />
máquinas e equipamentos e a economia nacional. A<br />
expectativa é de que os recursos e medidas destacados<br />
para o projeto se reflitam em ganhos de competitividade<br />
e de produtividade para os setores produtivos, além<br />
de mais uma fonte de crescimento econômico sustentado<br />
e sustentável.<br />
De acordo com Cristina Zanella, a implementação<br />
da depreciação acelerada, medida anunciada pelo Governo<br />
Federal, poderá ser mais um fator positivo para o<br />
crescimento das vendas de máquinas e equipamentos<br />
neste ano. “Terá um papel fundamental na ampliação<br />
do estoque de capital produtivo do país, viabilizando o<br />
fortalecimento da economia e o crescimento econômico<br />
de forma sustentável”, opina Cristina.<br />
A associação também conta com manutenção da<br />
desoneração da folha de pagamentos para melhorar o<br />
volume de negócios no setor, uma vez que a medida<br />
tem sido considerada primordial em termos de ganho<br />
de competitividade dos setores beneficiados, tanto no<br />
mercado nacional como internacional, afirma a diretora<br />
da Abimaq.
QUÍMICA NA MADEIRA<br />
COMO APERFEIÇOAR<br />
O CÁLCULO DOS<br />
PRODUTOS PARA O<br />
TRATAMENTO DE MADEIRAS?<br />
Fotos: divulgação<br />
56 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
PROCEDIMENTO É NECESSÁRIO PARA<br />
EVITAR DESPERDÍCIO E PROLONGAR A<br />
VIDA ÚTIL DA MADEIRA<br />
O<br />
cálculo preciso para o tratamento de<br />
madeiras sempre representou um desafio<br />
significativo, demandando tabelas<br />
complexas e cálculos manuais para determinar<br />
concentrações e diluições, visando<br />
a retenção final na madeira. Este procedimento<br />
é necessário para que se evite a biodeterioração,<br />
prolongando significativamente a vida útil da madeira<br />
contra o ataque de fungos, brocas e cupins ao longo<br />
de sua permanência em serviço.<br />
Graças ao avanço tecnológico, hoje em dia, este<br />
processo, por muitas vezes confuso, possui soluções<br />
mais práticas para agilizar as demandas e evitar erros<br />
de cálculo. Na Montana Química, por exemplo, é indicado<br />
o uso do Osmose Calc, aplicativo para celular,<br />
desenvolvido pela própria empresa, que auxilia profissionais,<br />
como operadores, gerentes e supervisores<br />
ao realizar automaticamente esses cálculos, tornando<br />
o processo mais eficiente e intuitivo, e eliminando a<br />
complexidade associada às tabelas tradicionais.<br />
A ferramenta leva em consideração variáveis<br />
como o contato com o solo, o tipo de madeira e a<br />
responsabilidade estrutural, conforme estabelecido<br />
pela norma técnica ABNT NBR 16143 (Preservação de<br />
madeiras – Sistema de categorias de uso), resultando<br />
em tratamentos personalizados e eficazes, alinhados<br />
com os mais altos padrões da indústria.<br />
Essa abordagem otimizada considera importantes<br />
fatores, como temperatura, densidade da solução,<br />
volumes e características das espécies de madeira a<br />
serem tratadas, pois oferece suporte crucial e preciso<br />
na determinação do correto uso dos produtos.<br />
O uso do aplicativo apresenta duas grandes vantagens,<br />
pois não apenas reduz o risco de erro, evitando<br />
a deterioração prematura das madeiras, mas também<br />
proporciona economia, reduzindo o desperdício<br />
dos produtos ao utilizar a quantidade suficiente para<br />
a máxima proteção e durabilidade.<br />
GRAÇAS AO AVANÇO<br />
TECNOLÓGICO, HOJE<br />
EM DIA, ESTE PROCESSO, POR<br />
MUITAS VEZES CONFUSO,<br />
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DEMANDAS E EVITAR ERROS DE<br />
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AGRICULTURA LUIZ DE QUEIROZ)<br />
MARÇO 2024 57
ARTIGO<br />
INFLUÊNCIA<br />
DA QUALIDADE<br />
DAS LÂMINAS<br />
NO DESEMPENHO MECÂNICO À<br />
FLEXÃO DE PAINÉIS COMPENSADOS<br />
DE HEVEA BRASILIENSIS<br />
HERNANDO ALFONSO LARA PALMA<br />
JAVIER FARAGO ESCOBAR<br />
ADRIANO WAGNER BALLARIN<br />
ELAINE CRISTINA LEONELLO<br />
UNESP (UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA)<br />
Fotos: divulgação<br />
58 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
MARÇO 2024 59
ARTIGO<br />
RESUMO<br />
D<br />
epois de concluída a fase principal de<br />
exploração comercial do látex (cerca<br />
de 30 anos), os plantios de seringueira<br />
apresentam-se como fonte alternativa<br />
de madeira para serraria e para outros<br />
produtos à base de madeira com valor agregado<br />
superior ao da lenha, tendência já consagrada em<br />
países do sudeste asiático. O presente trabalho<br />
teve como objetivo principal avaliar a influência do<br />
módulo de elasticidade dinâmico (Ed) das lâminas<br />
no desempenho mecânico à flexão de painéis compensados<br />
de Hevea brasiliensis. Para este estudo,<br />
as lâminas de seringueira foram selecionadas em<br />
três classes de módulo de elasticidade dinâmico,<br />
definidas como baixo (de 4887-7323 MPa), médio (de<br />
8200-8948 MPa) e alto (de 10979-13010 MPa) módulo<br />
de elasticidade. Foram confeccionados painéis<br />
compensados com cinco tratamentos, variando-se<br />
as classes das lâminas utilizadas e seus arranjos. Os<br />
resultados obtidos revelaram influência significativa<br />
dos tratamentos na resistência à flexão dos painéis.<br />
Os painéis com melhor desempenho mecânico foram<br />
confeccionados exclusivamente com lâminas de<br />
alto e médio módulo de elasticidade dinâmico. Os<br />
painéis que utilizaram lâminas com baixo módulo<br />
de elasticidade apresentaram menor desempenho<br />
mecânico, mesmo quando elas estavam combinadas<br />
com lâminas de alto módulo.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Devido às dificuldades crescentes na obtenção<br />
de matérias-primas para a produção de lâminas e<br />
compensados provenientes de florestas nativas e<br />
também de espécies plantadas tradicionais, principalmente<br />
no Estado de São Paulo, torna-se importante<br />
o estudo da utilização de espécies alternativas<br />
para suprir a demanda por madeiras de qualidade<br />
para a indústria de laminados.<br />
A cultura da seringueira, estabelecida com o<br />
objetivo principal de produção de látex, apresenta<br />
também boas perspectivas como fornecedora de<br />
matéria-prima para o segmento de produtos laminados,<br />
pela sua disponibilidade de grandes áreas<br />
plantadas no Estado e outras regiões do Brasil e por<br />
ser uma espécie de rápido crescimento (Monteiro et<br />
al., 2006).<br />
Diversos trabalhos internacionais relatam práticas<br />
consolidadas de agregação de valor à madeira da<br />
seringueira pelo seu uso, ao final do ciclo produtivo<br />
de látex, na produção de serrados em geral e outros<br />
produtos à base de madeira (Killmann, 2001).<br />
MATERIAL E MÉTODOS<br />
Para este estudo, foram utilizadas 24 árvores do<br />
clone RRIM600, provenientes de plantios de Hevea<br />
brasiliensis com 30 anos de idade da região de Macaubal<br />
(SP), cujo manejo foi realizado visando apenas<br />
60 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
a exploração do látex. A laminação foi realizada em<br />
torno automático de marca Benato S.A. com comprimento<br />
de laminação mínima de 120 cm (centímetros)<br />
e diâmetro mínimo das garras de arrasto de 12 cm.<br />
Foram produzidas lâminas com dimensões nominais<br />
de 2,3 mm (milímetros) de espessura, 1225 mm de<br />
largura e 2380 mm de comprimento. Posteriormente,<br />
as lâminas foram secas até um teor de umidade de<br />
6% a 8%.<br />
As lâminas foram classificadas através de dois<br />
métodos: Método visual - realizado pela indústria<br />
com base no tipo, quantidade e dimensões dos<br />
defeitos apresentados nas lâminas, atribuídos através<br />
da inspeção visual, conforme estabelecido pela<br />
prática industrial, uma vez que não existe norma<br />
específica para esta espécie de madeira. Método<br />
não destrutivo - as lâminas secas e selecionadas<br />
visualmente foram classificadas segundo o módulo<br />
de ED (elasticidade dinâmico) obtido pelo método<br />
de ondas de tensão, com uso do Stress Wave Timer,<br />
modelo Metriguard 238ª.<br />
Para a produção e montagem dos painéis compensados,<br />
foram classificadas 432 lâminas inteiras,<br />
das quais foram selecionadas para a confecção de<br />
Líderes em projeto, fabricação e instalação de<br />
equipamentos de preservação de madeira<br />
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ARTIGO<br />
painéis compensados, 96 lâminas de baixo valor do<br />
MOE, 78 lâminas de médio valor do MOE e 32 lâminas<br />
de alto valor do MOE. Os painéis compensados<br />
foram fabricados na Indústria de Compensados Caribea<br />
S.A. em São Manuel (SP), composto de 9 lâminas<br />
com dimensões comercias de 20,7 mm × 1100 mm ×<br />
2380 mm.<br />
RESULTADOS E DISCUSSÃO<br />
Para a produção dos painéis compensados, estão<br />
apresentadas as faixas de módulo de ED com as<br />
respectivas frequências das lâminas nas cinco classes<br />
definidas, das quais, foram selecionadas lâminas das<br />
classes baixo, médio e alto.<br />
Os valores médios do módulo de elasticidade<br />
e da resistência na direção transversal atingiram<br />
75,56% e 55,17% dos mesmos valores médios avaliados<br />
na direção longitudinal. Os coeficientes de<br />
variação da resistência e do módulo de elasticidade<br />
(longitudinal e transversal) situaram-se na faixa de<br />
15%, revelando a homogeneidade do desempenho<br />
dos corpos de prova dentro de cada tratamento.<br />
Como se podia esperar, obtiveram-se os melhores<br />
valores médios de resistência e de módulo de<br />
elasticidade nos tratamentos T4 e T5. Os tratamentos<br />
T1 e T2 revelaram os menores valores. Este fato<br />
foi influenciado pela origem das lâminas de baixo<br />
módulo de elasticidade que foram condicionantes<br />
do desempenho mecânico inferior à flexão longitudinal.<br />
Mesmo nos casos em que eram selecionadas lâminas<br />
de alto módulo para capa e contracapa como<br />
no tratamento (T2), em que o desempenho não foi<br />
melhorado.<br />
DEVIDO ÀS<br />
DIFICULDADES<br />
CRESCENTES NA OBTENÇÃO DE<br />
MATÉRIAS-PRIMAS, TORNA-SE<br />
IMPORTANTE O ESTUDO DA<br />
UTILIZAÇÃO DE ESPÉCIES<br />
ALTERNATIVAS PARA SUPRIR A<br />
DEMANDA POR MADEIRAS DE<br />
QUALIDADE PARA A INDÚSTRIA<br />
DE LAMINADOS<br />
CONCLUSÕES<br />
A partir dos resultados obtidos no programa<br />
experimental e atendendo aos objetivos deste trabalho,<br />
podem-se extrair as seguintes conclusões:<br />
Os valores médios do módulo de ED das lâminas<br />
variaram de 4887-13010 MPa, com ampla variação<br />
de acordo com a posição radial, assim, foi possível<br />
separar as lâminas de diferentes qualidades com o<br />
uso de ensaios não destrutivos de ondas de tensão.<br />
A classificação das lâminas de seringueira com base<br />
nas classes de módulo de ED influenciou de forma<br />
significativa os resultados de resistência à flexão longitudinal<br />
dos tratamentos. As lâminas de alto e médio<br />
módulo de ED foram condicionantes para o melhor<br />
desempenho mecânico dos tratamentos T3, T4<br />
e T5, que não apresentaram diferenças estatísticas<br />
significativas entre si. As lâminas de baixo módulo de<br />
ED foram condicionantes do desempenho mecânico<br />
inferior à flexão longitudinal. Seu uso, mesmo em<br />
tratamentos em que eram empregadas lâminas de<br />
alto módulo de elasticidade na capa e contracapa<br />
(tratamento T2), condicionou um desempenho inferior.<br />
Essa é uma versão<br />
parcial desse conteúdo,<br />
acesse o texto completo<br />
pelo QRcode:<br />
62 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
AGENDA<br />
AGENDA<br />
2024<br />
MAIO 2024<br />
28 A 30<br />
JULHO 2024<br />
2 A 5<br />
AGOSTO 2024<br />
6 A 9<br />
CARREFOUR INTERNATIONAL<br />
DU BOIS<br />
LOCAL: NANTES (FRANÇA)<br />
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CADEIA PRODUTIVA DA PORTA<br />
17 A 19 DE SETEMBRO<br />
LOCAL: PINHAIS (PR)<br />
INFORMAÇÕES:<br />
HTTPS://ENCAPP.COM.BR/<br />
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(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE<br />
MADEIRA PROCESSADA MECANICAMENTE)<br />
POR MEIO DO PSQ-PME (PROGRAMA SETORIAL<br />
DA QUALIDADE DE PORTAS DE MADEIRA PARA<br />
EDIFICAÇÕES). EM SUA SEXTA EDIÇÃO ACONTECERÁ<br />
JUNTO À LIGNUM LATIN AMERICA, COM OBJETIVO<br />
DE APRESENTAR NOVAS SOLUÇÕES DE PRODUTOS,<br />
MATERIAIS E TECNOLOGIAS PARA PORTAS DE<br />
MADEIRA E DISCUTIR SOLUÇÕES GLOBAIS PARA ESTE<br />
SETOR.<br />
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64 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024
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INOVAÇÃO EM BIG CORPS:<br />
OPORTUNIDADES DO MODELO DESCENTRALIZADO<br />
Ainovação é uma necessidade para empresas<br />
que desejam se manter relevantes<br />
e prosperar. Não se trata mais de um<br />
lugar comum, mas sim de uma realidade<br />
inegociável. Crescimento, redução<br />
de custos, aumento de produtividade, alinhamento<br />
com as tendências e tecnologias e a melhor relação<br />
com clientes estão entre os ganhos importantes. Mas,<br />
nesta conversa, gostaria de explorar o modelo descentralizado<br />
para inovação, um caminho para a escala<br />
e bons resultados em grandes corporações.<br />
Sobretudo em um cenário em constante mudança,<br />
estar prontos para o futuro é chave e isso tem que<br />
ser parte do mindset das organizações – e para isso o<br />
modelo descentralizado apresenta muitas vantagens.<br />
Esta exploração foi feita em conversas com colegas<br />
de grandes corporações e na discussão surgiram<br />
alguns pontos interessantes que gostaria de dividir<br />
aqui.<br />
Para avançar em inovação, tradicionalmente,<br />
existia a criação de uma equipe com gestão que se<br />
reporta diretamente à uma liderança específica que<br />
presta contas para um comitê. Esse é um modelo<br />
centralizado, em que as decisões e iniciativas partem<br />
de um núcleo. Na descentralização, há a transferência<br />
das funções de planejamento e tomada de decisão<br />
da organização para longe de uma posição central.<br />
Ao aplicar esta ideia, o processo se abre a todas as<br />
áreas da companhia e as envolve nas várias etapas<br />
da sua estratégia, incluindo stakeholders externos e<br />
clientes na jornada.<br />
NA DESCENTRALIZAÇÃO,<br />
HÁ A TRANSFERÊNCIA<br />
DAS FUNÇÕES DE PLANEJAMENTO<br />
E TOMADA DE DECISÃO DA<br />
ORGANIZAÇÃO PARA LONGE DE<br />
UMA POSIÇÃO CENTRAL<br />
POR<br />
ORNELLA NITARDI<br />
HEAD DE INOVAÇÃO ABERTA E ECOSSISTEMAS<br />
DIGITAIS PARA AMÉRICA DO SUL, DA BASF<br />
E por que muitas organizações estão apostando<br />
no modelo descentralizado? Identificamos algumas<br />
vantagens importantes, como a capacidade de aproveitar<br />
o conhecimento e a criatividade de toda a empresa,<br />
a redução de custos e o aumento da agilidade<br />
– e de crescimento – já referenciadas por consultorias.<br />
Segundo a McKinsey, por exemplo, empresas<br />
que adotaram a inovação descentralizada tiveram um<br />
aumento de 5% a 10% na receita. Em seu relatório:<br />
State of Innovation; a PwC indica um aumento de<br />
18% em seu desempenho financeiro com o modelo.<br />
E um estudo da Deloitte revelou que empresas que<br />
adotaram o formato relataram uma maior satisfação<br />
dos funcionários e uma cultura mais inovadora.<br />
Para além desses benefícios, adicionaria também,<br />
com base em nossa experiência na BASF, um potencial<br />
de maior satisfação do cliente, que passa a ter<br />
acesso a inovação colaborativa bem próxima da sua<br />
realidade.<br />
Claro que identificamos desafios – e são importantes,<br />
mas podem ser manejados. Primeiro é essencial<br />
que a inovação esteja alinhada com a estratégia<br />
geral da empresa. Além disso, há a necessidade de<br />
uma coordenação entre as equipes, com uma comunicação<br />
eficaz para evitar ineficiência, como duplicidades<br />
de iniciativas. A governança é outro ponto de<br />
atenção, pois é suscetível a inconsistências. Por fim,<br />
pode haver o surgimento de múltiplas culturas, o que<br />
exige atenção da liderança e, novamente da comunicação.<br />
A pergunta do milhão que segue é: se todos somos<br />
agentes de inovação, qual é o papel das áreas<br />
de inovação? Entendendo essa evolução, as áreas de<br />
inovação conseguem fazer essas conexões e focar<br />
em novos horizontes de geração de valor. Assim, a<br />
inovação descentralizada nos parece ser o caminho<br />
para transformar grandes empresas em ecossistemas<br />
de criatividade e agilidade para poder resolver os<br />
grandes desafios.<br />
66 referenciaindustrial.com.br MARÇO 2024