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NOTAS
Detalhes do eucalipto
Uma dissertação de mestrado, desenvolvida
na área experimental do Programa
Cooperativo sobre Produtividade e
EUCFLUX (Fluxos de Carbono e Água em
Eucalyptus), do IPEF (Instituto de Pesquisas
e Estudos Florestais), avaliou o uso de
sensoriamento remoto na estimativa da ET
(evapotranspiração) em um povoamento
de eucalipto. De autoria de Luca Nunes,
com orientação do professor Clayton Alcarde
Alvares, da UNESP/FCA (Universidade
Estadual Paulista/Faculdade de Ciências
Agronômicas), o estudo acompanhou o
desempenho do tradicional algoritmo sebal
na área experimental do Eucflux utilizando
imagens do Landsat 8, entre os anos de
2014 e 2018. O professor Clayton explica
que o cultivo de eucalipto, impulsionado
pela crescente demanda por madeira,
se destaca por sua rápida adaptação e
crescimento em diversas regiões. Contudo,
as variáveis climáticas, especialmente a ET,
desempenham um papel crítico em seu
desenvolvimento. “A ET, que abrange a
soma da transpiração das plantas e a evaporação
da água na superfície terrestre, é
fundamental para entender espacialmente
o consumo hídrico dessa cultura. Embora
a medição direta da ET por meio de uma
torre de fluxo seja precisa, ela é pontual e
dispendiosa”, alerta o professor e esclarece
que entre os métodos indiretos, o uso de
sensoriamento remoto emerge como uma
opção promissora e acessível para pesquisadores
e gestores florestais.
Sobre a dissertação de mestrado, Lucas
pontua que em geral, o modelo testado
apresentou uma superestimação da ET.
“Embora o algoritmo seja amplamente
utilizado há mais de 15 anos para estimar a
evapotranspiração em plantações florestais,
esse é o primeiro estudo a validar o
modelo com observações de campo, sendo
que novas pesquisas serão essenciais para
consolidar a qualidade do modelo Sebal e
determinar se ajustes paramétricos para
a cultura do eucalipto são necessários”,
conclui Lucas.
Foto: divulgação
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