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ENTREVISTA<br />

Pablo Ruival, presidente da AFOA, fala do desenvolvimento da silvicultura na Argentina<br />

CONEXÃO FORTE<br />

ATENDIMENTO E PRODUTOS DE QUALIDADE<br />

IMPULSIONAM INDÚSTRIA DE MANGUEIRAS<br />

STRONG<br />

CONNECTION<br />

SERVICE AND QUALITY<br />

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no mercado. Os melhores e<br />

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Sempre estudando e<br />

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soluções de trituração para<br />

as necessidades específicas<br />

do mercado brasileiro.


SUMÁRIO<br />

MARÇO 2024<br />

52<br />

TRADIÇÃO,<br />

TECNOLOGIA<br />

E CUIDADO<br />

12 Editorial<br />

14 Cartas<br />

16 Bastidores<br />

18 Notas<br />

32 Coluna CIPEM<br />

34 Frases<br />

36 Entrevista<br />

50 Coluna<br />

52 Principal<br />

58 Carbono<br />

64 Plantio<br />

68 Manejo<br />

74 Compostagem<br />

78 Operação<br />

80 Evento<br />

82 Pesquisa<br />

86 Agenda<br />

88 Espaço Aberto<br />

58<br />

68<br />

ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />

25 Agroceres<br />

49 Algar Farming<br />

15 BKT<br />

13 Bruno<br />

17 Carrocerias Bachiega<br />

85 D’Antonio Equipamentos<br />

39 Denis Cimaf<br />

02 Dinagro<br />

35 DRV Ferramentas<br />

61 Duffatto<br />

31 Engeforest<br />

92 Envimat<br />

23 Envimat / CBI<br />

77 Envimat / Compostagem<br />

11 Envu<br />

29 Fex<br />

51 Hennings<br />

04 Himev<br />

41 J de Souza<br />

67 Lignum<br />

06 Lion Equipamentos<br />

63 Mill Indústrias<br />

71 Neutraliza<br />

47 Potenza<br />

89 Prêmio REFERÊNCIA<br />

83 Remsoft<br />

43 Rocha Facas<br />

19 Rotary-Ax<br />

08 Rotor Equipamentos<br />

90 Sparta Brasil<br />

21 Syngenta<br />

73 Tech Forestry<br />

27 Tecmater<br />

33 Vantec<br />

45 WDS Pneumática<br />

10 www.referenciaflorestal.com.br


Floresta<br />

Juntos,<br />

construímos um legado.<br />

Agora,<br />

vamos construir o futuro.<br />

Somos Envu, uma nova empresa<br />

com 50 anos de experiência<br />

Envu é uma nova visão para uma empresa com meio século de história no segmento<br />

de saúde ambiental, que detém um sólido portfólio de produtos comprovados e<br />

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Em cada uma de suas linhas de negócio, a Envu concentra seu trabalho na química e<br />

além, colaborando com os clientes para criar soluções que funcionarão hoje e no<br />

futuro.<br />

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EDITORIAL<br />

Fatores de crescimento<br />

Ao analisar uma área de plantio florestal são levadas em conta todas as<br />

variáveis que podem influenciar o desenvolvimento das mudas em árvores.<br />

Clima, solo, umidade, potencial de pragas e outros inumeráveis tópicos que dão<br />

razão à atividade dos profissionais envolvidos no processo. Da mesma forma, ao<br />

atender seus clientes, cada empresa que participa do mercado de base florestal<br />

precisa mais do que atender uma demanda, é necessário entender o que seus<br />

clientes buscam. Como diz o ditado, o remédio de um pode não funcionar no<br />

outro e por isso, analisar cada situação de forma específica garante o sentimento<br />

de dever cumprido. Produtos de qualidade, prazo de entrega, atendimento<br />

rápido e precisão são as chaves para crescer e se destacar. Nessa edição, o Leitor<br />

irá conhecer um pouco mais sobre os produtos e serviços da Hennings, empresa<br />

especializada na fabricação e venda de mangueiras e acessórios, a importância<br />

do eucalipto no mercado de carbono, as ações do poder público no fomento do<br />

carbono, as novidades do mercado de trituradores, a cobertura completa de um<br />

evento sobre formigas cortadeiras, além de uma entrevista exclusiva com Pablo<br />

Ruival, presidente da AFOA (Associação <strong>Florestal</strong> Argentina), que apresenta a<br />

realidade do país vizinho no mercado de silvicultura, além dos planos para o<br />

desenvolvimento da atividade naquele país.<br />

2<br />

1<br />

Na capa dessa edição, a<br />

Hennings, com sua linha<br />

completa de mangueiras<br />

e conexões para<br />

implementos florestais<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

Ano XXVI • Nº260• Março 2024<br />

ENTREVISTA<br />

Pablo Ruival, presidente da AFOA, fala do desenvolvimento da silvicultura na Argentina<br />

CONEXÃO FORTE<br />

ATENDIMENTO E PRODUTOS DE QUALIDADE<br />

IMPULSIONAM INDÚSTRIA DE MANGUEIRAS<br />

STRONG<br />

CONNECTION<br />

SERVICE AND QUALITY<br />

PRODUCTS BOOST HOSE<br />

DISTRIBUTOR<br />

GROWTH FACTORS<br />

The analysis of a forest plantation area takes into account all the variables<br />

that can influence the development of seedlings into trees. Climate, soil,<br />

humidity, pest potential, and a myriad of other issues justify the activity of<br />

the professionals involved in this process. In the same way, when serving its<br />

customers, every company that participates in the forest-based market needs to<br />

do more than meet a demand, it is necessary to understand what its customers<br />

are looking for. As the saying goes, one’s remedy may not work for another, and<br />

therefore, analyzing each situation in a specific way ensures a sense of accomplishment.<br />

Quality products, timely delivery, fast service, and accuracy are the<br />

keys to growing and standing out. In this issue, the reader learns more about the<br />

products and services of Hennings, a company specializing in the manufacture<br />

and sale of hoses and accessories, the importance of eucalyptus in the carbon<br />

market, the actions of the government in the promotion of carbon, the news of<br />

the shredder market, full coverage of an event on leaf-cutting ants, as well as an<br />

exclusive interview with Pablo Ruival, President of the Argentine Forestry Association<br />

(AFOA), who presents the reality of the neighboring country in the forestry<br />

market and the plans for the development of the activity in that Country.<br />

EXPEDIENTE<br />

ANO XXVI - EDIÇÃO 260 - MARÇO 2024<br />

Entrevista com<br />

Pablo Ruival,<br />

presidente da<br />

AFOA<br />

Compostagem florestal<br />

3<br />

Diretor Comercial / Commercial Director<br />

Fábio Alexandre Machado<br />

fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />

Diretor Executivo / Executive Director<br />

Pedro Bartoski Jr<br />

bartoski@revistareferencia.com.br<br />

Redação / Writing<br />

Vinicius Santos<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Colunista<br />

Cipem<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Depto. de Criação / Graphic Design<br />

Fabiana Tokarski - Supervisão<br />

Julia Harumi<br />

criacao@revistareferencia.com.br<br />

Redes Sociais/ Social media<br />

Guilherme Leodoro<br />

Tradução / Translation<br />

John Wood Moore<br />

Depto. Comercial / Sales Departament<br />

Gerson Penkal<br />

comercial@revistareferencia.com.br<br />

fone: +55 (41) 3333-1023<br />

Depto. de Assinaturas / Subscription<br />

assinatura@revistareferencia.com.br<br />

0800 600 2038<br />

ASSINATURAS<br />

0800 600 2038<br />

Periodicidade Advertising<br />

GARANTIDA GARANTEED<br />

Veículo filiado a:<br />

A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />

dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />

instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />

ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />

ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />

Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />

matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />

de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />

armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />

textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />

terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />

direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />

Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />

directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />

lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />

agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />

to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />

responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />

signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />

themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />

under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />

property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />

without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />

12 www.referenciaflorestal.com.br


CARTAS<br />

A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />

MERCADO Novo picador florestal Thor combina robustez, potência, tecnologia e alta performance<br />

FORÇA E PRODUTIVIDADE<br />

CONJUNTO DE CORTE PROPORCIONA ALTO<br />

RENDIMENTO E SEGURANÇA NA OPERAÇÃO<br />

FLORESTAL<br />

Capa da Edição 259 da<br />

Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />

mês de fevereiro de 2024<br />

www.referenciaflorestal.com.br<br />

ISSN 2359-4659<br />

<br />

ANO 26 Nº 259 FEVEREIRO 2024<br />

Ano XXVI • Nº259• Fevereiro 2024<br />

STRENGTH AND<br />

PRODUCTIVITY<br />

CUTTING CHAIN PROVIDES HIGH<br />

PERFORMANCE AND SAFETY IN<br />

FORESTRY OPERATIONS<br />

PRINCIPAL<br />

Por Carlos Ribeiro, Lebon Régis (SC)<br />

A mecanização da atividade florestal incentiva as empresas a fazer cada vez<br />

mais e melhor. Ótimo trabalho da Oregon para garantir mais produtividade.<br />

ENTREVISTA<br />

Por Maria Ester Gomes, São Paulo (SP)<br />

A floresta é incrível, cresce onde nós nem imaginamos. Parabéns para o<br />

pessoal de Goiás, que faz um trabalho sério onde poucos sabem o que<br />

acontece.<br />

Foto: Emanoel Caldeira<br />

TRANSPORTE<br />

Por Joaquim Almeida, Astorga (PR)<br />

Já se foi o tempo que o caminhoneiro sofria dentro do caminhão. A melhoria<br />

na qualidade e na estrutura do trabalho é um ganho para o profissional e<br />

para as empresas.<br />

Foto: divulgacão Scania<br />

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14 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />

@referenciaflorestal<br />

@revistareferencia9702<br />

E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />

enviados também para redação<br />

jornalismo@revistareferencia.com.br<br />

Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />

ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.


BASTIDORES<br />

Revista<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

Foto: REFERÊNCIA<br />

CAPA<br />

A empresa Oregon Tool foi a capa da Edição<br />

de Fevereiro de 2024 da Revista REFERÊNCIA<br />

FLORESTAL. A entrega do exemplar foi realizada pelo<br />

diretor comercial da Revista, Fábio Machado, para o<br />

gerente de marketing e operações da América Latina<br />

da Oregon Tool, Jeferson Souza.<br />

EM CAMPO<br />

A Revista REFERÊNCIA FLORESTAL recebeu um<br />

convite da empresa Komatsu Forest para assistir ao<br />

jogo entre Coritiba 1x1 Athletico Paranaense, no<br />

camarote da empresa, no estádio Major Antônio<br />

Couto Pereira, em Curitiba (PR). Quem representou a<br />

Revista foi o diretor comercial Fábio Machado ao lado<br />

do marketing da Komatsu Forest, Rafael Milarch.<br />

ALTA<br />

CAFÉ E FLORESTA JUNTOS<br />

Uma pesquisa demonstrou a viabilidade econômica<br />

da restauração florestal em áreas produtoras<br />

de café, na Mata Atlântica. Publicado na revista<br />

One Earth, o estudo é assinado por pesquisadores<br />

da USP (Universidade de São Paulo) e pelo diretor-executivo<br />

da Fundação SOS Mata Atlântica,<br />

Luís Fernando Guedes Pinto. O estudo aponta,<br />

que o aumento dos serviços ecossistêmicos<br />

impulsionados pelo reflorestamento, entre eles<br />

a polinização, pode levar à maior produtividade<br />

cafeeira, compensando os custos referentes à<br />

restauração da floresta. Além disso, um valor de<br />

CO₂ de pelo menos US$ 20 por tonelada melhoraria<br />

a viabilidade financeira da restauração.<br />

MARÇO 2024<br />

TRAGÉDIA CHILENA<br />

Os incêndios que atingem a região turística<br />

costeira de Valparaíso, no centro do Chile, já<br />

deixaram pelo menos 122 mortos, número que<br />

pode aumentar à medida que os bombeiros<br />

combatem os cerca de 40 focos de fogo. O presidente<br />

Gabriel Boric afirmou que o país enfrenta<br />

uma tragédia de grande magnitude. Segundo as<br />

autoridades, centenas de pessoas continuam<br />

desaparecidas, o que faz prever que o número<br />

de mortos aumente à medida que os corpos<br />

são encontrados nas encostas e nas habitações<br />

devastadas pelas chamas.<br />

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NOTAS<br />

Atendimento<br />

facilitado<br />

A Bruno, especialista na fabricação de trituradores e picadores<br />

florestais passa a contar com um CDP (Centro de Distribuição<br />

de Peças) na cidade de Rondonópolis (MT). O novo centro chega<br />

com a proposta de expandir o mercado e suprir as necessidades<br />

dos clientes Bruno. Situada no meio-oeste de Santa Catarina,<br />

a empresa Bruno é uma das líderes no mercado e acaba de<br />

anunciar a implantação de um CDP, em Rondonópolis (MT).<br />

Estrategicamente localizado, próximo aos principais anéis viários<br />

da região, ocupa uma área de 400 m² (metros quadrados) e conta<br />

com uma área administrativa.<br />

Tendo como diretriz a satisfação do cliente, o novo espaço<br />

chega com a intenção de proporcionar uma entrega mais rápida<br />

e eficiente de peças e serviços aos nossos clientes situados na região.<br />

A Bruno se destaca pela confiabilidade, eficiência e robustez<br />

em todas as operações. Além disso, oferece serviços especializados,<br />

que atendem às necessidades específicas dos clientes. Não é<br />

a toa que a empresa ocupa uma posição de destaque no mercado,<br />

sendo reconhecida como uma marca de tradição e confiança.<br />

O diretor da Bruno, Angelo Henz, reforça o comprometimento<br />

com a entrega e satisfação. Segundo o diretor, com o novo CDP,<br />

será fortalecido o compromisso da Bruno em oferecer excelência<br />

e qualidade em todas as interações com seus clientes. “Estamos<br />

entusiasmados com esta nova fase e ansiosos para continuarmos<br />

a fornecer soluções de alta qualidade e serviço excepcional”,<br />

destacou Angelo.<br />

Fotos: divulgação Bruno<br />

18 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Foto: divulgação<br />

Nova direção<br />

Foto: divulgação AMIF<br />

A presidente da AMIF (Associação Mineira de Florestas), Adriana Maugeri, foi nomeada pelo Ministro Carlos Fávaro, como a<br />

nova presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária). É a<br />

primeira vez que uma mulher assume este posto.<br />

Para Adriana Maugeri, essa é uma oportunidade única e estratégica para promover a necessária integração e o desenvolvimento<br />

de parcerias em prol do fortalecimento das múltiplas cadeias produtivas da agroindústria florestal brasileira. “O nosso objetivo<br />

na presidência da Câmara Setorial será ampliar e direcionar a voz e a força das cadeias produtivas do nosso setor, desenvolvendo<br />

com estratégia as necessárias alianças que compactuem com a urgente necessidade de dar amplitude ao desenvolvimento da<br />

economia verde nacional por meio do seu maior vetor na atualidade, as florestas produtivas”, destaca.<br />

Ainda de acordo com Adriana Maugeri, a nomeação no MAPA representa a conquista de credenciais frente à lideranças nacionais<br />

e internacionais que discutem questões sensíveis, como a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a ampliação do<br />

acesso à renda e à dignidade humana, dois produtos indiscutíveis da agroindústria florestal brasileira.<br />

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eficiência, qualidade<br />

e precisão<br />

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Facas para picadores


NOTAS<br />

Manejo valorizado<br />

O IFT (Instituto Floresta Tropical) iniciou em outubro de 2023 as ações de um novo projeto destinado ao fortalecimento<br />

do manejo florestal sustentável nas RESEX (Reservas Extrativistas) Arióca Pruanã e Mapuá, na região do Marajó (PA). Financiado<br />

pelo Fundo Vale, o projeto: Valorização da floresta; prevê a estruturação da produção madeireira local, a promoção de<br />

novas cadeias da sociobiodiversidade e o fortalecimento de dois planos de manejo florestal comunitários, um em cada reserva<br />

atendida pelo IFT.<br />

Em outubro de 2023 foram realizadas duas reuniões de apresentação das ações do projeto, uma no município de Breves<br />

e outra em Oeiras do Pará, com lideranças das organizações sociais desses territórios, como cooperativas, associações e grupo<br />

de manejadores, além da participação de analistas do Núcleo de Gerenciamento Integrado Breves, do ICMBio.<br />

Na RESEX Mapuá, o projeto realizou ainda uma reunião sobre comercialização de madeira, com a participação de manejadores<br />

comunitários, lideranças locais, representantes da cooperativa de produtores agroextrativistas dos rios Aramã e<br />

Mapuá (Coama), técnicos do IFT e o dono de uma empresa madeireira de São Miguel do Guamá, no nordeste paraense. No<br />

encontro, sediado na comunidade Boa Esperança, os manejadores apresentaram a dinâmica da produção madeireira na unidade<br />

de conservação e discutiram com os outros participantes sobre potencial produtivo, comercialização, logística e acesso<br />

ao mercado. A iniciativa é uma forma de aproximar os extrativistas locais com o setor comercial madeireiro e esclarecer dúvidas<br />

sobre o manejo florestal comunitário.<br />

Foto: divulgação<br />

22 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Detalhes do eucalipto<br />

Uma dissertação de mestrado, desenvolvida<br />

na área experimental do Programa<br />

Cooperativo sobre Produtividade e<br />

EUCFLUX (Fluxos de Carbono e Água em<br />

Eucalyptus), do IPEF (Instituto de Pesquisas<br />

e Estudos Florestais), avaliou o uso de<br />

sensoriamento remoto na estimativa da ET<br />

(evapotranspiração) em um povoamento<br />

de eucalipto. De autoria de Luca Nunes,<br />

com orientação do professor Clayton Alcarde<br />

Alvares, da UNESP/FCA (Universidade<br />

Estadual Paulista/Faculdade de Ciências<br />

Agronômicas), o estudo acompanhou o<br />

desempenho do tradicional algoritmo sebal<br />

na área experimental do Eucflux utilizando<br />

imagens do Landsat 8, entre os anos de<br />

2014 e 2018. O professor Clayton explica<br />

que o cultivo de eucalipto, impulsionado<br />

pela crescente demanda por madeira,<br />

se destaca por sua rápida adaptação e<br />

crescimento em diversas regiões. Contudo,<br />

as variáveis climáticas, especialmente a ET,<br />

desempenham um papel crítico em seu<br />

desenvolvimento. “A ET, que abrange a<br />

soma da transpiração das plantas e a evaporação<br />

da água na superfície terrestre, é<br />

fundamental para entender espacialmente<br />

o consumo hídrico dessa cultura. Embora<br />

a medição direta da ET por meio de uma<br />

torre de fluxo seja precisa, ela é pontual e<br />

dispendiosa”, alerta o professor e esclarece<br />

que entre os métodos indiretos, o uso de<br />

sensoriamento remoto emerge como uma<br />

opção promissora e acessível para pesquisadores<br />

e gestores florestais.<br />

Sobre a dissertação de mestrado, Lucas<br />

pontua que em geral, o modelo testado<br />

apresentou uma superestimação da ET.<br />

“Embora o algoritmo seja amplamente<br />

utilizado há mais de 15 anos para estimar a<br />

evapotranspiração em plantações florestais,<br />

esse é o primeiro estudo a validar o<br />

modelo com observações de campo, sendo<br />

que novas pesquisas serão essenciais para<br />

consolidar a qualidade do modelo Sebal e<br />

determinar se ajustes paramétricos para<br />

a cultura do eucalipto são necessários”,<br />

conclui Lucas.<br />

Foto: divulgação<br />

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Qualidade<br />

Sistema de Gestão de Qualidade<br />

certificado pela ISO 9001: 2015,<br />

em desenvolvimento, produção,<br />

comercialização e serviços pós-venda.<br />

Eficiência<br />

Resultados de controle comprovado em<br />

campo e por ensaios técnicos de universidades.<br />

Precisão


NOTAS<br />

Recompensa devida<br />

Em Mazagão (AP), um modelo inovador de gestão florestal impulsiona a economia e gera empregos na região sul do<br />

Estado. O PAE (Projeto de Assentamento Agroextrativista) Maracá garante renda sustentável à comunidade por meio da<br />

Bolsa Floresta, benefício acordado entre o Governo do Estado e a iniciativa privada, que reflete o compromisso conjunto<br />

com práticas que preservam a natureza e impulsionam o desenvolvimento local.<br />

O plano de manejo florestal sustentável executado pela Associação dos Trabalhadores do Assentamento Agroextrativista<br />

do Maracá em parceria com a empresa Ecoforte Bioenergia, destina 98% dos recursos da extração da madeira para a<br />

comunidade. O valor representa R$ 1 milhão mensal na economia da região e a renda de R$ 1.058 para mais de mil famílias<br />

da região.<br />

Aliar desenvolvimento e sustentabilidade pode ser possível com boas práticas, como a do manejo, que está mudando<br />

a vida das pessoas da região. Esse é um dos passos para iniciar a transformação que pode elevar os indicadores sociais do<br />

Amapá, que já tem os maiores índices de preservação ambiental.<br />

A técnica em enfermagem, Paula Dias, de 65 anos, é uma das beneficiárias da Bolsa Floresta. O auxílio vai permitir que<br />

a moradora da comunidade Maracá realize a reforma da casa dela, além de quitar as prestações que estava devendo. “Com<br />

certeza está tendo evolução na nossa comunidade, está crescendo as coisas, as pessoas estão conseguindo comprar seus<br />

materiais de casa, como geladeira, freezer, televisão, muitas coisas que a gente não poderia comprar hoje sem essa ajuda, a<br />

gente está conseguindo. Espero que nós continuemos assim, com essa parceria, que tenho certeza de que vai dar certo para<br />

a vida de muitas pessoas, principalmente dos assentados, que é um benefício que vai alcançar a todos”, celebra Paula.<br />

Foto: divulgação<br />

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NOTAS<br />

Madeira nativa sustentável<br />

Foto: divulgação<br />

Se o Brasil atingir 20 milhões de ha (hectares) em concessão de florestas, o PIB (Produto Interno Bruto) seria aumentado em<br />

R$ 3,3 bilhões, proporcionando uma arrecadação de impostos da ordem de R$ 250 milhões, com a geração de cerca de 170 mil<br />

empregos e um valor da produção em 2030 equivalente a R$ 6,3 bilhões. A avaliação é de estudo do FNBF (Fórum Nacional das<br />

Atividades de Base <strong>Florestal</strong>), entidade criada em 1999 que congrega cerca de 3.500 empresas associadas. Conforme a entidade, o<br />

Brasil tem perto de 450 milhões de ha de florestas, o segundo país no mundo em extensão florestal. No entanto, representa apenas<br />

6% do suprimento industrial de madeira. O restante vem de floresta plantada. No Brasil, há apenas 1,4 milhão de ha em área<br />

concedida pelo Estado ou pela união. “Dentre os gargalos do setor florestal estão a falta de linha de crédito para um setor competitivo<br />

e que mantém a floresta de pé. Também existe confusão entre quem produz legalmente a madeira e os grupos criminosos que<br />

promovem o desmatamento ilegal”, destaca em comunicado o presidente do FNBF, Frank Rogieri, que em março estará à frente<br />

do evento: Madeira Sustentável - O Futuro do Mercado; uma iniciativa do FNBF e do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e<br />

Exportadoras de Madeira de Mato Grosso), que ocorrerá no dia 15 de março, no Rio de Janeiro (RJ).<br />

O FNBF esclarece que a produção sustentável de madeira consiste no manejo florestal correto, realizado de forma a respeitar<br />

a legislação e garantir a preservação ambiental. No Pará, o manejo florestal gera 90 mil empregos diretos e indiretos, que atende a<br />

uma demanda anual de 6 milhões de m³ (metros cúbicos) e proporciona US$ 200 milhões em exportações, principalmente para os<br />

EUA (Estados Unidos da América) e para a Europa, em particular para França, Países Baixos e Portugal.<br />

28 www.referenciaflorestal.com.br


NOTAS<br />

Fora de época<br />

O período de proibição para exploração do manejo florestal sustentável está em vigor em Mato Grosso e segue até o<br />

dia 1º de abril. A restrição se aplica ao corte, derrubada, arraste e transporte de toras. O objetivo da medida, que começou<br />

a valer a partir do dia 1º de fevereiro, é proteger o solo do impacto da retirada de madeira, principalmente no período das<br />

chuvas.<br />

Em Mato Grosso, cerca de 6% do território é atingido pela proibição, totalizando 52 mil km2 (quilômetros quadrados)<br />

de áreas que possuem PMFS (Planos de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável) autorizados pela SEMA-MT (Secretaria de Estado de<br />

Meio Ambiente de Mato Grosso). De acordo com a superintendente de Gestão <strong>Florestal</strong> da Sema (MT), Tatiana Paula Marques<br />

de Arruda, até abril só será possível emitir a guia florestal e transportar o volume e espécie das madeiras que foram<br />

estocadas na esplanada principal e cadastradas no sistema Sisflora antes do início do período proibitivo.<br />

Segundo Tatiana, respeitar essa fase de reserva da madeira é importante para manter o equilíbrio entre o desenvolvimento<br />

ambiental, o econômico e o social. A medida está prevista em resolução do Conama (Conselho Nacional de Meio<br />

Ambiente) e é regulamentada pela Câmara Técnica <strong>Florestal</strong> de Mato Grosso, por meio da resolução 10/2017, que dispõe<br />

sobre o período proibitivo de exploração florestal sob o regime de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável de Baixo Impacto.<br />

Foto: divulgação<br />

30 www.referenciaflorestal.com.br


COLUNA<br />

Madeira nativa é<br />

o caminho para a<br />

descarbonização<br />

A matéria-prima<br />

proveniente dos<br />

PMFS é um vetor de<br />

desenvolvimento<br />

sustentável que<br />

abrange duas<br />

vertentes: o sequestro<br />

de carbono e a não<br />

emissão de gases de<br />

efeito estufa<br />

Manejo florestal sustentável é uma<br />

das chaves para o desenvolvimento<br />

de uma economia mais verde e<br />

sustentável<br />

Amadeira nativa, proveniente de PMFS (Planos de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável),<br />

é um material resistente e versátil que continua revolucionando<br />

a construção civil mundial. Utilizada desde a antiguidade, há mais de<br />

10 mil anos, essa matéria-prima pode ser empregada em várias etapas<br />

das obras, desde aquelas em estágio temporário, até estruturas definitivas.<br />

Nas edificações, confere conforto térmico e arquitetura diferenciada. Propicia,<br />

ainda, a redução de impactos ambientais e auxilia na mitigação da crise climática por<br />

ser um material natural e renovável.<br />

Trata-se de uma solução que agrega tecnologia e sustentabilidade nas construções,<br />

após submetida a processos industriais, como por exemplo a MLC (Madeira<br />

Laminada Colada), que resulta em um sistema de alto desempenho que substitui o<br />

uso de concreto e aço em elementos como lajes, vigas, pilares, coberturas, paredes e<br />

treliças.<br />

Unindo tradição e inovação, a madeira oferece ganhos ambientais e econômicos<br />

na construção civil. O duplo benefício advém da economicidade dessa matéria-prima<br />

associada à redução do impacto ambiental com absorção de CO2 (gás carbônico), que<br />

fica capturado na própria edificação. Segundo a pesquisadora do MMA (Ministério do<br />

Meio Ambiente), Maria de Fátima Brito Lima, as edificações em madeira custam 30%<br />

menos que as obras de alvenaria.<br />

Em Mato Grosso, o incremento de 3,6 milhões de ha (hectares) de áreas de manejo<br />

florestal, até 2050, possibilitará uma redução de 1 milhão de toneladas métricas<br />

de CO2, segundo cálculos da SEMA-MT (Secretaria Estadual de Meio Ambiente de<br />

Mato Grosso). Este é um passo essencial para que o Estado alcance o objetivo de<br />

neutralizar emissões de carbono dentro deste horizonte.<br />

Carbono Neutro – Os PMFS contribuem significativamente para o sequestro de<br />

carbono e desempenham um papel crucial na proteção das florestas. A matéria-prima<br />

proveniente dos PMFS é um vetor de desenvolvimento sustentável que abrange<br />

duas vertentes: o sequestro de carbono e a não emissão de GEE (gases de efeito<br />

estufa).<br />

A fixação do carbono na estrutura da árvore contribui para o aumento de seu volume<br />

e crescimento por meio da fotossíntese, processo em que há sequestro de CO2<br />

e liberação de O2 (oxigênio) na atmosfera. Colher apenas árvores maduras nas áreas<br />

de PMFS evita quedas desordenadas das espécies arbóreas nas florestas, preservando<br />

a biodiversidade. Além disso, a árvore colhida armazena massa física de CO2.<br />

https://cipem.org.br<br />

32 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Foto: divulgação


FRASES<br />

Foto: divulgação<br />

A confusão do desmatamento<br />

ilegal com manejo florestal<br />

sustentável leva muitos<br />

profissionais da área de<br />

arquitetura, urbanismo e<br />

engenharia a não indicarem o<br />

uso da madeira nos projetos<br />

para não contribuir com o<br />

desmatamento da Floresta<br />

Amazônica, e isso não tem<br />

nada a ver<br />

Frank Rogieri, presidente do FNBF (Fórum<br />

Nacional de Base <strong>Florestal</strong>) sobre o potencial<br />

da atividade no Brasil<br />

“A inclusão expressa da região<br />

como prioritária nas aplicações<br />

de recursos financeiros do FNMA<br />

visa atender a uma demanda<br />

urgente e estratégica para a<br />

proteção do meio ambiente<br />

brasileiro, tendo em vista as<br />

crescentes demandas por<br />

preservação ambiental e a seca,<br />

especialmente exacerbada este<br />

ano, na Amazônia”<br />

“Mato Grosso do Sul está<br />

consolidando sua posição de<br />

grande produtor de eucalipto<br />

com mais de 1,2 milhão de<br />

hectares cultivados. E mais<br />

gerando renda para inúmeras<br />

famílias!”<br />

Duda Ramos, deputado do MDB (RR), autor do<br />

projeto que prevê prioridade na aplicação dos<br />

recursos do FNMA (Fundo Nacional do Meio<br />

Ambiente) para projetos que tenham como área<br />

de atuação a Amazônia Legal<br />

Jaime Verruck, secretário de meio ambiente<br />

do Mato Grosso do Sul, sobre os programas<br />

de fomento e inclusão social no ciclo do<br />

eucalipto no Estado<br />

34 www.referenciaflorestal.com.br


PICAR EM ALTA<br />

PRODUTIVIDADE É<br />

UMA ARTE PARA POUCOS!<br />

Para obter um alto potencial<br />

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robusto, você precisa de facas<br />

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operação!<br />

SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS


ENTREVISTA<br />

Floresta<br />

ARGENTINA<br />

Forests in Argentina<br />

Foto: divulgação<br />

ENTREVISTA<br />

N<br />

o mercado sul americano, o Brasil é a grande<br />

liderança dentro do segmento florestal, sendo<br />

um dos grandes players globais nesse campo.<br />

O que poucos têm contato é com a realidade<br />

da produção florestal em outros países da América Latina,<br />

que vêem o Brasil como exemplo e as florestas plantadas<br />

como uma grande oportunidade de desenvolvimento econômico.<br />

Pablo Ruival, presidente da AFOA (Associação <strong>Florestal</strong><br />

Argentina), compartilha sua experiência, planos para o setor<br />

e o que nossos vizinhos têm feito para crescer e fortalecer<br />

sua indústria de base florestal.<br />

Pablo Ruival<br />

I<br />

n the South American market, Brazil is a major leader<br />

in the forestry segment and is one of the major global<br />

players in this field. What few people are aware of is<br />

the reality of forestry production in other Latin American<br />

countries, that see Brazil as an example and its planted<br />

forests as an excellent opportunity for economic development.<br />

Pablo Ruival, president of the Argentine Forestry Association<br />

(AFOA), shares his experience, plans for the Sector, and what<br />

our neighbors have done to grow and strengthen their forest-<br />

-based industry.<br />

ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />

Diretor Nacional da Arauco Argentina, ingressou na empresa<br />

em julho de 2002 como Gerente Comercial de Madeira e<br />

Painéis. Posteriormente, atuou como Gerente de Assuntos<br />

Públicos e Comerciais. Pablo é formado em Administração<br />

de Empresas, pela Universidade Católica da Argentina.<br />

The National Director of Arauco Argentina, joined the<br />

Company in July 2002 as Sales Manager for Wood and<br />

Panels. Subsequently, he served as Public and Sales Affairs<br />

Manager. Ruival holds a degree in Business Administration<br />

from the Catholic University of Argentina.<br />

36 www.referenciaflorestal.com.br


Qual é a situação atual do setor florestal argentino?<br />

O setor florestal e silvo-industrial é muito importante no país,<br />

embora esteja longe do seu potencial e tenha ficado aquém do<br />

crescimento que teve nos países vizinhos. Temos novas expectativas<br />

de que isso possa ser revertido. Para dar dimensão ao setor,<br />

as províncias reconheceram uma área de cerca de 55 milhões de<br />

ha (hectares) de florestas nativas no planejamento realizado no<br />

âmbito da lei 26.331. Por outro lado, a indústria de base florestal<br />

fornece 95% da madeira de plantações florestais. Neste sentido,<br />

1,3 milhões de ha foram reflorestados com pinus, eucaliptos e<br />

salicáceas, majoritariamente na Mesopotâmia e no Delta, 55%<br />

deles certificados com selos de gestão sustentável reconhecidos<br />

internacionalmente. O valor acrescentado da madeira florestal<br />

inclui a produção de pasta e papel; madeira e tábuas para habitação<br />

e móveis; energia elétrica e térmica e diversos produtos<br />

químicos. Com 13 mil produtores florestais e mais de 6 mil empresas,<br />

a indústria florestal emprega direta e formalmente cerca<br />

de 100 mil pessoas e exporta cerca de US$ 700 milhões anualmente.<br />

Historicamente, apresenta saldo comercial negativo, principalmente<br />

devido à importação de papel.<br />

>> Como se interessou por florestas?<br />

Desde que ingressei na Arauco Argentina em 2002, conheci um<br />

setor comprometido com a gestão, gerando processos e modelos<br />

de trabalho integradores ao longo de todo o ciclo produtivo na<br />

busca constante pela melhoria. Além disso, o fato de trabalhar<br />

em uma empresa que tem a sustentabilidade como núcleo do<br />

seu negócio - com a convicção de que o setor florestal e silvo-<br />

-industrial pode dar respostas à agenda mais importante para o<br />

futuro imediato: colaborar para mitigar as alterações climáticas e<br />

proporcionar opções de desenvolvimento sustentável -, faz com<br />

que meu compromisso cresça e se expanda dia a dia. Através<br />

do trabalho na Arauco, que é uma empresa que tem todo o seu<br />

patrimônio florestal Certificado para Gestão Sustentável com os<br />

dois mais reconhecidos selos internacionais (FSC e PEFC), que<br />

seguem elevados padrões de gestão ambiental em suas operações<br />

e gerando processos de economia circular, pude também<br />

expandir os meus conhecimentos para outras áreas de gestão,<br />

especialmente em diversas entidades como a AFOA e outros protagonistas<br />

do setor.<br />

>> Como foi sua trajetória dentro da associação?<br />

Profundamente ligado ao setor, também sou presidente do CER-<br />

FOAR – PEFC Argentina representando a AFOA. O PEFC trabalha<br />

para proteger as florestas e os ecossistemas florestais, além de<br />

promover a gestão florestal sustentável através de certificações,<br />

considerando uma perspectiva social e local que gera benefícios<br />

para todos. Na AFOA ocupei especialmente vários cargos no<br />

conselho de administração, até ano passado, altura em que fui<br />

nomeado Presidente até 2025.<br />

>> Poucos anos antes, a AFOA cumpriu um papel importante<br />

para dar maior segurança jurídica ao setor. Considera uma das<br />

vitórias mais marcantes para o segmento?<br />

Sim, foi um dos acontecimentos mais marcantes da história.<br />

Foi em 2004, quando assinei um acordo com o Ministério do<br />

Trabalho, Emprego e Segurança Social - ainda em vigor - pelo<br />

What is the current situation in the Argentine Forest-based<br />

Sector?<br />

The Forest-based Sector is very important in the Country,<br />

although it is far from achieving its potential and has fallen<br />

short of the growth it has had in neighboring countries. We<br />

have new expectations that this can be reversed. To give<br />

dimension to the Sector, the Provinces recognized an area of<br />

about 55 million ha as native forests in the planning carried<br />

out under Law 26.331. On the other hand, the forest-based<br />

industry provides 95% of the wood from forest plantations.<br />

In this regard, 1.3 million ha have been reforested with pine,<br />

eucalyptus, and salicaceous species, mainly in Mesopotamia<br />

and the Delta, 55% of them certified with internationally recognized<br />

Sustainable Management seals. The added value of<br />

forest wood includes pulp and paper production, sawn wood<br />

for housing and furniture, electrical and thermal energy, and<br />

various chemicals. With 13 thousand forest producers and<br />

more than six thousand companies, the forest-based industry<br />

directly and formally employs about a hundred thousand people<br />

and exports about US$ 700 million annually. Historically, it<br />

has a negative trade balance, mainly due to paper imports.<br />

How did you become interested in forests?<br />

Since I joined Arauco Argentina in 2002, I have met a Sector<br />

committed to Management, generating integrative processes<br />

and work models throughout the entire production cycle in<br />

the constant search for improvement. In addition, the fact<br />

that I work in a Company that has sustainability as the core of<br />

its business - with the conviction that the Forest-based Sector<br />

can respond to the most critical agenda for the immediate<br />

future, collaborating to mitigate climate change and providing<br />

sustainable development options - makes my commitment<br />

grow and expand day by day. Through my work at Arauco, a<br />

company that has all its forest assets Certified for Sustainable<br />

Management with the two most recognized international<br />

seals (FSC and PEFC), which follow high standards of environmental<br />

management in their operations and generating<br />

circular economy processes, I was also able to expand my<br />

knowledge to other areas of management, especially in various<br />

entities such as AFOA and other players in the Sectors.<br />

What has been your path within the Association?<br />

Deeply connected to the Sectors, I am also President of<br />

CERFOAR – PEFC Argentina representing AFOA. PEFC works<br />

to protect forests and forest ecosystems, as well as promote<br />

sustainable forest management through certification, considering<br />

a social and local perspective that generates benefits for<br />

all. At AFOA, I held various positions on the Board of Directors<br />

until last year, when I was appointed Chairman until 2025.<br />

A few years ago, AFOA played an important role in providing<br />

greater legal certainty to the Forest-based Sector. Do<br />

you consider it one of the most remarkable victories for the<br />

Sector?<br />

Yes, it was one of the most remarkable events in its history. It<br />

was in 2004 when it signed an agreement with the Ministry<br />

of Labor, Employment, and Social Security - still in force - by<br />

Março 2024<br />

37


ENTREVISTA<br />

qual a AFOA, em colaboração com a UATRE, foi designada como:<br />

Organismo Certificador de Trabalhadores Florestais. Uma tarefa<br />

que ambas as entidades realizam atualmente em todo o país de<br />

forma incessante, na qual já foram avaliadas e certificadas mais<br />

de 7 mil pessoas por competências, dando maior segurança e<br />

empregabilidade aos trabalhadores do setor. A favor da sustentabilidade,<br />

destacam-se a colaboração no desenvolvimento do<br />

sistema argentino de certificação florestal para a gestão sustentável<br />

(CERFOAR) e o apoio à criação do escritório nacional do<br />

sistema de certificação florestal FSC. Mas não é só isso, desde<br />

1946, a AFOA tem participado ativamente em todos os espaços<br />

de diálogo público-privado, tanto a nível nacional como provincial,<br />

representando o setor florestal. Atualmente faz parte do<br />

CONFIAR (Conselho <strong>Florestal</strong>-Industrial Argentino), que reúne as<br />

entidades representativas da cadeia de valor florestal-industrial,<br />

aquelas que participaram da elaboração do Plano Estratégico<br />

<strong>Florestal</strong>-Industrial 2030, juntamente com representantes do<br />

setor público e entidades da sociedade civil, o que marca o trabalho<br />

a ser realizado nos próximos anos (disponível em http://<br />

www.AFOA.org.ar/web/PublicacionForestales-11Dic2019.pdf).<br />

No referido contexto, a primeira preocupação é aumentar as taxas<br />

de plantação florestal e enriquecimento de florestas nativas<br />

para cumprir o objetivo de atingir 2 milhões de ha até 2030. Este<br />

tem sido o compromisso do país no Acordo de Paris e o objetivo<br />

estabelecido no Plano Estratégico <strong>Florestal</strong>-Industrial 2030. Isto<br />

implica aumentar a atual taxa de reflorestamento de cerca de 35<br />

mil ha (menos que a taxa de substituição) para cerca de 100 mil<br />

ha anualmente durante os próximos 10 anos.<br />

>> O que mais a AFOA inclui em sua agenda?<br />

Inclui, além da promoção florestal, a promoção da pecuária florestal<br />

com modelos que melhorem a produtividade, o bem-estar<br />

animal e permitam a produção de carne neutra em carbono;<br />

uma forte aposta nos trabalhadores florestais, promovendo a<br />

certificação de competências e a formação contínua com programas<br />

específicos com o MTEySS; apoio à certificação florestal para<br />

a gestão sustentável, como ferramenta fundamental para a sustentabilidade<br />

e possibilidades de exportação e, em particular, o<br />

acompanhamento do Plano Estratégico 2030. Para tal, as associações<br />

representativas desta cadeia de valor (AFOA, AFCP, FAIMA,<br />

ASORA e SRA) se uniram no CONFIAR e trabalham juntas.<br />

>> Quais as principais diretrizes do plano florestal e industrial<br />

2030?<br />

Este Plano Estratégico <strong>Florestal</strong> e <strong>Florestal</strong>-Industrial Argentina<br />

2030 é um marco histórico para o setor, produto da articulação<br />

alcançada entre o setor público, a sociedade civil e o setor privado<br />

no contexto da Mesa Redonda de Competitividade <strong>Florestal</strong>-<br />

-Industrial (que retornará em breve a se encontrar). Seus objetivos<br />

incluem conservar e valorizar as florestas nativas; aumentar<br />

a área de florestas cultivadas para 2 milhões de ha, conseguir<br />

investimentos de US$ 7 bilhões em indústrias da cadeia de valor:<br />

biorrefinarias; papéis; construção com madeira; energia; móveis<br />

com uma importante agenda de inovação ali estabelecida. Isto<br />

geraria quase 187 mil novos empregos e reverteria o histórico<br />

déficit comercial do setor graças à exportação de mais de US$<br />

2,5 bilhões. Estes objetivos são especialmente importantes<br />

which AFOA, in collaboration with UATRE, was designated<br />

as the Certification Body for Forestry Workers. This is a task<br />

that both entities currently carry out throughout the Country<br />

incessantly, and more than seven thousand workers have<br />

already been evaluated and certified for skills, giving greater<br />

security and employability to workers in the forestry segment.<br />

In favor of sustainability, we highlight the collaboration in the<br />

development of the Argentine forest certification system for<br />

sustainable management (CERFOAR) and the support for the<br />

creation of the national office of the FSC forest certification<br />

system. Not only that, since 1946, AFOA has actively participated<br />

in all public-private dialogue spaces, both at national<br />

and provincial levels, representing the Forest-based Sector.<br />

It is currently part of the Argentine Forest-Industrial Council<br />

(CONFIAR), which brings together the representative entities<br />

of the forest product value chain, those that participated in<br />

the preparation of the Forest-Industrial Strategic Plan 2030,<br />

together with representatives of the Public Sector and Civil<br />

Society entities, which marks the work to be carried out in the<br />

coming years (available on http://www.AFOA.org.ar/web/<br />

PublicacionForestales-11Dic2019.pdf.) In this context, the first<br />

concern is to increase forest planting rates and enrichment of<br />

native forests to meet the goal of reaching two million ha by<br />

2030. This has been the Country’s commitment to the Paris<br />

Agreement and the objective set out in the strategic plan,<br />

Forest-Industrial Plan 2030. This entails increasing the current<br />

reforestation rate from about 35 thousand (less than the replacement<br />

rate) to about one hundred thousand ha annually<br />

over the next ten years.<br />

What else does AFOA have on its agenda?<br />

Included, in addition to the promotion of forestry, are the<br />

promotion of forest livestock with models that improve<br />

productivity and animal welfare and promote the production<br />

of carbon-neutral meat; a strong focus on forestry workers,<br />

promoting the certification of skills and continuous training<br />

with specific programs such as MTEySS; support for forest certification<br />

for Sustainable Management, as a fundamental tool<br />

for sustainability and export possibilities and, in particular,<br />

the monitoring of the 2030 Strategic Plan. To this end, the associations<br />

representing this value chain (AFOA, AFCP, FAIMA,<br />

ASORA, and SRA) have joined CONFI and work together.<br />

What are the main guidelines of the 2030 forest-based plan?<br />

This Argentine Forest-based Strategic Plan 2030 is a historic<br />

milestone for the Sector, the product of the articulation<br />

achieved between the Public Sector, Civil Society, and the<br />

Private Sector in the context of the Roundtable on Forest<br />

Product Competitiveness (which will meet again shortly). Its<br />

objectives include conserving and enhancing native forests,<br />

increasing the area of planted forests to two million hectares,<br />

achieve investments of US$ 7 billion in industries in the value<br />

chain: biorefineries, paper making, construction with wood,<br />

and energy, with an important innovation agenda established<br />

there. This would generate almost 187 thousand new jobs<br />

and reverse the Sector’s historic trade deficit thanks to exports<br />

of more than US$ 2.5 billion. These goals are especially<br />

38 www.referenciaflorestal.com.br


produção<br />

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COLUNA<br />

As árvores são o<br />

grande motivo do<br />

desabastecimento de<br />

energia elétrica nas<br />

cidades. Será?<br />

Gabriel Dalla Costa Berger<br />

Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />

gabrielberger.com.br<br />

gabriel@gabrielberger.com.br<br />

Foto: divulgação<br />

Com conhecimento técnico, cultura de segurança e consciência ambiental podemos<br />

promover o equilíbrio entre as árvores urbanas e a rede de energia elétrica<br />

N<br />

os últimos tempos, tenho visto um movimento<br />

que coloca nas árvores uma parcela significativa<br />

de responsabilidade pelo desabastecimento<br />

de energia elétrica em áreas urbanas.<br />

Embora as árvores desempenhem um papel<br />

na interrupção do fornecimento de energia, elas estão longe<br />

de serem as grandes culpadas por esse problema.<br />

É visto que a vegetação próxima às redes elétricas pode<br />

representar um risco potencial de interrupção do fornecimento<br />

de energia. Galhos que entram em contato com a<br />

rede elétrica podem causar interrupções no sistema. Além<br />

disso, em condições climáticas adversas, como tempestades<br />

e ventos fortes, árvores podem ser derrubadas, danificando<br />

os cabos e postes elétricos.<br />

Em vez de culpar as árvores, é necessário adotar uma<br />

abordagem voltada a promover a coexistência harmoniosa<br />

entre a vegetação urbana e as redes elétricas. Todos querem<br />

os benefícios que as árvores proporcionam e todos querem<br />

energia elétrica nas suas casas.<br />

Isso começa pela preparação de quem faz o manejo dessa<br />

vegetação. Trabalhei por quase 10 anos diretamente com<br />

equipes de manejo de árvores em redes aéreas de energia<br />

elétrica. Como Engenheiro <strong>Florestal</strong> e de Segurança, acompanhei<br />

o dia a dia e desafios dessas equipes e o impacto do<br />

desabastecimento de energia em função da vegetação.<br />

O que percebi nesse tempo e me convenço cada vez<br />

mais à medida em que continuo desenvolvendo treinamentos<br />

e acompanhamento de equipes de manejo, é que a<br />

técnica correta de poda é crucial para a convivência harmoniosa<br />

entre o vegetal e a rede.<br />

Quando o corte no galho não é realizado no lugar correto,<br />

a árvore não cicatriza a lesão e ocorre o crescimento<br />

de brotações no local. Esses pequenos galhos não trazem<br />

nenhum benefício para a árvore e se projetam rapidamente<br />

em direção a rede, provocando o desabastecimento de<br />

energia em pouco tempo.<br />

Como a árvore não cicatriza a lesão, a ferida fica aberta,<br />

funcionando como uma porta de entrada para fungos e bactérias,<br />

o que pode levar a degradação da madeira, enfraquecendo<br />

e desestabilizando a árvore. Esse é o grande motivo<br />

50 www.referenciaflorestal.com.br<br />

pelo qual as árvores tombam em caso de ventos fortes e<br />

temporais.<br />

Já quando a técnica correta é aplicada e o corte é realizado<br />

no lugar certo, a árvore cicatriza naturalmente a lesão,<br />

as brotações não crescem no local e a árvore segue o seu<br />

desenvolvimento normal. O tempo para o novo manejo é<br />

maior e as chances de novos galhos tocarem a rede é muito<br />

menor.<br />

As árvores só apresentam risco para o fornecimento<br />

de energia quando não são manejadas corretamente. Com<br />

conhecimento técnico, cultura de segurança e consciência<br />

ambiental podemos promover o equilíbrio entre as árvores<br />

urbanas e a rede de energia elétrica.<br />

Foto: divulgação


Conheça as:<br />

• Mangueiras Isobáricas;<br />

• Pressão de trabalho 140,<br />

210, 280, 350 e 420 bar;<br />

• Maior flexibilidade;<br />

• Alta resistência à<br />

abrasão, ao ozônio e ao<br />

envelhecimento;<br />

• Atende norma ISO 18752.<br />

Leia o QR Code<br />

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Grupo<br />

@henningsmangueiras<br />

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PRINCIPAL<br />

52 www.referenciaflorestal.com.br


Tradição, tecnologia<br />

E CUIDADO<br />

A Indústria de mangueiras<br />

e conexões catarinense<br />

conquista mercado através<br />

de atendimento único e alta<br />

qualidade de produtos<br />

Fotos: Emanoel Caldeira<br />

TRADITION,<br />

TECHNOLOGY AND CARE<br />

A HOSE AND FITTINGS COMPANY IN THE STATE OF<br />

SANTA CATARINA CONQUERS THE MARKET WITH<br />

UNIQUE SERVICE AND QUALITY PRODUCTS<br />

Março 2024<br />

53


PRINCIPAL<br />

O<br />

setor florestal vive dos detalhes. O trabalho, que<br />

aparenta estar ligado a árvores frondosas de<br />

15m ou 20m (metros), é, na verdade minucioso e<br />

preciso. Cada peça da engrenagem, que começa<br />

na preparação para o plantio e termina no corte<br />

das árvores, precisa estar alinhada corretamente. Para garantir<br />

resultado e performance no campo com produtividade e precisão,<br />

a Hennings traz ao mercado uma linha de produtos com qualidade<br />

reconhecida mundialmente e cuidado para atender as demandas<br />

de seus clientes de maneira personalizada.<br />

Fundada em 1979, na cidade de Blumenau (SC), a Hennings é<br />

especializada na condução de fluidos, oferecendo, ao longo desses<br />

mais de 40 anos, o que há de melhor em tubos rígidos, mangueiras<br />

hidráulicas flexíveis, dente de corte, juntas rotativas e conectores<br />

para os segmentos que atende. O trabalho da Hennings é focado<br />

em uma palavra: responsabilidade. Responsabilidade na qualidade<br />

de seus produtos, com o bem-estar dos colaboradores, na competitividade<br />

de serviços e produtos e, principalmente, na satisfação<br />

de seus clientes. Atualmente, a empresa conta com mais de 700<br />

colaboradores, uma estrutura fabril, estoque de mais de 30 mil<br />

produtos e filiais espalhadas por todo o Brasil.<br />

Michael Dalpiaz, gerente da divisão florestal da Hennings,<br />

explica que, para além das peças e produtos, a Hennings se estabeleceu<br />

no mercado como uma referência, focando sempre na<br />

melhor entrega possível para seus clientes. “A Hennings se aplica<br />

no entendimento e acompanhamento em campo de cada produto<br />

T<br />

he Forestry Sector thrives on detail. The work<br />

associated with 15m or 20m high softwood<br />

trees is, in fact, meticulous and precise.<br />

Every piece of equipment, from planting<br />

preparation to the felling of the trees, must<br />

be aligned correctly. To ensure results and performance in<br />

the field with productivity and precision, Hennings brings<br />

to the market a line of products with world-renowned<br />

quality and care to meet the demands of its customers in<br />

a personalized way.<br />

Founded in 1979 in the city of Blumenau (SC), Hennings<br />

specializes in the fluid conduction. For more than 40<br />

years, has offered the best in rigid pipes, flexible hydraulic<br />

hoses, cutting teeth, rotary joints and connectors for the<br />

segments it serves. Hennings’ work is focused on one<br />

word: responsibility – responsibility for the quality of its<br />

products, the well-being of its employees, the competitiveness<br />

of its services and products, and, above all, the<br />

satisfaction of its customers. At present, the Company has<br />

more than seven hundred employees, a manufacturing<br />

structure, a stock of more than 30 thousand products,<br />

and branches spread throughout Brazil.<br />

Michael Dalpiaz, Forestry Division Manager for Hennings,<br />

explains that, in addition to parts and products,<br />

Hennings has established itself as a benchmark in the market<br />

by always focusing on the best possible equipment for<br />

54 www.referenciaflorestal.com.br


CARBONO<br />

Foco em<br />

CARBONO<br />

Eucalipto é capaz de<br />

armazenar grandes<br />

quantidades de<br />

carbono em todo<br />

seu processo de<br />

crescimento<br />

Fotos: divulgação<br />

58 www.referenciaflorestal.com.br


E<br />

studo coordenado pela EMBRAPA (Empresa Brasileira<br />

de Pesquisa Agropecuária) Cerrados, em<br />

parceria com a UNB (Universidade de Brasília),<br />

mostra que os plantios de povoamentos de eucalipto<br />

podem armazenar grandes quantidades de<br />

carbono na biomassa da parte aérea e no solo, assim como<br />

nas áreas de Cerrado nativo, contribuindo para a mitigação<br />

de GEE (gases de efeito estufa), em especial o CO2 (gás carbônico).<br />

Os resultados indicam elevados níveis de carbono em<br />

plantios de eucalipto e na área de vegetação natural analisados<br />

(acima de 183,99 toneladas por hectare - t/ha), acumulado<br />

principalmente no solo, demonstrando que a espécie pode<br />

contribuir para a fixação de mais de 674,17 t/ha de CO2.<br />

As árvores, tanto naturais como plantadas, podem atuar<br />

como drenos de carbono, pois fixam grande quantidade de<br />

carbono pelo processo da fotossíntese e o alocam na biomassa<br />

da parte aérea (tronco e copa), nas raízes e na adição<br />

de resíduos orgânicos ao solo. Pesquisas sugerem que as<br />

florestas, de modo geral, têm papel fundamental não apenas<br />

no ciclo do carbono, mas também podem contribuir para minimizar<br />

o aquecimento global, reduzindo a circulação de GEE<br />

como o N2O (óxido nitroso), o CH4 (metano) e CO2.<br />

Alcides Gatto, pesquisador da UNB e um dos autores<br />

do estudo, afirma que a remoção de GEE da atmosfera por<br />

plantios florestais em savanas deve ser considerada, se não a<br />

longo prazo, pelo menos para compensações de carbono no<br />

curto prazo. “No caso de povoamentos de eucalipto, o corte<br />

é realizado aos 7 anos, aos 14 anos, e aos 21 anos do plantio<br />

para papel e celulose, que é o principal uso no Brasil”, explica<br />

Alcides.<br />

De acordo com o Relatório Anual 2022 da IBÁ (Indústria<br />

Brasileira de Árvores), o Brasil tem uma área aproximada de<br />

10 milhões de ha (hectares) de florestas plantadas, sendo 76%<br />

plantações de eucalipto destinadas a diversos fins comerciais,<br />

desde a produção de carvão, papel e celulose, mourões para<br />

cerca, postes de eletrificação e madeira para móveis e construção<br />

civil, com ciclos do plantio ao corte variando de cinco a<br />

vinte anos, dependendo do destino da madeira produzida.<br />

A pesquisadora da EMBRAPA Alexsandra de Oliveira,<br />

lembra que há diversos estudos sobre estoque de carbono no<br />

solo e mitigação de GEE em áreas de Cerrado convertidas em<br />

lavouras ou pastagens. Por outro lado, apesar da expansão<br />

da cultura do eucalipto no bioma, ainda há pouca informação<br />

quanto ao impacto dos plantios sobre os estoques de carbono<br />

Março 2024<br />

59


MUDAS DE<br />

ARAUCÁRIA<br />

ENXERTADA<br />

(produção precoce do pinhão)<br />

Variedades;<br />

BRS 406, BRS 405, BRS 407, BRS 426, BRS 427, BRS 428<br />

Porte mais baixo;<br />

Maior produtividade;<br />

Mudas com produção precoce<br />

(média de 6 a 8 anos de idade).<br />

BOM RETIRO - MONTE CASTELO/SC


PLANTIO<br />

CONTROLE DE QUALIDADE<br />

EM MUDAS PARA OS<br />

PLANTIOS<br />

FLORESTAIS<br />

Por<br />

Marcelo Dionísio dos Santos - Consultor <strong>Florestal</strong> - Especialista em Controle de Qualidade e Silvicultura<br />

Pedro Francio Filho - Consultor <strong>Florestal</strong> - Diretor Francio Soluções Florestais<br />

E-mail: contato@franciosf.com.br<br />

Fotos: Francio Soluções Florestais<br />

S<br />

egundo Deming (1950 apud Horácio, 2016), não se<br />

pode gerir aquilo que não se mede, não se mede<br />

o que não se define, não se define o que não se<br />

entende e não há sucesso no que não se gerencia.<br />

Partindo desta linha de raciocínio, torna-se necessário<br />

gerir este ou qualquer outro processo de forma assertiva<br />

e quantitativa, acreditando que, esta quantificação e metodologia<br />

em controle de qualidade, trarão resultados que otimize os lucros,<br />

sistematizando os processos, fugindo ao máximo da subjetividade,<br />

alcançando melhores resultados, entendendo o que medir, porque<br />

medir, quem fará, quando será feito, como será feito, onde medir,<br />

e quanto custará o processo.<br />

Desta forma, a gestão da qualidade em atividades silviculturais<br />

focadas em mudas florestais, medidos através de parâmetros<br />

quantitativos e qualitativos confiáveis, construídos de forma<br />

metódica e sistemática, tornam-se extremamente necessários.<br />

Entender, medir e verificar as condições em que estas estão sendo<br />

recebidas, como alguns dos quesitos básicos para a formação<br />

de florestas de qualidade e alta produtividade refletem, dentre<br />

outros fatores, no retorno financeiro em função dos custos de<br />

implantação.<br />

Neste ínterim, as mudas que irão formar os maciços tornam-se,<br />

neste cenário, o principal insumo, foco desta discussão,<br />

não desmerecendo todos os outros que antecedem o plantio ou<br />

mesmo após ele.<br />

O sucesso na formação de florestas de alta produção depende,<br />

em grande parte, da qualidade das mudas plantadas, pois, além<br />

de terem que resistir às condições adversas do campo após o<br />

plantio, devem sobreviver e produzir árvores com crescimento<br />

volumétrico economicamente desejável (Gomes et al., 1991).<br />

Alcançar um resultado satisfatório não implica na estagnação<br />

de produtos e processos, pois não há nada tão excelente que não<br />

careça de melhorias, pois a inovação é um processo constante e<br />

dinâmico, não sendo diferente para o setor agroflorestal.<br />

64 www.referenciaflorestal.com.br<br />

Acredita-se que as perdas ocasionadas por mudas de baixo<br />

padrão de qualidade podem chegar a 50% ou mais dependendo<br />

da intensidade e da forma em que as mudas apresentam suas<br />

qualidades aquém do necessário.<br />

A interpretação e, ou, falta de conhecimento do avaliador<br />

podem implicar em grandes perdas para o futuro maciço, acarretando<br />

replantios e onerando o custo de implantação, além de<br />

desuniformidade no crescimento das mudas em campo.<br />

O objetivo deste assunto não será como realizar de forma<br />

quantitativa o recebimento em campo, e sim demonstrar as características<br />

que as mudas, neste caso de eucalipto, deverão ter<br />

para atender às exigências em campo a que serão submetidas.<br />

O ideal é que as mudas adquiridas sejam provenientes de<br />

viveiros registrados no RENASEM (Registro Nacional de Sementes<br />

e Mudas) garantindo segurança do material, principalmente<br />

em doenças que podem impactar em muito a sobrevivência em<br />

campo;<br />

Os viveiros podem ser consultados no site da EMBRAPA:<br />

Fonte: https://www.embrapa.br/codigo-florestal/materiais-<br />

-de-propagacao-vegetativa.<br />

Na tabela da página ao lado, segue o demonstrativo das<br />

características ideais de mudas de eucalipto para se realizar um<br />

plantio satisfatório em campo, com percentuais acima de 95%<br />

de sobrevivência:<br />

A muda que se planta é a<br />

floresta que se colhe<br />

Pedro Francio Filho,<br />

consultor florestal


MANEJO<br />

Do Brasil à<br />

EUROPA<br />

Governo apresenta política de<br />

manejo florestal no Amapá para<br />

países da União Europeia<br />

Fotos: divulgação<br />

68 www.referenciaflorestal.com.br


O<br />

governador do Estado do Amapá, Clécio<br />

Luís, apresentou a política de manejo florestal<br />

sustentável implantada no Amapá<br />

para embaixadores da UE (União Europeia),<br />

que reúne 27 países. O encontro foi realizado<br />

na Embaixada da Áustria, em Brasília (DF). O convite<br />

partiu do embaixador austríaco Stefan Scholz, que visitou<br />

o Amapá em novembro do ano passado e se surpreendeu<br />

com o sistema de manejo do conceito à prática. O diplomata<br />

estreitou laços com o governo para buscar cooperação em<br />

prol do desenvolvimento socioeconômico e da preservação<br />

do meio ambiente. “Minha visita ao Amapá foi uma verdadeira<br />

descoberta. A apresentação de fatos e números sobre<br />

o sistema de MFS (Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável) do Estado é<br />

fantástico, desde o conceito até a prática, me ajudou a compreender<br />

melhor o papel do Amapá como líder nacional no<br />

ramo”, destacou Scholz.<br />

Março 2024<br />

69


Estudo de balanço de<br />

carbono para exportação<br />

de produtos florestais;<br />

Inventário de emissões de<br />

Gases de Efeito Estufa<br />

(GEE);<br />

Compensação de<br />

emissões de GEE;<br />

Consultoria para<br />

inventários de emissão<br />

de GEE corporativo.<br />

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COMPOSTAGEM<br />

O poder de<br />

TRANSFORMAR<br />

Compostagem florestal é oportunidade<br />

para reaproveitar resíduos e gerar<br />

adubo para os ciclos florestais<br />

Fotos: divulgação<br />

74 www.referenciaflorestal.com.br


OPERAÇÃO<br />

Força bruta<br />

EM CONJUNTO<br />

Fotos: divulgação<br />

Nova linha de equipamentos<br />

para controle de vegetação e<br />

limpeza de área mecanizada<br />

chega ao Brasil<br />

Preparar o terreno para o novo ciclo florestal é um<br />

passo chave para garantir o bom desenvolvimento<br />

das mudas. Esse procedimento vem ganhando<br />

cada vez mais importância dentro da silvicultura<br />

brasileira, graças ao empenho de profissionais que<br />

investiram e lutaram para que essa prática fosse reconhecida<br />

dentro da operação florestal. Agora recebe os reforços da Linha<br />

de equipamentos Prinoth, que chega ao Brasil através da<br />

SPARTA BRASIL, empresa especializada no fornecimento de<br />

equipamentos e implementos para o controle mecanizado de<br />

vegetação.<br />

A AHWI que foi incorporada pela Prinoth, empresa alemã<br />

com amplo conhecimento na fabricação de equipamentos<br />

para controle de vegetação, conta com 25 anos de tradição<br />

nesse mercado. A Prinoth tem uma grande gama de cabeçotes<br />

trituradores e combinados com seus veículos dedicados. São<br />

equipamentos com o mais alto padrão de qualidade e alto<br />

desempenho nas mais variadas condições que o terreno pode<br />

oferecer. Isso é consequência direta do empenho de engenheiros<br />

e especialistas da Prinoth, que se dedicam continuamente<br />

para levar as melhores soluções para seus clientes.<br />

78 www.referenciaflorestal.com.br


EVENTO<br />

Controle de pragas<br />

FLORESTAIS<br />

Fotos:<br />

Workshop sobre formicida valoriza o<br />

conhecimento e as melhorias na tecnologia<br />

para aumentar a produtividade florestal<br />

REFERÊNCIA<br />

80 www.referenciaflorestal.com.br


PESQUISA<br />

INDIVIDUALIZAÇÃO DE COPAS<br />

DE EUCALYPTUS SPP. EM<br />

AMBIENTE SIG<br />

Fotos: divulgação<br />

FLAVO ELANO DANTAS DE SOUZA<br />

UFRN (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE)<br />

82 www.referenciaflorestal.com.br


O<br />

RESUMO<br />

aumento do acesso às informações geradas<br />

pelos drones e o baixo custo de sua utilização<br />

tem apresentado grande potencial para uso<br />

nos processos da silvicultura de precisão aplicada<br />

no desenvolvimento da gestão florestal<br />

no âmbito dos Estados do nordeste do Brasil, os quais historicamente,<br />

apresentam baixa produtividade no setor. Na busca<br />

por explorar o potencial da utilização dos drones na gestão<br />

florestal de baixo custo voltada para a cadeia produtiva do<br />

nordeste, o objetivo deste trabalho foi descrever de forma<br />

quantitativa a precisão das informações métricas extraídas<br />

de copas de Eucalyptus spp. existentes em um plantio experimental<br />

florestal representados em uma imagem RGB de alta<br />

resolução fornecida por um drone, a partir da confrontação<br />

de dados provenientes de uma OBIA (Classificação Supervisionada<br />

Orientada a Objetos) com dados de referência resultantes<br />

de uma VMR (vetorização manual). O estudo foi realizado<br />

na Área de Experimentação <strong>Florestal</strong> da EAJ (Escola Agrícola<br />

de Jundiaí) – UECIA (Unidade Acadêmica Especializada em<br />

Ciências Agrárias) da UFRN (Universidade Federal do Rio<br />

Grande do Norte). Foram vetorizadas manualmente (VMR) 64<br />

copas/árvores que delimitaram uma área de interesse dentro<br />

do ortomosaico de entrada. A camada classificada gerada<br />

pela OBIA para o ortomosaico foi recortada para a área de<br />

interesse, sendo possível a quantificação da porcentagem de<br />

uso e ocupação da terra para as classes de uso e ocupação do<br />

solo definidas para este trabalho, bem como a execução e a<br />

metodologia de IC (individualização de copas) desenvolvidas<br />

neste estudo, que proporcionaram a aferição das métricas das<br />

áreas das copas já amostradas pela VMR. Os dados obtidos<br />

foram categorizados como pareados e não paramétricos e as<br />

medianas foram submetidas à diferenciação estatística a um<br />

nível de 5% de significância através da aplicação do teste de<br />

Wilcoxon, pelo qual também foi constatado o seu TDE (Tamanho<br />

de Efeito). O teste de Wilcoxon revelou uma diferença<br />

significativa entre os métodos de mensuração das áreas comparadas<br />

(z= 1,1; p< 0,05), com tamanho de efeito pequeno.<br />

Contudo, segundo observação dos resultados, a metodologia<br />

empregada neste trabalho se provou eficaz na geração de informações<br />

pertinentes a gestão florestal de baixo custo.<br />

INTRODUÇÃO<br />

Com os avanços tecnológicos, tem havido transformações<br />

nos processos de produção silvicultural e agrícola. A silvicultura<br />

de precisão é um modelo de gestão que se baseia na coleta<br />

e análise de dados geoespaciais. Esta abordagem permite<br />

correlacionar as variáveis que influenciam a produtividade<br />

florestal por meio do geoprocessamento e cruzamento de<br />

TOP OF MIND EM<br />

PLANEJAMENTO<br />

FLORESTAL<br />

remsoft.com/woodstock-optimization-studio


PESQUISA<br />

dados (Vettorazzi; Ferraz, 2000). Tais ferramentas possibilitam<br />

uma tomada de decisão mais rápida, reduzindo os custos<br />

operacionais e o tempo de execução das atividades, além de<br />

aumentar a produtividade. Com isso, os processos de manejo<br />

e gestão florestal se tornam mais eficientes (G. Câmara; R.J.<br />

Ortiz et al., 2003).<br />

No âmbito desse modelo de gestão, atualmente, destaca-se<br />

o uso de drones para a coleta de informações e dados.<br />

Equipados com sensores ópticos de alta resolução espacial<br />

e integrados a sistemas de posicionamento geográfico (GPS/<br />

GNSS), os drones são capazes de reunir uma quantidade significativa<br />

de informações, ao cobrir extensas áreas em um curto<br />

período, com baixos custos operacionais.<br />

Isso possibilita a coleta de dados em locais de difícil acesso<br />

e flexibiliza as operações para momentos específicos de interesse,<br />

como fases fenológicas das plantas ou condições meteorológicas,<br />

por exemplo. Esses dados, quando combinados<br />

com conhecimentos técnicos em fotogrametria e ferramentas<br />

de geoprocessamento, geram informações altamente precisas<br />

que auxiliam em diversos processos ao longo da cadeia de<br />

produção silvicultural (Araújo, 2022).<br />

Com os contínuos avanços nas tecnologias empregadas<br />

na aerofotogrametria, tem-se obtido resultados cada vez mais<br />

precisos na estimativa de volume e biomassa em plantios<br />

84 www.referenciaflorestal.com.br


florestais por meio de métodos de PDI (processamento digital<br />

de imagens). Grande parte dos estudos de estimativa de produção<br />

florestal utiliza imagens de satélite e câmeras multiespectrais<br />

embarcadas em drones, que fornecem informações<br />

espectrais das bandas nas quais a vegetação tem maior resposta,<br />

como o infravermelho e o infravermelho próximo.<br />

O uso de drones apresenta vantagens em relação aos<br />

satélites, como uma maior resolução espacial e detalhamento.<br />

Embora as câmeras multiespectrais possam ser limitadas<br />

devido ao seu valor de mercado, é possível obter informações<br />

sobre a vegetação utilizando câmeras RGB convencionais, que<br />

captam a reflectância da vegetação na região visível do espectro<br />

eletromagnético (Araújo, 2022).<br />

No nordeste, a produção florestal ainda encontra muitas<br />

barreiras para o seu pleno desenvolvimento, principalmente<br />

na questão da disponibilidade dos recursos hídricos devido às<br />

condições de clima e solo. Aliado a essas questões, soma-se o<br />

baixo emprego de soluções tecnológicas nas iniciativas florestais<br />

para as atividades de reflorestamento da região, sobretudo<br />

na parcelas mais desprovidas da cadeia produtiva, os agricultores<br />

familiares. A principal atividade florestal no nordeste<br />

baseia-se no extrativismo ilegal vegetal de lenha para o uso<br />

em atividades das indústrias de cerâmica e gesso, bem como<br />

para o uso doméstico residencial (Padilha et al., 2022).<br />

Esta abordagem permite<br />

correlacionar as variáveis<br />

que influenciam a<br />

produtividade florestal por<br />

meio do geoprocessamento e<br />

cruzamento de dados<br />

Essa é uma versão parcial<br />

deste artigo, o material<br />

completo pode ser acessado<br />

através do QR Code:<br />

Disco de corte para Feller<br />

Usinagem<br />

• Disco de Corte para Feller<br />

conforme modelo ou amostra,<br />

fabricado em aço de alta<br />

qualidade;<br />

• Discos com encaixe para<br />

utilização de até 20<br />

ferramentas, conforme<br />

diâmetro externo do disco;<br />

Caldeiraria<br />

• Diâmetro externo e encaixe<br />

central de acordo com<br />

padrão do cabeçote;<br />

•Discos especiais;<br />

Detalhe de encaixe para<br />

ferramentas de 4 lados<br />

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AGENDA<br />

AGENDA 2024<br />

Dubai Wood Show<br />

Data: 5 a 7<br />

Local: Dubai - EAU (Emirados Árabes<br />

Unidos)<br />

Informações: https://www.<br />

woodshowglobal.com/dubai<br />

Tech Forestry<br />

Data: 20 a 22<br />

Local: Lages (SC)<br />

Informações:<br />

https://techforestry.com.br/<br />

Expoforest<br />

Data: 10 a 14<br />

Local: Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)<br />

Informações:<br />

https://fexpocruz.com.bo/expoforest/<br />

MARÇO<br />

2024<br />

MARÇO<br />

2024<br />

ABRIL<br />

2024<br />

MAR<br />

2024<br />

TECH FORESTRY<br />

A realização da TechForestry – IV Feira de Tecnologia para<br />

Indústria de Madeira e Floresta -, tem como objetivo<br />

principal manter a atualização tecnológica, desde o<br />

plantio até o beneficiamento, além de gerar negócios e<br />

aproximar empresas e profissionais, criando informação<br />

para melhor produtividade e produtos de maior valor<br />

agregado. Serão 25 mil m2 (metros quadrados) de área<br />

externa, 2 mil m2 de área interna, exposição de trabalhos<br />

técnicos, espaço para micro e pequenas industrias, além<br />

de dois auditórios com mais de 40 palestras técnicas.<br />

ABR<br />

2024<br />

EXPOFOREST<br />

A Expoforest Bolívia destaca o que há de melhor na<br />

indústria madeireira em uma vitrine onde empresas<br />

do setor expõem móveis, serviços, ferramentas e tudo<br />

relacionado a esse material. São mais de cinco mil<br />

visitantes, em uma área com mais de 4 mil m2 de exibição<br />

onde o florestal boliviano recebe o principal foco. Durante<br />

a feira são realizadas competições corte de toras, reuniões<br />

de negócios com grandes representantes do setor e a<br />

valorização de todo o processo produtivo, partindo do<br />

plantio até os produtos manufaturados.<br />

Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />

86 www.referenciaflorestal.com.br


AGENDA 2024<br />

JULHO<br />

2024<br />

Demo Forest<br />

Data: 30 e 31<br />

Local: Bertrix (Bélgica)<br />

Informações:<br />

https://www.demoforest.be/en/<br />

SETEMBRO<br />

2024<br />

ASSINE AS PRINCIPAIS<br />

REVISTAS DO SETOR<br />

E FIQUE POR DENTRO<br />

DAS NOVIDADES!<br />

Lignum<br />

Data: 17 a 19<br />

Local: Curitiba (PR)<br />

Informações:<br />

https://lignumlatinamerica.com/<br />

INFORMAÇÃO<br />

A ALMA DO NEGÓCIO!<br />

FLORESTAL<br />

INDUSTRIAL<br />

PRODUTOS<br />

BIOMAIS<br />

OUTUBRO<br />

2024<br />

CELULOSE<br />

VI CBCTEM<br />

Data: 16 a 18<br />

Local: Pelotas (RS)<br />

Informações: https://www.cbctem.com.br/<br />

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O melhor<br />

DE CADA UM<br />

Por Kiko Campos,<br />

Formado em economia, tem MBA em<br />

comunicação, especialização em<br />

administração, inovação e negócios.<br />

Atualmente atua como gerente<br />

sênior de recursos humanos, do<br />

grupo Carrefour<br />

Conheça o que são soft<br />

skills e hard skills e como<br />

isso pode fazer diferença<br />

na relação com sua equipe<br />

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O<br />

mercado exige cada vez mais profissionais completos, que tenham<br />

bem desenvolvidas soft skills e hard skills, de forma a se<br />

complementarem e permitirem uma atuação mais ampla. Nas<br />

descrições de vagas de emprego, é comum ver a exigência de<br />

uma combinação dos dois tipos de habilidades, afinal, ambos<br />

são necessários para uma performance de sucesso e para conquistar posições<br />

mais avançadas.<br />

Soft skills e hard skills são um conjunto de habilidades técnicas e comportamentais<br />

que ajudam o profissional a se destacar no mercado. Enquanto as hard<br />

skills são relacionadas ao conhecimento técnico, específico da profissão, as soft<br />

skills são características de perfil, mais ligadas ao comportamento. Em um currículo,<br />

as hard skills apareceriam nas áreas em que o candidato possui certificados<br />

e as soft skills seriam aquelas características que ajudam a construir melhor<br />

relacionamento com colegas, lideranças e clientes, por exemplo.<br />

As soft skills são traços de personalidade relevantes, habilidades sociais<br />

autodesenvolvidas que aumentam a capacidade de um profissional de realizar<br />

seu trabalho e que não são de uma área específica. Geralmente são adquiridas<br />

por meio de experiências de vida e de trabalho, podem ser aplicadas a uma<br />

série de funções e estão em demanda em diferentes indústrias. Esses atributos<br />

pessoais ajudam os profissionais a prosperar no local de trabalho, independentemente<br />

de seu nível de conhecimento, função ou setor e são mais difíceis de<br />

serem mensuradas. Exemplos de soft skills são: comunicação, liderança, solução<br />

de problemas, adaptabilidade, trabalho em equipe, ética, gerenciamento de<br />

tempo, diplomacia, inteligência emocional, criatividade, empatia, pensamento<br />

crítico, escuta ativa, flexibilidade e tomada de decisão.<br />

As hard skills são o conhecimento e as habilidades técnicas específicas de<br />

um trabalho, relevantes para o desempenho de funções de maneira eficaz em<br />

cada cargo e nível profissional. Ou seja, cada posição em uma empresa exigirá<br />

uma lista exclusiva de hard skills. São a espinha dorsal das atividades, indicando<br />

maestria e expertise para a realização de tarefas, são consideradas pré-requisitos<br />

em muitas profissões para que as responsabilidades sejam atendidas com<br />

segurança e qualidade. Elas podem ser desenvolvidas por meio de educação<br />

formal, cursos e treinamentos, e são mais fáceis de serem mensuradas. Já<br />

exemplos de hard skills são: diploma de graduação ou pós-graduação, certificado<br />

de cursos e treinamentos, computação na nuvem, marketing de SEO,<br />

codificação, escrituração, proficiência em uma língua estrangeira, segurança de<br />

rede e informação, análise estatística e mineração de dados, arquitetura web e<br />

estrutura de desenvolvimento, cirurgia, venda, gestão de fluxo de caixa, técnica<br />

de entrevista, catalogação de recursos informacionais e dados.<br />

ADAPTAR E APRENDER<br />

Por exemplo, se o candidato tem dificuldade de trabalhar em equipe, mas<br />

o emprego dos seus sonhos requer esta habilidade, você pode desenvolvê-la<br />

com atividades em grupo ou até mesmo a prática de um esporte de time ou um<br />

jogo de escape room. Se sua dificuldade é se comunicar de forma eficiente, por<br />

exemplo, o candidato pode participar de grupos de discussão ou observar como<br />

profissionais que dominam essa técnica se posicionam para aprender com eles,<br />

além de ler muito sobre esse assunto. Assim como fazer uma autorreflexão é<br />

importante, receber feedback de colegas, líderes e clientes é uma excelente maneira<br />

de desenvolver soft skills e hard skills. O feedback é uma ferramenta essencial<br />

para fortalecer soft skills e hard skills. Ao pedir feedback para terceiros,<br />

recebemos informações valiosas para o nosso crescimento pessoal e profissional.<br />

O mesmo deve ser feito para as demais pessoas com quem você trabalha:<br />

forneça feedback a elas, de forma educada e construtiva.


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