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ENTREVISTA<br />
Pablo Ruival, presidente da AFOA, fala do desenvolvimento da silvicultura na Argentina<br />
CONEXÃO FORTE<br />
ATENDIMENTO E PRODUTOS DE QUALIDADE<br />
IMPULSIONAM INDÚSTRIA DE MANGUEIRAS<br />
STRONG<br />
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SERVICE AND QUALITY<br />
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as necessidades específicas<br />
do mercado brasileiro.
SUMÁRIO<br />
MARÇO 2024<br />
52<br />
TRADIÇÃO,<br />
TECNOLOGIA<br />
E CUIDADO<br />
12 Editorial<br />
14 Cartas<br />
16 Bastidores<br />
18 Notas<br />
32 Coluna CIPEM<br />
34 Frases<br />
36 Entrevista<br />
50 Coluna<br />
52 Principal<br />
58 Carbono<br />
64 Plantio<br />
68 Manejo<br />
74 Compostagem<br />
78 Operação<br />
80 Evento<br />
82 Pesquisa<br />
86 Agenda<br />
88 Espaço Aberto<br />
58<br />
68<br />
ANUNCIANTES DA EDIÇÃO<br />
25 Agroceres<br />
49 Algar Farming<br />
15 BKT<br />
13 Bruno<br />
17 Carrocerias Bachiega<br />
85 D’Antonio Equipamentos<br />
39 Denis Cimaf<br />
02 Dinagro<br />
35 DRV Ferramentas<br />
61 Duffatto<br />
31 Engeforest<br />
92 Envimat<br />
23 Envimat / CBI<br />
77 Envimat / Compostagem<br />
11 Envu<br />
29 Fex<br />
51 Hennings<br />
04 Himev<br />
41 J de Souza<br />
67 Lignum<br />
06 Lion Equipamentos<br />
63 Mill Indústrias<br />
71 Neutraliza<br />
47 Potenza<br />
89 Prêmio REFERÊNCIA<br />
83 Remsoft<br />
43 Rocha Facas<br />
19 Rotary-Ax<br />
08 Rotor Equipamentos<br />
90 Sparta Brasil<br />
21 Syngenta<br />
73 Tech Forestry<br />
27 Tecmater<br />
33 Vantec<br />
45 WDS Pneumática<br />
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construímos um legado.<br />
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EDITORIAL<br />
Fatores de crescimento<br />
Ao analisar uma área de plantio florestal são levadas em conta todas as<br />
variáveis que podem influenciar o desenvolvimento das mudas em árvores.<br />
Clima, solo, umidade, potencial de pragas e outros inumeráveis tópicos que dão<br />
razão à atividade dos profissionais envolvidos no processo. Da mesma forma, ao<br />
atender seus clientes, cada empresa que participa do mercado de base florestal<br />
precisa mais do que atender uma demanda, é necessário entender o que seus<br />
clientes buscam. Como diz o ditado, o remédio de um pode não funcionar no<br />
outro e por isso, analisar cada situação de forma específica garante o sentimento<br />
de dever cumprido. Produtos de qualidade, prazo de entrega, atendimento<br />
rápido e precisão são as chaves para crescer e se destacar. Nessa edição, o Leitor<br />
irá conhecer um pouco mais sobre os produtos e serviços da Hennings, empresa<br />
especializada na fabricação e venda de mangueiras e acessórios, a importância<br />
do eucalipto no mercado de carbono, as ações do poder público no fomento do<br />
carbono, as novidades do mercado de trituradores, a cobertura completa de um<br />
evento sobre formigas cortadeiras, além de uma entrevista exclusiva com Pablo<br />
Ruival, presidente da AFOA (Associação <strong>Florestal</strong> Argentina), que apresenta a<br />
realidade do país vizinho no mercado de silvicultura, além dos planos para o<br />
desenvolvimento da atividade naquele país.<br />
2<br />
1<br />
Na capa dessa edição, a<br />
Hennings, com sua linha<br />
completa de mangueiras<br />
e conexões para<br />
implementos florestais<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
Ano XXVI • Nº260• Março 2024<br />
ENTREVISTA<br />
Pablo Ruival, presidente da AFOA, fala do desenvolvimento da silvicultura na Argentina<br />
CONEXÃO FORTE<br />
ATENDIMENTO E PRODUTOS DE QUALIDADE<br />
IMPULSIONAM INDÚSTRIA DE MANGUEIRAS<br />
STRONG<br />
CONNECTION<br />
SERVICE AND QUALITY<br />
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DISTRIBUTOR<br />
GROWTH FACTORS<br />
The analysis of a forest plantation area takes into account all the variables<br />
that can influence the development of seedlings into trees. Climate, soil,<br />
humidity, pest potential, and a myriad of other issues justify the activity of<br />
the professionals involved in this process. In the same way, when serving its<br />
customers, every company that participates in the forest-based market needs to<br />
do more than meet a demand, it is necessary to understand what its customers<br />
are looking for. As the saying goes, one’s remedy may not work for another, and<br />
therefore, analyzing each situation in a specific way ensures a sense of accomplishment.<br />
Quality products, timely delivery, fast service, and accuracy are the<br />
keys to growing and standing out. In this issue, the reader learns more about the<br />
products and services of Hennings, a company specializing in the manufacture<br />
and sale of hoses and accessories, the importance of eucalyptus in the carbon<br />
market, the actions of the government in the promotion of carbon, the news of<br />
the shredder market, full coverage of an event on leaf-cutting ants, as well as an<br />
exclusive interview with Pablo Ruival, President of the Argentine Forestry Association<br />
(AFOA), who presents the reality of the neighboring country in the forestry<br />
market and the plans for the development of the activity in that Country.<br />
EXPEDIENTE<br />
ANO XXVI - EDIÇÃO 260 - MARÇO 2024<br />
Entrevista com<br />
Pablo Ruival,<br />
presidente da<br />
AFOA<br />
Compostagem florestal<br />
3<br />
Diretor Comercial / Commercial Director<br />
Fábio Alexandre Machado<br />
fabiomachado@revistareferencia.com.br<br />
Diretor Executivo / Executive Director<br />
Pedro Bartoski Jr<br />
bartoski@revistareferencia.com.br<br />
Redação / Writing<br />
Vinicius Santos<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Colunista<br />
Cipem<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Depto. de Criação / Graphic Design<br />
Fabiana Tokarski - Supervisão<br />
Julia Harumi<br />
criacao@revistareferencia.com.br<br />
Redes Sociais/ Social media<br />
Guilherme Leodoro<br />
Tradução / Translation<br />
John Wood Moore<br />
Depto. Comercial / Sales Departament<br />
Gerson Penkal<br />
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fone: +55 (41) 3333-1023<br />
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0800 600 2038<br />
ASSINATURAS<br />
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Periodicidade Advertising<br />
GARANTIDA GARANTEED<br />
Veículo filiado a:<br />
A Revista REFERÊNCIA - é uma publicação mensal e independente,<br />
dirigida aos produtores e consumidores de bens e serviços em madeira,<br />
instituições de pesquisa, estudantes universitários, orgãos governamentais,<br />
ONG’s, entidades de classe e demais públicos, direta e/ou indiretamente<br />
ligados ao segmento de base florestal. A Revista REFERÊNCIA do Setor<br />
Industrial Madeireiro não se responsabiliza por conceitos emitidos em<br />
matérias, artigos ou colunas assinadas, por entender serem estes materiais<br />
de responsabilidade de seus autores. A utilização, reprodução, apropriação,<br />
armazenamento de banco de dados, sob qualquer forma ou meio, dos<br />
textos, fotos e outras criações intelectuais da Revista REFERÊNCIA são<br />
terminantemente proibidos sem autorização escrita dos titulares dos<br />
direitos autorais, exceto para fins didáticos.<br />
Revista REFERÊNCIA is a monthly and independent publication<br />
directed at the producers and consumers of the good and services of the<br />
lumberz industry, research institutions, university students, governmental<br />
agencies, NGO’s, class and other entities directly and/or indirectly linked<br />
to the forest based segment. Revista REFERÊNCIA does not hold itself<br />
responsible for the concepts contained in the material, articles or columns<br />
signed by others. These are the exclusive responsibility of the authors,<br />
themselves. The use, reproduction, appropriation and databank storage<br />
under any form or means of the texts, photographs and other intellectual<br />
property in each publication of Revista REFERÊNCIA is expressly prohibited<br />
without the written authorization of the holders of the authorial rights.<br />
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CARTAS<br />
A Revista da Indústria <strong>Florestal</strong> / The Magazine for the Forest Product<br />
MERCADO Novo picador florestal Thor combina robustez, potência, tecnologia e alta performance<br />
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Capa da Edição 259 da<br />
Revista REFERÊNCIA FLORESTAL,<br />
mês de fevereiro de 2024<br />
www.referenciaflorestal.com.br<br />
ISSN 2359-4659<br />
<br />
ANO 26 Nº 259 FEVEREIRO 2024<br />
Ano XXVI • Nº259• Fevereiro 2024<br />
STRENGTH AND<br />
PRODUCTIVITY<br />
CUTTING CHAIN PROVIDES HIGH<br />
PERFORMANCE AND SAFETY IN<br />
FORESTRY OPERATIONS<br />
PRINCIPAL<br />
Por Carlos Ribeiro, Lebon Régis (SC)<br />
A mecanização da atividade florestal incentiva as empresas a fazer cada vez<br />
mais e melhor. Ótimo trabalho da Oregon para garantir mais produtividade.<br />
ENTREVISTA<br />
Por Maria Ester Gomes, São Paulo (SP)<br />
A floresta é incrível, cresce onde nós nem imaginamos. Parabéns para o<br />
pessoal de Goiás, que faz um trabalho sério onde poucos sabem o que<br />
acontece.<br />
Foto: Emanoel Caldeira<br />
TRANSPORTE<br />
Por Joaquim Almeida, Astorga (PR)<br />
Já se foi o tempo que o caminhoneiro sofria dentro do caminhão. A melhoria<br />
na qualidade e na estrutura do trabalho é um ganho para o profissional e<br />
para as empresas.<br />
Foto: divulgacão Scania<br />
ACOMPANHE AS PUBLICAÇÕES DA REVISTA TAMBÉM EM NOSSAS REDES SOCIAIS<br />
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Revista Referência <strong>Florestal</strong><br />
@referenciaflorestal<br />
@revistareferencia9702<br />
E-mails, críticas e sugestões podem ser<br />
enviados também para redação<br />
jornalismo@revistareferencia.com.br<br />
Mande sua opinião sobre a Revista REFERÊNCIA FLORESTAL<br />
ou a respeito de reportagem produzida pelo veículo.
BASTIDORES<br />
Revista<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
Foto: REFERÊNCIA<br />
CAPA<br />
A empresa Oregon Tool foi a capa da Edição<br />
de Fevereiro de 2024 da Revista REFERÊNCIA<br />
FLORESTAL. A entrega do exemplar foi realizada pelo<br />
diretor comercial da Revista, Fábio Machado, para o<br />
gerente de marketing e operações da América Latina<br />
da Oregon Tool, Jeferson Souza.<br />
EM CAMPO<br />
A Revista REFERÊNCIA FLORESTAL recebeu um<br />
convite da empresa Komatsu Forest para assistir ao<br />
jogo entre Coritiba 1x1 Athletico Paranaense, no<br />
camarote da empresa, no estádio Major Antônio<br />
Couto Pereira, em Curitiba (PR). Quem representou a<br />
Revista foi o diretor comercial Fábio Machado ao lado<br />
do marketing da Komatsu Forest, Rafael Milarch.<br />
ALTA<br />
CAFÉ E FLORESTA JUNTOS<br />
Uma pesquisa demonstrou a viabilidade econômica<br />
da restauração florestal em áreas produtoras<br />
de café, na Mata Atlântica. Publicado na revista<br />
One Earth, o estudo é assinado por pesquisadores<br />
da USP (Universidade de São Paulo) e pelo diretor-executivo<br />
da Fundação SOS Mata Atlântica,<br />
Luís Fernando Guedes Pinto. O estudo aponta,<br />
que o aumento dos serviços ecossistêmicos<br />
impulsionados pelo reflorestamento, entre eles<br />
a polinização, pode levar à maior produtividade<br />
cafeeira, compensando os custos referentes à<br />
restauração da floresta. Além disso, um valor de<br />
CO₂ de pelo menos US$ 20 por tonelada melhoraria<br />
a viabilidade financeira da restauração.<br />
MARÇO 2024<br />
TRAGÉDIA CHILENA<br />
Os incêndios que atingem a região turística<br />
costeira de Valparaíso, no centro do Chile, já<br />
deixaram pelo menos 122 mortos, número que<br />
pode aumentar à medida que os bombeiros<br />
combatem os cerca de 40 focos de fogo. O presidente<br />
Gabriel Boric afirmou que o país enfrenta<br />
uma tragédia de grande magnitude. Segundo as<br />
autoridades, centenas de pessoas continuam<br />
desaparecidas, o que faz prever que o número<br />
de mortos aumente à medida que os corpos<br />
são encontrados nas encostas e nas habitações<br />
devastadas pelas chamas.<br />
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NOTAS<br />
Atendimento<br />
facilitado<br />
A Bruno, especialista na fabricação de trituradores e picadores<br />
florestais passa a contar com um CDP (Centro de Distribuição<br />
de Peças) na cidade de Rondonópolis (MT). O novo centro chega<br />
com a proposta de expandir o mercado e suprir as necessidades<br />
dos clientes Bruno. Situada no meio-oeste de Santa Catarina,<br />
a empresa Bruno é uma das líderes no mercado e acaba de<br />
anunciar a implantação de um CDP, em Rondonópolis (MT).<br />
Estrategicamente localizado, próximo aos principais anéis viários<br />
da região, ocupa uma área de 400 m² (metros quadrados) e conta<br />
com uma área administrativa.<br />
Tendo como diretriz a satisfação do cliente, o novo espaço<br />
chega com a intenção de proporcionar uma entrega mais rápida<br />
e eficiente de peças e serviços aos nossos clientes situados na região.<br />
A Bruno se destaca pela confiabilidade, eficiência e robustez<br />
em todas as operações. Além disso, oferece serviços especializados,<br />
que atendem às necessidades específicas dos clientes. Não é<br />
a toa que a empresa ocupa uma posição de destaque no mercado,<br />
sendo reconhecida como uma marca de tradição e confiança.<br />
O diretor da Bruno, Angelo Henz, reforça o comprometimento<br />
com a entrega e satisfação. Segundo o diretor, com o novo CDP,<br />
será fortalecido o compromisso da Bruno em oferecer excelência<br />
e qualidade em todas as interações com seus clientes. “Estamos<br />
entusiasmados com esta nova fase e ansiosos para continuarmos<br />
a fornecer soluções de alta qualidade e serviço excepcional”,<br />
destacou Angelo.<br />
Fotos: divulgação Bruno<br />
18 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Foto: divulgação<br />
Nova direção<br />
Foto: divulgação AMIF<br />
A presidente da AMIF (Associação Mineira de Florestas), Adriana Maugeri, foi nomeada pelo Ministro Carlos Fávaro, como a<br />
nova presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Florestas Plantadas do MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária). É a<br />
primeira vez que uma mulher assume este posto.<br />
Para Adriana Maugeri, essa é uma oportunidade única e estratégica para promover a necessária integração e o desenvolvimento<br />
de parcerias em prol do fortalecimento das múltiplas cadeias produtivas da agroindústria florestal brasileira. “O nosso objetivo<br />
na presidência da Câmara Setorial será ampliar e direcionar a voz e a força das cadeias produtivas do nosso setor, desenvolvendo<br />
com estratégia as necessárias alianças que compactuem com a urgente necessidade de dar amplitude ao desenvolvimento da<br />
economia verde nacional por meio do seu maior vetor na atualidade, as florestas produtivas”, destaca.<br />
Ainda de acordo com Adriana Maugeri, a nomeação no MAPA representa a conquista de credenciais frente à lideranças nacionais<br />
e internacionais que discutem questões sensíveis, como a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a ampliação do<br />
acesso à renda e à dignidade humana, dois produtos indiscutíveis da agroindústria florestal brasileira.<br />
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NOTAS<br />
Manejo valorizado<br />
O IFT (Instituto Floresta Tropical) iniciou em outubro de 2023 as ações de um novo projeto destinado ao fortalecimento<br />
do manejo florestal sustentável nas RESEX (Reservas Extrativistas) Arióca Pruanã e Mapuá, na região do Marajó (PA). Financiado<br />
pelo Fundo Vale, o projeto: Valorização da floresta; prevê a estruturação da produção madeireira local, a promoção de<br />
novas cadeias da sociobiodiversidade e o fortalecimento de dois planos de manejo florestal comunitários, um em cada reserva<br />
atendida pelo IFT.<br />
Em outubro de 2023 foram realizadas duas reuniões de apresentação das ações do projeto, uma no município de Breves<br />
e outra em Oeiras do Pará, com lideranças das organizações sociais desses territórios, como cooperativas, associações e grupo<br />
de manejadores, além da participação de analistas do Núcleo de Gerenciamento Integrado Breves, do ICMBio.<br />
Na RESEX Mapuá, o projeto realizou ainda uma reunião sobre comercialização de madeira, com a participação de manejadores<br />
comunitários, lideranças locais, representantes da cooperativa de produtores agroextrativistas dos rios Aramã e<br />
Mapuá (Coama), técnicos do IFT e o dono de uma empresa madeireira de São Miguel do Guamá, no nordeste paraense. No<br />
encontro, sediado na comunidade Boa Esperança, os manejadores apresentaram a dinâmica da produção madeireira na unidade<br />
de conservação e discutiram com os outros participantes sobre potencial produtivo, comercialização, logística e acesso<br />
ao mercado. A iniciativa é uma forma de aproximar os extrativistas locais com o setor comercial madeireiro e esclarecer dúvidas<br />
sobre o manejo florestal comunitário.<br />
Foto: divulgação<br />
22 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Detalhes do eucalipto<br />
Uma dissertação de mestrado, desenvolvida<br />
na área experimental do Programa<br />
Cooperativo sobre Produtividade e<br />
EUCFLUX (Fluxos de Carbono e Água em<br />
Eucalyptus), do IPEF (Instituto de Pesquisas<br />
e Estudos Florestais), avaliou o uso de<br />
sensoriamento remoto na estimativa da ET<br />
(evapotranspiração) em um povoamento<br />
de eucalipto. De autoria de Luca Nunes,<br />
com orientação do professor Clayton Alcarde<br />
Alvares, da UNESP/FCA (Universidade<br />
Estadual Paulista/Faculdade de Ciências<br />
Agronômicas), o estudo acompanhou o<br />
desempenho do tradicional algoritmo sebal<br />
na área experimental do Eucflux utilizando<br />
imagens do Landsat 8, entre os anos de<br />
2014 e 2018. O professor Clayton explica<br />
que o cultivo de eucalipto, impulsionado<br />
pela crescente demanda por madeira,<br />
se destaca por sua rápida adaptação e<br />
crescimento em diversas regiões. Contudo,<br />
as variáveis climáticas, especialmente a ET,<br />
desempenham um papel crítico em seu<br />
desenvolvimento. “A ET, que abrange a<br />
soma da transpiração das plantas e a evaporação<br />
da água na superfície terrestre, é<br />
fundamental para entender espacialmente<br />
o consumo hídrico dessa cultura. Embora<br />
a medição direta da ET por meio de uma<br />
torre de fluxo seja precisa, ela é pontual e<br />
dispendiosa”, alerta o professor e esclarece<br />
que entre os métodos indiretos, o uso de<br />
sensoriamento remoto emerge como uma<br />
opção promissora e acessível para pesquisadores<br />
e gestores florestais.<br />
Sobre a dissertação de mestrado, Lucas<br />
pontua que em geral, o modelo testado<br />
apresentou uma superestimação da ET.<br />
“Embora o algoritmo seja amplamente<br />
utilizado há mais de 15 anos para estimar a<br />
evapotranspiração em plantações florestais,<br />
esse é o primeiro estudo a validar o<br />
modelo com observações de campo, sendo<br />
que novas pesquisas serão essenciais para<br />
consolidar a qualidade do modelo Sebal e<br />
determinar se ajustes paramétricos para<br />
a cultura do eucalipto são necessários”,<br />
conclui Lucas.<br />
Foto: divulgação<br />
24 www.referenciaflorestal.com.br
Qualidade<br />
Sistema de Gestão de Qualidade<br />
certificado pela ISO 9001: 2015,<br />
em desenvolvimento, produção,<br />
comercialização e serviços pós-venda.<br />
Eficiência<br />
Resultados de controle comprovado em<br />
campo e por ensaios técnicos de universidades.<br />
Precisão
NOTAS<br />
Recompensa devida<br />
Em Mazagão (AP), um modelo inovador de gestão florestal impulsiona a economia e gera empregos na região sul do<br />
Estado. O PAE (Projeto de Assentamento Agroextrativista) Maracá garante renda sustentável à comunidade por meio da<br />
Bolsa Floresta, benefício acordado entre o Governo do Estado e a iniciativa privada, que reflete o compromisso conjunto<br />
com práticas que preservam a natureza e impulsionam o desenvolvimento local.<br />
O plano de manejo florestal sustentável executado pela Associação dos Trabalhadores do Assentamento Agroextrativista<br />
do Maracá em parceria com a empresa Ecoforte Bioenergia, destina 98% dos recursos da extração da madeira para a<br />
comunidade. O valor representa R$ 1 milhão mensal na economia da região e a renda de R$ 1.058 para mais de mil famílias<br />
da região.<br />
Aliar desenvolvimento e sustentabilidade pode ser possível com boas práticas, como a do manejo, que está mudando<br />
a vida das pessoas da região. Esse é um dos passos para iniciar a transformação que pode elevar os indicadores sociais do<br />
Amapá, que já tem os maiores índices de preservação ambiental.<br />
A técnica em enfermagem, Paula Dias, de 65 anos, é uma das beneficiárias da Bolsa Floresta. O auxílio vai permitir que<br />
a moradora da comunidade Maracá realize a reforma da casa dela, além de quitar as prestações que estava devendo. “Com<br />
certeza está tendo evolução na nossa comunidade, está crescendo as coisas, as pessoas estão conseguindo comprar seus<br />
materiais de casa, como geladeira, freezer, televisão, muitas coisas que a gente não poderia comprar hoje sem essa ajuda, a<br />
gente está conseguindo. Espero que nós continuemos assim, com essa parceria, que tenho certeza de que vai dar certo para<br />
a vida de muitas pessoas, principalmente dos assentados, que é um benefício que vai alcançar a todos”, celebra Paula.<br />
Foto: divulgação<br />
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NOTAS<br />
Madeira nativa sustentável<br />
Foto: divulgação<br />
Se o Brasil atingir 20 milhões de ha (hectares) em concessão de florestas, o PIB (Produto Interno Bruto) seria aumentado em<br />
R$ 3,3 bilhões, proporcionando uma arrecadação de impostos da ordem de R$ 250 milhões, com a geração de cerca de 170 mil<br />
empregos e um valor da produção em 2030 equivalente a R$ 6,3 bilhões. A avaliação é de estudo do FNBF (Fórum Nacional das<br />
Atividades de Base <strong>Florestal</strong>), entidade criada em 1999 que congrega cerca de 3.500 empresas associadas. Conforme a entidade, o<br />
Brasil tem perto de 450 milhões de ha de florestas, o segundo país no mundo em extensão florestal. No entanto, representa apenas<br />
6% do suprimento industrial de madeira. O restante vem de floresta plantada. No Brasil, há apenas 1,4 milhão de ha em área<br />
concedida pelo Estado ou pela união. “Dentre os gargalos do setor florestal estão a falta de linha de crédito para um setor competitivo<br />
e que mantém a floresta de pé. Também existe confusão entre quem produz legalmente a madeira e os grupos criminosos que<br />
promovem o desmatamento ilegal”, destaca em comunicado o presidente do FNBF, Frank Rogieri, que em março estará à frente<br />
do evento: Madeira Sustentável - O Futuro do Mercado; uma iniciativa do FNBF e do CIPEM (Centro das Indústrias Produtoras e<br />
Exportadoras de Madeira de Mato Grosso), que ocorrerá no dia 15 de março, no Rio de Janeiro (RJ).<br />
O FNBF esclarece que a produção sustentável de madeira consiste no manejo florestal correto, realizado de forma a respeitar<br />
a legislação e garantir a preservação ambiental. No Pará, o manejo florestal gera 90 mil empregos diretos e indiretos, que atende a<br />
uma demanda anual de 6 milhões de m³ (metros cúbicos) e proporciona US$ 200 milhões em exportações, principalmente para os<br />
EUA (Estados Unidos da América) e para a Europa, em particular para França, Países Baixos e Portugal.<br />
28 www.referenciaflorestal.com.br
NOTAS<br />
Fora de época<br />
O período de proibição para exploração do manejo florestal sustentável está em vigor em Mato Grosso e segue até o<br />
dia 1º de abril. A restrição se aplica ao corte, derrubada, arraste e transporte de toras. O objetivo da medida, que começou<br />
a valer a partir do dia 1º de fevereiro, é proteger o solo do impacto da retirada de madeira, principalmente no período das<br />
chuvas.<br />
Em Mato Grosso, cerca de 6% do território é atingido pela proibição, totalizando 52 mil km2 (quilômetros quadrados)<br />
de áreas que possuem PMFS (Planos de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável) autorizados pela SEMA-MT (Secretaria de Estado de<br />
Meio Ambiente de Mato Grosso). De acordo com a superintendente de Gestão <strong>Florestal</strong> da Sema (MT), Tatiana Paula Marques<br />
de Arruda, até abril só será possível emitir a guia florestal e transportar o volume e espécie das madeiras que foram<br />
estocadas na esplanada principal e cadastradas no sistema Sisflora antes do início do período proibitivo.<br />
Segundo Tatiana, respeitar essa fase de reserva da madeira é importante para manter o equilíbrio entre o desenvolvimento<br />
ambiental, o econômico e o social. A medida está prevista em resolução do Conama (Conselho Nacional de Meio<br />
Ambiente) e é regulamentada pela Câmara Técnica <strong>Florestal</strong> de Mato Grosso, por meio da resolução 10/2017, que dispõe<br />
sobre o período proibitivo de exploração florestal sob o regime de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável de Baixo Impacto.<br />
Foto: divulgação<br />
30 www.referenciaflorestal.com.br
COLUNA<br />
Madeira nativa é<br />
o caminho para a<br />
descarbonização<br />
A matéria-prima<br />
proveniente dos<br />
PMFS é um vetor de<br />
desenvolvimento<br />
sustentável que<br />
abrange duas<br />
vertentes: o sequestro<br />
de carbono e a não<br />
emissão de gases de<br />
efeito estufa<br />
Manejo florestal sustentável é uma<br />
das chaves para o desenvolvimento<br />
de uma economia mais verde e<br />
sustentável<br />
Amadeira nativa, proveniente de PMFS (Planos de Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável),<br />
é um material resistente e versátil que continua revolucionando<br />
a construção civil mundial. Utilizada desde a antiguidade, há mais de<br />
10 mil anos, essa matéria-prima pode ser empregada em várias etapas<br />
das obras, desde aquelas em estágio temporário, até estruturas definitivas.<br />
Nas edificações, confere conforto térmico e arquitetura diferenciada. Propicia,<br />
ainda, a redução de impactos ambientais e auxilia na mitigação da crise climática por<br />
ser um material natural e renovável.<br />
Trata-se de uma solução que agrega tecnologia e sustentabilidade nas construções,<br />
após submetida a processos industriais, como por exemplo a MLC (Madeira<br />
Laminada Colada), que resulta em um sistema de alto desempenho que substitui o<br />
uso de concreto e aço em elementos como lajes, vigas, pilares, coberturas, paredes e<br />
treliças.<br />
Unindo tradição e inovação, a madeira oferece ganhos ambientais e econômicos<br />
na construção civil. O duplo benefício advém da economicidade dessa matéria-prima<br />
associada à redução do impacto ambiental com absorção de CO2 (gás carbônico), que<br />
fica capturado na própria edificação. Segundo a pesquisadora do MMA (Ministério do<br />
Meio Ambiente), Maria de Fátima Brito Lima, as edificações em madeira custam 30%<br />
menos que as obras de alvenaria.<br />
Em Mato Grosso, o incremento de 3,6 milhões de ha (hectares) de áreas de manejo<br />
florestal, até 2050, possibilitará uma redução de 1 milhão de toneladas métricas<br />
de CO2, segundo cálculos da SEMA-MT (Secretaria Estadual de Meio Ambiente de<br />
Mato Grosso). Este é um passo essencial para que o Estado alcance o objetivo de<br />
neutralizar emissões de carbono dentro deste horizonte.<br />
Carbono Neutro – Os PMFS contribuem significativamente para o sequestro de<br />
carbono e desempenham um papel crucial na proteção das florestas. A matéria-prima<br />
proveniente dos PMFS é um vetor de desenvolvimento sustentável que abrange<br />
duas vertentes: o sequestro de carbono e a não emissão de GEE (gases de efeito<br />
estufa).<br />
A fixação do carbono na estrutura da árvore contribui para o aumento de seu volume<br />
e crescimento por meio da fotossíntese, processo em que há sequestro de CO2<br />
e liberação de O2 (oxigênio) na atmosfera. Colher apenas árvores maduras nas áreas<br />
de PMFS evita quedas desordenadas das espécies arbóreas nas florestas, preservando<br />
a biodiversidade. Além disso, a árvore colhida armazena massa física de CO2.<br />
https://cipem.org.br<br />
32 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Foto: divulgação
FRASES<br />
Foto: divulgação<br />
A confusão do desmatamento<br />
ilegal com manejo florestal<br />
sustentável leva muitos<br />
profissionais da área de<br />
arquitetura, urbanismo e<br />
engenharia a não indicarem o<br />
uso da madeira nos projetos<br />
para não contribuir com o<br />
desmatamento da Floresta<br />
Amazônica, e isso não tem<br />
nada a ver<br />
Frank Rogieri, presidente do FNBF (Fórum<br />
Nacional de Base <strong>Florestal</strong>) sobre o potencial<br />
da atividade no Brasil<br />
“A inclusão expressa da região<br />
como prioritária nas aplicações<br />
de recursos financeiros do FNMA<br />
visa atender a uma demanda<br />
urgente e estratégica para a<br />
proteção do meio ambiente<br />
brasileiro, tendo em vista as<br />
crescentes demandas por<br />
preservação ambiental e a seca,<br />
especialmente exacerbada este<br />
ano, na Amazônia”<br />
“Mato Grosso do Sul está<br />
consolidando sua posição de<br />
grande produtor de eucalipto<br />
com mais de 1,2 milhão de<br />
hectares cultivados. E mais<br />
gerando renda para inúmeras<br />
famílias!”<br />
Duda Ramos, deputado do MDB (RR), autor do<br />
projeto que prevê prioridade na aplicação dos<br />
recursos do FNMA (Fundo Nacional do Meio<br />
Ambiente) para projetos que tenham como área<br />
de atuação a Amazônia Legal<br />
Jaime Verruck, secretário de meio ambiente<br />
do Mato Grosso do Sul, sobre os programas<br />
de fomento e inclusão social no ciclo do<br />
eucalipto no Estado<br />
34 www.referenciaflorestal.com.br
PICAR EM ALTA<br />
PRODUTIVIDADE É<br />
UMA ARTE PARA POUCOS!<br />
Para obter um alto potencial<br />
produtivo em operações de<br />
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operação!<br />
SERRAS E FACAS INDUSTRIAIS
ENTREVISTA<br />
Floresta<br />
ARGENTINA<br />
Forests in Argentina<br />
Foto: divulgação<br />
ENTREVISTA<br />
N<br />
o mercado sul americano, o Brasil é a grande<br />
liderança dentro do segmento florestal, sendo<br />
um dos grandes players globais nesse campo.<br />
O que poucos têm contato é com a realidade<br />
da produção florestal em outros países da América Latina,<br />
que vêem o Brasil como exemplo e as florestas plantadas<br />
como uma grande oportunidade de desenvolvimento econômico.<br />
Pablo Ruival, presidente da AFOA (Associação <strong>Florestal</strong><br />
Argentina), compartilha sua experiência, planos para o setor<br />
e o que nossos vizinhos têm feito para crescer e fortalecer<br />
sua indústria de base florestal.<br />
Pablo Ruival<br />
I<br />
n the South American market, Brazil is a major leader<br />
in the forestry segment and is one of the major global<br />
players in this field. What few people are aware of is<br />
the reality of forestry production in other Latin American<br />
countries, that see Brazil as an example and its planted<br />
forests as an excellent opportunity for economic development.<br />
Pablo Ruival, president of the Argentine Forestry Association<br />
(AFOA), shares his experience, plans for the Sector, and what<br />
our neighbors have done to grow and strengthen their forest-<br />
-based industry.<br />
ATIVIDADE/ ACTIVITY:<br />
Diretor Nacional da Arauco Argentina, ingressou na empresa<br />
em julho de 2002 como Gerente Comercial de Madeira e<br />
Painéis. Posteriormente, atuou como Gerente de Assuntos<br />
Públicos e Comerciais. Pablo é formado em Administração<br />
de Empresas, pela Universidade Católica da Argentina.<br />
The National Director of Arauco Argentina, joined the<br />
Company in July 2002 as Sales Manager for Wood and<br />
Panels. Subsequently, he served as Public and Sales Affairs<br />
Manager. Ruival holds a degree in Business Administration<br />
from the Catholic University of Argentina.<br />
36 www.referenciaflorestal.com.br
Qual é a situação atual do setor florestal argentino?<br />
O setor florestal e silvo-industrial é muito importante no país,<br />
embora esteja longe do seu potencial e tenha ficado aquém do<br />
crescimento que teve nos países vizinhos. Temos novas expectativas<br />
de que isso possa ser revertido. Para dar dimensão ao setor,<br />
as províncias reconheceram uma área de cerca de 55 milhões de<br />
ha (hectares) de florestas nativas no planejamento realizado no<br />
âmbito da lei 26.331. Por outro lado, a indústria de base florestal<br />
fornece 95% da madeira de plantações florestais. Neste sentido,<br />
1,3 milhões de ha foram reflorestados com pinus, eucaliptos e<br />
salicáceas, majoritariamente na Mesopotâmia e no Delta, 55%<br />
deles certificados com selos de gestão sustentável reconhecidos<br />
internacionalmente. O valor acrescentado da madeira florestal<br />
inclui a produção de pasta e papel; madeira e tábuas para habitação<br />
e móveis; energia elétrica e térmica e diversos produtos<br />
químicos. Com 13 mil produtores florestais e mais de 6 mil empresas,<br />
a indústria florestal emprega direta e formalmente cerca<br />
de 100 mil pessoas e exporta cerca de US$ 700 milhões anualmente.<br />
Historicamente, apresenta saldo comercial negativo, principalmente<br />
devido à importação de papel.<br />
>> Como se interessou por florestas?<br />
Desde que ingressei na Arauco Argentina em 2002, conheci um<br />
setor comprometido com a gestão, gerando processos e modelos<br />
de trabalho integradores ao longo de todo o ciclo produtivo na<br />
busca constante pela melhoria. Além disso, o fato de trabalhar<br />
em uma empresa que tem a sustentabilidade como núcleo do<br />
seu negócio - com a convicção de que o setor florestal e silvo-<br />
-industrial pode dar respostas à agenda mais importante para o<br />
futuro imediato: colaborar para mitigar as alterações climáticas e<br />
proporcionar opções de desenvolvimento sustentável -, faz com<br />
que meu compromisso cresça e se expanda dia a dia. Através<br />
do trabalho na Arauco, que é uma empresa que tem todo o seu<br />
patrimônio florestal Certificado para Gestão Sustentável com os<br />
dois mais reconhecidos selos internacionais (FSC e PEFC), que<br />
seguem elevados padrões de gestão ambiental em suas operações<br />
e gerando processos de economia circular, pude também<br />
expandir os meus conhecimentos para outras áreas de gestão,<br />
especialmente em diversas entidades como a AFOA e outros protagonistas<br />
do setor.<br />
>> Como foi sua trajetória dentro da associação?<br />
Profundamente ligado ao setor, também sou presidente do CER-<br />
FOAR – PEFC Argentina representando a AFOA. O PEFC trabalha<br />
para proteger as florestas e os ecossistemas florestais, além de<br />
promover a gestão florestal sustentável através de certificações,<br />
considerando uma perspectiva social e local que gera benefícios<br />
para todos. Na AFOA ocupei especialmente vários cargos no<br />
conselho de administração, até ano passado, altura em que fui<br />
nomeado Presidente até 2025.<br />
>> Poucos anos antes, a AFOA cumpriu um papel importante<br />
para dar maior segurança jurídica ao setor. Considera uma das<br />
vitórias mais marcantes para o segmento?<br />
Sim, foi um dos acontecimentos mais marcantes da história.<br />
Foi em 2004, quando assinei um acordo com o Ministério do<br />
Trabalho, Emprego e Segurança Social - ainda em vigor - pelo<br />
What is the current situation in the Argentine Forest-based<br />
Sector?<br />
The Forest-based Sector is very important in the Country,<br />
although it is far from achieving its potential and has fallen<br />
short of the growth it has had in neighboring countries. We<br />
have new expectations that this can be reversed. To give<br />
dimension to the Sector, the Provinces recognized an area of<br />
about 55 million ha as native forests in the planning carried<br />
out under Law 26.331. On the other hand, the forest-based<br />
industry provides 95% of the wood from forest plantations.<br />
In this regard, 1.3 million ha have been reforested with pine,<br />
eucalyptus, and salicaceous species, mainly in Mesopotamia<br />
and the Delta, 55% of them certified with internationally recognized<br />
Sustainable Management seals. The added value of<br />
forest wood includes pulp and paper production, sawn wood<br />
for housing and furniture, electrical and thermal energy, and<br />
various chemicals. With 13 thousand forest producers and<br />
more than six thousand companies, the forest-based industry<br />
directly and formally employs about a hundred thousand people<br />
and exports about US$ 700 million annually. Historically, it<br />
has a negative trade balance, mainly due to paper imports.<br />
How did you become interested in forests?<br />
Since I joined Arauco Argentina in 2002, I have met a Sector<br />
committed to Management, generating integrative processes<br />
and work models throughout the entire production cycle in<br />
the constant search for improvement. In addition, the fact<br />
that I work in a Company that has sustainability as the core of<br />
its business - with the conviction that the Forest-based Sector<br />
can respond to the most critical agenda for the immediate<br />
future, collaborating to mitigate climate change and providing<br />
sustainable development options - makes my commitment<br />
grow and expand day by day. Through my work at Arauco, a<br />
company that has all its forest assets Certified for Sustainable<br />
Management with the two most recognized international<br />
seals (FSC and PEFC), which follow high standards of environmental<br />
management in their operations and generating<br />
circular economy processes, I was also able to expand my<br />
knowledge to other areas of management, especially in various<br />
entities such as AFOA and other players in the Sectors.<br />
What has been your path within the Association?<br />
Deeply connected to the Sectors, I am also President of<br />
CERFOAR – PEFC Argentina representing AFOA. PEFC works<br />
to protect forests and forest ecosystems, as well as promote<br />
sustainable forest management through certification, considering<br />
a social and local perspective that generates benefits for<br />
all. At AFOA, I held various positions on the Board of Directors<br />
until last year, when I was appointed Chairman until 2025.<br />
A few years ago, AFOA played an important role in providing<br />
greater legal certainty to the Forest-based Sector. Do<br />
you consider it one of the most remarkable victories for the<br />
Sector?<br />
Yes, it was one of the most remarkable events in its history. It<br />
was in 2004 when it signed an agreement with the Ministry<br />
of Labor, Employment, and Social Security - still in force - by<br />
Março 2024<br />
37
ENTREVISTA<br />
qual a AFOA, em colaboração com a UATRE, foi designada como:<br />
Organismo Certificador de Trabalhadores Florestais. Uma tarefa<br />
que ambas as entidades realizam atualmente em todo o país de<br />
forma incessante, na qual já foram avaliadas e certificadas mais<br />
de 7 mil pessoas por competências, dando maior segurança e<br />
empregabilidade aos trabalhadores do setor. A favor da sustentabilidade,<br />
destacam-se a colaboração no desenvolvimento do<br />
sistema argentino de certificação florestal para a gestão sustentável<br />
(CERFOAR) e o apoio à criação do escritório nacional do<br />
sistema de certificação florestal FSC. Mas não é só isso, desde<br />
1946, a AFOA tem participado ativamente em todos os espaços<br />
de diálogo público-privado, tanto a nível nacional como provincial,<br />
representando o setor florestal. Atualmente faz parte do<br />
CONFIAR (Conselho <strong>Florestal</strong>-Industrial Argentino), que reúne as<br />
entidades representativas da cadeia de valor florestal-industrial,<br />
aquelas que participaram da elaboração do Plano Estratégico<br />
<strong>Florestal</strong>-Industrial 2030, juntamente com representantes do<br />
setor público e entidades da sociedade civil, o que marca o trabalho<br />
a ser realizado nos próximos anos (disponível em http://<br />
www.AFOA.org.ar/web/PublicacionForestales-11Dic2019.pdf).<br />
No referido contexto, a primeira preocupação é aumentar as taxas<br />
de plantação florestal e enriquecimento de florestas nativas<br />
para cumprir o objetivo de atingir 2 milhões de ha até 2030. Este<br />
tem sido o compromisso do país no Acordo de Paris e o objetivo<br />
estabelecido no Plano Estratégico <strong>Florestal</strong>-Industrial 2030. Isto<br />
implica aumentar a atual taxa de reflorestamento de cerca de 35<br />
mil ha (menos que a taxa de substituição) para cerca de 100 mil<br />
ha anualmente durante os próximos 10 anos.<br />
>> O que mais a AFOA inclui em sua agenda?<br />
Inclui, além da promoção florestal, a promoção da pecuária florestal<br />
com modelos que melhorem a produtividade, o bem-estar<br />
animal e permitam a produção de carne neutra em carbono;<br />
uma forte aposta nos trabalhadores florestais, promovendo a<br />
certificação de competências e a formação contínua com programas<br />
específicos com o MTEySS; apoio à certificação florestal para<br />
a gestão sustentável, como ferramenta fundamental para a sustentabilidade<br />
e possibilidades de exportação e, em particular, o<br />
acompanhamento do Plano Estratégico 2030. Para tal, as associações<br />
representativas desta cadeia de valor (AFOA, AFCP, FAIMA,<br />
ASORA e SRA) se uniram no CONFIAR e trabalham juntas.<br />
>> Quais as principais diretrizes do plano florestal e industrial<br />
2030?<br />
Este Plano Estratégico <strong>Florestal</strong> e <strong>Florestal</strong>-Industrial Argentina<br />
2030 é um marco histórico para o setor, produto da articulação<br />
alcançada entre o setor público, a sociedade civil e o setor privado<br />
no contexto da Mesa Redonda de Competitividade <strong>Florestal</strong>-<br />
-Industrial (que retornará em breve a se encontrar). Seus objetivos<br />
incluem conservar e valorizar as florestas nativas; aumentar<br />
a área de florestas cultivadas para 2 milhões de ha, conseguir<br />
investimentos de US$ 7 bilhões em indústrias da cadeia de valor:<br />
biorrefinarias; papéis; construção com madeira; energia; móveis<br />
com uma importante agenda de inovação ali estabelecida. Isto<br />
geraria quase 187 mil novos empregos e reverteria o histórico<br />
déficit comercial do setor graças à exportação de mais de US$<br />
2,5 bilhões. Estes objetivos são especialmente importantes<br />
which AFOA, in collaboration with UATRE, was designated<br />
as the Certification Body for Forestry Workers. This is a task<br />
that both entities currently carry out throughout the Country<br />
incessantly, and more than seven thousand workers have<br />
already been evaluated and certified for skills, giving greater<br />
security and employability to workers in the forestry segment.<br />
In favor of sustainability, we highlight the collaboration in the<br />
development of the Argentine forest certification system for<br />
sustainable management (CERFOAR) and the support for the<br />
creation of the national office of the FSC forest certification<br />
system. Not only that, since 1946, AFOA has actively participated<br />
in all public-private dialogue spaces, both at national<br />
and provincial levels, representing the Forest-based Sector.<br />
It is currently part of the Argentine Forest-Industrial Council<br />
(CONFIAR), which brings together the representative entities<br />
of the forest product value chain, those that participated in<br />
the preparation of the Forest-Industrial Strategic Plan 2030,<br />
together with representatives of the Public Sector and Civil<br />
Society entities, which marks the work to be carried out in the<br />
coming years (available on http://www.AFOA.org.ar/web/<br />
PublicacionForestales-11Dic2019.pdf.) In this context, the first<br />
concern is to increase forest planting rates and enrichment of<br />
native forests to meet the goal of reaching two million ha by<br />
2030. This has been the Country’s commitment to the Paris<br />
Agreement and the objective set out in the strategic plan,<br />
Forest-Industrial Plan 2030. This entails increasing the current<br />
reforestation rate from about 35 thousand (less than the replacement<br />
rate) to about one hundred thousand ha annually<br />
over the next ten years.<br />
What else does AFOA have on its agenda?<br />
Included, in addition to the promotion of forestry, are the<br />
promotion of forest livestock with models that improve<br />
productivity and animal welfare and promote the production<br />
of carbon-neutral meat; a strong focus on forestry workers,<br />
promoting the certification of skills and continuous training<br />
with specific programs such as MTEySS; support for forest certification<br />
for Sustainable Management, as a fundamental tool<br />
for sustainability and export possibilities and, in particular,<br />
the monitoring of the 2030 Strategic Plan. To this end, the associations<br />
representing this value chain (AFOA, AFCP, FAIMA,<br />
ASORA, and SRA) have joined CONFI and work together.<br />
What are the main guidelines of the 2030 forest-based plan?<br />
This Argentine Forest-based Strategic Plan 2030 is a historic<br />
milestone for the Sector, the product of the articulation<br />
achieved between the Public Sector, Civil Society, and the<br />
Private Sector in the context of the Roundtable on Forest<br />
Product Competitiveness (which will meet again shortly). Its<br />
objectives include conserving and enhancing native forests,<br />
increasing the area of planted forests to two million hectares,<br />
achieve investments of US$ 7 billion in industries in the value<br />
chain: biorefineries, paper making, construction with wood,<br />
and energy, with an important innovation agenda established<br />
there. This would generate almost 187 thousand new jobs<br />
and reverse the Sector’s historic trade deficit thanks to exports<br />
of more than US$ 2.5 billion. These goals are especially<br />
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COLUNA<br />
As árvores são o<br />
grande motivo do<br />
desabastecimento de<br />
energia elétrica nas<br />
cidades. Será?<br />
Gabriel Dalla Costa Berger<br />
Engenheiro <strong>Florestal</strong> e Segurança do Trabalho<br />
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gabriel@gabrielberger.com.br<br />
Foto: divulgação<br />
Com conhecimento técnico, cultura de segurança e consciência ambiental podemos<br />
promover o equilíbrio entre as árvores urbanas e a rede de energia elétrica<br />
N<br />
os últimos tempos, tenho visto um movimento<br />
que coloca nas árvores uma parcela significativa<br />
de responsabilidade pelo desabastecimento<br />
de energia elétrica em áreas urbanas.<br />
Embora as árvores desempenhem um papel<br />
na interrupção do fornecimento de energia, elas estão longe<br />
de serem as grandes culpadas por esse problema.<br />
É visto que a vegetação próxima às redes elétricas pode<br />
representar um risco potencial de interrupção do fornecimento<br />
de energia. Galhos que entram em contato com a<br />
rede elétrica podem causar interrupções no sistema. Além<br />
disso, em condições climáticas adversas, como tempestades<br />
e ventos fortes, árvores podem ser derrubadas, danificando<br />
os cabos e postes elétricos.<br />
Em vez de culpar as árvores, é necessário adotar uma<br />
abordagem voltada a promover a coexistência harmoniosa<br />
entre a vegetação urbana e as redes elétricas. Todos querem<br />
os benefícios que as árvores proporcionam e todos querem<br />
energia elétrica nas suas casas.<br />
Isso começa pela preparação de quem faz o manejo dessa<br />
vegetação. Trabalhei por quase 10 anos diretamente com<br />
equipes de manejo de árvores em redes aéreas de energia<br />
elétrica. Como Engenheiro <strong>Florestal</strong> e de Segurança, acompanhei<br />
o dia a dia e desafios dessas equipes e o impacto do<br />
desabastecimento de energia em função da vegetação.<br />
O que percebi nesse tempo e me convenço cada vez<br />
mais à medida em que continuo desenvolvendo treinamentos<br />
e acompanhamento de equipes de manejo, é que a<br />
técnica correta de poda é crucial para a convivência harmoniosa<br />
entre o vegetal e a rede.<br />
Quando o corte no galho não é realizado no lugar correto,<br />
a árvore não cicatriza a lesão e ocorre o crescimento<br />
de brotações no local. Esses pequenos galhos não trazem<br />
nenhum benefício para a árvore e se projetam rapidamente<br />
em direção a rede, provocando o desabastecimento de<br />
energia em pouco tempo.<br />
Como a árvore não cicatriza a lesão, a ferida fica aberta,<br />
funcionando como uma porta de entrada para fungos e bactérias,<br />
o que pode levar a degradação da madeira, enfraquecendo<br />
e desestabilizando a árvore. Esse é o grande motivo<br />
50 www.referenciaflorestal.com.br<br />
pelo qual as árvores tombam em caso de ventos fortes e<br />
temporais.<br />
Já quando a técnica correta é aplicada e o corte é realizado<br />
no lugar certo, a árvore cicatriza naturalmente a lesão,<br />
as brotações não crescem no local e a árvore segue o seu<br />
desenvolvimento normal. O tempo para o novo manejo é<br />
maior e as chances de novos galhos tocarem a rede é muito<br />
menor.<br />
As árvores só apresentam risco para o fornecimento<br />
de energia quando não são manejadas corretamente. Com<br />
conhecimento técnico, cultura de segurança e consciência<br />
ambiental podemos promover o equilíbrio entre as árvores<br />
urbanas e a rede de energia elétrica.<br />
Foto: divulgação
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210, 280, 350 e 420 bar;<br />
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Tradição, tecnologia<br />
E CUIDADO<br />
A Indústria de mangueiras<br />
e conexões catarinense<br />
conquista mercado através<br />
de atendimento único e alta<br />
qualidade de produtos<br />
Fotos: Emanoel Caldeira<br />
TRADITION,<br />
TECHNOLOGY AND CARE<br />
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SANTA CATARINA CONQUERS THE MARKET WITH<br />
UNIQUE SERVICE AND QUALITY PRODUCTS<br />
Março 2024<br />
53
PRINCIPAL<br />
O<br />
setor florestal vive dos detalhes. O trabalho, que<br />
aparenta estar ligado a árvores frondosas de<br />
15m ou 20m (metros), é, na verdade minucioso e<br />
preciso. Cada peça da engrenagem, que começa<br />
na preparação para o plantio e termina no corte<br />
das árvores, precisa estar alinhada corretamente. Para garantir<br />
resultado e performance no campo com produtividade e precisão,<br />
a Hennings traz ao mercado uma linha de produtos com qualidade<br />
reconhecida mundialmente e cuidado para atender as demandas<br />
de seus clientes de maneira personalizada.<br />
Fundada em 1979, na cidade de Blumenau (SC), a Hennings é<br />
especializada na condução de fluidos, oferecendo, ao longo desses<br />
mais de 40 anos, o que há de melhor em tubos rígidos, mangueiras<br />
hidráulicas flexíveis, dente de corte, juntas rotativas e conectores<br />
para os segmentos que atende. O trabalho da Hennings é focado<br />
em uma palavra: responsabilidade. Responsabilidade na qualidade<br />
de seus produtos, com o bem-estar dos colaboradores, na competitividade<br />
de serviços e produtos e, principalmente, na satisfação<br />
de seus clientes. Atualmente, a empresa conta com mais de 700<br />
colaboradores, uma estrutura fabril, estoque de mais de 30 mil<br />
produtos e filiais espalhadas por todo o Brasil.<br />
Michael Dalpiaz, gerente da divisão florestal da Hennings,<br />
explica que, para além das peças e produtos, a Hennings se estabeleceu<br />
no mercado como uma referência, focando sempre na<br />
melhor entrega possível para seus clientes. “A Hennings se aplica<br />
no entendimento e acompanhamento em campo de cada produto<br />
T<br />
he Forestry Sector thrives on detail. The work<br />
associated with 15m or 20m high softwood<br />
trees is, in fact, meticulous and precise.<br />
Every piece of equipment, from planting<br />
preparation to the felling of the trees, must<br />
be aligned correctly. To ensure results and performance in<br />
the field with productivity and precision, Hennings brings<br />
to the market a line of products with world-renowned<br />
quality and care to meet the demands of its customers in<br />
a personalized way.<br />
Founded in 1979 in the city of Blumenau (SC), Hennings<br />
specializes in the fluid conduction. For more than 40<br />
years, has offered the best in rigid pipes, flexible hydraulic<br />
hoses, cutting teeth, rotary joints and connectors for the<br />
segments it serves. Hennings’ work is focused on one<br />
word: responsibility – responsibility for the quality of its<br />
products, the well-being of its employees, the competitiveness<br />
of its services and products, and, above all, the<br />
satisfaction of its customers. At present, the Company has<br />
more than seven hundred employees, a manufacturing<br />
structure, a stock of more than 30 thousand products,<br />
and branches spread throughout Brazil.<br />
Michael Dalpiaz, Forestry Division Manager for Hennings,<br />
explains that, in addition to parts and products,<br />
Hennings has established itself as a benchmark in the market<br />
by always focusing on the best possible equipment for<br />
54 www.referenciaflorestal.com.br
CARBONO<br />
Foco em<br />
CARBONO<br />
Eucalipto é capaz de<br />
armazenar grandes<br />
quantidades de<br />
carbono em todo<br />
seu processo de<br />
crescimento<br />
Fotos: divulgação<br />
58 www.referenciaflorestal.com.br
E<br />
studo coordenado pela EMBRAPA (Empresa Brasileira<br />
de Pesquisa Agropecuária) Cerrados, em<br />
parceria com a UNB (Universidade de Brasília),<br />
mostra que os plantios de povoamentos de eucalipto<br />
podem armazenar grandes quantidades de<br />
carbono na biomassa da parte aérea e no solo, assim como<br />
nas áreas de Cerrado nativo, contribuindo para a mitigação<br />
de GEE (gases de efeito estufa), em especial o CO2 (gás carbônico).<br />
Os resultados indicam elevados níveis de carbono em<br />
plantios de eucalipto e na área de vegetação natural analisados<br />
(acima de 183,99 toneladas por hectare - t/ha), acumulado<br />
principalmente no solo, demonstrando que a espécie pode<br />
contribuir para a fixação de mais de 674,17 t/ha de CO2.<br />
As árvores, tanto naturais como plantadas, podem atuar<br />
como drenos de carbono, pois fixam grande quantidade de<br />
carbono pelo processo da fotossíntese e o alocam na biomassa<br />
da parte aérea (tronco e copa), nas raízes e na adição<br />
de resíduos orgânicos ao solo. Pesquisas sugerem que as<br />
florestas, de modo geral, têm papel fundamental não apenas<br />
no ciclo do carbono, mas também podem contribuir para minimizar<br />
o aquecimento global, reduzindo a circulação de GEE<br />
como o N2O (óxido nitroso), o CH4 (metano) e CO2.<br />
Alcides Gatto, pesquisador da UNB e um dos autores<br />
do estudo, afirma que a remoção de GEE da atmosfera por<br />
plantios florestais em savanas deve ser considerada, se não a<br />
longo prazo, pelo menos para compensações de carbono no<br />
curto prazo. “No caso de povoamentos de eucalipto, o corte<br />
é realizado aos 7 anos, aos 14 anos, e aos 21 anos do plantio<br />
para papel e celulose, que é o principal uso no Brasil”, explica<br />
Alcides.<br />
De acordo com o Relatório Anual 2022 da IBÁ (Indústria<br />
Brasileira de Árvores), o Brasil tem uma área aproximada de<br />
10 milhões de ha (hectares) de florestas plantadas, sendo 76%<br />
plantações de eucalipto destinadas a diversos fins comerciais,<br />
desde a produção de carvão, papel e celulose, mourões para<br />
cerca, postes de eletrificação e madeira para móveis e construção<br />
civil, com ciclos do plantio ao corte variando de cinco a<br />
vinte anos, dependendo do destino da madeira produzida.<br />
A pesquisadora da EMBRAPA Alexsandra de Oliveira,<br />
lembra que há diversos estudos sobre estoque de carbono no<br />
solo e mitigação de GEE em áreas de Cerrado convertidas em<br />
lavouras ou pastagens. Por outro lado, apesar da expansão<br />
da cultura do eucalipto no bioma, ainda há pouca informação<br />
quanto ao impacto dos plantios sobre os estoques de carbono<br />
Março 2024<br />
59
MUDAS DE<br />
ARAUCÁRIA<br />
ENXERTADA<br />
(produção precoce do pinhão)<br />
Variedades;<br />
BRS 406, BRS 405, BRS 407, BRS 426, BRS 427, BRS 428<br />
Porte mais baixo;<br />
Maior produtividade;<br />
Mudas com produção precoce<br />
(média de 6 a 8 anos de idade).<br />
BOM RETIRO - MONTE CASTELO/SC
PLANTIO<br />
CONTROLE DE QUALIDADE<br />
EM MUDAS PARA OS<br />
PLANTIOS<br />
FLORESTAIS<br />
Por<br />
Marcelo Dionísio dos Santos - Consultor <strong>Florestal</strong> - Especialista em Controle de Qualidade e Silvicultura<br />
Pedro Francio Filho - Consultor <strong>Florestal</strong> - Diretor Francio Soluções Florestais<br />
E-mail: contato@franciosf.com.br<br />
Fotos: Francio Soluções Florestais<br />
S<br />
egundo Deming (1950 apud Horácio, 2016), não se<br />
pode gerir aquilo que não se mede, não se mede<br />
o que não se define, não se define o que não se<br />
entende e não há sucesso no que não se gerencia.<br />
Partindo desta linha de raciocínio, torna-se necessário<br />
gerir este ou qualquer outro processo de forma assertiva<br />
e quantitativa, acreditando que, esta quantificação e metodologia<br />
em controle de qualidade, trarão resultados que otimize os lucros,<br />
sistematizando os processos, fugindo ao máximo da subjetividade,<br />
alcançando melhores resultados, entendendo o que medir, porque<br />
medir, quem fará, quando será feito, como será feito, onde medir,<br />
e quanto custará o processo.<br />
Desta forma, a gestão da qualidade em atividades silviculturais<br />
focadas em mudas florestais, medidos através de parâmetros<br />
quantitativos e qualitativos confiáveis, construídos de forma<br />
metódica e sistemática, tornam-se extremamente necessários.<br />
Entender, medir e verificar as condições em que estas estão sendo<br />
recebidas, como alguns dos quesitos básicos para a formação<br />
de florestas de qualidade e alta produtividade refletem, dentre<br />
outros fatores, no retorno financeiro em função dos custos de<br />
implantação.<br />
Neste ínterim, as mudas que irão formar os maciços tornam-se,<br />
neste cenário, o principal insumo, foco desta discussão,<br />
não desmerecendo todos os outros que antecedem o plantio ou<br />
mesmo após ele.<br />
O sucesso na formação de florestas de alta produção depende,<br />
em grande parte, da qualidade das mudas plantadas, pois, além<br />
de terem que resistir às condições adversas do campo após o<br />
plantio, devem sobreviver e produzir árvores com crescimento<br />
volumétrico economicamente desejável (Gomes et al., 1991).<br />
Alcançar um resultado satisfatório não implica na estagnação<br />
de produtos e processos, pois não há nada tão excelente que não<br />
careça de melhorias, pois a inovação é um processo constante e<br />
dinâmico, não sendo diferente para o setor agroflorestal.<br />
64 www.referenciaflorestal.com.br<br />
Acredita-se que as perdas ocasionadas por mudas de baixo<br />
padrão de qualidade podem chegar a 50% ou mais dependendo<br />
da intensidade e da forma em que as mudas apresentam suas<br />
qualidades aquém do necessário.<br />
A interpretação e, ou, falta de conhecimento do avaliador<br />
podem implicar em grandes perdas para o futuro maciço, acarretando<br />
replantios e onerando o custo de implantação, além de<br />
desuniformidade no crescimento das mudas em campo.<br />
O objetivo deste assunto não será como realizar de forma<br />
quantitativa o recebimento em campo, e sim demonstrar as características<br />
que as mudas, neste caso de eucalipto, deverão ter<br />
para atender às exigências em campo a que serão submetidas.<br />
O ideal é que as mudas adquiridas sejam provenientes de<br />
viveiros registrados no RENASEM (Registro Nacional de Sementes<br />
e Mudas) garantindo segurança do material, principalmente<br />
em doenças que podem impactar em muito a sobrevivência em<br />
campo;<br />
Os viveiros podem ser consultados no site da EMBRAPA:<br />
Fonte: https://www.embrapa.br/codigo-florestal/materiais-<br />
-de-propagacao-vegetativa.<br />
Na tabela da página ao lado, segue o demonstrativo das<br />
características ideais de mudas de eucalipto para se realizar um<br />
plantio satisfatório em campo, com percentuais acima de 95%<br />
de sobrevivência:<br />
A muda que se planta é a<br />
floresta que se colhe<br />
Pedro Francio Filho,<br />
consultor florestal
MANEJO<br />
Do Brasil à<br />
EUROPA<br />
Governo apresenta política de<br />
manejo florestal no Amapá para<br />
países da União Europeia<br />
Fotos: divulgação<br />
68 www.referenciaflorestal.com.br
O<br />
governador do Estado do Amapá, Clécio<br />
Luís, apresentou a política de manejo florestal<br />
sustentável implantada no Amapá<br />
para embaixadores da UE (União Europeia),<br />
que reúne 27 países. O encontro foi realizado<br />
na Embaixada da Áustria, em Brasília (DF). O convite<br />
partiu do embaixador austríaco Stefan Scholz, que visitou<br />
o Amapá em novembro do ano passado e se surpreendeu<br />
com o sistema de manejo do conceito à prática. O diplomata<br />
estreitou laços com o governo para buscar cooperação em<br />
prol do desenvolvimento socioeconômico e da preservação<br />
do meio ambiente. “Minha visita ao Amapá foi uma verdadeira<br />
descoberta. A apresentação de fatos e números sobre<br />
o sistema de MFS (Manejo <strong>Florestal</strong> Sustentável) do Estado é<br />
fantástico, desde o conceito até a prática, me ajudou a compreender<br />
melhor o papel do Amapá como líder nacional no<br />
ramo”, destacou Scholz.<br />
Março 2024<br />
69
Estudo de balanço de<br />
carbono para exportação<br />
de produtos florestais;<br />
Inventário de emissões de<br />
Gases de Efeito Estufa<br />
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OPERAÇÃO<br />
Força bruta<br />
EM CONJUNTO<br />
Fotos: divulgação<br />
Nova linha de equipamentos<br />
para controle de vegetação e<br />
limpeza de área mecanizada<br />
chega ao Brasil<br />
Preparar o terreno para o novo ciclo florestal é um<br />
passo chave para garantir o bom desenvolvimento<br />
das mudas. Esse procedimento vem ganhando<br />
cada vez mais importância dentro da silvicultura<br />
brasileira, graças ao empenho de profissionais que<br />
investiram e lutaram para que essa prática fosse reconhecida<br />
dentro da operação florestal. Agora recebe os reforços da Linha<br />
de equipamentos Prinoth, que chega ao Brasil através da<br />
SPARTA BRASIL, empresa especializada no fornecimento de<br />
equipamentos e implementos para o controle mecanizado de<br />
vegetação.<br />
A AHWI que foi incorporada pela Prinoth, empresa alemã<br />
com amplo conhecimento na fabricação de equipamentos<br />
para controle de vegetação, conta com 25 anos de tradição<br />
nesse mercado. A Prinoth tem uma grande gama de cabeçotes<br />
trituradores e combinados com seus veículos dedicados. São<br />
equipamentos com o mais alto padrão de qualidade e alto<br />
desempenho nas mais variadas condições que o terreno pode<br />
oferecer. Isso é consequência direta do empenho de engenheiros<br />
e especialistas da Prinoth, que se dedicam continuamente<br />
para levar as melhores soluções para seus clientes.<br />
78 www.referenciaflorestal.com.br
EVENTO<br />
Controle de pragas<br />
FLORESTAIS<br />
Fotos:<br />
Workshop sobre formicida valoriza o<br />
conhecimento e as melhorias na tecnologia<br />
para aumentar a produtividade florestal<br />
REFERÊNCIA<br />
80 www.referenciaflorestal.com.br
PESQUISA<br />
INDIVIDUALIZAÇÃO DE COPAS<br />
DE EUCALYPTUS SPP. EM<br />
AMBIENTE SIG<br />
Fotos: divulgação<br />
FLAVO ELANO DANTAS DE SOUZA<br />
UFRN (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE)<br />
82 www.referenciaflorestal.com.br
O<br />
RESUMO<br />
aumento do acesso às informações geradas<br />
pelos drones e o baixo custo de sua utilização<br />
tem apresentado grande potencial para uso<br />
nos processos da silvicultura de precisão aplicada<br />
no desenvolvimento da gestão florestal<br />
no âmbito dos Estados do nordeste do Brasil, os quais historicamente,<br />
apresentam baixa produtividade no setor. Na busca<br />
por explorar o potencial da utilização dos drones na gestão<br />
florestal de baixo custo voltada para a cadeia produtiva do<br />
nordeste, o objetivo deste trabalho foi descrever de forma<br />
quantitativa a precisão das informações métricas extraídas<br />
de copas de Eucalyptus spp. existentes em um plantio experimental<br />
florestal representados em uma imagem RGB de alta<br />
resolução fornecida por um drone, a partir da confrontação<br />
de dados provenientes de uma OBIA (Classificação Supervisionada<br />
Orientada a Objetos) com dados de referência resultantes<br />
de uma VMR (vetorização manual). O estudo foi realizado<br />
na Área de Experimentação <strong>Florestal</strong> da EAJ (Escola Agrícola<br />
de Jundiaí) – UECIA (Unidade Acadêmica Especializada em<br />
Ciências Agrárias) da UFRN (Universidade Federal do Rio<br />
Grande do Norte). Foram vetorizadas manualmente (VMR) 64<br />
copas/árvores que delimitaram uma área de interesse dentro<br />
do ortomosaico de entrada. A camada classificada gerada<br />
pela OBIA para o ortomosaico foi recortada para a área de<br />
interesse, sendo possível a quantificação da porcentagem de<br />
uso e ocupação da terra para as classes de uso e ocupação do<br />
solo definidas para este trabalho, bem como a execução e a<br />
metodologia de IC (individualização de copas) desenvolvidas<br />
neste estudo, que proporcionaram a aferição das métricas das<br />
áreas das copas já amostradas pela VMR. Os dados obtidos<br />
foram categorizados como pareados e não paramétricos e as<br />
medianas foram submetidas à diferenciação estatística a um<br />
nível de 5% de significância através da aplicação do teste de<br />
Wilcoxon, pelo qual também foi constatado o seu TDE (Tamanho<br />
de Efeito). O teste de Wilcoxon revelou uma diferença<br />
significativa entre os métodos de mensuração das áreas comparadas<br />
(z= 1,1; p< 0,05), com tamanho de efeito pequeno.<br />
Contudo, segundo observação dos resultados, a metodologia<br />
empregada neste trabalho se provou eficaz na geração de informações<br />
pertinentes a gestão florestal de baixo custo.<br />
INTRODUÇÃO<br />
Com os avanços tecnológicos, tem havido transformações<br />
nos processos de produção silvicultural e agrícola. A silvicultura<br />
de precisão é um modelo de gestão que se baseia na coleta<br />
e análise de dados geoespaciais. Esta abordagem permite<br />
correlacionar as variáveis que influenciam a produtividade<br />
florestal por meio do geoprocessamento e cruzamento de<br />
TOP OF MIND EM<br />
PLANEJAMENTO<br />
FLORESTAL<br />
remsoft.com/woodstock-optimization-studio
PESQUISA<br />
dados (Vettorazzi; Ferraz, 2000). Tais ferramentas possibilitam<br />
uma tomada de decisão mais rápida, reduzindo os custos<br />
operacionais e o tempo de execução das atividades, além de<br />
aumentar a produtividade. Com isso, os processos de manejo<br />
e gestão florestal se tornam mais eficientes (G. Câmara; R.J.<br />
Ortiz et al., 2003).<br />
No âmbito desse modelo de gestão, atualmente, destaca-se<br />
o uso de drones para a coleta de informações e dados.<br />
Equipados com sensores ópticos de alta resolução espacial<br />
e integrados a sistemas de posicionamento geográfico (GPS/<br />
GNSS), os drones são capazes de reunir uma quantidade significativa<br />
de informações, ao cobrir extensas áreas em um curto<br />
período, com baixos custos operacionais.<br />
Isso possibilita a coleta de dados em locais de difícil acesso<br />
e flexibiliza as operações para momentos específicos de interesse,<br />
como fases fenológicas das plantas ou condições meteorológicas,<br />
por exemplo. Esses dados, quando combinados<br />
com conhecimentos técnicos em fotogrametria e ferramentas<br />
de geoprocessamento, geram informações altamente precisas<br />
que auxiliam em diversos processos ao longo da cadeia de<br />
produção silvicultural (Araújo, 2022).<br />
Com os contínuos avanços nas tecnologias empregadas<br />
na aerofotogrametria, tem-se obtido resultados cada vez mais<br />
precisos na estimativa de volume e biomassa em plantios<br />
84 www.referenciaflorestal.com.br
florestais por meio de métodos de PDI (processamento digital<br />
de imagens). Grande parte dos estudos de estimativa de produção<br />
florestal utiliza imagens de satélite e câmeras multiespectrais<br />
embarcadas em drones, que fornecem informações<br />
espectrais das bandas nas quais a vegetação tem maior resposta,<br />
como o infravermelho e o infravermelho próximo.<br />
O uso de drones apresenta vantagens em relação aos<br />
satélites, como uma maior resolução espacial e detalhamento.<br />
Embora as câmeras multiespectrais possam ser limitadas<br />
devido ao seu valor de mercado, é possível obter informações<br />
sobre a vegetação utilizando câmeras RGB convencionais, que<br />
captam a reflectância da vegetação na região visível do espectro<br />
eletromagnético (Araújo, 2022).<br />
No nordeste, a produção florestal ainda encontra muitas<br />
barreiras para o seu pleno desenvolvimento, principalmente<br />
na questão da disponibilidade dos recursos hídricos devido às<br />
condições de clima e solo. Aliado a essas questões, soma-se o<br />
baixo emprego de soluções tecnológicas nas iniciativas florestais<br />
para as atividades de reflorestamento da região, sobretudo<br />
na parcelas mais desprovidas da cadeia produtiva, os agricultores<br />
familiares. A principal atividade florestal no nordeste<br />
baseia-se no extrativismo ilegal vegetal de lenha para o uso<br />
em atividades das indústrias de cerâmica e gesso, bem como<br />
para o uso doméstico residencial (Padilha et al., 2022).<br />
Esta abordagem permite<br />
correlacionar as variáveis<br />
que influenciam a<br />
produtividade florestal por<br />
meio do geoprocessamento e<br />
cruzamento de dados<br />
Essa é uma versão parcial<br />
deste artigo, o material<br />
completo pode ser acessado<br />
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AGENDA<br />
AGENDA 2024<br />
Dubai Wood Show<br />
Data: 5 a 7<br />
Local: Dubai - EAU (Emirados Árabes<br />
Unidos)<br />
Informações: https://www.<br />
woodshowglobal.com/dubai<br />
Tech Forestry<br />
Data: 20 a 22<br />
Local: Lages (SC)<br />
Informações:<br />
https://techforestry.com.br/<br />
Expoforest<br />
Data: 10 a 14<br />
Local: Santa Cruz de la Sierra (Bolívia)<br />
Informações:<br />
https://fexpocruz.com.bo/expoforest/<br />
MARÇO<br />
2024<br />
MARÇO<br />
2024<br />
ABRIL<br />
2024<br />
MAR<br />
2024<br />
TECH FORESTRY<br />
A realização da TechForestry – IV Feira de Tecnologia para<br />
Indústria de Madeira e Floresta -, tem como objetivo<br />
principal manter a atualização tecnológica, desde o<br />
plantio até o beneficiamento, além de gerar negócios e<br />
aproximar empresas e profissionais, criando informação<br />
para melhor produtividade e produtos de maior valor<br />
agregado. Serão 25 mil m2 (metros quadrados) de área<br />
externa, 2 mil m2 de área interna, exposição de trabalhos<br />
técnicos, espaço para micro e pequenas industrias, além<br />
de dois auditórios com mais de 40 palestras técnicas.<br />
ABR<br />
2024<br />
EXPOFOREST<br />
A Expoforest Bolívia destaca o que há de melhor na<br />
indústria madeireira em uma vitrine onde empresas<br />
do setor expõem móveis, serviços, ferramentas e tudo<br />
relacionado a esse material. São mais de cinco mil<br />
visitantes, em uma área com mais de 4 mil m2 de exibição<br />
onde o florestal boliviano recebe o principal foco. Durante<br />
a feira são realizadas competições corte de toras, reuniões<br />
de negócios com grandes representantes do setor e a<br />
valorização de todo o processo produtivo, partindo do<br />
plantio até os produtos manufaturados.<br />
Imagem: reprodução Imagem: reprodução<br />
86 www.referenciaflorestal.com.br
AGENDA 2024<br />
JULHO<br />
2024<br />
Demo Forest<br />
Data: 30 e 31<br />
Local: Bertrix (Bélgica)<br />
Informações:<br />
https://www.demoforest.be/en/<br />
SETEMBRO<br />
2024<br />
ASSINE AS PRINCIPAIS<br />
REVISTAS DO SETOR<br />
E FIQUE POR DENTRO<br />
DAS NOVIDADES!<br />
Lignum<br />
Data: 17 a 19<br />
Local: Curitiba (PR)<br />
Informações:<br />
https://lignumlatinamerica.com/<br />
INFORMAÇÃO<br />
A ALMA DO NEGÓCIO!<br />
FLORESTAL<br />
INDUSTRIAL<br />
PRODUTOS<br />
BIOMAIS<br />
OUTUBRO<br />
2024<br />
CELULOSE<br />
VI CBCTEM<br />
Data: 16 a 18<br />
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DE CADA UM<br />
Por Kiko Campos,<br />
Formado em economia, tem MBA em<br />
comunicação, especialização em<br />
administração, inovação e negócios.<br />
Atualmente atua como gerente<br />
sênior de recursos humanos, do<br />
grupo Carrefour<br />
Conheça o que são soft<br />
skills e hard skills e como<br />
isso pode fazer diferença<br />
na relação com sua equipe<br />
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O<br />
mercado exige cada vez mais profissionais completos, que tenham<br />
bem desenvolvidas soft skills e hard skills, de forma a se<br />
complementarem e permitirem uma atuação mais ampla. Nas<br />
descrições de vagas de emprego, é comum ver a exigência de<br />
uma combinação dos dois tipos de habilidades, afinal, ambos<br />
são necessários para uma performance de sucesso e para conquistar posições<br />
mais avançadas.<br />
Soft skills e hard skills são um conjunto de habilidades técnicas e comportamentais<br />
que ajudam o profissional a se destacar no mercado. Enquanto as hard<br />
skills são relacionadas ao conhecimento técnico, específico da profissão, as soft<br />
skills são características de perfil, mais ligadas ao comportamento. Em um currículo,<br />
as hard skills apareceriam nas áreas em que o candidato possui certificados<br />
e as soft skills seriam aquelas características que ajudam a construir melhor<br />
relacionamento com colegas, lideranças e clientes, por exemplo.<br />
As soft skills são traços de personalidade relevantes, habilidades sociais<br />
autodesenvolvidas que aumentam a capacidade de um profissional de realizar<br />
seu trabalho e que não são de uma área específica. Geralmente são adquiridas<br />
por meio de experiências de vida e de trabalho, podem ser aplicadas a uma<br />
série de funções e estão em demanda em diferentes indústrias. Esses atributos<br />
pessoais ajudam os profissionais a prosperar no local de trabalho, independentemente<br />
de seu nível de conhecimento, função ou setor e são mais difíceis de<br />
serem mensuradas. Exemplos de soft skills são: comunicação, liderança, solução<br />
de problemas, adaptabilidade, trabalho em equipe, ética, gerenciamento de<br />
tempo, diplomacia, inteligência emocional, criatividade, empatia, pensamento<br />
crítico, escuta ativa, flexibilidade e tomada de decisão.<br />
As hard skills são o conhecimento e as habilidades técnicas específicas de<br />
um trabalho, relevantes para o desempenho de funções de maneira eficaz em<br />
cada cargo e nível profissional. Ou seja, cada posição em uma empresa exigirá<br />
uma lista exclusiva de hard skills. São a espinha dorsal das atividades, indicando<br />
maestria e expertise para a realização de tarefas, são consideradas pré-requisitos<br />
em muitas profissões para que as responsabilidades sejam atendidas com<br />
segurança e qualidade. Elas podem ser desenvolvidas por meio de educação<br />
formal, cursos e treinamentos, e são mais fáceis de serem mensuradas. Já<br />
exemplos de hard skills são: diploma de graduação ou pós-graduação, certificado<br />
de cursos e treinamentos, computação na nuvem, marketing de SEO,<br />
codificação, escrituração, proficiência em uma língua estrangeira, segurança de<br />
rede e informação, análise estatística e mineração de dados, arquitetura web e<br />
estrutura de desenvolvimento, cirurgia, venda, gestão de fluxo de caixa, técnica<br />
de entrevista, catalogação de recursos informacionais e dados.<br />
ADAPTAR E APRENDER<br />
Por exemplo, se o candidato tem dificuldade de trabalhar em equipe, mas<br />
o emprego dos seus sonhos requer esta habilidade, você pode desenvolvê-la<br />
com atividades em grupo ou até mesmo a prática de um esporte de time ou um<br />
jogo de escape room. Se sua dificuldade é se comunicar de forma eficiente, por<br />
exemplo, o candidato pode participar de grupos de discussão ou observar como<br />
profissionais que dominam essa técnica se posicionam para aprender com eles,<br />
além de ler muito sobre esse assunto. Assim como fazer uma autorreflexão é<br />
importante, receber feedback de colegas, líderes e clientes é uma excelente maneira<br />
de desenvolver soft skills e hard skills. O feedback é uma ferramenta essencial<br />
para fortalecer soft skills e hard skills. Ao pedir feedback para terceiros,<br />
recebemos informações valiosas para o nosso crescimento pessoal e profissional.<br />
O mesmo deve ser feito para as demais pessoas com quem você trabalha:<br />
forneça feedback a elas, de forma educada e construtiva.
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