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Qual é a situação atual do setor florestal argentino?
O setor florestal e silvo-industrial é muito importante no país,
embora esteja longe do seu potencial e tenha ficado aquém do
crescimento que teve nos países vizinhos. Temos novas expectativas
de que isso possa ser revertido. Para dar dimensão ao setor,
as províncias reconheceram uma área de cerca de 55 milhões de
ha (hectares) de florestas nativas no planejamento realizado no
âmbito da lei 26.331. Por outro lado, a indústria de base florestal
fornece 95% da madeira de plantações florestais. Neste sentido,
1,3 milhões de ha foram reflorestados com pinus, eucaliptos e
salicáceas, majoritariamente na Mesopotâmia e no Delta, 55%
deles certificados com selos de gestão sustentável reconhecidos
internacionalmente. O valor acrescentado da madeira florestal
inclui a produção de pasta e papel; madeira e tábuas para habitação
e móveis; energia elétrica e térmica e diversos produtos
químicos. Com 13 mil produtores florestais e mais de 6 mil empresas,
a indústria florestal emprega direta e formalmente cerca
de 100 mil pessoas e exporta cerca de US$ 700 milhões anualmente.
Historicamente, apresenta saldo comercial negativo, principalmente
devido à importação de papel.
>> Como se interessou por florestas?
Desde que ingressei na Arauco Argentina em 2002, conheci um
setor comprometido com a gestão, gerando processos e modelos
de trabalho integradores ao longo de todo o ciclo produtivo na
busca constante pela melhoria. Além disso, o fato de trabalhar
em uma empresa que tem a sustentabilidade como núcleo do
seu negócio - com a convicção de que o setor florestal e silvo-
-industrial pode dar respostas à agenda mais importante para o
futuro imediato: colaborar para mitigar as alterações climáticas e
proporcionar opções de desenvolvimento sustentável -, faz com
que meu compromisso cresça e se expanda dia a dia. Através
do trabalho na Arauco, que é uma empresa que tem todo o seu
patrimônio florestal Certificado para Gestão Sustentável com os
dois mais reconhecidos selos internacionais (FSC e PEFC), que
seguem elevados padrões de gestão ambiental em suas operações
e gerando processos de economia circular, pude também
expandir os meus conhecimentos para outras áreas de gestão,
especialmente em diversas entidades como a AFOA e outros protagonistas
do setor.
>> Como foi sua trajetória dentro da associação?
Profundamente ligado ao setor, também sou presidente do CER-
FOAR – PEFC Argentina representando a AFOA. O PEFC trabalha
para proteger as florestas e os ecossistemas florestais, além de
promover a gestão florestal sustentável através de certificações,
considerando uma perspectiva social e local que gera benefícios
para todos. Na AFOA ocupei especialmente vários cargos no
conselho de administração, até ano passado, altura em que fui
nomeado Presidente até 2025.
>> Poucos anos antes, a AFOA cumpriu um papel importante
para dar maior segurança jurídica ao setor. Considera uma das
vitórias mais marcantes para o segmento?
Sim, foi um dos acontecimentos mais marcantes da história.
Foi em 2004, quando assinei um acordo com o Ministério do
Trabalho, Emprego e Segurança Social - ainda em vigor - pelo
What is the current situation in the Argentine Forest-based
Sector?
The Forest-based Sector is very important in the Country,
although it is far from achieving its potential and has fallen
short of the growth it has had in neighboring countries. We
have new expectations that this can be reversed. To give
dimension to the Sector, the Provinces recognized an area of
about 55 million ha as native forests in the planning carried
out under Law 26.331. On the other hand, the forest-based
industry provides 95% of the wood from forest plantations.
In this regard, 1.3 million ha have been reforested with pine,
eucalyptus, and salicaceous species, mainly in Mesopotamia
and the Delta, 55% of them certified with internationally recognized
Sustainable Management seals. The added value of
forest wood includes pulp and paper production, sawn wood
for housing and furniture, electrical and thermal energy, and
various chemicals. With 13 thousand forest producers and
more than six thousand companies, the forest-based industry
directly and formally employs about a hundred thousand people
and exports about US$ 700 million annually. Historically, it
has a negative trade balance, mainly due to paper imports.
How did you become interested in forests?
Since I joined Arauco Argentina in 2002, I have met a Sector
committed to Management, generating integrative processes
and work models throughout the entire production cycle in
the constant search for improvement. In addition, the fact
that I work in a Company that has sustainability as the core of
its business - with the conviction that the Forest-based Sector
can respond to the most critical agenda for the immediate
future, collaborating to mitigate climate change and providing
sustainable development options - makes my commitment
grow and expand day by day. Through my work at Arauco, a
company that has all its forest assets Certified for Sustainable
Management with the two most recognized international
seals (FSC and PEFC), which follow high standards of environmental
management in their operations and generating
circular economy processes, I was also able to expand my
knowledge to other areas of management, especially in various
entities such as AFOA and other players in the Sectors.
What has been your path within the Association?
Deeply connected to the Sectors, I am also President of
CERFOAR – PEFC Argentina representing AFOA. PEFC works
to protect forests and forest ecosystems, as well as promote
sustainable forest management through certification, considering
a social and local perspective that generates benefits for
all. At AFOA, I held various positions on the Board of Directors
until last year, when I was appointed Chairman until 2025.
A few years ago, AFOA played an important role in providing
greater legal certainty to the Forest-based Sector. Do
you consider it one of the most remarkable victories for the
Sector?
Yes, it was one of the most remarkable events in its history. It
was in 2004 when it signed an agreement with the Ministry
of Labor, Employment, and Social Security - still in force - by
Março 2024
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