UNIVERSIDADE DO PORTO Faculdade de Letras - Repositório ...
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temperatura e intensa pluviosida<strong>de</strong>, ao passo que no final do trimestre já são mais<br />
frequentes os dias limpos em <strong>de</strong>trimento das borrascas <strong>de</strong> sudoeste. O período estival é<br />
quente e estável e o outono apresenta dois meses <strong>de</strong> transição, em que se verificam dias<br />
estáveis em Setembro e Outubro, ao passo que a partir <strong>de</strong> Novembro se começam a<br />
registar os temporais <strong>de</strong> oeste e norte (FARIA 1999:150).<br />
A temperatura média ronda os 10° em Janeiro e os 18,5° em Julho/Agosto<br />
(FARIA 1999: 159). Por seu turno, a precipitação média anual ronda osl430 mm, com<br />
maior incidência no período que me<strong>de</strong>ia entre Outubro e Maio (cerca <strong>de</strong> 85% da<br />
quantida<strong>de</strong> total), em especial no mês <strong>de</strong> Janeiro, facto que faz das bacias do Lima e<br />
Minho as que apresentam maiores valores <strong>de</strong> precipitação anual, não só em termos <strong>de</strong><br />
quantida<strong>de</strong>, como <strong>de</strong> dispersão ao longo do ano. Isto <strong>de</strong>ve-se ao efeito <strong>de</strong> 'barreira<br />
climática' motivado pela orografia do terreno, associado à presença "<strong>de</strong> <strong>de</strong>pressões<br />
associadas à Frente Polar que, progressivamente, se vão encaminhando em direcção<br />
ao Noroeste Peninsular'" (FARIA 1999: 185-188). Gran<strong>de</strong> parte da precipitação ocorre<br />
na forma <strong>de</strong> chuva e aguaceiros, sendo mais escassa a presença <strong>de</strong> granizos e mais rara<br />
sob a forma <strong>de</strong> neve.<br />
Esta é uma zona que apresenta, contudo, uma das mais altas taxas <strong>de</strong> insolação<br />
do norte do país, registando-se uma insolação média anual <strong>de</strong> 2420 horas, <strong>de</strong>crescendo,<br />
no entanto, à medida que se avança para o interior e em altitu<strong>de</strong> (FARIA 1999: 177). No<br />
concernente aos períodos <strong>de</strong> nebulosida<strong>de</strong>, regista-se uma percentagem <strong>de</strong> céu coberto<br />
na ronda dos 50% nos meses <strong>de</strong> Setembro a Maio; os valores mais altos centram-se em<br />
Dezembro e Janeiro, enquanto que os meses com maior número <strong>de</strong> dias limpos são<br />
Julho e Agosto (FARIA 1999: 183).<br />
Horácio Faria ensaiou uma síntese das diferentes classificações ou propostas<br />
teóricas quanto ao regime climático do litoral minhoto, aten<strong>de</strong>ndo às condições<br />
climáticas <strong>de</strong>sta área. Assim, segundo o quadro <strong>de</strong> regiões climáticas proposto por<br />
Suzanne Daveau "estamos na presença do tipo marítimo, sub-tipo Litoral Oeste, classe<br />
P", por apresentar verões frescos e invernos mo<strong>de</strong>rados. Quanto à classificação <strong>de</strong><br />
Koppën esta "é uma região <strong>de</strong> clima húmido tipo B4, pela presença <strong>de</strong> clima<br />
temperado, verão quente e precipitação em todos os meses". A classificação <strong>de</strong><br />
Thornwaite, por seu turno, atribui-lhe o "tipo húmido IV ou III - Mesotérmico II,<br />
caracterizado por verões mo<strong>de</strong>rados e invernos suaves e chuvosos". A classificação <strong>de</strong><br />
Allue "leva-nos a concluir que estamos perante uma sub-região fltoclimática<br />
mediterrânica sub-húmida <strong>de</strong> tendência atlântica". Na classificação <strong>de</strong> Papadakis<br />
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