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Jornal Paraná Novembro 2016

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ESPECIAL<br />

Investimentos no campo<br />

Visando melhorar o aproveitamento da<br />

capacidade industrial, a usina implantou<br />

o setor de qualidade agrícola em 2015<br />

Ao contrário do que ocorre<br />

na maior parte das usinas brasileiras,<br />

as renovações das lavouras<br />

de cana-de-açúcar têm<br />

sido realizadas dentro do percentual<br />

ideal na Usina Jacarezinho,<br />

de forma a obter uma<br />

idade e produtividade adequadas,<br />

dentro de um equilíbrio de<br />

custo e resultados.<br />

Segundo o gerente Agrícola,<br />

Valter Sticanella, dos 28,6 mil<br />

hectares cultivados na área da<br />

usina, nos municípios de Jacarezinho,<br />

Cambará, Santo Antônio<br />

da Platina, Ourinhos, Salto<br />

Grande, Ibirarema, Palmital e<br />

outros, a Companhia Canavieira<br />

de Jacarezinho é responsável<br />

pela produção e fornecimento<br />

de aproximadamente<br />

50% da matéria-prima, plantando<br />

13 mil hectares.<br />

A busca constante por novas<br />

formas de gestão do trabalho<br />

e a adoção de novas tecnologias<br />

resultaram na implantação<br />

do sistema de piloto automático,<br />

que monitora o canavial<br />

com exatidão e reduz os erros<br />

na colheita mecanizada, que já<br />

atinge 90% da área total. Também,<br />

o plantio mecanizado já<br />

chega a 90% nas áreas próprias<br />

e arrendadas e estão<br />

sendo adquiridos três colhedoras,<br />

quatro tratores, oito caminhões,<br />

seis transbordos e<br />

10 carretas canavieiras para a<br />

próxima safra.<br />

Visando melhorar o aproveitamento<br />

da capacidade industrial,<br />

a Usina Jacarezinho<br />

implantou o setor de qualidade<br />

agrícola em 2015. Com os estudos<br />

de viabilidade técnica e<br />

econômica na performance<br />

agrícola, medindo diariamente<br />

as perdas, pisoteio e outros índices,<br />

buscou sincronizar os<br />

dois setores e atender aos requisitos<br />

de qualidade do canavial<br />

de um modo geral.<br />

Sticanella ressalta ainda o<br />

cuidado com a escolha de variedades,<br />

buscando sempre<br />

materiais cada vez mais produtivos,<br />

através de convênios<br />

com a Ridesa, CTC e IAC.<br />

Todas as áreas próprias já possuem<br />

a carta de solo que visa<br />

a locação da variedade pelo<br />

ambiente de produção, além<br />

Inclusão e oportunidades<br />

Renovação dos canaviais segue ritmo normal<br />

de determinar todo manejo, as<br />

operações agrícolas e fertilização.<br />

“Incentivamos ainda nossos<br />

fornecedores a desenvolver<br />

o plantio de cana através<br />

de fomento e variedades de<br />

alto rendimento”, finaliza.<br />

Em defesa dos direitos das<br />

pessoas com deficiência, a<br />

usina mantém há dez anos o<br />

projeto de inclusão social que,<br />

além de gerar emprego, proporciona<br />

conhecimentos e habilidades<br />

especificamente associados<br />

à ocupação, com<br />

formação profissional e qualificação<br />

para o trabalho.<br />

Há quatro anos, também firmou<br />

um convênio com as<br />

Apaes de Jacarezinho, Santo<br />

Antônio da Platina, Cambará e<br />

Chavantes, promovendo diversas<br />

ações com o propósito de<br />

oferecer um trabalho a essas<br />

pessoas e proporcionar o direito<br />

ao exercício da cidadania. Além<br />

disso, de maneira criativa, a<br />

empresa cumpre, desde 2006,<br />

com os requisitos definidos na<br />

legislação, segundo Cláudia de<br />

Oliveira Calegari, supervisora de<br />

Recursos Humanos.<br />

“Com essa parceria com as<br />

APAEs, criando ocupações<br />

destinadas especificamente às<br />

Da direita para esquerda:<br />

José Carlos Fagnani,<br />

gerente Administrativo<br />

Financeiro, Rogério<br />

Procópio Jardim Gomes<br />

Braga, gerente<br />

Corporativo de Recursos<br />

Humanos e Cláudia de<br />

Oliveira Calegari,<br />

supervisora de Recursos<br />

Humanos, receberam<br />

o Prêmio Master<br />

Cana Social 2014<br />

pela empresa<br />

pessoas com deficiência, que<br />

não teriam acesso aos empregos<br />

comuns, oferecemos à<br />

comunidade algo que de fato<br />

assegura a essas pessoas o<br />

pleno exercício de seus direitos<br />

básicos, inclusive os direitos à<br />

educação, saúde, trabalho, lazer,<br />

bem estar pessoal, social<br />

e econômico”, afirma Cláudia.<br />

A iniciativa ainda oferece a esses<br />

colaboradores a formação<br />

de hábitos e atitudes de trabalho,<br />

como pontualidade, respeito,<br />

segurança, responsabilidade,<br />

condutas socialmente<br />

aceitas, sendo esses comportamentos<br />

desenvolvidos no dia<br />

a dia de trabalho.<br />

“Dessa maneira, a pessoa<br />

enfrenta melhor as necessidades<br />

da vida e do mercado de<br />

trabalho, desenvolvendo a autoconfiança<br />

e realização pessoal<br />

formada no conhecimento<br />

da realidade, valores e expressões<br />

culturais. O ser humano<br />

se realiza plenamente quando<br />

se torna produtivo no contexto<br />

em que vive”, diz Cláudia.<br />

Todas as hortaliças e legumes<br />

produzidos pelos colaboradores<br />

são vendidos nas cidades<br />

e os valores resultantes revertidos<br />

para a manutenção do<br />

projeto, reposição de insumos<br />

e ferramentas utilizados: arames,<br />

sementes, catracas para<br />

arame liso, sombrites para horta,<br />

regadores e outros. Na<br />

maioria das cidades, as atividades<br />

são autossustentáveis.<br />

“O objetivo fundamental alcançado<br />

por esse projeto é o<br />

de priorizar a inclusão social,<br />

ampliando as oportunidades<br />

de trabalho para as pessoas<br />

com deficiência e proporcionando<br />

a elas o acesso ao trabalho,<br />

à renda, desenvolvimento<br />

profissional e conscientização<br />

da sociedade”, ressalta.<br />

Atualmente, a empresa conta<br />

com 54 pessoas com deficiência,<br />

sendo que 18 fazem<br />

parte do convênio firmado<br />

junto às APAEs da região. Considerando<br />

familiares diretos,<br />

são beneficiados aproximadamente<br />

120 pessoas. “Mais importante<br />

do que a quantidade<br />

atingida é o fato que as pessoas<br />

beneficiadas estão dentre as<br />

mais fragilizadas e menos favorecidas<br />

na sociedade brasileira,<br />

daí os bons resultados e o reconhecimento<br />

obtido”, comenta<br />

a supervisora. Em 2013, a<br />

Câmara Municipal de Chavantes<br />

registrou uma “Moção de<br />

Agradecimentos” pelo projeto e<br />

em 2014, a usina recebeu o<br />

prêmio Master Cana Social.<br />

14 <strong>Novembro</strong> <strong>2016</strong> - <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>

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