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ESPECIAL<br />
Investimentos no campo<br />
Visando melhorar o aproveitamento da<br />
capacidade industrial, a usina implantou<br />
o setor de qualidade agrícola em 2015<br />
Ao contrário do que ocorre<br />
na maior parte das usinas brasileiras,<br />
as renovações das lavouras<br />
de cana-de-açúcar têm<br />
sido realizadas dentro do percentual<br />
ideal na Usina Jacarezinho,<br />
de forma a obter uma<br />
idade e produtividade adequadas,<br />
dentro de um equilíbrio de<br />
custo e resultados.<br />
Segundo o gerente Agrícola,<br />
Valter Sticanella, dos 28,6 mil<br />
hectares cultivados na área da<br />
usina, nos municípios de Jacarezinho,<br />
Cambará, Santo Antônio<br />
da Platina, Ourinhos, Salto<br />
Grande, Ibirarema, Palmital e<br />
outros, a Companhia Canavieira<br />
de Jacarezinho é responsável<br />
pela produção e fornecimento<br />
de aproximadamente<br />
50% da matéria-prima, plantando<br />
13 mil hectares.<br />
A busca constante por novas<br />
formas de gestão do trabalho<br />
e a adoção de novas tecnologias<br />
resultaram na implantação<br />
do sistema de piloto automático,<br />
que monitora o canavial<br />
com exatidão e reduz os erros<br />
na colheita mecanizada, que já<br />
atinge 90% da área total. Também,<br />
o plantio mecanizado já<br />
chega a 90% nas áreas próprias<br />
e arrendadas e estão<br />
sendo adquiridos três colhedoras,<br />
quatro tratores, oito caminhões,<br />
seis transbordos e<br />
10 carretas canavieiras para a<br />
próxima safra.<br />
Visando melhorar o aproveitamento<br />
da capacidade industrial,<br />
a Usina Jacarezinho<br />
implantou o setor de qualidade<br />
agrícola em 2015. Com os estudos<br />
de viabilidade técnica e<br />
econômica na performance<br />
agrícola, medindo diariamente<br />
as perdas, pisoteio e outros índices,<br />
buscou sincronizar os<br />
dois setores e atender aos requisitos<br />
de qualidade do canavial<br />
de um modo geral.<br />
Sticanella ressalta ainda o<br />
cuidado com a escolha de variedades,<br />
buscando sempre<br />
materiais cada vez mais produtivos,<br />
através de convênios<br />
com a Ridesa, CTC e IAC.<br />
Todas as áreas próprias já possuem<br />
a carta de solo que visa<br />
a locação da variedade pelo<br />
ambiente de produção, além<br />
Inclusão e oportunidades<br />
Renovação dos canaviais segue ritmo normal<br />
de determinar todo manejo, as<br />
operações agrícolas e fertilização.<br />
“Incentivamos ainda nossos<br />
fornecedores a desenvolver<br />
o plantio de cana através<br />
de fomento e variedades de<br />
alto rendimento”, finaliza.<br />
Em defesa dos direitos das<br />
pessoas com deficiência, a<br />
usina mantém há dez anos o<br />
projeto de inclusão social que,<br />
além de gerar emprego, proporciona<br />
conhecimentos e habilidades<br />
especificamente associados<br />
à ocupação, com<br />
formação profissional e qualificação<br />
para o trabalho.<br />
Há quatro anos, também firmou<br />
um convênio com as<br />
Apaes de Jacarezinho, Santo<br />
Antônio da Platina, Cambará e<br />
Chavantes, promovendo diversas<br />
ações com o propósito de<br />
oferecer um trabalho a essas<br />
pessoas e proporcionar o direito<br />
ao exercício da cidadania. Além<br />
disso, de maneira criativa, a<br />
empresa cumpre, desde 2006,<br />
com os requisitos definidos na<br />
legislação, segundo Cláudia de<br />
Oliveira Calegari, supervisora de<br />
Recursos Humanos.<br />
“Com essa parceria com as<br />
APAEs, criando ocupações<br />
destinadas especificamente às<br />
Da direita para esquerda:<br />
José Carlos Fagnani,<br />
gerente Administrativo<br />
Financeiro, Rogério<br />
Procópio Jardim Gomes<br />
Braga, gerente<br />
Corporativo de Recursos<br />
Humanos e Cláudia de<br />
Oliveira Calegari,<br />
supervisora de Recursos<br />
Humanos, receberam<br />
o Prêmio Master<br />
Cana Social 2014<br />
pela empresa<br />
pessoas com deficiência, que<br />
não teriam acesso aos empregos<br />
comuns, oferecemos à<br />
comunidade algo que de fato<br />
assegura a essas pessoas o<br />
pleno exercício de seus direitos<br />
básicos, inclusive os direitos à<br />
educação, saúde, trabalho, lazer,<br />
bem estar pessoal, social<br />
e econômico”, afirma Cláudia.<br />
A iniciativa ainda oferece a esses<br />
colaboradores a formação<br />
de hábitos e atitudes de trabalho,<br />
como pontualidade, respeito,<br />
segurança, responsabilidade,<br />
condutas socialmente<br />
aceitas, sendo esses comportamentos<br />
desenvolvidos no dia<br />
a dia de trabalho.<br />
“Dessa maneira, a pessoa<br />
enfrenta melhor as necessidades<br />
da vida e do mercado de<br />
trabalho, desenvolvendo a autoconfiança<br />
e realização pessoal<br />
formada no conhecimento<br />
da realidade, valores e expressões<br />
culturais. O ser humano<br />
se realiza plenamente quando<br />
se torna produtivo no contexto<br />
em que vive”, diz Cláudia.<br />
Todas as hortaliças e legumes<br />
produzidos pelos colaboradores<br />
são vendidos nas cidades<br />
e os valores resultantes revertidos<br />
para a manutenção do<br />
projeto, reposição de insumos<br />
e ferramentas utilizados: arames,<br />
sementes, catracas para<br />
arame liso, sombrites para horta,<br />
regadores e outros. Na<br />
maioria das cidades, as atividades<br />
são autossustentáveis.<br />
“O objetivo fundamental alcançado<br />
por esse projeto é o<br />
de priorizar a inclusão social,<br />
ampliando as oportunidades<br />
de trabalho para as pessoas<br />
com deficiência e proporcionando<br />
a elas o acesso ao trabalho,<br />
à renda, desenvolvimento<br />
profissional e conscientização<br />
da sociedade”, ressalta.<br />
Atualmente, a empresa conta<br />
com 54 pessoas com deficiência,<br />
sendo que 18 fazem<br />
parte do convênio firmado<br />
junto às APAEs da região. Considerando<br />
familiares diretos,<br />
são beneficiados aproximadamente<br />
120 pessoas. “Mais importante<br />
do que a quantidade<br />
atingida é o fato que as pessoas<br />
beneficiadas estão dentre as<br />
mais fragilizadas e menos favorecidas<br />
na sociedade brasileira,<br />
daí os bons resultados e o reconhecimento<br />
obtido”, comenta<br />
a supervisora. Em 2013, a<br />
Câmara Municipal de Chavantes<br />
registrou uma “Moção de<br />
Agradecimentos” pelo projeto e<br />
em 2014, a usina recebeu o<br />
prêmio Master Cana Social.<br />
14 <strong>Novembro</strong> <strong>2016</strong> - <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>