29.11.2016 Views

Jornal Paraná Novembro 2016

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

PLANTAS DANINHAS<br />

Monitorar para conhecer e controlar<br />

Em vez de adotar manejo padrão, é preciso fazer diagnóstico para ajustar<br />

tratamento, melhorando resultados, evitando repasses e reduzindo custos<br />

MARLY AIRES<br />

Com pouco tempo<br />

disponível e mão de<br />

obra cada vez mais<br />

escassa, as usinas<br />

tendem, normalmente, a adotar<br />

um manejo padrão de<br />

controle de plantas daninhas.<br />

“Como não há um monitoramento<br />

sistemático, não se<br />

tem números para gerenciar,<br />

para retratar a situação e projetar<br />

aonde se quer chegar. O<br />

controle de plantas daninhas<br />

é o único processo do cultivo<br />

da cana-de-açúcar que não<br />

tem números”, afirmou o<br />

professor doutor Marcos Antonio<br />

Kuva, da Herbae Consultoria<br />

e Projetos Agrícolas<br />

Ltda.<br />

Ele foi o palestrante da<br />

Reunião Técnica da Adama,<br />

realizada em outubro, em<br />

Maringá, com o apoio da Alcopar.<br />

O objetivo desta foi<br />

discutir o posicionamento de<br />

produtos para controle de<br />

plantas daninhas em cana<br />

soca úmida e apresentar os<br />

resultados obtidos com o<br />

herbicida da empresa multinacional<br />

em áreas testes na<br />

Usina Santa Terezinha e na<br />

Usina Alto Alegre.<br />

Segundo Kuva, o diagnóstico<br />

feito com base no monitoramento<br />

é a fase mais<br />

importante de todo o trabalho.<br />

É a partir dele que se<br />

identifica a real necessidade,<br />

que é diferente para cada<br />

lote, fazenda ou usina - um<br />

tratamento de manutenção<br />

ou de choque - e se desenvolve<br />

todo o planejamento.<br />

“É importante conhecer as<br />

plantas daninhas e o nível de<br />

infestação da lavoura para<br />

saber qual o manejo a ser<br />

adotado, ajustando produtos,<br />

dosagens ou combinações,<br />

ao ambiente existente. Tem<br />

que se fazer o controle de<br />

forma segmentada e não<br />

usar uma receita única, padrão,<br />

para toda área”, orientou<br />

o professor doutor.<br />

A amostragem seria semelhante<br />

à feita no caso de controle<br />

de pragas, estabelecendo-se<br />

notas para o nível de<br />

infestação e conforme a importância<br />

da planta daninha e<br />

os danos que causa. O levantamento<br />

é feito em pré-safra,<br />

entre fevereiro e abril.<br />

Reunião Técnica<br />

da Adama, com<br />

apoio da Alcopar,<br />

foi em outubro,<br />

em Maringá<br />

Maior chance de sucesso<br />

Citando os diversos estudos<br />

já realizados, o professor<br />

doutor Marcos Antonio Kuva<br />

disse que ao usar o produto<br />

certo, na medida certa e no<br />

lugar certo, há mais chance<br />

de sucesso, reduzindo o nível<br />

de infestação, o banco de semente,<br />

os repasses e os custos.<br />

Também ressaltou que é<br />

preciso monitorar os resultados,<br />

avaliando a situação no<br />

fechamento da cultura, vendo<br />

se atendeu ou não a necessidade.<br />

Kuva falou ainda das pesquisas<br />

desenvolvidas com<br />

vários produtos, tanto<br />

usando moléculas novas,<br />

como reposicionando moléculas<br />

antigas. Simulando<br />

uma infestação de alta pressão,<br />

constatou se que cada<br />

um tem seus benefícios e<br />

pontos fracos, além do momento<br />

ou situação certos de<br />

estes serem usados.<br />

Outro aspecto a ser observado,<br />

destacou o professor<br />

doutor, é a forma como o<br />

herbicida se degrada - biológica,<br />

química ou pela ação da<br />

luz. “Este tem que cumprir<br />

seu papel e desaparecer no<br />

ambiente. Mas é preciso observar<br />

qual fator de decomposição<br />

predomina e seu<br />

residual de controle. Dependendo<br />

da forma de degradação<br />

do produto, do ambiente<br />

existente, do manejo adotado,<br />

tem que ajustar a dose<br />

para compensar as perdas”,<br />

orientou.<br />

Meta é fechar a cana-de-açúcar sem mato competição<br />

20<br />

<strong>Novembro</strong> <strong>2016</strong> - <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!