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FAMÍLIA-ESCOLA DISCUTINDO FINALIDADES RUPTURAS E DESAFIOS NO PROCESSO EDUCATIVO

família-escola - Faculdade de Ciências - Unesp

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estrutura familiar, se comparado a deficiências mais leves que trazem àsfamílias uma espécie de montanha–russa de sensações sobre aspossibilidades e dificuldades de seus filhos para a vida, porque eles têm quelidar com progressos e retrocessos. Contudo, as dificuldades sofridas nos anosiniciais com a criança, podem ser superadas com o passar do tempo e os paispoderão tornar-se especialistas nas necessidades e dificuldades da criança, oque diminuirá o estresse da situação de ter um filho em condição dedeficiência.Quanto às demandas da deficiência e os impactos na família, podehaver uma grande fonte de estresse causado por demandas exigidas,principalmente das mães, em cuidar de crianças mais comprometidas, quenecessitam de atenção constante para atividades como de higiene, vestimenta,alimentação, controle de medicação, etc. Enquanto outras crianças típicas damesma idade vão aprendendo tudo por si só, as mães de crianças comdeficiências podem ter de lidar com períodos mais extensivos de dependênciade seus filhos e mesmo terem a sensação de que isso durará para sempre.No que diz respeito às atitudes dos pais em relação aos filhos comdeficiência, Palomino e Gonzálves (2002) apontam a possibilidade desuperproteção ou resistência. Os pais podem superproteger os filhos quandosentem ansiedade ao perceberem que estes precisam esforçar-se muito paraconseguir fazer algo simples. As mães podem superproteger seus filhos, porexemplo, fazendo por eles o que eles são capazes de fazer sozinhos porqueelas precisam que seus filhos dependam delas, ou então, porque elasconsideram menos trabalhoso fazer pela criança do que encorajar e ensinaressa criança a fazer tudo sozinha, o que, em alguns casos, significaria maiorquantidade de tempo gasto, exigindo delas ou dos demais cuidadores maispaciência e disponibilidade. Assim, a superproteção pode ocorrer como umaestratégia defensiva utilizada pelos pais para disfarçar sentimentos negativosque eles possuem em relação ao filho com deficiência.Mas devemos ressaltar que ao superproteger um filho comdeficiência, os pais tendem a não prestar o atendimento devido a este filho,sendo que tal atitude pode agravar a deficiência apresentada pela criança ouentão, impedir ou limitar seu desenvolvimento. Esse evento não é diferente naescola! Educadores que superprotegem seus alunos também os impedem deprogredir e deixam de demonstrar a eles sua crença em suas competências ecapacidades!Muitos pais podem ter demonstrações de resistência como fazer usode medicamentos e de tratamentos tidos como milagrosos, com a esperançade que estes revertam o quadro apresentado pelo filho. Outra forma deresistência pode ocorrer quando os pais não conseguem aceitar a existênciada deficiência do filho e, periodicamente, passam a colocá-lo sob o cuidado deum especialista diferente, atrasando com isso a atuação educativa. Porém,devemos saber que essa atitude não é simplesmente uma escolha da família,mas representa as condições pessoais e materiais que existem no momento,ou seja, é a família fazendo o que pode em relação a seu filho.Também devemos nos atentar para o que nos traz Omote (1980),pois a peregrinação, ou a busca de diferentes especialistas em busca de umprognóstico mais favorável, está muito relacionada aos problemas noaconselhamento adequado após o diagnóstico do filho.

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