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FAMÍLIA-ESCOLA DISCUTINDO FINALIDADES RUPTURAS E DESAFIOS NO PROCESSO EDUCATIVO

família-escola - Faculdade de Ciências - Unesp

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Mas, além das atitudes tidas como negativas caracterizadas comoresistência, superproteção, e peregrinação, existem muitas famílias quebuscam e desenvolvem meios para lidar com as conseqüências ocasionadaspela condição de ter um membro com deficiência e que são denominadasestratégias de enfrentamento.Os pais fazem acomodações nos seus estilos de vida em resposta àdeficiência de um dos membros da família e também alteram essasacomodações todo o tempo, conforme as necessidades da criança semodificam (SELTZER, GREENBERG, FLOYD, PETTEE, HONG; 2001).Porém, as famílias podem diferir tanto nos recursos que possuempara lidar com situações diversas, quanto na forma de perceber os desafios deter como membro da família uma criança com deficiência. Assim, cadasituação tem um significado e conseqüências diferentes para cada uma ouindivíduo (MATSUKURA; 2001).Conhecer essas necessidades, percepções e sentimentosexperienciados por familiares de crianças com deficiência, e os impactoscausados pelo nascimento dessa criança, pode auxiliar a traçar um caminhoem direção a uma percepção mais positiva e, este conhecimento é importantepara que se possa buscar formas mais efetivas de intervenção com famílias,quando elas se fizerem necessárias.A família desenvolve estratégias de enfrentamento para manter ourestaurar o equilíbrio entre demandas e recursos disponíveis. Esse equilíbriopode ser mantido com a redução do número ou intensidade das demandas.Assim, os membros dessa instituição, ou pelo menos um dos membros fazemmudanças em suas vidas (ex: mãe deixar o emprego) ou então tomam certasatitudes com o intuito de conseguir mais recursos (ex: reunirem-se com outrasfamílias para compartilhar experiências, ou os próprios membros da famíliapodem se reunir para que a união entre eles aumente). Mudanças cognitivastambém são empregadas para manter ou restaurar o equilíbrio (ex: alterar osignificado que se tem sobre uma determinada situação).Grant e Ramcharam (2001) esclarecem que a hipótese deadaptação sugere que pessoas se ajustam no papel de cuidadores todo otempo e adquirem habilidades e competências que os ajudam a formularestratégias cada vez melhores, até mesmo quando a rede de suporte dessescuidadores estiver esgotada.O processo de adaptação pode ser influenciado por algumascondições anteriores ao diagnóstico da deficiência, tais como, papel que omembro diagnosticado possui na família, experiências familiares com outrassituações de crise, etc (OLSSON; 2001).Taanila, Syrjälä, Kokkonen e Jävelin (2002) sustentam que, frente àdeficiência do filho, a maioria das famílias desenvolve estratégias deenfrentamento razoavelmente boas e são capazes de continuar suas vidasnormalmente. Entretanto, o desenvolvimento de estratégias de enfrentamentoé um processo muito individual e existem evidências sugestivas de quealgumas famílias podem nunca se adaptar a essa nova situação.A estratégia de enfrentamento mais usada pelos pais é a procura porinformações sobre a deficiência e as fantasias de satisfação de desejos, decomo eles poderiam lidar com as situações difíceis e de como seria oprogresso no desenvolvimento de sua criança (SILVA, DESSEN; 2001).

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