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yemag #06

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m a g a z i n e<br />

PUBLICAÇÃO YEMNI – BRANDING, DESIGN & COMM JUL . 2011 Nº 06 – ANO I<br />

Swissflex<br />

Diferenciação e visibilidade<br />

04 A evolução do PDV // 10 Amostra grátis<br />

12 Entrevista: Harald Zwetkoff // 14 Notas<br />

# 06


ah!<br />

Caro leitor,<br />

Entender o que leva o consumidor a decidir sua compra é uma das principais<br />

preocupações de quem vende. Dentro desse contexto, os pontos de venda sempre<br />

foram uma das mais importantes áreas de estudo, pois a maior parte das decisões de<br />

compra acontece ali, nas lojas, em frente às vitrines e gôndolas.<br />

E o processo de evolução tecnológica pelo qual os pontos de venda, os chamados<br />

PDV, estão passando mostra que eles continuarão tendo papel fundamental<br />

para a identidade e o valor das marcas. No campo da criação, visão e estratégia são<br />

duas características que precisam ser muito bem trabalhadas quando se fala em<br />

posicionamento dos produtos nesses novos espaços.<br />

É disso que trata a matéria da seção yestrategy, que traz o parecer de três especialistas<br />

em pontos de venda. Eles traçam uma previsão do que acreditam ser o futuro<br />

das lojas e apontam os desafios a serem enfrentados.<br />

Do nosso lado, mostramos a aplicação dessas ideias na criação de um display<br />

para destacar um produto em diferentes espaços físicos e de consumo. Contamos<br />

como se deu a elaboração da estratégia de exibição da marca de óculos suíça<br />

Swissflex no mercado brasileiro.<br />

Uma mistura de clube e supermercado é a ferramenta que chegou recentemente<br />

ao Brasil para ser utilizada em pesquisas de opinião de consumidores sobre produtos.<br />

Na seção yexplore, mostramos como funciona o Clube Amostra Grátis.<br />

Por fim, ficamos curiosos para saber por que Harald Peter Zwetkoff, diretorpresidente<br />

da Controlar, empresa de monitoramento de emissões veiculares, gosta<br />

de pedalar e caminhar, dispensando o carro. Além de matar nossa curiosidade, ele<br />

demonstrou que, quando os colaboradores abraçam os valores de uma empresa, reforçam<br />

a marca da companhia.<br />

magazine 03<br />

Espero que aproveite!<br />

Vitor Patoh<br />

Publicação da Yemni – Branding, Design & Comm<br />

Produção e Execução: Yemni – Branding, Design & Comm Diretor Executivo: Vitor Patoh Editor: Henrique<br />

Ostronoff (Jornalista responsável - MTb. 14.856) Editora Assistente: Luiza Medeiros Designer: Pauliana Caetano<br />

Revisora: Eleonora B. Rantigueri Foto de Capa: Arquivo Yemni Impressão e Acabamento: Atrativa Gráfica<br />

Tiragem: 1.000 exemplares<br />

© 2011 Yemni – Branding, Design & Comm Todos os direitos reservados – www.yemni.com.br<br />

Esta revista é impressa em papel. O papel é biodegradável, renovável e provém de florestas plantadas. Essas florestas são lavouras que dão emprego a<br />

milhares de brasileiros e as árvores plantadas amenizam o efeito estufa, pois absorvem o gás carbônico durante seu crescimento. Imprimir é dar vida!<br />

Fale Conosco redação@yemni.com.br<br />

www.yemni.com.br/blog Yemni – Branding, Design & Comm twitter.com/yemni


strategy<br />

Os pontos de venda<br />

do novo varejo<br />

magazine 04<br />

9 912365 652254<br />

POR LUIZA MEDEIROS<br />

O mercado atual exige estratégias<br />

criativas para cativar os consumidores


Um ponto de venda, ou PDV, pode ser definido como<br />

qualquer forma de varejo que torna possível o acesso de consumidores<br />

aos produtos e marcas disponíveis no mercado. Isso inclui de<br />

lojas físicas e virtuais a vendedores ambulantes. Por permitir ao<br />

consumidor entrar em contato com os produtos, analisar preços e<br />

comparar atributos e marcas, esses locais têm a capacidade de gerar<br />

estímulo e mudança de decisão no momento da compra.<br />

Para cada tipo de ponto de venda, o marketing aplica estratégias<br />

especiais, tanto de divulgação quanto de observação de<br />

comportamento. A professora de pós-graduação em Comunicação<br />

com o Mercado da Escola Superior de Propaganda e Marketing<br />

(ESPM), Heloísa Omine, avalia que o consumidor atual tende a<br />

preferir produtos que proponham novas formas de uso e possuam<br />

maior valor agregado. “Hoje, se fala muito sobre propiciar experiência<br />

ao consumidor, ou seja, oferecer uma degustação ou experimentação,<br />

uma consultoria que forneça conhecimento mais<br />

detalhado sobre modos de uso e aproveitamento dos produtos, ambientes<br />

de loja que sejam acolhedores e que convidem as pessoas a<br />

permanecer. As possibilidades são inúmeras”, observa ela.<br />

Nesse contexto, Marcelo Cherto, CEO da Cherto Consultoria,<br />

acredita no grande potencial de contribuição da comunicação<br />

visual, pois, cada vez mais, o que se vende não é um produto ou<br />

serviço, mas uma experiência, um sentimento. “O varejista que<br />

conseguir estabelecer - e manter - uma conexão emocional positiva<br />

com seus clientes, certamente terá mais condições de vender e<br />

fazer com que eles voltem”, analisa. Além disso, o consumidor de<br />

hoje tem maior poder de influência, graças às ferramentas on-line.<br />

“Dependendo da quantidade de gente que um consumidor feliz<br />

influencia através de seus contatos pessoais e redes, uma opinião<br />

pode impactar pesadamente os resultados do varejista”. Cherto<br />

constata, entretanto, que os recursos visuais ainda não são bem explorados<br />

nos pontos de venda de varejo no Brasil, “Muitos varejistas<br />

parecem não haver compreendido que uma loja não é apenas um<br />

ponto de venda; é um cenário onde rola um enredo”, afirma ele.<br />

Ao identificar o chip do cartão pelas<br />

ondas de radiofrequência, o balconista<br />

passa a tratar o cliente pelo nome e ver<br />

seu histórico de compras.”<br />

Ricardo Pastore, coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM<br />

O coordenador do Núcleo de Varejo da ESPM, Ricardo Pastore,<br />

vai mais longe ao afirmar que, unidas às novas tecnologias, as<br />

influências desse novo marketing promoverão uma evolução significativa<br />

no próprio conceito de ponto de venda, que passaria a ser<br />

chamado de “ponto de relacionamento”. Em seu artigo O novo marketing<br />

no varejo: lojas que reagem com os clientes, Pastore diz que a<br />

tecnologia está tornando viável essa evolução por meio de etiquetas<br />

inteligentes. “Será possível identificar o cliente que se aproxima<br />

de um balcão de frios, por exemplo, para fazer o seu pedido (...).<br />

Ao ter o chip de seu cartão de cliente preferencial identificado pelas<br />

ondas de radiofrequência, o balconista passará imediatamente a<br />

tratá-lo pelo nome e verá seu histórico de compras no monitor. Nos<br />

casos de seções que operam em autosserviço, as peças de merchandising<br />

é que farão esse papel: displays, cartazes, etiquetas de preço,<br />

tudo vai interagir com o cliente conforme seu histórico e potencial<br />

gravados no banco de dados. Daí, a mudança para PDR - ponto de<br />

relacionamento - e não apenas PDV - ponto de venda.”, descreve.<br />

No Brasil, empresas como Pão de Açúcar e Wal-Mart estão desenvolvendo<br />

testes com fornecedores de produtos, de tecnologia da<br />

informação e das próprias etiquetas inteligentes.<br />

Para Cherto, a nova classe média brasileira está comprando<br />

com menos exigência, mas, com o o tempo, se tornará mais sofisticada<br />

e exigirá mais dos pontos de venda. “Isso pode acontecer<br />

muito rapidamente. Portanto, é bom que os varejistas brasileiros<br />

tratem de se profissionalizar cada vez mais”, alerta ele. •<br />

magazine 05


magazine 06<br />

xperience


Sob diferentes<br />

pontos de vista<br />

POR Luiza Medeiros<br />

Display flexível reforça a visibilidade da marca<br />

magazine 07<br />

“Cerca de 99,9% dos óculos são iguais. Eu vou atrás do 0,1%<br />

diferenciado.” É assim que Fred Toledo, proprietário da importadora Zoex,<br />

define os produtos da marca Swissflex, comercializados por sua empresa com<br />

exclusividade no Brasil. E não é para menos. Tanto nos detalhes estruturais<br />

quanto no conceito, as linhas de óculos que a fábrica suíça desenvolve realmente<br />

se distinguem no mercado.<br />

A tecnologia empregada no polímero da armação torna os óculos extremamente<br />

leves - entre 2 e 4,3 gramas -, flexíveis e resistentes às alterações de<br />

temperatura do ambiente. Sua estrutura, toda personalizável, é unida por encaixes,<br />

sem necessidade de parafusos, e o design anatômico reduz algum eventual<br />

incômodo sobre as orelhas e o nariz. O slogan promete: Feel like wearing<br />

nothing, algo como “Sinta-se como se não estivesse usando nada”. »


xperience<br />

magazine 08<br />

Acho que nem lá fora a Swissflex é<br />

tão bem trabalhada quanto aqui!”<br />

Fred Toledo, proprietário da Zoex<br />

A Swissflex é comercializada em mais de trinta<br />

países. No Brasil, ela começou a ser representada pela<br />

Zoex em 2008 e logo ficou claro que era preciso desenvolver<br />

uma estratégia de vendas específica para o<br />

país. “Dentro do mercado de óticas, existe muita concorrência<br />

e uma série de complicadores, como a pirataria<br />

e a importação ilegal. Como minha ideia sempre<br />

foi trabalhar com o máximo de qualidade, percebi que<br />

precisaria de prestadores e parceiros com o mesmo nível<br />

de exigência que me ajudassem a transmitir essa<br />

mensagem”, explica Fred.<br />

Era necessário elaborar uma estratégia de posicionamento<br />

do produto dentro dos pontos de venda, espaço<br />

onde mais de 70% dos consumidores tomam suas decisões<br />

de compras. Além de apresentar a Swissflex ao<br />

mercado brasileiro, a Zoex precisava mostrar o valor<br />

agregado a seus óculos.<br />

O primeiro passo para vencer esse desafio era a criação<br />

de um display que destacasse a marca, dentre mais de uma<br />

centena de concorrentes, por meio dos atributos do produto.<br />

Ao mesmo tempo, o display deveria ser suficientemente<br />

compacto para adequar-se à realidade de lojas e óticas presentes<br />

em diferentes pontos do País.<br />

A solução encontrada para chamar a atenção sobre<br />

a marca foi o desenvolvimento de um display com o formato<br />

da bandeira suíça, remetendo à origem do produto<br />

e ao próprio logo da Swissflex. Nos nichos quadrados<br />

que compõem a estrutura, podem ser encaixados cubos<br />

com fotos de modelos para a divulgação dos produtos.<br />

Simultaneamente, a peça foi planejada prevendo os es-


Usamos o conceito no<br />

próprio display, que<br />

pode ser usado de<br />

milhares de maneiras.”<br />

Carlos Iglesias, diretor de criação da Yemni<br />

paços disponíveis nos pontos de venda. Ela dá suporte para<br />

que os óculos sejam dispostos de diferentes maneiras, pois<br />

alguns cubos possuem pontos de fixação estratégicos que<br />

aceitam diferentes composições. Esse formato permitiu a<br />

adequação do display mesmo a lojas com grande restrição<br />

de espaço físico.<br />

Assim, as características de versatilidade, criatividade<br />

e flexibilidade dos óculos foram transferidas para a<br />

concepção do display. “A pluralidade dos ambientes de<br />

aplicação do display poderia parecer um obstáculo, mas<br />

acabou reforçando uma característica específica do produto:<br />

a personalização. Usamos o conceito no próprio<br />

display, que pode ser usado de milhares de maneiras”,<br />

conta o diretor de criação da Yemni, Carlos Iglesias. A<br />

peça foi levada a cerca de duzentas lojas em todo o Brasil<br />

e adaptou-se a cada vitrine.<br />

A estratégia de fortalecimento da marca englobou,<br />

também, o desenvolvimento de um site no Brasil. “O site<br />

cria um estímulo para o produto. Como os benefícios dos<br />

óculos têm características muito técnicas, era necessário<br />

criar um complemento emocional”, conta Fred.<br />

Recentemente, foram inauguradas em Belém, no<br />

Pará, as duas primeiras shop-in-shop da Swissflex, nas Lojas<br />

Visão dos Shoppings Boulevard e Pátio. A área exclusiva<br />

da Swissflex tem uma ambientação planejada para destacar<br />

os valores da marca e conta com o reforço de uma equipe<br />

especialmente treinada. A ação promoveu um aumento significativo<br />

no volume de vendas em menos de um mês. Para<br />

Fred, o resultado foi mais que positivo: “Acho que nem lá<br />

fora a Swissflex é tão bem trabalhada quanto aqui!”. •<br />

A flexibilidade<br />

de montagem<br />

dos displays<br />

permite sua<br />

adequação<br />

a diferentes<br />

ambientes.<br />

magazine 09


xplore<br />

O lado do<br />

consumidor<br />

magazine 10<br />

POR Luiza medeiros<br />

Uma nova maneira de aplicar pesquisas de opinião<br />

democratizou a ferramenta usada pelo varejo<br />

Na descida da rua Harmonia, em<br />

São Paulo, destaca-se das lojinhas charmosas<br />

da Vila Madalena um moderno prédio<br />

branco com uma placa na fachada onde se<br />

lê: Clube Amostra Grátis. Ao entrar, a sensação<br />

é a de estar num laboratório. As paredes<br />

e móveis são em cores claras e quase não há placas ou avisos. Os poucos produtos expostos<br />

ficam em prateleiras com etiquetas coloridas que indicam os limites de retirada por mês — os<br />

produtos marcados com etiqueta vermelha só podem ser retirados um a cada vez; com etiqueta<br />

amarela, até dois; com etiqueta verde, até cinco. Em troca, o associado do Clube precisa<br />

responder a um questionário on-line sobre os itens que levou.<br />

A ideia do Clube, inaugurado em 2010, veio de modelos da Europa e do Japão chamados<br />

tryvertising, uma combinação das palavras inglesas try — experimentar — e advertising<br />

— propaganda. Nos outros países, entretanto, as lojas são verdadeiros espaços de propaganda,


com displays e vendedores especializados, e o consumidor retira os produtos<br />

que mais o atraem. No modelo brasileiro do Clube, porém, a retirada<br />

dos produtos é feita em ambiente clean, sem qualquer display ou interferência<br />

de vendedores.<br />

A razão da diferença foi a demanda existente no Brasil por pesquisas de<br />

opinião sobre produtos sem interferência de mecanismos de marketing. Dessa<br />

forma, os resultados oferecem o comportamento do consumidor com relação<br />

aos produtos, para que, depois, sejam elaboradas as estratégias de venda.<br />

Os questionários aos quais os consumidores associados devem responder<br />

são preenchidos em casa, depois que o produto foi experimentado. E o<br />

associado tem até o final do mês seguinte para devolvê-los. Caso contrário,<br />

fica impedido de levar novos itens. Como as pessoas podem escolher o melhor<br />

momento para responder, ao contrário do que acontece nas pesquisas<br />

realizadas por entrevistadores, as respostas tendem a ser mais espontâneas.<br />

Há no Brasil inúmeras empresas de pesquisa de opinião. O diferencial<br />

do Clube Amostra Grátis, de acordo com um de seus sócios-fundadores,<br />

Luiz Kajibata Gaeta, é a possibilidade de testar vários produtos ao mesmo<br />

tempo, o que diminui consideravelmente o custo das pesquisas, permitindo<br />

que ele chegue a um décimo do preço de mercado. “Um de nossos objetivos<br />

com o Clube é democratizar a pesquisa de opinião”, revela Gaeta.<br />

Outra vantagem do modelo, de acordo com Gaeta, é a obtenção de<br />

resultados mais rápidos. Em um ano, o Clube reuniu cerca de 16 mil associados,<br />

dos quais 9 mil retiram periodicamente os produtos e respondem<br />

aos questionários. Nesse tempo, foram implementados mais de 500 cases<br />

de produtos. Os resultados das pesquisas forneceram informações para redefinir<br />

o modo de uso de produtos e elaborar estratégias de renovação de<br />

embalagens. Levaram, também, à modificação de alguns itens e até reuniram<br />

argumentos para interromper a comercialização de outros. “Com o<br />

passar dos meses fomos percebendo um amadurecimento do valor da coleta<br />

de informações, tanto da parte dos associados, que estão contribuindo<br />

para um produto melhor, quanto da parte das empresas, que percebem que<br />

ouvir o consumidor pode ajudar a elaborar as estratégias para aumentar a<br />

comercialização do produto”, conta Gaeta. •<br />

Um dos objetivos do<br />

Clube é democratizar a<br />

pesquisa de opinião. ”<br />

Luiz Kajibata Gaeta,<br />

sócio-fundador do Clube Amostra Grátis<br />

Minimercado<br />

Além do teste de produtos, está<br />

previsto para o segundo semestre deste<br />

ano o Laboratório Trademarketing, que<br />

funcionará no andar superior do prédio.<br />

O espaço será semelhante a um supermercado,<br />

com gôndolas e caixas registradoras,<br />

e nele será permitida a montagem<br />

de displays e outros atrativos de<br />

pontos de vendas.<br />

O Laborátório receberá apenas os<br />

sócios do Clube Amostra Grátis que atenderem<br />

aos pré-requisitos do público-alvo<br />

da pesquisa. Se possuir o perfil necessário<br />

para compor uma amostragem, quando<br />

for ao Clube fazer sua retirada normal de<br />

produtos o sócio será convidado a escolher<br />

mais alguns itens no andar superior.<br />

“O ambiente será monitorado de modo<br />

a revelar o comportamento do consumidor<br />

na hora da escolha. A loja funcionará<br />

como um supermercado, com a diferença<br />

de que, nela, será possível controlar todas<br />

as variáveis, como a disponibilidade dos<br />

produtos concorrentes, a característica do<br />

consumidor e a disposição dos produtos<br />

nas prateleiras”.<br />

magazine 11


xpression<br />

Ter profissionais alinhados<br />

com a conduta e a cultura<br />

da empresa possibilita<br />

ganhos para os dois lados.”<br />

Harald Peter Zwetkoff,<br />

diretor-presidente da Controlar<br />

Coerência sustentável<br />

magazine 12<br />

POR hENRIQUE OSTRONOFF<br />

Para o presidente da Controlar, é fundamental os<br />

colaboradores praticarem os valores da empresa<br />

Quando Harald era criança, precisava fazer exercícios para lutar<br />

contra a a asma. Tomou gosto pela coisa e passou a ser um praticante<br />

de esportes. Mas não é apenas por isso que Harald Peter Zwetkoff, diretorpresidente<br />

da Controlar, costuma ir de bicicleta ou a pé para o trabalho,<br />

supermercado e outros locais próximos de sua casa, ou, ainda, pegar táxi e<br />

transporte coletivo quando precisa percorrer distâncias maiores.<br />

Para Harald, não é possível alguém liderar uma empresa sem adotar<br />

sua missão e seus valores. Por isso, sua atitude significa coerência com sua<br />

atuação numa companhia que monitora as emissões de milhões de carros<br />

e caminhões na atmosfera da cidade de São Paulo.<br />

Engenheiro civil com pós-graduação em Business Administration<br />

pela Universidade Heriot-Watt, do Reino Unido, desde 2009 dirige a<br />

Controlar. “Nos dias de hoje é muito complicado separar o profissional<br />

do pessoal. Eu e todos os colaboradores da Controlar representamos a<br />

companhia. Nós somos a Controlar. A empresa é, na verdade, as pessoas<br />

que a representam”, afirma.<br />

Clóvis Ferreira/Digna Imagem


: O fato de ser executivo de uma empresa que tem<br />

como objetivo o controle da poluição provocada por veículos<br />

é o que move você a, muitas vezes, substituir o carro<br />

pela bicicleta ou pela caminhada?<br />

Harald: Na verdade, meu hábito de praticar exercícios vem<br />

desde a infância, quando eu tinha asma. Ali, nasceu em mim<br />

a paixão pela prática de esportes e a atitude sustentável que<br />

continua até hoje. Para curtas distâncias, aqui em São Paulo,<br />

decidi andar de bicicleta ou até mesmo a pé. A ideia é utilizar<br />

os meios de transporte de maneira consciente. Quando<br />

vou ao supermercado, à Controlar e a lugares próximos de<br />

casa, opto pela caminhada ou pela bicicleta. Se for um lugar<br />

mais afastado, vou de táxi ou transporte público. Assim, além<br />

de cuidar de meu bem-estar, consigo contribuir um pouco<br />

para minimizar os danos ao meio ambiente.<br />

O profissional deve estar alinhado pessoalmente com os<br />

fins da empresa em que atua?<br />

Sem dúvida. Não acredito que seja possível você liderar sem<br />

adotar a missão e os valores de sua companhia. Um dos objetivos<br />

da Controlar é prestar um serviço de excelência para<br />

seus usuários e contribuir para a melhora da qualidade do<br />

ar na cidade de São Paulo, ou seja, aumentar a qualidade<br />

de vida das 11 milhões de pessoas que vivem na cidade.<br />

Mas acredito que essa é uma causa da qual todos devem<br />

participar. Por isso, eu faço minha parte. Se todos fizerem<br />

a mesma coisa, em breve teremos uma cidade muito mais<br />

agradável para se viver.<br />

Em que medida isso é importante para a carreira do profissional<br />

ou para o sucesso da empresa?<br />

Eu diria que é fundamental. Ter profissionais alinhados com<br />

a conduta e a cultura da empresa possibilita ganhos para os<br />

dois lados. Tanto para o crescimento qualificado da empresa<br />

quanto para o de seus profissionais. E isso não se restringe<br />

aos cargos diretivos. Acho muito importante que todos os colaboradores,<br />

dos mais diversos níveis, compartilhem o pensamento,<br />

a missão e os valores da empresa. É o que procuramos<br />

fazer na Controlar e temos tido ótimos resultados.<br />

A meu nome, passei a agregar<br />

a marca da Controlar. E isso<br />

acontece com todos os que<br />

estão na empresa.”<br />

Na Controlar, existem campanhas internas para que os<br />

colaboradores participem de programas de diminuição de<br />

impacto ambiental? Eles são incentivados a ter atitudes ambientalmente<br />

corretas fora da empresa?<br />

Acredito que, pelo fato da empresa se preocupar com o meio<br />

ambiente, essa filosofia de certa forma é transferida para seus<br />

colaboradores e familiares. A política utilizada dentro da<br />

Controlar é automaticamente incorporada ao dia a dia de<br />

seus funcionários dentro e fora da empresa.<br />

De que maneira uma marca de projeção pública, como a<br />

Controlar, pode ser reforçada (ou prejudicada) por meio<br />

da atuação de seus colaboradores?<br />

Nos dias de hoje, é muito complicado separar o profissional<br />

do pessoal. Eu e todos os colaboradores da Controlar representamos<br />

a companhia. Nós somos a Controlar. A empresa é,<br />

na verdade, as pessoas que a representam. Por isso, a importância,<br />

como disse anteriormente, de haver um alinhamento<br />

entre as práticas da empresa e as dos colaboradores.<br />

Mesmo quando não estamos trabalhando, temos de ter em<br />

mente que representamos uma grande empresa, que está fazendo<br />

um trabalho muito bom e fundamental para a cidade<br />

de São Paulo. Um estudo da USP, divulgado há algumas semanas,<br />

provou que nosso programa reduziu em 7% a emissão<br />

dos veículos a diesel e evitou que mais de 200 pessoas morressem<br />

em virtude de problemas causados pela poluição.<br />

Tudo isso para explicar que exigimos de nossos colaboradores<br />

uma postura consciente e responsável em seu dia a dia. Hoje,<br />

já não sou apenas o Harald Peter Zwetkoff. A meu nome,<br />

passei a agregar a marca da Controlar. E isso acontece com<br />

todos os que estão na empresa. •<br />

magazine 13


tc...<br />

Vem aí o maior<br />

evento de Design<br />

do País<br />

magazine 14<br />

Cidades sem fim<br />

Elaborado a partir das conferências da Escola de Economia de<br />

Londres, o livro Living in the City Endless traz extraordinárias<br />

fotografias e infográficos explicativos que fazem dele uma<br />

publicação fascinante sobre a habitação urbana no século XXI.<br />

Editada pelo diretor do Museu de Design de Londres, Deyan<br />

Sudjic, e Ricky Burdett, professor da Escola de Economia<br />

de Londres, a obra lança um olhar aprofundado sobre as três<br />

cidades do mundo com mais rápida expansão: Mumbai, São<br />

Paulo e Istambul.<br />

O livro mostra dados impressionantes, revelando, por exemplo,<br />

que apenas 2% da superfície da Terra são cobertos por cidades,<br />

nas quais vivem 53% da população mundial — índice que deve<br />

subir para 75% até 2050. Mas os autores indicam também as<br />

soluções para que uma humanidade cada vez mais global se<br />

saia bem em tempos de rápido desenvolvimento.<br />

A edição 2011 da Brazil Design Week é um<br />

marco importante para o design brasileiro, que<br />

vive um momento de celebração de conquistas<br />

recentes. Nos últimos anos, o número de escolas<br />

e cursos de design aumentou significativamente,<br />

centenas de escritórios e associações profissionais<br />

se desenvolveram, designers talentosos foram<br />

exportados para organizações mundo afora e<br />

uma infinidade de prêmios internacionais foi<br />

conquistada.<br />

Neste ano, o evento, que reunirá as 30 empresas de<br />

design mais relevantes do País, acontecerá entre 7<br />

e 9 de novembro no Transamérica Expo Center.<br />

A BDW deve receber um público de mais de 20<br />

mil visitantes. Mesmo para quem não é do ramo, a<br />

mostra é um evento imperdível para se entrar em<br />

contato com as tendências de criação e inovação do<br />

design brasileiro.<br />

Museu de Mim<br />

Criado pela Intel, Museum of Me é um website interativo<br />

que usa informações do Facebook para criar um museu<br />

virtual de você mesmo. O aplicativo do site cria um vídeo de<br />

aproximadamente 3 minutos onde é possível ver as fotos mais<br />

populares de seu perfil, os amigos com quem você mais se<br />

relaciona na rede social, as palavras mais escritas e fotos de seus<br />

amigos. Esses elementos ficam dispostos dentro de um museu<br />

como se fossem peças de uma exibição.<br />

Veja em www.intel.com/museumofme


Sua marca não vai ficar<br />

só na primeira impressão<br />

Para a Yemni, a qualidade não termina na<br />

prancheta. E, para que a qualidade esteja<br />

presente do começo ao fim do processo,<br />

criou sua própria unidade gráfica e uma<br />

rede integrada de fornecedores<br />

gabaritados, o que garante mais agilidade e<br />

controle na produção com menores custos.<br />

Assim, não importa o tamanho das peças<br />

ou a quantidade a ser produzida, o padrão<br />

de qualidade Yemni não vai ficar só na<br />

primeira impressão.

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