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yemag #10

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m a g a z i n e<br />

PUBLICAÇÃO YEMNI – BRANDING, DESIGN & COMM JUL . 2012 Nº 10 – ANO II<br />

magazine 01<br />

Escola OAS<br />

Construindo marca e cidadãos<br />

Valores sustentáveis QR Code: conexão direta<br />

Entrevista: Marta Sobral Notas<br />

# 10


magazine 02


ah!<br />

Caro leitor,<br />

O que esperar de uma marca? Produtos de boa qualidade e serviços bem<br />

prestados costumam vir em primeiro lugar em qualquer lista. Mas isso é suficiente?<br />

Cada vez mais, a resposta é não. A competição e a própria iniciativa das empresas<br />

de oferecer algo mais têm demonstrado que é preciso ir além. É fundamental tornar<br />

a marca maior do que o produto em si, enriquecê-la de novos valores.<br />

Esta edição da Yemni Magazine traz matérias que falam justamente sobre esse<br />

tema, com foco num de seus desdobramentos mais positivos: as ações socioambientais.<br />

São atitudes que beneficiam todos, a natureza, a sociedade e a empresa, que<br />

conquista a simpatia dos investidores. Mas, muito mais importante do que isso, essas<br />

ações mudam a percepção dos consumidores em relação às marcas. Em outras palavras,<br />

uma postura construtiva ligada a questões sociais ou ambientais influencia na<br />

escolha entre adquirir ou não um produto, entrar ou não num restaurante, dizer sim<br />

ou não a qualquer coisa que uma empresa possa oferecer.<br />

Diante de tal relevância, é essencial que se saiba como trabalhar essas ações.<br />

Montar estratégias que permitam oferecer mais do que o esperado pela sociedade<br />

e reverter esse trabalho em benefício da marca é o assunto da seção yestrategy. Indo<br />

ainda mais a fundo, a seção yexperience traz a gerente de responsabilidade social<br />

Fernanda Oliveira, que revela como a Construtora OAS atua nessa área e colhe os<br />

frutos de uma iniciativa da qual a Yemni teve a oportunidade de participar. Quem<br />

também compartilha conosco sua experiência é Martha Sobral, estrela do basquete<br />

brasileiro dedicada, hoje, a traçar uma nova perspectiva de vida para crianças de<br />

áreas carentes. Por fim, a seção yexplore, que foge do tema ação socioambiental,<br />

mas mostra outro tipo de ação que pode agregar muito valor à marca: campanhas<br />

interativas que exploram com criatividade o grande potencial do QR code.<br />

Espero que esses exemplos inspirem novas ações a todos, como representantes de<br />

marca ou como indivíduos.<br />

magazine 03<br />

Vitor Patoh<br />

Publicação da Yemni – Branding, Design & Comm<br />

Produção e Execução: Yemni – Branding, Design & Comm Diretor Executivo: Vitor Patoh Jornalista responsável:<br />

Danielle Borges (MTb 40.642/SP) Produção Editorial: Idearia Comunicação e Criação de Conteúdo Edição: Fernando<br />

Brito e Danielle Borges Designer: Pauliana Caetano Martins Revisão: Eleonora B. Rantigueri Foto de Capa: Istockphoto<br />

Impressão e Acabamento: Neoband Soluções Gráficas Tiragem: 1.000 exemplares<br />

© 2012 Yemni – Branding, Design & Comm Todos os direitos reservados – www.yemni.com.br<br />

Esta revista é impressa em papel. O papel é biodegradável, renovável e provém de florestas plantadas. Essas florestas são lavouras que dão emprego a<br />

milhares de brasileiros e as árvores plantadas amenizam o efeito estufa, pois absorvem o gás carbônico durante seu crescimento. Imprimir é dar vida!<br />

Fale Conosco redação@yemni.com.br<br />

www.yemni.com.br/blog Yemni – Branding, Design & Comm twitter.com/yemni


strategy<br />

magazine 04<br />

Sustentabilidade<br />

e valorização da marca<br />

POR Fernando Brito<br />

Assumir sua parcela<br />

de responsabilidade<br />

junto à sociedade<br />

torna-se aos poucos<br />

parte indispensável<br />

da consolidação da<br />

identidade de uma<br />

empresa<br />

Ultrapassando seu campo de atuação e oferecendo algo além do que é esperado.<br />

Um número cada vez maior de empresas atua dessa forma e assume ações de<br />

responsabilidade socioambiental. São práticas como mudança dos hábitos dos funcionários,<br />

adoção de políticas de controle ambiental, doações a organizações não governamentais<br />

e criação de instituições dedicadas aos próprios funcionários ou à população<br />

local. Em evidência crescente para o público, esses projetos baseiam-se em estratégias<br />

que geram benefícios às comunidades e, ao mesmo tempo, associam à empresa uma<br />

imagem positiva, agregando valor à marca.<br />

Para uma empresa, atuar nesse campo é sempre vantajoso. Além de passar um<br />

sinal de maturidade e solidez, a opção afeta fortemente a percepção dos consumidores<br />

em relação à marca, o que tem influência direta na decisão de compra. Segundo estudo


Investidores veem com bons<br />

olhos empresas que atuam<br />

nessas áreas. Investimentos em<br />

ações sociais geram resultados no<br />

longo prazo.”<br />

Marcos Hiller, coordenador do MBA Gestão<br />

de Marcas, da Trevisan Escola de Negócios<br />

divulgado em 2010 pelo Instituto Akatu de Consumo Consciente,<br />

87% das pessoas consideram importante ou muito importante<br />

que a marca possua programas ambientais ou de educação e<br />

saúde para passar a consumir seus produtos ou serviços.<br />

Mas como implementar e divulgar as ações de responsabilidade<br />

socioambiental e aproveitá-las numa estratégia de comunicação<br />

de marca? Preparo é fundamental. “Antes de qualquer<br />

coisa, é preciso uma pesquisa séria, que identifique onde<br />

a empresa pode atuar de forma efetiva”, aponta Marcos Hiller,<br />

coordenador do MBA Gestão de Marcas, da Trevisan Escola de<br />

Negócios. Iniciativas nesse sentido precisam ser pensadas por especialistas<br />

da área e não somente pelo departamento de marketing.<br />

Ainda mais importante é garantir que as ações sejam concretas.<br />

Não basta usar a contribuição à sociedade e ao meio ambiente<br />

como base para uma campanha de marketing puro. É preciso<br />

legitimidade. Segundo o mesmo estudo do Instituto Akatu, 85%<br />

das pessoas consideram significativo que as empresas desenvolvam<br />

ações além das previstas na legislação. 44% delas, porém,<br />

não acreditam no que é divulgado. A resposta para transformar<br />

essa desconfiança em apreço pela marca é a elaboração de relatórios<br />

estruturados, em conformidade com normas reconhecidas<br />

internacionalmente e subordinados a diretrizes estabelecidas<br />

por órgãos de gestão socioambiental. “O principal desses órgãos<br />

é o GRI – Global Reporting Initiative. Ele define uma série de<br />

regras que servem para embasar os relatórios apresentados”, explica<br />

Fernando Badô, consultor de conteúdo da Report Comunicação,<br />

empresa especializada em relatórios socioambientais.<br />

Entre as diretrizes que devem ser seguidas, estão: apresentar<br />

a forma pela qual a gestão corporativa prevê o tratamento de<br />

questões socioambientais; responder a um número mínimo de<br />

indicadores de desempenho nas áreas de desenvolvimento econômico,<br />

social e ambiental; elaborar o conteúdo com clareza e<br />

objetividade.<br />

Uma vez realizado o investimento, é possível colher os<br />

frutos. Empresas com atividades socioambientais agregam não<br />

apenas valor econômico a suas marcas, mas também valor socioambiental.<br />

Embora pareça um conceito abstrato, existem<br />

maneiras de medir os resultados desse processo. O relatório de<br />

responsabilidade corporativa é a melhor delas. Ele permitem<br />

mostrar claramente aos sócios o quanto foi investido e qual foi o<br />

retorno gerado. Dois pontos muito importantes na apresentação<br />

do relatório são: em que medida a empresa partilha com a sociedade<br />

o valor econômico gerado por sua atividade e qual é seu<br />

aporte para diminuir a dependência que sua presença causa a<br />

uma comunidade. Isso gera material pronto para ser usado pela<br />

empresa em suas campanhas.<br />

O retorno do investimento para a empresa não tem uso potencial<br />

em campanhas publicitárias, mas é de grande importância<br />

para conquistar o acionista. A valorização da marca é um bom<br />

exemplo de retorno. “Investidores veem com bons olhos empresas<br />

que atuam nessas áreas”, afirma Marcos Hiller. “Investimentos em<br />

ações sociais geram resultados no longo prazo”, complementa.<br />

Assumir sua parcela de responsabilidade junto à sociedade<br />

torna-se aos poucos parte indispensável da consolidação da identidade<br />

empresarial. Se antes isso servia para valorizar a marca<br />

em relação a outras, agora o processo se inverte. Companhias<br />

que não dão algum retorno à população passam a ter destaque<br />

negativo. “Responsabilidade social está na boca de todos,<br />

transitando na vice-presidência de qualquer empresa”, explica<br />

Marcos Hiller. Para a Organização Internacional do Trabalho, o<br />

processo deve começar dentro de casa. A empresa que garante os<br />

direitos trabalhistas, respeita as normas ambientais e cumpre as<br />

obrigações fiscais já está, na realidade, desempenhando grande<br />

parte de seu papel social. •<br />

magazine 05


xperience<br />

Presença<br />

que faz a diferença<br />

magazine 06


magazine 07<br />

POR Danielle Borges<br />

Executando<br />

projetos de<br />

grande impacto<br />

nas comunidades<br />

onde atua, a OAS<br />

investe em ações<br />

sociais e colhe<br />

os frutos do<br />

fortalecimento<br />

de sua marca<br />

Uma empresa que leva o desenvolvimento a lugares onde ele ainda não passa<br />

de uma vaga ideia. Com um perfil como esse, a Construtora OAS poderia ficar<br />

satisfeita realizando apenas o trabalho para o qual é contratada. Afinal, erguer obras<br />

de engenharia, principalmente de infraestrutura, já é uma ação positiva em si. Mas<br />

nada é tão simples. Ao mesmo tempo em que constrói usinas e estradas, a empresa<br />

causa fortes impactos nas regiões onde atua. Lidar com o lado negativo de sua ação<br />

é um enorme desafio.<br />

Para proporcionar uma compensação direta às comunidades locais e, principalmente,<br />

fazer algo além do que é exigido por lei, a OAS investe em diversas ações<br />

sociais. Os resultados dessa atitude podem ser medidos por meio da melhoria da<br />

qualidade de vida das milhares de pessoas beneficiadas, do aumento da produtividade<br />

dos trabalhadores e da valorização da marca. A Yemni está presente nessas<br />

ações por meio da identidade visual desenvolvida para a Escola OAS. Em salas de<br />

aula adaptadas nos canteiros de obras, a instituição oferece cursos de alfabetização<br />

e especialização. Fernanda Oliveira, gerente de responsabilidade social da Constru-


xperience<br />

magazine 08<br />

O projeto nasceu de uma motivação maior do que o fortalecimento da marca:<br />

a vontade e o dever da OAS, como uma das maiores empresas de<br />

engenharia do País, de contribuir para a erradicação do analfabetismo, que<br />

ainda alcança altos índices entre os trabalhadores da construção civil.”<br />

Fernanda Oliveira, gerente de responsabilidade social da Construtora OAS<br />

tora OAS, explica o projeto: “Ele nasceu de uma motivação<br />

maior do que o fortalecimento da marca: a vontade<br />

e o dever da OAS, como uma das maiores empresas de<br />

engenharia do País, de contribuir para a erradicação do<br />

analfabetismo, que ainda alcança altos índices entre os<br />

trabalhadores da construção civil”.<br />

Para refletir essa postura, foi desenvolvida uma marca<br />

que lembra o crescimento pessoal conquistado pelos<br />

participantes do projeto. “Utilizamos uma escada caracol<br />

como símbolo, para transmitir ascensão. Desenvolvimento,<br />

crescimento e aprendizado eram as palavras que nos<br />

orientavam. Ao mesmo tempo, ela exprime o aspecto<br />

mais elementar da palavra ‘desenvolver’, que significa<br />

desenrolar”, diz Johnny Brito, designer responsável pela<br />

criação do logotipo. “Outro aspecto importante foi a preservação<br />

dos padrões da marca OAS, como cores e fontes”,<br />

aponta Vitor Patoh, sócio-diretor da Yemni. “Por se tratar<br />

de uma instituição já conhecida, recebemos parâmetros<br />

muito bem definidos. Isso pode parecer um complicador,<br />

mas, na verdade, permitiu que tivéssemos uma noção exata<br />

da necessidade da OAS”. Quando acompanhados por<br />

um trabalho sólido de criação da identidade da marca, investimentos<br />

em ações sociais como a Escola OAS geram<br />

retornos positivos não apenas para os funcionários, mas


Utilizamos uma escada<br />

caracol como símbolo,<br />

para transmitir ascensão.<br />

Desenvolvimento,<br />

crescimento e<br />

aprendizado eram<br />

as palavras que nos<br />

orientavam.”<br />

Johnny Brito, designer<br />

magazine 09<br />

para a própria empresa. Para isso, entretanto, é preciso<br />

adotar uma política séria. Segundo Fernanda Oliveira,<br />

vários aspectos contribuem para o sucesso da OAS em<br />

seus projetos sociais. Antes de qualquer coisa, deve haver<br />

franqueza entre a empresa e a população local. “O<br />

relacionamento deve ser conduzido com transparência.<br />

É preciso deixar claro que a empresa está na região para<br />

a construção de uma obra com prazo para terminar. As<br />

pessoas sempre conseguem visualizar os benefícios dessa<br />

parceria, mesmo que seja a curto ou médio prazo. Além<br />

disso, quando são desenvolvidos projetos sustentáveis, a<br />

comunidade pode continuar gerenciando a atividade<br />

mesmo depois da saída da empresa da região”, explica.<br />

Outro ponto relevante é oferecer aquilo que a empresa<br />

sabe fazer de melhor. “É preciso haver coerência entre o<br />

produto ou serviço oferecido pela empresa e a ação social<br />

realizada”, complementa Fernanda Oliveira. É o caso de<br />

empresas como a Natura, com projetos que desenvolvem<br />

e valorizam as comunidades fornecedoras de sua matéria-<br />

prima, ou da Petrobras, com atividades direcionadas às<br />

comunidades por onde passam aos gasodutos.<br />

Ao oferecer mais do que seus serviços e produtos, as<br />

empresas precisam garantir que se transmita à população<br />

a mensagem correta. O sucesso das ações depende dos<br />

resultados demonstrados por relatórios e premiações e da<br />

conexão entre a identidade e o trabalho executado. Com<br />

ação e comunicação bem entrosadas, a marca lucra em<br />

todos os níveis, do fortalecimento de sua imagem à capacidade<br />

de atrair o investidor. •


magazine 10


POR Marleide Rocha<br />

Cada vez mais presente no DIA A DIA das pessoas, o QR code<br />

permite a aproximação entre marcas e consumidores<br />

Não chega a ser novo, mas, sempre que é<br />

usado em ações criativas, o QR code desperta o interesse<br />

do público e gera comentários. Uma espécie de<br />

código de barras em 2D que armazena informações e<br />

pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares<br />

com câmera fotográfica, ele elevou a interação<br />

entre empresas e público a um novo nível.<br />

Coreia do Sul e Chile acolheram uma ideia que<br />

uniu tecnologia e espaço público na solução um problema<br />

sério dos moradores das grandes metrópoles:<br />

arrumar tempo para as compras de supermercado.<br />

Com senso de oportunidade, as redes varejistas Tesco<br />

e Jumbo decidiram dar uma forcinha e levar as compras<br />

até o cliente. Eles elaboraram uma ação na qual<br />

o usuário de metrô poderia aproveitar o tempo e fazer<br />

suas compras enquanto esperava o trem. Foram espalhados<br />

nas estações painéis semelhantes a gôndolas de<br />

supermercado. Eles continham fotos dos produtos e<br />

os QR codes correspondentes. As pessoas efetuavam<br />

a compra com o smartphone, escaneando os códigos<br />

e pagando on-line. Depois, recebiam os produtos em<br />

casa, com a maior comodidade. Além de ser premiada<br />

em Cannes, a ação contribuiu para levar clientes ao<br />

e-commerce das marcas.<br />

Mais lúdica, uma campanha da Heineken facilitou<br />

a interação dos participantes de um festival<br />

de música. A marca de cerveja propôs um “quebrar<br />

o gelo” do primeiro contato diferente. Numa tenda,<br />

o público podia customizar QR codes com mensagens<br />

às outras pessoas. Os códigos eram impressos<br />

em adesivos e colados na roupa. Qualquer participante<br />

podia escaneá-los e ver as mensagens. O público<br />

todo aderiu à ideia e a ação foi um grande sucesso.<br />

São vários os usos do QR code em ações publicitárias,<br />

mas ele pode tornar-se ainda mais comum<br />

na vida das pessoas, como no caso de busca<br />

por produtos da mesma marca. Por exemplo, um<br />

consumidor com uma embalagem de iogurte nas<br />

mãos poderia usar o QR code para buscar outros<br />

locais próximos que também oferecessem o produto.<br />

Além de obter informação sobre diferentes<br />

pontos de venda, ele também teria a oportunidade<br />

de comparar preços e comprar onde melhor lhe<br />

conviesse. A tecnologia está toda à disposição. É só<br />

ser criativo e aproveitá-la.<br />

QR codes, redes sociais e intervenções urbanas<br />

têm colocado marca e consumidor cada vez mais<br />

próximos. Assim como o investimento em ações sociais,<br />

esses recursos vêm promovendo uma crescente<br />

identificação do público com as empresas. Coerentemente,<br />

o resultado das iniciativas é medido sobretudo<br />

pelo grau de fidelização conquistado. •<br />

magazine 11


xpression<br />

Estrela do basquete<br />

marca pontos também nas ações sociais<br />

POR Clarissa gaiarsa<br />

Confiança e relacionamento com os gestores são<br />

essenciais para O crescimento profissional<br />

magazine 12<br />

Decidi, então, dedicar<br />

minha imagem e<br />

prestígio para a criação<br />

e implantação de um<br />

programa educacional<br />

baseado na prática<br />

do esporte.”


Promessa de sucesso aos 14 anos, Marta Sobral deve muito a sua entrada precoce no<br />

mundo do basquete. Pouco depois, já competia profissionalmente e, em alguns anos, estava<br />

na seleção brasileira. Ao lado de Hortência e Magic Paula, foi medalha de ouro no Pan-americano<br />

de Cuba, em 1991, e ganhou medalha de prata nas olimpíadas de Atlanta, em 1996, e de<br />

bronze nas olimpíadas de Sidney, em 2000, quando encerrou sua carreira na seleção brasileira.<br />

O sucesso profissional e toda a alegria proporcionados pelo basquete motivaram a atleta a<br />

fazer algo para a sociedade. Assim, surgiu o Lance Livre, um projeto que leva atividades esportivas<br />

a crianças e jovens de São Paulo, de Barueri e da periferia de Diadema com o objetivo de<br />

diminuir os índices de violência e evasão escolar, integrar famílias e elevar a autoestima de seus<br />

participantes. Para sair do papel, o projeto contou com o patrocínio de empresas que compartilham<br />

dos mesmos valores e sabem aproveitar ações desse tipo para fortalecer suas marcas, como<br />

Telefonica, Bauducco, Intermédica, Piraquê, Brinquedos Bandeirantes e outras.<br />

Tudo o que ganhei do basquete quero retribuir a elas. Esse esporte mudou<br />

muito a minha vida e tenho certeza que vai mudar a vida dessas crianças.”<br />

magazine 13<br />

: O que é o projeto Lance Livre?<br />

Marta: O Lance Livre é um projeto<br />

desenvolvido para estimular a prática<br />

esportiva entre crianças de 7 a 14 anos<br />

da comunidade de Heliópolis, na Zona<br />

Sul de São Paulo, uma das maiores favelas<br />

da América do Sul. Seu objetivo<br />

é mostrar que o basquete, assim como<br />

mudou minha vida, é capaz de mudar<br />

a vida das pessoas, além de fazer bem<br />

à saúde. Ele funciona duas vezes por<br />

semana, de manhã e à tarde.<br />

Como surgiu a ideia desse projeto?<br />

Quando me consolidei como atleta do<br />

basquete, percebi a força do esporte e o<br />

poder da imagem do atleta como influenciador<br />

de opinião. Decidi, então, dedicar<br />

minha imagem e prestígio para a criação<br />

e implantação de um programa educacional<br />

baseado na prática do esporte e<br />

especialmente desenhado para contemplar<br />

uma metodologia que beneficiasse a<br />

população mais carente diante de todas as<br />

questões sociais que ela enfrentava.<br />

Como ele funciona hoje e qual sua importância?<br />

Hoje, atendemos quase 200 crianças,<br />

meninas e meninos. As crianças<br />

aprendem a história do basquete e praticam<br />

esportes. Além disso, é feito um<br />

trabalho com psicólogos e um acompanhamento<br />

da frequência e do desempenho<br />

escolar. A equipe técnica,<br />

supervisionada diretamente por mim,<br />

é, também, responsável pelo cuidado<br />

e pela avaliação das crianças e adolescentes<br />

atendidos pelo projeto. Mais<br />

do que tratar da execução do plano<br />

de trabalho, essa equipe monitora os<br />

resultados, visando os impactos no desenvolvimento<br />

dos participantes e sua<br />

disseminação futura.<br />

Quem financia o projeto?<br />

Nós dependemos de doações e parcerias<br />

com a iniciativa privada. É muito importante,<br />

consequentemente, que a imagem<br />

das pessoas envolvidas não tenha arranhões,<br />

pois para investir dinheiro num<br />

projeto e associar uma marca a uma iniciativa,<br />

é preciso ter certeza da seriedade<br />

dos envolvidos.<br />

O que o Lance Livre representa para<br />

você?<br />

Adoro esse projeto. Tomo café na casa<br />

das crianças e elas me recebem com<br />

muito carinho. Tudo o que ganhei do<br />

basquete quero retribuir a elas. Esse<br />

esporte mudou muito a minha vida e<br />

tenho certeza de que vai mudar a vida<br />

dessas crianças. •


tc...<br />

Censo ADG 2012 do<br />

Design Gráfico no Brasil<br />

A ADG Brasil, Associação dos Designers Gráficos, está<br />

promovendo o Censo ADG 2012 do Design Gráfico no<br />

Brasil. A pesquisa visa traçar um panorama geral de quem são<br />

os designers gráficos, de como está o mercado de trabalho,<br />

das médias salariais, da qualidade acadêmica dos profissionais<br />

etc.. O formulário para participação ficará disponível até 31<br />

de julho no site da entidade.<br />

Acesse: www.adg.org.br/censo<br />

magazine 14<br />

Acontece:<br />

ABA BRANDING<br />

2012<br />

Autor: Delano<br />

Rodrigues<br />

Editora: 2AB<br />

Idioma: Português<br />

Edição: Primeira<br />

Valor: R$36,00, na<br />

Livraria Cultura<br />

Naming: o nome da marca<br />

Do designer, professor e consultor de identidade de marca<br />

Delano Rodrigues, o livro é indicado para estudantes e<br />

profissionais de design, comunicação e marketing. Ele<br />

fala sobre o papel do designer nos trabalhos de identidade<br />

corporativa e sua redefinição a partir da inserção dos conceitos<br />

de branding e naming.<br />

Em sua 12ª<br />

edição, o<br />

encontro sobre<br />

branding será<br />

realizado em São<br />

Paulo, nos dias 23 e 24 de agosto, pela<br />

Associação Brasileira de Anunciantes.<br />

No evento, profissionais discutirão os<br />

grandes temas do setor e apresentarão<br />

cases nacionais e internacionais.<br />

Mais informações no site da ABA:<br />

www.aba.com.br


Simples como andar de bicicleta.


Referência no mercado oferecendo alto padrão de qualidade presente em<br />

folhetos, catálogos, revistas, frotas de veículos, outdoors, displays, estandes,<br />

vitrines e onde mais a imaginação mandar.<br />

Neoband.<br />

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de todos os tamanhos.<br />

www.neoband.com.br<br />

vendas@neoband.com.br<br />

(11) 2199 1256

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