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xplore<br />
O filme em cartaz<br />
POR Henrique Ostronoff<br />
desde seu nascimento, Não dá para<br />
separar o cinema de seus pôsteres<br />
magazine 10<br />
Épraticamente impossível estabelecer a origem<br />
do cartaz. Um impresso de apenas um lado destinado a<br />
comunicar qualquer coisa pode ser definido como cartaz.<br />
Mas foi a partir do século 19, pelo menos no mundo<br />
ocidental, que o pôster começou a ser produzido com<br />
criatividade e a adquirir mesmo status de arte. A primeira<br />
exposição dedicada ao cartaz foi organizada na França, em<br />
1884, e reuniu artistas famosos na época, ou que viriam<br />
a se tornar famosos. Foi o período em que as litografias<br />
começavam a reproduzir cartazes em grande volume.<br />
É dessa época o pintor francês Toulouse-Lautrec,<br />
um dos mais conhecidos cartazistas de todos os tempos.<br />
Suas peças anunciando as dançarinas do Moulin Rouge<br />
foram reproduzidas à exaustão. E de outros grandes<br />
artistas, como o também francês Grasset, o belga Privat-<br />
Livemont e o checo Mucha, estes bastante dedicados aos<br />
pôsteres de divulgação de produtos como bebidas, chocolates,<br />
cassinos e lojas de varejo.<br />
Desses primeiros passos, surgiu uma infinidade de<br />
escolas de design de cartazes sob a influência de estilos<br />
predominantes em épocas e países.<br />
Com os pôsteres de filmes, não foi diferente. No<br />
começo do século 20, ir ao cinema tornou-se um divertimento<br />
público. E foi nesse período que os cartazes<br />
divulgando as exibições cinematográficas começaram<br />
a ser produzidos. Viagem à Lua, de 1902, filme com<br />
Alphonse Mucha<br />
14 minutos dirigido pelo francês Georges Méliès, já<br />
foi anunciado por um cartaz.<br />
O casamento entre filme e pôster nunca mais foi<br />
desfeito e estimulou a produção de verdadeiras obrasprimas<br />
do design gráfico. Alguns cartazes tornaram-se<br />
ícones e fazem parte da memória cultural do Ocidente.<br />
Da época em que o cinema transformava-se em<br />
grande business, principalmente nos Estados Unidos,<br />
não se pode deixar de citar os de filmes de grande sucesso,<br />
como The Kid (O Garoto), por Charles Chaplin (1921);<br />
Metropolis, de Fritz Lang (1927) e The Jazz Singer (O