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Ano 27 - <strong>Ed</strong>ição <strong>158</strong> - Fev/Mar 2020
evista<br />
<strong>Ed</strong>itorial<br />
Ano 27 - <strong>Ed</strong>ição <strong>158</strong> - Fev/Mar 2020<br />
Chegamos à <strong>158</strong>ª edição da <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, cuidadosamente preparada trazendo a maior gama de assuntos referentes ao<br />
setor de diagnóstico laboratorial. A nossa revista traz um material abrangente e especial. Contamos, desta vez, com três artigos<br />
que abordam diferentes temas: o primeiro abordando sobre o estado da arte dos genes de resistência bacteriana; o segundo<br />
artigo é um artigo de revisão sobre as aplicações da bioinformática no estudo da diabetes mellitus tipo 2 e obesidade; e o terceiro<br />
artigo discorre sobre as alterações celulares decorrentes da tricomoníase em exames citológicos.<br />
Além dos artigos científicos supracitados, seguimos com a seção de Gestão Laboratorial e Profissional que discute sobre o<br />
PROGELAB – Programa Nacional para Profissionalização da Gestão Laboratorial. Na seção Minuto Laboratório é abordado sobre<br />
como atender bem clientes com autismo na rotina laboratorial. Na seção de Radar Científico, apresentamos um artigo sobre<br />
TruSight Oncology 500 ctDNA*, o teste de biópsia líquida que permite a análise genética de um painel abrangente. Além<br />
disso, seguimos para a seção Lady News com conteúdo sobre as transformações no setor laboratorial e o futuro das análises<br />
clínicas, já a seção de Diagnóstico Por Imagem, traz um artigo sobre a inovadora tecnologia EOS para redução de radiação nos<br />
exames de imagem e aumento da rapidez em estudos ortopédicos. Contamos ainda com a seção Citologia, expondo sobre a<br />
citologia oncótica urinária e suas vantagens para o diagnóstico. Ainda, contamos com a seção Biossegurança, que explica como<br />
fazer o uso adequado do jaleco para evitar infecções; a seção Microbiologia Clínica, expondo sobre a persistência e o paradigma<br />
da antibioticoterapia. Temos a estreia da seção Medicina de Precisão, explicando como essa nova abordagem gera um novo<br />
paradigma no cuidado da saúde. Por fim, a coluna Analogias em Medicina, faz uma descrição sobre a anatomia e possíveis<br />
patologias no sistema de produção de leite no corpo feminino.<br />
Todo esse conteúdo, associado à uma importante agenda de eventos e as melhores inovações e soluções do mercado de análises<br />
clínicas, reunindo as maiores empresas do ramo. Agradecemos a todos que colaboraram com essa edição, e a todos os leitores.<br />
*A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong> agora é viva e dinâmica, acessando-a em nosso site, você poderá clicar nos links disponibilizados nela<br />
e melhorar a sua experiência acessando os materiais que lhe interessem dentro dela. Sua experiência com a revista não termina<br />
apenas nela, nosso site e nossas redes sociais estão sempre trazendo materiais atualizados.<br />
Boa leitura a todos!<br />
JOÃO GABRIEL DE ALMEIDA<br />
Para novidades na área de diagnóstico e pesquisa,<br />
acessem nossas redes sociais:<br />
/revistanewslab<br />
/revistanewslab<br />
Ano 27 - <strong>Ed</strong>ição <strong>158</strong> - Fev/Mar<br />
DEN DABENJ EDITORA NEWS - <strong>Revista</strong> NewsLab<br />
Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo - SP<br />
Tel.: (11) 3900-2390 - www.newslab.com.br - revista@newslab.com.br<br />
CNPJ.: 23.057.401/0001-83 - Insc. Est.: 140.252.109.119 - ISSN 0104 - 8384<br />
/revistanewslab<br />
@revista_newslab<br />
EXPEDIENTE<br />
Realização: DEN DABENJ EDITORA NEWS<br />
Conselho <strong>Ed</strong>itorial: Sylvian Kernbaum | revista@revistaanalytica.com.br<br />
Jornalista Responsável: João Gabriel de Almeida | redacao@newslab.com.br<br />
Assinaturas: Daniela Faria (11) 98357-9843 | assinatura@newslab.com.br<br />
Comercial: João Domingues (11) 98357-9852 | comercial@newslab.com.br<br />
Produção de conteúdo: FC Design | contato@fcdesign.com.br<br />
Impressão: VOX Gráfica | Periodiciade: Bimestral<br />
0 2
evista<br />
Ano 27 - <strong>Ed</strong>ição <strong>158</strong> - Fev/Mar 2020<br />
Normas de Publicação<br />
para artigos e informes de mercado<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas para<br />
publicação de artigos, aos autores interessados. Caso precise de informações adicionais, entre em contato com a redação.<br />
Informações aos Autores<br />
A <strong>Revista</strong> <strong>Newslab</strong>, em busca constante de novidades<br />
em divulgação científica, disponibiliza abaixo as normas<br />
para publicação de artigos, aos autores interessados. Caso<br />
precise de informações adicionais, entre em contato com<br />
a redação.<br />
Informações aos autores<br />
Bimestralmente, a <strong>Revista</strong> NewsLab publica editoriais, artigos<br />
originais, revisões, casos educacionais, resumos de teses<br />
etc. Os editores levarão em consideração para publicação toda e<br />
qualquer contribuição que possua correlação com as análises<br />
clínicas, a patologia clínica e a hematologia.<br />
Todas as contribuições serão revisadas e analisadas pelos<br />
revisores. Os autores deverão informar todo e qualquer<br />
conflito de interesse existente, em particular aqueles de<br />
natureza financeira relativo a companhias interessadas ou<br />
envolvidas em produtos ou processos que estejam relacionados<br />
com a contribuição e o manuscrito apresentado.<br />
Acompanhando o artigo deve vir o termo de compromisso<br />
assinado por todos os autores, atestando a originalidade do<br />
artigo, bem como a participação de todos os envolvidos.<br />
Os manuscritos deverão ser escritos em português, mas com<br />
Abstract detalhado em inglês. O Resumo e o Abstract deverão<br />
conter as palavras-chave e keywords, respectivamente.<br />
As fotos e ilustrações devem preferencialmente ser enviadas<br />
na forma original, para uma perfeita reprodução.<br />
Se o autor preferir mandá-las por e-mail, pedimos que a<br />
resolução do escaneamento seja de 300 dpi’s, com extensão<br />
em TIF ou JPG.<br />
Os manuscritos deverão estar digitados e enviados por<br />
e-mail, ordenados em título, nome e sobrenomes completos<br />
dos autores e nome da instituição onde o estudo<br />
foi realizado. Além disso, o nome do autor correspondente,<br />
com endereço completo fone/fax e e-mail também deverão<br />
constar. Seguidos por resumo, palavras-chave, abstract,<br />
keywords, texto (Ex: Introdução, Materiais e Métodos, Parte<br />
Experimental, Resultados e Discussão, Conclusão) agradecimentos,<br />
referências bibliográficas, tabelas e legendas.<br />
As referências deverão constar no texto com o sobrenome<br />
do devido autor, seguido pelo ano da publicação,<br />
segundo norma ABNT 10520.<br />
As identificações completas de cada referência citadas<br />
no texto devem vir listadas no fim, com o sobrenome do<br />
autor em primeiro lugar seguido pela sigla do prenome.<br />
Ex.: sobrenome, siglas dos prenomes. Título: subtítulo do<br />
artigo. Título do livro/periódico, volume, fascículo, página<br />
inicial e ano.<br />
Evite utilizar abstracts como referências. Referências de<br />
contribuições ainda não publicadas deverão ser mencionadas<br />
como “no prelo” ou “in press”.<br />
Os trabalhos deverão ser enviados ao endereço:<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab<br />
A/C: João Gabriel – redação<br />
Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110<br />
CEP 01407-000 - São Paulo-SP<br />
Pelo e-mail: redacao@newslab.com.br<br />
Ou em http://www.newslab.com.br/publique/<br />
Contato<br />
A sua opinião é muito importante para nós. Por isso, criamos<br />
vários canais de comunicação para você, nosso leitor.<br />
REDAÇÃO: Av. Nove de Julho, 3.229 - Cj. 1110 - 01407-000 - São Paulo-SP<br />
TELEFONE: (11) 3900-2390<br />
EMAIL: redacao@newslab.com.br.<br />
Acesse nossa homepage: www.newslab.com.br<br />
Siga-nos no twitter: @revista_newslab<br />
0 4<br />
Esta publicação é dirigida aos laboratórios, hemocentros e universidades de todo o país. Os artigos e<br />
informes assinados são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da DEN <strong>Ed</strong>itora.<br />
Filiado à:
evista<br />
Índice remissivo de anunciantes<br />
ordem alfabética<br />
Ano 27 - <strong>Ed</strong>ição <strong>158</strong> - Fev/Mar 2020<br />
ANUNCIANTE PÁG. ANUNCIANTE PÁG.<br />
BECTON DICKINSON 84-85 | 103<br />
BIO ADVANCE 27<br />
BIO DIAGNÓSTICA 23<br />
CELER BIOTECNOLOGIA 29 | 99<br />
CELLAVISION 35<br />
CEPHEID 69<br />
DB DIAGNÓSTICOS<br />
4°CAPA<br />
DIAGNO 72 |73<br />
DIAGNÓSTICA CREMER 09<br />
ENLAC 109<br />
ERBA 37 | 83<br />
EZYNTEC 05<br />
FIRSTLAB 39<br />
GILSON SAS 75<br />
GREINER 49 | 95<br />
GRIFOLS 71<br />
GT GROUP-BIOSUL 43<br />
HERMES PARDINI 97<br />
HORIBA 2ª CAPA | 01 | 67<br />
HOSPITALAR 105<br />
ILLUMINA 63<br />
J.R. EHLKE&CIA 12-13<br />
LABORATÓRIO SÃO MARCOS 11 | 77<br />
LABORATÓRIO SODRÉ 15<br />
LUMIRADX 07 | 47<br />
MAYO CLINIC 51<br />
MEDICAL FAIR BRASIL 117<br />
MOBIUS LIFESCIENCE 17<br />
NEWPROV 53<br />
NIHON KODHEN 19 | 54-55<br />
PNCQ 81<br />
PRIME CARGO<br />
124 - 3ª CAPA<br />
RANILOG LOGISTICS 113<br />
RENYLAB 03<br />
SARSTEDT CAPA | 56<br />
SBAC 115<br />
SBPC 111 | 121<br />
SEEGENE BRAZIL 45<br />
SIEMENS 21<br />
SNIBE 79<br />
STRAMEDICAL 30-31<br />
TBS BINDINGSITE 61<br />
VEOLIA 90-91<br />
VIDA BIOTECNOLOGIA 25<br />
WAMA PRODUTOS 65<br />
Conselho <strong>Ed</strong>itorial<br />
Dr. Humberto Façanha da Costa filho - Engenheiro, Mestre em Administração e Especialista em Análise de Sistemas | Dr. Dan Waitzberg - Associado do Departamento de Gastroenterologia da Fmusp. Diretor Ganep Nutrição<br />
humana | Prof. Angela Waitzberg - Professora doutora livre docente do departamento de patologia da UNIFESP | Prof. José de Souza Andrade Filho - Patologista no hospital Felício Rocho BH, membro da academia Mineira<br />
de Medicina e Professor de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas do Minas Gerais | Fábia Regina Severiano Bezerra - Biomédica. Especialista em Gestão de Contratos pela Universidade Corporativa da Universidade de São<br />
Paulo. Auditora em Sistemas de Gestão da Qualidade: ISO 9001:15 e NBR ISO 14001:15, Organização Nacional de Acreditação (ONA). Auditora Interna da Divisão de Laboratórios do Hospital das Clínicas da Faculdade Medicina da<br />
Universidade de São Paulo | Luiz Euribel Prestes Carneiro – Farmacêutico-Bioquímico, Depto. de Imunologia e de Pós-Graduação da Universidade do Oeste Paulista, Mestre e Doutor em Imunologia pela USP/SP | Dr. Amadeo<br />
Saéz-Alquézar - Farmacêutico-Bioquímico | Prof. Dr. Antenor Henrique Pedrazzi – Prof. Titular e Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - USP | Prof. Dr. José Carlos Barbério – Professor Emérito da<br />
USP | Dr. Silvano Wendel – Banco de Sangue do Hospital Sírio-Libanês | Dr. Paulo C. Cardoso De Almeida – Doutor em Patologia pela Faculdade de Medicina Da USP | Dr. Zan Mustacchi – Prof. Adjunto de Genética da Faculdade<br />
Objetivo/UNIP | Dr. José Pascoal Simonetti – Biomédico, Pesquisador Titular do Depto de Virologia do Instituto Oswaldo Cruz - Fiocruz - RJ | Dr. Sérgio Cimerman – Médico-Assistente do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e<br />
Responsável Técnico pelo Laboratório Cimerman de Análises Clínicas.<br />
Colaboraram nesta <strong>Ed</strong>ição:<br />
Humberto Façanha, Fábia Bezerra, Camila Tavares, Lisiane Cervieri Mezzomo, Jorge Luiz Araújo Filho, Caio Salvino, José de Souza Andrade-Filho,<br />
João Gabriel de Almeida, Kelin Chen, Flávio Duarte Silva, Lenira da Silva Costa.<br />
0 6<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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ÍNDICE<br />
revista<br />
Ano 27 - <strong>Ed</strong>ição <strong>158</strong> - Fev/Mar 2020<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
GRUPO SARSTEDT<br />
56<br />
14<br />
ARTIGO 1<br />
GENES DE RESISTÊNCIA BACTERIANA:<br />
O ESTADO DA ARTE<br />
32<br />
ARTIGO 2<br />
APLICAÇÕES DA BIOINFORMÁTICA NO ESTUDO DA<br />
DIABETES MELLITUS TIPO 2 E OBESIDADE<br />
Autores: Caroline Nobre Oliveira; Isabela Maria<br />
Fortaleza Neves Bonfim; Renato Motta Neto<br />
Autores: Aline Collin, Caroline Carraro, Natacha Pereira,<br />
Eloir Dutra Lourenço<br />
02<br />
10<br />
60<br />
62<br />
- <strong>Ed</strong>itorial<br />
- Agenda<br />
- Minuto Laboratório<br />
- Radar Ciêntifico<br />
40<br />
ARTIGO 3<br />
AS ALTERAÇÕES CELULARES DECORRENTES DA<br />
TRICOMONÍASE EM EXAMES CITOLÓGICOS<br />
Autor: Antoniel de Oliveira Soares<br />
68<br />
- Diagnóstico Por Imagem<br />
72<br />
78<br />
80<br />
82<br />
- Medicina de precisão<br />
- Citologia<br />
- Biossegurança<br />
- Microbiologia Clínica<br />
46<br />
GESTÃO LABORATORIAL<br />
PROGELAB - PROGRAMA NACIONAL PARA<br />
PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO LABORATORIAL<br />
TERCEIRA PARTE<br />
92<br />
94<br />
123<br />
- Entrevista<br />
- Informe de Mercado<br />
- Analogias em Medicina<br />
76<br />
LADY NEWS<br />
AS ANÁLISES CLÍNICAS DO FUTURO<br />
EXIGEM PROVIDÊNCIAS PRESENTES<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
agenda<br />
AGENDA<br />
11ª Conferência Brasileira de Linfoma<br />
Data: 20 e 21 de março de 2020<br />
Local: Hotel Grand Mercure São Paulo Ibirapuera – São Paulo/SP<br />
Informações: https://abhh.org.br/evento/conferencia-brasileira-de-linfoma/<br />
II Congresso Brasileiro de Neurogenética<br />
Data: 26 a 28 de março de 2020<br />
Local: Centro de convenções Rebouças – São Paulo/SP<br />
Informações: http://www.congressoneurogenetica.com.br/<br />
XXVII Simpósio Internacional de Hemoterapia e Terapia Celular e III Fórum Internacional de Terapia Celular<br />
Data: 2 a 4 de abril de 2020<br />
Local: Avenida Albert Einstein, 627, São Paulo - SP<br />
Informações: https://ensino.einstein.br/xxviii_simposio_internacional_de_hemoterapi_p0468/p?tab=56#<br />
13º HepatoAids<br />
Data: 2 a 4 de abril de 2020<br />
Local: Hotel Maksoud Plaza – São Paulo /SP<br />
Informações: https://www.hepatoaids.com.br/<br />
Highlights of ASH in Latin America (HOA)<br />
Data: 3 a 4 de abril de 2020<br />
Local: Av. das Cataratas, 2345, Foz do Iguaçu/PR<br />
Informações: https://www.hematology.org/Highlights/Latin-America.aspx<br />
2° Congresso Latino-Americano e Brasileiro do REDCap<br />
Data: 15 a 17 de abril de 2020<br />
Local: Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, R. Prof. Daher Cutait - Bela Vista – São Paulo/SP<br />
Informações: https://abhh.org.br/evento/2-congresso-latino-americano-e-brasileiro-do-redcap/<br />
III Congiplab<br />
Data: 17 e 18 de abril de 2020<br />
Local: Hotel Premium Campinas – Campinas/SP<br />
Informações: https://giplab.com.br/<br />
Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo – GBCFLUX<br />
Data: 17 a 18 de abril de 2020<br />
Local: Hotel Meliá Ibirapuera – São Paulo/SP<br />
Informações: https://abhh.org.br/evento/simposio-brasileiro-de-citometria-de-fluxo-gbcflux/<br />
VII Congresso Regional de <strong>Ed</strong>ucação Médica<br />
Data: 01 a 03 de maio de 2020<br />
Local: Centro Universitário Aparício Carvalho – Porto Velho/Ro<br />
Informações: https://doity.com.br/crenem2020<br />
MEDICAL FAIR<br />
Data: 05 a 08 de maio de 2020<br />
Local: Expo Center Norte – São Paulo/SP<br />
Informações: https://www.medicalfair-brasil.com.br/pt/<br />
V Jornada de Imunologia Clínica e Alergia - USP<br />
Data: 13 a 16 de maio de 2020.<br />
Local: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 23 - Cerqueira César – São Paulo/SP<br />
Informações: https://alergiausp.com.br/<br />
HOSPITALAR 2020<br />
Data: 19 a 22 de maio de 2020.<br />
Local: São Paulo Expo, São Paulo<br />
Informações: https://www.hospitalar.com/pt/home.html<br />
0 10<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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PERNAMBUCO<br />
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TOCANTINS<br />
BAHIA<br />
ALAGOAS<br />
SERGIPE<br />
MATO GROSSO<br />
DISTRITO<br />
FEDERAL<br />
GOIÁS<br />
MATO GROSSO<br />
DO SUL<br />
SÃO<br />
PAULO<br />
MINAS<br />
GERAIS<br />
RIO DE<br />
JANEIRO<br />
ESPÍRITO<br />
SANTO<br />
PARANÁ<br />
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DO SUL<br />
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Autores:<br />
Caroline Nobre Oliveira1; Isabela Maria Fortaleza Neves Bonfim2; Renato Motta Neto3*<br />
ARTIGO 01<br />
1 Discente do curso de Biomedicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2<br />
Biomédica e mestranda em Ciências Biológicas na Universidade Federal do Rio Grande<br />
do Norte; 3 Professor associado Universidade Federal do Rio Grande do Norte<br />
*Autor correspondente: Endereço: Universidade Federal do Rio Grande do Norte,<br />
Centro de Biociências, Departamento de Microbiologia e Parasitologia, Lagoa Nova<br />
S/N ,Natal-RN. Email: rmotta_neto@hotmail.com Telefone: +55 84 999200022<br />
Genes de Resistência Bacteriana:<br />
O Estado da Arte<br />
Resumo<br />
A resistência bacteriana aos antibióticos é uma ameaça à saúde em<br />
todo o mundo. Fenômeno esse primeiro identificado logo no início<br />
do uso dos primeiros antimicrobianos e até os dias atuais tem aumentado<br />
em proporção e consequências negativas, sendo alvo de<br />
preocupação e alerta. Envolvidos nesse processo, encontram-se os<br />
genes de resistência, os quais possuem um papel determinante em<br />
bactérias resistentes aos antibióticos. Este trabalho objetiva realizar<br />
uma revisão bibliográfica sobre os genes de resistência bacteriana<br />
a partir de bases de dados científicos especializados. Para esse fim<br />
foi utilizada como base a lista de patógenos prioritários elaborada<br />
pela Organização Mundial da Saúde, na qual estão listadas, em três<br />
grupos por ordem de prioridade, as bactérias de importância clínica<br />
mais preocupantes no mundo. Desse modo, foram compilados os<br />
principais genes de resistência a antibióticos específicos das bactérias<br />
consideradas de risco crítico, alta prioridade e média prioridade.<br />
Cada bactéria resistente possui em seus genes a origem da<br />
resistência aos antimicrobianos. Na maioria delas, mais de um gene<br />
e mecanismos genéticos e bioquímicos estão envolvidos no desenvolvimento<br />
da resistência. Assim, é possível notar a importância do<br />
estudo dos genes de resistência para o completo entendimento da<br />
resistência bacteriana como forma de auxílio no diagnóstico e no<br />
desenvolvimento de novas medidas terapêuticas.<br />
Palavras-Chave: Resistência Microbiana a Medicamentos, Bactéria,<br />
Genes.<br />
Abstract<br />
Bacterial resistance to antibiotics is a worldwide health threat.<br />
This phenomenon was first identified shortly after the use<br />
of the first antimicrobials and to this day has increased in proportion<br />
and negative consequences, being the object of concern<br />
and alertness. Involved in this process are the resistance genes,<br />
which play a key role in antibiotic resistant bacteria. This work<br />
aims to carry out a bibliographic review on bacterial resistance<br />
genes from specialized scientific databases. For this purpose, the<br />
list of priority pathogens prepared by the World Health Organization<br />
was used as the basis for listing the world’s most worrisome<br />
bacteria of clinical importance in three priority groups.<br />
Thus, the main antibiotic resistance genes specific to the bacteria<br />
considered critical risk, high priority and medium priority<br />
were compiled. Each resistant bacterium has on its genes the<br />
origin of antimicrobial resistance. In most of them, more than<br />
one gene and genetic and biochemical mechanisms are involved<br />
in the development of resistance. Thus, it is possible to note<br />
the importance of the study of resistance genes for the complete<br />
understanding of bacterial resistance as a way of aiding in the<br />
diagnosis and development of new therapeutic measures.<br />
Keywords: Drug Resistance, Microbial, Bacteria, Genes.<br />
0 14<br />
0 <strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
Autores: Caroline Nobre Oliveira1; Isabela Maria Fortaleza Neves Bonfim2; Renato Motta Neto3*<br />
ARTIGO 01<br />
Introdução<br />
A descoberta dos antimicrobianos foi um<br />
importante marco na história da saúde permitindo<br />
a cura de muitas doenças. Entretanto,<br />
logo após a descoberta dos antibióticos foi<br />
identificada a resistência bacteriana, um problema<br />
complexo e multifatorial (MOREHEAD;<br />
SCARBROUGH, 2018).<br />
Com a identificação dos microrganismos<br />
causadores de enfermidades como cólera, tuberculose<br />
e febre tifoide após a segunda metade<br />
do século XIX, pesquisas começaram a ser<br />
direcionadas para a descoberta de compostos<br />
químicos com atividade contra esses agentes. A<br />
descoberta da penicilina por Alexander Fleming<br />
em 1928 foi o grande marco no tratamento das<br />
doenças causadas por bactérias (GUIMARÃES;<br />
MOMESSO; PUPO, 2010).<br />
A década de 1940 marcou o início da “Era do<br />
Antibiótico”, desencadeada pelo uso massivo<br />
desses compostos capazes de atenuar eficientemente<br />
as infecções bacterianas (MEDELLÍN,<br />
2011). Entretanto, com apenas três anos depois<br />
da inserção da penicilina no mercado, foi possível<br />
detectar cepas resistentes de Staphylococcus<br />
aureus a esse fármaco (MEDELLÍN, 2011).<br />
Estudos feitos sobre a genética envolvida na<br />
resistência bacteriana revelaram que esse processo<br />
está sob a influência de uma diversidade<br />
de genes e mecanismos genéticos e que esse<br />
fenômeno é um processo natural o qual existiria<br />
mesmo sem intervenção humana. Entretanto,<br />
o uso inadequado dos antibióticos em contextos<br />
variados provoca uma pressão seletiva que<br />
permite a seleção de bactérias naturalmente<br />
resistentes (MOREHEAD; SCARBROUGH, 2018).<br />
A resistência antimicrobiana (AMR do inglês<br />
Antimicrobial Resistance) cresce mundialmente<br />
e ameaça a prevenção e a cura de<br />
infecções. Em 2016, a AMR foi responsável<br />
por 70.000 mortes e estima-se que em 2050<br />
esta causará até 10 milhões de mortes anuais<br />
(BELLO; DINGLE, 2018).<br />
Seguindo esse raciocínio, a perda do efeito dos<br />
antibióticos se deve principalmente a duas circunstâncias<br />
conjuntas: à capacidade bacteriana<br />
de produzir alterações genéticas e ao uso excessivo<br />
e inadequado dos antimicrobianos a nível<br />
mundial (MEDELLÍN, 2011).<br />
Cada mecanismo de resistência possui uma<br />
origem genética que pode estar relacionada a<br />
mutações em genes cromossômicos ou a aquisição<br />
de genes de resistência de outros microrganismos<br />
no meio ambiente. Para determinar a<br />
facilidade com que esses genes podem ser distribuídos,<br />
desenvolver tecnologias diagnósticas<br />
mais rápidas e novos antimicrobianos é essencial<br />
ter o conhecimento da origem genética da<br />
resistência assim como entender quais e como<br />
os genes influenciam e até comandam esse fenômeno<br />
nas bactérias (BELLO; DINGLE, 2018).<br />
O objetivo deste trabalho foi realizar revisão<br />
bibliográfica por meio de bases de dados científicos<br />
sobre os principais genes de resistência<br />
bacterianos de importância médica.<br />
Metodologia<br />
Para a construção desta revisão de literatura<br />
foram pesquisadas publicações por meio das bases<br />
de dados científicas PubMed, Science Direct<br />
e Scientific Electronic Library Online (Scielo) entre<br />
os meses de Janeiro a Junho de 2019. Foram<br />
considerados artigos científicos em português,<br />
inglês e espanhol, sendo utilizados os que foram<br />
publicados entre os anos de 2009 a 2019, com a<br />
finalidade de desenvolver uma revisão de dados<br />
mais atualizados. A pesquisa utilizou como critério<br />
de inclusão a lista de bactérias resistentes que<br />
necessitam de novos tratamentos, elaborada pela<br />
Organização Mundial da Saúde (OMS).<br />
As palavras chaves e operadores lógicos utilizados<br />
na busca em português foram: genes de<br />
resistência bacteriana, resistência bacteriana,<br />
Acinetobacter baumannii e resistência e carbapenêmicos,<br />
Pseudomonas aeruginosa e resistência<br />
e carbapenêmicos, Enterobacteriaceae<br />
resistente a carbapenêmicos, Enterobacteriales<br />
e resistência, MRSA e resistência, Salmonella<br />
spp. e resistência e fluoroquinolona, Helicobacter<br />
pylori e resistência e claritromicina, Neisseria<br />
gonorrhoeae e resistência e cefalosporinas e<br />
fluoroquinolona, Enterococcus faecium e resistência<br />
e vancomicina, Campylobacter spp.<br />
e resistência e fluoroquinolona, Streptococcus<br />
pneumoniae e resistência e penicilina, Haemophilus<br />
influenzae e resistência e ampicilina,<br />
Shigella spp. e resistência e fluoroquinolona.<br />
A escolha dos artigos foi feita por meio de análise<br />
sequencial, sendo observados primeiramente os<br />
títulos e anos de publicação. Havendo concordância<br />
com o que se propõe nesta revisão, a leitura<br />
dos resumos foi realizada. Estando de acordo com<br />
a proposta deste trabalho a partir de abordagem<br />
molecular da resistência de determinada bactéria,<br />
o artigo foi acessado na íntegra e as informações<br />
de interesse foram extraídas. Com a leitura dos<br />
trabalhos selecionados, as informações foram organizadas<br />
e reunidas dando origem a esta revisão.<br />
Os estudos que envolviam genes de resistência<br />
bacteriana, mas não estavam relacionados com as<br />
bactérias de importância médica e este contexto,<br />
foram excluídos. A classificação das bactérias utilizada<br />
nesta revisão tem por base a lista de bactérias<br />
de prioridade global resistentes a antibióticos<br />
desenvolvida pela OMS. Para a classificação da<br />
OMS foram identificadas as bactérias resistentes<br />
mais importantes mundialmente em que há uma<br />
necessidade urgente de novos tratamentos. Os patógenos<br />
foram agrupados de acordo com a espécie<br />
e o tipo de resistência e depois estratificaram os resultados<br />
em três níveis de prioridade: crítico, alto e<br />
médio (TACCONELLI; MAGRINI, 2017).<br />
0 16<br />
0 <strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
Autores: Caroline Nobre Oliveira1; Isabela Maria Fortaleza Neves Bonfim2; Renato Motta Neto3*<br />
ARTIGO 01<br />
Resultados e Discussão<br />
Principais genes de bactérias de risco crítico<br />
Acinetobacter baumannii – resistente à<br />
carbapenêmicos<br />
A resistência aos carbapenêmicos por Acinetobacter<br />
baumannii ocorre por um ou<br />
mais de um desses mecanismos: hidrólise<br />
do fármaco por metalo-β-lactamases e oxacilinases,<br />
bombas de efluxo, modificações do<br />
sítio alvo e diminuição da permeabilidade da<br />
membrana externa (GHOLAMI et al., 2018).<br />
Os genes de resistência em A. baumannii podem<br />
ser encontrados no cromossomo e nos<br />
plasmídeos, sendo esses últimos, aliados com<br />
transposons e integrons, responsáveis pela<br />
disseminação da resistência a antimicrobianos<br />
em cepas multirresistentes altamente capazes<br />
de obtê-los (GHOLAMI et al., 2018). O gene<br />
envolvido na diminuição da permeabilidade<br />
da membrana codifica o tipo principal de<br />
porina associada aos carbapenêmicos em A<br />
baumannii e é denominado de CarO. No mecanismo<br />
de bombas de efluxo está envolvida<br />
a bomba AdeABC, muito associada com resistência<br />
a carbapenêmicos. A super-expressão<br />
dela é codificada pelos genes AdeS e AdeR,<br />
ocasionando na extrusão do antimicrobiano<br />
(NOWAK; PALUCHOWSKA, 2016). Entre as<br />
β-lactamases envolvidas no mecanismo enzimático<br />
de resistência aos carbapenêmicos<br />
em A. baumannii (quadro 1), as oxacilinases<br />
de classe D são as mais frequentes (NOWAK;<br />
PALUCHOWSKA, 2016).<br />
As oxacilinases encontradas em Acinetobacter<br />
baumannii incluem OXA-23, OXA-24, OXA-58<br />
e enzimas relacionadas a OXA-51, com os seus<br />
respectivos genes, blaOXA-23, blaOXA-24, e<br />
blaOXA-58 (GHOLAMI et al., 2018). A OXA-51<br />
por ser considerada intrínseca em A. baumannii<br />
é encontrada, por seu gene blaOXA-51, em<br />
quase todos os isolados (BELLO; DINGLE, 2018).<br />
O segundo tipo de β-lactamase comum em<br />
A. baumannii são as metalo-β-lactamases<br />
(MβLs) pertencentes à classe B de Ambler. Os<br />
genes que codificam essas enzimas e que já<br />
foram identificados na bactéria em questão<br />
incluem blaIMP, blaVIM, blaSIM e blaNDM<br />
(NOWAK; PALUCHOWSKA, 2016). Algumas<br />
enzimas da classe A de Ambler também já<br />
foram identificadas em A. baumannii em menores<br />
quantidades, sendo blaGES e blaKPC os<br />
genes destas (GHOLAMI et al., 2018).<br />
Pseudomonas aeruginosa – resistente à<br />
carbapenêmicos<br />
Mecanismos enzimáticos e não enzimáticos<br />
estão associados a resistência a carbapenêmicos<br />
em Pseudomonas aeruginosa (G et al.,<br />
2012), sendo eles: alterações ou perda da porina<br />
OprD, super-expressão de bombas de efluxo,<br />
hiperprodução da β-lactamase cromossômica<br />
AmpC e produção de β-lactamases das classes<br />
A, B e D (ESTEPA et al., 2016; G et al., 2012).<br />
Entre as bombas de efluxo, o sistema MexAB-<br />
-OprM está presente em P. aeruginosa em níveis<br />
elevados, sendo controlado por genes reguladores<br />
identificados como mexR, nalD, nalC. As<br />
mutações envolvidas com esses genes levam à<br />
super- expressão da bomba de efluxo (PAN et<br />
al., 2016). Outro mecanismo responsável pela<br />
resistência aos carbapenêmicos em P. aeruginosa<br />
é a presença da porina OprD, a qual é considerada<br />
substrato-específica para a difusão dos<br />
carbapenêmicos (ESTEPA et al., 2016). Os genes<br />
oprD estão envolvidos na diminuição dessa<br />
porina na membrana externa, diminuindo a<br />
suscetibilidade de P. aeruginosa aos carbapenêmicos<br />
(LISTER; WOLTER; HANSON, 2009). As<br />
metalo-β-lactamases de classe B (MβLs), classe<br />
A (KPC) e classe D (OXA-198, OXA-40) são<br />
também encontradas em P. aeruginosa resistente<br />
aos carbapenêmicos (PAN et al., 2016). Das<br />
MβLs as famílias IMP, VIM, SPM e GIM foram as<br />
principais identificadas (LISTER; WOLTER; HAN-<br />
0 18<br />
0 <strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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Autores: Caroline Nobre Oliveira1; Isabela Maria Fortaleza Neves Bonfim2; Renato Motta Neto3*<br />
ARTIGO 01<br />
SON, 2009). A maioria dos genes codificadores<br />
de MβLs são transferíveis, fazendo com que<br />
essas β-lactamases tenham importância clínica<br />
(G et al., 2012). Esses genes de MβLs relacionados<br />
a P. aeruginosa foram: blaIMP1, blaIMP2,<br />
blaVIM1, blaSPM e blaNDM. (GHOLAMI et al.,<br />
2018). As carbapenemases de classe A do tipo<br />
KPC foi encontrada pela primeira vez em P. aeruginosa<br />
em 2007 (LISTER; WOLTER; HANSON,<br />
2009), estando associada a genes presentes em<br />
elementos genéticos móveis (BELLO; DINGLE,<br />
2018). Já a primeira identificação da β-lactamase<br />
tipo OXA em P. aeruginosa resistente aos<br />
carbapenêmicos foi relatada em 2008 com a sugestão<br />
de ser a mesma OXA-40 presente em A.<br />
baumannii (LISTER; WOLTER; HANSON, 2009).<br />
Enterobacteriales – resistente à<br />
carbapenêmicos e produtora de ESBL<br />
A transferência horizontal frequente de genes<br />
codificadores de β-lactamases em plasmídeos<br />
entre membros das enterobactérias resulta nos<br />
crescentes casos de resistência aos carbapenêmicos.<br />
Os mecanismos de resistência relacionados<br />
a esse fenômeno envolvem as β-lactamases<br />
carbapenemases e ESBL, alterações em bombas<br />
de efluxo ou porinas (POTTER; D’SOUZA; DAN-<br />
TAS, 2016). As β-lactamases das classes A (KPC,<br />
SME, NMC, IMI, GES), B (NDM, VIM, IMP, GIM,<br />
SIM) e D (OXA) de Ambler são as mais comuns<br />
nas enterobactérias resistentes a carbapenêmicos.<br />
Já os tipos ESBL mais comuns são TEM, SHV<br />
e CTX-M (BELLO; DINGLE, 2018). Nos quadros1<br />
e 2 estão listados os genes representativos dessas<br />
β-lactamases.<br />
genéticos móveis podem ser identificados em<br />
enterobactérias como: Citrobacter freundii,<br />
Escherichia coli, Enterobacter aerogenes, Enterobacter<br />
cloacae, K. pneumoniae, Klebsiella<br />
oxytoca, Proteus mirabilis, Salmonella enterica,<br />
e S. marcescens (BELLO; DINGLE, 2018).<br />
A modificação do alvo dos β-lactâmicos, ou<br />
seja, as PBP’s(Proteínas ligadoras de penicilinas)<br />
é um dos mecanismos de resistência não enzimáticos<br />
em Enterobacteriales. Nele, as PBP’s são<br />
alteradas para os tipos PBP2 e PBP3 a partir dos<br />
genes ftsl e penA, reduzindo a afinidade delas<br />
aos carbapenêmicos (BELLO; DINGLE, 2018).<br />
Esses genes têm origem cromossômica sendo<br />
intrinsecamente expressos na maioria das vezes,<br />
mas, já foi identificada a transmissão destes<br />
via plasmidial de E.coli a outros membros das<br />
enterobactérias (BELLO; DINGLE, 2018).<br />
Outro mecanismo não enzimático, mas que está<br />
presente em sinergia com as enzimas são as bombas<br />
de efluxo as quais geralmente são codificadas<br />
em plasmídeos. A bomba de efluxo envolvida é<br />
da família RND (do inglês Resistance Nodulation<br />
Division) com os genes de resistência acrAB, tolC,<br />
marA, yhiV e mdfA relacionados (BELLO; DINGLE,<br />
2018). O mecanismo de diminuição da permeabilidade<br />
de barreira também é identificado a partir<br />
de mutações nos genes de porinas omp36, ompF,<br />
ompC, carO (BELLO; DINGLE, 2018).<br />
Principais genes de bactérias de alta<br />
prioridade<br />
Staphylococcus aureus – MRSA<br />
O mecanismo de resistência de MRSA (do<br />
inglês Methicillin-resistant Staphylococcus aureus)<br />
está associado com alterações nas PBP’s,<br />
por aspectos quantitativos ou qualitativos de ligação<br />
ao fármaco (PEACOCK; PATERSON, 2015).<br />
O gene envolvido na resistência a meticilina em<br />
S. aureus é o mecA, o qual está inserido no cassete<br />
cromossômico estafilocócico SCCmec presente<br />
em um elemento genético móvel. O gene<br />
mecA codifica PBP’s alteradas como a PBP2a e<br />
PBP2’ as quais possuem menor afinidade à meticilina.<br />
Dessa forma, o fármaco não atinge seu<br />
alvo e a bactéria pode produzir a parede celular<br />
normalmente, garantindo sua sobrevivência<br />
(PATERSON; HARRISON; HOLMES, 2014).<br />
Dentre as β-lactamases não ESBL se destacam<br />
a Klebsiella pneumoniae carbapenemase<br />
(KPC), NDM e OXA-48. Entretanto, existe uma<br />
diversidade de outros tipos de β-lactamases<br />
devido a mutações pontuais que resultam<br />
em subtipos dos genes (ROOD; LI, 2017). Os<br />
genes blaKPC transmitidos por elementos<br />
0 20<br />
0 <strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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ARTIGO 01<br />
Salmonella spp. – resistente à<br />
fluoroquinolona<br />
O gene envolvido na resistência à fluoroquinolona<br />
em Salmonella spp. é o qnr o qual possui<br />
5 subtipos (A, B, C, D e S) e é transmitido por<br />
meio de elementos genéticos móveis, principalmente<br />
por plasmídeos. O gene qnr codifica<br />
proteínas capazes de se ligar à DNA girase,<br />
protegendo-a das fluoroquinolonas, como o<br />
ciprofloxacino (BELLO; DINGLE, 2018). Outro<br />
mecanismo de resistência por modificação no<br />
alvo das fluoroquinolonas acontece por mutações<br />
cromossômicas diretas nos genes gyrA<br />
e gyrB que codificam as duas subunidades A<br />
e as duas subunidades B da DNA girase. E da<br />
mesma forma acontece para o outro alvo das<br />
fluoroquinolonas, a topoisomerase IV, com as<br />
mutações ocorrendo nos genes parC e parE que<br />
codificam suas subunidades. Quando essas mutações<br />
acontecem, as fluoroquinolonas deixam<br />
de ter acesso à DNA girase e topoisomerase IV<br />
por estas estarem alteradas, fazendo com que<br />
haja resistência (BELLO; DINGLE, 2018).<br />
Helicobacter pylori – resistente à<br />
claritromicina<br />
A origem da resistência em H. pylori está<br />
associada às mutações cromossomais, não<br />
envolvendo elementos genéticos móveis<br />
(SANCHES et al., 2016). Os mecanismos de<br />
resistência principais são por efluxo da claritromicina<br />
ou a presença de mutações pontuais<br />
relacionadas ao alvo do fármaco. Os genes<br />
hefC, hefE e hefI codificam três bombas de<br />
efluxo da família RND (do inglês Resistance<br />
Nodulation Division) identificadas como<br />
responsáveis pelo efluxo da claritromicina.<br />
Entretanto, a aquisição de mutações pontais<br />
na região 23S do RNA ribossômico é o principal<br />
mecanismo pelo qual a H.pylori passa a<br />
ser resistente à claritromicina (VIANNA et al.,<br />
2016). A claritromicina interage com o RNA<br />
ribossômico 23S da subunidade 50S, inibindo<br />
a síntese proteica. Com as mutações pontuais<br />
nas posições 2146 e 2147 do gene de 23S<br />
rRNA, por exemplo, a conformação do ribossomo<br />
é alterada fazendo com que não ocorra<br />
a interação com a claritromicina e a síntese<br />
proteica permanece (SANCHES et al., 2016).<br />
As mutações em questão são geralmente por<br />
substituições de bases nitrogenadas, sendo as<br />
mais frequentes A2142G (mutação pontual<br />
na posição 2142 por substituição de adenina<br />
por guanina), A2142C e A2143G; e as menos<br />
frequentes A2144T, T2717C e C2694A (ALBA;<br />
BLANCO; ALARCÓN, 2017). Outras mutações<br />
pontuais já identificadas por conferir resistência<br />
à claritromicina incluem T2182C, A2144T,<br />
G1939A e T1942C (HU et al., 2016). Mutações<br />
em outros genes como infB e rpl22 relacionados<br />
com o processo de tradução e com o<br />
RNA ribossômico, também estão envolvidos<br />
com a resistência à claritromicina em H. pylori.<br />
Estudos mostram inclusive, que mutações<br />
pontuais em um desses genes levam a baixas<br />
concentrações inibitórias mínimas, mas<br />
quando acontece alguma mutação em genes<br />
de 23S rRNA associada com mutação em infB<br />
ou rpl22 há um aumento das concentrações<br />
inibitórias mínimas, indicando aumento de<br />
resistência (HU et al., 2016).<br />
Neisseria gonorrhoeae – resistente à<br />
fluoroquinolona e às cefalosporinas<br />
Os mecanismos de resistência às cefalosporinas<br />
em N. gonorrhoeae são diversos,<br />
envolvendo alterações no alvo desses antibióticos,<br />
o aumento do efluxo destes, porinas e<br />
inibição da entrada do fármaco. No primeiro<br />
caso, o gene alterado é o penA que dessa forma,<br />
codifica a proteína de ligação à penicilina<br />
do tipo 2 (PBP2). Boa parte dos isolados de<br />
N. gonorrhoeae resistentes às cefalosporinas<br />
possuem o mosaico do gene penA em que a<br />
incorporação de mais de uma mutação leva a<br />
altos níveis de resistência (ZHAO et al., 2018).<br />
A aquisição de sequências em mosaico do<br />
gene penA ocorre por recombinação com<br />
genes penA de outras espécies de Neisseria<br />
e substituições de aminoácidos (DEMCZUK et<br />
al., 2017). No mecanismo de bomba de efluxo,<br />
há a super- expressão da bomba MtrCDE<br />
(pertencente à família RND) codificada no<br />
gene mtrR mutado. As mutações podem ocorrer<br />
no promotor e/ou na região codificadora<br />
deste gene resultando na super-expressão da<br />
bomba de efluxo MtrCDE. Com relação as porinas,<br />
variações no gene porB1b que codifica<br />
uma porina da membrana externa diminuem<br />
a permeabilidade da membrana pela substituição<br />
de aminoácidos da proteína que forma<br />
a porina, gerando resistência (DEMCZUK et<br />
al., 2017). A inibição da entrada do fármaco<br />
é garantida por alterações no gene byB (ZHAO<br />
et al., 2018). A resistência às fluoroquinolonas<br />
em N. gonorrhoeae acontece por mutações<br />
nos genes gyrA, parC e parE associados à<br />
DNA girase e topoisomerase IV. Essas mutações<br />
influenciam na resistência cumulativamente,<br />
de modo que uma única alteração de<br />
aminoácidos em GyrA leva a uma resistência<br />
intermediária, mas se outras alterações acontecerem<br />
junto com mutações em ParC e ParE<br />
a resistência aumenta (COSTA-LOURENÇO et<br />
al., 2017). Para gyrA as alterações ocorrem nas<br />
posições de aminoácidos S91 e/ou D95 e para<br />
parC ocorrem nas posições D86, S87 e/ou S88<br />
(DEMCZUK et al., 2017).<br />
Enterococcus faecium – resistente à<br />
vancomicina<br />
A rápida aquisição de resistência em Enterococcus<br />
faecium é causada pelo complexo<br />
clonal 17 (CC17), associado à necessidade<br />
de adaptação dessa bactéria ao ambiente<br />
hospitalar. O CC17 é responsável por infecções<br />
graves e elevada mortalidade (LEE et al.,<br />
2018). Esses clusters de genes são adquiridos<br />
principalmente do ambiente e codificam uma<br />
maquinaria para a resistência que contribuem<br />
para a perda de susceptibilidade à vancomicina<br />
(MILLER; MUNITA; ARIAS, 2014). Os genes<br />
0 22<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
envolvidos na resistência à vancomicina são<br />
chamados de van e permitem modificações<br />
no dipeptídeo D-Ala-D-Ala (do peptidioglicano)<br />
que é o alvo do antimicrobiano, levando à<br />
redução de afinidade de ligação à vancomicina<br />
e fazendo com que o efeito do antibiótico seja<br />
perdido (LEE et al., 2018). Existem 10 genes<br />
van conhecidos, sendo três deles – vanA,<br />
vanB e vanM – considerados de maior risco à<br />
saúde por atribuírem alto nível de resistência<br />
e serem encontrados em elementos genéticos<br />
móveis. Os demais genes - vanC, vanD, vanE,<br />
vanF, vanG, vanL e vanN – não são considerados<br />
de risco elevado por expressarem menores<br />
níveis de resistência e por não serem transferíveis<br />
(LEE et al., 2018) O cluster vanA é o<br />
mais comum na resistência à vancomicina em<br />
Enterococcus (MILLER; MUNITA; ARIAS, 2014).<br />
Campylobacter spp. – resistente à fluoroquinolona<br />
Os dois mecanismos de resistência à fluoroquinolona<br />
em Campylobacter ssp envolvem<br />
a inativação do alvo do antimicrobiano e as<br />
bombas de efluxo, em muitos casos, atuando<br />
juntos (IOVINE, 2013). Com relação ao mecanismo<br />
de inativação do alvo das fluoroquinolonas,<br />
as mutações predominantemente<br />
ocorrem no gene da DNA girase, gyrA. A mais<br />
comum dessas mutações consiste em uma<br />
única substituição de nucleotídeo (C257T) que<br />
leva a uma alteração de aminoácido na proteína<br />
GyrA a qual compõe a DNA girase, alvo<br />
das fluoroquinolonas. Essa mutação é conhecida<br />
por Thr86lle (WHITEHOUSE; ZHAO; TATE,<br />
2018). Outras mutações conhecidas por ASP-<br />
-90-ASN e ALA-70-THR são menos comuns e<br />
conferem menores níveis de resistência (IOVI-<br />
NE, 2013), mas já foram relatadas por acontecerem<br />
em mutações duplas com Thr86IIe<br />
(WHITEHOUSE; ZHAO; TATE, 2018). Com<br />
relação às bombas de efluxo, existem principalmente<br />
duas encontradas em Campylobacter<br />
e envolvidas com a resistência: CmeABC e<br />
CmeDEF. A bomba CmeABC é codificada por<br />
três genes, cmeA, cmeB e cmeC, sendo a principal<br />
responsável no processo de efluxo das<br />
fluoroquinolonas. A outra bomba, CmeDEF,<br />
foi encontrada em C. jejuni mas a mutação no<br />
gene relacionado, cmeF, foi relacionada à resistência<br />
a outros antimicrobianos que não as<br />
fluoroquinolonas. Essas duas bombas já foram<br />
descritas por atuarem juntas, garantindo a resistência<br />
(WHITEHOUSE; ZHAO; TATE, 2018).<br />
ARTIGO 01<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020<br />
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Autores: Caroline Nobre Oliveira1; Isabela Maria Fortaleza Neves Bonfim2; Renato Motta Neto3*<br />
ARTIGO 01<br />
Além disso, há a atuação conjunta da bomba<br />
CmeABC com as mutações na DNA girase, a<br />
qual resulta em níveis elevados de resistência<br />
às fluoroquinolonas (IOVINE, 2013).<br />
Principais genes de bactérias de média<br />
prioridade<br />
Streptococcus pneumoniae – não susceptível<br />
à penicilina<br />
Os mecanismos de resistência à penicilina<br />
mais utilizados por S. pneumoniae são as alterações<br />
nas PBP’s por meio de recombinação<br />
genética com genes presentes no ambiente ou<br />
por mutações pontuais nos genes das PBP’s;<br />
podendo estes dois atuarem juntos (MUNITA;<br />
BAYER; ARIAS, 2015). As recombinações, que<br />
envolvem transferências de genes entre espécies<br />
estreptocócicas, são responsáveis pela<br />
formação do mosaico de genes que codificam<br />
PBP’s alteradas, garantindo baixa afinidade<br />
desta ao antimicrobiano (FANI et al., 2014;<br />
MOUJABER et al., 2017). Os pneumococos<br />
apresentam grande facilidade para a aquisição<br />
de DNA exógeno o que contribui para<br />
esse processo (FANI et al., 2014). As principais<br />
PBP’s alteradas em S. pneumoniae são a PB-<br />
P1a, a PBP2x e a PBP2b (genes pbp1a, pbp2x,<br />
pbp2b), as quais, em conjunto, levam a altos<br />
níveis de resistência, enquanto alterações<br />
apenas em PBP2x e PBP2b estão associadas<br />
a S. pneumoniae não suscetível à penicilina<br />
caracterizada por menor nível de resistência<br />
(MOUJABER et al., 2017). Outros mecanismos<br />
já foram identificados em S. pneumoniae resistente<br />
à penicilina como as modificações nos<br />
muropeptídeos presentes na parede celular<br />
dessa bactéria. Essas alterações estão relacionadas<br />
ao operon murMN que codifica as proteínas<br />
MurM e MurN (MOUJABER et al., 2017).<br />
Haemophilus influenzae – resistente à<br />
ampicilina<br />
A resistência à ampicilina em H. influenzae<br />
ocorre por dois mecanismos principais que<br />
dividem os isolados em dois grupos: os que<br />
produzem β-lactamases são conhecidos por<br />
β-lactamase positiva ampicilina resistente<br />
(BLPAR) e os que não as produzem mas<br />
possuem alterações PBP3 são chamados por<br />
β-lactamase negativa ampicilina resistente<br />
(BLNAR). As β-lactamases dos isolados BL-<br />
PAR são geralmente do tipo TEM-1 e ROB-1<br />
e este mecanismo é bastante encontrado em<br />
H. influenzae. Além desses dois grupos, existe<br />
o BLPACR (β-lactamase positiva, amoxicilina/<br />
ácido clavulânico resistente), que se refere aos<br />
isolados que possuem tanto as β-lactamases<br />
bem como as mutações PBP3 (TSANG et al.,<br />
2017). Em BLPAR, os genes das β-lactamases<br />
dos tipos TEM-1 e ROB-1 são respectivamente<br />
blaTEM-1 e blaROB-1, os quais são encontrados<br />
em plasmídeos. No caso dos isolados<br />
BLNAR, o gene ftsl mutado codifica a PBP3<br />
que possui substituição de aminoácidos, levando<br />
a uma menor afinidade à ampicilina<br />
(KOSTYANEV; SECHANOVA, 2012). Essa menor<br />
afinidade pela PBP3 foi detectada tanto<br />
em diferentes cepas de H. influenzae (BELLO;<br />
DINGLE, 2018).<br />
Shigella spp. – resistente à<br />
fluoroquinolona<br />
Os mecanismos principais de resistência de<br />
Shigella spp. ao ciprofloxacino são devido a<br />
mutações em genes cromossômicos que resultam<br />
em substituição de aminoácidos que<br />
compõem a DNA girase e Topoisomerase IV e<br />
à superexpressão das bombas de efluxo. Além<br />
desses, há o mecanismo de proteção da DNA<br />
girase pela proteína produzida pelo gene qnr<br />
o qual é originado de plasmídeos (AZMI et al.,<br />
2014). As mutações na DNA girase ocorrem<br />
principalmente nos genes gyrA e gyrB em região<br />
chamada de região determinante de resistência<br />
a quinolona (QRDR). E as da topoisomerase<br />
IV ocorrem na região determinante de<br />
resistência a quinolona dos genes parC e parE<br />
(QIN et al., 2017). A bomba de efluxo referente<br />
a resistência em Shigella spp. é a AcrAB-TolC<br />
(GHOSH et al., 2014), a qual é superexpressa<br />
tendo os genes acrAB e tolC relacionados a<br />
esse processo (BELLO; DINGLE, 2018).<br />
Conclusão<br />
O uso exacerbado e errôneo dos fármacos<br />
antimicrobianos ocasiona a seleção e propagação<br />
de bactérias resistentes a eles. Essa<br />
situação é preocupante visto que diminui ou<br />
até elimina as possibilidades de tratamento<br />
dos pacientes infectados. Por trás de cada mecanismo<br />
de resistência existem peças fundamentais<br />
na determinação desta: os genes de<br />
resistência. É a partir desses genes que a bactéria<br />
desenvolve toda a maquinaria que leva<br />
ao resultado final de ausência de sensibilidade<br />
aos antimicrobianos. Um cuidado especial<br />
deve ser tomado com as bactérias de risco crítico,<br />
alta e média prioridade por comporem a<br />
lista de patógenos prioritários elaborada pela<br />
Organização Mundial de Saúde, e por serem,<br />
assim, bactérias com resistências importantes<br />
aos antimicrobianos e que têm causado<br />
muitos danos mundialmente. Compreender<br />
os mecanismos moleculares e os genes determinantes<br />
de resistência bacteriana fornece informações<br />
essenciais para o desenvolvimento<br />
de diagnósticos mais assertivos e tratamentos<br />
mais eficazes para combater a resistência bacteriana<br />
aos antibióticos.<br />
Conflitos de Interesses<br />
Os autores informam não haver conflito<br />
de interesse .<br />
0 24<br />
0 <strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
Autores: Caroline Nobre Oliveira1; Isabela Maria Fortaleza Neves Bonfim2; Renato Motta Neto3*<br />
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coccus aureus (MRSA) in retail meat from Punjab, India.<br />
zilian Academy of Sciences, Salvador, BA, Brazil, 2017.<br />
fluoroquinolones. Mayo Clinic Proceedings, [S.l.], 2012.<br />
Journal of Global Antimicrobial Resistance, India, 2018.<br />
MOUJABER, Grace El et al. Molecular mechanisms<br />
ROOD, Ineke G.H.; LI, Qingge. Molecular detection of<br />
ZHAO, Yun-hu et al. Identification and expression<br />
and epidemiology of resistance in Streptococcus pneu-<br />
extended spectrum-β-lactamase- and carbapenemase-<br />
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moniae in the Middle East region. Journal of Medical<br />
-producing Enterobacteriaceae in a clinical setting. Diag-<br />
Neisseria gonorrhoeae integrating RNA-Seq data and<br />
Microbiology , [S.l.], 2017.<br />
nostic Microbiology and Infectious Disease, [S. l.], 2017.<br />
qRT-PCR validation. Journal of Global Antimicrobial<br />
MOREHEAD, Martha Shawn; SCARBROUGH, Catherine.<br />
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0 28<br />
0 <strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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ARTIGO 02<br />
Autores:<br />
Aline Collin¹, Caroline Carraro¹, Natacha Pereira¹, Eloir Dutra Lourenço².<br />
¹Acadêmicas do curso de Biomedicina, Universidade Feevale.<br />
² Professor do curso de Biomedicina, Universidade Feevale.<br />
Aplicações da Bioinformática no Estudo<br />
da Diabetes Mellitus Tipo 2 e Obesidade<br />
*Artigo de Revisão<br />
Resumo<br />
A bioinformática é uma ciência multidisciplinar que engloba algoritmos,<br />
softwares e métodos para obtenção, armazenamento e<br />
análise de dados biológicos. Ela é importante no desenvolvimento<br />
da pesquisa e na geração de dados, além de ser utilizada na análise<br />
estatística e na validação dos resultados. Com as suas aplicações<br />
envolvidas no estudo da Diabetes Mellitus tipo 2 e na Obesidade<br />
foi possível prever a configuração tridimensional de proteínas, promover<br />
o agrupamento, analisar experimentos da expressão gênica,<br />
identificar e classificar genes, visualizar mecanismos moleculares<br />
e vias genéticas, e identificar alvos para a elaboração de fármacos,<br />
contribuindo dessa forma na prevenção, diagnóstico e tratamento<br />
dessas doenças.<br />
Palavras-Chave: Bioinformática, Diabetes Mellitus tipo 2, Obesidade.<br />
Abstract<br />
Bioinformatics is a multidisciplinary science that encompasses<br />
algorithms, software and methods for obtaining, storing and<br />
analyzing biological data. It is important in the development of<br />
research and data generation, it is used in the statistical analysis<br />
and validation of the results. With its applications involved in<br />
Type 2 Diabetes Mellitus and Obesity, it was possible to predict<br />
the three-dimensional configuration of proteins, promote grouping<br />
of proteins, analyze gene expression experiments, identify<br />
and classify genes, visualize molecular mechanisms and genetic<br />
pathways, and identify targets for preparation of drugs, to aid in<br />
the prevention, diagnosis and treatment of these diseases.<br />
Keywords: Bioinformatics, Type 2 Diabetes Mellitus, Obesity.<br />
Introdução<br />
Por volta de 1946, o primeiro computador<br />
moderno começou a funcionar. Em 1953, Francis<br />
Crick e James Watson descobriram que a<br />
molécula de DNA é estruturada como uma hélice<br />
dupla, partindo desse ponto, descobriu-se<br />
que a informação genética poderia ser armazenada<br />
na forma digital. Foi quando começou<br />
a surgir a bioinformática, sendo ela a interação<br />
da Biologia Molecular com um computador (1).<br />
A vida como conhecemos é baseada em elementos<br />
essenciais: ácidos nucleicos, proteínas,<br />
lipídeos e carboidratos, cada qual com um papel<br />
de fundamental importância para o desenvolvimento<br />
e suporte dos organismos. Apesar das<br />
diferenças características entre os seres vivos, das<br />
bactérias aos mamíferos, os elementos componentes<br />
são fundamentalmente os mesmos e a<br />
informação genética se encontra essencialmente<br />
no DNA. A variação de estrutura, relação e função<br />
das biomoléculas é o que proporciona a variação<br />
entre as formas de vida existentes. Sendo assim, a<br />
Bioinformática pode ser definida como o emprego<br />
de ferramentas computacionais no estudo de<br />
questões biológicas (2).<br />
Apresentando duas vertentes, a bioinformática<br />
tradicional envolve principalmente questões<br />
relacionadas ao entendimento das sequências<br />
de nucleotídeos e sua correlação com aminoácidos,<br />
e a bioinformática estrutural se volta ao<br />
entendimento das estruturas tridimensionais<br />
das moléculas e suas interações, utilizando<br />
0 32<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
técnicas de química computacional e modelagem<br />
molecular. Destacam-se como principais<br />
elementos tradicionalmente estudados pela<br />
bioinformática, os nucleotídeos e proteínas,<br />
entretanto, membranas biológicas e carboidratos<br />
vem se tornando novos alvos de estudo. Na<br />
bioinformática não há uma forma única de representar<br />
as biomoléculas, cada representação<br />
deve ser avaliada de acordo com o contexto de<br />
aplicação. O volume de informação manipulada<br />
é diretamente proporcional com o custo computacional<br />
envolvido. Técnicas comumente utilizadas<br />
como alinhamento de sequências e de<br />
estruturas, e sobreposição de estruturas podem<br />
ser aplicadas à ciência bioquímica, no estudo de<br />
sistemas, no metabolismo, no entendimento de<br />
patologias e também na busca por novos compostos<br />
terapêuticos (2).<br />
A obesidade é uma doença crônica que merece<br />
prioridade nas estratégias de prevenção,<br />
pois os pacientes obesos são susceptíveis ao<br />
desenvolvimento de diversas comorbidades, incluindo<br />
Diabetes Mellitus tipo 2. Atualmente, a<br />
proporção de pessoas obesas aumentou devido<br />
as mudanças comportamentais ocorridas nas<br />
últimas décadas, sobretudo devido à alimentação<br />
inadequada e ao sedentarismo (3). Como o<br />
índice glicêmico é diretamente proporcional ao<br />
IMC (índice de massa corporal), à medida que o<br />
indivíduo aumenta sua massa gorda, seus níveis<br />
glicêmicos também se elevam, aumentando o<br />
risco de desenvolvimento da DM2 (4).<br />
Metodologia<br />
O procedimento de pesquisa para a revisão<br />
bibliográfica baseou-se na utilização de sites<br />
de busca de artigos, como o Google Acadêmico,<br />
Pub Med, Scielo e Bireme, além de revistas científicas<br />
como a Nature e Science. Foram selecionados<br />
os artigos que apresentassem as palavras<br />
chave Bioinformática, Diabetes e Obesidade<br />
e que compreendessem o período de 2000 a<br />
2019 escritos em português, inglês e espanhol.<br />
Referencial Teórico<br />
Diabetes Mellitus Tipo II<br />
A Diabetes é um considerável problema de<br />
saúde pois afeta grande parte da população. Em<br />
2017, aproximadamente 425 milhões de adultos<br />
entre 20 a 79 anos possuíam diabetes (5). A<br />
perspectiva é que em 2045, isso aumente para<br />
629 milhões. No Brasil, há mais de 13 milhões<br />
de pessoas vivendo com Diabetes, representando<br />
cerca de 6,9 % da população (6). Cerca de<br />
90% das pessoas possuem a Diabetes Mellitus<br />
Tipo 2. Ela aparece quando o organismo não<br />
produz insulina suficiente para controlar a taxa<br />
de glicemia ou quando ele produz insulina, porém<br />
não consegue utilizá-la da forma correta. A<br />
doença se manifesta principalmente em adultos<br />
mais velhos, porém com o aumento dos níveis<br />
de obesidade, falta de exercícios físicos e má<br />
alimentação, ela também está aparecendo em<br />
pessoas mais jovens (5).<br />
A primeira opção para o tratamento da Diabetes<br />
tipo 2 é manter um estilo de vida saudável,<br />
praticando atividade física regular, mantendo<br />
uma dieta saudável, e um peso corporal dentro<br />
dos valores esperados. A segunda opção de<br />
tratamento, caso não for suficiente um estilo de<br />
vida saudável, seriam os medicamentos orais<br />
e injeções de insulina. Os mais utilizados são<br />
as Metforminas, que reduzem a resistência à<br />
insulina e as Sulfoniluréias, que aumentam a<br />
produção de insulina através da estimulação do<br />
pâncreas. As pessoas diabéticas possuem um<br />
risco elevado de apresentar doenças cardiovasculares,<br />
nefropatia diabética, retinopatia diabética,<br />
neuropatia diabética, complicações orais<br />
e complicações na gravidez. De acordo com<br />
alguns estudos, até 80% dos casos de Diabetes<br />
poderiam ser evitados com exercícios físicos frequentes<br />
e dieta equilibrada (6).<br />
Bioinformática e Diabetes Mellitus Tipo 2<br />
As técnicas da bioinformática foram aplicadas<br />
em um estudo para esclarecer as vias implícitas e<br />
redes de coexpressão em ilhotas da DM2, já que a<br />
falha e a disfunção nas células β pancreáticas são<br />
as principais etiologias da Diabetes Mellitus tipo<br />
II (DM2). Os mecanismos subentendidos para o<br />
envolvimento da função das ilhotas da DM2 humana<br />
ainda não estão totalmente explanados.<br />
Muitos dados genéticos foram publicados e armazenados<br />
em bancos de dados públicos, como<br />
o GEI (Gene Expression Omnibus) do NCBI (Centro<br />
Nacional de Informações sobre Biotecnologia), o<br />
ArrayExpress do Instituto Europeu de Bioinformática<br />
e o Genotype-Tissue Expression. A agregação<br />
desses dados, obtidos através da aplicação de<br />
fragmentos de genes e sequenciamento de nova<br />
geração, poderão auxiliar nas análises da Bioinformática<br />
com uma associação genômica vasta,<br />
para explorar a genética molecular das ilhotas na<br />
DM2 (7).<br />
ARTIGO 02<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020<br />
0 33
Autores:<br />
Aline Collin¹, Caroline Carraro¹, Natacha Pereira¹, Eloir Dutra Lourenço².<br />
ARTIGO 02<br />
Entre todos os genes diferencialmente expressos<br />
(DEGs) regulados no estudo, o SFRP4<br />
se mostrou um efetivo biomarcador para a<br />
disfunção das ilhotas em T2D. A ferramenta<br />
GEO 2R foi utilizada na identificação de DEGs.<br />
Ela tem o objetivo de identificar genes que são<br />
distintamente expressos em condições experimentais,<br />
através da comparação de dois ou<br />
mais grupos de amostras. Foram analisadas as<br />
vias Gene Ontology (GO) e Kyoto Encyclopedia<br />
of Genes e Genomes (KEGG) para explorar<br />
genes candidatos no nível funcional, através<br />
de uma ferramenta denominada DAVID que<br />
é utilizada para a classificação funcional dos<br />
genes. Com o banco de dados STRING foi possível<br />
desenvolver proteínas codificadas pelo<br />
DEG e a rede de interação proteína-proteína<br />
(PPI). Por intermédio da aplicação da análise<br />
de rede de correlação ponderada (WGCNA) foi<br />
viável exercer a identificação de redes gênicas<br />
coexpressas de todos os genes no conjunto<br />
de dados. Por fim, a rede ClueGO, que é um<br />
plug-in do Cytoscape que visualiza os termos<br />
biológicos não prescindíveis para grandes<br />
grupos de genes em uma rede funcionalmente<br />
agrupada, foi destinada para a análise de<br />
hemoglobina glicosilada A1c e DM2. (7).<br />
taram durante o desenvolvimento da DM2.<br />
Pela alternância de células imunes, a resposta<br />
imune adaptativa contribuiu para o distúrbio<br />
das ilhotas. Esse estudo, juntamente com as<br />
técnicas da bioinformática, forneceu subsídios<br />
de mecanismos moleculares e vias genéticas<br />
que podem ser utilizadas na prevenção, diagnóstico<br />
e tratamento da DM2, principalmente<br />
através do sistema imunológico relacionado<br />
com o direcionamento da inflamação. (7)<br />
Obesidade<br />
Evolutivamente a vantagem da reserva de<br />
gordura durante a fertilização, como também<br />
a maior probabilidade de sobrevivência<br />
de indivíduos com maior reserva energética<br />
durante períodos de escassez, ou a falta de<br />
alimentos são apontadas como contribuintes<br />
para o fator genético relacionado à obesidade.<br />
Além do componente hereditário, alterações<br />
neuroendócrinas e fatores relacionados<br />
ao estilo de vida como hábitos alimentares e<br />
inatividade física participam da fisiopatologia.<br />
A obesidade é uma desordem multifatorial<br />
complexa onde ocorre a participação de mecanismos<br />
centrais e periféricos resultando no<br />
acúmulo excessivo de gordura corporal resultante<br />
de um desequilíbrio que ocorre entre a<br />
energia ingerida e a energia gasta. Problemas<br />
cardiovasculares, hipertensão e diabetes tipo<br />
2 são exemplos de comorbidades associadas.<br />
Uma nutrição saudável e balanceada em associação<br />
à prática de exercícios físicos regulares<br />
são importantes tanto na prevenção quanto<br />
no manejo da obesidade (8).<br />
A obesidade é classificada como uma doença<br />
crônica não transmissível, e têm aumentado<br />
nos países desenvolvidos e em desenvolvimento,<br />
caracterizando-se como problema de<br />
saúde pública global. Altos investimentos econômicos<br />
são destinados ao manejo da obesidade<br />
e também às comorbidades associadas.<br />
Sabendo que uma nutrição adequada aliada a<br />
prática de exercícios físicos é benéfica para a<br />
prevenção e manejo, incentivo a tais práticas<br />
são de extrema necessidade (8).<br />
Existem dois tratamentos comumente utilizados<br />
no controle da obesidade, a Oslistat que<br />
está envolvida na absorção da gordura da dieta,<br />
atuando em um alvo periférico, e a Sibutramina,<br />
que atua centralmente inibindo o apetite (3).<br />
As análises das vias GO e KEGG identificaram<br />
que a exocitose dependente de íon cálcio, a<br />
resposta inflamatória e a diferenciação de<br />
células pancreáticas tipo β, estavam envolvidas<br />
na DT2 humana. Com isso, foi possível<br />
engrandecer a resposta imune, a interação<br />
entre citocinas e receptores e a resposta inflamatória<br />
em DEGs regulados positivamente.<br />
Os DEGs regulados negativamente estavam<br />
envolvidos com a DM2, exocitose dependente<br />
de íon cálcio, diferenciação de células pancreáticas<br />
B e secreção de insulina. O principal<br />
motivo para a falha de células β na DM2, foi<br />
a desdiferenciação de células β. As citocinas<br />
pró-inflamatórias na DM2 são induzidas pela<br />
resposta imune dentro das ilhotas. As citocinas<br />
pró-inflamatórias e leucocitárias aumen-<br />
0 34<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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MM-128-08 2019-03-18
Autores:<br />
Aline Collin¹, Caroline Carraro¹, Natacha Pereira¹, Eloir Dutra Lourenço².<br />
ARTIGO 02<br />
Bioinformática e Obesidade<br />
Através da bioinformática, os mecanismos<br />
moleculares envolvidos podem ser caracterizados<br />
e estudados. Além disso, a bioinformática<br />
amplia a capacidade de identificação, caracterização<br />
e validação de novos alvos que servirão<br />
para elaboração de fármacos mais eficazes que<br />
poderão ser aplicados no manejo da obesidade.<br />
Sabe-se que o gene LEP, localizado no cromossomo<br />
7, codifica uma proteína secretada pelos<br />
adipócitos e quando na circulação, desempenha<br />
uma importante função atuando na regulação<br />
da homeostase energética. A leptina encontra<br />
receptores no cérebro e ativa a via que inibe<br />
a alimentação e promove o gasto energético.<br />
Ferramentas de bioinformática possibilitam a<br />
visualização desses eventos (8).<br />
Através da simulação computacional com diferentes<br />
ferramentas da bioinformática, foi possível<br />
analisar em um estudo a complexidade da<br />
expressão gênica de genes associados a obesidade<br />
no tecido adiposo. Foi criada uma rede de<br />
interação e expressão de proteínas codificadas<br />
por genes relacionados à obesidade. As evidências<br />
apresentadas na pesquisa permitiram conectar<br />
os genes IL6, NFR1, VE-GFA e FTO à fisiopatologia<br />
da obesidade. O NRF1 é uma proteína<br />
que está envolvida no metabolismo lipídico,<br />
relacionada ao não ganho de peso. As categorias<br />
de GO (Gene ontology) mais consideráveis<br />
estavam associadas a processos metabólicos<br />
modificados na obesidade. A bioinformática foi<br />
importante nesse estudo, pois com ela foi possível<br />
encontrar interações funcionais que acontecem<br />
entre os genes e buscar evidências sobre<br />
a expressão diferencial tecidual específica para<br />
favorecer um estado metabólico normal (9).<br />
Diabetes Mellitus Tipo II e Obesidade<br />
A obesidade é um considerável fator de risco<br />
para doenças secundárias, como a Diabetes tipo<br />
II (4). A obesidade e a DM2 estão intimamente<br />
relacionadas e interligadas, pois indivíduos<br />
obesos possuem 3 vezes mais chances de desenvolver<br />
Diabetes do que indivíduos que não<br />
estão acima do peso. Há uma estimativa de<br />
que entre 60 e 90% das pessoas que possuem<br />
DM2 são obesas, tendo uma incidência maior<br />
em indivíduos com mais de 40 anos (10). Em<br />
pessoas onde o índice de massa corporal passa<br />
dos 33%, a chance de ter Diabetes é de 50%. Já<br />
quando o indivíduo tem Diabetes tipo 2 e ocorre<br />
uma redução de 11% de seu peso corporal, diminui<br />
seu risco de morte por causa da Diabetes<br />
em 28% (4).<br />
A Diabetes e Obesidade surgem da interação<br />
entre fatores ambientais, genéticos e epigenéticos.<br />
Os Micro RNAs (pequenos RNAs não-codificadores)<br />
são importantes reguladores das funções<br />
do tecido adiposo. O objetivo de um estudo<br />
foi investigá-los para descobrir se eles poderiam<br />
atuar na Obesidade e na DM2. Foi utilizada uma<br />
ferramenta online (miR-QTL-Scan) que permite<br />
a identificação de miRNAs localizados em QTL<br />
(região genômica responsável pela variação de<br />
uma característica quantitativa) para Obesidade<br />
e Diabetes, onde é possível rastrear seus respectivos<br />
genes alvos. Foi constatado que o miR-375<br />
poderá ser usado de forma farmacológica para<br />
tratar a Diabetes, pois está envolvido na regulação<br />
da massa de células Beta e Alfa nas ilhotas<br />
pancreáticas. O miR-31 atinge 416 genes<br />
no tecido adiposo. Dez genes (Acaca, Prkaa1,<br />
Rps6kb1, Glut4, Irs1, Pde3b, Hk2, Foxo1, Ogt<br />
e Socs6) se mostraram significativos na via da<br />
sinalização da insulina. Os miR-33a e miR-33b<br />
estão envolvidos no metabolismo de colesterol<br />
e lipídios, e os miR-103 e miR -107 regulam a<br />
sensibilidade à insulina hepática. A bioinformática<br />
foi utilizada para revelar que o miR-31-5p<br />
possui uma grande expressão no tecido adiposo<br />
de humanos e camundongos obesos e diabéticos,<br />
e os seus genes-alvo estão implicados na<br />
adipogênese e na sinalização de insulina (11).<br />
A Diabetes tipo 2 e a Obesidade estão agregadas<br />
a alterações específicas na microbiota<br />
intestinal e associadas a inflamação de baixo<br />
grau. Mediante um estudo, foi descoberto que<br />
a bactéria Akkermansia muciniphila possui em<br />
sua membrana externa uma proteína denominada<br />
Amuc_1100, que quando pasteurizada<br />
aumenta a sua capacidade de reduzir o desenvolvimento<br />
de massa gorda, dislipidemia<br />
em camundongos e resistência à insulina, independente<br />
da ingestão alimentar. A bactéria<br />
representa cerca de 1 a 5% da nossa microbiota<br />
intestinal, porém na Obesidade e na Diabetes a<br />
sua abundância é reduzida. Ela interage com o<br />
receptor Toll-Like 2 aprimorando a barreira intestinal<br />
e rememorando parcialmente os efeitos<br />
benéficos da bactéria. Futuramente, ela poderá<br />
ser utilizada como forma terapêutica para essas<br />
doenças (12).<br />
O tecido adiposo e o músculo esquelético<br />
produzem fatores secretórios durante o desenvolvimento<br />
da Diabetes tipo 2 e resistência<br />
à insulina, devido a desregulação da homeostase.<br />
Os fatores secretórios atuam de maneira<br />
autócrina ou parácrina para regular os níveis de<br />
glicose no sangue. Foi realizado um estudo com<br />
P. obesus para investigar a Diabetes tipo 2 e a<br />
Obesidade, onde também foram aplicadas análises<br />
da bioinformática para identificar genes<br />
para serem secretados ou ligados a membrana.<br />
A ontologia genética dos genes diferencialmente<br />
expressos e a investigação aprofundada da<br />
bioinformática, identificaram quatro proteínas<br />
secretadas que estão associadas à Obesidade e<br />
à Diabetes tipo 2. Os genes descobertos foram:<br />
Susd2, Ccbe1, Dcn e Postn. O Postn foi o mais<br />
interessante dos genes descobertos, pois pode<br />
ter um papel na diferenciação de adipócitos, na<br />
remodelação da matriz extracelular ou na adesão<br />
celular (13).<br />
Um estudo realizado com modelos de ratos<br />
indicou que a variante ADCY3 (codificadora de<br />
adenilato ciclase 3) apresenta níveis elevados<br />
no tecido adiposo subcutâneo e visceral e possui<br />
um importante papel na regulação da homeostase<br />
da glicose e adiposidade. O ADCY3 catalisa<br />
a síntese de monofosfato cíclico de adenosina<br />
(AMPc) a partir de ATP. A sinalização intracelular<br />
do AMPc para mediadores metabólitos tem sido<br />
associada com a secreção de insulina em células<br />
beta e com o controle da função e desenvolvimento<br />
do tecido adiposo. Essa variante identificada<br />
em uma população da Groelândia aumenta<br />
o risco de desenvolver Diabetes e Obesidade<br />
em pessoas homozigotas, mas também em<br />
heterozigotas com um risco menor. O ADCY3<br />
pode ser um alvo promissor para o tratamento e<br />
prevenção dessas doenças (14).<br />
0 36<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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Autores:<br />
Aline Collin¹, Caroline Carraro¹, Natacha Pereira¹, Eloir Dutra Lourenço².<br />
ARTIGO 02<br />
A Diabetes e Obesidade também estão relacionadas<br />
à hipóxia crônica, auxiliando no<br />
desenvolvimento de resistência à insulina, na<br />
disfunção do tecido adiposo e nos distúrbios<br />
metabólicos. Um estudo realizado com ratos,<br />
avaliou os efeitos da hiperóxia (excesso de O2)<br />
no metabolismo de carboidratos e no escurecimento<br />
de adipócitos. A tolerância à glicose e a<br />
sensibilidade à insulina foram efeitos metabólicos<br />
benéficos de hiperóxia em ratos obesos e<br />
diabéticos. Esses efeitos foram possíveis devido<br />
a melhora da dislipidemia, ao escurecimento do<br />
tecido adiposo, a diminuição do nível de lactato,<br />
a redução do peso corporal e a diminuição do<br />
tamanho dos adipócitos (15).<br />
Outro estudo feito nos USA sugere que um<br />
dos motivos para a resistência à insulina seja<br />
a secreção de uma molécula chamada de anti-<br />
-resistina (resistin), onde seus níveis no sangue<br />
são reduzidos pela droga anti-diabética rosiglitazona.<br />
A administração de anticorpos anti-resistina<br />
melhoram a ação do açúcar no sangue<br />
e da insulina em camundongos com obesidade<br />
induzida por dieta. A captação de glicose pelos<br />
adipócitos é aumentada pela neutralização<br />
da resistina e é reduzida pelo tratamento com<br />
resistina. Resistin é um hormônio que potencialmente<br />
e possivelmente liga a obesidade ao<br />
diabetes (16).<br />
Uma enzima (FASN) envolvida na lipogênese,<br />
cuja expressão está correlacionada ao aumento<br />
de IL6, a acumulação de gordura visceral, a leptina<br />
e a proteína ligante de retinol 4 (RBP4) na circulação,<br />
está relacionada com o desenvolvimento<br />
de Diabetes tipo 2, Obesidade e as consequências<br />
do excesso de energia. O gene FTO regula o apetite<br />
e o IMC, pois tem uma predisposição ao diabetes.<br />
As variantes neste gene elevam o risco de<br />
Obesidade, devido a um ruinoso processamento<br />
da saciedade no Sistema Nervoso (9).<br />
Considerações Finais<br />
A Bioinformática é uma ciência contemporânea<br />
que possibilita que áreas como ciências<br />
biológicas e ciências da saúde beneficiem-se e<br />
acompanhem o dinâmico e rápido avanço tecnológico.<br />
O desenvolvimento da ciência da computação<br />
proporciona explanação dos recursos<br />
computacionais, aprimorando a bioinformática.<br />
O barateamento de computadores faz com que<br />
as técnicas complexas possam ser realizadas<br />
em computadores convencionais, ampliando o<br />
número de pesquisadores envolvidos em tais<br />
estudos. Através de um olhar que possibilite o<br />
entendimento das interações de componentes<br />
biológicos a nível molecular, o entendimento<br />
sólido de estruturas, a fisiopatologia e ciclos<br />
bioquímicos, por exemplo, como mostram os<br />
estudos supracitados, apresentam-se cada vez<br />
mais avançados. Sendo assim, a prevenção,<br />
o manejo e o tratamento tornam-se cada vez<br />
mais elaborados proporcionando melhor condição<br />
de vida à população, como mostram as<br />
pesquisas nesse estudo relacionadas a Diabetes<br />
e a Obesidade. A bioinformática como componente<br />
curricular de cursos como biologia e cursos<br />
da área da saúde proporcionaria ampliação<br />
da área e espalharia conhecimento acerca das<br />
aplicações e descobertas realizadas nesse meio.<br />
Referências Bibliográficas<br />
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obesity to diabetes. Nature, volume 409, pag. 307–312. 2001.<br />
Declaração de responsabilidade e<br />
transferência de direitos autorais:<br />
Os autores Aline Collin, Caroline Carraro, Eloir<br />
Dutra Lourenço e Natacha Pereira, vem por meio<br />
desta declarar que o “Artigo de revisão: Aplicações<br />
da Bioinformática no estudo da Diabetes<br />
Mellitus tipo 2 e Obesidade”, enviado para a<br />
publicação na revista News Lab, é um trabalho<br />
original, que não foi publicado ou está sendo<br />
considerado para publicação em outra revista,<br />
seja no formato impresso ou no eletrônico.<br />
Autor Correspondente:<br />
Caroline Carraro<br />
Via Tentro, s/n, Linha Leopoldina, Vale dos Vinhedos<br />
Bento Gonçalves-RS, CEP- 95711970<br />
Fone: (54) 9 9990-1999<br />
E-mail: caroline.carraro@hotmail.com<br />
0 38<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
ARTIGO 03<br />
Autor:<br />
Antoniel de Oliveira Soares 1<br />
1<br />
Bacharel em Biomedicina pela Faculdade Nova Esperança de<br />
Mossoró (FACENE/RN). Contato: AntonielSoares96@gmail.com<br />
As Alterações Celulares Decorrentes<br />
da Tricomoníase em Exames Citológicos<br />
RESUMO<br />
Introdução: A tricomoníase é uma infecção causada pelo protozoário<br />
Trichomonas vaginalis, tendo como habitat natural à vagina, a próstata<br />
e a uretra, sendo caracterizada como a IST (infecção sexualmente transmissível)<br />
não viral mais presente do mundo. É notório o aumento de<br />
casos da doença, número diretamente proporcional ao de mulheres sexualmente<br />
ativas que fazem periodicamente o exame de Papanicolaou.<br />
OBJETIVO: levantar em uma revisão de literatura as características gerais<br />
do parasita Trichomonas vaginalis e as manifestações inflamatórias vistas<br />
em exames citopatológicos. MEDODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa<br />
de caráter exploratório-descritivo com abordagem qualitativa. Foram<br />
acessados bancos de dados de publicações científicas em bases eletrônicas<br />
de domínio público, tais como PubMed e SciElo. RESULTADOS: Foram<br />
selecionados artigos científicos de livre acesso na língua portuguesa,<br />
pesquisados no período de 14 de agosto a 04 de outubro de 2018. Para<br />
a construção da presente revisão, foram inclusos os artigos publicados<br />
entre os anos de 2006 a 2019. CONSIDERAÇÔES FINAIS: À luz da literatura,<br />
foi possível constatar que a identificação da infecção por Trichomonas<br />
sp. se torna bastante sensível com o auxílio da citologia oncótica através<br />
do exame de Papanicolaou. O processo de análise baseia-se por meio<br />
da visualização das características morfológicas detalhadas do próprio<br />
Trichomonas sp. Uma vez que o exame de Papanicolau apresenta grande<br />
potencial para o diagnóstico da tricomoníase, pode auxiliar no controle<br />
dessa infecção. A técnica apresenta custo baixo e possibilita ainda a<br />
identificação de lesões precursoras do câncer uterino. O presente trabalho<br />
elenca os aspectos gerais da tricomoníase, bem como as alterações celulares<br />
e os aspectos citológicos no seu diagnóstico.<br />
Palavras-chave: Trichomonas vaginalis. Tricomoníase. Exame de Papanicolaou.<br />
ABSTRACT<br />
Introduction: Trichomoniasis is an infection caused by the protozoan<br />
Trichomonas vaginalis, having the vagina, prostate and<br />
urethra as a natural habitat, being characterized as the most viral<br />
non-viral STI (sexually transmitted infection) in the world. The<br />
increase in cases of the disease is notorious, a number directly<br />
proportional to the number of sexually active women who undergo<br />
Pap smears periodically. OBJECTIVE: to survey in a literature<br />
review the general characteristics of the parasite Trichomonas vaginalis<br />
and the inflammatory manifestations seen in cytopathological<br />
exams. METHODOLOGY: This is an exploratory-descriptive<br />
study with a qualitative approach. Databases of scientific publications<br />
were accessed in electronic databases in the public domain,<br />
such as PubMed and SciElo. RESULTS: Free access scientific articles<br />
were selected in the Portuguese language, researched from August<br />
14 to October 4, 2018. For the construction of this review,<br />
articles published between the years 2006 to 2019 were included.<br />
FINAL CONSIDERATIONS: In the light of the literature, it was found<br />
that the identification of infection by Trichomonas sp. becomes<br />
very sensitive with the aid of oncotic cytology through Pap smear.<br />
The analysis process is based on the visualization of the detailed<br />
morphological characteristics of Trichomonas sp. Since the Pap<br />
smear has great potential for the diagnosis of trichomoniasis, it<br />
can help control this infection. The technique has a low cost and<br />
also allows the identification of precursor lesions of uterine cancer.<br />
The present work lists the general aspects of trichomoniasis,<br />
as well as cellular changes and cytological aspects in its diagnosis.<br />
Key words: Trichomonas vaginalis. Trichomoniasis. Pap smear..<br />
0 40<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
Introdução<br />
A tricomoníase é uma infecção causada pelo<br />
protozoário flagelado Trichomonas vaginalis tendo<br />
como habitats à vagina das mulheres a próstata e a<br />
uretra dos homens, sendo caracterizada como a IST<br />
(infecção sexualmente transmissível) não viral mais<br />
presente do mundo. Há indícios crescentes de que o<br />
parasita causador dessa patogenia seja de grande<br />
importância na pesquisa das enfermidades a que<br />
estão relacionadas e também por conta da morbidade<br />
direta associada a infecção e à sua função<br />
ao ocasionar a ruptura prematura de membranas,<br />
parto prematuro e recém-nascidos de baixo peso,<br />
assim como por contribuir com a transmissão do<br />
HIV e de outros agentes de ISTs (LIMA, 2018).<br />
Esse protozoário é retratado comumente com<br />
morfologia ovóide, dotado de quatro flagelos anteriores<br />
livres e um entre a membrana ondulante,<br />
que permite a sua mobilidade. Dessemelhante<br />
de outras infecções sexualmente transmissíveis,<br />
a tricomoníase atinge mais mulheres com faixa<br />
etária entre 40-50 anos (BRASIL, 2015).<br />
É notório o aumento do número de casos da<br />
doença, logo é diretamente proporcional ao número<br />
de mulheres sexualmente ativas que fazem<br />
periodicamente o exame de Papanicolaou,<br />
uma vez que esse método apresenta um grande<br />
potencial para o diagnóstico da tricomoníase,<br />
ajudando no controle dessa infecção, além de<br />
seu custo benefício ser baixo, e que também é<br />
usado na identificação de lesões precursoras do<br />
câncer uterino bem como também para identificar<br />
IST, contudo é importante salientar que o<br />
padrão ouro para constatar a presença do parasita<br />
Trichomonas vaginalis é a cultura (COUTO,<br />
2015; FERRAZ et al., 2014).<br />
Logo os órgãos públicos de saúde precisam<br />
focar mais nos investimentos na área de exames<br />
mais específicos e sensíveis com o intuito de<br />
diagnosticar a doença e intensificar a introdução<br />
de campanhas que explanem sobre os danos<br />
ligados à patologia, possibilitando uma redução<br />
dos riscos à saúde da população (BRASIL, 2015).<br />
A profilaxia da tricomoníase se da mesma<br />
forma que das outras Infecções Sexualmente<br />
Transmissíveis (IST) não virais. Precisa-se ter um<br />
controle apropriado através da triagem e subsequente<br />
tratamento das mulheres e seus parceiros<br />
sexuais, contribuindo com o controle da infecção.<br />
Outra conduta significativa nesse âmbito é a criação<br />
de medidas educativas que tenham em vista<br />
a erradicação desta doença (LIMA, 2018).<br />
Baseando-se nisso, a origem morfológica dessa<br />
doença é um fator crucial para se ter um diagnostico<br />
citológico com credibilidade e confiança que<br />
devem sempre ser examinados e conhecidos pelos<br />
profissionais citologistas na sua rotina de trabalho, a<br />
partir disso é visível a importância da competência<br />
em avaliar os critérios morfológica do parasita para<br />
que se tenha a liberação de resultados precisos<br />
dessa infecção para se evitar falsos resultados. Deste<br />
modo, o presente artigo tem como objetivo principal<br />
levantar em uma revisão de literatura as características<br />
gerais desse parasita e as manifestações<br />
inflamatórias nas vistos em exames citopatologicos<br />
provenientes do protozoário trichomonas causador<br />
etiológico da tricomoníase.<br />
Desenvolvimento<br />
Trata-se de uma pesquisa de caráter exploratório-descritivo<br />
com abordagem qualitativa.<br />
Foram acessados bancos de dados de publicações<br />
científicas em bases eletrônicas de domínio<br />
público, tais como PubMed e SciElo. Foram<br />
utilizados termos predominantemente em<br />
língua portuguesa, tais como: Tricomoníase;<br />
Trichomonas vaginalis; Citologia Cérvico Vaginal;<br />
Inflamação por agentes microbiológicos.<br />
Foram selecionados artigos científicos de livre<br />
acesso na língua portuguesa, pesquisados no<br />
período de 14 de agosto a 04 de outubro de<br />
2018. Para a construção da presente revisão,<br />
foram inclusos os artigos publicados entre os<br />
anos de 2006 a 2017.<br />
O que é Tricomoníase?<br />
De acordo com Rocha (2013), a tricomoníase<br />
é uma infecção ocasionada pelo Trichomonas<br />
vaginalis (protozoário flagelado), que atinge<br />
principalmente trato vaginal inferior feminino<br />
(principalmente uretra) ou trato genital masculino<br />
e quase sempre vem acompanhada de<br />
outras ISTs (infecções sexualmente transmissíveis).<br />
É importante salientar que esse protozoário<br />
pode persistir por longos períodos no<br />
trato urinário masculino sendo assintomático<br />
o que acarreta a transmissão involuntária aos<br />
parceiros e parceiras sexuais e sua incidência é<br />
maior em mulheres adultas sexualmente ativas<br />
(ALVES et al., 2011).<br />
ARTIGO 03<br />
Diante disto, o diagnóstico desta doença é de suma<br />
importância para que as mulheres doentes sejam<br />
capazes de auferir o tratamento mais adequado, minimizando<br />
assim as condições de ocasionar efeitos<br />
maléficos à saúde das mesmas, já que por ser uma<br />
doença na maior partes dos casos que não apresenta<br />
sintomas, é significativo que seja efetuado exames<br />
apropriados para a descoberta dessa patologia para<br />
que seja efetivamente diagnosticada ou não a presença<br />
do parasita (BRASIL, 2015).<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020<br />
0 41
Autor: Antoniel de Oliveira Soares 1<br />
ARTIGO 03<br />
Causador da Tricomoníase?<br />
O agente responsável por causar da infecção<br />
é um protozoário flagelado que tem como habitat<br />
a vagina, bem como a uretra e também a<br />
próstata, mas pode ser encontrado em outras<br />
partes do sistema geniturinário e por viver<br />
principalmente na parte interna da vagina,<br />
causa microlesões e dores, que podem levar<br />
ao desenvolvimento de outras ISTs como já<br />
citado (BRAVO,2010). O Trichomonas vaginalis<br />
não possui a forma cística já que sua forma de<br />
locomoção é flagelar, apenas a trofozoítica que<br />
é a forma ativa do protozoário, na qual ele se<br />
alimenta de açúcares em anaerobiose e produz<br />
ácidos que irritam a mucosa vaginal, e o<br />
mesmo se reproduz, por diferentes processos,<br />
locomovendo-se através da membrana (RO-<br />
CHA, 2013).<br />
Transmissão<br />
Sua transmissão ocorre durante o ato sexual e<br />
através de fômites (forma infectante), já que o<br />
protozoário pode sobreviver durante horas em<br />
uma gota de secreção vaginal ou na água. Os<br />
sintomas aparecem entre três e nove dias após o<br />
contato com o parasito (BRAVO, 2010). A transmissão<br />
da tricomoníase ocorre, comumente, via<br />
contato sexual. São raros os casos de contágio<br />
por meio de objetos contaminados, como assentos<br />
de vasos sanitários. A doença atinge a<br />
parte externa do aparelho genital feminino,<br />
como vulva e uretra, causando ardência, coceira,<br />
dor abdominal, ao urinar e durante a relação<br />
sexual e corrimento amarelado ou esverdeado<br />
com mau cheiro, corrimento abundante, amarelado<br />
ou amarelo esverdeado, bolhoso, com<br />
mau-cheiro; prurido e/ou irritação vulvar; dor<br />
pélvica (ocasionalmente); sintomas urinários<br />
(disúria, polaciúria); e hiperemia da mucosa,<br />
com placas avermelhadas (colpite difusa e/<br />
ou focal, com aspecto de framboesa; teste de<br />
Schiller “onçóide”) (ALVES et al., 2011). Sendo<br />
uma doença sexualmente transmissível, a melhor<br />
forma de prevenção é o uso de preservativo<br />
em todas as relações sexuais (BRAVO, 2010).<br />
Diagnóstico (exames)<br />
Não é possível diagnosticar a tricomoníase<br />
apenas com base nos sintomas, já que muitas<br />
pessoas não os apresentam. Desta forma, o<br />
diagnóstico da tricomoníase pode ser feito por<br />
um profissional de saúde através do exame<br />
físico, geralmente em exames de rotina como<br />
papanicolau, onde será observado se a mulher<br />
possui corrimento amarelado e odor forte na<br />
vagina. Além disso, tanto para homens quanto<br />
para mulheres, será necessário realizar alguns<br />
exames laboratoriais para diagnosticar a tricomoníase<br />
(BRASIL, 2001).<br />
O exame mostra manchas vermelhas na<br />
parede vaginal ou colo do útero. Depois, utiliza-se<br />
o exame do conteúdo vaginal ao microscópio,<br />
de fácil interpretação e realização.<br />
Colhe-se uma gota do corrimento, coloca-se<br />
sobre a lâmina com uma gota de solução fisiológica<br />
e observa-se ao microscópio, buscando<br />
o parasita flagelado movimentando-se ativamente<br />
entre as células epiteliais e os leucócitos<br />
(BRASIL, 2004).<br />
O achado de T. vaginalis impõe o tratamento<br />
da pessoa e também do seu parceiro ou parceira<br />
sexual, já que se trata de uma IST. A doença<br />
pode ser difícil de diagnosticar nos homens.<br />
Homens são tratados se a infecção é diagnosticada<br />
em qualquer um de seus parceiros ou<br />
parceiras sexuais. Os homens também podem<br />
ser tratados se eles têm sintomas contínuos<br />
de queimação uretral ou comichão (DIÉGUEZ,<br />
2013). Outros exames que podem ser realizados<br />
incluem: Teste de pH vaginal, Exame de cultura<br />
de micro-organismos e Exame de citologia.<br />
O exame citopatologico ou exame preventivo<br />
como é conhecido popularmente é realizado<br />
uma observação minucioso pelo profissional<br />
citopatologista das células. descamativas do<br />
epitélio de revestimento da mucosa endocervice<br />
e da ectocérvice da vagina O material é recolhido<br />
por meio de uma ação mecânica onde se<br />
utiliza uma espátula denominada espátula de<br />
Ayre para desprender as células que compõem<br />
a camada da ectocérvice, já para a coleta das<br />
células que se localizam na endocervice faz se<br />
uso de uma escovinha endocervical para auxiliar<br />
no desprendimento das células (LINS, 2014;<br />
PAGANO, 2015).<br />
Os esfregaços cérvico-vaginais examinados<br />
pela técnica empregada por Papanicolau apresenta-se<br />
com uma grande importância para<br />
um diagnostico mais preciso da tricomoníase,<br />
verificando-se corriqueiramente o pedido do<br />
exame citopatologico por médicos com especialidade<br />
ginecológica para procura de agentes<br />
infecciosos causadores de Infecções Sexualmente<br />
Transmissíveis (IST’s) e, alterações de<br />
caráter celular precursoras do câncer do colo de<br />
útero (VASCONCELOS et al., 2017).<br />
Tratamento<br />
O tratamento mais comum para tricomoníase,<br />
inclusive durante a gravidez, é tomar uma dose<br />
alta de metronidazol, secnidazol ou tinidazol. O<br />
medicamento ministrado por via oral é muito<br />
mais eficaz para tricomoníase que a inserção<br />
de um creme ou gel no órgão sexual (DIÉGUEZ,<br />
2013). Tanto o paciente quanto os parceiros e<br />
parceiras sexuais precisam de tratamento e evitar<br />
ter relações sexuais desprotegidas até que a<br />
infecção seja curada, o que leva cerca de uma<br />
semana (ALVES et al., 2011)<br />
Alterações nos Exames Citológicos<br />
As infecções causadas por Trichomonas podem<br />
se comportar em distintos graus de intensidade.<br />
Encontram-se pacientes com tricomoníase, porém<br />
sem nenhuma resposta inflamatória e com<br />
isso são vistos esfregaços cervicos-vaginais sem<br />
deformações celulares mantendo o fundo limpo<br />
da lâmina sem infiltrado leucocitário. Entretanto,<br />
o trichomonas em amostras vaginal podem<br />
demonstrar alterações nas células epiteliais.<br />
Observa-se nesse caso, um esfregaço com uma<br />
elevada quantidade de Polimorfonucleares,<br />
adquirido uma característica de esfregaço sujo.<br />
Existe ainda uma vasta quantidade de células<br />
isoladas apresentando um comportamento inflamatório.<br />
Um esfregaço sujo é característico<br />
pela vasta presença de leucócitos, histiócitos<br />
e restos de células escamosas provenientes da<br />
lise citoplasmática, alem do mais é perceptível<br />
o aparecimento de muco com uma aparência<br />
granulosa (FEITTOSA, 2008).<br />
As células descamativas na maioria das vezes<br />
exibem alterações características mais notórias<br />
0 42<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
Autor: Antoniel de Oliveira Soares 1<br />
ARTIGO 03<br />
em processos inflamatórios causados pelo trichomonas,<br />
ou seja, as alterações apresentam<br />
aspectos mais especificas associadas ao protozoário<br />
(BRAVO, 2010).<br />
De acordo com ZORATI (2009), as alterações de<br />
caráter geral, sobressaem-se: aumento do tamanho<br />
nuclear, anisocariose, hipercromasia, binucleação<br />
ou multinucleação, halos perinucleares<br />
e vacuolização citoplasmática. É observado em<br />
mulheres mais jovens o aumento na quantidade<br />
de células parabasais, assemelhando-se erroneamente<br />
a uma atrofia. Além disso, mulheres<br />
menopausadas, a disfarçada eosinofilia e o alto<br />
número de células da camada superficial podem<br />
simular uma elevada estimulação estrogênica.<br />
Para KOSS (2006), quando um esfregaço apresenta-se<br />
do tipo atrófico, as alterações nas células<br />
provenientes do processo inflamatório são muito<br />
mais nítidas, dessa forma pode se conjurar em<br />
uma imagem com características cancerosa.<br />
Binucleações, falsa eosinofilia, halo perinuclear,<br />
anfofilia, discreta cariomegalia e hipercromasia,<br />
alterações celulares ocasionadas na<br />
inflamação manifestada, características essas<br />
que podem na maioria das vezes serem confundidas<br />
com lesões intra-epiteliais ou até<br />
mesmo ao carcinoma “in situ” e apresentam,<br />
em grupo, os denominados sinais indiretos da<br />
tricomoníase observados na citologia cervical.<br />
Logo após a cura da tricomoníase é observado<br />
o desaparecimento dessas alterações celulares<br />
(FEITTOSA, 2008).<br />
Microbiota associada ao Protozoário<br />
T. vaginalis está regulamente associado à presença<br />
de uma flora bacteriana anaeróbia, sendo<br />
este o motivo principal para o teste de KOH<br />
apresentar-se positivo e da aparência bolhoso<br />
do corrimento. É descrita na literatura a elevada<br />
periodicidade de Gardnerella vaginalis e entre<br />
outros microrganismos anaeróbios integrantes<br />
com trichomonas. Observa-se ainda a correlação<br />
de Trichomonas com Leptothrix vaginalis,<br />
que são micro-organismos filamentosos, não<br />
ramificados, longos, anaeróbicos e gram negativo<br />
(CHIUCHETTA, 2002; FEITTOSA,2008).<br />
Conclusão<br />
A identificação da infecção por Trichomonas se<br />
torna bastante sensível com o auxilio da citologia<br />
oncótica através do exame de Papanicolaou.<br />
O processo de analise é baseia-se por meio da<br />
visualização das características morfológicas<br />
detalhada do próprio Trichomonas, do mesmo<br />
modo que é possível observar as reações leucocitárias<br />
e alterações celulares provenientes do<br />
processo de inflamação proveniente do parasita.<br />
Sendo esse exame uma ferramenta indispensável<br />
para a identificação dessas alterações celulares<br />
e do próprio micro-organismo causador da<br />
inflamação. Desse modo, o presente trabalho<br />
buscou colaborar através de uma revisão bibliográfica<br />
que abordasse os aspectos gerais da tricomoníase,<br />
bem como as alterações celulares<br />
e os aspectos citológicos no seu diagnóstico.<br />
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BRAVO, R. S.; et al.Tricomoníase vaginal: O quê passa?.<br />
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se Passa? 2010. DST - J bras Doenças Sex Transm 2010;<br />
22(2): 73-80. Disponível em: .<br />
Acesso em: 12 ago. 2018.<br />
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Teixeira, Paraíba/ Brasil. 2015. Monografia (Licenciatura<br />
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Ciências Biológicas, Universidade Federal de Campina<br />
Grande, Patos, 2015.<br />
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Acesso em: 15 ago. 2018<br />
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Cobertura de exames de Papanicolau em uma unidade<br />
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A enfermagem no Sistema Único de Saúde: desenvolvendo<br />
saberes e fazeres na formação profissional<br />
[recurso eletrônico]. 1. ed. Porto Alegre: <strong>Ed</strong>itora Rede<br />
Unida, 2015.(Cadernos da saúde coletiva; 5). p. 203-<br />
219, 2015.<br />
ROCHA, ARNALDO. EDITORA RIDEEL et at. Parasitologia.<br />
1º eds. São Paulo. 2013<br />
VASCONCELOS, Lívia Cristina et al. Conhecimento de<br />
Mulheres a Respeito do Exame Papanicolau. UNICIÊN-<br />
CIAS, v. 21, n. 2, p. 105-109, 2017.<br />
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Incidência da tricomoníase em mulheres atendidas<br />
pelo sistema único de saúde em Cascavel e no Oeste<br />
do Paraná. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR,<br />
v. 13, n. 2, 2009.<br />
0 44<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
GESTÃO LABORATORIAL<br />
PROGELAB - Programa Nacional para<br />
Profissionalização da Gestão Laboratorial<br />
Terceira parte<br />
Em dois artigos anteriores apresentamos o<br />
Programa Nacional para Profissionalização da<br />
Gestão Laboratorial – PROGELAB, justificamos<br />
a sua necessidade e definimos visão, missão<br />
e objetivos, bem como evidenciamos<br />
a importância dos pequenos e médios<br />
laboratórios. Após, detalhamos o modelo<br />
de operação do Programa. Passo seguinte<br />
mostramos de forma individual, sintética,<br />
os três primeiros produtos (softwares)<br />
componentes do Programa: 1) Programa<br />
de Proficiência em Gestão Laboratorial<br />
(PPGL) – Desempenho da produção. 2)<br />
Programa de Proficiência em Gestão<br />
Laboratorial (PPGL) – Desempenho<br />
da organização e 3) Avaliação de<br />
laboratórios – Valuation. No artigo<br />
de hoje, mostraremos os demais produtos<br />
que constituem o PROGELAB, que são: 4)<br />
Sistema de Apoio à Decisão Rápida e<br />
Inteligente – S.A.D.R.I. 5) Sistema de<br />
benchmarking – Relatório de gestão.<br />
6) Terceirização rentável de exames –<br />
Apoio inteligente. 7) Sistema de Gestão<br />
Custo Certo – SGCC.<br />
Continuação da Apresentação dos<br />
Produtos do Progelab<br />
Iniciaremos apresentando o Sistema de<br />
Apoio à Decisão Rápida e Inteligente – SADRI<br />
e em sequência, os demais produtos.<br />
SADRI – Sistema de Apoio à Decisão<br />
Rápida e Inteligente<br />
Generalidades: a utilização de um<br />
Sistema de Apoio à Decisão (SAD) decorre,<br />
fundamentalmente, da competição cada<br />
vez maior entre as organizações, bem como<br />
da necessidade de obter de forma rápida,<br />
informações cruciais para a tomada de decisões.<br />
Um SAD é responsável por captar e elaborar<br />
informações contidas em uma base de dados,<br />
transformando-os em vantagem competitiva,<br />
pela tomada de decisões de forma inteligente.<br />
Com esta finalidade, desenvolvemos o Sistema<br />
de Apoio à Decisão Rápida e Inteligente<br />
(S. A. D. R. I.), composto por dois modelos:<br />
analítico e preditivo, que abordam em<br />
conjunto a perspectiva interna – estrutural<br />
– microeconômica e externa – conjuntural<br />
– macroeconômica, contemplando de forma<br />
ampla a realidade dos laboratórios clínicos de<br />
pequeno e médio portes. Com apenas cinco<br />
(5) dados de entrada (Produção em número<br />
de exames e reais, receita recebida, total dos<br />
custos fixos e variáveis, força de trabalho),<br />
o Sistema de Apoio à Decisão Rápida e<br />
Inteligente – S.A.D.R.I., gera informações<br />
vitais para o sucesso dos laboratórios<br />
clínicos, mediante inúmeras alternativas<br />
quantificadas de alocação dos recursos físicos,<br />
financeiros e humanos, para a obtenção dos<br />
melhores resultados organizacionais. Tratase<br />
de SUPORTE CIENTÍFICO ÀS DECISÕES dos<br />
gestores laboratoriais.<br />
Objetivo: disponibilizar uma ferramenta<br />
para a tomada prática e rápida de decisões<br />
com fundamento matemático, mediante um<br />
conjunto de produtos integrantes do método<br />
de gestão, agilizando a implantação das ações<br />
corretivas e preventivas.<br />
Produtos do S.A.D.R.I.<br />
Diagnóstico de problemas através<br />
da mensuração da competitividade e<br />
do risco de insolvência dos laboratórios<br />
clínicos. Isto somente é possível por<br />
meio de um PROCESSO EXCLUSIVO DE<br />
BENCHMARKING COMPETITIVO E DE<br />
COLABORAÇÃO com âmbito nacional.<br />
Análise das causas prováveis dos<br />
problemas identificados, também via<br />
processo de benchmarking competitivo e<br />
de colaboração com âmbito nacional, que<br />
estabelece valores referenciais de<br />
laboratórios do Brasil, para todos os<br />
indicadores de desempenho (ID’s).<br />
Soluções dos problemas, geradas por<br />
meio de variadas simulações matemáticas.<br />
Estas simulações têm as seguintes origens:<br />
ANÁLISE DE METAS PROPOSTAS PELOS<br />
GESTORES – Estas decorrem dos OBJETIVOS<br />
desejados para os laboratórios e são<br />
informadas ao S.A.D.R.I. Este, por sua vez,<br />
identifica um conjunto de soluções (AÇÕES<br />
CORRETIVAS E PREVENTIVAS) e mensura<br />
com exatidão o impacto destas soluções nos<br />
resultados da organização: competitividade,<br />
risco de insolvência, geração de caixa e<br />
rentabilidade econômica.<br />
0 46<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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GESTÃO LABORATORIAL<br />
ANÁLISE DE OTIMIZAÇÃO (MAXIMIZAÇÃO<br />
DOS RESULTADOS) – Decorrente da melhor<br />
alocação possível entre as inúmeras<br />
combinações de soluções (ações corretivas e<br />
preventivas).<br />
SISTEMA DE BENCHMARKING –<br />
Relatório de Gestão<br />
Generalidades: a base do sucesso<br />
do PROGELAB é o seu banco de dados.<br />
Sem sombra de dúvidas, aqui a utilização<br />
do conceito de “Big data” é pertinente.<br />
Aproximadamente uma centena de<br />
laboratórios geram milhões de dados,<br />
envolvendo mais de trezentos indicadores de<br />
desempenho ao longo do tempo. Por sua vez,<br />
os indicadores são compostos de variáveis, que<br />
muitas vezes são constituídas de inúmeros<br />
componentes e assim sucessivamente numa<br />
progressão quase geométrica. Os produtos<br />
do PROGELAB transformam este turbilhão de<br />
dados em informações rápidas e úteis para a<br />
tomada de decisão dos gestores laboratoriais.<br />
Repetimos, todos os produtos do PROGELAB<br />
são fundamentados neste banco de dados<br />
ímpar no Brasil e no mundo. Por decorrência,<br />
a criação do Sistema de Benchmarking<br />
– Relatório de Gestão, foi um processo<br />
natural, pois se trata da utilização óbvia de um<br />
banco de dados.<br />
2-) Conceitos e objetivos: Benchmarking<br />
é um método de aprendizado que significa<br />
comparar-se e aprender com os melhores,<br />
adaptando as práticas e os resultados à<br />
realidade da organização, com melhorias<br />
significativas. De acordo com o Modelo de<br />
Excelência da Gestão (MEG)®, da FNQ, o<br />
benchmarking é uma importante ferramenta<br />
para a tomada de decisão das organizações,<br />
tema abordado no Fundamento Pensamento<br />
Sistêmico. Essa prática pode ajudar as<br />
organizações a definirem referenciais<br />
comparativos pertinentes, utilizando-os para<br />
avaliar sua competitividade em relação a outras<br />
organizações de referência, em indicadores<br />
importantes para o sucesso do negócio. Por<br />
que fazer benchmarking? A) Estimular<br />
a implantação de novas práticas e padrões a<br />
partir das melhores práticas; B) Estabelecer<br />
metas a partir dos melhores desempenhos; C)<br />
Apoiar o processo decisório, tornando-o mais<br />
robusto e sistêmico; D) Quebrar os paradigmas<br />
existentes, facilitando o processo de mudança.<br />
O produto Sistema de Benchmarking<br />
– Relatório de Gestão é regido por quatro<br />
princípios: Reciprocidade; Analogia; Medição<br />
e Validade. Este método torna o produto<br />
justo, com comparações efetivas, confiáveis<br />
e pertinentes, portanto, válidas. Trata-se de<br />
um benchmarking competitivo, entretanto,<br />
de cooperação. Este é o seu grande diferencial,<br />
além do ineditismo dos seus indicadores<br />
de desempenho (ID’s). O produto abrange<br />
dezenas de ID’s contemplando: custos<br />
fixos (17); variáveis (8); ticket médio; grau<br />
de alavancagem operacional; produtividade<br />
dos colaboradores; produtividade dos custos<br />
fixos; produtividade dos custos variáveis;<br />
ponto de equilíbrio; custo percentual da força<br />
de trabalho; eficiência do modo de produzir;<br />
custo por exame; lucro por exame; margem<br />
de lucro por exame; margem de contribuição<br />
em reais e percentual; razão operacional<br />
e margem de segurança, dentre outros. O<br />
grande diferencial do produto é o Relatório<br />
de Gestão que o cliente recebe todos os<br />
meses, com uma análise dos ID’s, de forma<br />
sintética, mensurada, comparada e criticada!<br />
Os gestores laboratoriais não têm nenhum<br />
trabalho a não ser tomar as ações corretivas e<br />
preventivas identificadas. Finalmente, todos os<br />
indicadores de desempenho são apresentados<br />
em valores absolutos e gráficos, sendo os<br />
desvios (deltas absolutos e %) calculados<br />
considerando as estatísticas do banco de<br />
dados. Consideramos este produto como sendo<br />
um sistema de gestão profissional, sintetizado<br />
na sua essência, não sendo mais possível<br />
produzir tanta informação fácil e rapidamente<br />
acessível aos gestores laboratoriais, com<br />
tão poucos dados de entrada. Nunca o<br />
apoio às decisões foi tão simples, de<br />
forma completa, científica e acessível:<br />
identificação de problemas (diagnóstico)<br />
e análise de causas, proporcionando a<br />
visualização das ações corretivas e preventivas.<br />
APOIO INTELIGENTE – Terceirização<br />
Rentável de Exames<br />
Generalidades: atualmente não existe<br />
laboratório no mundo que não utilize de<br />
alguma forma, outro laboratório para apoio!<br />
Com o progresso científico ocorrido nas últimas<br />
décadas na área de exames, o elenco oferecido<br />
para a população foi multiplicado, não somente<br />
na diversidade destes exames, mas também<br />
na complexidade tecnológica, impactando<br />
significativamente na rentabilidade e na forma<br />
de operação dos laboratórios, pois envolve<br />
diversas variáveis, tais como custos, receitas,<br />
prazos e controle da qualidade, dentre outras.<br />
Em suma, o conceito de “Apoio” revolucionou<br />
e continua impactando de forma disruptiva<br />
o modelo de negócios de todos os portes de<br />
laboratórios. Em decorrência, o PROGELAB<br />
0 48<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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GESTÃO LABORATORIAL<br />
não poderia deixar de contemplar um produto<br />
que auxiliasse os gestores laboratoriais na<br />
tarefa de terceirizar com a maior eficiência<br />
econômica os exames necessários para<br />
atender as necessidades dos seus clientes. O<br />
produto “Apoio Inteligente – Terceirização<br />
Rentável de Exames” não se propõe atender<br />
todos os requisitos presentes no processo da<br />
terceirização. Seu foco é exclusivamente o<br />
econômico. As demais exigências, prazos de<br />
entrega e faturamento, qualidade intrínseca,<br />
rastreabilidade, atendimento, menu disponível<br />
e outras específicas da legislação ou inerentes<br />
às situações do ambiente de negócios de cada<br />
laboratório, não são contempladas pelo produto.<br />
Objetivo: proporcionar aos gestores<br />
laboratoriais um método para auxiliar a<br />
decisão correta na terceirização de exames,<br />
sob o ponto de vista econômico. Este é<br />
atingido por meio da comparação das tabelas<br />
oferecidas pelos laboratórios de apoio com<br />
a eficiência da central de produção de cada<br />
laboratório. Uma mesma tabela de apoio<br />
pode ser rentável para um determinado<br />
laboratório e deficitária para outro. Disto<br />
decorre que certos exames não justificam<br />
serem terceirizados num determinado<br />
momento, contudo, nada assegura que esta<br />
situação permaneça, pois as tabelas do apoio<br />
mudam, bem como a eficiência da produção<br />
própria. A gestão do confronto entre estas<br />
variáveis e outras, por exemplo, a liberação<br />
da mão de obra, deve ser permanente, pois os<br />
impactos nos resultados econômicos podem<br />
ser significativos. A razão da existência do<br />
“Apoio Inteligente – Terceirização Rentável<br />
de Exames” é exatamente auxiliar os gestores<br />
laboratoriais neste controle, que envolve o<br />
grande desafio de calcular e monitorar<br />
os custos com reagentes, descartáveis<br />
específicos, compra e política de uso dos<br />
controles e calibradores, consumíveis<br />
e manutenções dos equipamentos,<br />
perdas com repetições obrigatórias e<br />
para confirmação de resultados, perdas<br />
com paradas intempestivas na operação<br />
de máquinas, perdas com diluições e<br />
vencimento de reagentes, perdas para<br />
proteção das “probes”, dentre outras.<br />
É inquestionável a dimensão e a complexidade<br />
da tarefa para os gestores, que normalmente<br />
dispõem de pouco tempo para gerenciar estes<br />
processos, sem contar o desafio matemático de<br />
medir e calcular todos os custos destas variáveis.<br />
Qual a consequência disto? A grande parte deste<br />
importante processo (terceirização de exames)<br />
é feito de forma intuitiva, quase que amadora,<br />
baseada no “sentimento” dos gestores! E,<br />
atualmente, com o crescimento do volume<br />
de exames terceirizados, a falta de gestão<br />
profissional deste processo, pode acarretar<br />
perdas consideráveis nos resultados financeiros<br />
dos laboratórios. Esta é a razão de existir do<br />
produto “Apoio Inteligente – Terceirização<br />
Rentável de Exames”.<br />
SGCC – Sistema de Gestão Custo Certo.<br />
Gestão profissional implantada via<br />
consultoria presencial<br />
Generalidades: tratase<br />
de um sistema de<br />
apoio à decisão científica em laboratórios<br />
clínicos, junto ao setor administrativo, nos<br />
seus aspectos econômicos e financeiros.<br />
Nossa equipe de consultores tem formação<br />
nas áreas de engenharia, administração,<br />
farmácia, bioquímica, biologia, pedagogia e<br />
gestão da qualidade. O produto abrange uma<br />
consultoria ampla dos processos produtivos<br />
do laboratório, que é necessária para a<br />
estruturação e implantação do sistema. O<br />
cliente recebe um detalhado relatório da sua<br />
empresa abrangendo os aspectos econômicos<br />
e financeiros, composto por um diagnóstico<br />
que identifica os problemas através de<br />
comparações dos resultados dos indicadores<br />
de desempenho do laboratório em relação<br />
às médias e os benchmarks encontrados no<br />
segmento nacional das análises clínicas. Ainda,<br />
o relatório relaciona as causas prováveis,<br />
quantifica perdas, ganhos e gera plano de<br />
ações em função das oportunidades de<br />
melhorias, inclusive, sugestões técnicas com<br />
repercussões econômicas e financeiras. Tudo<br />
isto resguardando a visão, missão e princípios<br />
do laboratório.<br />
Objetivo: proporcionar aos gestores<br />
laboratoriais um sistema de gestão<br />
profissional na área econômica, que em<br />
primeiro plano reduz os custos dos insumos<br />
e em segundo plano produz um aumento<br />
da receita, incrementando a produtividade<br />
financeira, sendo o laboratório contemplado<br />
com um ganho adicional significativo na<br />
competitividade empresarial e na redução do<br />
risco de insolvência. Este sistema de gestão<br />
já foi comercializado para multinacionais e<br />
laboratórios brasileiros dos mais diversos<br />
portes (cinco mil a três milhões de exames por<br />
mês). A economia mensal proporcionada pelo<br />
uso do SGCC não depende de investimentos<br />
nas ações recomendadas, somente aporte de<br />
gestão. Os resultados dependem do porte e da<br />
situação de gestão no laboratório, mas todos<br />
sempre ganham, o quanto ganham é que<br />
varia de um para outro. Na média, o retorno<br />
do investimento na consultoria (serviços e<br />
produtos), se dá em três a quatro meses, o que<br />
certamente é um excelente negócio.<br />
O Sistema de Gestão Custo Certo – SGCC é<br />
composto pelos seguintes produtos:<br />
1- Serviços de consultoria que abrange os<br />
processos produtivos e de gestão do laboratório.<br />
2- Software de Gestão Custo Certo: Modelo<br />
matemático-financeiro para cálculo dos<br />
custos, análise da rentabilidade, análise de<br />
risco, análise de negócios e da competitividade<br />
de laboratórios clínicos. Os resultados deste<br />
algoritmo são descritos a seguir.<br />
0 50<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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GESTÃO LABORATORIAL<br />
A- Desempenho da produção<br />
(Contabilidade analítica):<br />
1. Cálculo dos custos de produção dos exames.<br />
2. Rentabilidade de parâmetros (Exames).<br />
3. Rentabilidade de clientes (Convênios).<br />
4. Rentabilidade de equipamentos.<br />
5. Rentabilidade de setores (Áreas).<br />
6.Teste em tempo real de tabelas de preços<br />
de exames.<br />
7. Comparação dinâmica de tabelas de preços<br />
entre clientes.<br />
8. Perdas no núcleo da produção.<br />
B- Desempenho da organização<br />
(Contabilidade sintética):<br />
1. Custos fixos, variáveis, receitas, indicadores<br />
de desempenho diversos – ID’s e ponto de<br />
equilíbrio.<br />
2. Planejamento orçamentário via benchmarking.<br />
3. Análise de negócios.<br />
4. Gestão de riscos.<br />
5. Análise da competitividade empresarial.<br />
C - Implantação e capacitação da<br />
equipe: instalação do software nos<br />
computadores e treinamento da equipe para a<br />
operação (processos de atualização e análise)<br />
do sistema de gestão SGCC.<br />
D - Relatório analítico e quantitativo<br />
detalhado dos resultados da Consultoria,<br />
com oportunidades de melhorias quantificadas<br />
e exequíveis sem investimentos.<br />
A proposta ainda inclui os seguintes produtos<br />
complementares:<br />
• Livro (Digital) contendo todo o referencial<br />
teórico sobre o assunto.<br />
• Manual de operação do Programa Custo Certo.<br />
• Instruções gerais – Programa Custo Certo.<br />
• Folhas de verificação – Coleta de Dados<br />
PA52<br />
PA53<br />
PA54<br />
PA55<br />
PA56<br />
PA57<br />
PA58<br />
QUESTÕES FUNDAMENTAIS PARA PA59OS<br />
PA60<br />
GESTORES<br />
PA61<br />
PA63<br />
PA65<br />
Se o gestor do laboratório não souber responder<br />
PA64<br />
PA66<br />
estas questões, ele poderá até estar PA72 lucrando<br />
PA67<br />
bem, entretanto, ainda assim, não controlará<br />
PA68<br />
de forma adequada a empresa.<br />
PA69<br />
PA70<br />
PA71<br />
PA73<br />
PA74<br />
PA77<br />
PA78<br />
• Qual o nível de competitividade PA79 do<br />
PA80<br />
laboratório comparado com a concorrência?<br />
PA81<br />
PA82<br />
PA83<br />
PA84<br />
• Qual o grau do risco de insolvência da<br />
organização?<br />
PA85<br />
PA86<br />
PA87<br />
PA88<br />
PA90<br />
PA91<br />
PA92<br />
PA93<br />
• Quanto custa cada exame?<br />
PA76<br />
• Qual a rentabilidade de cada exame, por<br />
PA96<br />
PA94<br />
convênio?<br />
PA95<br />
PA75<br />
• Qual a rentabilidade de cada equipamento<br />
e setor do laboratório?<br />
PA115<br />
PA116<br />
• Que convênios são viáveis? Quais PA117 as suas<br />
PA118<br />
rentabilidades?<br />
PA119<br />
PA114<br />
PA121<br />
• Que convênios podem colocar em<br />
PA120<br />
risco o<br />
laboratório? Neste caso, quais os limites de<br />
valores podem ser aceitos numa negociação?<br />
PA124<br />
• Quais exames de um convênio devem ser<br />
PA89<br />
negociados?<br />
• Qual deve ser o valor mínimo para um<br />
determinado exame?<br />
PA104<br />
• Qual o nível de desconto que PA106 pode ser<br />
PA110<br />
concedido, para quais exames e convênios?<br />
PA112<br />
• Que exames devem ser terceirizados para a<br />
máxima rentabilidade?<br />
MEIOS DE CULTURA EM TUBOS<br />
• Em que processos devem ser alocados os<br />
recursos físicos, financeiros e humanos para<br />
atingir metas desejadas?<br />
• Com os recursos disponíveis quais os<br />
melhores resultados possíveis?<br />
• Quais serão as margens de lucro e as<br />
rentabilidades do negócio para os mais<br />
diversos cenários de vendas?<br />
• Qual o ponto de equilíbrio do laboratório?<br />
• Em caso de expansão do laboratório ou ainda,<br />
da abertura de um novo negócio, que lucro esperar?<br />
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*Humberto Façanha da Costa Filho<br />
CALDO TETRATIONATO<br />
Professor CALDO TRIPTICO e engenheiro, DE SOJA atualmente (TSB) é articulista e consultor financeiro<br />
da SBAC, professor do Centro de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas<br />
(CEPAC) da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e professor<br />
do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA), curso<br />
de Pós-Graduação em Análises Clínicas.<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 08 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 08 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 08 TUBOS<br />
CAIXA C/ 08 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 08 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 08 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
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CAIXA C/ 16 TESTES<br />
CAIXA C/ 25 TESTES<br />
CAIXA C/ 10 TESTES<br />
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CAIXA C/ 10 TUBOS<br />
CAIXA C/ 50 TUBOS<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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Val 10 meses / 2 a 8 C<br />
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Val 10 meses / 10 a 30 C<br />
Val 10 meses / 2 a 8 C<br />
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PACOTE C/ 36g<br />
PACOTE C/ 36g<br />
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Val 12 meses / 10 a 30 C<br />
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Val 04 meses / 2 a 8 C<br />
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MATÉRIA DE CAPA<br />
Grupo Sarstedt inaugura<br />
primeira fábrica brasileira<br />
com alta tecnologia alemã em<br />
tubos para coleta de sangue<br />
Com o objetivo de marcar presença de forma<br />
ainda mais competitiva no crescente mercado<br />
de saúde brasileiro, o grupo Sarstedt deu<br />
início, em setembro de 2018, aos trabalhos<br />
de produção local de tubos de transportes<br />
de amostras biológicas, além da fabricação<br />
nacional de seu exclusivo sistema de coleta de<br />
sangue S-Monovette®.<br />
0 56<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
MATÉRIA DE CAPA<br />
O investimento de mais de R$ 90 milhões na<br />
fábrica localizada em Porto Feliz, interior de<br />
São Paulo, foi realizado com a expectativa<br />
de abastecer o setor que envolve mais de<br />
seis mil hospitais, milhares de laboratórios<br />
e grandes demandas por exames clínicos.<br />
Com a presença do board da empresa e do<br />
presidente do conselho administrativo Sr.<br />
Jürgen Sarstedt, a cerimônia de inauguração<br />
da fábrica, no dia 12 de dezembro de 2019,<br />
foi marcada por uma série de homenagens<br />
aos profissionais que participaram dos mais<br />
de 20 anos de atividade da multinacional<br />
no Brasil. Cerca de 160 convidados, entre<br />
clientes, autoridades locais, funcionários e<br />
fornecedores participaram das celebrações.<br />
Durante a cerimônia, o Sr. Rainer Schuster,<br />
um dos membros do board, convidou a<br />
médica hematologista Dra. Nydia Strachman<br />
Bacal a prestar uma homenagem póstuma<br />
ao seu ex-companheiro, o também médico<br />
Dr. Luiz Gastão Rosenfeld.<br />
Presidente do Centro de Hematologia<br />
de São Paulo (CHSP), membro da Mesa<br />
Administrativa do Conselho do Hospital<br />
Israelita Albert Einstein e Relações<br />
Institucionais da Diagnósticos da América<br />
S/A (DASA), o Dr. Gastão foi o principal<br />
responsável pela chegada dos produtos da<br />
Sarstedt ao Brasil.<br />
O Sr. Jürgen Sarstedt entregou ao prefeito de<br />
Porto Feliz, Dr. Cassio Habice Prado, um cheque<br />
simbólico de R$ 150 mil, representando a doação<br />
de igual valor em produtos para a Santa Casa da<br />
cidade, no encerramento do evento. “Para nós é<br />
fundamental o sentimento de pertencimento<br />
à comunidade em que vivemos. Sempre temos<br />
essa preocupação com a responsabilidade<br />
social e queremos nos colocar à disposição<br />
da prefeitura e da comunidade, para sermos<br />
parceiros”, destacou Sarstedt.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020 0 57
MATÉRIA DE CAPA<br />
POR DENTRO DA CONSTRUÇÃO DA PRIMEIRA<br />
PLANTA DA AMÉRICA LATINA<br />
A decisão de investir em uma unidade<br />
fabril no Brasil também teve como motivo<br />
agilizar o recebimento de pedidos e as<br />
entregas. Com a produção em território<br />
nacional, solucionam-se os entraves<br />
provocados pelo processo de importação<br />
dos produtos IVD e equipamentos. “Nossa<br />
meta é ter mais controle no fornecimento<br />
de produtos aos clientes, garantindo<br />
mais rapidez e flexibilidade nos pedidos”,<br />
afirma Jörg Dreisewerd, diretor geral da<br />
Sarstedt no Brasil.<br />
de assessoria científica e consultorias<br />
educacionais e permanentes.<br />
Capacidade de Expansão<br />
Se em um primeiro momento a fábrica<br />
brasileira da Sarstedt prevê a geração de<br />
mais de 100 empregos diretos e indiretos e<br />
capacidade de produção de até 100 milhões<br />
de tubos do sistema S-Monovette® por ano,<br />
a proposta a longo prazo é ampliar o volume.<br />
Com a ampliação, o mercado latinoamericano<br />
também passaria a ser atendido<br />
pela unidade local. “Por enquanto tudo<br />
que produzimos é distribuído no mercado<br />
nacional. No entanto, fazem parte dos<br />
planos futuros a importação para países<br />
como Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai, e<br />
em um segundo momento Peru e Colômbia,<br />
considerados mercados estratégicos para a<br />
Sarstedt”, adianta.<br />
Para montagem da linha de produção<br />
brasileira, a empresa contou com um<br />
departamento interno exclusivo que<br />
desenvolve e constrói o próprio maquinário.<br />
Esse recurso viabilizou que a nova fábrica<br />
fosse desenhada com a última geração de<br />
equipamentos utilizados em todo grupo.<br />
“Diferente do que pode ocorrer em algumas<br />
filiais, nós fomos agraciados com tecnologia<br />
de ponta em todos os níveis”, destaca o diretor.<br />
“A unidade foi projetada pensando em sua expansão tanto da<br />
parte logística, quanto da linha de produção”<br />
informa Dreisewerd.<br />
A produção de tubos S-Monovette®<br />
irá somar-se ao amplo portfólio de<br />
produtos exclusivos para setores especiais<br />
laboratoriais, tais como biologia molecular,<br />
toxicologia, microbiologia, urinalise,<br />
parasitologia, transporte e armazenamento<br />
de itens biológicos, bem como serviços<br />
0 58<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
O Revolucionário<br />
Sistema S-Monovette®<br />
Desenhado pela Sarstedt, o sistema<br />
S-Monovette® de tubos para coleta de<br />
sangue é um produto que vem revolucionando<br />
o mercado. Por seu intermédio<br />
é possível coletar o material por<br />
aspiração ou “fresh vacum”. Com essa<br />
dupla função, os tubos S-Monovette®<br />
permitem que o profissional de saúde<br />
decida qual a melhor opção, de acordo<br />
com as condições de saúde do paciente.<br />
MATÉRIA DE CAPA<br />
“Os tubos da Sarstedt têm a vantagem<br />
de oferecer um sistema fechado, híbrido<br />
e que permite tanto o uso por aspiração<br />
quanto a vácuo”, afirma Dreisewerd.<br />
Entre as vantagens está a significativa<br />
redução de problemas pré-analíticos<br />
mais frequentes, como a hemólise, além<br />
de proporcionar uma coleta mais humanizada.<br />
“O S-Monovette® cria menos<br />
pressão negativa, é mais suave (e menos<br />
traumático) para o paciente debilitado,<br />
principalmente aquele dos segmentos<br />
pediátrico, geriátrico e oncológico”.<br />
Os demais benefícios do sistema<br />
S-Monovette® incluem as variedades<br />
nas opções, tamanhos e volumes dos<br />
tubos e micro tubos, com capacidade<br />
inicial em 100 microlitros para coletas<br />
neonatais e a partir de 1,1ml, para as<br />
coletas pediátricas.<br />
As coletas adultas contam com tubos<br />
de volume a partir de 1,4ml, o que garante<br />
a análise laboratorial automatizada<br />
com menores volumes sanguíneos<br />
de coletas. O sistema é também compatível<br />
com os equipamentos analíticos<br />
e sistemas automatizados, proporcionando<br />
conforto e integridade ao paciente,<br />
agilizando os diagnósticos e as tomadas<br />
de decisões e condutas médicas.<br />
Automação pré e pós-analítica completa para laboratórios clínicos<br />
A importância da automação laboratorial vem<br />
crescendo ao longo dos últimos anos. Mercados saturados,<br />
grande concorrência e alta pressão de custos<br />
exigem inevitavelmente a criação, otimização e automação<br />
dos processos laboratoriais.<br />
Com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento,<br />
fabricação e distribuição de soluções<br />
para automação laboratorial, a Sarstedt atende<br />
todas as necessidades dos clientes.<br />
As soluções de automação são específicas e<br />
customizadas para cada demanda, garantindo o<br />
máximo em flexibilidade, além de possibilitar a realização<br />
de processos com muito mais segurança,<br />
eficácia e economia.<br />
Como fornecedora de soluções e sistema, a<br />
Sarstedt possui uma ampla linha de produtos<br />
que inclui instrumentos compactos e soluções<br />
de automação modulares para processos pré e<br />
pós-analíticos em laboratórios clínicos e microbiológicos.<br />
O portfólio de soluções inclui sistemas<br />
modulares e stand-alone para:<br />
• Carregamento de amostras<br />
• Identificação de amostras<br />
• Destampamento de amostras<br />
• Aliquotagem<br />
• Retampamento<br />
• Separação, distribuição e armazenamento<br />
www.sarstedt.com<br />
0 59
MINUTO LABORATÓRIO<br />
Autismo e Atendimento Laboratorial.<br />
A Arte de Atender Bem.<br />
Por Fábia Bezerra<br />
Fábia Bezerra *<br />
Fábia Bezerra, Biomédica, com mais de 20 anos na<br />
área Laboratorial. Consultora e Auditora na Empresa<br />
Suzimara & Sarahyba Consultoria.<br />
E-mail: contato@suzimaraesarahyba.com.br<br />
Como atender bem estes clientes tão exclusivos?<br />
Antes de falarmos sobre a melhor abordagem<br />
para o atendimento de clientes autistas, vamos<br />
entender sobre estes pacientes tão especiais?<br />
Autismo é uma alteração cerebral que afeta a<br />
capacidade de comunicação em níveis variados.<br />
Ainda não se sabe claramente os fatores<br />
que levam as crianças a desenvolver o transtorno<br />
do Espectro Autista. Entre as possíveis<br />
causas, encontramos anormalidades cromossômicas,<br />
fatores ambientais, alterações bioquímicas,<br />
deficiência e anormalidade cognitiva<br />
de causa genética e hereditária.<br />
Dentre os níveis de Autismo, encontramos os<br />
chamados Asperger, que possuem inteligência<br />
até acima da média e fala Íntegras, porém, se<br />
sentem muito desconfortáveis com contatos<br />
físicos e estabelecimento de relações. Existem<br />
também graus mais severos de Autismo onde<br />
os indivíduos apresentam atraso ou falta de<br />
linguagem verbal, possuem comportamentos<br />
inflexíveis, alto nível de estresse e resistência<br />
para mudar de foco ou atividade, apresentam<br />
também uma enorme limitação em iniciar<br />
uma interação com desconhecidos e quase<br />
nunca respondem às tentativas de interação<br />
dos outros. Em alguns casos, somam-se ainda<br />
seus maneirismos – que são comportamentos<br />
motores repetitivos como agitar ou torcer as<br />
mãos, por exemplo.<br />
Não é um diagnóstico fácil, portanto, as dificuldades<br />
da criança na escola, por exemplo,<br />
pode ser que não seja uma simples preguiça<br />
de estudar, mas um pedido inconsciente de<br />
ajuda.<br />
E como devemos atender a estes pacientes<br />
hipersensíveis?<br />
Em primeiro lugar, conversar com seus acompanhantes,<br />
a fim de identificar a melhor abordagem<br />
para atender o cliente. O ideal é fazer o<br />
atendimento em algum ambiente calmo, sem<br />
barulho, despertar o interesse para assuntos<br />
que lhe agradem e por fim, localizar a veia e<br />
preparar os materiais de coleta. Mantenha um<br />
contato amigável e jamais dispense a ajuda de<br />
quem o acompanha.<br />
“Ao falar com o paciente, procure modular sua<br />
voz, fazendo entonações que o ajude a identificar<br />
emoções. Gesticule de maneira a mostrar<br />
que você tem interesse em entendê-la. Use<br />
palavras simples e curtas, expresse-se usando<br />
os olhos, boca, nariz e corpo. Tenha paciência.<br />
Dê um tempo para que ela possa processar as<br />
informações”.<br />
Em caso de precisar imobilizá-la para coleta,<br />
não mude seu tom de voz, peça ajuda de<br />
quem o acompanha. Sabemos o quanto podem<br />
ser fortes e resistentes, desafiando nossas<br />
manobras de atendimento acolhedor, então, a<br />
dica preciosa é: identifique onde será a feita<br />
a punção antes da necessidade de imobilizar.<br />
Desta forma, o estresse será mínimo para o<br />
cliente, para o acompanhante e para quem faz<br />
a coleta.<br />
Mesmo após o atendimento, se puder, demonstre<br />
que você se importa com a presença<br />
dele e seja o mais simpático possível.<br />
Bibliografia:<br />
http://cotidiano.sites.ufsc.br/abril-e-o-mes-de-conscientizacao-<br />
-do-autismo/<br />
https://carlaulliane.com/2016/os-3-graus-do-autismo/<br />
https://apaebh.org.br<br />
http://www.portaldafamilia.org.br/artigos/artigo650.shtml<br />
https://www.semprefamilia.com.br/como-agir-com-uma-<br />
-crianca-autista<br />
0 60<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Dez/Jan 2020
RADAR CIENTÍFICO<br />
Biópsia Líquida TruSight Oncology 500 ctDNA<br />
O teste de biópsia líquida que permite a análise<br />
genética de um painel abrangente, incluindo TMB e<br />
MSI, a partir do plasma.<br />
• Aplicações em imuno-oncologia com TMB e MSI usando um teste de conteúdo genômico<br />
amplo<br />
Mesmo conteúdo do TruSight Oncology 500 para detecção de SNVs, indels, CNVs, fusões<br />
de DNA, TMB e MSI a partir do DNA<br />
• Atinja detecção de variante de forma rápida e exata<br />
Análise de variante altamente sofisticada, rápida e potencializada por algoritmo na<br />
Plataforma DRAGEN Bio-IT<br />
• Obtenha resultados confiáveis<br />
A química de captura híbrida e correção de erros baseada em UMI melhoram análise<br />
de variante e reduzem artefatos<br />
• Utilize o poder do sequenciador NovaSeq 6000<br />
Possibilite determinação de perfil genômico abrangente com a profundidade do sequenciamento<br />
necessária para sensibilidade de cfDNA<br />
Múltiplos biomarcadores e diferentes tecidos avaliados através de<br />
um único fluxo de trabalho<br />
Conforme os métodos moleculares se aprimoram, a capacidade de usar DNA livre<br />
de células (cfDNA) a partir de amostras de plasma para analisar variantes somáticas de<br />
tumores sólidos torna-se possível.<br />
O sequenciamento de próxima geração (NGS) fornece não apenas a sensibilidade<br />
e precisão necessárias para detectar variantes em pequenas quantidades de DNA tumoral<br />
circulantes (ctDNA), como também a capacidade de avaliar múltiplas classes de<br />
variantes entre centenas de genes em um único ensaio (Figura 1). Ensaios não invasivos<br />
baseados em amostras do plasma surgiram como um complemento atrativo para ensaios<br />
baseados em biópsia de tecidos, fornecendo a oportunidade de avaliar múltiplas<br />
amostras ao longo do tempo, incluindo tecidos que são de difícil acesso.<br />
Com a otimização dos métodos NGS, ensaios não invasivos têm o potencial de detectar<br />
mutações que surgem em novos locais de diferentes tecidos e novos loci no genoma.<br />
Estudos recentes em câncer gastrointestinal e em câncer de pulmão não pequenas<br />
células revelaram não apenas que análises de cfDNA são altamente concordantes com<br />
análises baseadas em tecido, como também que análise de cfDNA detectou um número<br />
significativo de biomarcadores recomendados por diretrizes e alterações de resistência<br />
não encontradas nas biópsias de tecidos correspondentes.1,2<br />
A partir de 30 ng de cfDNA, o TruSight Oncology 500 ctDNA (Tabela 1) avalia múltiplas<br />
classes de variantes incluindo variantes em um único nucleotídeo (SNVs), inserções/deleções<br />
(indels), variações em número de cópias (CNVs), fusões de DNA, instabilidade<br />
de microssatélites (MSI) e carga mutacional do tumor (TMB) em um ensaio<br />
não invasivo (Tabela 2, Figura 1). TruSight Oncology 500 ctDNA utiliza a Plataforma<br />
DRAGEN Bio-IT ultrarrápida para análise de dados, permitindo que o fluxo de trabalho<br />
inteiro seja concluído em cinco dias, a partir de uma biblioteca de DNA gerando um<br />
relatório de variantes consolidadas (Figura 2).<br />
Tabela 1: TruSight Oncology 500 ctDNA<br />
Parametro<br />
Detalhes<br />
Sistema<br />
Tamanho do painel<br />
Conteúdo<br />
CNVs<br />
Rearranjos<br />
Microsatelites<br />
Tipo de Amostra<br />
Quantidade de DNA<br />
Tempo<br />
Tipo de corrida<br />
Reads por amostra<br />
Amostras por corrida<br />
Sequenciamento<br />
Tamanho do kit<br />
NovaSeq 6000<br />
1.94 Mb DNA<br />
523 genes<br />
59 genes<br />
23 genes<br />
76 loci<br />
cfDNA a partir de plasma<br />
30 ng cfDNA<br />
5 dias do preparo ao relatório<br />
2 x 15 bp<br />
400M para 35,000x de cobertura<br />
8 amostras por (S2 flow cell)<br />
24 amostras por (S4 flow cell)<br />
36 hr, 10 hrs análise (S2 flow cell)<br />
45 hr, 22 hrs análise (S4 flow cell)<br />
48 samples<br />
Estudos recentes utilizando a análise de um perfil genômico abrangente em grandes<br />
coortes demonstraram que até 90% das amostras pode ter alterações genéticas informativas.3-8<br />
Com tempo limitado e acesso limitado a alguns tipos de tecidos, um teste<br />
abrangente avaliando uma ampla variedade de biomarcadores aumenta a chance de<br />
obter informações relevantes a partir de uma única amostra. O TruSight Oncology 500<br />
ctDNA permite uma determinação de perfil genômico abrangente a partir de biópsia<br />
liquida (cfDNA). Por ser um ensaio baseado em plasma, o TruSight Oncology 500 ctD-<br />
NA pode ser usado para determinar o perfil de marcadores de resistência, apoiando<br />
o monitoramento longitudinal e identificando biomarcadores relevantes quando a<br />
biópsia tecidual não é recomendada.<br />
Figura 1: A biópsia líquida permite a análise de biomarcadores genéticos para múltiplos tipos de variantes e múltiplos tipos de câncer— Algoritmos sofisticados de correção de erros e alta profundidade de sequenciamento<br />
permite a detecção dos principais biomarcadores em cfDNA com baixo limite de detecção, a partir de 0,5% de frequência de alelos de variantes.<br />
* Sob desenvolvimento, a ser lançado em 2020<br />
0 62<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
RADAR CIENTÍFICO<br />
Preparo de Biblioteca | Sequenciamento | Análise de Dados<br />
Aproveitando a experiência de autoridades reconhecidas na comunidade<br />
de oncologia, o conteúdo genético do painel foi desenvolvido para incluir<br />
tanto as diretrizes atuais como biomarcadores emergentes, incluindo uma<br />
cobertura abrangente de genes envolvidos nas principais diretrizes e estudos<br />
análise clínicos de variantes para múltiplos em 5 dias. tipos tumorais. Ao usar a comprovada tecnologia<br />
Illumina Aproveitando para a análise a experiência em cfDNA de variantes autoridades com maior reconhecidas probabilidade na de<br />
comunidade de oncologia, o conteúdo genético do painel foi<br />
exercer<br />
desenvolvido<br />
uma função<br />
para<br />
tumoral,<br />
incluir<br />
o conteúdo<br />
tanto as<br />
abrangente<br />
diretrizes<br />
do TruSight<br />
atuais<br />
Oncology<br />
como<br />
500 biomarcadores ctDNA serve como emergentes, uma base incluindo sólida para uma o desenvolvimento cobertura abrangente de futuras<br />
de genes envolvidos nas principais diretrizes e estudos clínicos<br />
soluções diagnósticas em oncologia.<br />
Como o DNA tumoral circulante (ctDNA) representa uma pequena fração de<br />
DNA livre de células (cfDNA), métodos poderosos são necessários para separar o<br />
sinal do ruído. O ensaio TruSight Oncology 500 ctDNA utiliza a mais alta profundidade<br />
de sequenciamento (> 35.000x) para melhorar a sensibilidade. O preparo<br />
da biblioteca também incorpora identificadores moleculares únicos (UMIs) que<br />
são Como usados o DNA durante tumoral a análise circulante de dados (ctDNA) para reduzir representa erros de sequenciamento<br />
uma pequena<br />
fração de DNA livre de células (cfDNA), métodos poderosos são<br />
inerentes.11<br />
necessários<br />
A manutenção<br />
para separar<br />
de alta<br />
o sinal<br />
especificidade<br />
do ruído.<br />
(baixos<br />
O ensaio<br />
falsos positivos)<br />
TruSight<br />
é<br />
fundamental Oncology na 500 análise ctDNA de mutação utiliza em a frequência mais ultrabaixa. alta profundidade A introdução de<br />
sequenciamento (> 35.000×) para melhorar a sensibilidade. O<br />
UMI permite a detecção de mutações a uma frequência de0,5% de alelos variantes<br />
únicos (VAF) (UMIs) para pequenas são variantes, usados com durante 95% de a análise sensibilidade de dados e >99,995% para<br />
preparo da biblioteca também incorpora identificadores moleculares<br />
reduzir erros de sequenciamento inerentes.<br />
de especificidade (Tabela 3). O software de análise 11 A manutenção de alta<br />
de dados, que é executado<br />
especificidade (baixos falsos positivos) é fundamental na análise de<br />
na mutação plataforma em DRAGEN frequência Bio-IT ultrabaixa. fornecida separadamente, A introdução implementa de UMI permite uma sofisticada<br />
correção de erros antes da análise de variantes que foi desenvolvida em<br />
a<br />
detecção de mutações a uma frequência de0,5% de alelos variantes<br />
(VAF) para pequenas variantes, com 95% de sensibilidade e<br />
combinação com os reagentes do ensaio.<br />
Figura 2: Fluxo de trabalho NGS—O ensaio TruSight Oncology 500 ctDNA se integra aos fluxos de trabalho atuais do laboratório, a partir de ácidos nucleicos até<br />
para múltiplos tipos tumorais. Ao usar a comprovada tecnologia<br />
Illumina para a análise em cfDNA de variantes com maior<br />
probabilidade Tabela 2: Variantes detectadas exercer pelo TruSight uma Oncology função 500 ctDNA tumoral, o conteúdo<br />
abrangente do TruSight Oncology 500 ctDNA serve como uma<br />
base Tipo de variante sólida para Exemplos o desenvolvimento relevantes de futuras soluções<br />
diagnósticas SNVs e indel em oncologia.<br />
EGFR éxon 19, BRAF V600E, EGFR T790M<br />
Fusões de DNA<br />
ALK, ROS1, NTRK, RET<br />
Tabela CNVs 2: Variantes HER2 detectadas pelo TruSight Oncology 500 >99,995% de especificidade (Tabela 3). O software de análise de<br />
ctDNA<br />
MSI<br />
MSI-High<br />
dados, que é executado na plataforma DRAGEN Bio-IT fornecida<br />
TMB Tipo de variante TMB-High<br />
Exemplos relevantes<br />
Tabela 3: Detecção de variantes de baixa frequência com alta precisão<br />
separadamente, implementa uma sofisticada correção de erros<br />
SNVs e indel<br />
EGFR éxon 19, BRAF V600E, EGFR T790M<br />
antes da análise de variantes que foi desenvolvida em combinação<br />
Fusões de DNA<br />
ALK, ROS1, NTRK, RET<br />
Tipo de variante Sensibilidade Especificidade<br />
com os reagentes do ensaio.<br />
CNVs<br />
HER2<br />
Pequenas variantes (≥ 0.5% VAF) ≥ 95% ≥ 99,995%<br />
A correção de erros permite detecção precisa de biomarcadores<br />
TMB presentes em nível muito baixo TMB-High<br />
Deleções de genes (alteração ≥ 0,6 vezes) ≥ 95% ≥ 95%<br />
MSI<br />
MSI-High<br />
Amplificações de genes (alteração ≥ 1,4 vezes) ≥ 95% ≥ 95%<br />
Tabela 3: Detecção de variantes de baixa frequência com alta<br />
precisão<br />
Rearranjos de genes ≥ 95% ≥ 95%<br />
Tipo de variante Sensibilidade Especificidade<br />
MSI alta detecção (≥ em 2% de fração do tumor) ≥ 95% ≥ 95%<br />
A correção de erros permite detecção<br />
Pequenas variantes (≥ 0.5% VAF) ≥ 95% ≥ 99,995%<br />
precisa O preparo da de biblioteca biomarcadores TruSight Oncology 500 presentes ctDNA é baseado em<br />
química Amplificações de genes (alteração ≥ 1,4 vezes) ≥ 95% ≥ 95%<br />
de<br />
nível<br />
enriquecimento<br />
muito baixo<br />
Deleções de genes (alteração ≥ 0,6 vezes) ≥ 95% ≥ 95%<br />
comprovada usando sondas biotiniladas e esferas magnéticas<br />
revestidas com estreptavidina para purificar alvos selecionados a partir de Oncology MSI alta 500 detecção ctDNA (≥ foi em validado 2% de fração com base do na cobertura ≥ 95% de 35.000x ≥ com 95% 30ng<br />
Para atingir uma sensibilidade >95% a 0,5% VAF, o desempenho do TruSight<br />
Rearranjos de genes ≥ 95% ≥ 95%<br />
O preparo da biblioteca TruSight Oncology 500 ctDNA é baseado<br />
em química de enriquecimento comprovada usando sondas tumor)<br />
bibliotecas biotiniladas DNA. e esferas Um benefício magnéticas da química revestidas de enriquecimento com estreptavidina é o uso de sondas para de cfDNA, rendimento esperado de amostras de plasma. Se rendimentos mais<br />
Para atingir uma sensibilidade >95% a 0,5% VAF, o desempenho<br />
desenvolvidas<br />
purificar alvos<br />
de tamanho<br />
selecionados<br />
grande o<br />
a<br />
suficiente<br />
partir<br />
para<br />
de<br />
gerar<br />
bibliotecas<br />
alta especificidade<br />
DNA. Um<br />
de altos do TruSight de cfDNA são Oncology obtidos, o 500 teste ctDNA pode ser foi usado validado com quantidade com base maior na de<br />
benefício da química de enriquecimento é o uso de sondas<br />
ligação, desenvolvidas mas também de tamanho permitindo grande hibridização o suficiente para alvos contendo para gerar pequenas alta amostras<br />
cobertura<br />
iniciais.<br />
de 35.000×<br />
Em casos<br />
com<br />
onde<br />
30ng<br />
a quantidade<br />
de cfDNA,<br />
de cfDNA<br />
rendimento<br />
é mais alta<br />
esperado<br />
ou mais<br />
de amostras de plasma. Se rendimentos mais altos de cfDNA são<br />
mutações. especificidade O mecanismo de ligação, reduz mas perda também de amostras permitindo na presença hibridização de variações para alélicas<br />
naturais e artefatos de sequência.<br />
baixa obtidos, do que o a teste quantidade pode recomendada, ser usado a com sensibilidade quantidade deve, teoricamente, maior de<br />
alvos contendo pequenas mutações. O mecanismo reduz perda de<br />
amostras na presença de variações alélicas naturais e artefatos de<br />
aumentar amostras ou iniciais. diminuir Em de acordo casos (Tabela onde 4). a quantidade de cfDNA é mais<br />
alta ou mais baixa do que a quantidade recomendada, a<br />
sequência.<br />
sensibilidade deve, teoricamente, aumentar ou diminuir de acordo<br />
(Tabela 4).<br />
Tabela 4: Sensibilidade prevista em amostras de entrada e limites de detecção variados.<br />
Tabela 4: Sensibilidade prevista em amostras de entrada e limites de detecção variados.<br />
Frequência de alelos de variantes<br />
Entrada (cfDNA)<br />
0,20% 0,30% 0,40% 0,50% 0,60% 0,70% 0,80% 0,90% 1,00%<br />
10 ng 38,46 59,39 74,54 84,57 90,88 94,71 96,97 98,29 99,04<br />
30 ng 90,83 98,27 99,70 99,95 99,99 100,00 100,00 100,00 100,00<br />
50 ng 99,02 99,95 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00<br />
70 ng 99,91 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00<br />
100 ng 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00<br />
Cálculos baseados na cobertura de 35.000x para pequenas variantes hotspot. Variantes hotspot ocorrem > 50 no banco de dados COSMIC.<br />
Apenas Para Uso em Pesquisa. Não se destina a uso em procedimentos diagnósticos. 1170-2019-006-A | 2<br />
0 64<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
Imuno-Rápido WAMA<br />
DENGUE<br />
IgG/IgM<br />
NS 1<br />
Os kits Imuno-Rápido Dengue IgG/IgM e NS1 da WAMA Diagnóstica<br />
foram desenvolvidos para permitir o rápido diagnóstico da Dengue.<br />
Eles utilizam a metodologia imunocromatográca, detectando<br />
qualitativamente os anticorpos IgG e IgM, separadamente,<br />
e o antígeno NS1, oferecendo a possibilidade de se determinar<br />
a fase da doença, se recente ou pregressa.<br />
Reagente<br />
Não Reagente<br />
Reagente<br />
Não Reagente<br />
Alta Sensibilidade e Especicidade<br />
Detecção no soro ou plasma (IgG/IgM)<br />
Detecção no sangue total, soro ou plasma (NS1)<br />
Bandas de fácil identicação<br />
Apresentação: 10, 20 e 40 testes<br />
Kits registrados no Ministério da Saúde do Brasil<br />
Assessoria técnica e cientíca para todo o Brasil<br />
Dengue IgG/IgM<br />
Dengue NS1<br />
Sensibilidade Especicidade<br />
99% 98%<br />
94,6% 98,6%<br />
Linha:<br />
Doenças Infecciosas:<br />
Alerta - Autoteste HIV 1e 2<br />
Anti-HBs<br />
HBsAg<br />
HBsAg Plus<br />
HCV (Hepatite C)<br />
HIV 1e 2<br />
Rotavírus<br />
Doenças Tropicais:<br />
Chikungunya IgG/IgM<br />
Dengue IgG/IgM<br />
Dengue NS1<br />
Malária - Pf/Pv<br />
Malária - Pf/Pan<br />
ZIKA IgG/IgM<br />
Marcador Cardíaco:<br />
Troponina I<br />
Marcadores Tumorais:<br />
PSA (sensib. 2,5mg/ml)<br />
Sangue Oculto Fecal<br />
Hormônios:<br />
hCG (Placa-teste)<br />
hCG (Tira-teste)<br />
Precisão - Autoteste hCG<br />
Rev.: 01/2020<br />
Tel: + 55 16 3377.9977<br />
SAC: 0800 772 9977<br />
wamadiagnostica.com.br<br />
atendimento@wamadiagnostica.com.br<br />
facebook.com/wamadiagnostica<br />
linkedin.com/wamadiagnostica<br />
instagram.com/wamadiagnostica<br />
Rua Aldo Germano Klein, 100 - CEAT, São Carlos/SP – Brasil<br />
Constante Evolução
RADAR CIENTÍFICO<br />
Conteúdo abrangente<br />
O painel TruSight Oncology 500 ctDNA inclui uma lista abrangente de biomarcadores<br />
comumente mutados em diversos tipos de neoplasias.<br />
A análise de vários tipos de biomarcadores relevantes a um dado tipo tumoral<br />
(SNVs, indels, fusões de DNA, CNVs, TMB, MSI) pode ser avaliada a partir da mesma<br />
amostra em um único ensaio (Figura 1). O painel usa um desenho de sonda<br />
que permite a captura de fusões de genes conhecidas e novas. O painel TruSight<br />
Oncology 500 ctDNA inclui 523 genes para detecção de variantes. Para a lista<br />
completa de genes, visite www.illumina.com/tso500-ctDNA.<br />
Pipeline rápido via Plataforma DRAGEN Bio-It<br />
Hardware e software aprimorados na plataforma DRAGEN reduzem o tempo de<br />
análise de dados de nove dias para ~ 20 horas (Tabela 5). Usando um conjunto<br />
sofisticado de algoritmos, a Plataforma DRAGEN foi otimizada para uso com o<br />
ensaio TruSight Oncology ctDNA visando realizar alinhamento, colapso e correção<br />
de erros na análise de variante que inclui TMB e MSI, a partir de cfDNA, diferentemente<br />
de resultados qualitativos do PCR e ensaios baseados em IHC, o TruSight<br />
Oncology 500 ctDNA fornece uma pontuação quantitativa de MSI derivada de<br />
mais de 70 sítios de marcadores de homopolímero de MSI. Para a análise de TMB,<br />
o TruSight Oncology 500 ctDNA otimiza a sensibilidade através da medição de<br />
SNVs e indels não sinônimos e sinônimos. Após a análise de variante e correção<br />
de erros, a exatidão da medição de TMB é ainda melhorada através de filtros de<br />
variantes de linhagem germinativa, variantes de baixa confiança e variantes associadas<br />
com a hematopoiese clonal de potencial indeterminado.<br />
Resumo<br />
Os laboratórios podem usar independentemente o kit TruSight Oncology 500<br />
ctDNA para permitir uma determinação de perfil genômico abrangente a partir<br />
de amostras de plasma. Testes de biópsia líquida podem ser usados para superar<br />
limitações de tecidos (tecido limitado, heterogeneidade do tumor), determinar<br />
o perfil de biomarcadores de resistência e avaliar o monitoramento longitudinal.<br />
Com o uso de química de captura híbrida com ferramentas sofisticadas para<br />
reduzir erros e alta profundidade de sequenciamento, é possível obter dados de<br />
alta qualidade a partir de amostras com baixo limite de detecção (0,5% VAF).<br />
O TruSight Oncology 500 ctDNA é um teste baseado em NGS que analisa centenas<br />
de biomarcadores relacionados a câncer em um único ensaio. O conteúdo do<br />
ensaio está alinhado com as diretrizes e estudos clínicos atuais, com a capacidade<br />
de detectar múltiplos tipos de variantes de 523 genes implicados nos vários tipos<br />
tumorais, sem a necessidade de múltiplas amostras para testes complementares.<br />
Aproveitando o extenso conteúdo genômico, o TruSight Oncology 500 ctDNA<br />
também fornece avaliação de biomarcadores de imunoterapia (TMB e MSI).<br />
Saiba mais<br />
Para mais informações sobre o TruSight Oncology 500 ctDNA,<br />
visite www.illumina.com/tso500-ctDNA<br />
Informações para pedidos<br />
Tabela 5: O tempo necessário para análise de dados é dramaticamente reduzido com a<br />
Plataforma DRAGEN Bio-IT<br />
Kits incluem preparo de biblioteca e reagentes<br />
de sequenciamento<br />
No. de índices/<br />
amostras<br />
Catálogo no.<br />
Etapa de análise de dados<br />
Solução não<br />
TruSight Oncology 500 ctDNA<br />
DRAGEN*<br />
DRAGEN solução de análise<br />
Conversão BCL<br />
6 horas 1 hora<br />
Alinhamento +<br />
Colapso +<br />
170 horas 11 horas<br />
Realinha-mento<br />
Análise de fusão<br />
10 horas 2 horas<br />
Análise de variante<br />
24 horas 8 horas<br />
Tempo total<br />
~9 dias ~20 horas<br />
* Nódulo único, pipeline não paralelizado no cluster do servidor<br />
TruSight Oncology 500 ctDNA (48 Amostras), Para Uso com NovaSeq<br />
6000 (Kit de Reagente S2) (Inclui biblioteca prep DNA e reagentes de<br />
enriquecimento. Inclui reagentes centrais do NovaSeq)<br />
TruSight Oncology 500 ctDNA (48 Amostras), Para Uso com NovaSeq<br />
6000 (Kit de Reagente S4) (Inclui biblioteca prep DNA e reagentes de<br />
enriquecimento. Inclui Kits XP 4-Lane e reagentes centrais NovaSeq)<br />
16 índices<br />
48 amostras<br />
16 índices<br />
48 amostras<br />
20039253<br />
20039254<br />
Referências<br />
1. Parikh AR, Leshchiner I, Elagina L, et al. Liquid versus<br />
tissue biopsy for detecting acquired resistance and tumor<br />
heterogeneity in gastrointestinal cancers. Nat Med.<br />
2019;25(9):1415-1421.<br />
2. Leighl NB, Page RD, Raymond VM, et al. Clinical Utility of<br />
Comprehensive Cell-free DNA Analysis to Identify Genomic Biomarkers<br />
in Patients with Newly Diagnosed Metastatic Non-small<br />
Cell Lung Cancer. Clin Cancer Res. 2019;25(15):4691-4700.<br />
3. Stransky N, Cerami E, Schalm S, Kim JL, Lengauer C.<br />
The landscape of kinase fusions in cancer. Nat Commun.<br />
2014;5:4846. doi:10.1038/ncomms5846.<br />
4. Boland GM, Piha-Paul SA, Subbiah V, et al. Clinical next<br />
generation sequencing to identify actionable aberrations in a<br />
phase I program. Oncotarget. 2015;6(24):20099-20110.<br />
5. Massard C, Michiels S, Ferté C, et al. High-Throughput<br />
Genomics and Clinical Outcome in Hard-to-Treat Advanced<br />
Cancers: Results of the MOSCATO 01 Trial. Cancer Discov.<br />
2017;7(6):586-595.<br />
6. Harris MH, DuBois SG, Glade Bender JL, et al. Multicenter<br />
Feasibility Study of Tumor Molecular Profiling to Inform Therapeutic<br />
Decisions in Advanced Pediatric Solid Tumors: The<br />
Individualized Cancer Therapy (iCat) Study. JAMA Oncol. 2016.<br />
doi: 10.1001/jamaoncol.2015.5689.<br />
7. Parsons DW, Roy A, Yang Y, et al. Diagnostic Yield of<br />
Clinical Tumor and Germline Whole-Exome Sequencing for<br />
Children With Solid Tumors. JAMA Oncol. 2016. doi: 10.1001/<br />
jamaoncol.2015.5699.<br />
8. Zehir A, Benayed R, Shah RH, et al. Mutational landscape<br />
of metastatic cancer revealed from prospective clinical sequencing<br />
of 10,000 patients. Nat Med. 2017;23(6):703-713.<br />
9. Parikh AR, Leshchiner I, Elagina L, et al. Liquid versus<br />
tissue biopsy for detecting acquired resistance and tumor<br />
heterogeneity in gastrointestinal cancers. Nat Med.<br />
2019;25(9):1415-1421.<br />
10. Leighl NB, Page RD, Raymond VM, et al. Clinical Utility<br />
of Comprehensive Cell-free DNA Analysis to Identify Genomic<br />
Biomarkers in Patients with Newly Diagnosed Metastatic Non-<br />
-small Cell Lung Cancer. Clin Cancer Res.<br />
2019;25(15):4691-4700.<br />
11. Illumina (2017) TruSight Oncology UMI Reagents.<br />
(www.illumina.com/content/dam/illumina-marketing/<br />
documents/products/ datasheets/trusight-oncology-umi-reagents-datasheet-1000000050425.pdf).<br />
0 66<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
Mais eficiência,<br />
menor dose de radiação<br />
Entenda como tecnologias como o EOS, dedicadas à avaliação da estrutura esquelética e articular, podem ajudar os médicos na<br />
melhor decisão terapêutica<br />
Há aproximadamente três anos, o Fleury<br />
Medicina e Saúde trouxe da França o sistema<br />
de imagens denominado EOS (étude d´os ou<br />
estudo ósseo, na tradução para o português),<br />
um sistema de imagem inovador para o cuidado<br />
ortopédico avançado da coluna vertebral e<br />
dos membros inferiores (quadris, joelhos, etc).<br />
Fruto de uma brilhante evolução de um Prêmio<br />
Nobel de Física, o aparelho é capaz de realizar<br />
exames rápidos com qualidade 2D e 3D, livres<br />
de estresse e, sobretudo, com expressiva redução<br />
da dose de radiação para crianças e adultos.<br />
Fig 1: Realização do exame no aparelho EOS e imagens obtidas.<br />
O EOS é o único que permite a obtenção de<br />
imagens simultâneas frontal e de perfil com o<br />
paciente em posição funcional e em tempo mínimo.<br />
Para se ter uma ideia, em média, são 20<br />
segundos para exames do corpo todo de um<br />
adulto; menos de 15 segundos para crianças.<br />
Essas imagens em ortostase fornecem as informações<br />
da estrutura osteoarticular e relações biomecânicas<br />
necessárias para o diagnóstico, planejamento<br />
pré-operatório, avaliação pós-operatória<br />
e acompanhamento das afecções ortopédicas e<br />
reumatológicas. O conjunto de dados obtidos na<br />
aquisição das imagens pelo sistema EOS permite<br />
gerar um modelo 3D de sua anatomia esquelética<br />
e calcular medidas importantes.<br />
Nós, radiologistas, devemos ter sempre a preocupação<br />
de expor os pacientes a menor dose<br />
de radiação para realização de um diagnóstico<br />
ou planejamento terapêutico. As crianças, em<br />
particular, são mais susceptíveis aos efeitos<br />
colaterais potenciais ligados à radiação médica<br />
excessiva, pois elas têm risco aumentado de<br />
desenvolverem câncer induzido por radiação<br />
mais tarde na vida. Exemplo disso é um estudo<br />
publicado no New England Journal of Medicine<br />
em 2007, no qual estima-se que aproximadamente<br />
2% dos casos de câncer nos Estados<br />
Unidos podem estar ligados ao uso crescente<br />
da tomografia computadorizada.<br />
Com o EOS, conseguimos reduzir a radiação<br />
em até 85% comparado com a radiografia digital<br />
(tecnologias padrão de raios-X), sem comprometer<br />
a qualidade da imagem. Em casos de<br />
acompanhamento de escoliose, nos quais são<br />
necessárias radiografias semestrais ou anuais,<br />
aplicamos a técnica de microdose para a aquisição<br />
das imagens com um redução de aproximadamente<br />
26 vezes da dose de radiação.<br />
Fig 2: Paciente adolescente feminino de 19 anos. Imagens 2D (A e B)<br />
e modelo 3D (C) em microdose.<br />
Outra vantagem ímpar do EOS é sua capacidade<br />
de obter imagens do corpo inteiro (Fig<br />
2) em uma única varredura sem emendas ou<br />
distorção vertical, fornecendo imagens de tamanho<br />
real em uma escala de 1:1 para medições<br />
precisas e planejamento cirúrgico. Essas<br />
imagens permitem analisarmos as interações<br />
osteoarticulares dos diversos segmentos anatômicos,<br />
como, entender por que pacientes<br />
com prótese do quadril e cirurgia da coluna<br />
apresentam maior risco de luxação da prótese,<br />
por exemplo. Uma vez que se entende a origem<br />
do problema, ficamos mais próximo de<br />
evitá-lo ou resolvê-lo.<br />
Principais aplicações clínicas<br />
Coluna vertebral<br />
O caráter minimamente irradiante e 3D do<br />
sistema EOS guiou naturalmente o desenvolvimento<br />
do software para a gerência da<br />
escoliose e da deformidade degenerativa do<br />
adulto e idosos.<br />
0 68<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM<br />
Os modelos EOS 3D fornecem uma visão mais<br />
completa da deformidade e calculam automaticamente<br />
não só os parâmetros de balanço<br />
coronal e sagital, mas também a rotação axial<br />
de cada nível vertebral numa posição de suporte<br />
de peso com o objetivo planejar tratamentos<br />
cirúrgicos ou avaliar a funcionalidade de um colete<br />
ortopédico (fig 4). Essa avaliação tridimensional<br />
da escoliose é preconizada pela Scoliosis<br />
Research Society, mais ativa e importante sociedade<br />
médica de estudo da escoliose no mundo.<br />
volve uma avaliação cuidadosa do alinhamento<br />
osteoarticular. Se a orientação da prótese de articulação<br />
não é ideal, pode levar a um maior risco<br />
de complicações ou mesmo falha do implante.<br />
A radiografia convencional apresenta o risco<br />
dos erros de medição inerentes à projeção<br />
de um volume sobre um plano e magnificação.<br />
A TC, embora forneça informação em 3D,<br />
é limitada pelo seu alto nível de radiação e<br />
sua incapacidade de examinar um paciente<br />
na posição funcional (em pé). A literatura<br />
médica mostra que a modelagem 3D com o<br />
sistema EOS pode fornecer medições mais<br />
Prótese total do quadril<br />
Para o ortopedista que deseja planejar a cirugia<br />
de prótese do quadril, o EOS possibilita<br />
estudar a “geometria da pelve do paciente”. O<br />
passo seguinte, é o cirurgião escolher o melhor<br />
implante e sua melhor posição para essa<br />
determinada geometria. Além disso, no pós<br />
operatório, permite o estudo do posicionamento<br />
e orientação do implante com o paciente em<br />
posições múltiplas (sentado, agachado, em pé),<br />
o que é potencialmente útil quando se tenta<br />
entender os maus resultados obtidos em alguns<br />
pacientes que parecem ter implantes bem posicionados<br />
na TC (conceito de versão funcional da<br />
cúpula acetabular) (fig 5).<br />
precisas de vários parâmetros-chave usados<br />
para avaliar o alinhamento de membros inferiores,<br />
como ângulos tibiais e femorais ou<br />
angulações frontal e lateral.<br />
Fig 5: Avaliação do posicionamento dos componentes da prótese (A e B). A avaliação<br />
dinâmica ortostástica e sentada da orientação da cúpula acetabular (versão e inclinação).<br />
Fig 3: Representação 2D, 3D frontal, 3D visão axial e vetores.<br />
Membros inferiores (quadril, coxa, joelho,<br />
perna, tornozelo)<br />
O planejamento de cirurgias de quadril, joelho e<br />
de outros segmentos dos membros inferiores en-<br />
Fig 4: Medidas do comprimento real dos membros inferiores (A e B)<br />
e das torções femoral e tibial.<br />
Com esses exemplos conseguimos compreender<br />
como, graças a uma visão ampla e<br />
3D do esqueleto, o EOS tem contribuído para<br />
avaliação da estrutura esquelética e articular,<br />
apoiando médicos no diagnóstico e beneficiando<br />
pacientes em seus tratamentos.<br />
Dr. Flávio Duarte Silva<br />
Dr. Flávio Duarte Silva é médico radiologista do Fleury Medicina e Saúde. Possui graduação<br />
em Medicina, residência Médica em Radiologia - Diagnóstico por Imagem e especialização<br />
em Radiologia Músculo-Esquelética pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).<br />
0 70<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
TRANSFUSION MEDICINE
MEDICINA DE PRECISÃO<br />
Medicina de Precisão<br />
novo paradigma no cuidado da saúde<br />
Iniciado em outubro de 1990 e concluído em<br />
abril de 2003 com um orçamento de três bilhões<br />
de dólares, o Projeto Genoma Humano foi<br />
um dos grandes feitos na história da ciência. A<br />
cooperação de equipe internacional de pesquisadores<br />
permitiu o mapeamento e o sequenciamento<br />
de todos os genes do Homo sapiens,<br />
concluindo aquilo que seria o genoma humano<br />
com três bilhões de bases.<br />
Com o avanço da tecnologia e o surgimento<br />
do sequenciamento de nova geração<br />
(Next Generation Sequencing – NGS), houve<br />
uma redução significativa tanto no custo<br />
bem como na velocidade de processamento<br />
de um genoma. Desde então, houve um<br />
salto vertiginoso na área da genômica e da<br />
biologia molecular, atraindo vultosos investimentos<br />
e gerando muitas expectativas em<br />
relação ao impacto na medicina.<br />
Neste contexto surge a proposta da medicina<br />
de precisão, definida pela Fundação Européia<br />
de Ciência (ESF) como uma nova abordagem<br />
para classificar, entender, tratar e prevenir doenças<br />
com base em dados e informações sobre<br />
diferenças biológicas e ambientais individuais.<br />
Busca integrar dados em toda a dinâmica<br />
composição biológica de cada indivíduo, bem<br />
como fatores ambientais e de estilo de vida<br />
que interagem para gerar um fenótipo individual<br />
complexo. Usando essas informações, os<br />
modelos podem ser gerados para identificar a<br />
mais apropriada escolha para os cuidados de<br />
saúde, para o tratamento e prevenção de maneira<br />
individual, e também evitando despesas e<br />
efeitos colaterais de testes e tratamentos desnecessários.<br />
Em essência, a medicina de precisão<br />
representa uma mudança da medicina reativa<br />
para cuidados de saúde proativos e preventivos.<br />
A importância e a expectativa em relação à<br />
medicina de precisão podem ser reconhecidas<br />
por meio das agendas de pesquisas nacionais<br />
em diversos países. Em 2014, o governo do<br />
Reino Unido anunciou o Projeto 100K Genomas<br />
com a proposta de sequenciar o genoma de 100<br />
mil pacientes do Sistema de Saúde Nacional<br />
(NHS) para tratar pacientes individualmente e<br />
entender melhor o câncer, doenças raras e infecciosas.<br />
O governo dos Estados Unidos divul-
MEDICINA DE PRECISÃO<br />
gou o projeto “All of Us” em 2015, um programa<br />
de medicina de precisão com orçamento de 215<br />
milhões de dólares com o objetivo de recrutar<br />
um milhão de participantes representativos da<br />
população e compartilhar dados de registros<br />
médicos eletrônicos, de saúde digital e de genômica<br />
a fim de aprimorar a descoberta científica<br />
e os cuidados clínico. Em 2016, a França<br />
lançou seu projeto “France Médecine Génomique<br />
2025”, com orçamento de 670 milhões de<br />
euros para os cinco primeiros anos com a finalidade<br />
de translacionar as pesquisas científicas<br />
com sucesso para os cuidados com a saúde da<br />
população. Neste mesmo ano, a China anunciou<br />
seu projeto de 9,2 bilhões de dólares em medicina<br />
de precisão. Inúmeras outras iniciativas<br />
foram apresentadas como “Australian Genomics<br />
Health Alliance”, “Genome Canada”, “Bench To<br />
Beside Project” de Israel, “Implementation of<br />
Genomic Medicine Project” do Japão, “Genome<br />
Technology to Business Translation Program” da<br />
Coreia, “POLARIS” de Cingapura e “Pharmacogenomics<br />
and Personalized Medicine” da Tailândia.<br />
No Brasil foi lançado o “Brazilian Initiative<br />
on Precision Medicine” (BIPMed) em 2015, com<br />
o objetivo de implementar a medicina de precisão<br />
para benefício da população brasileira.<br />
O governo brasileiro, prevendo a capacidade<br />
de transformação da medicina genômica para<br />
os cuidados de saúde, tem fomentado novos<br />
projetos em parceria com centros de pesquisas<br />
privados. Dentre estes, o “Projeto Genomas<br />
Raros”, realizado em conjunto com o Hospital<br />
Albert Einstein, onde serão sequenciados 1500<br />
genomas de indivíduos brasileiros com doenças<br />
raras de suposta base genética e risco hereditário<br />
de câncer, com o objetivo de estabelecer<br />
padrões com as boas práticas para os projetos<br />
futuros em genômica humana no Sistema Único<br />
de Saúde.<br />
Já presenciamos aplicações da medicina de<br />
precisão em diferentes momentos da vida de<br />
um indivíduo atualmente: na triagem genética<br />
do casal antes da concepção para redução de<br />
risco de transmissão de doenças genéticas para<br />
a prole, nos testes genéticos para avaliação de<br />
anormalidades cromossômicas fetais no início<br />
da gestação, no diagnóstico rápido por meio de<br />
sequenciamento de condições genéticas logo<br />
ao nascimento para tratamento específico e<br />
redução de morbimortalidade, e na vida adulta,<br />
diagnosticar e oferecer terapêutica precisa a doenças<br />
como câncer.<br />
Nos últimos anos houve um acentuado aumento<br />
na disponibilização e no uso de testes<br />
genômicos e que deve prosseguir. Podemos<br />
constatar pelo número de testes multigênicos,<br />
incluindo painéis genéticos, sequenciamento<br />
completo de exoma e de genoma. O mercado<br />
do sequenciamento clínico - que inclui o uso<br />
de testes de sequenciamento para diagnóstico,<br />
previsão de risco, seleção e monitoramento de<br />
terapia e triagem - está crescendo a uma taxa<br />
anual composta de 28%1. Diante do volume<br />
de dados gerados por estes testes genômicos,<br />
ferramentas de processamento e de análise de<br />
dados precisam ser eficazes em entregar resultados<br />
confiáveis, precisos e com agilidade por<br />
meio da bioinformática. O Varstation, por exemplo,<br />
é a plataforma de análise de dados utilizada<br />
pelo Hospital Albert Einstein e que também<br />
será utilizada no Projeto Genomas Raros.<br />
Para que a medicina de precisão seja amplamente<br />
adotada, não basta apenas a disponibilização<br />
de dezenas de milhares de testes<br />
genômicos, porém, faz se necessária a geração<br />
de evidências de alta qualidade da melhora nos<br />
desfechos dos pacientes. A medicina de precisão<br />
representa uma mudança de paradigma nos<br />
cuidados de saúde em processo de amadurecimento<br />
e que veio para ficar.<br />
Referências:<br />
1. Phillips KA, Deverka PA, Hooker G, Douglas<br />
MP. Genetic Test Availability, Spending, and<br />
Market Trends. Where Are We Now? Where Are<br />
We Going? Health affairs. 2018 this issue.<br />
2. Ginsburg GS, Phillips KA.Health Aff<br />
(Millwood). Precision Medicine: From Science<br />
To Value. 2018 May;37(5):694-701. doi:<br />
10.1377/hlthaff.2017.1624<br />
3. Iriart JAB. Medicina de precisão/medicina<br />
personalizada: análise crítica dos movimentos<br />
de transformação da biomedicina no<br />
início do século XXI. Cad. Saúde Pública 2019;<br />
35(3):e00153118.<br />
Dra. Kelin Chen<br />
Dra. Kelin Chen é médica geneticista com residência pela Unifesp e título de especialista pela Sociedade de<br />
Genética Médica e Genômica. Atualmente é vinculada ao laboratório clínico do Hospital Albert Einstein e escreve<br />
em parceria com a Varstation - plataforma para processamento e análise de amostras genéticas de NGS.”<br />
0 74<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
LADY NEWS<br />
As análises clínicas do futuro<br />
exigem providências presentes<br />
O segmento laboratorial transformou-se drasticamente,<br />
num curto período recente, pois a<br />
tecnologia revolucionou ambientes, materiais,<br />
processos, qualidade, precisão, eficácia, velocidade<br />
e disponibilidade de serviços. O futuro,<br />
que acontece todos os dias, faz com que essa<br />
metamorfose ilimitada empolgue alguns e assuste<br />
outros, sobretudo os pequenos laboratórios,<br />
cuja capacidade de investimento é naturalmente<br />
desproporcional à dos grupos que atuam<br />
com o gigantismo do sucesso fora da curva – os<br />
cases do segmento.<br />
Para as principais referências do setor, inevitavelmente,<br />
o grau de imprevisibilidade será sempre<br />
menor, pois as tendências chegam por meio<br />
de pesquisas próprias, visitas técnicas distantes<br />
da realidade da maioria e até experimentação<br />
gratuita de insumos e equipamentos. No entanto,<br />
o avanço também carrega generosidades,<br />
como a expansão do conhecimento e o fácil<br />
acesso à informação, de modo que a atitude<br />
individual pode agregar valores que não estariam<br />
disponíveis, se o valor em questão fosse<br />
monetário.<br />
O farmacêutico precisa mergulhar, cada vez<br />
mais, nos estudos sobre gestão, entendendo,<br />
com aprofundamento, as razões que fazem<br />
do laboratório uma marca com personalidade<br />
própria, em que conceitos podem ser gradativamente<br />
incorporados e a inserção de uma cultura<br />
de profissionalismo pode começar com pequenos<br />
passos, com baixos investimentos.<br />
Estamos nos tempos em que o próprio laudo<br />
é uma ferramenta conceitual, pois a logomarca<br />
do laboratório nos papeis e envelopes transmite<br />
organização, bom gosto estético e padronização.<br />
Além disso, muitas mídias de veiculação gratuita,<br />
como as redes sociais, acabam irrelevantes<br />
pelo amadorismo das peças produzidas, quando<br />
mesmo autônomos da comunicação, desde que<br />
profissionais habilitados, fariam diferença.<br />
Se, ainda, o baixo investimento representa<br />
um passo adiante, nem tudo está engessado:<br />
o paciente é a razão de ser mais apontada por<br />
qualquer ator da saúde. No entanto, o esforço<br />
em transmitir esse conceito é muito mais reativo<br />
do que proativo. Veja que buscar leitura sobre<br />
relacionamento interpessoal, conscientizar a<br />
equipe de atendimento sobre a importância da<br />
cordialidade e expor os cartazes, com as condutas<br />
de segurança e os certificados de qualidade<br />
adquiridos, são formas simples de fazer chegar<br />
aos olhos dos clientes muita informação de valor<br />
agregado.<br />
É incorreto esperar solicitações diretas, quando<br />
uma assistência diferenciada pode começar<br />
com um serviço de aconselhamento, ofertando<br />
a informação em saúde tão demandada pela<br />
população, fidelização que o Google acaba por<br />
conquistar, sem o menor esforço. Outro exemplo<br />
é o tema sustentabilidade, tão caro nos dias atuais.<br />
Enquanto os laboratórios preservam o meio<br />
ambiente, inclusive por exigência da vigilância<br />
sanitária, segmentos empresariais com impacto<br />
insignificante enchem seus timbrados e comunicados<br />
com selos e dicas sustentáveis.<br />
O profissionalismo urge, pois o cenário 2020<br />
promete ser ainda mais desafiador, com novos<br />
impactos causados pelas mudanças políticas e<br />
econômicas, que são tão mais positivos, quanto<br />
mais preparado e adaptável forem o negócio<br />
e seu empreendedor. A reforma tributária, os<br />
planos de saúde populares, novas regras para<br />
contratos entre operadoras e prestadores, além<br />
do próprio pacto federativo, dado que muitos<br />
laboratórios têm receitas significantes via licitações<br />
municipais – constituem uma realidade<br />
que precisa ser incorporada pelo setor.<br />
Acrescente-se, ainda, a Medicina personalizada;<br />
o crescimento populacional; a maior<br />
longevidade; o surgimento de novas doenças; a<br />
resistência microbiana; a segurança do paciente;<br />
o crescimento incessante das tecnologias, inclusive<br />
da informação; as regulações mais dinâmicas;<br />
e a relação qualidade-custo da assistência. Todos<br />
grandes desafios para atingir a sustentabilidade<br />
econômica com excelência na saúde.<br />
Posto tudo isso, nunca é demais lembrar que<br />
a tecnologia não substitui postura profissional,<br />
atenção, zelo, higiene, humanização. Tanto que a<br />
melhor das propagandas continua a ser o cliente<br />
satisfeito. A credibilidade segue associada à<br />
confiança, cuja melhor forma de transmissão<br />
sustenta-se no tripé organização, compromisso<br />
e competência, valores não comercializáveis,<br />
conquistados individualmente, independente<br />
do tamanho do empreendimento.<br />
Assim, inclusive as entidades que fomentam<br />
e defendem nosso tão desafiador segmento,<br />
além do suporte técnico-científico-jurídico,<br />
precisam acompanhar os conceitos empreendedores<br />
mais atuais e traduzir as tendências<br />
mais relevantes em ações que informem e incentivem<br />
a tomada de decisão e a conduta de<br />
quem atua nas análises clínicas.<br />
Dr.ª Lenira da Silva Costa<br />
leniradasilvacosta@bol.com.br<br />
Secretária-geral da Sessão de Análises Clínicas da Federação Internacional Farmacêutica (FIP); Vice-presidente do<br />
Conselho Federal de Farmácia (CFF); Coordenadora do Grupo Técnico em Análises Clínicas do CFF; Secretária-geral<br />
da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (Sbac); Especialista em análises clínicas, auditora de qualidade em<br />
laboratórios clínicos e farmacêutica-bioquímica do Ministério da Saúde<br />
0 76<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
Publieditorial<br />
Responsável Técnico: Dr. Cláudio M. M. Cerqueira - CRM: 6888 - RQE: 111<br />
A expertise do PhD Patologia<br />
Cirúrgica e Molecular, uma<br />
empresa do Grupo São Marcos,<br />
em medicina de precisão.<br />
O Grupo São Marcos oferece em seu portfólio de serviços<br />
de medicina diagnóstica e laboratorial, exames de<br />
alta complexidade (esotéricos) e de genética, realizados<br />
no PHD Patologia Cirúrgica e Molecular, um de seus núcleos<br />
técnicos operacionais, localizado em São Paulo.<br />
Com 13 anos de experiência, o PHD Patologia Cirúrgica<br />
e Molecular é pioneiro em medicina de precisão e<br />
apresenta sólido crescimento nas áreas de anatomia<br />
patológica, patologia cirúrgica, biópsia de congelação,<br />
citologia convencional e em meio líquido, biologia molecular,<br />
imuno-histoquímica e genética de tumores. Nas<br />
duas últimas, destaca-se pela qualidade certificada,<br />
segurança e rapidez da entrega dos testes moleculares,<br />
desempenhando papel importante tanto no prognóstico<br />
de neoplasias e doenças infecciosas quanto na<br />
assistência terapêutica, de acordo com a necessidade<br />
individual de cada paciente.<br />
A avaliação imuno-histoquímica dos receptores de<br />
estrogênio e progesterona no câncer de mama, por<br />
exemplo, pode definir a elegibilidade para tratamento<br />
com tamoxifeno. Este tipo de câncer está entre os<br />
mais comuns em mulheres no Brasil e, de acordo<br />
com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 25%<br />
e 30% dos tumores expressam o fator de crescimento<br />
epidérmico humano tipo 2 (HER-2). Com o teste imunohistoquímico<br />
é possível esboçar um prognóstico e<br />
avaliar a acurácia e a eficácia do tratamento da doença<br />
com trastuzumabe.<br />
O sequenciamento genético, por sua vez, é um teste<br />
de última geração que complementa o diagnóstico<br />
anatomopatológico e auxilia na detecção de mutações<br />
no DNA. A partir das informações sobre as mutações<br />
encontradas em genes como K-RAS e N-RAS, B-RAF<br />
e EGFR, por exemplo, pode-se definir se o paciente<br />
responderá ou não a terapias alternativas à radioterapia,<br />
quimioterapia ou ao tratamento cirúrgico.<br />
Na Oncologia, tempo, precisão e segurança no<br />
diagnóstico são fatores decisivos para que se obtenha<br />
resposta terapêutica efetiva. O PHD tem como<br />
diferenciais a rapidez na entrega dos resultados,<br />
liberados em até 24 horas, e a diversidade de sua equipe,<br />
composta por patologistas oncologistas especialistas<br />
em cada tipo de câncer.<br />
O Grupo São Marcos e o PHD Patologia Cirúrgica e<br />
Molecular estão à disposição para mais informações.<br />
(31)<br />
saomarcoslaboratorio.com.br<br />
2104.0133<br />
saomarcoslaboratorio<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
CITOLOGIA<br />
Citologia Oncótica Urinária<br />
Uma ferramenta no auxílio ao diagnóstico e<br />
monitoramento das neoplasias uroteliais de alto grau<br />
Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />
Os carcinomas do trato urinário são heterogêneos<br />
e compreendem uma gama de lesões que<br />
incluem desde pequenos tumores benignos a<br />
neoplasmas agressivos com alta taxa de mortalidade.<br />
O carcinoma de bexiga é a malignidade<br />
mais prevalente, e a sua detecção precoce e o<br />
seguimento adequado dos pacientes acometidos<br />
são fundamentais devido a alta taxa de<br />
recorrência da neoplasia.<br />
No Brasil, segundo dados do INCA, o carcinoma de<br />
bexiga possui uma estimativa de 10.640 novos casos<br />
em 2020, sendo a grande maioria em homens.<br />
No diagnóstico inicial, aproximadamente 70%<br />
dos pacientes com câncer de bexiga não exibem<br />
invasão muscular, entretanto, 5 anos após o<br />
diagnóstico, o risco de recorrência varia entre 30<br />
e 80%, sendo que aproximadamente 15% dos<br />
casos progridem para invasão muscular. Apesar<br />
dos carcinomas de baixo grau apresentarem um<br />
bom prognóstico, os carcinomas de alto grau<br />
musculo-invasivos apresentam um significativo<br />
risco de progressão, com baixa sobrevida global,<br />
e mortalidade de aproximadamente 60%.<br />
O diagnóstico precoce e o acompanhamento<br />
desses pacientes são portanto, cruciais. A estratégia<br />
diagnóstica atual é baseada na combinação de<br />
exames de imagem, citoscopia e citologia de urina.<br />
A citologia oncótica urinária é uma modalidade<br />
diagnóstica utilizada tanto para rastreamento<br />
do carcinoma urotelial como para o<br />
monitoramento de pacientes com histórico da<br />
neoplasia. Suas vantagens compreendem a<br />
facilidade de coleta e o baixo custo do exame.<br />
O desempenho da citologia da urina depende<br />
do grau do tumor. É considerada um método com<br />
alta sensibilidade para a auxílio ao diagnóstico de<br />
carcinomas uroteliais de alto grau, especialmente<br />
do trato urinário inferior. Para os tumores uroteliais<br />
de baixo grau a sensibilidade é baixa. Já o<br />
diagnóstico das lesões do trato urinário superior é<br />
limitado em virtude da baixa preservação celular<br />
e a distorção mecânica das células.<br />
Apesar de sua utilização como método diagnóstico,<br />
criticas devido a falta de padronização e<br />
de reprodutibilidade, a baixa sensibilidade para<br />
o diagnóstico de lesões de baixo grau e a grande<br />
variabilidade do diagnóstico interobservadores<br />
serviram como embasamento para a publicação<br />
do Sistema Paris para Citologia Urinária<br />
(TPS) em 2015. Esse método foi introduzido<br />
a prática diária com o objetivo de simplificar e<br />
padronizar os laudos em citologia urinária, de<br />
modo semelhante ao Sistema Bethesda para a<br />
citologia cérvico-vaginal.<br />
Um estudo realizado recentemente2 apontou<br />
que a citologia oncótica urinária possui alta correlação<br />
com o diagnóstico anatomopatológico,<br />
especialmente quando as biópsias são obtidas<br />
do trato urinário inferior. Entretanto, até o momento,<br />
é insuficiente por si só na maioria dos<br />
casos para a detecção e acompanhamento de<br />
carcinomas uroteliais.<br />
Outros métodos diagnósticos detectáveis na<br />
urina tem sido investigados, a exemplo dos<br />
marcadores tumorais. As técnicas baseadas<br />
em diferentes metodologias, como a detecção<br />
do mRNA do marcador Survivina pela técnica<br />
de PCR3, marcadores imunocitoquímicos<br />
como p53/ki674, p16, citoqueratina 20, tem<br />
sido propostas como ferramentas auxiliares na<br />
detecção de carcinomas uroteliais de alto grau,<br />
apresentando bons resultados.<br />
É importante frisar que a utilidade da citologia<br />
oncótica urinária vai muito além da identificação<br />
dos componentes do sedimento em rotinas de<br />
urina. A amostra biológica assume importância<br />
também como método de detecção das alterações<br />
malignas nas células esfoliadas, e pode<br />
ser de grande utilidade quando em associação<br />
com outros métodos diagnósticos. Sendo uma<br />
metodologia não-invasiva e de baixo custo, oferece<br />
um resultado confiável principalmente em<br />
relação às lesões de alto grau, quando apresenta<br />
uma especificidade próxima a 90%.<br />
Referências:<br />
Siegel RL, Miller KD, Jemal A. Cancer statistics, 2019. CA Cancer J Clin.<br />
2019;69(1):7–34. doi:10.3322/caac.21551. Bertsch EC, Siddiqui MT, Ellis<br />
CL. The Paris system for reporting urinary cytology improves correlation<br />
with surgical pathology biopsy diagnoses of the lower urinary tract. Diagn<br />
Cytopathol. 2018;46(3):221–227. doi:10.1002/dc.23878. Fu L, Zhang J, Li<br />
L, Yang Y, Yuan Y. Diagnostic accuracy of urinary survivin mRNA expression<br />
detected by RT-PCR compared with urine cytology in the detection of bladder<br />
cancer: A meta-analysis of diagnostic test accuracy in head-to-head<br />
studies. Oncol Lett. 2020;19(2):1165–1174. doi:10.3892/ol.2019.11227.<br />
Courtade-Saïdi M, Aziza J, d’Aure D, et al. Immunocytochemical staining<br />
for p53 and Ki-67 helps to characterise urothelial cells in urine cytology.<br />
Cytopathology. 2016;27(6):456–464. doi:10.1111/cyt.12332<br />
Prof. Dra. Lisiane Cervieri Mezzomo<br />
Possui graduação em Farmácia com ênfase em Análises Clínicas e especialização Lato Sensu em<br />
Citologia Clínica . Fez Mestrado em Patologia Geral e Experimental e Doutorado em Patologia - Biomarcadores<br />
pelo Programa de Pós Graduação em Patologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde<br />
de Porto Alegre (UFCSPA), na área de marcadores moleculares e imunohistoquímicos para o câncer.<br />
Atualmente atua como professor do curso de Especialização em Citopatologia Diagnóstica da Universidade<br />
Feevale, e como Pesquisador Pós-Doutor em projetos da Universidade Federal do Rio Grande do<br />
Sul (UFRGS). É assessor da Controllab na área de Citologia/Citopatologia e Medicina Laboratorial.<br />
0 78<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
BIOSSEGURANÇA<br />
Jaleco: Características, Como Utilizar<br />
Corretamente para Evitar as Infecções<br />
Por: Jorge Luiz Silva Araújo-Filho, Rosalva Raimundo Silva, Amanda Maria Chaves<br />
A Organização Mundial de Saúde (OMS), considera<br />
o jaleco como uma importante barreira protetora<br />
contra os microrganismos. Aqui no Brasil, os órgãos<br />
regulamentadores, como a própria vigilância<br />
sanitária, ficam à mercê de legislações implícitas de<br />
como deveria ser o uso adequado das vestimentas<br />
nos serviços de saúde. A Resolução da Diretoria<br />
Colegiada Nº. 63 de 25/11/2011 da ANVISA, Seção<br />
VII da Proteção à Saúde do Trabalhador, aborda no<br />
artigo 46, que o serviço de saúde deve garantir que<br />
seus trabalhadores com possibilidade de exposição<br />
a agentes biológicos, físicos ou químicos utilizem<br />
vestimentas para o trabalho, compatíveis com o risco<br />
e em condições de conforto. Em parágrafo único,<br />
deixa claro que, os trabalhadores não devem deixar o<br />
local de trabalho com os equipamentos de proteção<br />
individual, essa orientação também é mencionada<br />
na Norma Regulamentadora 32, que trata da<br />
segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde,<br />
estabelece que “os trabalhadores não devem deixar o<br />
local de trabalho com os equipamentos de proteção<br />
individual e as vestimentas utilizadas em suas<br />
atividades laborais.<br />
O jaleco é um importante aliado do trabalhador<br />
da área da saúde, e seu uso inadequado pode<br />
comprometer a saúde do profissional e dos<br />
pacientes. Infelizmente, ainda é “comum” vermos<br />
o uso do jaleco fora do ambiente de trabalho.<br />
Visando a necessidade de minimizar os riscos<br />
relacionados ao uso inapropriado do jaleco,<br />
alguns estados brasileiros, como Rio de Janeiro<br />
(lei nº 8626/19), São Paulo (Lei nº 14466/11)<br />
e Minas Gerais (Lei nº 21.450/14), entre outros,<br />
propuseram leis específicas que proíbem o<br />
uso do jaleco fora do ambiente de trabalho. O<br />
profissional de saúde que infringir as disposições<br />
contidas nesta lei estará sujeito à multa, podendo<br />
ser aplicada em dobro em caso de reincidência.<br />
A premissa do uso do jaleco é cobrir maior parte<br />
possível das áreas mais expostas a contaminação<br />
do corpo. É importante que o comprimento da<br />
manga seja avaliado antes do uso, pois os punhos<br />
não podem ficar expostos e as mãos não devem<br />
ficar parcialmente cobertas. Após o uso correto, antes<br />
de deixar o ambiente de trabalho, deve-se retirar e<br />
acondicionar o jaleco numa embalagem apropriada<br />
e que seja utilizada exclusivamente para esse fim,<br />
podendo ser um “porta jaleco”, confeccionado<br />
com tecido de fácil higienização. Nunca se deve<br />
guardar jalecos usados junto de outros que já foram<br />
higienizados, ou de outras roupas e acessórios.<br />
Para higienização adequada dos jalecos, em<br />
casa, é recomendado que sejam lavados em balde<br />
exclusivo para esse fim, Jalecos completamente<br />
brancos e sem detalhes coloridos, que são os<br />
ideais, devem ser imersos de molho em solução<br />
de água sanitária na proporção de 10 ml para 1<br />
litro de água por 30 minutos antes da lavagem<br />
com sabão em pó. A água sanitária é danosa a<br />
qualquer tecido, ocasionando amarelamento<br />
e deterioração, portanto o tempo de duração<br />
do molho e a concentração do produto devem<br />
ser levados em consideração, contudo, existem<br />
outros produtos específicos, de linha profissional<br />
para uma desinfecção mais eficiente.<br />
A lavagem pode ser feita normalmente com sabão<br />
em pó ou líquido, seguido de enxague, lembrando<br />
de guardar o jaleco no “porta jaleco” (que também<br />
foi desinfetado), até o momento do seu uso. As<br />
regiões que devem receber maior atenção na hora<br />
da higienização são as mangas, os punhos e os<br />
bolsos, pela maior incidência de contaminação.<br />
A secagem deve ser feita preferencialmente em<br />
ambiente natural, para evitar a possibilidade de<br />
contaminação da máquina de lavar.<br />
Ate quando podemos utilizar o jaleco?<br />
Sinais de deterioração, como: furos, rasgos ou<br />
relaxamento dos elásticos são indicadores da<br />
necessidade de troca.<br />
Devemos lembrar: os jalecos NÃO devem ter<br />
“rendinhas”, nem “pin’s” (broches) decorativos!<br />
Alguns profissionais afirmam que é só coloca<br />
o “forro” no jaleco com rendinha, até resolve o<br />
problema da proteção da pele. Porém, a rendinha<br />
tem uma superfície muito “rugosa”, acumulando<br />
sujeira e microrganismos. A desinfecção do jaleco<br />
que tem rendinha não é feita de forma eficiente.<br />
Jaleco com rendinha é considerado adorno<br />
(enfeite), é proibido por lei.<br />
Pessoal, lembrem que mesmo durante um<br />
procedimento “sem ser invasivo”, os pacientes ou<br />
as amostras que serão analisadas podem estar<br />
contaminados com microrganismos patogênicos.<br />
Jalecos com esses “adornos”, abriga vírus, bactérias,<br />
fungos e colocam em risco também a família dos<br />
profissionais que levam os jalecos para casa.<br />
Biossegurança é um compromisso de todos!<br />
Acompanhe as informações sobre biossegurança<br />
no instagram @dr.biosseguranca.<br />
Por: Jorge Luiz Silva Araújo-Filho<br />
@dr.biossegurança: Biólogo, mestre em patologia, doutor<br />
em biotecnologia; palestrante e consultor em biossegurança.<br />
Rosalva Raimundo Silva: BioCare Consultoria em Saúde<br />
e Biossegurança<br />
Amanda Maria Chaves: Odontóloga; Residente de<br />
odontologia em saúde coletiva; BioCare Consultoria em<br />
Saúde e Biossegurança.<br />
Contatos<br />
Tel.: (81)997965514<br />
E-mail: jorgearaujofilho@gmail.com<br />
Prof. Jorge Luiz Araújo Filho<br />
Professor Jorge Luiz Silva Araújo-Filho (Instagram: @dr.biossegurança); Biólogo, mestre em patologia, doutor<br />
em biotecnologia; Professor do curso de medicina (FIP e UNINASSAU); Coordenador de biossegurança da UNIFIP;<br />
Coordenador do eixo básico do curso de medicina da UNIFIP; palestrante e consultor em biossegurança.<br />
0 80<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
MICROBIOLOGIA CLÍNICA<br />
Persistência e o Paradigma da<br />
Antibioticoterapia: Onde Começa a Mudança<br />
Caio Salvino<br />
Olá, nosso assunto de hoje é a persistência,<br />
conhecida entre nós como uma das qualidades<br />
dos vencedores e pessoas de sucesso.<br />
Mas não é dos seres humanos que iremos falar,<br />
mas sim das bactérias, pois sua persistência<br />
as têm mantido vivas mesmo após ataques<br />
com antibióticos. Como isso acontece?<br />
Pesquisadores da Universidade Surrey, Reino<br />
Unido, publicaram um estudo no The Proceedings<br />
of the National Academy of Sciences<br />
(PNAS), periódico da National Academy of<br />
Sciences do Reino Unido, intitulado “Loss<br />
of phenotypic inheritance associated<br />
with ydcI mutation leads to increased<br />
frequency of small, slow persisters in<br />
Escherichia coli”, ou “Perda da herança<br />
fenotípica associada à mutação ydcI<br />
leva a um aumento da frequência de<br />
persistências pequenas e lentas em Escherichia<br />
coli”.<br />
Quando estamos nos referindo a bactérias,<br />
persistência não muda exatamente de conceito.<br />
Pelo contrário. Bactérias persistentes são as<br />
que sobrevivem a processos como a exposição<br />
a antibióticos.<br />
A persistência provoca tratamentos prolongados<br />
e surgimento de resistência, e o estudo<br />
em questão visa rastrear cepas de Escherichia<br />
coli selvagens e de alta persistência.<br />
Este conceito não é novo, ele vem de 1942,<br />
quando Gladys Hobby, e colaboradores, observou<br />
comportamento diferente em cepas<br />
de estreptococos quando submetidas à ação<br />
da Penicilina. As cepas deste estudo, sobreviveram<br />
ao tratamento, e foram denominadas<br />
“persistentes”. Posteriormente, outro pesquisador,<br />
Joseph Bigger, as chamou de “resistentes”.<br />
Notemos que estes estudos antecedem o<br />
método de Kirby e Bauer, que viria somente ao<br />
final dos anos 60 do século passado.<br />
Após verificação de fenômenos semelhantes,<br />
este foi qualificado como “variação fenotípica”,<br />
devido ao fato das cepas persistentes<br />
serem geneticamente idênticas às cepas não<br />
resistentes. Há descrição de persistência para<br />
grande parte das bactérias patogênicas, sendo<br />
responsável por falhas terapêuticas e resistência<br />
em infecções crônicas.<br />
O Que as Torna Persistentes?<br />
Segundo os pesquisadores, a persistência<br />
está associada ao crescimento lento, e este,<br />
ao aumento de cepas em fase lenta e em fase<br />
estacionária de crescimento.<br />
Em seu estudo, foram identificados dois tipos<br />
de persistores: o tipo I, cepas não crescentes<br />
formadas durante a fase estacionária, e o tipo<br />
II, células de crescimento lento geradas durante<br />
o crescimento exponencial, denominada por<br />
consenso como persistência espontânea, por ter<br />
surgido durante crescimento exponencial.<br />
0 82<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
As cepas em questão foram caracterizadas<br />
como uma cepa mutante de E. coli de alto<br />
Resumindo o Estudo<br />
O estudo demonstra que em cepas de E. coli,<br />
tuberculose e micobacteriófagos, publicados<br />
no mesmo PNAS, sob o título (traduzido por<br />
MICROBIOLOGIA CLÍNICA<br />
colesterol (Hip), particularmente uma cepa<br />
o fenótipo de alto índice de hipQ é causado<br />
nós) “A respiração aprimorada evita a<br />
HipA7. Este fenótipo é causado pela mutação<br />
por uma mutação no gene ydcI , que está<br />
tolerância e a resistência aos medica-<br />
do gene que codifica uma toxina de um siste-<br />
associada ao fenótipo de herança fenotípica<br />
mentos no Mycobacterium tuberculo-<br />
ma toxina-antitoxina.<br />
reduzida (RPI), fenômeno que deve ser inves-<br />
sis”. O aprimoramento da respiração, através<br />
tigado e reportado em outros gêneros e es-<br />
da adição de N-acetilcisteína ou vitamina C,<br />
As evidências mostram que um defeito na<br />
pécies bacterianas, cujo comportamento leva<br />
impediu a formação de persistentes.<br />
herança fenotípica da variação da taxa de<br />
a crer em alta persistência, tais como cepas<br />
crescimento, é responsável pelo aumento da<br />
de Mycobacterium tuberculosis, com a qual<br />
Há ainda estudos que demonstram que<br />
frequência de persistências, e que tal defeito<br />
vários pesquisadores já estão com estudos<br />
alterações no status metabólico estão rela-<br />
tem como responsável, pelo fenótipo HipQ, o<br />
avançados, como Vicheze et al., que estabele-<br />
cionados à persistência, e por consequên-<br />
gene ydcI.<br />
ceram um modelo in vitro de persistência da<br />
cia, à taxa de crescimento, tamanho celular<br />
Qualidade e fluxo de trabalho<br />
diferenciado nas suas análises<br />
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MICROBIOLOGIA CLÍNICA<br />
e crescimento assimétrico em micobactérias,<br />
assim como em E. coli.<br />
ção a disputa “antibiótico versus bactéria”, ou<br />
seja, a resposta do microrganismo frente ao<br />
O Paradigma<br />
“ataque” farmacológico.<br />
Após as primeiras descobertas, e os pri-<br />
Segundo todos estes estudos, a caracteri-<br />
meiros antibióticos lançados no mercado,<br />
zação do vínculo entre o gene ydcI e o fenô-<br />
É fato, indiscutível, que a resistência bac-<br />
cabia à ciência descobrir mais sobre suas<br />
meno RPI, poderá esclarecer os mecanismos<br />
teriana aos antibióticos seja um dos mais<br />
eficácias terapêuticas, quando a primeira<br />
responsáveis pela variação fenotípica, como a<br />
complexos problemas que a humanidade<br />
proposta de padronização de testes de de-<br />
persistência, e poderá gerar formas de tratar<br />
tem enfrentado, ou pelo menos tentado<br />
terminação de perfis de sensibilidade de<br />
infecções causadas por bactérias persistentes.<br />
enfrentar.<br />
bactérias frente a um rol de antibióticos é<br />
publicada em 1966.<br />
Estamos Vivendo uma Mudança de<br />
Olhando para o momento, e fazendo um<br />
Paradigma?<br />
comparativo com o que podemos ver ao<br />
Esta proposta, que ficou conhecida como<br />
Após a descoberta da penicilina por Alexan-<br />
olharmos para trás, percebemos que quase<br />
“método de Kirby & Bauer”, revolucionou o<br />
der Fleming, o mundo passou a ter poder te-<br />
nada, ou muito pouco mudou no comporta-<br />
formato de análise crítica da relação entre<br />
rapêutico contra os as infecções causadas por<br />
mento dos profissionais envolvidos, de forma<br />
bactérias e antibióticos, com uma técnica na<br />
bactérias, um dos momentos mais importan-<br />
direta, com o desenvolvimento e surgimento<br />
qual a medição de uma zona de inibição, de-<br />
tes da história da medicina, culminando com<br />
deste fenômeno. Os erros parecem insistir<br />
termina se a bactéria é sensível ou resistente<br />
o Prêmio Nobel ao trio Fleming, Florey e Chain.<br />
em permanecer e nos levando a chegar onde<br />
ao antibiótico em teste, e nascia o “antibio-<br />
chegamos.<br />
grama”.<br />
A ampla necessidade de combater infecções,<br />
gerou uso maciço deste grupo de fár-<br />
Mas, ao mesmo tempo, a resistência bac-<br />
Então, chegamos ao momento da história no<br />
macos (antibióticos), e por sua vez, a “reação<br />
teriana tem movimentado o meio científico<br />
qual a medicina tem em mãos alguns impor-<br />
bacteriana” mediada pelo desenvolvimento<br />
– que busca formas de sucesso, porém sem<br />
tantes instrumentos: a cultura, o antibiograma<br />
de mecanismos de resistência, que foram<br />
êxito – que precisa repensar, e está repen-<br />
e os antibióticos.<br />
surgindo de acordo com os lançamentos da<br />
sando, a forma de conduzir a terapêutica<br />
indústria, novas drogas ao arsenal. Ocorre<br />
antibacteriana.<br />
O provável paradigma se estabeleceu, e até<br />
que, desde o início da chamada era da an-<br />
os dias de hoje, iniciando o tratamento logo<br />
tibioticoterapia, a medicina utiliza o mesmo<br />
Vivemos, ou viveremos afinal, uma sonhada<br />
após a coleta das amostras, empiricamente e<br />
formato terapêutico, que leva em considera-<br />
“mudança de paradigma”?<br />
baseados em guidelines.<br />
0 86<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
Após aguardar os resultados de identificação<br />
do agente etiológico e antibiograma, se<br />
Baseados nos conceitos de Kuhn, podemos<br />
concluir que o modelo terapêutico antibacte-<br />
Em um determinado momento, surge um<br />
“modelo orientador da compreensão”, o cha-<br />
MICROBIOLOGIA CLÍNICA<br />
confere se a droga escolhida, e a terapêutica<br />
riano é um paradigma?<br />
mado “paradigma de campo”, quando ocorre<br />
afim, passa a ser (ou não) alicerçada por re-<br />
Estaria a medicina passando, portanto, por<br />
o avanço para “ciência normal”, período de<br />
sultados laboratoriais, incluído decisões cha-<br />
uma mudança de paradigma?<br />
maior permanência. Neste momento, vem um<br />
madas “descalonamentos”, quando uma droga<br />
afastamento do paradigma e o modelo entra<br />
é substituída por outra, caso não haja necessi-<br />
A ideia passada por Kuhn é representada<br />
em crise, sendo que para os cientistas, não<br />
dade de seu uso, como no caso de uma cepa<br />
por um esquema chamado de “Ciclo de Kuhn”,<br />
serve mais como guia de resolução mesmo<br />
de S. aureus sensível à Oxaxilina em pacientes<br />
que contém as etapas do raciocínio científico<br />
após inúmeras tentativas de correção para que<br />
sob uso de Vancomicina.<br />
necessárias às avaliações de paradigmas, suas<br />
continue servindo.<br />
mudanças e consequências.<br />
É claro que sabemos que, na imensa maioria<br />
O modelo falha e quebra, iniciando o pe-<br />
dos casos, isso não acontece, já que nem sempre<br />
ríodo de revolução do modelo científico, do<br />
o antibiograma é solicitado e realizado, e quan-<br />
paradigma em si. Esta etapa inicia com o<br />
do realizado, é subutilizado, sub-interpretado e,<br />
surgimento de novos candidatos a modelo,<br />
porque não dizer, muitas vezes mal executado.<br />
e são completamente distintos do anterior, e<br />
dentre os muitos candidatos, emerge um novo<br />
Este modelo é o mesmo há cerca de setenta<br />
conceito, um novo modelo a seguir, um novo<br />
anos, lembrando que o antibiograma só surgiria<br />
paradigma. A mudança e o estabelecimento<br />
mais de vinte anos após os primeiros antibióticos.<br />
do novo paradigma como uma nova ciência<br />
Figura 1: Ciclo de Kuhn<br />
fecha o ciclo, e estamos de volta à ciência nor-<br />
No ano de 1962, Thomas Samuel Kuhn, fí-<br />
mal, primeiro passo do ciclo que, futuramente,<br />
sico e filósofo norte-americano, publicou sua<br />
Todos os campos científicos passam pelo<br />
certamente entrará em colapso gerando a ins-<br />
mais importante obra: “Estrutura das Revolu-<br />
mesmo tipo de ciclo, uma espécie de ciclo co-<br />
tabilidade dos modelos e surgimento de novos<br />
ções Científicas”. Nela, Kuhn traz um novo mo-<br />
mum, que começa na Pré-Ciência, momento<br />
paradigmas.<br />
delo científico, que prega que “a produção do<br />
em que há problemas, há interesses, há inte-<br />
conhecimento começa com a observação neu-<br />
ressados, porém não se tem as ferramentas<br />
Um fato a ser considerado é que pesso-<br />
tra, se dá por indução, é cumulativa e linear, e<br />
necessárias à capacitação científica para que<br />
as são resistentes a mudanças, ainda mais<br />
que este conhecimento científico é definitivo”.<br />
se progrida no campo proposto.<br />
quando essa mudança é de um modelo<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020<br />
0 87
MICROBIOLOGIA CLÍNICA<br />
científico seguido há tanto tempo, e, no caso<br />
especificamente da antibioticoterapia, mais<br />
de setenta anos.<br />
enzimas capazes de hidrolisar o anel beta-lactâmico<br />
das penicilinas, sendo por isso denominadas<br />
“penicilinases”.<br />
luz no fim do túnel neste relacionamento<br />
entre seres humanos e microrganismos, mas,<br />
muita coisa precisa mudar, principalmente no<br />
comportamento, seja da enfermagem, pres-<br />
Não teria isso acontecido no decorrer da era<br />
Mas as descobertas não paravam.<br />
critores, farmacêuticos, fisioterapeutas e/ou<br />
pós surgimento da resistência?<br />
O primeiro relato de resistência de Staphylo-<br />
microbiologistas.<br />
coccus aureus ao grupo da meticilina (Meticillin<br />
O Modelo e a Consequência<br />
Resistant Staphylococcus aureus - MRSA) se deu<br />
A mudança de modelo, ou mudança de pa-<br />
em 1961, apenas dois anos após o lançamento<br />
radigma, é a meta a ser alcançada no combate<br />
Até pouco tempo atrás, não havia grande<br />
da droga no mercado sob o nome comercial de<br />
aos microrganismos e as infecções por eles<br />
preocupação com resultados de cultura e anti-<br />
“Celbenin”, o que traria resistência a absoluta-<br />
causadas, pois certamente, pelas consequên-<br />
biograma, já que o arsenal de drogas era mais<br />
mente todos os beta-lactâmicos, incluindo os<br />
cias de nossos atos, não estamos, definitiva-<br />
do que o suficiente para combater - e vencer<br />
carbapenêmicos, grupo descoberto em 1976 e<br />
mente, no caminho certo.<br />
- as infecções causadas por bactérias.<br />
utilizado em massa desde 1985, sendo o grupo<br />
de antibióticos de maior espectro dentre os co-<br />
Assim como no campo terapêutico, o mo-<br />
Porém, sabe-se que, apenas quatro anos<br />
nhecidos, e amplamente utilizados contra bac-<br />
delo atual de diagnóstico e tratamento está<br />
após o início do uso da penicilina pela medi-<br />
térias resistentes a outros betalactâmicos e em<br />
em risco, pois muitas vezes nem baseado em<br />
cina, os primeiros indícios de resistência à esta<br />
infecções severas. Somente recentemente, com<br />
evidências o é. Se no global vivemos tempos<br />
droga por bactérias do gênero Staphylococci<br />
o lançamento das cefalosporinas anti-MRSA,<br />
de descentralização de poder de decisão, no<br />
são descritos na literatura.<br />
essa verdade deixou de ser absoluta.<br />
diagnóstico – microbiológico – ainda não<br />
chegamos lá.<br />
Os autores demonstraram, experimental-<br />
Isso se repete com as cefalosporinas, car-<br />
mente, a existência de uma cepa de S. aureus<br />
bapenêmicos, e mais recentemente, com as<br />
Atualmente, em nosso país, a política tomou o<br />
vinte mil vezes mais resistente à penicilina<br />
polimixinas, e fatalmente ocorrerá com os<br />
espaço da ciência. Decisões que deveriam estar<br />
em comparação a cepas sensíveis, buscando<br />
demais fármacos recentemente lançados e,<br />
sendo tomadas democraticamente, respeitando<br />
chamar a atenção a um problema emergente<br />
porque não dizer, com os futuros. O fato é que<br />
opiniões distintas, não acontecem. São tomadas<br />
e que futuramente poderia causar falha te-<br />
o modelo está falho.<br />
arbitrariamente, e poderão trazer consequên-<br />
rapêutica nos pacientes tratados com drogas<br />
cias sérias em um futuro próximo. Mas o setor<br />
deste grupo.<br />
A Reflexão<br />
parece não perceber, não interrogar. Permane-<br />
O estudo demonstrado no início deste tex-<br />
cer na escuridão da passividade, permitindo que<br />
Outro estudo mostrava, ainda na década de<br />
to, mostra que há persistência nas bactérias<br />
poucos decidam por nós, é um erro, pois o que<br />
40, que algumas bactérias poderiam produzir<br />
patogênicas, e que podemos ter aí mais uma<br />
parece correto, nem sempre correto é.<br />
0 88<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
Cabe a nós interrogarmos sempre, e jamais<br />
devemos aceitar decisões que trarão impacto<br />
em nossos resultados, e por consequência nas<br />
escolhas clínicas, sem querer saber verdadeiramente<br />
os porquês, já que somos responsáveis<br />
pelos laudos que assinamos e liberamos,<br />
cujos serão base para decisões de alto impacto<br />
na segurança do paciente.<br />
A mudança de paradigma está próxima, e o<br />
modelo parece estar sendo abalado o suficiente<br />
para entrar em crise. Neste momento delicado,<br />
o foco, que deveria ser buscar fortalecer<br />
ações já iniciadas há décadas, teima em permanecer<br />
em mudanças de impacto duvidoso.<br />
Vamos nos preparar para essa quebra de paradigma,<br />
buscando entender o que fazemos,<br />
por que fazemos e para quem fazemos.<br />
Qual é o impacto de nossos resultados nesse<br />
contexto, afinal? Quem somos nós nesta<br />
cadeia diagnóstica? Para responder, é preciso<br />
compreender, e para compreender, estudar<br />
muito e interrogar a tudo.<br />
Portanto, estude, se especialize, e fundamentalmente,<br />
sempre interrogue, afinal, a aplicação<br />
da ciência é nosso dever, e a busca de evidências,<br />
nossa segurança e de nossos pacientes.<br />
Referências<br />
1. Fleming, A. - On the antibacterial action of cultures of a<br />
Penicillium, with special reference to their use in the isolation<br />
of B. injluenzae - British Journal of Experimental Pathology, Vol.<br />
10, pages 22 fS 236. 2. Selman, A., et al. - The soil as a source<br />
of microorganisms antagonistic to disease-producing bacteria -<br />
Journal of Bacteriology - 1940, 40(4):581. 3. Bauer, A.W., Kirby,<br />
M., Sherris, J. C., Turck, M. - Antibiotic susceptibility testing by a<br />
standardized single disk method - American Journal of Clinical<br />
Pathology - 1966 - 45:493-4; 4. Courvalin, P., LeClercq, R., Rice,<br />
L. B. - Antibiogram - ASM Press - 1999; 5. Versalovic, J. et al<br />
- Manual of Clinical Microbiology - ASM Press - 2011; 6. Ostermann,<br />
F. - A epistemologia de Kuhn Caderno Brasileiro de Ensino<br />
de Física, v. 13, n. 3 (1996) 184-196 - Florianópolis, SC,; 7. Kuhn,<br />
T. S. - A estrutura das revoluções científicas ; tradução Beatriz<br />
Vianna Doeira e Nelson Boeira. - 9. ed. - São Paulo: Perspectiva,<br />
2006.; 8. The Kuhn Cycle http://www.thwink.org/sustain/glossary/KuhnCycle.htm;<br />
9. Sterman, J. - Business Dynamics - Systems<br />
Thinking and Modeling for a Complex World, McGraw-Hill<br />
Professional, 2000; 10. Klimek, J. W., Cavallito, C. J. and Bailey, J.<br />
H. - Induced Resistance of Staphylococcus aureus to various antibiotics<br />
- Journal of Bacteriology 1948, 55(2):139; 11. Abraham,<br />
E. P., Chain, E. - An Enzyme from Bacteria able to Destroy Penicillin<br />
- Nature 146, 837 (28 December 1940); 12. Tipper, D. J.,<br />
Strominger, J. L. - Mechanism of action of penicillins: a proposal<br />
based on their structural similarity to acyl-D-alanyl-D-alanine -<br />
Proceedings of the National Academy of Sciences of the United<br />
States of America (PNAS) - 1965, 54(4): 1133-1141; 13. Jevons,<br />
M. P. - “Celbenin” - resistant Staphylococci - Britanic Medicine<br />
Journal - 1961: (5219): 124–125.; 14. Ubukata, K.; Nonoguchi,<br />
R.; Matsuhashi, M.; Konno, M. - Expression and inducibility in<br />
Staphylococcus aureus of the mecA gene, which encodes a methicillin-resistant<br />
S. aureus-specific penicillin-binding protein.<br />
- Journal of Bacteriology 171 (5): 2882–5; 15. Birnbaum, J.,<br />
Kahan, F. M., Kropp, H., MacDonald, J. S. - Carbapenems, a new<br />
class of beta-lactam antibiotics. Discovery and development of<br />
imipenem/cilastatin. American Journal of Medicine 78 (6A):<br />
3-21, 16. Neu, H. C. - Effect of β-Lactamase Location in Escherichia<br />
coli on Penicillin Synergy - Applied Microbiology - 1969<br />
June; 17(6): 783–786. ; 17. Ambler, R. P. - The structure of beta-<br />
-lactamases - Philosophical Transactions of the Royal Society B:<br />
Biological Sciences - 1980 May 16;289(1036):321-31.; 18. Knothe,<br />
H., Shah, P., Krcmery, V., Antal, M., Mitsuhashi, S. - Transferable<br />
resistance to cefotaxime, cefoxitin, cefamandole and cefuroxime<br />
in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Serratia<br />
marcescens. Infection 1983 Nov-Dec;11(6):315-7.; 19. Knothe,<br />
H., Shah, P., Krcmery, V., Antal, M., Mitsuhashi, S. - Transferable<br />
resistance to cefotaxime, cefoxitin, cefamandole and cefuroxime<br />
in clinical isolates of Klebsiella pneumoniae and Serratia marcescens.<br />
- Infection. 1983 Nov-Dec;11(6):315-7. 20. Lederberg,<br />
J., - Cell genetics and hereditary symbiosis - 1952, Physiol. Rev.<br />
32, 403-430; 21. Lederberg, J., - Personal Perspective: Plasmid<br />
(1952-1997) - Raymond and Beverly Sackler Foundation Scholar,<br />
Rockefeller University, New York, New York 10021-6399,<br />
USA. 22. Ball, P.R., Shales, S.W., Chopra, I. - Plasmid-mediated<br />
tetracycline resistance in Escherichia coli involves increased efflux<br />
of the antibiotic - Biochem Biophys Res Commun 1980; 93:<br />
74–81. 23. El Amin, N., Giske, C.G., Jalal, S., Keijser, B., Kronvall,<br />
G., Wretlind, B. - Carbapenem resistance mechanisms in Pseudomonas<br />
aeruginosa: alterations of porin OprD and efflux proteins<br />
do not fully explain resistance patterns observed in clinical<br />
isolates. - Acta Pathologica, Microbiologica et Immunologica<br />
Scandinavica - APMIS 2005 Mar;113(3):187-96; 24. Dubey, G.<br />
P., Ben-Yehuda, S. - Intercellular Nanotubes Mediate Bacterial<br />
Communication - Cell - 18 February 2011 (Vol. 144, Issue 4, pp.<br />
590-600); 25. Nordmann, P., Cuzon, G., Naas, T. - The real threat<br />
of Klebsiella pneumoniae carbapenemase-producing bacteria. -<br />
Lancet Infect Dis. 2009 Apr;9(4):228-36. 26. Hingley et al. Loss<br />
of phenotypic inheritance associated with ydcI mutation leads<br />
to increased frequency of small, slow persisters in Escherichia<br />
coli Proceedings of the National Academy of Sciences Feb 2020,<br />
117 (8) 4152-4157<br />
MICROBIOLOGIA CLÍNICA<br />
Caio Salvino<br />
Caio Salvino é farmacêutico-bioquímico, microbiologista clínico, professor e consultor.<br />
Apaixonado pela profissão que escolheu, dirige o Laboratório Saldanha, em Lages e a ImersãoLab<br />
Capacitação e Treinamentos em Análises Clínicas, em Floripa, ambas na Santa e bela<br />
Catarina. É idealizador e apresentador do talk-show Papo de Jaleco no YouTube.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020<br />
0 89
ENTREVISTA<br />
Entrevista com Vagner Simões<br />
Gerente Nacional na Illumina Brasil,<br />
liderando a equipe comercial em todo território.<br />
<strong>Newslab</strong>: Fale um pouco sobre o<br />
crescimento do mercado de testes<br />
genéticos:<br />
R: O mercado global de testes genéticos cresce<br />
a uma taxa anual de ~10% e este crescimento<br />
deve se manter até 2022. Não temos<br />
informações oficiais em relação ao mercado<br />
brasileiro, mas posso afirmar que estamos<br />
crescendo a uma taxa bem mais alta<br />
do que o crescimento global. Isso se<br />
deve ao fato de que o Brasil é um país<br />
“jovem” em relação a implementação<br />
de testes genéticos na prática clínica<br />
e rotina dos laboratórios, mas cada<br />
vez mais laboratórios clínicos estão<br />
utilizando o sequenciamento de nova<br />
geração (NGS) na rotina.<br />
<strong>Newslab</strong>: Fale um pouco sobre<br />
os avanços das pesquisas em<br />
Genômica:<br />
R: As pesquisas científicas na área<br />
de genômica avançaram muito nos<br />
últimos anos e um exemplo disso é técnica<br />
que possibilita a edição de genes CRISPR, sigla<br />
em inglês de Clustered Regularly Interspaced<br />
Short Palindromic Repeats, permitindo corrigir<br />
defeitos ou melhorar determinados atributos<br />
genéticos. No entanto, estamos vendo apenas a<br />
ponta do iceberg. Com a chegada da inteligência<br />
artificial e big data temos a capacidade de<br />
analisar e interpretar um volume muito maior<br />
de dados genéticos dando aos pesquisadores<br />
e geneticistas informações imprescindíveis<br />
para a tomada de decisão e conduta clínica<br />
trazendo muitos benefícios para a medicina<br />
personalizada e de precisão. Sabemos que os<br />
dados pessoais, especialmente o dado genético,<br />
será o novo petróleo mundial se tornando um<br />
recurso muito valioso.<br />
Há uma forte “revolução do DNA”<br />
acontecendo atualmente e a Illumina<br />
está liderando essa revolução. Nossa<br />
tecnologia e as soluções que trazemos<br />
continuamente ao mercado estão<br />
transformando nossa compreensão do<br />
genoma e, certamente, transformarão os<br />
cuidados com a saúde das pessoas.<br />
Países como Estados Unidos, Inglaterra,<br />
França, Singapura e outros já estão caminhando<br />
no sentido de construir um banco de dados que<br />
permita fazer ligações entre dados genéticos<br />
e clínicos de suas populações. Esses projetos<br />
de genômica populacional permitem uma<br />
melhor interação entre a pesquisa clínica,<br />
desenvolvimentos de fármacos e cuidado com<br />
os pacientes.<br />
<strong>Newslab</strong>: Como você enxerga o Brasil<br />
nesse cenário?<br />
R: O Brasil está entrando para o mapa da<br />
genômica no mundo. Atualmente, 80% dos<br />
dados genéticos disponíveis no mundo são de<br />
populações caucasianas (europeus e norteamericanos).<br />
Recentemente, foi anunciado o<br />
projeto DNA do Brasil, fruto de uma parceria<br />
público privada, o projeto visa sequenciar<br />
o genoma de parte da população<br />
brasileira e obter dados que permitam<br />
melhorar a prevenção e tratamento de<br />
doenças como hipertensão, diabetes e<br />
câncer.<br />
Além desse projeto, o governo<br />
brasileiro por meio do Ministério da<br />
Saúde está engajado nas questões<br />
das doenças raras de base genética<br />
visando melhorar o diagnóstico e<br />
tratamento desses pacientes. Para isso,<br />
é fundamental entender melhor as<br />
variantes genéticas da nossa população.<br />
<strong>Newslab</strong>: Qual a estratégia e<br />
posicionamento da Illumina?<br />
R: Aproximadamente 90% dos dados<br />
de sequenciamento genético gerados no<br />
mundo são a partir da nossa tecnologia<br />
de sequenciamento por síntese, do inglês<br />
Sequencing By Synthesis – SBS. Nossa estratégia<br />
é de atuar como parceiro dos nossos clientes<br />
trazendo para a mesa inovação, tecnologia e<br />
toda a nossa bagagem e experiência adquirida<br />
ao longo dos anos.<br />
0 92<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
<strong>Newslab</strong>: Como os laboratórios de<br />
análises clínicas podem se beneficiar das<br />
novas tecnologias Illumina?<br />
R: Temos um amplo portfólio de soluções<br />
que permitem desde laboratórios de pequeno<br />
porte até grandes programas de genômica<br />
populacional adotar o sequenciamento<br />
de nova geração na rotina. Isso significa<br />
que nossos equipamentos são capazes de<br />
sequenciar desde pequenos painéis genéticos<br />
de câncer até exoma e genoma completo.<br />
Além disso, cada vez mais investimos em<br />
parcerias com grandes empresas para que kits<br />
de diagnóstico in vitro sejam desenvolvidos<br />
para os laboratórios clínicos.<br />
<strong>Newslab</strong>: Quais são suas perspectivas,<br />
entraves e oportunidades em relação à<br />
genômica no mercado brasileiro?<br />
R: Minhas perspectivas são as melhores<br />
possíveis. Em áreas da medicina como<br />
câncer, doenças raras e até mesmo medicina<br />
reprodutiva, a genômica já é uma prática<br />
de rotina e cada vez mais vem auxiliando<br />
as decisões médicas e a conduta clínica.<br />
Ainda temos muitos desafios pela frente,<br />
especialmente no que tange às fontes<br />
pagadoras. Tanto no SUS quanto na saúde<br />
suplementar o pagamento e reembolso de<br />
exames ainda está muito longe do desejável.<br />
A boa notícia é que esse cenário está<br />
mudando pouco a pouco e, no ano passado,<br />
vimos a recomendação pela Comissão<br />
Nacional de Incorporação de Tecnologias<br />
- CONITEC para incorporação de exoma na<br />
investigação de deficiência intelectual.<br />
Outro grande desafio está na interpretação<br />
do laudo e aconselhamento genético.<br />
Infelizmente ainda não temos a quantidade<br />
desejada de médicos e geneticistas<br />
capacitados para pedir e interpretar um<br />
exame genético.<br />
Apesar de todos os desafios as<br />
oportunidades são grandes. Em áreas como<br />
ENTREVISTA<br />
doenças raras e câncer, ainda precisamos<br />
conhecer melhor as variantes da nossa<br />
população por meio de um grande projeto<br />
nacional de genômica populacional que vai<br />
permitir aplicarmos a medicina de precisão<br />
de uma maneira mais efetiva.<br />
Tecnologias promissoras como biópsia<br />
líquida e análise de painéis genéticos<br />
mais abrangentes ainda não são adotados<br />
em grande volume na prática clínica. Na<br />
medicina reprodutiva, os testes pré natais<br />
não invasivos, também conhecidos como<br />
NIPT, estão restritos à poucas gestantes<br />
e poderiam auxiliar os médicos no<br />
acompanhamento pré natal.<br />
Para finalizar vou parafrasear o nosso CEO,<br />
Francis deSouza: “Há uma forte "revolução<br />
do DNA" acontecendo atualmente e a<br />
Illumina está liderando essa revolução.<br />
Nossa tecnologia e as soluções que<br />
trazemos continuamente ao mercado estão<br />
transformando nossa compreensão do<br />
genoma e, certamente, transformarão os<br />
cuidados com a saúde das pessoas”.<br />
Vagner Simões<br />
Mineiro de Belo Horizonte e Biólogo formado pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Durante a graduação atuou em pesquisas na área de biologia<br />
molecular com foco em doenças infecciosas. Possui mais de 20 anos de experiência em mercados como diagnóstico in vitro, pesquisa e indústria com ênfase em biologia<br />
molecular. Atualmente, é gerente nacional na Illumina Brasil liderando a equipe comercial em todo território.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020<br />
0 93
INFORME DE MERCADO<br />
INFORMES DE MERCADO<br />
Esta Seção é um espaço publicitário dedicado para a divulgação e ou explanação<br />
dos produtos e lançamentos do setor.<br />
Área exclusiva para colaboradores anunciantes.<br />
Mais informações: comercial@newslab.com.br<br />
Tradição em inovar - Investimento e desenvolvimento impulsionam a<br />
atuação da Greiner Bio-One no Brasil.<br />
Mundialmente reconhecida por sua exper-<br />
Bio-One Brasil seguiu a herança de pioneirismo<br />
Além destes e outros insumos e equipamentos<br />
C<br />
tise em produtos plásticos especialmente de-<br />
de sua matriz na Áustria e foi responsável pelo<br />
para a fase pré-analítica, a divisão de BioScience<br />
M<br />
senvolvidos para aplicação na área da saúde,<br />
desenvolvimento do primeiro tubo âmbar para<br />
também oferece os melhores produtos para a reali-<br />
Y<br />
CM<br />
a austríaca Greiner Bio-One, está presente há<br />
sorologia com gel, que bloqueia a passagem de<br />
zação de análises em laboratórios com um portfólio<br />
MY<br />
quase duas décadas no mercado brasileiro,<br />
luz para o seu interior durante a coleta, trans-<br />
completo de produtos e consumíveis plásticos.<br />
CY<br />
conta atualmente com mais de 2.000 cola-<br />
porte, armazenamento e processamento de<br />
CMY<br />
K<br />
boradores em cerca de 30 subsidiárias pelo<br />
material biológico fotossensível, o que impede<br />
Soluções completas para o segmento de análise<br />
mundo. A empresa é referência de qualidade<br />
a degradação acelerada de alguns analitos que<br />
e patologia clínica, farmacêutico, médico-hospi-<br />
em seus processos de fabricação e oferece aos<br />
podem influenciar nos resultados das análises.<br />
talar, biotecnológico e de diagnóstico in vitro, que<br />
seus clientes soluções completas para atender<br />
trazem qualidade e tecnologia para a saúde bra-<br />
suas diversas necessidades.<br />
Entre os destaques de sua linha de equipa-<br />
sileira, padrões que colocam os clientes da Greiner<br />
mentos para a fase pré-analítica, o scanner vas-<br />
Bio-One sempre um passo à frente.<br />
Dentre as muitas inovações para o mercado,<br />
cular Greiner Bio-One AV400, auxilia na visuali-<br />
a Greiner Bio-One foi a primeira empresa a<br />
zação de veias em procedimentos, como: coleta<br />
desenvolver um sistema de coleta de sangue a<br />
de sangue, infusão de quimioterápicos, exames<br />
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0 94<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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call center para a tranquilidade de seus clientes<br />
Lab-to-Lab. Já são mais de 6 mil parceiros (laboratórios,<br />
clínicas e hospitais) em todo o país,<br />
localizados em 1.900 cidades, contando com<br />
Customer Service - a central de soluções<br />
exclusiva de uma das maiores empresas<br />
de Medicina Diagnóstica do Brasil.<br />
De um lado estão os gestores das instituições<br />
de saúde, preocupados com a garantia de segurança<br />
nos processos, cumprimento dos prazos<br />
de entrega, a qualidade e o custo. De outro lado,<br />
os profissionais de atendimento ao cliente, que<br />
lidam com as questões operacionais e acompanham<br />
mais de perto o andamento das demandas<br />
dos clientes. Para oferecer todo o suporte<br />
necessário, proximidade é a palavra-chave desse<br />
serviço do Grupo.<br />
São mais de 100 colaboradores disponíveis<br />
para prestar atendimento total e exclusivo, de<br />
forma que o cliente pode acompanhar suas<br />
demandas como se estivesse dentro da companhia.<br />
Uma equipe de especialistas também está<br />
disponível para apoiar no pré e pós-analítico,<br />
além de soluções para assuntos financeiros, técnicos<br />
e operacionais. O objetivo é o Pardini, por<br />
meio de um atendimento humanizado, ser solicito,<br />
responder rápido e estar à disposição para<br />
sanar qualquer dúvida. “Temos uma equipe<br />
dentro da área técnica só para responder chamados<br />
de urgência, atender solicitações emergenciais<br />
e encontrar exames na linha de produção.<br />
Ao compartilhar com os clientes o nosso<br />
patrimônio intelectual, garantimos a excelência<br />
do serviço prestado” disse Sandra Condé, Gerente<br />
Corporativa do Customer Service.<br />
Além do apoio do Customer Service em diversos<br />
canais (telefone, e-mail, WhatsApp, site<br />
e aplicativo), o Grupo oferece auxílio presencial,<br />
por meio de seus executivos de vendas espalhados<br />
pelo país. Os laboratórios parceiros de<br />
todas as regiões do Brasil podem contar com<br />
assessoria técnica de campo para treinamentos<br />
in loco ou auxílio presencial para solucionar<br />
questões pré-analíticas. Há ainda a assessoria<br />
especializada, cujos médicos, bioquímicos,<br />
biomédicos e especialistas em genética oferecem<br />
atendimento focado no pós-analítico como<br />
esclarecimento de laudos, dúvidas de interpretação,<br />
mudança de layout de laudos e outras<br />
dificuldades. Ao compartilhar com os clientes o<br />
patrimônio intelectual, o Grupo Pardini garante<br />
a excelência do serviço prestado.<br />
Grupo Pardini<br />
Aos 60 anos, além do serviço de Apoio Laboratorial,<br />
o Grupo Pardini possui 122 unidades<br />
próprias, sendo 75 em Minas Gerais, 5 em São<br />
Paulo, 12 no Rio de Janeiro e 30 em Goiânia.<br />
A companhia está entre as maiores do País no<br />
segmento e tem investido forte na ampliação<br />
e na especialização da sua capacidade técnica,<br />
produtiva e científica, com os propósitos<br />
de democratizar o acesso aos exames mais<br />
complexos e promover bem-estar e saúde dos<br />
brasileiros. Toda essa estrutura permite oferecer<br />
mais de 8 mil tipos de exames e a expertise nas<br />
áreas de análises clínicas, diagnóstico por imagem,<br />
genética molecular, testes oncológicos de<br />
alta complexidade, medicina nuclear, medicina<br />
personalizada e patologia cirúrgica. No Brasil, o<br />
Grupo é pioneiro na montagem de uma plataforma<br />
de produção laboratorial automatizada<br />
para atender grandes proporções.<br />
Fale com o Customer Service: estamos ao<br />
seu lado como se você estivesse aqui dentro.<br />
Telefone e whatsApp.: (31) 4020-2175<br />
Telefone e whatsApp.: (11) 4020-2180<br />
Central de Anatomia Patológica<br />
E-mail: clienteapoio@hermespardini.com.br<br />
Site: mypardini.com.br<br />
0 96<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
INFORME DE MERCADO<br />
Digitalização e revisão remota de aspirados de medula óssea:<br />
CellaVision DC-1<br />
O novo analisador da CellaVision DC-1 conta<br />
com todos os recursos dos já consagrados<br />
analisadores digitais CellaVision DM9600 e<br />
DM1200: pré-classificação da série branca e<br />
pré-caracterização dos eritrócitos utilizando<br />
a inteligência artificial no reconhecimento<br />
morfológico destas células.<br />
Uma função ainda pouco explorada<br />
destes analisadores é a função scan, capaz<br />
de digitalizar campos selecionados de<br />
uma lâmina para sua posterior análise.<br />
Sua utilidade merece destaque, sobretudo<br />
quando a utilizamos para a análise remota<br />
de preparados de aspirados de medula<br />
óssea, onde uma lâmina é escaneada em<br />
um laboratório, mas sua análise é realizada<br />
remotamente, permitindo a revisão e a<br />
colaboração entre colegas em laboratórios<br />
afiliados.<br />
Embora a função scan ainda não realize<br />
a pré-classificação dos tipos celulares da<br />
medula óssea, ela digitaliza os campos<br />
de interesse em altíssima resolução,<br />
permitindo sua análise remota com detalhes<br />
incríveis de morfologia, tais como detalhes de<br />
cromatina, contorno nuclear e de cromasia.<br />
Esta função é particularmente interessante<br />
para laboratórios que possuem diferentes<br />
filiais espalhadas pelo país ou até mesmo<br />
aqueles que terceirizam o serviço para<br />
laboratórios parceiros.<br />
Todos os analisadores CellaVision já possuem<br />
a função scan instalada como padrão, incluída<br />
no software de fábrica e é capaz de digitalizar<br />
qualquer tipo de lâmina, seja ela de sangue<br />
periférico, aspirado de medula, Gram, biópsias<br />
ou citologia oncótica de raspados ou líquidos<br />
biológicos.<br />
Para maiores informações acesse:<br />
www.cellavision.com<br />
Contato:<br />
wagner.miyaura@cellavision.com<br />
0 98<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
INFORME DE MERCADO<br />
Binding Site anuncia novo programa de <strong>Ed</strong>ucação Continuada<br />
para 2020 e destaca o sucesso da plataforma Optilite®<br />
Através de parceria com a Associação Brasileira<br />
de Hematologia e Hemoterapia (ABHH),<br />
mais uma vez a Binding Site realizará o HEMO<br />
EDUCA- <strong>Ed</strong>ucação Continuada a Distância.<br />
O programa tem como objetivo fazer com que a<br />
informação chegue aos médicos de forma rápida<br />
e precisa. Como o programa é online, os participantes<br />
podem adaptar-se facilmente ao melhor<br />
horário e data para participar do curso. No início<br />
de 2020, o tema abordado será: “Interpretação<br />
do exame Freelite® e sua utilização<br />
na prática clínica”, dando continuidade ao<br />
primeiro curso realizado, cujo tema foi: “Papel<br />
das Cadeias Leves Livres no Diagnóstico e Monitoramento<br />
do Mieloma Múltiplo e Amiloidose”.<br />
Mais uma vez o curso será realizado com a coordenação<br />
da Hematologista Profa. Dra. Vânia T.<br />
de Moraes Hungria com auxílio dos médicos<br />
hematologistas da área do Grupo Brasileiro<br />
de Mieloma Múltiplo (GBRAM). Mais informações<br />
sobre os módulos, médicos participantes,<br />
inscrições e outros detalhes, estão disponíveis no<br />
www.hemoeduca.com.br.<br />
A empresa comercializa um menu produtos<br />
para a área de proteínas plasmáticas, sendo<br />
mundialmente reconhecida pelo desenvolvimento,<br />
produção e comercialização de kits<br />
para dosagens de biomarcadores utilizados da<br />
área de Onco-Hematologia, como o Freelite®<br />
(dosagem de Cadeias Leves e Livres (CLLs)<br />
Kappa (κ) e Lambda (λ) em soro) e o Hevylite®<br />
(dosagem dos isotipos entre as cadeias leves e<br />
pesadas das imunoglobulinas- IgG, IgM e IgA).<br />
No Brasil, o menu de produtos ofertado é bastante<br />
amplo. Além do Freelite® e Hevylite® como<br />
já comentado, destacam-se outros testes para:<br />
Imunodeficiência: IgA, IgM, IgG, IgD e IgE, Suclasses<br />
de IgG e IgA, Sistema do Complemento<br />
(CH50, C1 inativador, C1q, C2, C3c e C4).<br />
› Sistema nervoso central: Albumina, Freelite e<br />
Imunoglobulinas no líquor.<br />
› Nefrologia: Cistatina, Microalbumina e Beta-<br />
-2-Microglobulina.<br />
› Proteínas Específicas: PCR, ASO, Fator Reumatóide,<br />
Ferritina, Transferrina, Pré-Albumina,<br />
Ceruloplasmina, Haptoglobina, Alfa-1-Antitripisina,<br />
Alfa-2-Glicoproteína Ácida, Lipoproteína(a),<br />
entre outros.<br />
Atualmente, o Optilite® já está na rotina de<br />
grandes laboratórios como no grupo Diagnósticos<br />
da América (DASA), Grupo Fleury Medicina<br />
e Saúde, Diagnósticos do Brasil (DB), Hospital<br />
Israelita Albert Einstein, Divisão de Laboratório<br />
Central- Hospital das Clínicas de São Paulo, Hospital<br />
Clementino Fraga Filho- UFRJ e em etapa<br />
final de validação em diversos outros hospitais<br />
e laboratórios de renome. “Já são 10 Optilites<br />
na rotina até o momento e outras unidades em<br />
validação. Nossos parceiros tem se preocupado<br />
em utilizar o que há de mais moderno e seguro<br />
para o resultado clínico dos pacientes”, comenta<br />
Fúlvio Facco, diretor geral da empresa.<br />
Os especialistas da empresa reiteram que quanto<br />
ao Freelite®, é importante relembrar que a incorporação<br />
do exame no ROL de procedimentos e<br />
eventos em saúde da Agência Nacional de Saúde<br />
(ANS), está em vigor desde janeiro de 2018. Desde<br />
então, todos os planos de saúde são obrigados<br />
a cobrir os custos desse exame.<br />
O código utilizado para os pedidos do exame<br />
é: 4.03.24.26-5 - Quantificação de cadeias<br />
kappa/lambda leves livres, dosagem, sangue.<br />
Para maiores informações, consultem os canais<br />
de atendimento a seguir:<br />
www.bindingsite.com.br<br />
www.freelite.com.br<br />
info@bindingsite.com.br<br />
0 100<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
Veinviewer Flex - Enxergue a Vantagem<br />
Tudo o que você precisa para a visualização adequada dos vasos<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Com imagem em HD e tecnologia Df2, o modelo<br />
VeinViewer FLEX é portátil e foi projetado<br />
para garantir o sucesso na primeira punção e em<br />
menos tempo, reduzir o uso de cateteres centrais<br />
devido a falta de acesso periférico, aumentar a<br />
satisfação do paciente e fornecer mais segurança.<br />
O VeinViewer Flex foi construído para máxima<br />
durabilidade e flexibilidade, é adequado para<br />
ambientes hospitalares, onde os requisitos de<br />
espaço e velocidade de avaliação exigem um<br />
equipamento ultra portátil e confiável.<br />
Com imagens em HD (alta definição) e tecnologia<br />
exclusiva Df2 (Digital full field), o VeinViewer é<br />
o único visualizador de veias que oferece benefícios<br />
para os pacientes durante todo o procedimento.<br />
Além disso o VeinViewer possui uma tecnologia<br />
patenteada AVIN TM (Navegação Ativa por<br />
Imagem Vascular), que permite que você veja<br />
padrões de sangue (hematoma, infiltração e<br />
extravasamento) até 15mm de profundidade e<br />
veias clinicamente relevantes até 10mm de profundidade.<br />
Com o VeinViewer os profissionais<br />
podem ver além de veias periféricas, bifurcações,<br />
válvulas venosas e avaliar em tempo real<br />
o reenchimento do vaso “fluxo sanguíneo”. Com<br />
a visualização Pré, Durante e Pós procedimento,<br />
os profissionais potencialmente evitam complicações<br />
de punção inadequada.<br />
Para mais informações – entre em<br />
contato com sua vendedora e entenda<br />
como adquirir esse produto<br />
0800 729 3090<br />
(47) 992641667 whatsapp<br />
Novo ensaio PCR em tempo real multiplex da Seegene detecta<br />
e identifica o novo Coronavírus - COVID-19 em 1 hora e 50 minutos<br />
Atenta às necessidades do mercado mundial,<br />
a Seegene Brazil apresenta seu novo produto, o<br />
Allplex 2019-nCoV Assay. Desenvolvido em<br />
conformidade com os protocolos da Organização<br />
Mundial de Saúde e do CDC chinês (Chinese<br />
Center for Disease Control and Prevention), este<br />
ensaio PCR em tempo real multiplex detecta e<br />
identifica o novo Coronavírus (COVID-19) usando<br />
três genes alvo: E gene, RdRP gene e N gene.<br />
Em uma única amostra.<br />
Utilizado manualmente ou em conjunto com<br />
a plataforma All in One da Seegene, este ensaio<br />
detecta e identifica o COVID-19 em 01 hora e<br />
50 minutos, agilizando o fluxo de trabalho e<br />
reduzindo o tempo de entrega dos resultados,<br />
permitindo um diagnóstico rápido e preciso.<br />
A Seegene é líder no mercado mundial em<br />
diagnóstico molecular multiplex e sua subsidiária<br />
brasileira é a ponte para expansão na<br />
América Latina, através de pesquisa e desenvolvimento<br />
de novos produtos customizados para<br />
a realidade da região.<br />
Saiba mais sobre a Seegene,<br />
conheça a plataforma All in One<br />
e toda a gama de produtos<br />
licenciados pela ANVISA:<br />
www.seegenebrazil.com.br.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020<br />
0 101
INFORME DE MERCADO<br />
Teste Rápido para diagnóstico preliminar da TUBERCULOSE<br />
O Teste Rápido Tb IgG/IgM Combo é na infância provavelmente tem uma reação vacina BCG no passado ou que provavelmente<br />
fabricado pela CTK Biotech, Inc importado<br />
e distribuído com exclusividade pela Bio<br />
Advance Diagnósticos. O teste permite a<br />
detecção simultânea e diferenciação de<br />
IgM e IgG anti-Mycobacterium tuberculosis<br />
(M.TB) em soro, plasma e sangue total.<br />
positiva a um teste cutâneo de TB, portanto,<br />
pode ser um mau indicador para infecções<br />
latentes. Recentemente, o CDC dos EUA<br />
recomendou testes de sangue para TB ao<br />
invés de teste cutâneo para detecção de TB,<br />
especialmente para pessoas que receberam a<br />
não retornarão para acompanhamento.<br />
Esses dois links são para o site do CDC dos<br />
EUA que recomenda o teste de sangue para<br />
TB sobre o teste cutâneo em indivíduos<br />
vacinados com BCG:<br />
O produto tem várias vantagens em<br />
comparação com o teste de PPD/Mantoux, e<br />
uma das principais vantagens é o aumento<br />
da especificidade.<br />
https://www.cdc.gov/tb/topic/testing/testingbcgvaccinated.htm<br />
Os testes cutâneos de TB não são específicos<br />
nem sensíveis, e em um país de alta<br />
prevalência, como o Brasil, a especificidade<br />
diminui com a idade do paciente (pois é<br />
mais provável que tenham sido expostos à<br />
TB durante a vida). O Teste Rápido Tb IgG/<br />
IgM Combo utiliza um epítopo específico<br />
para detecção, versus o PDD que utiliza um<br />
antígeno inteiro. Os testes cutâneos de TB<br />
também são propensos a falsos positivos<br />
em pessoas que receberam a vacina BCG na<br />
infância.<br />
Está documentado em vários estudos que<br />
uma pessoa que recebeu uma vacina BCG<br />
Segundo a OMS, a tuberculose é uma das<br />
doenças infecciosas que mais matam no<br />
mundo. Cerca de 10 milhões de pessoas<br />
contraíram a doença no mundo, em 2017,<br />
e 1,3 milhão morreram. A principal forma<br />
de prevenir a doença é por meio da vacina<br />
BCG, disponível na rede pública - em UBS e<br />
maternidades. Essa vacina deve ser dada à<br />
criança, ao nascer, ou, no máximo, até os 4<br />
anos de idade.<br />
O Brasil registrou 72 mil novos casos de<br />
https://www.cdc.gov/tb/topic/testing<br />
tuberculose em 2018, segundo o Ministério<br />
da Saúde. No ano anterior, foram 73 mil.<br />
Segundo a pasta, a doença tem relação<br />
direta com a pobreza e a exclusão social.<br />
Entre os novos casos, 10,4% são presidiários,<br />
8,7% pessoas com HIV, 2,5% população de<br />
rua e 1% indígenas, considerados de maior<br />
vulnerabilidade à doença.<br />
BIO ADVANCE<br />
Central de Relacionamento<br />
contato@bioadvancediag.com.br<br />
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0 102<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
INFORME DE MERCADO<br />
Soroteca do Diagnósticos do Brasil evita cerca de<br />
14 mil recoletas mensais.<br />
Com alta capacidade de armazenamento e o trabalho de inclusão de exames,<br />
DB gera mais facilidade e rapidez em testes solicitados após análise.<br />
O caminho de uma amostra é bem complexo,<br />
após a coleta, a amostra passa por várias fases até<br />
o laudo final, isso em questão de horas. Cada tipo<br />
possui um acondicionamento diferente, de acordo<br />
com suas necessidades. Assim que a coleta chega<br />
ao laboratório, sua primeira fase é a triagem, que<br />
confere e distribui as amostras aos diferentes setores<br />
do laboratório.<br />
Bioquímica, alérgenos, hormônios, hematologia,<br />
são só algumas das várias áreas do laboratório, que<br />
se dividem para realização dos testes. Depois do<br />
exame realizado e emissão do laudo do paciente, a<br />
amostra é encaminhada ao setor de soroteca, para<br />
armazenamento sob refrigeração atendendo todas<br />
as normas da RDC 302/2005.<br />
Portanto, a soroteca tende a ser a última fase de<br />
uma amostra, garantindo que, se houver necessidade<br />
de reutilização desta, para uma inclusão de um<br />
novo exame por exemplo, será possível realizar com<br />
a amostra já armazenada, evitando a necessidade<br />
de uma nova coleta do paciente. Segundo o gerente<br />
de relacionamento do DB, Deivis Paludo, outra função<br />
importante da soroteca é garantir a operacionalidade<br />
no pós analítico: “O trabalho da soroteca, em<br />
conjunto com a assessoria científica do DB, permite<br />
a repetição de exames questionados por algum<br />
cliente, ou confirmação de características como fibrina,<br />
hemólise e volume insuficiente, deixando a<br />
tratativa mais transparente e fortalecendo a segurança<br />
em relação aos resultados liberados.” Explica.<br />
Grande parte das solicitações de resgate das<br />
amostras é para uma nova análise que não foi solicitado<br />
na primeira demanda. Por exemplo, o paciente<br />
pode ter realizado exames de hormônios ou imunologia,<br />
porém de acordo com esses resultados o<br />
protocolo pode exigir a realização de exames complementares<br />
visando a confirmação ou exclusão de<br />
determinada patologia, e assim acrescentar exames<br />
nas amostras que já existem, sem a necessidade de<br />
uma nova coleta e envio, respeitando os critérios de<br />
estabilidade em cada caso.<br />
“A soroteca evita uma nova coleta de um paciente<br />
lá na ponta, com o nosso cliente. As amostras coletadas<br />
possuem uma validade de 10 dias e, em<br />
média, os clientes solicitam uma inclusão de um<br />
novo exame a partir do quinto dia. Hoje conseguimos<br />
atender uma média de 95% das solicitações de<br />
inclusão de exames com as amostras armazenadas”,<br />
reforça Tobias Thabet, diretor comercial do DB. “O DB<br />
possui o maior prazo de estoque de soroteca. O fato<br />
de o paciente não precisar coletar novamente é uma<br />
grande vantagem para o laboratório que é nosso<br />
cliente e principalmente para o paciente. O que o DB<br />
busca, é manter o bom relacionamento, entre nós:<br />
laboratório de apoio; nossos clientes: os laboratórios<br />
de porta e hospitais; e o maior envolvido, o paciente<br />
lá no final. Esse é um grande diferencial do DB, que<br />
coloca a empresa a frente da concorrência.” Complementa<br />
o diretor.<br />
Em 2018, o DB incluía, em média, 8.500 exames<br />
por mês, número que aumentou em 59% no ano<br />
seguinte, chegando ao recorde de 17.105 inclusões<br />
só no mês de outubro de 2019, e totalizando mais<br />
de 170 mil inclusões realizadas no ano. O número<br />
impressiona ainda mais quando comparado as<br />
inclusões negadas, que foram menos de 6 % no<br />
mesmo período. Os principais motivos para a recusa<br />
da inclusão são, em sua maioria, por volume<br />
insuficiente e falta de estabilidade.<br />
Cristina Lemes, analista líder do setor de soroteca<br />
do DB explica sobre a solicitação de inclusões<br />
de exames: O cliente solicita ao SAC via telefone,<br />
chamado ou e-mail, o SAC verifica a estabilidade<br />
e se o material é compatível ao exame solicitado,<br />
então passa para a soroteca que realiza a busca. “O<br />
resgate da amostra é super rápido, basta informar<br />
o número do pedido do paciente que o sistema<br />
localiza a amostra. Assim, qualquer solicitação de<br />
urgência pode ser facilmente localizada e reenvidada<br />
para processamento, a busca dura em média<br />
2 minutos para grande parte das amostras”. Esclarece<br />
a analista.<br />
O grupo Diagnóstico do Brasil conta hoje com<br />
espaço de armazenagem nas sedes de Sorocaba,<br />
Recife, a matriz de São Jose dos Pinhas, e na unidade<br />
técnica DB Toxicológico, também localizada<br />
no Paraná. A capacidade de armazenamento é de<br />
aproximadamente três milhões de amostras no<br />
total. Esse serviço pode ser solicitado ao SAC do<br />
DB, no e-mail sac@dbdiagnosticos.com.br ou no<br />
telefone 0800 643 0376.<br />
Diagnósticos do Brasil<br />
Rua Manoel Ribas, 245. São José dos Pinhais<br />
- PR 83010-030<br />
http://www.diagnosticosdobrasil.com.br/<br />
0 104<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
INFORME DE MERCADO<br />
ENZYTEC traz múltiplas soluções para<br />
o seu negócio em Diagnóstico In Vitro<br />
A Enzytec Biotecnologia foi criada em 2005 com<br />
o objetivo de oferecer serviços especializados de<br />
pesquisa e desenvolvimento de produtos para<br />
empresas de diagnóstico in vitro, aliados à expertise<br />
de seus sócios em enzimologia e imunologia<br />
aplicadas.<br />
Das parcerias efetivadas a empresa passou a incorporar<br />
em seu portifolio de serviços a validação<br />
técnica de produtos, elaboração de projetos arquitetônicos<br />
de indústrias para saúde, pesquisas de<br />
mercado e planos de negócios, tornando a consultoria<br />
mais completa e abrangente.<br />
Em números, a empresa já desenvolveu mais de<br />
70 produtos para diagnóstico in vitro, licenciados<br />
para diversas empresas do setor, e registrou mais<br />
de 800 produtos na ANVISA, entre reagentes, kits<br />
e equipamentos médicos. Também, já contribuiu<br />
com a implantação de Boas Práticas de Distribuição<br />
e de Fabricação de diversas empresas de saúde e<br />
biotecnologia no Brasil.<br />
Atualmente, a empresa domina diversas tecnologias<br />
como de reagentes para bioquímica clínica,<br />
turbidimetria, calibradores e controles, ELISA, fluorescência<br />
e biologia molecular, e avança constantemente<br />
na incorporação de novas tecnologias.<br />
Dividida em 3 áreas: Business; Technology e Regulatory<br />
Affairs, dada a multiplicidade de serviços,<br />
a empresa possui a versatilidade em atender com<br />
excelência diversos perfis de clientes, públicos ou<br />
privados, provendo “Múltiplas Soluções para seu<br />
Negócio em Biotecnologia”, gerando competitividade<br />
à sua empresa.<br />
Visite-nos na HOSPITALAR 2020<br />
Márcio H. Lacerda Arndt – CEO / Fundador<br />
+55 31 99145 9259<br />
enzytec.com<br />
enzytec@enzytec.com<br />
Lançamentos FirstLab:<br />
Micropipetas Monocanal e Coletores 24 horas<br />
clínico que serve para avaliar a função dos rins<br />
através da análise e determinação da quantidade<br />
de algumas substâncias contidas na urina.<br />
São duas opções de volume 2L e 3L, graduados,<br />
disponíveis no âmbar e translúcidos.<br />
Fabricados em polietileno e disponíveis com<br />
ou sem alça. E possuem sistema de vedação<br />
tipo rosca.<br />
As Micropipetas Monocanal First chegam<br />
ao mercado em dois modelos: volume<br />
fixo ou variável. Confortáveis, leves, precisas,<br />
resistentes, possuem alta reprodutibilidade,<br />
fácil leitura e manuseio. Amplamente<br />
utilizadas em procedimentos de rotina em<br />
laboratórios de análises clínicas.<br />
Acertar na escolha certa do equipamento<br />
garante melhores resultados. Por isso nossas<br />
micropipetas combinam leveza, design<br />
anatômico que proporcionam maior conforto<br />
ao operador em utilizações prolongadas. São<br />
fabricadas em material altamente resistente,<br />
por isso são autoclaváveis e apresentam diferenciação<br />
por código de cores.<br />
Nosso outro lançamento vem completar a<br />
nossa linha de coletores. O coletor de Urina<br />
24 Horas é usado num importante exame<br />
Todos os clientes FirstLab podem contar com<br />
a equipe da Assessoria Científica para esclarecimentos<br />
e auxílio na busca da melhor solução<br />
para a rotina do seu laboratório ficar ainda<br />
mais fácil e rápida.<br />
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<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
BENCHTOP Gilson<br />
O complemento ideal para sua bancada<br />
Os novos instrumentos de bancada da Gilson<br />
apresentam uma variedade de tecnologias<br />
avançadas para mistura, controle de temperatura<br />
e centrifugação. Esses instrumentos de bancada<br />
econômicos são o complemento perfeito<br />
para qualquer rotina de trabalho de laboratório.<br />
Os sistemas de pipetagem ajudam a preparar,<br />
isolar, retirar e armazenar amostras e materiais<br />
para análise. Todo ciclo de pipetagem é precedido<br />
ou seguido por outras etapas, como agitação,<br />
centrifugação e incubação. Uma seleção de<br />
centrífugas, blocos térmicos secos, incubadores<br />
de bancada, vortex e outros agitadores compõem<br />
a linha dos equipamentos de bancada<br />
que podem ser utilizados nas mais diversas<br />
técnicas de laboratório<br />
Esses equipamentos apresentam sempre com<br />
alguma característica inovadora, como p.ex. a<br />
minicentrifuga Centry 103 que é portátil, centrifuga<br />
tubos e tiras com velocidade fixa de<br />
6000 rpm e não precisa ser ligada à uma fonte<br />
de energia elétrica, ela pode ser utilizada com<br />
pilhas AA.<br />
Sobre Gilson<br />
A Gilson é um familiar global de soluções de<br />
manuseio, purificação e extração de líquidos<br />
para o setor de ciências da vida. Ajudamos os<br />
pesquisadores a avançar no ritmo das suas descobertas,<br />
criando instrumentos de laboratório<br />
fáceis de usar que melhoram a reprodutibilidade<br />
e a rastreabilidade. Desde 1957, desenvolvemos<br />
produtos inovadores, como as pipetas<br />
PIPETMAN®. Em parceria com a comunidade<br />
científica, avançamos continuamente nossas<br />
ofertas de produtos e adicionamos sistemas e<br />
software de pipetagem automatizados ao nosso<br />
portfólio. Apoiada em P&D, serviço e suporte<br />
em todo o mundo, a Gilson se esforça para<br />
possibilitar ciência verificável e facilitar a vida do<br />
laboratório para nossos clientes.<br />
Para maiores informações dos produtos<br />
www.gilson.com<br />
Os produtos Gilson podem ser<br />
adquiridos nos distribuidores oficiais:<br />
Bioresearch<br />
www.bioresearch.com.br<br />
(11)3872-6669<br />
Sinapse<br />
www.sinapsebiotecnologia.com.br<br />
(11) 2605-5655<br />
Pensabio<br />
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(11) 3868-6500<br />
INFORME DE MERCADO<br />
Kit Espermoteste<br />
Vida Biotecnologia<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020<br />
A VIDA Biotecnologia se destaca como uma das<br />
mais eficientes empresas brasileiras fabricantes<br />
de reagentes para diagnóstico clínico. E já a alguns<br />
anos, a empresa comercializa mais um produto<br />
de fabricação própria, o Kit de Espermoteste.<br />
O produto tem como finalidade realizar o espermograma,<br />
exame utilizado para a avaliação<br />
da qualidade e capacidade de produção do espermatozoide,<br />
indicando assim, a sua capacidade<br />
ou não de fecundação e a saúde de todo sistema<br />
reprodutivo masculino.<br />
O teste se divide em exames macroscópicos,<br />
microscópicos e bioquímicos. O kit de Espermo-<br />
teste da VIDA Biotecnologia, é uma ótima forma<br />
de padronização do exame nos laboratórios clínicos<br />
e de fertilidade.<br />
A Vida Biotecnologia se destaca no mercado de<br />
ciências da vida, se fazendo presente nas maiores<br />
clínicas de fertilidade do Brasil.<br />
Para mais informações, entre em contato<br />
com sua Central de Atendimento<br />
(31) 3466-3351 ou através do site<br />
www.vidabiotecnologia.com.br.<br />
0 107
INFORME DE MERCADO<br />
A J.R.EHLKE aposta em Nova linha de análise celular hematológica<br />
Mindray - CAL 6000<br />
de cada analisador retornará os racks de amostra<br />
para verificação automática ou repetição de<br />
reflexo. Amostras de emergência são permitidas<br />
com resultados em tempo reduzido. Utilizando<br />
adaptador com patente própria, vários tipos de<br />
tubos são permitidos. Simplesmente seguindo<br />
3 etapas de “load and go”, os usuários do SC-<br />
120 podem obter lâminas finalizadas que estão<br />
prontas para a revisão microscópica.<br />
O CAL 6000 faz parte de uma nova geração<br />
em análise celular de hematologia, para<br />
bancada. A combinação de duas unidades de<br />
analisadores hematológicos BC-6000 (amostras<br />
de sangue total ou fluidos biológicos) e uma<br />
unidade de SC-120 (automação em distensão e<br />
corador de lâminas) perfaz a velocidade de 220<br />
hemogramas/hora e 120 lâminas/hora. O CAL<br />
6000 é um equipamento com três plataformas<br />
de carregamento e três plataformas de descarregamento<br />
contínuos com alta capacidade<br />
de amostras. As esteiras de carregamento dos<br />
analisadores hematológicos são bidirecionais,<br />
sendo uma patente Mindray. O primeiro analisador<br />
de hematologia permite a distribuição<br />
rápida de amostras, melhorando a eficiência e<br />
produtividade. Caso os resultados da amostra<br />
acionem os critérios, o carregador automático<br />
Para maiores informações, favor<br />
consultar-nos.<br />
J.R.Ehlke & CIA LTDA<br />
www.jrehlke.com.br<br />
Fone: +55 (41) 3352-2144<br />
jrehlke@jrehlke.com.br<br />
O Laboratório Sodré se une aos melhores laboratórios do mundo<br />
O COMITÊ DE CREDENCIAMENTO DO COLLEGE<br />
OF AMERICAN PATHOLOGISTS CONCEDEU AO<br />
LABORATÓRIO SODRÉ A ACREDITAÇÃO CAP, QUE<br />
É UM IMPORTANTE RECONHECIMENTO INTER-<br />
NACIONAL DE QUALIDADE.<br />
É importante enfatizar que o governo federal<br />
dos EUA reconhece o Programa de Credenciamento<br />
do COLLEGE OF AMERICAN PATHOLO-<br />
GISTS, iniciado no início dos anos 60, como<br />
sendo igual ou mais rigoroso do que o próprio<br />
programa de inspeção do governo.<br />
Conquistando acreditações de referência nacional<br />
e internacional, o Laboratório Sodré confirma<br />
a cada dia o seu compromisso em oferecer<br />
qualidade superior em todos os processos, além<br />
de possuir o mais alto padrão de atendimento<br />
e garantir total segurança e confiabilidade nos<br />
resultados de suas análises.<br />
A acreditação CAP junta-se a outras de mesma<br />
importância já obtidas pelo Laboratório Sodré,<br />
como a ISO 17.025 e ISO 9001. Além disso,<br />
o Sodré também participa periodicamente de<br />
testes de proficiência em ensaios como SOHT,<br />
PNCQ, Controllab, LGC Standards e ARVECON<br />
GmbH, todos comprovando a eficiência e eficácia<br />
dos processos executados.<br />
O Laboratório Sodré possui expertise reconhecida<br />
no seguimento toxicológico para<br />
análise de cabelo e pelo com ampla janela de<br />
detecção e realiza investimentos constantes<br />
em soluções inovadoras.<br />
CAP Number: 8313438 | AU-ID: 1848315 |<br />
Laboratório Sodré • Lins, SP, Brazil<br />
0 108<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
GynoPrep: citologia em meio líquido de forma simples e eficaz<br />
mes, as amostras são depositadas sobre a lâmina<br />
numa superfície de 22x15 mm. O equipamento<br />
é fabricado em aço inoxidável, com acabamento<br />
em pintura epóxi texturizada, resistente a temperaturas<br />
elevadas e agentes corrosivos.<br />
INFORME DE MERCADO<br />
O GynoPrep é um kit de citologia em meio<br />
líquido alemão, importado com exclusividade<br />
pela Stra Medical. Um dos principais diferenciais<br />
é possibilitar o processamento de amostras<br />
ginecológicas e não ginecológicas<br />
Outra grande vantagem do GynoPrep é a melhoria<br />
de maneira significativa da morfologia individual<br />
das células e a distribuição consistente na<br />
lâmina, o que reduz drasticamente o número de<br />
amostras insatisfatórias e de novas coletas.<br />
Automação ou Semi-automação<br />
Com o GynoPrep você escolhe a forma de<br />
processamento que melhor se adequa às suas<br />
necessidades, seja ela por automação com o<br />
GP-100 ou semi-automação com a Cito Centrífuga<br />
Cellspin Tharmac.<br />
A Cito Centrífuga Tharmac é utilizada para a elaboração<br />
de preparos citológicos de monocamada.<br />
Pensada para receber pequenos e grandes volu-<br />
Já o GynoPrep Processor - GP 100 - conta com<br />
o exclusivo filtro duplo de membrana, com capacidade<br />
de processamento de duas lâminas<br />
por vez e até 100 lâminas por hora, além de um<br />
excelente custo benefício. O GP-100 traz a automação<br />
ao GynoPrep e é referência em velocidade<br />
de processamento de amostras de citologia<br />
em meio líquido.<br />
Stra Medical<br />
Renata Guollo<br />
Tel: 47 3183-8218<br />
Cel: 47 9 9730-0345<br />
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https://www.gynoprep.com.br<br />
GRANDES NOMES DA<br />
MEDICINA LABORATORIAL<br />
SE ENCONTRAM DIA 30 DE MAIO!<br />
ENLAC<br />
Encontro Nacional de<br />
Laboratórios Clínicos 2020<br />
A Suzimara & Sarahyba Consultoria e Treinamento (www.suzimaraesarahyba.com.br) desde<br />
a sua inauguração, em 2012, tem como missão o aprimoramento de profissionais atuantes<br />
em laboratórios clínicos, promovendo programas de treinamento e capacitação, além de<br />
consultorias para implantação de Acreditações de Qualidade.<br />
O projeto do ENLAC (www.enlac.com.br), além de inovador trará informações relevantes e<br />
discussões valiosas através de palestras com grandes nomes da Medicina Laboratorial e,<br />
uma Mesa Redonda : “Segurança da Informação, Mídias Sociais e Gestão de Riscos no<br />
Laboratório”.<br />
O ENLAC tem como objetivo promover o encontro de profissionais e estudantes da área de<br />
análises clínicas e de medicina (patologia clínica) que buscam atualização contínua na<br />
área laboratorial, gestão de riscos, segurança do paciente, através de uma gestão de<br />
qualidade com o intuito de conferir credibilidade ainda maior ao laboratório clínico.<br />
Temas que serão abordados no ENLAC 2020:<br />
Stweardship<br />
baseado na<br />
Microbiologia.<br />
Laboratório do<br />
Futuro<br />
Benchmarking<br />
de Indicadores<br />
Laboratoriais<br />
Diagnóstico<br />
laboratorial de<br />
doenças<br />
autoimunes<br />
sistêmicas<br />
Metodologias<br />
point of care em<br />
hemostasia:<br />
Aplicações e<br />
limitações;<br />
Hemoglobina<br />
Glicada: O que<br />
há de novo?<br />
Gestão de<br />
Riscos e<br />
Segurança do<br />
Paciente<br />
Privacidade e<br />
proteção dos<br />
dados<br />
Padronizações<br />
da IFCC em<br />
biomarcadores<br />
da função renal<br />
Uso Racional<br />
do Laboratório<br />
Clínico<br />
INSCREVA-SE<br />
30 de Maio na ESPM TECH<br />
Rua Joaquim Távora, 1240 Vila Mariana, São Paulo
INFORME DE MERCADO<br />
LUMIRATEK Testes Rápidos<br />
Diagnóstico precoce para dengue<br />
A situação epidemiológica da dengue no Brasil<br />
é caracterizada pelo aumento de 488% em<br />
relação a 2018, sendo registrados mais de 1,4<br />
milhões de casos da doença em 2019, segundo<br />
dados do Ministério da Saúde.<br />
Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a<br />
dengue é uma doença sazonal, a qual está amplamente<br />
distribuída em todas as áreas tropicais<br />
e subtropicais do mundo.<br />
Segundo informações do Ministério da<br />
Saúde, a partir de março deste ano todos<br />
os estados brasileiros da região Nordeste e<br />
Centro-Oeste além do Rio de Janeiro e do<br />
Espírito Santo, são considerados de maior<br />
risco para doença, podendo haver surtos<br />
epidemiológicos devido a estação de verão<br />
quente e chuvosa, favorecendo a proliferação<br />
do mosquito Aedes aegypti.<br />
A identificação precoce dos casos de dengue<br />
é de vital importância para tomar decisões<br />
e implementar medidas efetivas, visando<br />
principalmente o controle da doença.<br />
corpo, um imunoensaio cromatográfico que<br />
utiliza a combinação de partículas revestidas<br />
com anticorpos IgM e IgG e antígeno NS1<br />
para o auxílio no diagnóstico de dengue em<br />
amostras de sangue total, soro ou plasma<br />
humano, sendo realizado em 10 minutos.<br />
Para maiores informações, entre em<br />
contato através do<br />
e-mail faleconosco@lumiradx.com ou<br />
pelo telefone: (11) 5185- 8181<br />
Câncer, diagnóstico molecular e infecções:<br />
Qual é a relação?<br />
Diagnóstico precoce<br />
Apesar de a maioria dos cânceres terem uma base<br />
genética e ambiental, existem ainda muitas enfermidades<br />
oncológicas que podem se desenvolver a<br />
partir de uma infecção causada por algum tipo de<br />
patógeno. Doenças infecciosas estão associadas<br />
a 13% dos casos de câncer no mundo. Realizar<br />
exames preventivos e o diagnóstico precoce dá ao<br />
paciente mais chance de tratamento e cura.<br />
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o Brasil<br />
terá 625 mil novos casos de câncer a cada ano do<br />
triênio 2020-2022. Quando se trata de doenças<br />
oncológicas muitos fatores de risco influenciam<br />
no aparecimento e agravamento da doença.<br />
A obesidade estará entre os principais fatores<br />
de risco para o desenvolvimento de 11 dos 19<br />
tipos mais frequentes na população brasileira.<br />
Comportamentos não saudáveis como fumar,<br />
A LumiraDx, possui em seu portfólio o teste<br />
rápido Lumiratek Combo Antígeno e anticonsumir<br />
bebidas alcoólicas, sedentarismo e<br />
manter dieta pobre em vegetais também aumentam<br />
o risco de 10 tipos da doença.<br />
O câncer de pele não melanoma continua o<br />
mais incidente, com previsão de 177 mil casos<br />
novos. Em seguida estão os de mama e de próstata<br />
(66 mil cada), cólon e reto (41 mil), pulmão<br />
(30 mil) e estômago (21 mil).<br />
Por exemplo, com o diagnóstico molecular é possível<br />
identificar precocemente, com mais rapidez<br />
e assertividade, infecções persistentes de HPV que<br />
levam ao câncer de colo de útero, ou detectar a no<br />
estômago H. pylori e resistências, que podem levar<br />
ao desenvolvimento de câncer no estômago.<br />
A Mobius Life Science tem em seu portfólio<br />
mais de 50 kits moleculares para diagnóstico de<br />
infecções, entre eles estão por HPV, CMV, BKV,<br />
EBV, H. pylori e outros.<br />
Saiba mais:<br />
mobiuslife.com.br<br />
0 110<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
INFORME DE MERCADO<br />
Novo Analizador Yumizen H550<br />
Hematologia em todos os lugares e além<br />
A HORIBA Medical apresenta o<br />
Yumizen H550, o mais novo<br />
membro da família de analalizadores<br />
hematológicos Yumizen. Baseado<br />
em tecnologias comprovadas<br />
e inovadoras, o Yumizen H550<br />
responde à necessidade de um<br />
analisador robusto e não requer<br />
manutenção do usuário.<br />
O Yumizen H550 é um sistema de<br />
hematologia compacto com carregamento<br />
automático integrado de rack<br />
de amostra. Ele fornece ao operador<br />
uma capacidade total de 40 tubos<br />
com carga contínua. Baseado em<br />
tecnologias comprovadas e inovadoras,<br />
o Yumizen H550 responde à<br />
necessidade de um analisador robusto<br />
e não requer manutenção do usuário.<br />
A fim de garantir um processo<br />
confiável, o Yumizen H550 permite a<br />
homogeneização automática de rack<br />
e Identificação positiva de tubos. As<br />
racks de 10 tubos são compatíveis<br />
com o Yumizen H1500 / 2500.<br />
Rapidez nos Resultados<br />
Software de tela touchscreen de fácil utilização.<br />
Menus abrangentes com gráficos e flags.<br />
Fácil manuseio com treinamento mínimo do operador.<br />
Sistema especialista em alarmes para o guia de interpretação.<br />
Características Exclusivas<br />
HORIBA Instruments Brasil Ltda.<br />
Rua Presbítero Plínio Alves de Souza, 645<br />
Loteamento Multivias - Jardim Ermida II<br />
CEP 13.212-181 - Jundiaí - SP<br />
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- O Whitediff® é um reagente exclusivo de lise isento de cianeto para<br />
www.horiba.com/br/medical/<br />
medição de HGB e contagem e diferencial WBC.<br />
- Com base na micro-amostragem de 20 µL de sangue total, o Yumizen H550 pode executar qualquer tipo de<br />
amostra de sangue, incluindo pediatria.<br />
- 27 parâmetros com WBC completo e 6 Diferencial : LYM%#, MON %#, NEU %#, BAS %#, EOS#% and LIC%#<br />
(Células grandes imaturas).<br />
- Parâmetros específicos para diagnóstico de anemias por deficiência de ferro e distúrbios por PLT: RDW-CV,<br />
RDW-SD, P-LCC, P-LCR.<br />
0 112<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
INFORME DE MERCADO<br />
NEWPROV Apresenta<br />
Novos Tubos em 9mL<br />
Confira:<br />
- Ágar Sabouraud – PA316<br />
- Ágar Sabouraud com cloranfenicol – PA313<br />
- Ágar Mycosel – PA314<br />
Finalidade:<br />
Os meios destinado às culturas de fungos<br />
apresentam, em sua composição, componentes<br />
voltados ao favorecimento do desenvolvimento<br />
das mais variadas espécies de fungos filamentosos<br />
ou leveduriformes, assim como a inibição<br />
da grande maioria das bactérias presentes nas<br />
amostras semeadas. Sendo assim, as formulações<br />
possuem pH ácido, elevada concentração<br />
de dextrose e antibióticos como cloranfenicol e<br />
cicloheximide.<br />
Além destas características, há a necessidade<br />
de uma apresentação que confira maior praticidade<br />
nas etapas de inoculação, incubação e<br />
resgate das colônias para a realização da identificação<br />
e/ou antifungigrama.<br />
Pensando nisso, a Newprov possui apresentações<br />
dos principais meios utilizados nos laboratórios<br />
clínicos, ambientais e industriais em<br />
tubos de 26x91,7mm.<br />
Importância Clínica<br />
Diversas espécies de fungos estão presentes<br />
na microbiota corporal, mas em situações de<br />
hiperproliferação, podem causar diversas formas<br />
de infecções, desde micoses superficiais<br />
até comprometimento de visceras, coração, pulmão,<br />
líquidos cavitários, sistema nervoso central,<br />
desencadeando em sepse e óbito. As culturas<br />
de fungos são importantes na investigação<br />
de sintomas infecciosos, controle pós cirúrgico<br />
e monitoramento de procedimento invasivos.<br />
Conheça a experiência GTgroup e surpreenda-se!<br />
Somos fiéis a nossa Missão: atender todo o<br />
território nacional com qualidade e excelência!<br />
E temos ciência do quão desafiador isso pode<br />
ser; porque não basta uma declaração institucional<br />
para dizer ao mercado quem somos, queremos<br />
alcançar esse reconhecimento por parte<br />
de nossos clientes, através da satisfação com os<br />
produtos e serviços que ofertamos.<br />
Trabalhamos sob uma conduta ética que prioriza<br />
a transparência em todas as nossas relações<br />
comerciais. Isso nos confere o diferencial de<br />
uma empresa que está com os olhos atentos<br />
ao mercado, e sobretudo atentos aos desejos e<br />
necessidades dos clientes. Podemos dizer que a<br />
GTgroup passa por uma metamorfose constante.<br />
Adequamos o nosso jeito de fazer à realidade<br />
de cada parceiro ou cliente; temos um atendimento<br />
personalizado, uma logística que busca<br />
as melhores condições e prazos para atender a<br />
qualquer laboratório do país, onde quer que ele<br />
esteja, e uma equipe altamente qualificada para<br />
gerar a melhor experiência de compra.<br />
As metas são ousadas, mas não apenas no que<br />
diz respeito à receita anual, mas principalmente<br />
à nossa participação no mercado. Estamos<br />
avançando, mas acreditamos que tudo o que<br />
conquistamos até aqui, ainda é só o início de uma<br />
jornada de muito sucesso. Portanto tratamos<br />
cada próximo passo com o devido cuidado, para<br />
sermos mais sólidos, mais fortes e mais inovadores<br />
quanto possível. E por falar em inovação, você<br />
não perde por esperar o que a GTgroup ainda tem<br />
para lhe mostrar nesse ano de 2020. Continue<br />
acompanhando as nossas redes sociais e demais<br />
canais de comunicação, irá se surpreender!<br />
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Belo Horizonte / MG<br />
0 114<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
INFORME DE MERCADO<br />
Água purificada para o mercado de análises clínicas<br />
Cada vez mais os laboratórios têm aperfeiçoado<br />
seus processos e gerado resultados<br />
mais rápidos. Turnos extras e trabalhos 24/7<br />
têm tornado os laboratórios mega produtivos.<br />
Com as gestões administrativas profissionalizadas,<br />
o grau de exigências deste<br />
segmento aumenta consideravelmente em<br />
qualidade, serviço, otimização e preço.<br />
Nesse cenário, a água purificada é uma matéria<br />
prima para qualquer análise e/ou pesquisa<br />
nas diversas rotinas laboratoriais. As acreditações,<br />
a alta tecnologia dos equipamentos e<br />
o alto custo dos “reagentes” exigem um excelente<br />
padrão de água para que os resultados<br />
sejam confiáveis e reprodutivos. Seja numa<br />
lavagem final de vidrarias ou mesmo numa<br />
diluição de um reagente, a água pura ou ultrapura<br />
passou a ser o elemento fundamental da<br />
tão exigida cadeia produtiva para atender as<br />
normas dos laboratórios.<br />
Apesar da maior parte do mercado diagnóstico<br />
estar centralizado nas mãos de<br />
grandes grupos, há muitos laboratórios de<br />
pequeno e médio porte que ainda utilizam<br />
equipamentos e técnicas antigas. Assim,<br />
essas empresas deverão em curto prazo atualizar-se<br />
para atender as exigências atuais e<br />
continuar atuando no mercado.<br />
Não podemos esquecer de destacar a origem<br />
do processo: os laboratórios de pesquisa.<br />
Praticamente desenvolvidas dentro das<br />
universidades (algumas vezes com incentivo<br />
privado, porém muitas vezes com incentivo<br />
público), as pesquisas para determinadas<br />
doenças e as curas levam anos e envolvem<br />
muito investimento.<br />
Avanços das técnicas, como a biologia<br />
molecular que explora a estrutura e a função<br />
do material genético e utiliza alíquotas<br />
em µl (microlitros) e também dos espectrômetros<br />
de massas de alta resolução que<br />
fazem analises de traços em ppt (parte por<br />
trilhão), não permitem a utilização de qualquer<br />
de água e sim água ultrapura. Quanto<br />
mais crítico e específico o experimento,<br />
maior devem ser os cuidados e as exigências<br />
com a água ultrapura. Caso contrário<br />
há o risco do experimento ser totalmente<br />
improdutivo, gerar retrabalhos e tornar os<br />
testes cada vez mais caros.<br />
Sobre a Veolia<br />
O grupo Veolia é a referência mundial em<br />
gestão otimizada dos recursos. Presente nos<br />
cinco continentes com mais de 171000 colaboradores,<br />
o Grupo concebe e implementa<br />
soluções para a gestão da água, dos resíduos<br />
e da energia, que fomentam o desenvolvimento<br />
sustentável das cidades e das indústrias.<br />
Com suas três atividades complementares,<br />
Veolia contribui ao desenvolvimento<br />
do acesso aos recursos, à preservação e renovação<br />
dos recursos disponíveis.<br />
Em 2018, o grupo Veolia trouxe água potável<br />
para 95 milhões de habitantes e saneamento<br />
para 63 milhões, produziu cerca de<br />
56 milhões de megawatt/hora e valorizou<br />
49 milhões de toneladas de resíduos. Veolia<br />
Environnement (Paris Euronext : VIE) realizou<br />
em 2018 um faturamento consolidado<br />
de 25,91 bilhões de euros. www.veolia.com<br />
Para mais informações:<br />
Rafaela Rodrigues<br />
Tel. +55 11 3888-8782<br />
Rafaela.rodrigues@veolia.com<br />
0 116<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
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INFORME DE MERCADO<br />
Contando com estrutura de 7000mts² em<br />
Barueri - SP, e filiais em pontos estratégicos por<br />
todo território nacional, sendo eles totalmente<br />
adequados ao segmento médico-laboratório-<br />
-hospitalar, o Grupo Prime Cargo disponibiliza<br />
aos seus clientes um novo conceito em transporte<br />
e armazenagem, que segue em conformidade<br />
com as boas práticas exigidas pelas<br />
diretrizes.<br />
Dispondo de áreas técnicas, laboratórios para<br />
manutenção de equipamentos e espaço para<br />
treinamento de equipes, a PRIME inova mais<br />
uma vez no atendimento e velocidade nos processos.<br />
O investimento em pessoal é constante com<br />
treinamentos, atualizações de equipamentos e<br />
materiais, isso faz com que além de atender os<br />
prazos, seja feito com qualidade e segurança,<br />
contando com todas as certificações e adequações<br />
necessárias como a ISO9001 (Matriz)<br />
e ANVISA.<br />
O que é a CP 343/2017?<br />
A CP 343/2017 da Agência Nacional de Vigilância<br />
Sanitária se refere às boas práticas de<br />
armazenagem e transporte e tem o intuito de<br />
promover maior controle da cadeia produtiva,<br />
garantindo a qualidade dos medicamentos em<br />
todas as etapas de transporte, distribuição e armazenamento.<br />
As alterações e novidades abordadas nessa<br />
Consulta Pública vieram para harmonizar os requerimentos<br />
sanitários da Anvisa com aqueles<br />
definidos nas diversas diretrizes internacionais.<br />
Portanto, agora mais do que nunca, os gestores<br />
das empresas embarcadoras, precisam realizar<br />
processo de Qualificação de Fornecedores<br />
de forma a garantir a integridade do produto<br />
farmacêutico de ponta a ponta.<br />
Em fevereiro de 2019, a Agência Nacional de<br />
Vigilância Sanitária, inclusive, promoveu o Diálogo<br />
Setorial, justamente para apresentar as<br />
alterações na CP 343/2017, além de ouvir as<br />
considerações e preocupações dos empresários,<br />
especialistas e técnicos do setor.<br />
Foram enviadas 445 contribuições pelos participantes,<br />
que receberam a versão prévia da<br />
publicação, bem como as alterações do texto<br />
inicial com todas as sugestões e comentários<br />
recebidos.<br />
Com o texto consolidado, a norma reduziu a<br />
quantidade de artigos de 127 para 90.<br />
Avenida Piraíba, 296 parte A /<br />
Centro Comercial Jubran –<br />
Barueri – Sp / CEP: 06460-121<br />
0800 591 4110 / (11) 4280 9110<br />
comercial@primecargo.com.br<br />
www.primecargo.com.br<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020<br />
0 119
INFORME DE MERCADO<br />
Leitor Fluorescente – WF500<br />
Testes Rápidos Quantitativos<br />
A WAMA Diagnóstica, empresa com mais<br />
de 25 anos de experiência no mercado diagnóstico,<br />
apresenta um novo conceito em rotinas de<br />
diagnósticos laboratoriais, através do leitor de<br />
testes rápidos quantitativos WF500.<br />
O WF500 proporciona resultados rápidos e<br />
quantitativos, utilizando testes de alta sensibilidade<br />
e especificidade.<br />
Tal qualidade de resultados só é alcançada<br />
devido ao sistema de autocalibração somado<br />
às informações de curvas e equações específicas<br />
para cada parâmetro e para cada lote presentes<br />
no cartão SD que acompanha o kit. Com isso,<br />
obtêm-se maior precisão e exatidão em cada<br />
exame realizado.<br />
O equipamento possui um sistema de validação<br />
do teste, baseado no cartão SD, impossibilitando<br />
troca de informações e liberação de<br />
resultados equivocados.<br />
Acompanhado de testes com tempo de reação<br />
que variam de 3 a 15 minutos, o WF500 se<br />
destaca no mercado através por possuir:<br />
• Memória para armazenar 10.000 dados;<br />
• Cassetes específicos para cada parâmetro e<br />
vinculados ao cartão SD correspondente;<br />
• Armazenamento de curvas para cada lote;<br />
• Sistema Android com tela colorida e touch<br />
screen;<br />
• Impressora interna;<br />
• Conexões: 2 USBs, rede e leitor de códigos<br />
de barras;<br />
Além disso, é um equipamento extremamente<br />
versátil, sendo adaptável a rotinas de laboratórios<br />
de diferentes portes através dos dois modos<br />
de leitura: Modo Interno, que permite realizar<br />
um teste por vez com controle interno de tempo<br />
de reação e Modo Externo, que permite utilizar<br />
o equipamento em grandes rotinas, através de<br />
uma leitura muito rápida e de fácil operação.<br />
O leitor WF500 comporta leitor de códigos<br />
de barra e conexão a um sistema de impressão<br />
através de 2 entradas USB, 1 entrada de Rede e<br />
1 entrada Serial.<br />
O Leitor WF500 é um novo conceito no mercado<br />
diagnóstico, unindo testes de rápido resultado<br />
com excelente desempenho.<br />
PARÂMETROS IMUNO-RÁPIDO QUANTI:<br />
- Dímero D<br />
- Hemoglobina Glicada<br />
- Microalbuminúria<br />
- PCR Ultrassensível<br />
- Procalcitonina<br />
- Troponina I<br />
- Apresentações: 10, 20, 25, 30, 40, 50 e 80 testes.<br />
- Registros no Ministério da Saúde – MS.<br />
- Assessoria técnica e científica para todo Brasil.<br />
BREVE:<br />
- β-hCG<br />
- NT-proBNP<br />
- CK-MB<br />
- T3<br />
- T4<br />
- TSH<br />
- tPSA<br />
- Vitamina D<br />
Relacionamento WAMA Diagnóstica:<br />
Tel: +55 16 3377.9977<br />
SAC: 0800 772 9977<br />
wamadiagnostica.com.br<br />
atendimento@wamadiagnostica.com.br<br />
facebook.com/wamadiagnostica<br />
linkedin.com/wamadiagnostica<br />
instagram.com/wamadiagnostica<br />
0 120<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
INFORME DE MERCADO<br />
Novo Rapid Point 500e oferece aumento na segurança de dados,<br />
tanto para o paciente como para o profissional da saúde<br />
A Siemens Healthineers é pioneira no desenvolvimento de equipamentos e softwares visando a segurança da informação<br />
500e) contendo mais mecanismos de segurança<br />
da informação como: melhoria para os flags em<br />
amostras contaminadas com Na+, possibilidade<br />
de desligar a porta USB e a encriptação de dados.<br />
Além do sistema que fornece resultados rápidos,<br />
precisos e abrangentes da análise de gases<br />
do sangue em aproximadamente 60 segundos,<br />
o RP 500e garante uma lavagem adequada para<br />
evitar contaminação, facilidade de uso com<br />
uma tela intuitiva e treinamentos onboarding<br />
em 19 idiomas. Na parte de encriptação de dados,<br />
existe a possibilidade de sinalizar para os<br />
operadores as possíveis amostras contaminadas<br />
e com isso há um aumento na segurança<br />
do profissional da saúde, quanto a qualidade e<br />
confiabilidade do resultado, para o médico uma<br />
certeza do diagnóstico e para o paciente uma<br />
recuperação mais rápida.<br />
Entre os padrões de segurança que tiveram<br />
melhorias, está o acesso do operador em duas<br />
etapas, a criptografia na transmissão dos dados<br />
e a possibilidade de desligar as portas USB para<br />
impedir que se copie os dados do equipamento.<br />
Vírus, malwares, ransomware, phishing e<br />
outras inúmeras ameaças são capazes de interromper<br />
o funcionamento de máquinas, a realização<br />
de procedimentos médicos importantes,<br />
o roubo de informações sigilosas, alteração de<br />
dados, derrubar sistemas, entre outros problemas.<br />
Mas agora você pode optar por não passar<br />
por tudo isso, para não colocar em risco a reputação<br />
de sua instituição, além da segurança dos<br />
pacientes e profissionais que nela atuam.<br />
São Paulo, 02 de março de 2020 - Uma pesquisa<br />
feita pela KPMG, uma das maiores empresas<br />
de auditoria do mundo, mostrou que 81% dos<br />
executivos de organizações ligadas à Saúde afirmaram<br />
que suas empresas já sofreram algum<br />
tipo de ataque virtual e apenas metade deles se<br />
sentia preparado para proteger sua instituição.<br />
No caso de ataques futuros, 39% disseram que<br />
não possuíam um plano confiável em segurança<br />
da informação para se prevenir de possíveis<br />
invasões. Estima-se que, informações médicas<br />
e ligadas à área da Saúde podem valer até 50<br />
vezes mais do que outros dados que possam ser<br />
roubados em ações digitais criminosas.<br />
Visando esse importante quesito também<br />
para a área de Point of Care, num equipamento<br />
projetado para ficar perto do paciente como em<br />
emergências, centro cirúrgicos e UTIs, a Siemens<br />
Healthineers desenvolveu o Rapid Point 500e (RP<br />
Siemens Healthineers<br />
A Siemens Healthineers colabora para que os<br />
profissionais da saúde em todo o mundo alcancem<br />
melhores resultados, capacitando-os em<br />
sua jornada para expandir a medicina de precisão,<br />
transformando o atendimento, melhorando<br />
a experiência do paciente e digitalizando a<br />
saúde. Líder em tecnologia médica, a Siemens<br />
Healthineers está constantemente inovando<br />
seu portfólio de produtos e serviços em suas<br />
principais áreas de diagnóstico por imagem, em<br />
diagnósticos laboratoriais e medicina molecular.<br />
A Siemens Healthineers também está desenvolvendo<br />
ativamente seus serviços digitais<br />
de saúde e serviços corporativos. No ano fiscal<br />
de 2018, que terminou em 30 de setembro de<br />
2018, a Siemens Healthineers gerou receita de<br />
€ 13,4 bilhões e lucro ajustado de € 2,3 bilhões<br />
e possui cerca de 50.000 funcionários em todo o<br />
mundo. Mais informações estão disponíveis em<br />
https://www.siemens-healthineers.com/br/<br />
Contato para imprensa<br />
SIEMENS HEALTHINEERS<br />
Mabel Santos<br />
+55 11 9 7639-1250 | +55 11 9 9786-5033<br />
mabel.santos@siemens-healthineers.com<br />
www.siemens-healthineers.com/br/<br />
0 122<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020
ANALOGIAS EM MEDICINA<br />
Fig. 1 - Imagem disponível em http://www.idoj.in/viewimage.<br />
asp?img=IndianDermatolOnlineJ_2015_6_4_298_160287_f4.jpg,<br />
acesso 11/12/2019.<br />
VIA LÁCTEA<br />
A Astronomia denomina de Via Láctea a uma<br />
galáxia espiral da qual o nosso Sistema Solar<br />
faz parte. Os antigos gregos a viam como um<br />
“caminho de leite”. Vista da Terra, aparece como<br />
uma faixa brilhante e difusa que circunda toda<br />
a esfera celeste, recortada por nuvens moleculares<br />
que lhe conferem um intrincado aspecto<br />
irregular. São calculadas mais de 250 bilhões<br />
de estrelas na sua composição. Em muitas tradições<br />
a Via Láctea aparece como um local de<br />
passagem, de origem divina, unindo os mundos<br />
divino e terrestre, comparada a uma serpente,<br />
a um rio, a um jato de leite ou a uma árvore. É<br />
utilizada pelas almas e pelos pássaros entre os<br />
mundos (Dicionário de Símbolos).<br />
“A Mitologia Grega nos mostra a origem da Via<br />
Láctea. Hera vivia atormentada com as escapadas<br />
amorosas de seu marido Zeus. Os filhos bastardos<br />
resultantes dessas aventuras amorosas eram<br />
perseguidos por Hera, que lhes infligia castigos e<br />
maldições terríveis. Certa vez colocou no berço de<br />
um desses recém-nascidos duas serpentes para<br />
que o matassem com suas picadas peçonhentas.<br />
Hércules, futuro símbolo de força bruta, esmagou<br />
as serpentes com suas mãozinhas. Por algum<br />
motivo, Hera se afeiçoou à criança e a levou ao<br />
seio para amamentá-la. O menino apertou o seio<br />
de Hera com tanta violência, saindo um jato de<br />
leite que chegou aos céus. Assim nasceu a Via<br />
Láctea”. É o que se encontra em artigo do Dr. Braz<br />
Martorelli Filho – Mastologista (Suplemento Cultural<br />
da APM – <strong>Ed</strong>. 271, Agosto 2015).<br />
A Embriologia nos ensina que, por volta da<br />
quinta/sexta semana de vida intrauterina, forma-se<br />
uma estria ou crista láctea primitiva no<br />
embrião humano, constituída de células epiteliais<br />
proliferadas, em direção a cada um dos<br />
lados do tronco embrionário, estendendo-se<br />
da axila à virilha. (Port. crista mamária ou,<br />
por analogia, Via Láctea; em inglês: milk line<br />
or mammary ridge). Os brotamentos da crista<br />
mamária sofrem atrofia completa, permanecendo<br />
apenas aqueles que originarão as glândulas<br />
mamárias no tórax anterior. Em algumas<br />
mulheres persistem remanescentes da crista<br />
mamária, o que explica o achado de tecido<br />
mamário heterotópico normal ou mesmo patológico,<br />
desde a axila à vulva (vide desenho).<br />
Já foram descritos em linfonodos axilares e ao<br />
longo da linha mamária, sendo a parede torácica<br />
e a vulva os locais mais comuns. Mamas supranumerárias<br />
são referidas como polimastia e<br />
mamilos supranumerários chamados de politelia,<br />
também ao longo de toda a linha mamária<br />
da axila até a região vulvar.<br />
O tecido remanescente pode sofrer influência<br />
das alterações hormonais no ciclo menstrual<br />
como aumentar de volume e dor pré-menstrual.<br />
As doenças que afetam a mama normal<br />
podem também surgir no tecido heterotópico,<br />
como hiperplasia e tumores benignos e malignos.<br />
Felizmente são ocorrências incomuns.<br />
Texto baseado em artigos nacionais e no livro<br />
Analogias no Ensino Médico. Coopmed. Av. Alfredo<br />
Balena, 190. Belo Horizonte, MG.<br />
José de Souza Andrade-Filho*<br />
* Patologista no Hospital Felício Rocho-BH; membro da<br />
Academia Mineira de Medicina e Professor de Patologia<br />
da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.<br />
<strong>Revista</strong> NewsLab | Fev/Mar 2020<br />
0 123
10<br />
MINUTOS DE<br />
SOBREMESA<br />
Enquanto você comia<br />
sua sobremesa, nós<br />
analisamos 2.500<br />
tipos de exames<br />
diferentes.<br />
CAPACIDADE DE<br />
15<br />
MILHÕES<br />
DE EXAMES<br />
MENSAIS<br />
MAIS DE<br />
26.000<br />
M 2 DE ÁREA<br />
PRODUTIVA<br />
06 UNIDADES<br />
TÉCNICAS<br />
MAIS DE<br />
270.000<br />
EXAMES POR DIA<br />
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