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comunicação, literatura e poder: uma análise da influencia ... - Unesp

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necessário ter-se em mente que todo o patrimônio cultural <strong>da</strong> H<strong>uma</strong>ni<strong>da</strong>de vem <strong>da</strong><br />

Literatura. Ela, mais do que as armas mortíferas do engenho bélico, tem feito as grandes<br />

revoluções”.<br />

Se esta afirmação cabe a to<strong>da</strong>s as faixas etárias, ela se torna ain<strong>da</strong> mais consistente<br />

quando pensa<strong>da</strong> sobre luz <strong>da</strong> leitura infantil, que tem papel fun<strong>da</strong>mental e grande<br />

influência na formação <strong>da</strong>s crianças e, consequentemente, dos adultos, por meio <strong>da</strong>s<br />

produções literárias infantis.<br />

[...] não é arriscado afirmar a função social <strong>da</strong> <strong>literatura</strong> infantil, pois é<br />

na infância que se forma o hábito <strong>da</strong> leitura e a base <strong>da</strong> personali<strong>da</strong>de,<br />

sendo um ótimo momento para trabalhar o respeito e a sensibili<strong>da</strong>de<br />

ressaltando a importância do ser h<strong>uma</strong>no. (SILVA e SOUZA, 2009,<br />

p.5)<br />

Mas nem sempre a <strong>literatura</strong> infantil foi vista com tal relevância na formação do<br />

ator civil. Surgiu de um costume antigo de contar histórias, a<strong>da</strong>ptando contos populares,<br />

narrados por pessoas comuns em ro<strong>da</strong>s de história, mas antes disso, essa preocupação<br />

não existia porque a infância era totalmente desconsidera<strong>da</strong>.<br />

As crianças viviam e participavam <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> social e política junto aos adultos.<br />

Lajolo e Zilberman (1985, p.13) lembram que “[...] antes não se escrevia para elas,<br />

porque não existia infância”.<br />

É no século XVIII, no seio <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de burguesa europeia, que o ser infantil<br />

começa a surgir no âmbito pe<strong>da</strong>gógico, <strong>da</strong>ndo início à criação de <strong>literatura</strong>s específicas<br />

para este público. Daí em diante, a Literatura Infantil passa a ser <strong>uma</strong> vertente literária,<br />

fortalecendo-se inclusive com a Revolução Industrial, que foi marca<strong>da</strong> pelas ativi<strong>da</strong>des<br />

renovadoras nos setores econômicos, sociais, políticos e ideológicos <strong>da</strong> época.<br />

No século seguinte, com a “popularização” <strong>da</strong> escola, a <strong>literatura</strong> infantil ganha<br />

grande força e surgem novos autores que consagram essa vertente literária com a<br />

produção de contos que se tornam clássicos.<br />

Nesse contexto de relação espaço e tempo, é possível afirmar que somente neste<br />

século, em viés contemporâneo, que a criança começa a ser vista e interpreta<strong>da</strong> como<br />

um ser que deve ser cui<strong>da</strong>do e orientado de modo envolvente e respeitoso, visando<br />

promover seus estímulos, no foco de desenvolvimento físico, mental e cognitivo.<br />

“Pode se dizer que é nesse momento que a criança entra como um valor a ser<br />

levado em consideração no processo social e no contexto h<strong>uma</strong>no” (COELHO, 1985,<br />

p.108).<br />

No Brasil, a <strong>literatura</strong> infantil foi originaria <strong>da</strong> <strong>literatura</strong> didática/escolar, quando,<br />

segundo Mortatti (2001, p.180),

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