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Aula 11 - História do Legislativo - Assembleia Legislativa do Estado ...

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A HISTÓRIA HIST RIA DO PARLAMENTO<br />

E A ASSEMBLÉIA ASSEMBL IA LEGISLATIVA DE<br />

SÃO PAULO<br />

• Slides - ilustração – <strong>Aula</strong> Prof. Carlos A. U. Dias


Origens <strong>do</strong> parlamento<br />

Assembléias de representantes, enquanto instituições<br />

representativas de governo, já eram muito comuns na<br />

antiguidade clássica. Até a criação da democracia em Atenas,<br />

no século V a.C., teve na institucionalização de uma<br />

assembléia, a Eclésia, uma peça estratégica que assegurava a<br />

participação <strong>do</strong>s cidadãos no governo.<br />

A composição e as atribuições desses colegia<strong>do</strong>s variaram,<br />

muitas se assemelhavam as funções exercidas pelos modernos<br />

parlamentos.


Sena<strong>do</strong> Romano<br />

• Organização mais próxima ao Parlamento europeu<br />

moderno.<br />

• 1ª Fase – Monarquia com conselho de anciãos (Sena<strong>do</strong>),<br />

forma<strong>do</strong> por representantes da aristocracia patrícia,<br />

detentora da propriedade.<br />

• 2ª Fase – República – Sena<strong>do</strong> adquiriu a plenitude <strong>do</strong> poder.<br />

Surge o tribuno da plebe e ampla legislação que garante<br />

direitos sociais, políticos, econômicos e religiosos aos<br />

plebeus.


Um taquígrafo taqu grafo romano, usan<strong>do</strong> as Notas Tironianas (primeiro<br />

sistema organiza<strong>do</strong> de taquigrafia, desde 63 a.C.), registra, com o<br />

"estilo", na "tabuleta encerada", um discurso durante uma sessão <strong>do</strong><br />

Sena<strong>do</strong> Romano.<br />

Tabuleta encerada e o estilo<br />

Notas Tironianas (a taquigrafia <strong>do</strong>s romanos)<br />

Fonte - imagem e texto:<br />

www.taquigrafia.emfoco.nom.br/historia<br />

.htm, em agosto de 2007


A fundação <strong>do</strong> parlamento moderno: João Sem-Terra, a<br />

Carta Magna e o Conselho<br />

• A origem mais imediata das assembléias remonta a 1215, ao<br />

episódio que é considera<strong>do</strong> o marco funda<strong>do</strong>r <strong>do</strong> sistema político<br />

britânico, ocasião em que surge também a primeira constituição.<br />

Nobres ingleses descontentes impuseram a Magna Carta, limitan<strong>do</strong><br />

o poder <strong>do</strong> rei João Sem Terra que, para governar, deveria<br />

consultar um Grande Conselho forma<strong>do</strong> por representantes <strong>do</strong><br />

clero e da nobreza. Assim estava consagrada a dinâmica<br />

parlamentar pela qual a tarefa de governar é dividida entre duas<br />

instâncias de poder, as quais atualmente denominamos Executivo<br />

e <strong>Legislativo</strong>.<br />

Imagens: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/fc/Joao_sem_terra_assina_carta_Magna.jpg/428px-Joao_sem_terra_assina_carta_Magna.jpg John_of_England_(John_Lackland).jpg FONTE: VEJAONLINE, em agosto de 2007


•<br />

Revolução Revolu ão Inglesa<br />

• No século XVII, com a Revolução Gloriosa foi estabelecida a<br />

hegemonia <strong>do</strong> Parlamento sob o rei e com ela a soberania <strong>do</strong>s<br />

cidadãos. Porém, sob inspiração <strong>do</strong> liberalismo de John Locke, a<br />

cidadania estava restrita aos proprietários, o que permitia a<br />

participação da burguesia, mas excluía a grande massa.<br />

• Locke – Liberalismo: soberania <strong>do</strong>s cidadãos (com<br />

propriedade).<br />

Imagens: http://greenpeace.blogtvbrasil.com.br/img/Image/Greenpeace/2007/Abril/greenpeace_big_ben.jpg, em agosto de 2007


Independência Americana e Revolução Revolu ão Francesa<br />

• Modelo liberal democrático de Esta<strong>do</strong><br />

Presidencialismo e Federalismo<br />

•Foi só no século XVIII, em meio à Revolução Francesa que Jean Jacques Rousseau<br />

defendeu o direito de to<strong>do</strong>s à cidadania política. Assim, foram lança<strong>do</strong>s os fundamentos<br />

que permitiram a moderna democracia ser conjugada à forma liberal parlamentar de<br />

governo. Já a Independência Americana consagrou a República Federalista.


Funções Fun ões <strong>do</strong> <strong>Legislativo</strong><br />

• 1. Representação.<br />

• 2. <strong>Legislativa</strong> (antonomásia - “poder legislativo”). Doutrina da<br />

separação <strong>do</strong>s poderes.<br />

• 3. Controle <strong>do</strong> Executivo.<br />

• 4. Legitimação.


ORIGENS: DO CONSELHO À ASSEMBLÉIA PROVINCIAL<br />

• A INAUGURAÇÃO<br />

• A Assembléia <strong>Legislativa</strong><br />

Provincial de São Paulo foi instalada<br />

em 2 de fevereiro de 1835, junto ao<br />

Palácio <strong>do</strong> Governo, no Pátio <strong>do</strong><br />

Colégio. Naquele dia, houve uma<br />

grande parada militar, sessão solene,<br />

missa e muita festa. Segun<strong>do</strong> os<br />

cronistas a cidade parou para ver!<br />

A Constituição de 1824 criou um Império unitário e<br />

centraliza<strong>do</strong>. As antigas Capitanias foram<br />

transformadas em Províncias, unidades<br />

administrativas governadas por um “presidente”<br />

indica<strong>do</strong> pelo Governo Central. Ainda criou os<br />

Conselhos Provinciais, forma<strong>do</strong> por 36 membros,<br />

eleitos nos mesmos moldes utiliza<strong>do</strong>s para a<br />

escolha <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s gerais. A Carta Magna<br />

atribuiu aos Conselhos funções consultivas:<br />

preparar anualmente uma proposta de<br />

orçamento, enviar projetos de leis e<br />

determinações que fossem necessárias para a boa<br />

administração da Província. Porém, cabia à<br />

Câmara Geral no Rio de Janeiro deliberar<br />

soberanamente sobre as matérias. O Conselho<br />

teve curta duração, começou a funcionar em 1826<br />

e foi extinto em 1834, quan<strong>do</strong> foram criadas as<br />

Assembléias Provinciais. Essas ganharam<br />

autonomia para decidir sobre diversas matérias<br />

de interesse provincial, sobretu<strong>do</strong> as<br />

administrativas. Por isso eram chamadas de<br />

Poder Provincial. As províncias continuaram a ser<br />

unidades administrativas de um Império<br />

centraliza<strong>do</strong>.<br />

•<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


Ato Adicional de 1834<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


O PODER PROVINCIAL<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP - Desenho de Ângelo Agosti ne


ELEIÇÕES


MENOS DE 1,5% DA POPULAÇÃO POPULA ÃO VOTAVA<br />

•Segun<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s da Estatística publicada em 1836 por Daniel Pedro<br />

Muller, pelo menos 16 mil homens livres tinham 21 anos e a renda<br />

mínima exigida para exercer o direito de voto na Província de São Paulo.<br />

Porém, o voto não era obrigatório e menos de quatro mil votaram na<br />

eleição ocorrida <strong>do</strong>is anos antes. Representavam pouco mais de 1% da<br />

população da Província. Ao longo <strong>do</strong> Império, o caráter aristocrático <strong>do</strong><br />

processo eleitoral foi reforça<strong>do</strong> em duas ocasiões. Em 1846, sob o<br />

argumento de que a moeda tinha se desvaloriza<strong>do</strong>, <strong>do</strong>braram os valores<br />

estipula<strong>do</strong>s no critério censitário. Na época, a eleição era realizada em<br />

<strong>do</strong>is turnos: os eleitores de 1º grau escolhiam os de 2º grau, esses<br />

votavam em uma chapa com 36 deputa<strong>do</strong>s. Para os eleitores de primeiro<br />

grau, a exigência de renda <strong>do</strong>brou, pulou de 100 para 200 mil réis de<br />

renda mínima anual. Os eleitores de 2º grau, tinham que ter renda<br />

mínima de 400:000$000 réis anuais. Maior impacto produziu a Lei<br />

Saraiva e série de medidas complementares, de 1881. Introduziram o<br />

título de eleitor e várias exigências burocráticas para a comprovação de<br />

renda. Acabaram com a eleição em <strong>do</strong>is turnos, os eleitores de 1º grau<br />

passava a escolher diretamente os deputa<strong>do</strong>. E, a medida de maior<br />

impacto, tiraram o direito de voto <strong>do</strong>s analfabetos.


ELEIÇÃO ELEI ÃO EM DOIS TURNOS E ELEIÇÃO ELEI ÃO DIRETA<br />

A COMPOSIÇÃO COMPOSI ÃO SOCIAL DA ASSEMBLÉIA<br />

ASSEMBL IA<br />

Nos primeiros 15 anos de sua história, hist ria, cerca de 20% <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s que foram eleitos para a Assembléia Assembl ia<br />

eram padres, 30% eram militares, alguns poucos médicos m dicos ou funcionários funcion rios públicos. p blicos. A grande maioria era<br />

formada por advoga<strong>do</strong>s, sempre mais de 40% <strong>do</strong> total. Sem exceção, exce ão, eram proprietários propriet rios de terras e<br />

escravos.


Parecer da Comissão de Justiça e<br />

Constituição sobre irregularidade na<br />

eleição de 1886 na vila <strong>do</strong> Espírito<br />

Santo <strong>do</strong> Pinhal<br />

O APRIMORAMENTO<br />

DO SISTEMA<br />

ELEITORAL<br />

E AS FRAUDES<br />

No século XIX, as fraudes faziam parte <strong>do</strong> jogo político. As burlas eram sistemáticas,<br />

estavam presentes em todas as fases e deram origem a reformas no sistema eleitoral.<br />

No princípio, as cédulas eram trazidas de casa em qualquer papel, mais tarde, elas<br />

foram padronizadas e passaram a ser controladas pelos mesários. As apurações eram<br />

grotescas: sem qualquer tipo de fiscalização, eram realizada por mesários escolhi<strong>do</strong>s<br />

por aclamação. Um membro lia os votos e outro copiava na ata, em seguida, as cédulas<br />

eram queimadas! Um <strong>do</strong>s membros da mesa ficava encarrega<strong>do</strong> de levar a ata da<br />

eleição até a Assembléia em São Paulo. O credenciamento <strong>do</strong>s eleitores também foi<br />

objeto de inovações. A principal delas foi realizada em 1881, quan<strong>do</strong> se criou o<br />

alistamento e o título de eleitor, que permitiram um maior controle sobre eleitores.<br />

Esses eram obriga<strong>do</strong>s a assinar o nome em uma lista, logo após terem vota<strong>do</strong>. Foi<br />

também em 1881 que a legislação começou a tratar de forma sistemática <strong>do</strong>s crimes<br />

eleitorais. Criaram multas para diversas infrações: apresentar-se com título de outrem;<br />

alistar-se com <strong>do</strong>cumento falso; votar mais de uma vez na mesma eleição; reter títulos<br />

eleitorais; tumultuar o andamento das eleições; andar com armas no recinto eleitoral.<br />

Segun<strong>do</strong> as crônicas <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, as burlas ainda contavam com a compra de votos, as<br />

intimidações e coerções de diferentes tipos.<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


O VOTO DISTRITAL<br />

Ata da eleição 1856<br />

A Assembléia <strong>Legislativa</strong> Provincial funcionou regularmente durante<br />

54 anos, perío<strong>do</strong> em que foram realizadas 27 eleições. elei ões. Dessas, 15<br />

foram sob o sistema de voto distrital. As eleições eram gerais até<br />

1855, quan<strong>do</strong> a “Lei <strong>do</strong>s Círculos” criou o voto distrital. Em São<br />

Paulo, foram cria<strong>do</strong>s nove distritos, onde eram eleitos 4 deputa<strong>do</strong>s,<br />

totalizan<strong>do</strong> 36 membros. Em 1875, a “Lei <strong>do</strong> Terço” a<strong>do</strong>tou a<br />

eleição geral. Por pouco tempo, em 1881, a Lei Saraiva<br />

reintroduziu o voto distrital que foi manti<strong>do</strong> até o final <strong>do</strong> Império.<br />

No perío<strong>do</strong> da República Velha, o sistema distrital voltou a ser<br />

a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>, a partir de 1906, para a escolha <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s provinciais.<br />

A sistemática distrital foi mantida até a Revolução de 1930.


SÃO PAULO PROVÍNCIA, EM 1836.<br />

A Calçada <strong>do</strong> Lorena, ainda<br />

conserva o traça<strong>do</strong> e parte da<br />

edificação originais. Ver<br />

Debret<br />

Quan<strong>do</strong> a Assembléia foi inaugurada, São<br />

Paulo era muito diferente <strong>do</strong> que é hoje.<br />

Seu território incluía o Paraná, então a 5a.<br />

Comarca, que alcançaria sua autonomia<br />

em 1853. A população, de 326.000<br />

habitantes, estava abaixo de um centésimo<br />

da atual. Havia 45 municípios com status<br />

de vila, incluin<strong>do</strong> 6 <strong>do</strong> Paraná, além de<br />

São Paulo, a única com status de cidade. A<br />

Província era a quarta em importância<br />

econômica no País, abaixo <strong>do</strong> Rio de<br />

Janeiro, Minas Gerais e Bahia. A travessia<br />

da Serra <strong>do</strong> Mar ainda era feita em lombo<br />

de burro, pela velha Calçada <strong>do</strong> Lorena.


Mapa da Província de São Paulo, que incluía o Paraná


AS PRIMEIRAS SESSÕES:<br />

reuniões preparatórias, a escolha <strong>do</strong>s dirigente da<br />

Assembléia e as Comissões <strong>Legislativa</strong>s<br />

O perío<strong>do</strong> de trabalho legislativo na Assembléia <strong>Legislativa</strong> Provincial<br />

de São Paulo durava cerca de três meses, começan<strong>do</strong> no princípio de<br />

janeiro. Fin<strong>do</strong> esse perío<strong>do</strong>, eram necessário esperar o ano seguinte para<br />

aprovar qualquer nova lei.<br />

O início oficial <strong>do</strong>s trabalhos era precedi<strong>do</strong> pelas “reuniões preparatórias”, sempre<br />

muito agitadas, devi<strong>do</strong> a “verificação <strong>do</strong>s diplomas”. Confirmada a eleição, o deputa<strong>do</strong><br />

fazia o juramento e era diploma<strong>do</strong>.<br />

Na primeira sessão, era realizada a eleição para a escolha <strong>do</strong>s membros que formariam<br />

o grupo dirigente naquele ano: Presidente, Vice-Presidente, 1º e 2º Secretários.<br />

Na sessão seguinte, eram escolhi<strong>do</strong>s os membros e os dirigentes das Comissões. Além<br />

de um núcleo básico forma<strong>do</strong> pelas comissões que davam funcionalidade ao trâmite<br />

legislativo – Constituição e Justiça, Fazenda, Redação e, mais tarde, Atos <strong>Legislativo</strong>s –<br />

criaram diversas comissões temáticas, de acor<strong>do</strong> com as determinações <strong>do</strong> Ato<br />

Adicional de 1834, que estabeleceu sobre o que as Assembléias Provinciais deveriam<br />

legislar: Comércio e Indústria; Instrução Pública; Tesouro; Eclesiástica; das Câmaras<br />

Municipais; das Contas e Orçamentos de Câmaras; e de Poderes.


Diplomação <strong>do</strong>s Deputa<strong>do</strong>s<br />

Verificação da diplomação <strong>do</strong> Deputa<strong>do</strong> José Pedro de Gouveia<br />

Veiga - 1863<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


O COTIDIANO NA ASSEMBLÉIA PROVINCIAL<br />

1849 – Votação nominal para negócios de interesse particular. Lei nº 362 de 5 de março.<br />

1851 – Voto secreto para questões de interesse particular. A lei nº 417, de 15 de março de 1851,<br />

determinou que “a votação em negócio de interesse particular” deveria ser realizada sempre por escrutínio secreto.<br />

• Os trabalhos na Assembléia no Império guardam muitas<br />

semelhanças com o que é pratica<strong>do</strong> ainda hoje, 172 anos após. Os<br />

parlamentares passavam parte da sua jornada nas comissões,<br />

debaten<strong>do</strong> as proposições e elaboran<strong>do</strong> relatórios. Depois<br />

dedicavam-se ao trabalho de plenário, onde, após a leitura da ata <strong>do</strong>s<br />

trabalhos <strong>do</strong> dia anterior, eram apresenta<strong>do</strong>s projetos, petições,<br />

correspondência, relatórios de comissões e outros. Seguiam-se os<br />

debates regimentais e as votações das diversas proposições.


SEM ARMAS!<br />

•A leitura <strong>do</strong> primeiro regimento interno da Assembléia<br />

deixa claro que pouco mu<strong>do</strong>u nos procedimentos<br />

parlamentares. A estrutura liberal a<strong>do</strong>tada mantém-se na<br />

maior parte. As matérias eram distribuídas, analisadas e<br />

apreciadas por comissões temáticas e depois seguiam para<br />

o plenário. Anotamos uma manifestação pitoresca: no<br />

plenário, os deputa<strong>do</strong>s deveriam manter o decoro público<br />

e, de forma enfática, se apresentar sem armas. O público,<br />

na galeria, deveria apresentar-se decentemente vesti<strong>do</strong> e<br />

também sem armas. .<br />

Projeto de Regimento Interno de 1834


O EQUILÍBRIO ENTRE OS “PODERES”<br />

A divisão de poderes entre o Executivo e o <strong>Legislativo</strong> provincial provincial<br />

foi<br />

influenciada pela conhecida teoria sobre o equilíbrio equil brio <strong>do</strong>s poderes<br />

de Montesquieu: legislar era tarefa da Assembléia. Assembl ia. Não existia um<br />

“Executivo Executivo” nos moldes federativo, o “Presidente Presidente” não tinha<br />

iniciativa de lei. Nesse senti<strong>do</strong>, na abertura de cada ano<br />

legislativo, apresentava a “Fala Fala Presidencial”: Presidencial : um relatório relat rio com a<br />

situação situa ão de cada área rea da administração administra ão provincial, onde indicava<br />

suas prioridades legislativas e orçament or amentárias. rias. A Assembléia Assembl ia podia<br />

ou não acatar as propostas <strong>do</strong> presidente. No entanto, o<br />

Presidente podia vetar as decisões das Assembléias, Assembl ias, que, por sua<br />

vez, poderia derrubar o veto, com o voto de 2/3 de seus membros,<br />

salvo quan<strong>do</strong> fosse alega<strong>do</strong> que se tratava de matéria mat ria exclusiva da<br />

Câmara no Rio de Janeiro.


O CONGRESSO LEGISLATIVO


O CONGRESSO LEGISLATIVO<br />

• Durante a República Velha, o Poder <strong>Legislativo</strong> de São Paulo<br />

tornou-se bicameral. O Sena<strong>do</strong> e a Câmara reuni<strong>do</strong>s formavam o<br />

Congresso <strong>Legislativo</strong>. Nas justificativas apresentadas durante os<br />

trabalhos da Constituinte de São Paulo de 1891, os deputa<strong>do</strong>s<br />

destacavam que duas câmaras eram fundamentais para evitar os<br />

excessos de uma só!<br />

• Nos primeiros anos, as sessões eram abertas no dia 7 de abril e se<br />

prolongavam por três meses. A partir de 1905, os trabalhos<br />

passaram a ser inicia<strong>do</strong>s em 14 de julho e tinham quatro meses de<br />

duração. Fin<strong>do</strong> esse perío<strong>do</strong> de trabalho, novas leis só seriam<br />

produzidas no ano seguinte.


O FEDERALISMO<br />

• O fim <strong>do</strong> Império foi acompanha<strong>do</strong> pela<br />

descentralização <strong>do</strong> poder. A República<br />

trouxe o federalismo e com ele os esta<strong>do</strong>s<br />

passaram a elaborar a sua constituição e<br />

adquiriram enorme autonomia: tinham uma<br />

instância judiciária própria, forças policiais<br />

organizadas até com algumas características<br />

de exército, recolhiam os impostos sobre as<br />

exportações e tributos interestaduais, além <strong>do</strong><br />

direito de contrair empréstimos externos, o<br />

que lhes assegurava significativo poder<br />

financeiro. O Executivo agora era exerci<strong>do</strong><br />

por um presidente, eleito no Esta<strong>do</strong>. Toda a<br />

Primeira máquina estatal passou por uma grande<br />

Constituição <strong>do</strong> reengenharia. Foi o perío<strong>do</strong> em que os<br />

Esta<strong>do</strong> de São Paulo. Esta<strong>do</strong>s tiveram maior autonomia, na história<br />

Promulgada em 14<br />

republicana <strong>do</strong> Brasil.<br />

de julho de 1891.<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


SÃO PAULO ESTADO<br />

• Em princípios da República Velha, a população de São Paulo foi contabilizada em<br />

1.384.753 habitantes. Quarenta anos depois, em 1930, tinha salta<strong>do</strong> para mais de 5<br />

milhões. A capital <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> já contava 1 milhão de habitantes. O número de<br />

municípios passava de uma centena. O agora Esta<strong>do</strong> de São Paulo tinha a agricultura<br />

e também a indústria mais dinâmicas <strong>do</strong> País.<br />

Mapa inédito - Acervo Histórico da ALESP


AS REVISÕES CONSTITUCIONAIS<br />

A Constituição de São Paulo de 1891 fixou<br />

mecanismo preven<strong>do</strong> revisões constitucionais a<br />

cada seis anos. Na prática, o cronograma foi um<br />

pouco diferente, ao longo da República Velha<br />

foram realizadas cinco reformas: 1905, 1909,<br />

19<strong>11</strong>, 1921 e 1929.<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


ELEIÇÕES


A EXCLUSÃO DAS MASSAS E OS CURRAIS ELEITORAIS<br />

Casemiro da Rocha:<br />

Só um parlamentar considera<strong>do</strong> negro<br />

fez parte <strong>do</strong> Congresso <strong>Legislativo</strong> de<br />

São Paulo, o médico Alfre<strong>do</strong> Cazemiro<br />

da Rocha, que fez longa carreira política:<br />

deputa<strong>do</strong> estadual, deputa<strong>do</strong> federal,<br />

prefeito e sena<strong>do</strong>r.<br />

Título de eleitor (1917)<br />

As novas regras <strong>do</strong> processo eleitoral<br />

estabelecidas em 1891 pouco alteraram a<br />

composição social <strong>do</strong> <strong>Legislativo</strong> de São Paulo.<br />

O direito de voto era restrito aos homens,<br />

maiores de 21 anos, alfabetiza<strong>do</strong>s. Na época,<br />

mais de 80% <strong>do</strong>s brasileiros eram analfabetos.<br />

Também estavam excluídas as mulheres. O voto<br />

não era obrigatório. Efetivamente, pouco mais<br />

de três por cento da população votava, a massa<br />

estava excluída.<br />

O voto não era secreto, característica que<br />

favorecia à coerção exercida pelos coronéis,<br />

senhores <strong>do</strong>s votos de sua região, os chama<strong>do</strong>s<br />

currais eleitorais.<br />

Também estavam excluí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> processo<br />

eleitoral os mendigos, os praças de pré,<br />

excetuan<strong>do</strong> os alunos das escolas militares de<br />

ensino superior, e os religiosos de ordens<br />

monásticas, companhias, congregações ou<br />

comunidades.<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


PARTIDO ÚNICO: O PARTIDO REPUBLICANO<br />

PAULISTA<br />

Durante o perío<strong>do</strong> da República Velha, não existiram<br />

parti<strong>do</strong>s nacionais, eles se organizavam regionalmente.<br />

Em São Paulo, a hegemonia ficou a cargo <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong><br />

Republicano Paulista. Dominou to<strong>do</strong>s os cargos<br />

políticos institucionais de maneira praticamente<br />

absoluta, inclusive os da Câmara e <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong>. No<br />

perío<strong>do</strong>, não era exigi<strong>do</strong> <strong>do</strong>s candidatos vinculação<br />

partidária. Dentro <strong>do</strong> PRP surgiram algumas<br />

dissidências que formavam blocos com nomes<br />

partidários, como Parti<strong>do</strong> Republicano Conserva<strong>do</strong>r ou<br />

Parti<strong>do</strong> Republicano Liberal, mas as chapas lançadas<br />

pelo PRP mantiveram total hegemonia até 1926,<br />

quan<strong>do</strong> um grupo descontente fun<strong>do</strong>u o Parti<strong>do</strong><br />

Democrático Paulista. A nova legenda conseguiu<br />

eleger quatro deputa<strong>do</strong>s de um total de sessenta, na<br />

última eleição que antecedeu a Revolução de 1930. Na<br />

prática, a aristocracia <strong>do</strong> café continuou absoluta, ela<br />

também controlava o Parti<strong>do</strong> Democrático.


Publicação Publica ão da Acta<br />

Geral da Eleição Elei ão,<br />

A volta <strong>do</strong> voto distrital, a escolha <strong>do</strong>s suplentes e<br />

Acta da Apuração Apura ão a e a queima <strong>do</strong>s votos<br />

A exemplo <strong>do</strong> que ocorreu ao longo de to<strong>do</strong> o Império, na República<br />

Velha o processo eleitoral foi constantemente revisto. As<br />

motivações eram as mesmas, as constantes denúncias de fraudes e<br />

as manipulações realizadas pelos grupos hegemônicos. Entre as<br />

principais reformas destacou-se a de 1905 que transformou a<br />

eleição <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s à Câmara <strong>do</strong> Congresso <strong>Legislativo</strong> de<br />

São Paulo em distrital.<br />

A escolha <strong>do</strong>s suplentes era realizada de maneira peculiar, quan<strong>do</strong><br />

vagava um cargo era realizada uma nova eleição. Assim, quase<br />

to<strong>do</strong>s os anos foram realizadas eleições para cobrir alguma vaga.<br />

A Apuração era realizada pela mesa eleitoral. Quan<strong>do</strong> terminava a<br />

apuração, queimavam os votos. A ata geral de apuração era utilizada<br />

como diploma <strong>do</strong>s eleitos.<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


A CASSAÇÃO DO MANDATO<br />

A Constituição Estadual de 1891 trazia um mecanismo<br />

peculiar para controlar o desempenho <strong>do</strong>s parlamentares.<br />

Havia uma espécie de moção de desconfiança: os deputa<strong>do</strong>s<br />

e sena<strong>do</strong>res poderiam ser cassa<strong>do</strong>s pelos eleitores. Para tanto<br />

era necessário que 1/3 <strong>do</strong>s eleitores <strong>do</strong> distrito en<strong>do</strong>ssassem o<br />

pedi<strong>do</strong>.


A CÂMARA E O SENADO<br />

Na Câmara, os Deputa<strong>do</strong>s tinham lugar<br />

pré estabeleci<strong>do</strong>s no Plenário<br />

O Sena<strong>do</strong> era composto por 20 membros<br />

com mandato de seis anos. A cada três anos<br />

um terço era renova<strong>do</strong>. O número de<br />

deputa<strong>do</strong>s era o <strong>do</strong>bro, 40. O mandato<br />

também era de três anos. Em 1921, o número<br />

de sena<strong>do</strong>res aumentou para 30 e o de<br />

deputa<strong>do</strong>s para 60.<br />

To<strong>do</strong>s recebiam o mesmo salário.<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


LEGISLATIVO X EXECUTIVO<br />

Na República Velha, o <strong>Legislativo</strong> passou a dividir a iniciativa<br />

legislativa com o Executivo. Os presidentes apresentavam<br />

diferentes tipos de proposições. Durante to<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> não foi<br />

registra<strong>do</strong> conflitos mais significativos entre os poderes, antes,<br />

houve uma sincronia fina entre eles, com a aprovação <strong>do</strong>s projetos<br />

<strong>do</strong> Executivo quase sempre com folgada maioria no plenário <strong>do</strong><br />

Congresso. Parlamentares e presidentes tinham origem no mesmo<br />

parti<strong>do</strong>, o PRP.<br />

Autorização de abertura de crédito suplementar.<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


Fiscalização Fiscaliza ão Financeira e Orçament Or amentária: ria: o Tribunal de Contas<br />

• Entre as clássicas cl ssicas atribuições atribui ões <strong>do</strong> Poder <strong>Legislativo</strong> está est a<br />

fiscalização fiscaliza ão <strong>do</strong>s atos <strong>do</strong> Poder Executivo. A tarefa é complexa<br />

e já j no século s culo XIX surgiram órgãos rgãos especializa<strong>do</strong>s. Em São<br />

Paulo, foi só s na revisão constitucional de 1921 que se aprovou<br />

a criação cria ão de um órgão rgão auxiliar ao <strong>Legislativo</strong>, o Tribunal de<br />

Contas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de São Paulo. Como des<strong>do</strong>bramento, foi<br />

aprovada a Lei nº n 1961/1923 implantan<strong>do</strong> o Tribunal, Tribunal,<br />

que<br />

passou a funcionar no ano seguinte. O órgão rgão foi extinto pela<br />

Revolução Revolu ão de 1930 e reorganiza<strong>do</strong> em 1947, 1947,<br />

sempre como<br />

órgão rgão técnico t cnico auxiliar da Assembléia Assembl ia <strong>Legislativa</strong>. <strong>Legislativa</strong>.<br />

Na primeira<br />

fase, os então denomina<strong>do</strong>s Ministros eram nomea<strong>do</strong>s pelo<br />

presidente <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> após ap s aprovação aprova ão <strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Estadual. Os<br />

efetiva<strong>do</strong>s eram inamovíveis inamov veis e permaneciam no cargo de<br />

forma vitalícia vital cia. . Na segunda fase, passaram a ser denomina<strong>do</strong>s<br />

Conselheiros.<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


Os Anos 1930<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


ANOS 1930<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


O BREVE PERÍODO<br />

<strong>Legislativo</strong> fecha<strong>do</strong> é sinônimo de rompimento da ordem estabelecida.<br />

A primeira vez foi em 1889, tratava-se da Proclamação da República.<br />

Dois anos depois, em 1891, o Congresso Paulista já estava<br />

funcionan<strong>do</strong>. Em 1930, outra revolução veio fechar o <strong>Legislativo</strong>, por<br />

quatro anos. Em 1935 a Assembléia voltou a funcionar, ano em que<br />

foi elaborada uma nova Constituição Estadual. Três anos depois, em<br />

10 de novembro de 1937, o jogo político parlamentar foi novamente<br />

interrompi<strong>do</strong>. Começava o Esta<strong>do</strong> Novo. Dessa vez, o <strong>Legislativo</strong><br />

permaneceu fecha<strong>do</strong> por dez anos.<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


A NOVA COMPOSIÇÃO COMPOSI ÃO SOCIAL E POLÍTICA POL TICA<br />

•<br />

• A Constituição Federal de 1934 trouxe grandes novidades na área<br />

eleitoral. O voto tornou-se secreto, as eleições deixaram de ser<br />

distritais e as mulheres tiveram o direito ao voto reconheci<strong>do</strong>.<br />

• Por outro la<strong>do</strong>, a velha aristocracia <strong>do</strong> Parti<strong>do</strong> Republicano Paulista<br />

deixou de ser absoluta no <strong>Legislativo</strong>. Havia novos personagens:<br />

industriais, operários, camponeses, diversas categorias de<br />

trabalha<strong>do</strong>res urbanos.<br />

• O jogo político parlamentar ganhou nova dinâmica. Diferentes<br />

ideologias encontraram canais nas novas siglas que se apresentaram<br />

no plenário da Assembléia: Parti<strong>do</strong> Constitucionalista Paulista,<br />

Parti<strong>do</strong> Integralista, Parti<strong>do</strong> Democrático, Parti<strong>do</strong> Socialista e até o<br />

Parti<strong>do</strong> Comunista conseguiu eleger alguns representante por outra<br />

legenda.


OS DEPUTADOS DO POVO E<br />

OS DEPUTADOS SINDICAIS<br />

Em 1934, foram eleitos 75 deputa<strong>do</strong>s. Sessenta deles eram<br />

Deputa<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Povo, eleitos mediante sistema proporcional e<br />

sufrágio universal. Outros 15 eram deputa<strong>do</strong>s das organizações<br />

profissionais, eleitos pelo sufrágio das respectivas associações:<br />

quatro da lavoura e pecuária; quatro da indústria; quatro <strong>do</strong><br />

comércio e transporte; um <strong>do</strong>s funcionários públicos; um <strong>do</strong>s<br />

profissionais liberais e um da imprensa. Imagens – Acervo Histórico da ALESP


AS DUAS THEREZAS<br />

Em 1934, pela primeira vez, as mulheres disputaram as eleições para<br />

o cargo de deputa<strong>do</strong> estadual. Duas foram eleitas: Maria Thereza<br />

Nogueira de Azeve<strong>do</strong> e Maria Thereza Silveira de Barros Camargo.<br />

Uma terceira Deputada, Francisca Rodrigues, eleita suplente, assumiu<br />

o cargo no final de 1935.<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


DEPUTADO RECUSOU-SE A JURAR A<br />

CONSTITUIÇÃO<br />

• Os integralistas, nome que<br />

ganharam os segui<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />

fascismo no Brasil, eram<br />

tradicionais adversários da<br />

<strong>do</strong>utrina liberal. Assim, ao<br />

tomar posse, em 1936, o<br />

deputa<strong>do</strong> Fairbanks recusouse<br />

a fazer o tradicional<br />

juramento de compromisso à<br />

Constituição. Porém, para<br />

assumir teve que ceder,<br />

acabou fazen<strong>do</strong> o juramento.<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP – Cartun de Racy.


PERÍODO LIBERAL<br />

DEMOCRÁTICO<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


A ASSEMBLÉIA PLURIPARTIDÁRIA<br />

No perío<strong>do</strong> pós 1947, o embate político ideológico ganhou intensidade<br />

no <strong>Legislativo</strong>. As siglas partidárias multiplicaram-se como nunca:<br />

PDC - Parti<strong>do</strong> Democrático Cristão; PR - Parti<strong>do</strong> Radical; PAN -<br />

Parti<strong>do</strong> Agrário Nacional; PRP - Parti<strong>do</strong> Republicano Progressista -<br />

PPS - Parti<strong>do</strong> Popular Sindicalista; PCB - Parti<strong>do</strong> Comunista<br />

Brasileiro; PTB - Parti<strong>do</strong> Trabalhista Brasileiro; PSP - Parti<strong>do</strong> Social<br />

Progressista; UDN - União Democrática Nacional; PSB - Parti<strong>do</strong><br />

Social Brasileiro.<br />

Também esteve presente o PCB – Parti<strong>do</strong> Comunista Brasileiro, mas o<br />

parti<strong>do</strong> foi considera<strong>do</strong> ilegal e seus representantes tiveram seu<br />

mandato cassa<strong>do</strong> em 1947, refletin<strong>do</strong> o início da Guerra Fria.<br />

Na Assembléia formavam-se grandes blocos de esquerda e direita,<br />

estimula<strong>do</strong>s pela chamada “Guerra Fria”, que dava cores especiais ao<br />

embate político parlamentar. O perío<strong>do</strong> foi marca<strong>do</strong> por uma tensão<br />

política crescente, que culminou com a quebra da legalidade<br />

constitucional, em 1964.


O JOGO POLÍTICO PARLAMENTAR<br />

Grande entusiasmo tomou conta <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> após o fim <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Novo. O País<br />

redemocratizava-se. As eleições em 1947 foram empolgantes. Pela primeira vez,<br />

mais de um milhão de paulistas fizeram o alistamento eleitoral. Em 9 de Julho<br />

daquele ano, em meio a uma grande festa, foi promulgada a nova Constituição<br />

Estadual.<br />

O jogo político parlamentar ganhou novos contornos. Nem sempre o governa<strong>do</strong>r tinha<br />

maioria entre os deputa<strong>do</strong>s. Em maio de 1948, o <strong>Legislativo</strong> deu uma prova soberba<br />

de sua autonomia. Foi eleito Presidente da Assembléia o candidato da oposição,<br />

Francisco Álvares Florence. Dois meses depois, os deputa<strong>do</strong>s derrubaram os vetos<br />

que o governa<strong>do</strong>r fizera no projeto que criava a Faculdade de Arquitetura e<br />

Urbanismo, o projeto foi sanciona<strong>do</strong> pelo Presidente da Assembléia.<br />

No mesmo senti<strong>do</strong>, a discussão <strong>do</strong> orçamento <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> tornou-se um momento<br />

particular no cotidiano da Assembléia. Os deputa<strong>do</strong>s podiam fazer emendas que<br />

tratassem da administração e que envolvessem gastos financeiros. Em 1950 houve<br />

outro grande embate entre o <strong>Legislativo</strong> e o Executivo. O Orçamento apresenta<strong>do</strong><br />

pelo Governa<strong>do</strong>r Ademar de Barros previa um crescimento substancial da dívida <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>: a receita prevista era de Cr$ 7.294.040.000,00, as despesas estimadas de Cr$<br />

8.777.129.304,00. Na época, a dívida externa e interna <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> já era grande, mais<br />

de duas vezes a receita, alcançava Cr$ 15.417.623.906,60.


A QUESTÃO ADMINISTRATIVA NO PÓS-1950: A<br />

URBANIZAÇÃO E A SOCIEDADE DE MASSAS<br />

•Depois de 1950, tu<strong>do</strong> se agigantou em São Paulo. As questões administrativas<br />

ganharam nova qualidade. As secretarias tradicionais cresceram como nunca.<br />

•A Educação é o melhor exemplo, cresceu vertiginosamente. Como conseqüência,<br />

hoje, o número de estabelecimentos ultrapassou as 6 mil unidades, os educa<strong>do</strong>res são<br />

mais de 180 mil, os alunos mais de 6 milhões.<br />

•Fenômeno semelhante verificou-se na área da segurança. Entre policiais civis e<br />

militares o Esta<strong>do</strong> possui 120 mil servi<strong>do</strong>res. Número pouco superior aos mais de 100<br />

mil funcionários da Saúde, responsáveis nas últimas décadas pela erradicação de<br />

diversas epidemias que atormentaram a sociedade paulista até o final da década de<br />

1950 (os da<strong>do</strong>s acima são de 1996).<br />

•Na área <strong>do</strong>s transportes, em 1990, São Paulo contava com mais de 5 mil quilômetros<br />

de estradas asfaltadas. Proporções enormes alcançaram também as redes de água e<br />

esgotos, a geração e distribuição de energia, a construção de habitações populares<br />

entre outras.<br />

•Esse fantástico patrimônio público que São Paulo adquiriu foi resulta<strong>do</strong> de políticas<br />

públicas implantadas no cotidiano político administrativo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> nos últimos 40<br />

anos. Vieram responder à rápida urbanização e a formação da sociedade de massas<br />

multinacional e regional, sem igual, em que São Paulo se transformou.


AS NOVAS FUNÇÕES FUN ÕES DO ESTADO<br />

Desde o princípio <strong>do</strong> século XX, observa-se um grande des<strong>do</strong>bramento<br />

na máquina estatal. A sociedade ganhou grande complexidade e<br />

passou a exigir novas funções <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Diversas secretarias foram<br />

subdivididas, surgiam novas, além de diversas empresas públicas.<br />

Depois de 1950, essa tendência intensificou-se, respaldada nas<br />

concepções <strong>do</strong> perío<strong>do</strong>, que entregavam múltiplas funções ao Esta<strong>do</strong>.<br />

Particularmente marcante eram as novas atribuições sociais, que deram<br />

origem, ao longo das últimas quatro décadas, a Secretarias de Esta<strong>do</strong><br />

como: Secretaria da Cultura, da Promoção Social, <strong>do</strong> Menor, da<br />

Saúde, da Habitação, Defesa Civil, além das dezenas de órgãos<br />

complementares.<br />

As “obras públicas” também responderam pela multiplicação <strong>do</strong>s órgãos<br />

públicos: Secretaria de Obras, <strong>do</strong>s Transportes, Assuntos<br />

Metropolitanos. Paralelamente, a indústria, o trabalho e também o<br />

meio ambiente tornaram-se questões de Secretaria <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />

Como des<strong>do</strong>bramento, hoje se governa legislan<strong>do</strong> e se legisla<br />

governan<strong>do</strong>.


Orçamento<br />

As novas demandas sociais tiveram como des<strong>do</strong>bramento no jogo parlamenta o<br />

crescimento constante da iniciativa legislativa <strong>do</strong> Poder Executivo.<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


As CEIs e as CPIs<br />

A Constituição de 1947 introduziu as Comissões Especiais<br />

de Inquérito, que imediatamente se transformaram em<br />

poderoso instrumento público de averiguação. Na revisão<br />

constitucional de 1988 elas foram transformadas em<br />

Comissões Parlamentares de Inquérito.


OS MOVIMENTOS POPULARES<br />

• Após 1950, constantemente, movimentos<br />

populares convergiram para a Assembléia.<br />

As motivações eram as mais diversas: por<br />

vezes buscavam sensibilizar os deputa<strong>do</strong>s<br />

que votariam algum projeto de interesse.<br />

Em outras ocasiões buscava-se a<br />

intermediação <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s junto a<br />

outros órgãos governamentais ou mesmo<br />

empresariais. Nesse senti<strong>do</strong>, muitas vezes<br />

eram os parlamentares que deslocavam-se<br />

até os locais onde as manifestações<br />

ocorriam. Houve também uma interação<br />

funcional, depois de 1968, com a<br />

Assembléia já instalada no prédio atual,<br />

vários movimentos utilizaram o anfiteatro<br />

Teotônio Vilela, os “plenarinhos”, e até o<br />

vasto espaço <strong>do</strong> estacionamento, para<br />

realizar reuniões ou assembléias de<br />

categorias.<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


Movimentos populares<br />

Imagens – Acervo Histórico da ALESP


PERÍODO PER ODO AUTORITÁRIO<br />

AUTORIT RIO<br />

1964 A 1989


AS NOVAS REGRAS DO JOGO POLÍTICO<br />

SOB A DITADURA MILITAR<br />

O Esta<strong>do</strong> autoritário instala<strong>do</strong> em 1964, não fechou, a princípio, o <strong>Legislativo</strong>, porém<br />

foram restringidas, progressivamente, as liberdades democráticas: bipartidarismo,<br />

cassações de mandatos, prisões, Constituição Outorgada em 1967, eleição indireta para<br />

Governa<strong>do</strong>r, censura e, finalmente, fechamento de diversas Assembléias Estaduais,<br />

inclusive a paulista, em 2 de fevereiro de 1969. Um ano e sete meses depois, foi<br />

reaberta, em junho de 1970.<br />

As regras <strong>do</strong> jogo foram alteradas constantemente. O processo eleitoral sofreu<br />

sucessivas restrições; no limite, em mea<strong>do</strong>s da década de 1970, os candidatos a<br />

deputa<strong>do</strong> deveriam apresentar apenas uma foto e um currículo na TV. Desde 1967, os<br />

governa<strong>do</strong>res eram eleitos pela Assembléia. Em São Paulo, somente a ARENA, parti<strong>do</strong><br />

que manteve folgada maioria, até 1974, apresentava candidato. O MDB, então na<br />

oposição, defendia a volta das eleições diretas. Com as severas restrições políticas, to<strong>do</strong><br />

o cotidiano legislativo foi altera<strong>do</strong>. Por vezes, triviais decisões administrativas<br />

ganhavam caráter político, ocasionavam grandes embates parlamentares.


As restrições à iniciativa legislativa <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s<br />

Durante o Império, a iniciativa legislativa era exclusiva <strong>do</strong>s deputa<strong>do</strong>s. O<br />

Executivo, então exerci<strong>do</strong> pelo Presidente da Província, apresentava na<br />

sua Fala, as suas indicações, que poderiam ou não ser acolhidas pelos<br />

deputa<strong>do</strong>s. Na República Velha, os presidentes <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s passaram a<br />

exercer a prerrogativa da iniciativa parlamentar. Na Constituição de<br />

1947, algumas questões tornaram-se objeto de iniciativa exclusiva <strong>do</strong><br />

Governa<strong>do</strong>r. Em 1964, o Ato Institucional nº 1 proibiu aos deputa<strong>do</strong>s de<br />

apresentarem projetos que envolvessem aumento de despesas. Já na<br />

Constituição de 1967, as restrições alcançaram o mais alto nível da<br />

história <strong>do</strong> <strong>Legislativo</strong>: os deputa<strong>do</strong>s não podiam mais apresentar<br />

projetos que tratassem de matéria administrativa ou financeira.


Aprovar sem votar<br />

• Na década de 1970, foram a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s vários mecanismos para que a vontade <strong>do</strong> Executivo prevalecesse<br />

nas casas legislativas, forjan<strong>do</strong> a sua legitimação. Eram casuísmos que cerceavam a Liberdade <strong>do</strong><br />

<strong>Legislativo</strong>. O mais notório foi o “decurso de prazo”: os projetos de lei <strong>do</strong> Executivo que não fossem<br />

vota<strong>do</strong>s em 30 dias eram aprovadas automaticamente, mesmo sem ser discuti<strong>do</strong> ou vota<strong>do</strong>. Bastava um<br />

pequeno grupo de deputa<strong>do</strong>s situacionistas obstruírem os trabalhos e o projeto estava aprova<strong>do</strong>!


Desmaio<br />

A deputada fazia um polêmico<br />

discurso que produziu um grande<br />

bate-boca no plenário, subitamente<br />

a deputada desmaiou. Foi um correcorre.<br />

Enquanto era carregada para<br />

o sofá, um deputa<strong>do</strong> a abanava e<br />

outro recolhia os papéis <strong>do</strong> discurso<br />

esparrama<strong>do</strong>s pelo chão. Foi aí que<br />

se observou a última palavra escrita<br />

no discurso: desmaiar! A deputada<br />

era uma conhecida atriz.


A BOMBA<br />

• Final da data de 1970. Um telefonema anônimo informava que o plenário da<br />

Assembléia iria explodir. Logo, localizaram uma estranha caixa de onde vinha um<br />

intermitente tic-tac. Imediatamente o prédio foi evacua<strong>do</strong>. A polícia técnica<br />

desmontou a bomba e constatou: no invólucro <strong>do</strong> explosivo havia uma bomba de<br />

chocolate!


A ASSEMBLÉIA E A REDEMOCRATIZAÇÃO<br />

Na década de 1970, o Poder <strong>Legislativo</strong> adquiriu características<br />

peculiares. Como era o único poder que tinha representantes eleitos,<br />

suas eleições foram transformadas em autêntico plebiscito <strong>do</strong> regime<br />

vigente. Em São Paulo, a partir de 1974, a oposição obteve vitórias<br />

marcantes. Os anos seguintes foram de abertura democrática. A<br />

sociedade encontrava no <strong>Legislativo</strong> um <strong>do</strong>s poucos canais<br />

institucionais por onde podia expressar a sua vontade política. A<br />

Assembléia tornou-se um centro aglutina<strong>do</strong>r, fundamental na<br />

redemocratização <strong>do</strong> País.


A REDEMOCRATIZAÇÃO NA ASSEMBLÉIA<br />

Cada episódio no processo de redemocratização <strong>do</strong> País foi vivi<strong>do</strong><br />

intensamente na Assembléia paulista.<br />

Na foto, a visita <strong>do</strong> sena<strong>do</strong>r Teotônio Vilela, que peregrinou pelo país em<br />

defesa da democracia. Mais tarde foi homenagea<strong>do</strong> pela Assembléia<br />

paulista com seu nome denominan<strong>do</strong> um novo plenário.


A ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE DE 1989<br />

Se submetermos a nova Assembléia que surgiu após a Constituição<br />

de 1989, aos critérios teóricos que a<strong>do</strong>tamos para analisar a evolução<br />

<strong>do</strong> <strong>Legislativo</strong> (Representação; Legislação; Controle <strong>do</strong> Executivo; e<br />

Legitimação), constatamos, mais uma vez, que em cada momento<br />

histórico o Poder <strong>Legislativo</strong> tem características própria, bem<br />

diferentes.


NÚMERO<br />

DE<br />

MEMBROS<br />

DURAÇÃO<br />

DO<br />

MANDATO<br />

PERÍODO<br />

DE<br />

REUNIÕES<br />

IMUNIDAD<br />

E<br />

PARLAME<br />

NTAR<br />

SEDE<br />

1834<br />

CONSTIT<br />

UIÇÃO<br />

36<br />

DEPUTAD<br />

OS<br />

2 ANOS 3 ANOS<br />

3 MESES<br />

JANEIRO<br />

A<br />

MARÇO<br />

1834<br />

CONSTIT<br />

UIÇÃO<br />

INVIOLÁV<br />

EIS PELAS<br />

OPINIÕES<br />

EMITIDAS.<br />

PRISÃO<br />

ADMITID<br />

A SÓ<br />

EM<br />

FLAGRAN<br />

TE,<br />

SALVO<br />

AUTORIZ<br />

AÇÃO DO<br />

LEGISLAT<br />

IVO<br />

PATEO DO<br />

COLÉGIO<br />

1891<br />

CONSTITU<br />

IÇÃO<br />

SISTEMA<br />

BICAMERA<br />

L.<br />

40<br />

DEPUTAD<br />

OS<br />

(1 PARA<br />

CADA<br />

60.000<br />

HABITANT<br />

ES.<br />

PARA<br />

NUMERO<br />

DEPUTAD<br />

MÁXIMO<br />

OS<br />

3 DE 60<br />

6 MESES ANOS<br />

MEMBROS<br />

PARA 7 DE<br />

)<br />

SENADOR ABRIL<br />

E<br />

ES A<br />

7 20 DE<br />

SENADOR JULHO<br />

1891 ES<br />

CONSTITU (1 PARA<br />

CADA IÇÃO140<br />

INVIOLÁV MIL<br />

HABITANT EIS PELAS<br />

OPINIÕES ES)<br />

EMITIDAS.<br />

PRISÃO<br />

ADMITIDA<br />

SÓ EM<br />

FLAGRAN<br />

TE, SALVO<br />

AUTORIZA<br />

ÇÃO DO<br />

LEGISLATI<br />

VO<br />

PRAÇA<br />

JOÃO<br />

MENDES<br />

1935<br />

CONSTITUIÇ<br />

ÃO<br />

75<br />

DEPUTADOS<br />

60 ELEITOS<br />

POR<br />

SUFRÁGIO<br />

UNIVERSAL.<br />

15<br />

CLASSISTAS,<br />

ELEITOS<br />

1947<br />

CONSTITUIÇ<br />

ÃO<br />

75<br />

DEPUTADOS<br />

(1 PARA CADA<br />

100.000<br />

1967<br />

CONSTITU<br />

IÇÃO<br />

<strong>11</strong>5<br />

DEPUTADO<br />

S<br />

(1 PARA<br />

1969<br />

EMENDA<br />

67 deputa<strong>do</strong>s<br />

QUADRO<br />

HABITANTES)<br />

ALTERAÇÕES:<br />

COMPARATIVO<br />

ALTERAÇÕES:<br />

DEPUTADOS<br />

: LEGISLATIVO<br />

PAULISTA<br />

SETEMBRO<br />

JUNHO<br />

1834/1996<br />

1989<br />

CONSTITUIÇÃ<br />

O<br />

84 DEPUTADOS<br />

ALTERAÇÕES:<br />

CADA<br />

-1974 - 70 -1994 - 94<br />

200.000<br />

ELEITORES<br />

Deputa<strong>do</strong>s DEPUTADOS<br />

, ATÉ 65 -1978 - 79<br />

-1958 - 91 DEPUTADO deputa<strong>do</strong>s<br />

PELAS<br />

4 ANOS<br />

SEGUINTES<br />

4 ANOS<br />

S. DEPOIS 1<br />

4 ANOS<br />

PARA<br />

4 anos<br />

-1982 - 84<br />

4 ANOS<br />

CATEGORIAS -1962 - <strong>11</strong>5 CADA<br />

deputa<strong>do</strong>s<br />

PROFISSIONAI DEPUTADOS 500.000)<br />

5 MESES S:<br />

9 DE 4 JULHO DA<br />

LAVOURA A<br />

31 4 DA DE<br />

DEZEMBRO<br />

INDÚSTRIA<br />

4 DO<br />

COMÉRCIO 1935<br />

CONSTITUIÇ 1 FUNC.<br />

PÚBLICO ÃO<br />

INVIOLÁVEIS<br />

1 PROFISS.<br />

LIBERAL PELAS<br />

OPINIÕES 1 DA<br />

IMPRENSA<br />

EMITIDAS.<br />

9 MESES<br />

14 DE MARÇO<br />

A<br />

14 DE<br />

1947<br />

CONSTITUIÇ<br />

ÃO<br />

INVIOLÁVEIS<br />

PELAS<br />

OPINIÕES<br />

EMITIDAS.<br />

10 MESES<br />

14 DE<br />

MARÇO<br />

A<br />

30 DE<br />

1967 E<br />

CONSTITU 1 DE<br />

AGOSTO IÇÃO<br />

INVIOLÁVE A<br />

IS 15 POR DE<br />

DEZEMBRO SUAS<br />

OPINIÕES,<br />

10 meses<br />

de 31 de março<br />

a<br />

30 de junho<br />

e<br />

1 de agosto<br />

1969 a<br />

30 EMENDA de novembro<br />

Invioláveis no<br />

exercício <strong>do</strong><br />

mandato, por<br />

suas opiniões,<br />

10 MESES<br />

DE 1 DE<br />

JANEIRO<br />

A<br />

30 DE JUNHO<br />

E<br />

DE 1989 1 DE<br />

CONSTITUIÇÃ<br />

AGOSTO<br />

OA<br />

INVIOLÁVEIS 15 DE<br />

DEZEMBRO PELAS<br />

OPINIÕES<br />

EMITIDAS. NÃO<br />

PRISÃO NÃO PODE PALAVRAS palavras e votos, PODE SER<br />

ADMITIDA SER PRESO, E VOTOS salvo nos casos PRESO, SALVO<br />

SÓ EM SALVO EM PROFERIDO de injúria,<br />

EM<br />

FLAGRANTE, FLAGRANTE S NO<br />

difamação FLAGRANDE<br />

SALVO<br />

DE CRIME DESEMPEN calúnia, ou nos DE CRIME<br />

AUTORIZAÇÃ INAFIANÇÁVE HO DO crimes previstos INAFIANÇÁVEL<br />

O<br />

L, NEM MANDATO. na lei de<br />

, NEM<br />

DO<br />

PROCESSADO DESDE A Segurança PROCESSADO<br />

LEGISLATIVO SEM LICENÇA DIPLOMAÇ Nacional. SEM LICENÇA<br />

DA<br />

ÃO ATÉ O Durante as<br />

DA<br />

ASSEMBLÉIA TÉRMINO sessões e quan<strong>do</strong> ASSEMBLÉIA<br />

PRAÇA<br />

PARQUE PARQUE DO<br />

para Parque elas <strong>do</strong> se<br />

JOÃO<br />

D. PEDRO II MANDATO,<br />

IBIRAPUER dirigirem Ibirapuera<br />

ou<br />

MENDES<br />

O A<br />

delas<br />

DEPUTADO regressarem, os<br />

NÃO deputa<strong>do</strong>s não

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