Edição 43 - Autoridade Tributária de Moçambique
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Continuação ..::<br />
•Do universo dos NUITs<br />
em 31/3/2010, 992,786 são<br />
<strong>de</strong> pessoas singulares (mais<br />
<strong>de</strong> 96%), contra 31,151 <strong>de</strong><br />
pessoas colectivas (menos<br />
<strong>de</strong> 4%); do total das pessoas<br />
singulares, 46,719 (cerca <strong>de</strong><br />
5% em 992,786), exercem<br />
activida<strong>de</strong> por conta própria;<br />
•Os 1,023,937 NUITs já<br />
atribuídos (que incluem 13,610<br />
em ISPC – Imposto Simplificado<br />
para os Pequenos Contribuintes)<br />
representam sensivelmente<br />
apenas 10% da população<br />
economicamente activa do<br />
Pais.<br />
CENÁRIO ACTUAL DO<br />
AMBIENTE FISCAL EM<br />
MOÇAMBIQUE<br />
•Noventa porcento<br />
do universo potencial <strong>de</strong><br />
contribuintes (ou seja, em<br />
ida<strong>de</strong> fiscal activa) não estão<br />
registados como contribuintes;<br />
•Há mais pessoas singulares<br />
em conta própria, do que<br />
pessoas colectivas (+15,568);<br />
•Há mais unida<strong>de</strong>s<br />
económicas em conta própria,<br />
não registadas;<br />
•Há mais unida<strong>de</strong>s<br />
económicas como pessoas<br />
colectivas, não registadas;<br />
•Há pessoas singulares acima<br />
do mínimo não tributável,<br />
seguramente, não registadas<br />
e, por isso, não pagam o<br />
imposto (mínimo em ISPC = 36<br />
salários mínimos do mínimo mais<br />
elevado, em cada ano fiscal),<br />
e ainda, paralelamente,<br />
•Há aquisições nos<br />
estabelecimentos comerciais,<br />
sem emissão <strong>de</strong> facturas,<br />
exigidas por lei;<br />
•Há “rendimentos turbos”<br />
(múltiplos rendimentos),<br />
<strong>de</strong> pessoas singulares,<br />
não <strong>de</strong>clarados e não<br />
Quadros da AT presentes<br />
na cerimónia<br />
globalizados;<br />
•Há auto-liquidação <strong>de</strong><br />
contribuintes, prestando<br />
<strong>de</strong>clarações falsas;<br />
•Há <strong>de</strong>duções não previstas<br />
por lei, em responsabilida<strong>de</strong><br />
social, visando a <strong>de</strong>dução<br />
<strong>de</strong>liberada da matéria<br />
colectável;<br />
•Há mecanismos fraudulentos<br />
<strong>de</strong> sonegação <strong>de</strong> vendas, e<br />
outras irregularida<strong>de</strong>s.<br />
Todos estes cenários nos<br />
remetem a uma profunda<br />
reflexão colectiva, sobre a<br />
necessida<strong>de</strong> e estratégia <strong>de</strong><br />
reversão da situação, visando o<br />
alargamento da base tributária,<br />
e a recuperação das perdas<br />
fiscais, em todas as frentes.<br />
Em todo o Pais, estão<br />
programados para 2010,<br />
pelo menos 200,000 Novos<br />
Contribuintes, incluindo 20,000<br />
a registar em se<strong>de</strong> do ISPC, e<br />
várias acções <strong>de</strong> fiscalização<br />
e auditoria, essencialmente<br />
<strong>de</strong> carácter educativo e<br />
preventivo.<br />
Serão redobrados esforços<br />
<strong>de</strong> recuperação das perdas<br />
fiscais, <strong>de</strong>correntes quer<br />
da elisão, quer da frau<strong>de</strong><br />
e da gran<strong>de</strong> evasão fiscal,<br />
através do aperfeiçoamento<br />
e formação especializada <strong>de</strong><br />
quadros afectos a fiscalização,<br />
auditoria, investigação e<br />
inteligência tributária, no<br />
combate aos crimes fiscais e<br />
aduaneiros, <strong>de</strong> natureza vária.<br />
Os vectores <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong><br />
fiscal não se limitarão, assim,<br />
tão-só ao alargamento da base<br />
tributária, por via <strong>de</strong> registo <strong>de</strong><br />
Novos Contribuintes em todo o<br />
Pais.<br />
O IV Seminário <strong>de</strong> Execução<br />
da Politica Fiscal e Aduaneira,<br />
que teve lugar recentemente,<br />
e pela primeira vez, sob os<br />
auspícios das instalações<br />
do Centro <strong>de</strong> Internacional<br />
<strong>de</strong> Conferências Joaquim<br />
Chissano, com uma activa<br />
participação do Senhor<br />
Ministro das Finanças, adoptou<br />
a máxima <strong>de</strong> “tolerância zero<br />
a evasão fiscal, a todos os<br />
níveis”.<br />
::.. Continua <br />
BI <strong>43</strong>•ABR•10<br />
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