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Sexoe o Hemisfério - International Planned Parenthood Federation ...

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taxas totais de fertilidade para os 20% mais ricos variam de<br />

2,9 filhos na Guatemala a 1,6 filhos no Peru.<br />

As taxas de gravidez entre adolescentes apresentam<br />

tendências similares. Na República Dominicana, a<br />

porcentagem de mulheres na faixa etária de 15 a 19 anos que<br />

dão à luz é de 3% entre as mais ricas e de 23% entre as mais<br />

pobres.<br />

Quando se trata de atenção à saúde materna, a<br />

desigualdade persiste em diversos países, embora exista uma<br />

variação regional indicando que decisões políticas foram<br />

tomadas objetivando investimentos direcionados às<br />

populações mais pobres. A porcentagem de nascimentos<br />

assistidos por pessoal clínico treinado é esclarecedora: no<br />

Peru, 98% dos partos entre os mais ricos são assistidos, ao<br />

passo que apenas 20% da população empobrecida têm acesso<br />

a este serviço. Na Nicarágua e na República Dominicana estes<br />

percentuais se elevam para 78% e 89% entre as populações<br />

mais pobres.<br />

De maneira semelhante, o percentual de mulheres que<br />

sabem que o HIV/AIDS pode ser transmitido por contato<br />

sexual varia bastante de país para país: entre as mais pobres,<br />

este percentual é 13% na Bolívia, 42% no Haiti e 52% na<br />

Colômbia. Dentre as mais ricas nestes mesmos países, estes<br />

números alcançam até 89%.<br />

Barroso concluiu que, como um todo, o segmento mais<br />

pobre da América Latina e do Caribe não tem acesso aos<br />

serviços e informações de que necessitam na esfera de saúde<br />

sexual e reprodutiva. Por sua vez, esta falta de acesso torna<br />

tais populações mais vulneráveis aos eventos – a exemplo de<br />

gravidez não planejada, morte materna, infecção por HIV,<br />

falta de tratamento para as conseqüências da violência<br />

sexual – aumentando assim os níveis de pobreza e<br />

dependência.<br />

Barroso e Buvinic reivindicaram maiores investimentos para<br />

serviços e informações em saúde sexual e reprodutiva, porém<br />

especificaram que tais investimentos devem ser desenhados<br />

para que de fato beneficiem as populações mais pobres.<br />

Na discussão subseqüente, os/as participantes concluíram<br />

que os ODM não são adequados como metas para<br />

desenvolvimento na América Latina e Caribe – eles<br />

representam um “piso” muito abaixo do nível agregado.<br />

Embora todos/as tenham concordado com esta colocação,<br />

está claro que tais objetivos estão longe de ser cumpridos<br />

para tais populações, quando examinamos a situação dos<br />

mais pobres em cada um dos nossos países. Cada país da<br />

região deve revisar para cima as metas e indicadores que<br />

representem estas desigualdades dentro das distintas áreas<br />

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e Saúde Sexual e Reprodutiva na América Latina e no Caribe<br />

Ana Cristina González, Ministério do Proteção Social da<br />

Colômbia, em Nova Iorque.<br />

de cada país, assim como entre os seus grupos sociais, raciais,<br />

étnicos e etários, e entre as populações masculinas e<br />

femininas.<br />

Conforme mencionado pelo Secretário-Geral [da ONU], na<br />

América Latina e no Caribe precisamos revisar os ODM e<br />

torná-os mais específicos. Como alguns dos objetivos já<br />

foram realizados na região, precisamos voltar nossa<br />

atenção para o que está próximo, com uma visão nativa e<br />

perspectiva dos ODM para a nossa área, e, mais<br />

importante ainda, para cada país. Diversos países estão<br />

incluindo ODM adicionais em seus relatórios nacionais, não<br />

citados na Declaração do Milênio, mas que são<br />

considerados como relevantes para a situação do país.<br />

Rogelio Fernández-Castilla, FNUAP<br />

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