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Sexoe o Hemisfério - International Planned Parenthood Federation ...

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Introdução<br />

Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, particularmente<br />

a erradicação da pobreza extrema e da fome, não podem ser<br />

realizados caso as questões de população e saúde<br />

reprodutiva não sejam resolvidas adequadamente. E isto<br />

significa esforços mais contundentes para a promoção dos<br />

direitos das mulheres, assim como maiores investimentos em<br />

educação e saúde, incluindo saúde reprodutiva e<br />

planejamento familiar.<br />

Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan,<br />

16 de dezembro de 2002<br />

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e Saúde Sexual e Reprodutiva na América Latina e no Caribe<br />

Em setembro de 2000, a Assembléia Geral<br />

das Nações Unidas adotou a Declaração do<br />

Milênio como parâmetro para reduzir pela<br />

metade o número de pessoas vivendo em<br />

condições de extrema pobreza até o ano<br />

2015. A Declaração do Milênio não<br />

reafirmou o objetivo geral de tornar<br />

“acessível, através do sistema de saúde<br />

básica, serviços de saúde reprodutiva para todas as pessoas<br />

de idades apropriadas, o mais breve possível, antes do ano<br />

2015”, estabelecido pela Conferência Internacional de<br />

População e Desenvolvimento (CIPD), em 1994. Ainda assim, a<br />

Declaração especificou que ações devem ser tomadas para se<br />

reduzir os índices das mortalidades infantil e materna,<br />

reverter a disseminação da AIDS, promover igualdade de<br />

gênero e combater a violência contra as mulheres – todos<br />

estes são temas centrais do CIPD.<br />

Os Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM),<br />

assim como as metas e indicadores adotados pela Assembléia<br />

Geral, em setembro de 2001, como parte do Plano para<br />

Execução da Declaração do Milênio (Road Map), seguiram um<br />

padrão similar. Os ODM incluíram três metas – melhorar a<br />

saúde materna, reduzir a mortalidade infantil e combater o<br />

HIV/AIDS – que estão diretamente relacionadas à saúde<br />

sexual e reprodutiva, ao passo que outros quatro objetivos –<br />

erradicar pobreza extrema e fome; promover o acesso à<br />

educação primária universal; promover igualdade de gênero e<br />

capacitar as mulheres; e garantir sustentabilidade ambiental<br />

– têm uma relação íntima com saúde, incluindo saúde sexual<br />

e reprodutiva. Entretanto, os ODM silenciam sobre tópicoschave,<br />

a exemplo de contracepção e planejamento familiar,<br />

serviços de saúde para adolescentes e violência sexual.<br />

Desde então, muitos governos e o sistema da ONU<br />

reorganizaram seu trabalho com base nos ODM, com ênfase<br />

particular (e possivelmente excessiva) nas metas e<br />

indicadores selecionados para medir a sua realização. O Banco<br />

Mundial integrou a estrutura dos Objetivos do Milênio em<br />

suas diretrizes para elaboração, pelos países em<br />

desenvolvimento, dos Documentos Estratégicos para Redução<br />

de Pobreza (Poverty Reduction Strategy Papers, PRSPs). Os<br />

ODM tornaram-se um ponto de referência importante para os<br />

esforços destinados a erradicar a pobreza e a promover o<br />

desenvolvimento.<br />

Ainda assim, ativistas, atuando no campo da saúde sexual<br />

e reprodutiva, permaneceram inseguros quanto à postura que<br />

deveriam ter em relação aos ODM. Algumas pessoas rejeitam<br />

os ODM de maneira assertiva devido à atenção incompleta<br />

dada à saúde e aos direitos sexuais e reprodutivos. Outras<br />

criticam os ODM como desvio e diluição dos acordos<br />

internacionais prévios. Muitos não acreditam que os seus<br />

governos estejam propensos a prestar atenção nestes<br />

objetivos e que os ODM não são de fato ambiciosos o<br />

suficiente para se tornar relevantes para a realidade dos<br />

países de renda média e até mesmo de renda média-baixa.<br />

Este tem sido um problema particular para a América Latina e<br />

Caribe, locais onde apenas alguns poucos governos engajaram<br />

-se no processo PRSP. Além disso, as desigualdades<br />

socioeconômicas marcantes que caracterizam a maioria dos<br />

países da América Latina tornaram excessivamente real a<br />

perspectiva de que os Objetivos poderiam ser “alcançados”<br />

nas estatísticas nacionais sem a resolução prévia das<br />

condições críticas das populações mais pobres vivendo em<br />

cada país.<br />

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