Philip Yancey - Decepcionado com Deus - Noiva de Cristo
Philip Yancey - Decepcionado com Deus - Noiva de Cristo
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amores; estendi sobre ti as abas do meu manto, e<br />
cobri a tua nu<strong>de</strong>z; <strong>de</strong>i-te juramento, e entrei em<br />
aliança contigo, diz o Senhor <strong>Deus</strong>; e passaste a ser<br />
minha.<br />
Então te lavei <strong>com</strong> água, e te enxuguei do teu sangue<br />
e te ungi <strong>com</strong> óleo. Também te vesti <strong>de</strong> roupas bordadas,<br />
e te calcei <strong>com</strong> peles <strong>de</strong> animais marinhos, e te<br />
cingi <strong>de</strong> linho fino e te cobri <strong>de</strong> seda. Também te<br />
adornei <strong>com</strong> enfeites, e te pus braceletes nas mãos e<br />
colar à roda do teu pescoço. Coloquei-te um pen<strong>de</strong>nte<br />
no nariz, arrecadas nas orelhas, e linda coroa na<br />
cabeça.<br />
O texto passa a relatar <strong>Deus</strong> observando sua querida filha Israel <strong>de</strong>sprezar o<br />
amor que ele havia <strong>de</strong>rramado sobre ela. Sua amada filha tornou-se adulta, vindo<br />
a ser uma rainha <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> beleza... e então uma prostituta. Ela fez amor <strong>com</strong> ídolos,<br />
e matou seus próprios filhos e filhas <strong>com</strong>o sacrifícios a esses ídolos. <strong>Deus</strong><br />
sentiu a angústia <strong>de</strong> um pai abandonado e, ao mesmo tempo, a ira <strong>de</strong> um amante<br />
rejeitado.<br />
<strong>Deus</strong>, que vê tudo, conhecia o <strong>de</strong>stino final dos israelitas mesmo antes <strong>de</strong><br />
terem cruzado o rio para entrar na Terra Prometida: "Conheço os <strong>de</strong>sígnios que<br />
hoje estão formulando, antes que o introduza na terra." Quando seu povo ajuntouse<br />
ao lado do rio Jordão, empolgado <strong>com</strong> a perspectiva <strong>de</strong> mudança, <strong>Deus</strong> <strong>de</strong>ulhes<br />
um vislumbre <strong>de</strong> <strong>com</strong>o é que é ser <strong>Deus</strong>. Ele não partilhava do espírito <strong>de</strong><br />
expectativa existente no acampamento, e visitou Moisés na Tenda do Encontro<br />
para explicar por quê.<br />
Mais do que qualquer outra coisa, <strong>Deus</strong> ansiava que a aliança <strong>de</strong>sse certo:<br />
"Quem <strong>de</strong>ra que eles tivessem tal coração que me temessem, e guardassem em<br />
todo o tempo todos os meus mandamentos, para que bem lhes fosse a eles e a seus<br />
filhos para sempre!" Mas as muitas rebeliões no <strong>de</strong>serto não ficariam impunes.<br />
<strong>Deus</strong> predisse a terrível <strong>de</strong>sobediência que viria e então previu sua própria reação:<br />
"Escon<strong>de</strong>rei, pois, certamente, o meu rosto naquele dia." Falou <strong>com</strong> resignação,<br />
<strong>com</strong>o o pai <strong>de</strong> um viciado em drogas, sem condições <strong>de</strong> impedir a auto<strong>de</strong>struição<br />
<strong>de</strong> seu próprio filho; <strong>com</strong>o o marido <strong>de</strong> uma alcoólatra, a qual, aos prantos,<br />
promete "tomar jeito" no dia seguinte, uma promessa que ela já quebrou vezes<br />
<strong>de</strong>mais para se mencionar.<br />
<strong>Deus</strong> <strong>de</strong>u então a Moisés uma tarefa bem estranha. "Escrevei para vós<br />
outros este cântico", disse, "e ensinai-o aos filhos <strong>de</strong> Israel; pon<strong>de</strong>-o na sua boca,<br />
para que este cântico me seja por testemunha contra os filhos <strong>de</strong> Israel." O cântico<br />
colocou em forma <strong>de</strong> música o ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> <strong>Deus</strong>: o lamento <strong>de</strong> um pai