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Diário da Câmara dos Deputados

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República Federativa do Brasil<br />

, "-<br />

DIARIO DA CAMARA DOS DEPUTADOS<br />

ANO LI - N° 028 SEXTA-FEIRA, 16DE FEVEREIRO DE 1996 BRASíLIA. DF


MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS<br />

(Biênio 1995/96)<br />

PRESIDENTE: Luís EDUARDO - PFL-BA"<br />

19. VICE-PRESIDENTE: RONALDO PERIM - PMDB-MG<br />

29. VICE-PRESIDENTE: BETO MANSUR - PPB-SP<br />

1 52 SECRETÁRIO: WILSON CAMPOS - PSDB-PE<br />

29. SECRETÁRIO: LEOPOLDO BESSONE - PTB-MG<br />

3º SECRETÁRIO: BENEDITO DOMINGOS - PPB-DF<br />

49. SECRETÁRIO: JOÃO HENRIQUE - PMDB-PI<br />

1 Q SUPLENTE DE SECRETÁRIO: ROBSON TUMA - PSL-SP<br />

2 Q SUPLENTE DE SECRETÁRIO: VANESSA FELIPPE - PSDB-RJ<br />

3º SUPLENTE DE SECRETÁRIO: LUIZ PIAUHYLINO - PSDB-PE<br />

4 52 SUPLENTE DE SECRETÁRIO: WILSON BRAGA - PDT-PB


CÂMARA DOS DEPUTADOS<br />

1 - ATA DA 11. SESSÃO, DA CÂMARA<br />

DOS DEPUTADOS, DA 21. SESSÃO LEGISLA·<br />

TIVA, DA 5()1. LEGISLATURA, EM 15 DE FEVE·<br />

REIRO DE 1996<br />

l-Abertura <strong>da</strong> Sessão<br />

11 - Leitura e assinatura <strong>da</strong> ata <strong>da</strong> sessão<br />

anterior<br />

111 - Leitura do Expediente<br />

OFfc/os<br />

N9- 13/96 - Do Senhor Deputado Pedrinho<br />

Abrão, Liqer do PTB, encaminhando a declaração<br />

<strong>da</strong> Banca<strong>da</strong> do PTB que o indica para Lider<br />

<strong>da</strong> mesma. 04659<br />

N9- 25/96 - Do Senhor Deputado Miro Teixeira,<br />

Lider do PDT, indicando os Deputa<strong>dos</strong> do<br />

referido Partido que integrarão a Comissão Especial<br />

destina<strong>da</strong> a apreciar e <strong>da</strong>r parecer sobre o<br />

PL n9. 1.125/95. 04660<br />

REQUERIMENTOS<br />

- Do Senhor Deputado Itamar Serpa, requerendo<br />

licença para tratar de interesses particulares.<br />

04660<br />

- Do Senhor Deputado Sérgio Naya, requerendo<br />

licença para tratar de interesse particular.<br />

04660<br />

COMUNICAÇÕES<br />

- Da Banca<strong>da</strong> do PMDB, comunicando que<br />

deliberou constituir Bloco Parlamentar com as<br />

Banca<strong>da</strong>s do PSC, PSD e do PSL....................... 046ô1<br />

- Do Bloco Parlamentar PPB/PL, comunicando<br />

a formação de Bloco Parlamentar constituido<br />

pelas Banca<strong>da</strong>s do PPB e do PL. 04661<br />

- Do Bloco Parlamentar PPB/PL, comunicando<br />

que as Banca<strong>da</strong>s do PPB e do PL escolheram<br />

o Deputado Odelmo Leão para Lider do<br />

Bloco Parlamentar PPB/PL. 04661<br />

- Da Banca<strong>da</strong> do PPB, comunicando que o<br />

Deputado Odelmo Leão foi reconduzido ao cargo<br />

de Lider do referido Partido......... 04662<br />

- Da Banca<strong>da</strong> do PSD, comunicando que a<br />

referi<strong>da</strong> Banca<strong>da</strong> deliberou constituir Bloco Parlamentar<br />

com as Banca<strong>da</strong>s do PSC, PMDB e do<br />

PSL. ;......................... 04663<br />

- Da Banca<strong>da</strong> do PSL, informando que a<br />

referi<strong>da</strong> Banca<strong>da</strong> deliberou constituir Bloco Parlamentar<br />

com as Banca<strong>da</strong>s do PMDB, PSC e do<br />

PSD. 04663<br />

- Da Banca<strong>da</strong> do PSC, informando que a<br />

referi<strong>da</strong> Banca<strong>da</strong> deliberou constituir Bloco Parla-<br />

SUMÁRIO<br />

mentar com as Banca<strong>da</strong>s do PMDB, PSD e do<br />

PSL. 04663<br />

IV - Pequeno Expediente<br />

AUGUSTO VIVEIROS - Aplauso à atuação<br />

<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong> Jair Soares e Euler Ribeiro,<br />

respectivamente Presidente e Relator <strong>da</strong> Comissão<br />

Especial do Sistema de Previdência<br />

Social. 04664<br />

NILSON GIBSON - Ilegali<strong>da</strong>de do acordo<br />

celebrado entre o Sindicato <strong>dos</strong> Metalúrgicos de<br />

São Paulo e empresários, relativo à contratação<br />

temporária de trabalhadores sem garantias e direitos<br />

trabalhistas. Editorial "Precedente altamente<br />

perigoso, referente ao acordo", publicado no<br />

jornal O Estado de S. Paulo. Medi<strong>da</strong>s do Presidente<br />

Femando Henrique Car<strong>dos</strong>o para contenção<br />

de demissões e geração de novos empregos.<br />

Equivoco cometido pelo jornal Folha de S.<br />

Paulo, sobre a autoria do pedido para supressão<br />

de termo anti-regimental de pronunciamento do<br />

orador.. 04664<br />

ZAIRE REZENDE - Declaração de voto favorável<br />

à extinção do Instituto de Previdência <strong>dos</strong><br />

Congressistas - IPC. 04666<br />

NILMÁRIO MIRANDA - Extinção do Instituto<br />

de Previdência <strong>dos</strong> Congressistas - IPC, nos<br />

termos propostos pelo Partido <strong>dos</strong> Trabalhadores..........................................................................<br />

04667<br />

ADYLSON MOTTA -Improprie<strong>da</strong>de de noticia<br />

veicula<strong>da</strong> pelo jornal Folha de S. Paulo, sobre<br />

posicionamento do orador em relação à extinção<br />

do Instituto de Previdência <strong>dos</strong> Congressistas<br />

- IPC. Desligamento do orador do IPC e do<br />

Fundo Estadual de Previdência de Parlamentares<br />

<strong>da</strong> Assembléia Legislativa do Estado do Rio<br />

Grande do Sul - FEPA. Associação ao Deputado<br />

Adão Pretto em seu pronunciamento sobre irregulari<strong>da</strong>des<br />

na Companhia Nacional de Abastecimento<br />

- CONAB. 04667<br />

HUGO BIEHL - Alusão ao documento Carta<br />

do Oeste Catarinense, reivindicatório <strong>da</strong> implantação<br />

do processo de securitização para as<br />

dívi<strong>da</strong>s do setor empresarial secundário e terciário...........................................................................<br />

04668<br />

PAES LANDIM - Editorial "O futuro <strong>dos</strong><br />

aeroportos," publicado no jornal argentino J-a Na·<br />

clon. Conveniência <strong>da</strong> privatização <strong>dos</strong> aeroportos<br />

brasileiros. 04670<br />

BENEDITO GUIMARÃES - Contribuição<br />

para o Pais do Projeto Provin<strong>da</strong> Aurifera do Tapajós,<br />

no Estado do Pará. Cumprimento <strong>da</strong>s pro-


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04659<br />

lho entre indústria e segmentos sindicais para cha, Carlos Ananias Campos de Souza, Dilvana<br />

amenização <strong>da</strong> problemática do desemprego no Carvalho Silva, Elaine Apareci<strong>da</strong> Macedo, Eliana<br />

Pais. 04700 <strong>Câmara</strong> Sciani, Erieldes Souza Silva, Erisvânia<br />

CHICO VIGILANTE - Extinção do Instituto Sousa Silva, Flávio Arnaldo Yazberk, Gracia Made<br />

Previdência <strong>dos</strong> Congressistas -IPC. Protes- ria Teixeira Halum, Jorsita <strong>da</strong>s Dores Silva, José<br />

to contra a não-eorreção de per<strong>da</strong>s salariais <strong>dos</strong> Pereira Sobrinho, Lenice Fonseca <strong>dos</strong> Santos Riservidores<br />

públicos. Conveniência de paralisação beiro, Marcus Vinicius Barbosa Magalhães, Ma<strong>da</strong><br />

categoria. 04701 ria Cecilia Felicio <strong>dos</strong> Santos de Almei<strong>da</strong>, Maria<br />

GILNEY VIANA - Crise institucional e fi- Divina Rodrigues, Marianne <strong>da</strong> Costa Antunes,<br />

nanceira do Estado do Mato Grosso..................... 04702 Régis Lemos Júnior, Rosina Barbosa Magalhães,<br />

MARCONI PERILLO - Crise <strong>da</strong> cotonicul- Solange Cristina Falcão Vieira, Wanderly Pires<br />

tura nacional. Encaminhamento aos Ministérios do Nascimento, Wanessa Valente Santiago de<br />

<strong>da</strong> Agricultura, do Abastecimento e <strong>da</strong> Reforma Melo. 04713<br />

Agrária e <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>, de indicação para altera- b) Dispensa a pedido: Ademilton Ricardo<br />

ção <strong>da</strong> polltica de tarifas incidentes sobre o algo- <strong>da</strong> Silva, Ewandro Magalhães Júnior, Raimundo<br />

dão......................................................................... 04703 Teles Taveiras, Severino Gomes de Almei<strong>da</strong>....... 04717<br />

BENEDITO DOMINGOS - Preservação do COMISSÕES<br />

pudor, do respeito à familia e <strong>dos</strong> pinclpios cris- 5 -ATAS DAS COMISSÕES<br />

tãos no Pais........................................................... 04704 a) Comissão de Minas e Energia, Termos<br />

VIII - Encerramento de Reunião, em 14 e 28-6-95 e 16-8-95; 25ª Reu-<br />

2 - ATOS DA MESA nião (Audiência Pública) com notas taquigráficas,<br />

- Nº- 29195 - Dispõe sobre transformação em 25-10-95; Termo de Reunião, em 12..11-95;<br />

de cargos. 04713 26ª Reunião (Ordinária), em 8-11-95; 27ª Reu-<br />

- Nº- 30/96 - Dispõe sobre a lotação de ser- nião (Ordinária), em 22-11-95; 28!! Reunião (Ordividores<br />

nos Gabinetes <strong>dos</strong> LIderes do PMN e nária),em 29-11-95; e Termo de Reunião, em 6-<br />

PSD. 04713 12-95...................................................................... 04719<br />

3 - DECISÃO DA PRESIDêNCIA b) Comissão de Seguri<strong>da</strong>de Social e Faml-<br />

_ Revê o despacho de distribuição <strong>da</strong>do ao lia - Subcomissão Especial para Regulamenta-<br />

PL nQ 1.325195. 04713 ção <strong>dos</strong> Planos e Seguros de Saúde, 7!! Reunião<br />

4 _ ATOS DO PRESIDENTE (Ordinária), em 18-10-95 (republica<strong>da</strong> por não ter<br />

saldo com notas taquigráficas)................... 04736<br />

a) Exoneração: Alberto Luis Mendonça Rol- 6 _ MESA<br />

lo, Alexandre Zerlottini <strong>dos</strong> Reis, Ana Karla Eleutério<br />

Rezende Fabrino, Anilson Machado, Antônio 7 - LfDERES E VICE-LfDERES<br />

Carlos Bosco Massarollo, Antônio Rodrigues Ro- 8 - COMISSÕES<br />

Ata <strong>da</strong> 1ª-Sessão, em 15 de fevereiro de 1996<br />

Presidência <strong>dos</strong> Srs. Osvaldo Biolchi, Adylson Motta, Paulo Mourão, Herculano Anghin,etti,<br />

§ 2 Q do artigo 18 do Regimento Interno.<br />

1-ABERTURA DA SESSÃO<br />

(Às 14 horas)<br />

O SR. PRESIDENTE (Osvaldo Biolchi) - Havendo<br />

número regimental, está aberta a sessão.<br />

Sob a proteção de Deus e em nome do povo<br />

brasileiro iniciamos nossos trabalhos.<br />

O Sr. Secretário procederá à leitura <strong>da</strong> ata <strong>da</strong><br />

sessão anterior.<br />

11- LEITURA DA ATA<br />

O SR. PRESIDENTE (Osvaldo Biolchi) - Passa-se<br />

à leitura do Expediente.<br />

o SR. NILSON GIBSON, servindo como 1Q Secretário,<br />

procede à leitura do seguinte<br />

111 - EXPEDIENTE<br />

OFfclOS<br />

Do Senhor Deputado Pedrinho Abrao, Lider<br />

do PTB, nos seguintes termos:<br />

OFfclO NQ 13/96<br />

Senhor Presidente,<br />

Brasília, 14 de fevereiro de 1996<br />

Tenho a honra de encaminhar a Vossa Excelência,<br />

para os devi<strong>dos</strong> fins e efeitos, a declaração


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04661<br />

Defiro.<br />

Ao Sr. Diretor-Geral.<br />

Em 15-2-96. - Ronaldo Perim ­<br />

PMDB, 1Q. Vice-Presidente, no exercício <strong>da</strong><br />

Presidência.<br />

COMUNICAÇÕES<br />

Da Banca<strong>da</strong> do PMDB, nos seguintes termos:<br />

Senhor Presidente,<br />

A Banca<strong>da</strong> do Partido do Movimento Democrático<br />

Brasileiro - PMDB, pelos Deputa<strong>dos</strong> que a integram,<br />

abaixo assina<strong>dos</strong>, consoante o art. 12 do Regimento<br />

Interno, deliberou constituir Bloco Parlamentar<br />

com as Banca<strong>da</strong>s do Partido Social Cristão ­<br />

PSC, do Partido Social Democrático - PSD, e do<br />

Partido Social Liberal - PSL.<br />

Requer o registro e a publicação do ato de criação<br />

do Bloco, como determina o § 5º- do art. 12 do<br />

Regimento Interno.<br />

Brasília, 13 de fevereiro de 1996.<br />

Assinam: Michel Temer - PMDB, Paes de<br />

Andrade - PMDB, Sandro Mabel - PMDB, Geddel<br />

...'ieira Lima - PMDB, Carlos Apolinário - PMDB,<br />

Antonio Brasil - PMDB, Marcos Lima - PMDB,<br />

Ivandro Cunha Lima - PMDB, Luiz Henrique ­<br />

PMDB, Edinho Araújo - PMDB, João Henrique ­<br />

PMDB, João Almei<strong>da</strong> - PMDB, Hermes Parcianello<br />

- PMDB, Moreira Franco - PMDB, Genésio Bernardino<br />

- PMDB, Eliseu Padilha - PMDB, Cássio<br />

Cunha' Lima - PMDB, Edinho Bez - PMDB, Laire<br />

. Rosado - PMDB, Armando Costa - PMDB, Orcino<br />

Gonçalves - PMDB, Simara Ellery - PMDB, Confúcio<br />

Moura - PMDB, Paulo Ritzel - PMDB, Maria<br />

Elvira - PMDB, Homero Oguido - PMDB, José<br />

Priante - PMDB, Max Rosenmann - PMDB, Aníbal<br />

Gomes - PMDB, Rivaldo Macari - PMDB, Alberto<br />

Silva - PMDB, Armando Abílio - PMDB, Fernando<br />

Diniz - PMDB, Marcelo Barbieri - PMDB, André<br />

Puccinelli - PMDB, Marcelo Teixeira - PMDB, Oscar<br />

Andrade - Bloco (PSB), Germano Rigotto ­<br />

PMDB, Ronaldo Perim - PMDB, Pinheiro Landim ­<br />

PMDB, Dilso Sperafico - PMDB, Udson Bandeira<br />

- PMDB, Wilson Cignachi - PMDB, Valdir Colatto<br />

- PMDB, Zaire Rezende - PMDB, Saraiva Felipe-<br />

PMDB, Wagner Rossi - PMDB, Hélio Rosas ­<br />

PMDB, Rita Camata - PMOB, Lídia Quinan ­<br />

PMDB, José Aldemir - PMDB, Marisa Serrano ­<br />

PMDB, Gilvan Freire - PMDB, Wilson Branco ­<br />

PMDB, Darcísio Perondi - PMDB, Euler Ribeiro ­<br />

PMDB, Luiz Carlos Santos - PMDB, Henrique<br />

Eduardo Alves - PMDB, Ubaldo Correa - PMDB,<br />

Noel de Oliveira - PMDB, Pedro Novais - PMDB,<br />

Olavo Calheiros - PMDB, Chicão Brígido - PMDB,<br />

Nair Xavier Lobo - PMDB, Silas Brasileiro - PMDB,<br />

Ivo Mainardi - PMDB, Elias Abrahão - PMDB, Freire<br />

Júnior - PMDB, Adelson Salvador Aloisio Nunes<br />

Ferreira - PMDB, Pedro Irujo - PMDB, Roberto Pau­<br />

Iino- PMDB.<br />

Defiro, a constituição do Bloco Parlamentar<br />

(PMDB/PSD/PSUPSC) a partir de<br />

15 de fevereiro de 1996.<br />

Ao Sr. Diretor-Geral.<br />

Em 15-2-96. - l-uís Eduardo, Presidente.<br />

Do Bloco Parlamentar PPB/PL, nos seguintestermos:<br />

Senhor Presidente,<br />

Brasília, 15 de fevereiro de 1996<br />

Temos a satisfação de comunicar a V. Exª a<br />

formação de Bloco Parlamentar constituído pelas<br />

Banca<strong>da</strong>s do Partido Progressista Brasileiro - PPB,<br />

e do Partido Liberal - PL, nos termos do art. 12, caput,<br />

e seu § 3Q., do Regimento Interno <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong><br />

<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>.<br />

Requeremos a V. Ex'! o registro e a publicação<br />

do ato de criação do referido Bloco Parlamentar.<br />

Em anexo, deliberação, <strong>da</strong>s Banca<strong>da</strong>s pela<br />

constituição do Bloco.<br />

Sendo o que tínhamos para o momento, servimo-nos<br />

do ensejo para renovar a V. Exª os nossos<br />

protestos <strong>da</strong> mais eleva<strong>da</strong> estima e distinta consideração.<br />

Assinam: Odelmo Leão, PPB - Valdemar Costa<br />

Neto, Bloco (PL) - Hugo Biehl, PPB - Luís Barbosa,<br />

PPB - Eurico Miran<strong>da</strong>, PPB - Sérgio Naya, PPB<br />

- João Ribeiro, PPB - Fausto Martello, PPB - Wigberto<br />

Tartuce, PPB - Talvane Albuquerque, PPB ­<br />

Augusto Farias, PPB - Ushitaro Kamia, PPB - Jorge<br />

Wilson, PPB - Marcos Medrado, PPB - José Teles,<br />

PPB - Valdomiro Meger, PPB - Basílio Villani, PPB<br />

- Jorge Tadeu Mu<strong>da</strong>len, PPB - Francisco Dornelles,<br />

PPB - Jair Siqueira, PPB - Nelson Meurer, PPB ­<br />

Arnaldo Faria de Sá, PPB - Herculano Anghinetti,<br />

PPB - José Janene, PPB - Vadão Gomes, PPB ­<br />

Márcio Reinaldo Moreira, PPB - Laprovita Vieira ­<br />

PPB, José Linhares, PPB - Ibrahim Abi-Ackel, PPB<br />

- Jair Bolsonaro, PPB - Davi Alves Silva, PPB - Mário<br />

Cavalazzi, PPB - Roberto Balestra, PPB - Jofran<br />

Frejat, PPB - Dolares Nunes, PPB - Romel Anizio,


04662 Sexta-feira 16 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 1996<br />

PPB - Flávio Derzi, PPB - Moacyr Andrade, PPB ­<br />

Francisco Silva, PPB - Benedito Domingos, PPB ­<br />

Telmo Kirst, PP8 - Francisco Rodrigues, PPB ­<br />

Prisco Viana, PPB - Gerson Peres, PPB - Antonio<br />

Jorge, PPB - Alcione Athayde, PPB - Renato<br />

Johnsson, PPB - Felipe Mendes, PPB - Adhemar<br />

de BarrÇls Filho, PPB - Alzira Ewerton, PPB - Eraldo<br />

Trin<strong>da</strong>de, PPB - Roberto Campos, PPB - Darci<br />

Coelho,' PPB - Adylson Motta, PPB - Jarbas Uma,<br />

PPB - Carlos Airton, PPB - Nilton Baiano, PPB ­<br />

Enivaldo Ribeiro, PPB - Expedito Júnior, PPB - SiIvemani<br />

Santos, PPB - Alceste Almei<strong>da</strong>, PPB - Delfim<br />

Netto, PPB - Beto Mansur, PPB - Cunha Bueno,<br />

PPB - Ari Magalhães, PPB - Pauderney Avelino,<br />

PPB - Anivaldo Vale, PPB.<br />

Defiro, a constituição do Bloco Parlamentar<br />

(PPB/PL) a partir de 15 de fevereiro<br />

de 1996.<br />

Ao Sr. Diretor-Geral.<br />

Em 15-2-96. - Lufs Eduardo, Presidente.<br />

Brasília, 15 de fevereiro de 1996<br />

Senhor Presidente,<br />

Comunicamos a V. EXª nos termos regimentais<br />

que as Banca<strong>da</strong>s do Partido Progressista Brasileiro<br />

- PPB, e do Partido Liberal- PL, escolheram o Deputado<br />

Odelmo Leão, para Líder do Bloco Parlamentar<br />

PPB/PL, estando o presente documento subscrito<br />

pela maioria absoluta <strong>dos</strong> membros de ca<strong>da</strong> representação.<br />

No ensejo, renovamos a V. Exª os nossos protestos<br />

de eleva<strong>da</strong> estima e distinta consideração.<br />

Assinam: Augustinho Freitas, PPB - Carlos <strong>da</strong><br />

Carbrás, PPB - Pedro Corrêa, PPB - Ricardo Izar,<br />

PPB - Dolares Nunes, PPB - Lufs Barbosa, PPB ­<br />

Eurico Miran<strong>da</strong>, PPB - Augusto Farias, PPB - Arnaldo<br />

Faria de Sá, PPB - Sérgio Naya, PPB - João Ribeiro,<br />

PPB - Fausto Martello, PPB - Flávio Derzi,<br />

PPB - Adhemar de Barros Filho, PPB - Alzira Ewerton<br />

- PPB, Eraldo Trin<strong>da</strong>de - PPB, Felipe Mendes,<br />

PPB - Expedito Junior - PPB - Silvernani Santos,<br />

PPB - Alceste Almei<strong>da</strong>, PPB - Valdomiro Meger,<br />

PPB - Augusto Nardes, PPB - Fetter Junir, PPB ­<br />

Salatiel Carvalho, PPB - Dilceu Sperafico, PPB ­<br />

Osvaldo Reis, PPB - Mario de Oliveira, PPB - Valdenor<br />

Guedes, PPB - Agnaldo Timoteo, PPB - Edson<br />

Queiroz, PPB - Severino Cavalcanti, PPB - Benedito<br />

Guimarães, PPB - Cleonancio Fonseca, PPB<br />

- Wagner Salustiano, PPB - Cunha Uma, PPB ­<br />

João Pizzolatti, PPB - Mareio Reinaldo Moreira,<br />

PPB - Davi Alves Silva, PPB - Renato Johnsson,<br />

PPB - Roberto Campos, PPB - Jair Siqueira, PPB­<br />

Romel Anizio, PPB - Jorge Tadeu Mu<strong>da</strong>len, PPB ­<br />

Nelson Meurer, PPB - Beto Mansur, PPB - Cunha<br />

Bueno, PPB - Delfim Netto, PPB - Ari Magalhães,<br />

PPB - Pauderney Avelino, PPB - Herculano Anghinetti,<br />

PPB - Anivaldo Vale, PPB - Vadão Gomes,<br />

PPB - Francisco Silva, PPB - Francisco Rodrigues,<br />

PPB - Prisco Viana, PPB - Gerson Peres, PPB ­<br />

Antonio Jorge, PPB - Adylson Motta, PPB - Darci<br />

Coelho, PPB - Jarbas Uma, PPB - José Unhares,<br />

PPB - Jofran Frejat, PPB - Mario Cavallazzi, PPB<br />

- Laprovita Vieira, PPB - Ibrahim Abi-Ackel, PPB<br />

- Francisco Dornelles, PPB - Roberto Balestra,<br />

PPB - Jair Bolsonaro, PPB - Carlos Airton, PPB ­<br />

Nilton Baiano, PPB - Benedito Domingos, PPB ­<br />

Jorge Wilson, PPB - José JanEme, PPB - Telmo<br />

Kirst, PPB - Alcione Athayde, PPB - Enivaldo Ribeiro,<br />

PPB - Basflio Villani, PPB - Hugo Biehl ­<br />

Ushitaro Kamia, PPB - Moacyr Andrade, PPB ­<br />

Talvane Albuquerque, PPB - Wingberto Tartuce,<br />

PPB - Valdemar Costa Neto, Bloco (PL) - Luiz<br />

Buaiz, Bloco (PL) - Welinton Fagundes, Bloco<br />

(PL) - Mauricio Campos, Bloco (PL) - José Egydio,<br />

Bloco (PL) - Francisco Horta, Bloco (PL) - Eujacio<br />

Simões, Bloco (PL) - Pedro Canedo, Bloco<br />

(PL) - Alvaro Valle, Bloco (PL).<br />

Publique-se. Ao Sr. Diretor-Geral.<br />

Em 15-2-96. - Lufs Eduardo, Presidente.<br />

Da Banca<strong>da</strong> do PPB, nos seguintes termos:<br />

Brasília, 24 de janeiro de 1996<br />

Senhor Presidente,<br />

Temos a grata satifação de comunicar a Vossa<br />

Excelência, para as providências que se fizerem<br />

necessárias, que nesta <strong>da</strong>ta foi reconduzido<br />

ao cargo de Líder <strong>da</strong> Banca<strong>da</strong> do nosso Partido, o<br />

PPB, nesta Casa do Congresso Nacional, o ilustre<br />

Deputado Odelmo Leão, <strong>da</strong> Representação do Estado<br />

de Minas Gerais, conforme assinaturas a seguir:<br />

Assinam: Paudemey Avelino - PPB, Basílio<br />

Villani - PPB, Osvaldo Reis - PPB, Cunha Uma ­<br />

PPB, José Rezende - PPB, Carlos Airton - PPB,<br />

Adylson Motta - PPB, Valdenor Guedes - PPB,<br />

João Pizzolatti - PPB, Marcos Medrado - PPB, Luis<br />

Barbosa - PPB, Benedito Domingos - PPB, Romel<br />

Anizio - PPB, Fausto Martello - PPB, Ibrahim Abi­<br />

Ackel·-·PPB, Jofran Frejat - PPB, José Unhares­<br />

PPB, Dilceu Sperafico - PPB, Felipe Mendes - PPB,<br />

Adhemar de Barros Filho - PPB, Talvane Albuquer-


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04663<br />

que - PPB, Augusto Nardes - PPB, Jorge Tadeu<br />

Mu<strong>da</strong>len - PPB, Gerson Peres - PPB, Davi Alves<br />

Silva - PPB, Eraldo Trin<strong>da</strong>de - PPB, Nelson Meurer<br />

- PPB, Alzira Ewerton - PPB, Francisco Silva ­<br />

PPB, Pedro Correa - PPB, Ari Magalhães - PPB,<br />

Moacir Andrade - PPB, Augusto Farias - PPB, Darci<br />

Coelho - PPB, Enivaldo Ribeiro - PPB, Alcione Athayde<br />

- PPB, Ushitaro Kamia - PPB, Agnaldo Timóteo<br />

- PPB, Herculano Anghinetti - PPB, Antonio Jorge<br />

- PPB, Silvernani Santos - PPB,Cleonâncio Fonseca<br />

- PPB, Jair Siqueira - PPB, Mareio Reinaldo<br />

Moreira - PPB, Vadão Gomes - PPB, Jose Janene<br />

- PPB, Beta Mansur - PPB, Laprovita Vieira - PPB,<br />

Jorge Wilson - PPB, Benedito Guimarães - PPB,<br />

Delfim Netto - PPB, Ricardo Izar - PPB, Prisco Viana<br />

- PPB, Telmo Kirst - PPB, Jair Bolsonaro - PPB,<br />

Edson Queiroz - PPB, Mário Cavallazzi - PPB, Severino<br />

Cavalcanti - PPB, Valdomiro Meger - PPB,<br />

Nilton Baiano - PPB, João Ribeiro - PPB, Francisco<br />

:Rodrigues - PPB, Anivaldo Vale - PPB, Arnaldo Faria<br />

de Sá - PPB, Roberto Balestra - PPB, Dolores<br />

Nunes - PPB, Roberto Campos - PPB, Jarbas Lima<br />

- PPB, Expedito Junior - PPB, Cunha Bueno - PPB,<br />

Fetter Júnior - PPB, Mario de Oliveira - PPB, Alceste<br />

Almei<strong>da</strong> - PPB, Flávio Derzi - PPB, Hugo Biehl ­<br />

PPB, Augustinho Freitas - PPB, Carlos <strong>da</strong> Carbrás ­<br />

PPB, Eurico Miran<strong>da</strong> - PPB, Francisco Dornelles,<br />

PPB.<br />

Ao Sr. Diretor-Geral<br />

Em 15-2-96. - Ronaldo Perim, 1 Q<br />

Vice-Presidente no Exercício <strong>da</strong> Presidência.<br />

Da Banca<strong>da</strong> do PSD, nos seguintes termos:<br />

Senhor Presidente,<br />

A Banca<strong>da</strong> do Partido Social Democrático ­<br />

PSD, pelos Deputa<strong>dos</strong> que a integram, abaixo<br />

assina<strong>dos</strong>, consoante o art. 12 do Regimento Interno,<br />

deliberou constituir Bloco Parlamentar<br />

com as Banca<strong>da</strong>s do Partido Social Cristão ­<br />

PSC, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro<br />

- PMDB e do Partido Social Liberal ­<br />

PSL.<br />

Requer o registro e a publicação do ato de criação<br />

do Bloco, como determina o § 5 Q do art. 12 do<br />

Regimento Interno.<br />

Brasília, 13 de fevereiro de 1996. - Zé Gomes<br />

<strong>da</strong> Rocha, De Velasco, Marquinho Chedid.<br />

Defiro, a constituição do Bloco Parla-<br />

mentar (PMDB/PSD/PSUPSC) a partir de<br />

15 de fevereiro de 1996.<br />

Ao Sr. Diretor-Geral.<br />

Em 15-2-96. - Luís Eduardo Presidente.<br />

Da Banca<strong>da</strong> do PSL, nos seguintes termos:<br />

Senhor Presidente,<br />

A Banca<strong>da</strong> do Partido Social Liberal- PSL, pelos<br />

Deputa<strong>dos</strong> que a integram, abaixo assina<strong>dos</strong>,<br />

consoante o art. 12 do Regimento Interno, deliberou<br />

constituir Bloco Parlamentar com as Banca<strong>da</strong>s do<br />

Partido do Movimento Democrático Brasileiro ­<br />

PMDB, do Partido Social Cristão - PSC, e do Partido<br />

Social Democrático - PSD.<br />

Requer o registro e a publicação do ato de criação<br />

do Bloco, como determina o § 5 Q do art. 12 do<br />

Regimento Interno.<br />

Brasília, de fevereiro de 1996. - Robson<br />

Tuma - PSL - Nan Souza - PSL.<br />

Defiro, a constituição do Bloco Parlamentar<br />

(PMDB/PSD/PSUPSC) a partir de<br />

15 de fevereiro de 1996.<br />

Ao Sr. Diretor-Geral.<br />

Em 15-2-96. - Luís Eduardo, Presidente.<br />

Da Banca<strong>da</strong> do PSC, nos seguintes termos:<br />

Senhor Presidente,<br />

A Banca<strong>da</strong> do Partido Social Cristão - PSC,<br />

pelos Deputa<strong>dos</strong> que a integram, abaixo assina<strong>dos</strong>,<br />

consoante o art. 12 do Regimento Interno, deliberou<br />

constituir Bloco Parlamentar com as Banca<strong>da</strong>s do<br />

Partido do Movimento Democrático Brasileiro ­<br />

PMDB, do Partido Social Democrático - PSD, e do<br />

Partido Social liberaI - PSL.<br />

Requer o registro e a publicação do ato de criação<br />

do Bloco, como determina o § 5 Q do art. 12 do<br />

Regimento Interno.<br />

Brasília, 13 de fevereiro de 1996. - Elton Rohnelt.<br />

Defiro, a constituição do Bloco Parlamentar<br />

(PMDB/PSD/PSUPSC) a partir de<br />

15 de fevereiro de 1996.<br />

Ao Sr. Diretor-Geral.<br />

Em 15-2-96. - Luís Eduardo, Presidente


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04665<br />

vai receber o maior volume de reclamações trabalhistas<br />

<strong>da</strong> História do País.<br />

Sr. Presidente, é corriqueiro e trival: basta uma<br />

simples reclamação para anotação na CTPS, anexado<br />

recibo de quitação salarial, bem assim uma única<br />

testemunha, e o Judiciário Trabalhista determinará a<br />

anotação <strong>da</strong> respetiva Carteira de Profissional; no final<br />

<strong>da</strong> sentença, man<strong>da</strong>rá o empregador efetuar o<br />

recolhimento do FGTS, bem como <strong>da</strong>s obrigações<br />

previdenciárias, em virtude <strong>da</strong> comprovação <strong>da</strong> relação<br />

de emprego.<br />

É primário.<br />

Sr. Presidente, o acordo firmado entre os Sindicatos'<br />

<strong>da</strong> área <strong>dos</strong> metalúrgicos em São Paulo está<br />

fora <strong>da</strong> lei, ferindo direitos e obrigações estabeleci<strong>da</strong>s<br />

pela Constituição Federal e pela legislação trabalhista,<br />

na ver<strong>da</strong>de, constitui ilícito trabalhista. Trata-se<br />

de aberração jurídica.<br />

Sr. Presidente, acredito que o-F'residente <strong>da</strong><br />

República tem, realmente, coragem para alterar a<br />

Constituição Federal por meio de emen<strong>da</strong> constitucional,<br />

bem como a legislação trabalhista por meio<br />

de medi<strong>da</strong> provisória, inclusive sugeri<strong>da</strong> pelo Sindicato<br />

<strong>dos</strong> Trabalhadores Metalúrgicos de São Paulo,<br />

a fim de legalizar imediatamente o contrato <strong>dos</strong> trabalhadores<br />

temporários sem encargos sociais.<br />

Sr. Presidente, a imprensa escrita, fala<strong>da</strong> e televisa<strong>da</strong><br />

já noticiou que o Presidente Fernando Henrique<br />

Car<strong>dos</strong>o pretende formular alterações na área<br />

trabalhista e vê com satisfação o acordo assinado.<br />

Ora, o desemprego, somente no mês de janeiro,<br />

na indústria de São Paulo, atingiu mais de 40 mil<br />

operários. A idéia é produzir a rotativi<strong>da</strong>de, aumentando<br />

a competitivi<strong>da</strong>de, e no futuro, como conseqüência<br />

o emprego.<br />

Sr. Presidente, vejo no desemprego o principal<br />

óbice ao Plano Real. Há o Presidente Fernando<br />

Henrique Car<strong>dos</strong>o de assumir a parcela de responsabili<strong>da</strong>de<br />

que lhe cabe no caso, determinando medi<strong>da</strong>s<br />

para conter a on<strong>da</strong> atual de demissões e estimular<br />

a geração de novos empregos, sob pena de<br />

enfrentar, muito em breve, grandes, indesejáveis e<br />

intransponíveis problemas na condução do seu pIano<br />

de estabilização econômica.<br />

Sr. Presidente, passo a fazer leitura de editorial<br />

do jornal O Estado de S. Paulo intitulado Procedente<br />

altamente perigoso, que versa sobre o ilícito trabalhista.<br />

Vejamos:<br />

PRECEDENTE ALTAMENTE PERIGOSO<br />

O Executivo como um todo, o Sindicato<br />

<strong>dos</strong> Metalúrgicos de São Paulo e os sindi-<br />

catas patronais que com ele assinaram uma<br />

convenção coletiva de trabalho para estimular<br />

e facilitar·a admissão de trabalhadores<br />

correm o risco de transformar as necessi<strong>da</strong>des<br />

em virtudes e envere<strong>da</strong>r por caminhos<br />

que poderão produzir efeitos contrários aos<br />

deseja<strong>dos</strong>. Tivemos, dias atrás, oportuni<strong>da</strong>de<br />

de chamar atenção para os perigos e<br />

problemas que uma convenção desse tipo<br />

poderá trazer para as relações dentro <strong>da</strong>s<br />

empresas, afora os aspectos legais que poderão<br />

ser invoca<strong>dos</strong> por qualquer um que tiver<br />

seus direitos constitucionais e legais afeta<strong>dos</strong>.<br />

Hoje, gostaríamos de voltar ao assunto<br />

<strong>da</strong> perspectiva mais geral <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />

decisões estatais, para não dizer <strong>da</strong> permanência<br />

do Estado como uni<strong>da</strong>de de decisão<br />

e ação.<br />

Ressalta à primeira vista, <strong>da</strong> leitura <strong>dos</strong><br />

termos <strong>da</strong> convenção, que ela se inspira no<br />

mais rigoroso privativismo: as partes convencionam<br />

entre si, apoiando-se em interpretação<br />

extrema lata <strong>dos</strong> textos constitucionais<br />

e legais, e comunicam ao Congresso<br />

Nacional que assim procederam para que o<br />

Poder Legislativo deci<strong>da</strong> em consonância<br />

com o que· foi acor<strong>da</strong>do pelas partes. O privatismo<br />

(civilista) <strong>da</strong>s decisões transparece<br />

claro <strong>da</strong> leitura <strong>da</strong> cláusula 7 fã , em que as<br />

partes são considera<strong>da</strong>s iguais, tanto assim<br />

que, se o empregador dispensar sem justa<br />

causa um operário contratado de maneira<br />

flexível, pagará indenização correspondente<br />

ao último salário sem acréscimos, e o empregado<br />

que deixar o emprego sem aviso<br />

prévio de 30 dias igualmente pagará a mesma<br />

multa ao empregador. A primeira impressão<br />

que se tem é que se está não diante de<br />

uma convenção de trabalho, mas de um<br />

contrato civil regulando relações mercantis.<br />

Haverá pareceres jurídicos para respal<strong>da</strong>r<br />

a decisão de fixar esse tipo de convenção.<br />

Irão to<strong>dos</strong>, não temos dúvi<strong>da</strong>, no<br />

sentido de ressaltar a autonomia <strong>da</strong>s partes<br />

e a conformi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> convenção coletiva<br />

com a Constituição, numa interpretação que<br />

consideramos lata demais <strong>dos</strong> artigos <strong>da</strong><br />

Carta que dispõem que o trabalhador terá<br />

direito a isto ou aquilo, salvo disposição em<br />

contrário de convenção coletiva. Na ver<strong>da</strong>de,<br />

assim, é; o fato, porém, é que a convenção<br />

vai além disso, criando novas figuras ju-


04666 Sexta-feira 16 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 1996<br />

rídicas que, na prática, entregam ao sindicato<br />

operário o direito de renunciar a direitos<br />

constitucionais de to<strong>dos</strong> os integrantes <strong>da</strong><br />

categoria que diz representar. Quando se<br />

tratou de regulamentar o art. 8º-, 111 <strong>da</strong> Constituição<br />

(ao sindicato cabe a defesa <strong>dos</strong> direitos<br />

e interesses coletivos ou individuais<br />

<strong>da</strong>categoria...), levantaram-se vozes em defesa<br />

<strong>dos</strong> direitos individuais <strong>dos</strong> integrantes<br />

<strong>da</strong> categoria, afirmando com razão que o<br />

sindicato não tinha por natureza esse direito<br />

(que na reali<strong>da</strong>de é um poder), muito menos<br />

o de renunciar a direitos, como se pretendia.<br />

Agora, sob a pressão do desemprego, os argumentos<br />

são usa<strong>dos</strong> em sentido. contrário<br />

- e é por isso que dizemos que se corre o<br />

risco de fazer <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de (combater o<br />

desemprego) uma virtude, que permite tudo<br />

acertar mesmo contra a lei.<br />

Da perspectiva <strong>da</strong> unici<strong>da</strong>de <strong>da</strong> vontade<br />

estatal, o que se tem nessa convenção<br />

coletiva de trabalho é a criação de normas<br />

jurídicas que não constam <strong>da</strong> Constituição,<br />

muito menos <strong>da</strong> legislação complementar ou<br />

ordinária. Exemplos dessa criação qe normas<br />

que violentam o Direito existente (ao<br />

risco de amanhã servir de exemplo para os<br />

que desejarem violentar outros direitos - patrimoniais,<br />

por exemplo - consagrapos na<br />

Constituição) podem ser encontra<strong>dos</strong> na<br />

clausula 2º' (esses contratos passam a integrar<br />

o sistema global de contratação coletiva<br />

de trabalho, tendo vali<strong>da</strong>de legal de prova<br />

individual quanto à vi<strong>da</strong> profissional do empregado),<br />

na 4ª, que estabelece o tempo de<br />

duração <strong>dos</strong> contratos por tempo determinado,<br />

na 5ª, que interpreta, em favor do empregador,<br />

a lei que dispõe sobre o recolhimento<br />

de 8% ao FTGS, na 6ª, que.dispensa<br />

o empregador do recolhimento à Caixa Econômica<br />

Federal do FGTS, substituído por<br />

um depósito em conta vincula<strong>da</strong>, ao qual o<br />

trabalhador não poderá ter mais acesso se o<br />

Poder Legal e Constituído compelir ao pagamento<br />

<strong>da</strong>quilo que está em lei etc. Suprema<br />

irrisão, que nos tempos pré-64 seria interpreta<strong>da</strong><br />

como bofeta<strong>da</strong> de mão espalma<strong>da</strong><br />

na Ordem Jurídica, é a cláusula 14, em que<br />

as partes decidem enviar as avenças ao<br />

Congresso Nacional para que o legislador<br />

possa adequar a legislação brasileira às modernas<br />

necessi<strong>da</strong>de e reali<strong>da</strong>des do merca-<br />

do de trabalho, prevendo-se eficazmente o<br />

desemprego. Ao Poder de Estado Constituído<br />

e Legal contrapõe, agora, um'outro poder<br />

fun<strong>da</strong>do no auto-proclamado conhecimento<br />

<strong>da</strong> maneira de resolver problemas que o poder<br />

público não resolve. Não se pode, a pretexto<br />

de prevenir o desemprego, man<strong>da</strong>r às<br />

urtigas a ordem jurídica. Para garantir a segurança<br />

<strong>da</strong>s favelas, tráfico tem com os habitantes<br />

delas um contrato não-espresso. É<br />

a esse ponto de poderes priva<strong>dos</strong> que se<br />

quer chegar?<br />

Sr. Presidente, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, o desemprego<br />

constitui, sem dúvi<strong>da</strong>, o maior desafio do<br />

Plano Real. Milhões de trabalhadores encontram-se<br />

desemprega<strong>dos</strong>, e para eles esse é um preço muito<br />

alto a pagar em troca <strong>da</strong> estabilização <strong>da</strong> moe<strong>da</strong>.<br />

Sr. Presidente, oportunamente voltaremos ao<br />

assunto.<br />

O SR. ZAIRE REZENDE (PMDB - MG. Sem<br />

revisão do orador.) - Sr. Presidente, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,<br />

sou contrário a qualquer aposentadoria que<br />

possa significar privilégio de quem quer que seja.<br />

Desta forma, sou contrário aos privilégios que gozamos<br />

com o IPC no Congresso Nacional. Votarei pela<br />

extinção do PIC, não por que a instituição ofereça<br />

aposentadorias aos Srs. Parlamentares mas pela<br />

forma privilegia<strong>da</strong> com que essas aposentadorias é<br />

ofereci<strong>da</strong>. Trata-se de um privilégio que nenhum outro<br />

trabalhador brasileiro pode ter.<br />

Existem aposentadorias especiais que deverão<br />

ser manti<strong>da</strong>s. Deverá ser manti<strong>da</strong> a aposenta,doria<br />

especial para aqueles que se dedicam ao magistério,<br />

para os professores de 1º- e 2º' graus, como também<br />

para os trabalhadores <strong>da</strong> zona rural, que devem<br />

aposentar-se aos 60 anos os homens e 55<br />

anos as mulheres, o que é mais do que justo e razoável,<br />

em função do trabalho que realizam. Também<br />

àqueles trabalhadores que enfrentam condições<br />

insalubres para desempenhar suas ativi<strong>da</strong>des deveria<br />

ser garanti<strong>da</strong> a aposentadoria especial.<br />

O destaque para votação em separado que foi<br />

apresentado para retirar do texto <strong>da</strong> PEC nº' 33-N95,<br />

a remissão do Instituto de Pensão <strong>dos</strong> Congressistas<br />

para lei complementar é a melhor solução na<br />

medi<strong>da</strong> em que, retirando-o <strong>da</strong> proposta de emen<strong>da</strong>,<br />

recoloca-o no estágioJlnterior. O IPC foi criado por<br />

lei e, através de um projeto de lei simples, lei ordinária,<br />

poderá também ser modificado e até extinto.<br />

É justo, razoável e necessário que exista um<br />

sistema que proteja o Parlamentar enquanto estiver<br />

trabalhando. O Parlamentar é um trabalhador e deve


04668 Sexta-feira 16 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 1996<br />

Tenho doze anos de contribuição para o Instituto<br />

<strong>dos</strong> Parlamentares do Rio Grande do Sul, que<br />

foi extinto com os, direitos assegura<strong>dos</strong>, e mesmo<br />

assim comuniquei ao Presidente <strong>da</strong> instituição que<br />

desejo o desligamento e a devolução <strong>da</strong> minha contribuição,'<br />

como vou requerer aqui, também, independentemente<br />

do que se decidir.<br />

Ressalte-se que ain<strong>da</strong> não recebi um centavo<br />

sequer de ambos os institutos. Não quero vinculação<br />

nem com o IPC nem com o Fepa. Faço restrições<br />

quanto a alguns aspectos desses institutos, mas não<br />

posso aceitar que alguém como o Senador Nelson<br />

Carneiro, recentemente falecido, que passou cinqüenta<br />

anos aqui dentro, saia do Congresso sem a<br />

mínima garantia de subsistência. Ulysses Guimarães,<br />

se não houvesse falecido e não tivesse sido reeleito,<br />

tendo passado mais de quarenta anos <strong>da</strong> sua<br />

vi<strong>da</strong> aqui dentro, não teria direito a uma previdência<br />

parlamentar? E isso para citar apenas dois entre<br />

tantos casos existentes, que devem merecer reflexão.<br />

Eu, porém, não quero pertencer a nenhum <strong>dos</strong><br />

dois institutos porque não me submeterei a esses<br />

comentários desairosos e mal<strong>dos</strong>os que vêm sendo<br />

feitos de forma genérica. Não sei ain<strong>da</strong> que voto <strong>da</strong>rei.<br />

Nos termos atuais, não concordo com a manutenção<br />

do IPC. Penso que não deve ser compulsória<br />

a filiação do Parlamentar ao instituto. Ela deve depender<br />

<strong>da</strong> vontade de ca<strong>da</strong> um. Sempre defendi que<br />

a opção pelo ingresso deveria ser livre, pelo menos.<br />

Quem não quer, não entra, quem quer, entra.<br />

Talvez quem já receba os benefícios <strong>da</strong> aposentadoria<br />

não deva ter direito a uma segun<strong>da</strong> aposentadoria<br />

pelo instituto do Congresso, mas simplesmente<br />

veicular a relação de subscritores de um destaque<br />

que não decide absolutamente na<strong>da</strong>, a não<br />

ser a apreciação em separado <strong>da</strong> matéria em plenário,<br />

é uma mal<strong>da</strong>de que deve ser repeli<strong>da</strong>.<br />

Por isso, não aceito as declarações feitas pelo<br />

jornal Folha de S. Paulo. Embora não tenha lido a<br />

matéria, pelas notícias que me deram considero-a<br />

extremamente injusta. E já antecipo minha posição<br />

pessoal: não desejo receber aposentadoria com<br />

qualquer tipo de restrição.<br />

Aproveito o tempo que me resta para destacar<br />

o discurso feito pelo Deputado Adão Pretto na sessão<br />

de ontem. Somos de parti<strong>dos</strong> diferentes e, no<br />

que diz respeito à ideologia, dificilmente nos entenderemos.<br />

Mas apóio e dou total e absoluta razão. a<br />

S. Exª quanto às suspeitas que levantou sobre a<br />

malversação e a corrupção existentes dentro <strong>da</strong> Conabo<br />

Tanto é assim que, quando assumi a Presidên-<br />

cia desta Casa, no impedimento do titular, Inocêncio<br />

Oliveira, baixei uma portaria - e dei a S. Ex'! conhecimento<br />

disso - designando, para fazer uma investigação<br />

nos armazéns <strong>da</strong> Conab em todo o Brasil,<br />

uma Comissão de Parlamentares na qual estavam<br />

os Deputa<strong>dos</strong> Augusto Carvalho, Ronaldo Caiado,<br />

Ivo Mainardi e tantos outros, e foi constata<strong>da</strong> uma<br />

série de irregulari<strong>da</strong>des. Lamentavelmente, entramos<br />

num ano eleitoral e não houve conclusão <strong>dos</strong><br />

trabalhos <strong>da</strong>quela comissão externa que eu havia<br />

designado.<br />

Espero, Sr. Presidente, que se faça uma nova<br />

investigação. Estou pensando, junto com outros colegas,<br />

em pedir uma CPI para investigar o que está<br />

ocorrendo em termos de desaparecimento e perecimento<br />

de produtos por irresponsabili<strong>da</strong>de de representantes<br />

do Governo. Foram constata<strong>dos</strong> armazéns<br />

do Governo vazios e, ao lado, armazéns particulares<br />

aluga<strong>dos</strong> pelo Governo e lota<strong>dos</strong> de alimentos<br />

apodrecendo; em outros armazéns houve desvios<br />

e fatos dessa ordem.<br />

Esse é um assunto muito sério e procede a<br />

preocupação dq Deputado Adão Pretto. Dou-Ihe total<br />

e integral apoio, já estou pensando há tempos,<br />

repito, em pedir uma CPI para investigar esse assunto,<br />

<strong>da</strong><strong>da</strong> a sua gravi<strong>da</strong>de, porque, desde o dia<br />

em que entrei nesta Casa, só ouço falar em corrupção<br />

dentro <strong>da</strong> Conab, em desvio e apodrecimento<br />

de alimentos etc.<br />

Era este o registro que eu desejava fazer.<br />

Quanto ao registro inicial, repito, não houve<br />

qualquer decisão. Trata-se apenas de um destaque<br />

para votação em separado ao assunto em plenário.<br />

Pessoalmente, tomei a decisão - independentemente<br />

de haver ou não a extinção - de requerer<br />

aos dois institutos, o de Brasnia e o de Porto<br />

Alegre, 'minha exclusão e evidentemente a devolução<br />

de minhas contribuições pessoais ao longo destes<br />

20 anos de man<strong>da</strong>to.<br />

O SR. HUGO BIEHL (PPB - SC. Pronuncia o<br />

seguinte discurso.) - Sr. Presidente, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,<br />

contatos com lideranças politicas e econômicas<br />

de 30 municípios do florescente oeste catarinense,<br />

na semana passa<strong>da</strong>, permitiam-me conhecer<br />

em maior profundi<strong>da</strong>de os efeitos do plano de estabilização<br />

econômica nos setores secundário e ternário.<br />

Com efeito, a valorização <strong>da</strong> moe<strong>da</strong> e a brutal<br />

redução <strong>da</strong>s taxas de inflação exigiram uma reeducação<br />

d()o·consumidor, do produtor rural, <strong>dos</strong> industrialistas<br />

e <strong>dos</strong> prestadores de serviço, compeli<strong>dos</strong> a<br />

abandonar um modo de raciocínio econômico-finan-


04670 Sexta-feira 16 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 1996<br />

o SR. PRESIDENTE(Adylson Motta) - Concedo<br />

a palavra ao Sr. Paes Landim.<br />

O SR. PAES LANDIM (Bloco/PFL - PI) Sr.<br />

Presidente', o jornal La Nacion, de Buenos Aires, de<br />

segun<strong>da</strong>-feira, através de editorial, dá notícias <strong>da</strong>s<br />

novas medi<strong>da</strong>s na privatização efetua<strong>da</strong> pelo governo<br />

argentino, visando, desta feita, à privatização <strong>dos</strong><br />

seus aeroportos.<br />

Já se encontra pronto no Congresso Nacional<br />

argentino projeto de lei do Executivo para que sejam<br />

<strong>da</strong><strong>dos</strong> em concessão, segundo o projeto, por 25<br />

anos, à ativi<strong>da</strong>de priva<strong>da</strong> os aeroportos <strong>da</strong>quele país<br />

de acordo com a política de privatização do governo.<br />

Por sua vez, o jornal, em seu editorial, pede apenas,<br />

ao apoiar a medi<strong>da</strong>, que projeto dessa magnitude<br />

seja devi<strong>da</strong>mente analisado e discutido pela opinião<br />

pública, a fim de evitar um processo de privatização<br />

aleatório e que não traga os resulta<strong>dos</strong> espera<strong>dos</strong>.<br />

Segundo o La Nacion, postula-se a divisão <strong>da</strong><br />

rede <strong>dos</strong> cinqüenta aeroportos argentinos e suas<br />

vinte e cinco estações aéreas menores entre duas<br />

corporações, e se repartiria o conjunto de modo a<br />

compensar, em seus respectivos pacotes, a rentabili<strong>da</strong>de<br />

de umas poucas estações aéreas com a notória<br />

falta de interesse comercial <strong>da</strong>s restantes. Essa<br />

participação, incluí<strong>da</strong> no regime de concessão, obedece<br />

ao propósito de evitar os riscos do monopólio e<br />

assegurar a prestação do serviço em áreas antieconõmicas.<br />

Também é importante assinalar que o governo<br />

prepara, antes do projeto de privatização,investimentos<br />

de cerca de 430 milhões de pesos, que correspondem<br />

à mesma quantia em dólares, a fim de<br />

controlar a navegação aérea clandestina, eventualmente<br />

conecta<strong>da</strong> com o narcotráfico nas zonas fronteiriças,<br />

melhorando, portanto, o controle e o apoio<br />

<strong>da</strong>s operações de aproximação, aterrissagem e decolagem<br />

nos aeroportos, facilitando conseqüentemente,<br />

os futuros processo de concessão às empresas<br />

priva<strong>da</strong>s.<br />

Assim conclui o editorial do La Nacion, cujo título<br />

é O futuro <strong>dos</strong> aeroportos. A idéia é transferir os<br />

aeroportos à ativi<strong>da</strong>de priva<strong>da</strong> e merece apoio, porque<br />

oferece, talvez, a única possibili<strong>da</strong>de do desenvolvimento<br />

do transporte aéreo de acordo com os<br />

tempos. Recomen<strong>da</strong> apenas o debate exaustivo, até<br />

porque estão previstos investimentos, após a concessão<br />

ao setor privado, <strong>da</strong> ordem de um bilhão de<br />

dólares.<br />

Sr. Presidente, leio parte desse editorial do La<br />

Nacion exatamente para lembrar a oportuni<strong>da</strong>de de<br />

o Brasil se voltar para a discussão de assunto dessa<br />

magnitude. Acho que as normas deverão sempre<br />

estar sob o comando do DAC - Departamento de<br />

Aeronáutica Civil - pela segurança, responsabili<strong>da</strong>de<br />

e tradição dessa enti<strong>da</strong>de no controle do nosso<br />

tráfego aéreo, o que é uma tranqüili<strong>da</strong>de para to<strong>dos</strong><br />

nós, mas seria importante que os principais aeroPortos,<br />

e aqueles mais distantes <strong>dos</strong> grandes centros,<br />

pudessem ser administra<strong>dos</strong> pelo setor privado,<br />

através de conce$são, a fim de modernizá-los, <strong>da</strong>r<br />

mais agili<strong>da</strong>de e, conseqüentemente, instrumentalizá-Ias<br />

mais adequa<strong>da</strong>mente às necessi<strong>da</strong>des <strong>dos</strong><br />

aeroportos modernos.<br />

Tenho certeza de que o Sr. Ministro <strong>da</strong> Aeronáutica,<br />

Lélio Lobo que conduziu com muita competência<br />

na sua gestão anterior as démarches para o<br />

Projeto Sivam, aprovado em boa hora pelo Senado<br />

Federal, juntamente com o Presidente <strong>da</strong> Infraero, o<br />

competente e dinâmico Brigadeiro Aldir Silva, homem<br />

de experiência acadêmica na Europa e nos Esta<strong>dos</strong><br />

Uni<strong>dos</strong>, ex-Diretor do lta, com arcabouçÓ acadêmico,<br />

científico e profissional <strong>dos</strong> maiores deste<br />

País e possivelmente do continente latino-americano,<br />

refletirão sobre o processo de privatização no<br />

importante parceiro do Mercosul, criando uma nova<br />

filosofia para os aeroportos <strong>da</strong> nação vizinha. Sem<br />

dúvi<strong>da</strong>, essas medi<strong>da</strong>s merecerão devido acompanhamento<br />

e estudo, e até mesmo, repito, reflexão,<br />

por parte <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong>des governamentais do setor.<br />

O SR. BENEDITO GUIMARÃES (PPB - PA.<br />

Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srils e Srs.<br />

Deputa<strong>dos</strong>, na sessão do dia 28 de setembro de<br />

1995, vim a esta Tribuna para mostrar ao País, de<br />

forma sucinta, o que representa para o Brasil a província<br />

mineral do Tapajós, que no período de 1982 a<br />

1992, conforme <strong>da</strong><strong>dos</strong> do Banco Central, produziu<br />

103,6 tonela<strong>da</strong>s de ouro do total 'de 375,8 tonela<strong>da</strong>s<br />

produzi<strong>da</strong>s pelo Brasil, sob a forma de exploração<br />

garimpeira, representando, portanto, 27,5% do total<br />

nacional.<br />

Volto ao mesmo assunto, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,<br />

quando vejo o Presidente <strong>da</strong> República anunciar<br />

ao país a descoberta e avaliação <strong>da</strong> mina de<br />

ouro de Curionópolis, no sul do Estado do Pará, com<br />

uma reserva de 150 tonela<strong>da</strong>s.<br />

Na mesma ordem de grandeza, a Secretaria de<br />

Estado de Indústria, Comércio e Mineração estimava,<br />

pelos seus estu<strong>dos</strong> preliminares, que no Estado<br />

do Pará, no seu quadro de reservas minerais, o ouro<br />

aparecia numa posição singular de 22 tonela<strong>da</strong>s, em<br />

1989, e agora anuncia-se em um único local uma reserva<br />

de 150 tonela<strong>da</strong>s. Isso vem a propósito de que<br />

as estimativas eram muito modestas, considerando


04672 Sexta-feira 16 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 1996<br />

Sul, apenas 2% <strong>da</strong>s pessoas necessita<strong>da</strong>s conseguiram<br />

obter o direito ao benefício <strong>da</strong> lei. E não s6<br />

no Rio Grande do Sul, mas em to<strong>dos</strong> os Esta<strong>dos</strong> <strong>da</strong><br />

Federação, esse índice é constante.<br />

No ano passado, tive oportuni<strong>da</strong>de de fazer<br />

uma manifestação neste plenário chamando a atenção<br />

do Governo Federal para a necessi<strong>da</strong>de de alteração<br />

do limite <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> per capita familiar, uma<br />

vez que 25% do salário mínimo não representa praticamente<br />

na<strong>da</strong>, sequer equivale a um quarto <strong>da</strong> cesta<br />

básica de alimentos. Infelizmente, este apelo e<br />

outros tantos que foram feitos por inúmeros Parlamentares<br />

não foram ouvi<strong>dos</strong> pelo Presidente <strong>da</strong> República.<br />

Pela re<strong>da</strong>ção do decreto, Sr. Presidente, uma<br />

família com cinco pessoas que recebe dois salários<br />

mínimos 11ão é considera<strong>da</strong> miserável. Um' salário<br />

mínimo brasileiro de 100 reais não é suficiente para<br />

assegurar a uma pessoa os direitos que a Constituição<br />

lhe estabelece, como atender às necessi<strong>da</strong>des<br />

básicas e vitais como moradia, alimentação, educação,<br />

saúde, lazer, vestuário, higiene" transporte e<br />

previdência social, e o Governo quer que 25% deste<br />

mínimo garanta o sustento de uma pessoa i<strong>dos</strong>a ou<br />

deficiente físico. Esta é a justiça social que o Governo<br />

tanto apregoa?<br />

Agora, o número de pessoas beneficia<strong>da</strong>s é irrisório,<br />

diante do contingente <strong>dos</strong> miseráveis brasileiros<br />

que são deficientes físicos e i<strong>dos</strong>os, mas, que,<br />

por causa de uma re<strong>da</strong>ção mal<strong>dos</strong>a do decreto, não<br />

conseguiram o direito ao salário mínimo.<br />

O documento <strong>da</strong> associação a que me referi é<br />

acompanhado de uma lista de assinaturas que registra<br />

essa indignação. Desse modo, repasso à Mesa<br />

essa manifestação <strong>dos</strong> deficientes físicos de Passo<br />

Fundo, contendo o abaixo-assinado, e reafirmo o<br />

meu total e integral apoio ao conteúdo desse documento.<br />

Era o que tinha a dizer.<br />

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O<br />

ORADOR:<br />

MANIFESTAÇÃO DE PROTESTO<br />

A Associação Cristã de Deficientes Físicos de<br />

Passo Fundo - ACD, a Associação de Pais e Amigos<br />

<strong>dos</strong> Excepcionais - APAE, a Associação de<br />

Pais <strong>dos</strong> Deficientes Auditivos - APADA e Associação<br />

<strong>dos</strong> Sur<strong>dos</strong> de Passo Fundo - ASPF, estão reuni<strong>dos</strong><br />

em protesto contra o Decreto nQ. 1.744 de 8 de<br />

dezembro de 1995 que concede o benefício de um<br />

salário mínimo à pessoa portadora de deficiência e<br />

ao i<strong>dos</strong>o.<br />

Estamos descontentes e indigna<strong>dos</strong>, pois <strong>da</strong><br />

forma como foi regulamenta<strong>da</strong> esta Lei a grande<br />

maioria não se enquadra para receber este benefício.<br />

Mais um vez os deficientes e i<strong>dos</strong>os estão sendo<br />

trata<strong>dos</strong> com descaso ;Itravés de uma medi<strong>da</strong><br />

demagógica e enganosa. Exigimos que o Congresso<br />

e as autori<strong>da</strong>des competentes revejam e modifiquem<br />

este Decreto, partindo <strong>da</strong> real situação em que se<br />

encontra estas classes menos privilegia<strong>da</strong>s no Brasil.<br />

Antes de qualquer coisa o deficiente e o i<strong>dos</strong>o<br />

são seres humanos e tem o direito ao respeito e a<br />

exercer sua ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia com digni<strong>da</strong>de.<br />

Associação Cristã de Deficientes Físicos de<br />

Passo Fundo - ACD<br />

Associação de Pais e Amigos <strong>dos</strong> Excepcionais-APAE<br />

Associação de Pais <strong>dos</strong> Deficientes Auditivos ­<br />

APADA<br />

Associação <strong>dos</strong> Sur<strong>dos</strong> de Passo Fundo ­<br />

ASPF.<br />

(As assinaturas que acompanham o<br />

documento de protesto <strong>da</strong> Associação Cristã<br />

de Deficientes de Passo Fundo, Rio Grande<br />

do Sul, a que se refere o orador, encontramse<br />

no CEDI - Centro de Documentação e Informação,<br />

Coordenação de Arquivo, <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong><br />

<strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, conforme Guia de<br />

Transferência nº- 3/96, emiti<strong>da</strong> pelo Departamento<br />

de Taquigrafia, Revisão e Re<strong>da</strong>ção.<br />

O SR. AUGUSTO NARDES (PPB - RS. Sem<br />

.revisão do orador.) - Sr. Presidente, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,<br />

trago um assunto de extrema importância<br />

para ser aprofun<strong>da</strong>do e debatido na <strong>Câmara</strong> <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong><br />

e em todo o País. Refiro-me à questão de<br />

dependência que temos, hoje, <strong>da</strong> importação do cereal-rei,<br />

o mais importante deles, o trigo, do Canadá,<br />

<strong>da</strong> Argentina e de tantos outros países.<br />

Chegamos, nos anos 80, a ser auto-suficientes<br />

na produção de trigo. Por falta de uma definição de<br />

política agrícola, pelo compromisso que o Brasil assumiu<br />

de importar de outros países, especialmente<br />

<strong>da</strong> Argentina e do Canadá, passamos a não ter uma<br />

política com independência, uma política própria em<br />

relação à triticultura nacional.<br />

Portanto, tivemos um abalo enorme na agricultura<br />

brasileira, especial!]1ente nos Esta<strong>dos</strong> do Sul,<br />

que eram grandes produtores de trigo. Cito o exemplo<br />

do meu Estado, o Rio Grande do Sul, onde chegamos<br />

a produzir 1.,5 milhão de hectares de trigo.<br />

No último ano produzimos apenas 300 mil hectares<br />

de trigo, ou seja, deixamos de produzir 1 milhão e


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04673<br />

200 mil hectares de trigo, e, com isso criou-se um<br />

desemprego no setor agrícola, deixando de <strong>da</strong>r condição<br />

de trabalho para 60 mil trabalhadores. São esses<br />

60 mil trabalhadores desemprega<strong>dos</strong> que estão<br />

à busca de terra, que estão na beira <strong>da</strong>s estra<strong>da</strong>s<br />

sem perspectiva de um emprego e de trabalho, dificultando<br />

a distribuição de ren<strong>da</strong> e criando uma penúria<br />

ca<strong>da</strong> vez maior no Estado do Rio Grande do<br />

Sul e em vários pontos do Brasil.<br />

Portanto, hoje somos dependentes na produção<br />

de trigo. Chegamos a produzir trigo no Brasil a<br />

160 dólares a tonela<strong>da</strong>, e poderíamos estar produzindo<br />

a 160 dólares a tonela<strong>da</strong>. Já estamos importando<br />

trigo a 250 dólares ae tonela<strong>da</strong>, e 80% do pão<br />

que to<strong>dos</strong> nós comemos aqui no Brasil vem de fora.<br />

Isso é inaceitável num País que tem a capaci<strong>da</strong>de<br />

de produção como a nossa, com a maior área agricultável<br />

do planeta. De ca<strong>da</strong> 10 pães que comemos,<br />

oito são importa<strong>dos</strong>.<br />

Isso mostra a incompetência e a incapaci<strong>da</strong>de<br />

do Governo Federal de traçar uma política agrícola<br />

que poderia trazer dividen<strong>dos</strong> sociais como criar alternativas<br />

de emprego para a socie<strong>da</strong>de brasileira e<br />

evitar os conflitos sociais que hoje vivemos.<br />

Gostaria de dizer, Sr. Presidente, srªs e Srs.<br />

Deputa<strong>dos</strong>, que estou propondo, na Comissão de<br />

Agricultura e Política Rural, uma audiência pública a<br />

ser realiza<strong>da</strong> na <strong>Câmara</strong> <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, no mês de<br />

março, na qual, basea<strong>dos</strong> numa sugestão feita pelo<br />

Presidente <strong>da</strong> Festa Nacional do Trigo, Décio Teixeira,<br />

reuniremos as Lideranças interessa<strong>da</strong>s nesse assunto<br />

para discutir a política nacional do trigo. Não<br />

podemos continuar nessa situação, totalmente dependentes,<br />

por falta de uma política clara, transparente<br />

e discuti<strong>da</strong> com to<strong>dos</strong> os segmentos sociais<br />

envolvi<strong>dos</strong> com a questão do trigo.<br />

O que digo é somente com relação ao trigo,<br />

mas poderíamos aqui abor<strong>da</strong>r, Sr. Presidente, srªs<br />

e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, a falta de política agrícola nacional,<br />

responsável pela crise que hoje vivemos no<br />

comércio, na indústria, nos serviços, especialmente<br />

nas regiões agrícolas que dependem, basicamente<br />

dessa economia para seu crescimento e<br />

desenvolvimento.<br />

Encerro, portanto, meu pronunciamento, deixando<br />

registra<strong>da</strong> a proposta dessa audiência nacional,<br />

feita por intermédio <strong>da</strong> Comissão de Agricultura<br />

e Política Rural, que nos <strong>da</strong>rá subsídios para que<br />

possamos ser mais específicos com relação a esse<br />

tema tão importante.<br />

O SR. MAURI SÉRGIO (PMDB - AC. Sem revisão<br />

do orador.) - Sr. Presidente, srªs e Srs. Depu-<br />

ta<strong>dos</strong>, falo hoje sobre um assunto em pauta na<br />

Casa: o Orçamento.<br />

Estou aqui desde 1991, já no segundo man<strong>da</strong>to,<br />

portanto, e tenho uma certa frustração em relação<br />

ao Orçamento <strong>da</strong> União, que discutimos com as<br />

bases eleitorais, com os Prefeitos, com o Governador<br />

e com segmentos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, naturalmente<br />

ávi<strong>dos</strong> de poderem realizar e levar algo para suas<br />

comuni<strong>da</strong>des e para seus Municípios. na ver<strong>da</strong>de,<br />

isso se torna uma peça de ficção. Pergunto-me muitas<br />

vezes a que ponto chega o Congresso Nacional<br />

ao aceitar do Executivo cortes violentos que acontecem<br />

nas verbas que vamos buscar para nosso Estado,<br />

tremen<strong>da</strong>mente importantes para o desenvolvimento<br />

<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de.<br />

Encontramos muitas dificul<strong>da</strong>des tanto na área<br />

urbana quanto na zona rural, onde os problemas são<br />

grandes. Em nosso Estado não é diferente. O Estado<br />

do Acre passa por to<strong>da</strong>s as dificul<strong>da</strong>des possíveis<br />

e imagináveis e para os resulta<strong>dos</strong> <strong>da</strong>quilo que<br />

acontece no Congresso Nacional, no Brasil, no Sul e<br />

no Centro-oeste chegarem à nossa Amazônia, ao<br />

Acre, é muito difícil. De certa forma, o acesso já foi<br />

resolvido em parte, até a capital, Rio Branco. A manutenção<br />

do trecho Rio Branco-Porto Velho é um<br />

problema que se vem agravando a ca<strong>da</strong> dia. E não é<br />

falta de reclamo <strong>dos</strong> Parlamentares que representam<br />

aquela terra, 'Squele Estado, mas sim talvez<br />

falte a sensibili<strong>da</strong>de do Governo Federal. Ou talvez<br />

o Acre não seja tão importante para o Poder Central.<br />

Deparamos ain<strong>da</strong> com muitos problemas, inclusive<br />

de cunho ambiental.<br />

A ver<strong>da</strong>de sobre esse assunto é que o Parlamentar<br />

cria uma expectativa na população quando divulga<br />

que conseguiu aprovar determinado número de<br />

emen<strong>da</strong>s ou que levará determina<strong>da</strong> importância para<br />

o Estado - agora fixaram em 1 milhão e 400 mil a 1<br />

milhão e 600 mil reais para ca<strong>da</strong> Parlamentar levar<br />

para suas bases eleitorais. Mas, de repente deparamos<br />

com o que já aconteceu por vários anos, e sucessivamente<br />

vem acontecendo: os cortes no Orçamento.<br />

Sabemos que há Parlamentares que - e já<br />

aconteceu isso comigo - chegam com to<strong>da</strong> aquela<br />

vontade e garra de levar algo para seus Esta<strong>dos</strong> e ficam<br />

de madruga<strong>da</strong> ou de noite tentando defender<br />

ou brigar por algo para seus esta<strong>dos</strong>. De repente,<br />

quase to<strong>da</strong>s as emen<strong>da</strong>s são corta<strong>da</strong>s, sem uma<br />

perspectiva positiva de que se possa levar aquilo<br />

que a população espera, que é o desenvolvimento e<br />

o bem comum.<br />

Deixo, pois, essa reflexão e, ao mesmo tempo,<br />

uma certa frustração em função do que pode ser fei-


04674 Sexta-feira 16 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 1996<br />

to, mais concretamente, pelo Estado. Outro dia, visitando<br />

uma escola" pude ouvir, muitas vezes, de, alunos:<br />

Deputado, concretamente, que obra foi feita<br />

para nosso Estado? Para a população, muitas vezes,<br />

só é importante o que se consegue construir e o<br />

que ela, consegue ver. Para a população em geral,<br />

aprovar uma lei que lhe trará beneffcios, ou discutir<br />

projetos que visem a aumentos salariais para o funcionalismo,<br />

não é importante. Todo esse sentimento<br />

é vivido por muitos Parlamentares.<br />

De minha parte, espero que o Orçamento não<br />

seja apenas uma peça de ficção, mas que consiga<br />

levar, de fato, algo de bom para o nosso Estado, a<br />

fim de que se possa investir naquele torrão e melhorá-Ia<br />

um pouco, já que é tão distante e constantemente<br />

sacrificado pelas intempéries <strong>da</strong> natureza.<br />

Era o que tinha a dizer.<br />

Durante o discurso do Sr. Mauri Sérgio,<br />

o Sr. Adylson Motta, § 2 Q do artigo 18 do<br />

Regimento Interno, deixa a cadeira <strong>da</strong> presidência,<br />

que é ocupa<strong>da</strong> pelo Sr. Paulo Mourão,<br />

§ 2Q do artigo 18 do Regimento Interno.<br />

O SR. PRESIDENTE (Paulo Mourão) - Concedo<br />

a palavra ao Sr. Herculano Anghinetti.<br />

O SR. HERCULANO ANGHINETTI (PPB ­<br />

MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, srªs<br />

e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, o que me traz a esta tribuna hoje<br />

é a vontade de pronunciar-me acerca <strong>da</strong> expansão<br />

que o Banco do Brasil vem fazendo no setor de seguros.<br />

Recentemente, elencaram-se dois nichos<br />

mercadológicos: o setor de seguros e o setor de carvão<br />

de crédito, que representam a tábua de salvação<br />

para aquela instituição financeira. Eles estão investindo<br />

maciçamente nesse setor. Em parte, criticoos<br />

como o fiz esta semana, desta tribuna, porque é<br />

obrigação de um agente econômico oficial, como o<br />

Banco do Brasil, despender seus recursos e sua força<br />

no desenvolvimento do País, o que aos meus<br />

olhos não tem feito.<br />

Com relação à expansão do mercado de seguros,<br />

o banco criou primeiramente o Brasilprev, depois<br />

a Brasilcap, agora, a Brasilsaúde, amanhã poderá<br />

criar a Brasilauto, e assim por diante. Através<br />

desse processo o Banco busca no mercado, com as<br />

seguradoras priva<strong>da</strong>s, parcerias na constituição <strong>da</strong>s<br />

novas empresas, que entendo dispensáveis. No entanto,<br />

como vivemos num mercado livre, os sócios<br />

priva<strong>dos</strong>, obviamente, interessam-se muito pela rede<br />

capitaliza<strong>da</strong> do Banco do Brasil, composta por aproxima<strong>da</strong>mente<br />

5 mil postos de ven<strong>da</strong>.<br />

Sr. Presidente, gostaria de louvar, neste instan-<br />

te, a figura do Sr. Jayme Garfinkel, Vice-Presidente<br />

<strong>da</strong> Porto Seguro. Uma <strong>da</strong>s principais seguradoras<br />

do mercado brasileiro, ao ser convi<strong>da</strong><strong>da</strong> para ser<br />

parceira do Banco do Brasil na constituição de uma<br />

nova empresa, a Porto Seguro condicionou sua participação<br />

a que houvesse concordância <strong>da</strong> classe<br />

<strong>dos</strong> corretores de seguros. Os corretores de seguros<br />

- e sou um deles, com muito orgulho - são o grande<br />

sustentáculo do mercado de seguros neste País. Somos<br />

profissionais, os defensores do segurado, do<br />

usuário, e os legítimos representantes do consumidor<br />

perante as seguradoras.<br />

Alegrou-me muito esse fator condicionante proposto<br />

pela Porto Seguro. Que outras seguradoras interessa<strong>da</strong>s<br />

em participar desse mercado façam o mesmo,<br />

preservando a figura do corretor de seguros.<br />

O Banco do Brasil, segundo seu Presidente,<br />

Sr. Paulo Cesar Ximenes, em declarações publica<strong>da</strong>s<br />

na Gazeta Mercantil do dia 23 de janeiro, sairá<br />

do mercado de corretagem de seguros para um<br />

novo patamar, passará a ser segurador. De acordo<br />

com S. Sª vender serviços de corretagem é coisa do<br />

passado.<br />

Acredito que o Sr. Paulo César Ximenes, que<br />

muito se tem empenhado pelo progresso e restauração<br />

<strong>da</strong> confiabili<strong>da</strong>de do Banco do Brasil, cumprirá<br />

sua palavra extinguindo, com a maior brevi<strong>da</strong>de possível,<br />

a BB Corretora de Seguros. É inaceitável uma<br />

situação em que um gerente de banco, principalmente<br />

o Banco do Brasil, pela capilari<strong>da</strong>de <strong>da</strong> rede<br />

de agências pelo poder de barganha que possui junto<br />

aos pequenos e microempresários e agricultores,<br />

use dessas prerrogativas para condicionar as contratações<br />

de apólices de seguro junto a seguradoras<br />

de interesse <strong>da</strong> instituição. Isso representa uma desonesti<strong>da</strong>de,<br />

uma agressão, e é inadmissível.<br />

Que, de agora em diante, o Presidente do Banco<br />

do Brasil tome medi<strong>da</strong>s objetivando corrigir essa<br />

rota, que, até então, para o meu juízo, é incorreta,<br />

desonesta e inaceitável.<br />

O SR. ADÃO PREITO (PT - RS. Sem revisão<br />

do orador.) - Sr. Presidente, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,<br />

ocupo esta tribuna para denunciar um episódio que<br />

já é do conhecimento <strong>dos</strong> colegas Parlamentares e<br />

do povo brasileiro. Refiro-me à prisão de quatro agricultores<br />

do Movimento <strong>dos</strong> Sem-Terra no Estado de<br />

São Paulo.<br />

Eles estão sendo considera<strong>dos</strong> como presos<br />

políticos, porque o Delegado de Polícia <strong>da</strong> Comarca<br />

procurou o advogado deles e disse-lhe que libertaria<br />

os quatro em troca de José Rainha. Prova-se, assim,<br />

que eles não foram presos como criminosos co-


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04675<br />

muns, mas como presos políticos, à procura de ou:<br />

tro mais desejado pela Justiça.<br />

Nosso advogado entrou na Justiça pedindo<br />

uma liminar, que lhe foi nega<strong>da</strong> pelo juiz. O MST fez<br />

ontem essa denúncia a uma enti<strong>da</strong>de liga<strong>da</strong> aos direitos<br />

humanos <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>. Se a Justiça<br />

brasileira não enxerga essas injustiças, os estrangeiros<br />

poderão puxar a orelha do nosso Judiciário.<br />

Era o que tinha a dizer.<br />

O SR. ALDO ARANTES (PCdoB - GO. Pronuncia<br />

o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, srªs e<br />

Srs. Deputa<strong>dos</strong>, a nova Lei Eleitoral, que regulamenta<br />

as eleições deste ano, cria dificul<strong>da</strong>des ao processo<br />

eleitoral. Esta lei é restritiva à liber<strong>da</strong>de de organização<br />

partidária e é parte <strong>da</strong> ofensiva política contra<br />

as liber<strong>da</strong>des democráticas.<br />

O neoliberalismo já avançou na liqui<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s<br />

empresas estatais e na restrição do papel do Estado<br />

na economia, busca agora liqui<strong>da</strong>r importantes direitos<br />

sociais e pretende limitar a liber<strong>da</strong>de de organização<br />

partidária.<br />

Na primeira tentativa, essa on<strong>da</strong> conservadora<br />

buscou impor o voto distrital misto, a cláusula de<br />

barreiras e a proibição <strong>da</strong>s coligações proporcionais.<br />

Não obtiveram êxito.<br />

A Lei <strong>dos</strong> Parti<strong>dos</strong> Políticos implantou a cláusula<br />

de barreira para o funcionamento parlamentar <strong>dos</strong><br />

parti<strong>dos</strong>. Mas esses temas voltarão à discussão brevemente,<br />

com os debates em torno do Código Eleitoral.<br />

O problema imediato reside na atual Lei Eleitoral,<br />

sobretudo após decisão do Supremo que limitou<br />

em 120% o número de vagas. Os beneficiários continuaram<br />

a ser os grandes parti<strong>dos</strong>. Em sua forma originai,<br />

a Lei Eleitoral <strong>da</strong>va tratamento não isonômico<br />

aos parti<strong>dos</strong>. A decisão do Supremo, além de <strong>da</strong>r<br />

justamente um tratamento isonômico aos parti<strong>dos</strong>,<br />

no caso do número de candi<strong>da</strong>tos, liquidou a possibili<strong>da</strong>de<br />

de ampliação do número de vagas quando<br />

houver coligação proporcional.<br />

Em decorrência disso, o PCdoB entrou com<br />

uma ação direta de inconstitucionali<strong>da</strong>de, no sentido,<br />

exatamente, de discutir a questão <strong>da</strong> limitação, a<br />

liber<strong>da</strong>de de organização partidária, em função <strong>da</strong><br />

quanti<strong>da</strong>de de restrições impostas às coligações<br />

partidárias.<br />

Ao mesmo tempo, baseado na mesma fun<strong>da</strong>mentação<br />

do Ministro do Supremo Tribunal Federal,<br />

que considerou não isonômico o tratamento diferenciado<br />

<strong>dos</strong> parti<strong>dos</strong> no caso do número de vagas, alegando<br />

o mesmo fun<strong>da</strong>mento, o PCdoB entrou com<br />

uma ação direta de inconstitucionali<strong>da</strong>de para ques-<br />

tionar a distribuição do tempo de televisão, que também<br />

não é isonômico, entre os parti<strong>dos</strong>.<br />

Por outro lado, o PCdoB está entrando no Superior<br />

Tribunal Eleitoral com um man<strong>da</strong>do de segurança<br />

preventivo, no sentido de assegurar que aquelas<br />

legen<strong>da</strong>s que não atingiram o quociente eleitoral<br />

se beneficiem <strong>da</strong>s sobras. O Código Eleitoral incorpora<br />

mecanismos restritivos, antidemocráticos, ao<br />

estabelecer que só os parti<strong>dos</strong> que atingem o quociente<br />

eleitoral se beneficiam <strong>da</strong> sobras eleitorais.<br />

Sr. Presidente, este é o posicionamento do<br />

PCdoB, considerando que essa legislação eleitoral é<br />

restritiva e atentatória à liber<strong>da</strong>de de organização<br />

<strong>dos</strong> parti<strong>dos</strong> políticos.<br />

O SR. JOSÉ FRITSCH (PT - SC. Sem revisão<br />

do orador.) - Sr. Presidente, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,<br />

na manhã de ontem, na Comissão de Agricultura,<br />

realizamos um debate sobre a Lei de Cultivares. Em<br />

função <strong>dos</strong> debates previamente aconteci<strong>dos</strong>, precedi<strong>dos</strong>,<br />

inclusive, de uma audiência pública, com a<br />

presença de várias enti<strong>da</strong>des, chegamos à conclusão<br />

de que não há possibili<strong>da</strong>de de se votar em regime<br />

de urgência, como o projeto de lei do Governo<br />

encaminhado a esta Casa propõe, uma lei tão importante.<br />

É uma lei que, a pretexto de atender aos<br />

trâmites e à legislação internacional, na ver<strong>da</strong>de,<br />

cria monopólio privado <strong>da</strong>s grandes empresas produtoras<br />

de sementes do Brasil, impedindo que o pequeno<br />

agricultor, também pequeno produtor de sementes,<br />

possa reproduzir material genético desenvolvi<strong>dos</strong><br />

pelos nossos centros de pesquisa, especialmente<br />

pela Embrapa.<br />

Na ver<strong>da</strong>de, o projeto, se for aprovado como<br />

está, vai promover o desmonte <strong>da</strong> nossa estrutura<br />

de pesquisa pública, começando pela Embrapa, alcançando<br />

os nossos centros de pesquisa nos Esta<strong>dos</strong><br />

e tantas outras iniciativas que desenvolvem tecnologias<br />

e processos modernos de produtivi<strong>da</strong>de de<br />

sementes.<br />

Assim, estabelecemos essas discussão e encaminhamos<br />

à Presidência desta Casa e à liderança<br />

do Governo um pedido para que o projeto seja retirado<br />

do regime de urgência urgentíssima.<br />

Encaminhei hoje à Presidência desta Casa requerimento<br />

para que esse projeto também seja distribuído,<br />

para discussão e votação, à Comissão de<br />

Ciência e Tecnologia, bem como à de Meio Ambiente.<br />

Fizemos esse movimento para, por meio desse<br />

processo, estabelecer um amplo debate, após a retira<strong>da</strong><br />

do regime de urgência urgentíssima do projeto<br />

que o Executivo encaminhou a esta Casa.<br />

Esperamos, a partir de uma audiência que tive-


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04681<br />

a monopolização <strong>da</strong> economia. Querem dizer, assim O Presidente Fernando Henrique Car<strong>dos</strong>o,<br />

o entendemos, que monopólio estatal é plenamente como homem público, há muito sabe <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong>de<br />

condenável, mas que o monopólio privado deve ser <strong>dos</strong> fatos. Agora, na condição de man<strong>da</strong>tário <strong>da</strong> Reaceito,<br />

devendo-se, por isso mesmo, condenar pública não se intimidou frente ao espírito de corpo<br />

aquele servidor que o Sr. Maílson chama de buro- que insiste em subestimar a gravi<strong>da</strong>de do assunto.<br />

crata que posou de zeloso cumpridor de normas. Recentemente, angariou alia<strong>dos</strong> até na esquer-<br />

Veja, Sr. Presidente, que observar o cumpri- <strong>da</strong>, como no acordo fechado com a Central Única de<br />

mento <strong>da</strong>s normas passa a ser motivo de chacota, Trabalhadores - curo<br />

de condenação. Enquanto isso, novos debates se De fato, é uma corri<strong>da</strong> contra o tempo. Se, por<br />

aproximam quanto ao rumo de nossa economia. E um lado, o crescente. envelhecimento <strong>da</strong> população<br />

vamos, uma vez mais, assistir a esses zelosos cum- leva o indivíduo a receber benefícios por mais tempridores<br />

<strong>da</strong>s vontades patronais transformando-se po; de outro, o crescimento do mercado informal<br />

em autênticos Junos, com uma face vira<strong>da</strong> para vem diminuindo o número de contribuintes.<br />

seus mesquinhos interesses e outra inteiramente Esses dois fatores, juntos, formam um par em<br />

despreocupa<strong>da</strong> com os reais interesses do País. na<strong>da</strong> afinado com os rumos que a Previdência So-<br />

Era o que tinha a dizer. cial e o Brasil devem tomar.<br />

O SR. PAULO MOURÃO (PSDB - TO. Pro- Por fim, cumpre ao Congresso Nacional delibenuncia<br />

o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, srªs. e rar sobre a questão previdenciária de maneira defini-<br />

Srs. Deputa<strong>dos</strong>, a Previdência Social brasileira che- tiva, uma vez que - tomando como exemplo apenas<br />

gou ao seu limite. Não é outro o motivo para o em- um <strong>dos</strong> benefícios - aposentadoria significa a obtenbate<br />

que o Governo Federal vem travando no senti- ção do prêmio ao fim de árdua jorna<strong>da</strong>.<br />

do de fazer alterações urgentes. Era o que tinha a dizer.<br />

O estreitamento <strong>da</strong>s fontes de recursos é um O SR. CUNHA BUENO ( PPB - SP. Pronuncia<br />

<strong>dos</strong> grandes entraves ao bom desempenho do Insti- o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.<br />

tuto Nacional do Seguro Social (INSS), a par <strong>da</strong> am- Deputa<strong>dos</strong>, O Brasil, mais uma vez, está enlutado.<br />

pliação do número de benefícios e <strong>da</strong>s fraudes milio- Às dezesseis horas e dez minutos de domingo falenárias<br />

por diversas vezes denuncia<strong>da</strong>s. ceu D. Sarah Kubitschek de Oliveira, viúva do ex-<br />

Sabemos que a arreca<strong>da</strong>ção do sistema ba- Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Figura<br />

seia-se no salário pago em todo o País. Ora, as es- ímpar, serena e, principalmente, cordial, D. Sarah fitatísticas<br />

apontam para assombrosos 50% de traba- cará sempre na memória de to<strong>dos</strong> os brasileiros por<br />

Ihadores sem carteira assina<strong>da</strong>, que, por isso, não tudo que representou para o País como grande secontribuem<br />

para o Instituto. nhora, a nossa eterna Primeira-Dama.<br />

Sr. Presidente, não poderíamos esperar bons D. Sarah foi casa<strong>da</strong> com Juscelino durante 46<br />

resulta<strong>dos</strong> <strong>da</strong>s distorções que grassam na Previdên- anos. Foram anos de companhia diuturna, de particicia<br />

Social. paçãc permanente nas lutas e na obra de seu marido,<br />

passando com ele as horas de glória e vivendo<br />

As aposentadorias pagas não correspondem ao seu lado os momentos de dor.<br />

ao nível salarial do trabalhador na ativa e atrasos D. Sarah, com sua elegância admirável e resnos<br />

pagamentos <strong>dos</strong> benefícios são corriqueiros. peitável, superou as dimensões de esposa do gran-<br />

Vozes contrárias a qualquer modificação no de Presidente que foi Juscelino Kubitschek por sua<br />

sistema ignoram a dura reali<strong>da</strong>de do sistema previ- bravura de companheira principalmente no tempo de<br />

denciário. exílio e perseguições.<br />

Srs. Deputa<strong>dos</strong>, o golpe de misericórdia no sis- Quando de sua morte, sentiu D. Sarah que o<br />

tema previdenciário foi anunciado pelo Governo ao nome do Presidente Juscelino precisava ser preseriniciar<br />

o processo de debates sobre o tema: a rela- vado para a história do Brasil sem distorções calução<br />

entre o número de contribuintes e o contingente niosas. A luta que empreendeu para preservar o cuIde<br />

beneficia<strong>dos</strong>, que atualmente é de dois para um. to à memória de seu marido foi consagra<strong>da</strong> vitoriosa<br />

Em outras palavras, há dois trabalhadores na ativa com a inauguração do Memorial JK, que se transforpara<br />

ca<strong>da</strong> inativo. mau na presença física de Juscelino para a posteri-<br />

Apenas esse aspecto estrutural, srªs. e Srs. <strong>da</strong>de e o testemunho <strong>da</strong> luta de uma mulher que<br />

Deputa<strong>dos</strong>, torna iminente a implosão <strong>da</strong> Previdên- soube defender para o Brasil a perpetuação e o le-<br />

Gia Social no Brasil. gado do nome de um de seus maiores presidentes.


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04683<br />

Quando não discutem os negócios militares e vernamental? Qual a melhor divisão de papéis entre<br />

de defesa com a profundi<strong>da</strong>de e extensão desejá- o estatal, o público, o privado sem fins lucrativos e o<br />

veis, e quando não examinam razões e conseqüên- privado com fins de lucro?<br />

cias políticas e estratégicas <strong>da</strong>s verbas que votam Não· me alongarei no rol de assuntos do maior<br />

para as Forças Arma<strong>da</strong>s, os congressistas na<strong>da</strong> relevo que não apenas o Poder Executivo, mas tammais<br />

fazem que coonestar a omissão do Executivo bém o Poder Legislativo, deve colocar em foco neste<br />

em formular uma política de defesa. Consagram o momento.<br />

status quo. Em vez de colocar as coisas relevantes em foco,<br />

Sr. Presidente, Sr. Deputa<strong>dos</strong>, a situação que que vemos? Vemos uma pauta heteronomamente elao<br />

artigo citado expõe não se limita, infelizmente, ao boracla, vin<strong>da</strong> do Poder Executivo. Entretanto, não é a<br />

setor <strong>da</strong> defesa nacional. Ao contrário, estende-se a esse Poder que devemos censurar. É sobretudo a nós<br />

outras áreas cruciais <strong>da</strong>s políticas de governo. Em mesmos, à nossa omissão enquato Poder.<br />

numerosas questões, o Poder Legislativo, não tem Quero aqui apontar para o que me parece, sem<br />

exercido as prerrogativas que lhe confere a Consti- sombra de dúvi<strong>da</strong>s, uma <strong>da</strong>s causas determinantes<br />

tuição. <strong>da</strong> situação. Trata-se de um produto em grande par-<br />

Frisemos este ponto. Nosso diploma maior op- te <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>deira ditadúra que sobre esta Casa exertou<br />

pelo sistema presidencialista. Ora, presidencia- cem dois parti<strong>dos</strong>, o PMDB e o PFL. Com uma atitu-<br />

Iismo significa separação de Poderes. Tal opção de submissa externamente, mas muito autoritária inpara<br />

o ordenamento político do País foi depois ratifi- ternamente, essas duas agremiações, através do<br />

ca<strong>da</strong> no plebiscito de 1993. Ou seja, os-poderes do jogo regimental, e interpretações não raro discutí-<br />

Estado são distintos, e têm papéis diferentes a exer- veis, freqüentemente heterodoxas, através do concer.<br />

Se o Legislativo se omiÍf3 nas suas funções e se trole <strong>da</strong>s Comissões, através <strong>da</strong>s pressões sutis e<br />

deixa avassalar por outro Poder, o bom funciona- menos sutis sobre os representantes têm sido os<br />

mento do conjunto do sistema político estará com- grandes responsáveis pela atuação deste Poder<br />

prometido. como um mero apêndice de outro Poder. Não criao<br />

que me parece muito grave, na presente si- mos, não suscitamos idéias novas, não contribuimos<br />

tuação é que esta não resulta principalmente <strong>da</strong> com soluções inéditas. Somos simplesmente uma<br />

ação do Executivo. Esta Casa tem to<strong>da</strong>s as condiçõ- instância burocrática, 'num processo de decisão cujo<br />

es, <strong>da</strong><strong>da</strong>s pela Lei Fun<strong>da</strong>mental, de ser protagonis- comando nos escapa.<br />

ta, não um mero co-primário, no exercício de seu le- Não foi esta a intenção do Constituinte de<br />

gítimo e essencial papel na definição e orientação 1988, não foi este o àval que nos deu no plebiscito<br />

<strong>da</strong> política governamental. Aqui se produzem as leis, de 1993, o eleitorado brasileiro. Somos um Poder,<br />

o instrumento basilar no Estado Democrático de Di- numa estrutura de separação de Poderes. Os Podereito.<br />

Aqui devemos submeter ao debate as grandes res devem atuar com autonomia e harmonicamente,<br />

opções nacionais. Aqui devemos traçar os rumos <strong>da</strong> nunca atrela<strong>dos</strong> e subjulga<strong>dos</strong> um ao outro, como<br />

política pública, isto não apenas na área de defesa, agora ocorre.<br />

<strong>da</strong> qual nos temos omitido, conforme denuncia o jor- Portanto, sr. Presidente, Srs. Deputa<strong>dos</strong>, connalista,<br />

cujas idéias resumi no começo deste pro- clamo esta Casa a assumir o seu ver<strong>da</strong>deiro pé!pel,<br />

nunciamento, mas também no conjunto <strong>da</strong>s grandes para que nosso sistema político não perca de todo a<br />

questões em que está em jogo o nosso destino. funcionali<strong>da</strong>de essecial ao regime presidencialista e<br />

Que futuro estamos gestando no país neste vital para que nossa socie<strong>da</strong>de encare de·frente os<br />

momento? Qual o nosso papel numa economia glo- desafios deste final de século.<br />

/ baliza<strong>da</strong>? Como nos prepararmos para a magna O SR. PRESIDENTE (Paulo Mourão) - Passaquestão<br />

do emprego, que hoje ron<strong>da</strong> as socie<strong>da</strong>des se ao<br />

do Primeiro Mundo e não tar<strong>da</strong>rá a se abater sobre<br />

nós? Estamos diminuindo ou aumentando as desigual<strong>da</strong>des<br />

econômicas e sociais no Brasil? Que tipo<br />

de política industrial no convém neste momento?<br />

Para onde caminham nossas metrópoles, e megalópoles?<br />

Qual o futuro de nosso agro? Que políticas<br />

urbanas e agrícolas devemos implementar? Qual o<br />

tipo de organização nos convém para a máquina go-<br />

v- GRANDE EXPEDIENTE<br />

Tem a palavra o Sr. José Genoino.<br />

O SR. JOSÉ GENOfNO (PT - SP. Sem revisão<br />

do orador.) - Sr, Presidente, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>,<br />

não pretendo usar todo o tempo do Grande<br />

Expediente, quero apenas fixar o meu posicionamento<br />

a respeito de questão que necessariamente,


04684 Sexta-feira 16 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 1996<br />

no ano de 1996, terá de entrar na agen<strong>da</strong> do debate como o nosso, que nunca teve um estado de bemnacional<br />

entre os parti<strong>dos</strong> e no Congresso Nacional. estar social, que nunca teve uma ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia plena,<br />

Refiro-me ao tema social. O País está à beira - onde as réformas sociais sempre foram -trata<strong>da</strong>s<br />

e não é força de expressão - de um ver<strong>da</strong>deiro co- pelo pensamento conservador-oligárquico ou como<br />

lapso nas condições de vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> população brasileira, concessões pela via <strong>da</strong> cooptação ou pela dominaque<br />

estão deteriorando-se. ção, via força.<br />

Iniciaria dizendo que o desafio deste final de Portanto, temos aquilo que ficou conhecido<br />

século, tanto -no nosso País como no mundo, é o como dívi<strong>da</strong> social. Sempre foi um motivo para que<br />

processo de renovação tecnológica, de ajuste eco- os governantes tratassem a questão social pela vi<strong>da</strong><br />

nômico, de globalização <strong>da</strong>s relações econômicas, do populismo, pela via do tudo pelo social, ou, ago<strong>da</strong>s<br />

relações. financeiras e comerciais, que coloca a ra, pela via <strong>da</strong> compensação. Isto é, é necessário<br />

humani<strong>da</strong>de na encruzilha<strong>da</strong> do dilema entre os in- compensar a perversi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> racionali<strong>da</strong>de econôcluí<strong>dos</strong><br />

e os excluí<strong>dos</strong>. Para aqueles que têm aces- mica.<br />

so a uma ídenti<strong>da</strong>de, a uma relação com o processo Ora, Sr. Presidente, esse debate é o ponto<br />

produtivo e as condições de vi<strong>da</strong>, a socie<strong>da</strong>de pode central <strong>da</strong> elaboração de uma alternativa de esquerser<br />

organiza<strong>da</strong> pela ótica do mercado e <strong>da</strong> proprie- <strong>da</strong> para o nosso País, em que as deman<strong>da</strong>s <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>de,<br />

mas uma parcela <strong>da</strong> população, principalmen- <strong>da</strong>nia, os direitos sociais e a ampliação desses direite<br />

no Terceiro Mundo, e hoje também nos chama<strong>dos</strong> tos têm de ser a base de um programa econômico,<br />

países do Primeíro Mundo, enfrenta o desafio <strong>da</strong> ex- um programa de investimentos, um programa de reclusão.<br />

lações autônomas num mundo de inter-relações. Um<br />

Marx, ao falar sobre o capital, dizia que havia programa, Sr. Presidente, em que as reformas soum<br />

exército de reserva que equilibrava a força de ciais não sejam trata<strong>da</strong>s como uma concessão, ou<br />

trabalho na ven<strong>da</strong>, como mercadoria. Hoje, não po- uma compensação, mas entrem como parte intademos<br />

falar em exército de reserva. Temos uma grante de um modelo de desenvolvimento, de um<br />

multidão de excluí<strong>dos</strong>, em condições de vi<strong>da</strong> e de modelo de reformas sociais.<br />

trabalho que beiram o nível do barbarismo social. Com relação a esse quadro de barbarismo so-<br />

Se analisarmos as idéias <strong>dos</strong> teóricos conse- cial, diz ain<strong>da</strong> Ralf Dahrendorf que os mais necessiqüentes<br />

e sérios <strong>da</strong> social-democracia e do socialis- ta<strong>dos</strong> são mais provavelmente letárgicos do que atimo<br />

e <strong>dos</strong> teóricos responsáveis e coerentes do Hbe- vos, e a opressão sem esperanças cria o grande síralismo<br />

clássico, encontraremos afirmações extra- lêncio <strong>da</strong> dominação tirânica. Ou seja, os que são jomamente<br />

duras a respeito desse problema. De pro- ga<strong>dos</strong> nas favelas, nos viadutos, no desespero sopósito,<br />

tenho em mãos o livro Conflito Social Mo- cial funcionam como uma massa de manobra para<br />

demo, de um liberal clássico, Ralf Dahrendorf, que legitimar, pela via periódica, a dominação tirânica 'e<br />

faz algumas afirmações extremamente duras em ra- perversa <strong>da</strong> elite..<br />

lação à elite dominante deste final de século. Ao Nós, <strong>da</strong> esquer<strong>da</strong> temos tido muita dificul<strong>da</strong>de<br />

abor<strong>da</strong>r o dilema <strong>da</strong> pobreza e do crescimento, ele de dialogar com os excluí<strong>dos</strong>, de ter um projeto para<br />

afirma que as necessi<strong>da</strong>des de inovação no setor os excluí<strong>dos</strong>, de pensar o Estado brasileíro pela ótitecnológico,<br />

com conseqüência no setor produtivo, ca <strong>dos</strong> excluí<strong>dos</strong>, pela ótica <strong>da</strong> promoção <strong>da</strong> cí<strong>da</strong><strong>da</strong>devem<br />

competir com as exigências de justiça e de nia e não pela ótica <strong>dos</strong> que já estão incluí<strong>dos</strong>.<br />

desenvolvimento. Essas antinomias oferecem um Vejam bem o drama e a crise <strong>da</strong>s políticas 50primeiro<br />

vislumbre do conflito social moderno. A Ii- ciais em nosso País. A saúde pública é o exemplo<br />

ber<strong>da</strong>de precisa <strong>dos</strong> dois. De um lado, a prosperi<strong>da</strong>- mais ilustrativo. O discurso liberal sempre afirmou<br />

de e, do outro, a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia. É ele quem afirma de que a reforma patrimonial do Estado era uma condimaneira<br />

peremptória, ao fazer uma denúncia <strong>da</strong> elite ção para o ínvestimento em políticas públicas. Podominante:<br />

Para a elite hoje não há limites para a ri- rém, a reforma patrimonial do Estado está sendo feiqueza<br />

<strong>dos</strong> ricos nem para o cinismo em relação aos ta não para desprivatizar o Estado, mas para privatipobres.<br />

zá-Io no sentido perverso. Há cortes nos investimen-<br />

Ao analisar esse dilema entre a racionali<strong>da</strong>de tos em políticas públicas como condição para proeconômica<br />

e a exigência <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, esses auto- mover a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.<br />

res chamam a atenção para as conseqüências do O Sr. Sérgio Miran<strong>da</strong> - V. EXª me concede<br />

barbarismo social que a humani<strong>da</strong>de está vivendo, um aparte?<br />

particularmente nos países do Terceiro Mundo, O SR. JOSÉ GENolNO - Pois não, nobre De-


Fevereiro de 1996 DIÁRIo DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04685<br />

putado Sérgio Miran<strong>da</strong>, como muito prazer concedo<br />

o aparte a V. Exª.<br />

O Sr. Sérgio Miran<strong>da</strong> - Tomando a liber<strong>da</strong>de<br />

de introduzir no seu discurso, sempre tão brilhante,<br />

uma contribuição menor, eu queria fazer o seguinte<br />

comentário: V. Exª chamou a atenção para<br />

o importantíssimo tema <strong>dos</strong> graves problemas sociais<br />

e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de uma reforma social. Durante<br />

o primeiro ano do man<strong>da</strong>to do Presidente<br />

Fernando Henrique Car<strong>dos</strong>o, tratamos basicamente<br />

<strong>da</strong>s questões do Estado, e a esquer<strong>da</strong> ficou em<br />

uma postura de certa forma defensiva. Não era o<br />

nosso Estado, mas também discordávamos paforma<br />

do desmonte do Estado praticado. Mas agora,<br />

nobre e caro amigo, Deputado José Genoíno,<br />

quando a segun<strong>da</strong> leva de reformas trata de problemas<br />

<strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, tira-se o foco do Estado, e o<br />

foco do debate vai para a socie<strong>da</strong>de brasileira. A<br />

esquer<strong>da</strong> tem a oportuni<strong>da</strong>de de colocar a nu as<br />

gravíssimas distorções <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de brasileira: o<br />

grau de concentração de ren<strong>da</strong>, a exploração <strong>dos</strong><br />

trabalhadores, a falta de democracia nos locais de<br />

trabalho. Tudo isso reflete a parte <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de<br />

brasileira que pouco é debati<strong>da</strong> nesta Casa. Debate-se<br />

mais o Estado e menos a socie<strong>da</strong>de. Tenho<br />

a impressão de que V. Exª, ao introduzir esse<br />

tema com o brilhantismo que sempre caracterizou<br />

seus pronunciamentos, teve em mente também a<br />

idéia de que, ao se discutir a reforma social, exponham-se<br />

as graves distorções <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de brasileira,<br />

o que criará condições para uma efetiva<br />

união <strong>da</strong>s forças progressistas, na denúncia <strong>da</strong>s<br />

mazelas <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de.<br />

O SR. JOSÉ GENOfNO - Agradeço-lhe o<br />

aparte. Concordo com V. Exª-; temos de construir,<br />

nobre Deputado e colega de longa <strong>da</strong>ta, companheiro<br />

Sérgio Miran<strong>da</strong>, uma transcendência política, em<br />

um projeto moderno de esquer<strong>da</strong> que rompa não só<br />

com a lógica do mercado e <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de priva<strong>da</strong>,<br />

mas também com o Estado que sempre foi particularista<br />

em sua finali<strong>da</strong>de.<br />

Muitas vezes o Estado foi tratado não como<br />

meio para distribuir benefícios, ren<strong>da</strong> e bem-estar<br />

social, mas como um fim para uma elite que não<br />

existia sem ele. Se examinarmos as grandes oligarquias<br />

do País, constataremos que nenhuma delas<br />

chegou onde está hoje sem o Estado, sem uma relação<br />

promíscua de se projetar pelo Estado, para defender<br />

seus interesses, enquanto há uma massa de<br />

deser<strong>da</strong><strong>dos</strong> que não recebeu esses benefícios do<br />

Estado brasileiro.<br />

Se colocarmos no centro de um projeto de opo-<br />

sição as políticas conservadoras, a temática <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia,<br />

num sentido amplo - e é o próprio escritor<br />

que diz que não podemos falar em socie<strong>da</strong>de civil<br />

sem entendê-Ia como uma socie<strong>da</strong>de de ci<strong>da</strong>dãos,<br />

no sentido pleno <strong>da</strong> palavra -, veremos que no Brasil<br />

não temos uma socie<strong>da</strong>de de ci<strong>da</strong>dãos, mas uma<br />

socie<strong>da</strong>de de parte <strong>dos</strong> incluí<strong>dos</strong> e uma outra; se, na<br />

déca<strong>da</strong> de 50, a favela era o símbolo <strong>da</strong> pobreza,<br />

hoje o símbolo <strong>da</strong> pobreza são os meninos de rua,<br />

os viadutos que se transformam em moradia para a<br />

população.<br />

Veja bem, Sr. Presidente: quando o Governo<br />

Fernando Henrique Car<strong>dos</strong>o trata a questão social,<br />

ele o faz como uma espécie df? marketing ou de<br />

compensação. A reforma agrária está no ponto zero.<br />

Representou para o País a possibili<strong>da</strong>de de enfrentar<br />

o problema com a indicação de Francisco Grazziano,<br />

mas voltou à estaca zero, porque é impossível<br />

fazer reforma social neste País sem que haja<br />

sangrias e algumas dores. Temos um status quo de<br />

privilégios e de dominação que precisam ser quebra<strong>dos</strong>,<br />

conforme a visão moderna do ponto de vista <strong>da</strong><br />

ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, e não moderna do ponto de vista do capital.<br />

Entendo que, no Brasil, há escolha entre modernização<br />

conservadora e elitista e modernização<br />

democrática e promotora <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.<br />

Vejam V. Exas. o caso do Programa Comuni<strong>da</strong>de<br />

Solidária, que é uma compensação para amenizar<br />

a perversi<strong>da</strong>de do modelo, quando as políticas sociais<br />

têm de ser parte integrante do pensar a economia. Até<br />

porque a economia não pode ser vista de maneira monetarista;<br />

existem cifras, gráficos, bolsas, subi<strong>da</strong>s e<br />

que<strong>da</strong>s, e existem pessoas com necessi<strong>da</strong>de material,<br />

subjetiva e concreta. Parece que a socie<strong>da</strong>de humana<br />

fica aliena<strong>da</strong>, por uma simbologia em que as pessoas<br />

deixam de ter carne e osso, deixam de ter mente, coração<br />

e necessi<strong>da</strong>des subjetivas.<br />

É este projeto generoso que nós, <strong>da</strong> esquer<strong>da</strong>,<br />

temos de levantar, para mostrar que este moderno ­<br />

entre aspas - baseado na lógica do mercado e <strong>da</strong><br />

proprie<strong>da</strong>de, colocará a humani<strong>da</strong>de diante de grandes<br />

desastres sociais, o que já está acontecendo.<br />

Vejam os problemas <strong>dos</strong> países do Primeiro Mundo<br />

e o dilema que estão enfrentando.<br />

É fun<strong>da</strong>mental que esse debate seja feito no<br />

Congresso Nacional.<br />

Ouço o nobre Deputado Nilmário Miran<strong>da</strong>.<br />

O Sr. Nilmário Miran<strong>da</strong> - Deputado José Genoíno,<br />

V. Exª- foi muito feliz ao escolher, para o seu<br />

pronunciamento, o tema <strong>da</strong>s políticas sociais. Acho<br />

que esta é a grande questão e o maior problema do<br />

Brasil hoje. É inequívoco que estamos vivendo uma


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04687<br />

séria e aceita qualquer migalha para não morrer. É De nossa parte, não podemos transformar o<br />

como se um ci<strong>da</strong>dão estivesse no fundo do poço e, mercado ou a própria proprie<strong>da</strong>de, como fizemos no<br />

para não se afogar, alguém lhe desse um pe<strong>da</strong>ço de passado, como se fôssemos demônios, para negar<br />

pau para se encostar, mas ele não sai do poço, não esse tipo de coisa. O mercado é o espaço em que<br />

sai <strong>da</strong> miséria, não sai <strong>da</strong> negação <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia. as trocas e as opções se manifestam e se realizam.<br />

Isso não podemos aceitar. Podemos discutir, com a existência do mercado e <strong>da</strong><br />

Entendo, Sr. Presidente, que o perfil de um proja- proprie<strong>da</strong>de, um padrão civilizado para garantir direito<br />

moderno e democrático de esquer<strong>da</strong> deve ser colo- tos sociais.<br />

cado nas deman<strong>da</strong>s <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, para a partir <strong>da</strong>í, No nosso País, quando falamos em direitos<br />

énfrentar o debate <strong>da</strong> reforma do Estado, o debate <strong>da</strong> sociais, principalmente em relação ao Estado, é neeliminação<br />

<strong>dos</strong> privilégios, o debate de um modelo que cessário mencionar a separação entre o que são os<br />

conseguiu acoplar a um só tempo os privilégios históri- direitos e as prerrogativas <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia com privilécos<br />

<strong>da</strong> elite deste País com moderni<strong>da</strong>de, como diz o gios. Quanto aos privilégios, estes, sim, queremos<br />

famoso Lampeduza em seu livro O Leopardo: Vamos eliminar. Nós, <strong>da</strong> esquer<strong>da</strong>, não podemos ter nenhumu<strong>da</strong>r<br />

alguma coisa para que na<strong>da</strong> mude. ma complacência em relação aos privilégios, mas<br />

Essas reformas, que têm marcado o Brasil des- com o que representam os direitos, condição de<br />

de a escravidão, passando pela República, até hoje uma vi<strong>da</strong> digna numa socie<strong>da</strong>de de pessoas felizes,<br />

sacrificam uma socie<strong>da</strong>de que, como Mangabeira humanista, pluralista, não esta em que as pessoas<br />

Unger diz, é dual, na qual falam os incluí<strong>dos</strong>, porque que têm ren<strong>da</strong> e são ricas começam a não poder<br />

estes têm identi<strong>da</strong>de, fala em organização. E a gran- usar seus bens, por terem medo de seqüestros, ou<br />

de massa <strong>dos</strong> excluí<strong>dos</strong>, que não tem sequer identi- numa socie<strong>da</strong>de em que as pessoas cruzam a rua e<br />

<strong>da</strong>de ou carteira <strong>da</strong> relação de trabalho ou de em- sentem a necessi<strong>da</strong>de de <strong>da</strong>r uma moe<strong>da</strong> a quem<br />

prego, fica à mercê de um Estado paralelo e, na pede esmola, o que reflete a violência de uma crianmaioria<br />

<strong>dos</strong> vezes, cai no narcotráfico ou no crime ça abandona<strong>da</strong>.<br />

organizado. Diante <strong>da</strong> ausência do Estado, como já Ou a socie<strong>da</strong>de constrói uma relação e um<br />

acontece em algumas grandes ci<strong>da</strong>des deste País, o novo contrato social ou, então, sofrerá um processo<br />

crime organizado é uma alternativa para garantir de canibalismo social, violência social, uma guerra<br />

bem-estar social através de escolas, creches, etc. social que, pelos padrões <strong>da</strong> democracia, é contradi-<br />

Essa relação colocará em risco a democracia tória com a evolução democrática e <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.<br />

enquanto valor, porque esta tem de estar calca<strong>da</strong> na Sr. Presidente, agradeço pela generosi<strong>da</strong>de<br />

plurali<strong>da</strong>de de opções. E a plurali<strong>da</strong>de de opções e democrática de V. Exª em ter-me deixado extrapolar<br />

de diferenças, que se relacionam no mercado e na em meu tempo.<br />

proprie<strong>da</strong>de, não pode negar o básico de um padrão O SR. PRESIDENTE (Paulo Mourão) - Concecivilizatório<br />

para a maioria <strong>da</strong> população. Uma parte do a palavra ao segundo orador inscrito no período<br />

<strong>da</strong> população brasileira não tem o padrão civilizâtó- do Grande Expediente, Deputado Davi Alves Silva,<br />

rio mínimo para se colocar em condição de ci<strong>da</strong><strong>da</strong>- que disporá de 25 minutos na tribuna.<br />

nia. Esse é o grande debate, no qual temos de criti- O SR. DAVI ALVES SILVA (PPB - MA. Sem<br />

car o centro <strong>da</strong>s políticas sociais do Governo fer- revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputanando<br />

Henrique Car<strong>dos</strong>o. <strong>dos</strong>, estão em debate as rodovias federais do Esta-<br />

Um Governo social-democrata não pode tratar a do do Maranhão.<br />

questão social como uma concessão compensatória. Problema conhecido por to<strong>dos</strong>, inclusive os<br />

Temos de discutir de fato pela ótica <strong>da</strong> revisão que passam também pelos Esta<strong>dos</strong> do Pará e Piauí,<br />

de alguns paradigmas <strong>da</strong> esquer<strong>da</strong>. Temos, sim, de o estado precário <strong>da</strong> BR-010 chama atenção <strong>da</strong><br />

revisar e, ao mesmo tempo, resgatar a generosi<strong>da</strong>de banca<strong>da</strong> federal do meu estado, que alerta para o<br />

<strong>da</strong> história <strong>da</strong> esquer<strong>da</strong>, para chegar à conclusão fato de que a situação será ain<strong>da</strong> muito pior se este<br />

básica de Sobbio de que a esquer<strong>da</strong> é esquer<strong>da</strong> ano o governo não assumir claramente a decisão de<br />

sim, e tem de ser resgata<strong>da</strong> pela idéia <strong>da</strong> luta por reconstruir as estra<strong>da</strong>s que se estão deteriorando no<br />

mais igual<strong>da</strong>de social, uma igual<strong>da</strong>de social que não Estado do Maranhão.<br />

pode limitar-se ao padrão de uma espécie de igual- Acabo de apresentar a esta Casa, em caráter<br />

<strong>da</strong>de absoluta, porque é necessário promover a de urgência, projeto que se encontra agora no Miniscombinação<br />

<strong>da</strong> igual<strong>da</strong>de social com a liber<strong>da</strong>de de tério do Planejamento, de onde saem recursos do<br />

opções. Governo para aju<strong>da</strong>r o País a crescer.


Fevereiro de 1996 DIÁRIo DA CÂMARA DOS DEPurADOS Sexta-feira 16 04689<br />

Polícia Rodoviária, que hoje está completamente sucatea<strong>da</strong>;<br />

não dispõe sequer de meios de locomoção;<br />

nem motocicletas para policiar possui. Por isso, parabenizo<br />

V. Exª-, pois não é só o Maranhão, Estado<br />

que V. Exª- tão bem representa e que tão bem defende;<br />

o Brasil todo clama e reclama as medi<strong>da</strong>s urgentes<br />

e necessárias para a conservação de suas estra<strong>da</strong>s.<br />

Não estamos pedindo que se construam novas<br />

rodovias, o que é muito necessário, mas pelo menos<br />

que o Governo conserve as já existentes.<br />

O SR. DAVI ALVES DA SILVA - Incorporo o<br />

aparte de V. Exª- ao meu pro[lunciamento, porque<br />

entendo que empresta maior clareza ao tema e aju<strong>da</strong><br />

o Governo a entender que há uma questão levanta<strong>da</strong><br />

nesta Casa e que as discussões não podem<br />

parar, enquanto a sua equipe econômica não se colocar<br />

à Idisposição <strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong> para aju<strong>da</strong>r os distritos<br />

rodoviários federais na manutenção <strong>da</strong>s estra<strong>da</strong>s.<br />

.0 Sr. Chicão Brígi<strong>da</strong> - Permite-me V. Exª" um<br />

aparte?<br />

O SR. DAVI ALVES SILVA - Pois não, Deputado<br />

Chicão Brígido.<br />

O Sr. Chicão Brígi<strong>da</strong> - Deputado Davi Alves<br />

Silva, nesta feliz oportuni<strong>da</strong>de em que aparteio V.<br />

Exª, devo, em primeiro lugar, dizer que o seu pronunciamento<br />

é um ver<strong>da</strong>deiro documento sobre a<br />

reali<strong>da</strong>de atual <strong>da</strong>s estra<strong>da</strong>s brasileiras. V. Exª-, a o<br />

retratar a situação caótica em que se encontram as<br />

estra<strong>da</strong>s brasileiras, traz-nos, a nós representantes<br />

do povo nesta Casa, a grande responsabili<strong>da</strong>de de<br />

mostrar ao Governo que ele realmente não tem propostas<br />

para o setor rodoviário. E V. Exª" deixou isso<br />

bem parehte, quando disse que o Governo não tem<br />

uma propostas para reverter a situação <strong>da</strong>s estra<strong>da</strong>s<br />

brasileiras. Vimos recentemente, nesta Casa, o Governo<br />

apresentar a idéia de estadualização <strong>da</strong>s estra<strong>da</strong>s.<br />

Essa é uma idéia que, na nossa concepção,<br />

pode representar um avanço, uma saí<strong>da</strong>. Mas;a reali<strong>da</strong>de,<br />

nobre Deputado Davi Alves Silva, é que as<br />

estra<strong>da</strong>s deste País, hoje, estão causando acidenj<br />

tes, com incontáveis vítimas, isto sem mencionar os<br />

I problemas de comunicação e de desenvolvimento ­<br />

porque para nós estra<strong>da</strong> é isso: comunicação e desenvolvimento.<br />

Nessa concepção, entendo que juntos<br />

temos de cobrar do Governo uma proposta, um<br />

plano para que a malha viária aten<strong>da</strong> aos interesses<br />

maiores do povo brasileiro. Congratulo-me com V.<br />

Exª pelo pronunciamento atual, importante e histórico<br />

que faz; reflitamos sempre e cobremos mais do<br />

governo sua responsabili<strong>da</strong>de com relação às estra<strong>da</strong>s<br />

brasileiras. Devo dizer a V. Exª" que o Estado do<br />

Acre, hoje, também é vítima dessa situação em que<br />

se encontram as estra<strong>da</strong>s do nosso País.<br />

O SR. DAVI ALVES SILVA - Deputado Chicão<br />

Brígido, o aparte de V. Exª" reforça as teses já encaminha<strong>da</strong>s<br />

no projeto de'minha autoria, que hoje descansa<br />

no Ministério do Panejamento.<br />

Precisamos de apoio de V. Exª e de to<strong>dos</strong> os<br />

Deputa<strong>dos</strong> conscientes <strong>da</strong>s nossas responsabili<strong>da</strong>de.<br />

Este País não pode ser diluído. O Deputado Benedito<br />

Domingos disse muito bem: não estamos cobrando<br />

do Governo a construção de estra<strong>da</strong>s, mas a<br />

equipe governamental está provocando tal medi<strong>da</strong>.<br />

As estra<strong>da</strong>s que não forem recupera<strong>da</strong>s terão de ser<br />

reconstruí<strong>da</strong>s. O Governo poderia gastar 5% do Orçamento<br />

para resolver o problema, mas sua equipe<br />

insiste em fazê-lo gÇlstar 40%, porque não estão tomando<br />

a tempo medi<strong>da</strong>s para conservar e restaurar<br />

o que já está construído.<br />

Agradeço ao Deputado Chicão Brígido o aparte,<br />

que incorporo ao meu pronunciamento, com muito<br />

orgulho.<br />

Ouço, com prazer, o Deputado Severino Cavalcanti.<br />

O SR. SEVERINO CAVALCANTI - V. Exª" está<br />

coberto de razão, Deputado Davi Alves Silva. Está<br />

faltando decisão política ao Governo, que precisa<br />

conscientizar-se de que, sem transportes, haverá<br />

uma convulsão soeiai no País. O Govemo está levando<br />

várias regiões do País ao isolamento, tomando-se<br />

necessário fazer greves e piquetes, como está<br />

acontecendo em quase to<strong>dos</strong> os recantos <strong>da</strong> nossa<br />

Pátria, de norte a sul. To<strong>da</strong>s as regiões reclamam<br />

atenção para um setor que é prioritário, e as medi<strong>da</strong>s<br />

não podem ser adia<strong>da</strong>s, mas o Governo está insensível<br />

- e nós estamos aqui sem respostas. V.<br />

Exª-, hoje faz um retrato fiel do que se passa no País,<br />

em to<strong>da</strong>s as locali<strong>da</strong>des, não só no Estado Maranhão.<br />

Essa situação dolorosa é encontra<strong>da</strong> em to<strong>da</strong>s<br />

as regiões, até nas mais ricas. a estra<strong>da</strong> que<br />

liga São Paulo ao Rio Grande do Sul também está<br />

sofrendo o mesmo problema. São acidentes provoca<strong>dos</strong>,<br />

como bem disse o Deputado Benedito Domingos.<br />

Não há percepção nem vontade, por parte<br />

do Governo, de resolver o problema. Gasta-se tanto<br />

dinheiro em supérfluos, com se gastou uma fortuna<br />

na Marinha com champanhe e uísque, e não há dinheiro<br />

para consertar as estra<strong>da</strong>s, para ao menos<br />

manter aquilo que já existe. O que queremos não é<br />

que se façam novas estra<strong>da</strong>s; o que queremos é<br />

contar com o mínimo que já foi feito. V. Exª, interpretando<br />

o pensamento do seu Estado e <strong>da</strong> própria nacionali<strong>da</strong>de<br />

vem aqui hoje reclamar do governo pro-


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04691<br />

chamou para tratar desse assunto. Fui ao DNER e<br />

cheguei atrasado à audiência. Mesmo assim, liguei<br />

para o Presidente <strong>da</strong> república. agradecendo-lhe por<br />

ter-me concedido audiência, e disse ao seu Secretário<br />

que o assunto estava praticamente resolvido;<br />

mas houve um engano <strong>da</strong> minha parte. Não há na<strong>da</strong><br />

resolvido.<br />

Vou novamente pedir audiência ao Presidente<br />

e pedir a S. Exª' que nos ajude a encontrar uma saí<strong>da</strong><br />

honrosa para o País. O coração do Brasil passa<br />

por Imperatriz. To<strong>dos</strong> aqueles que vão ao Nordeste<br />

e os que vêm de lá passam pela Belém-Brasília,<br />

porque não há outra estra<strong>da</strong>. E passam xingando o<br />

Governo, os Deputa<strong>dos</strong> e os Vereadores.<br />

Outro dia, em pronunciamento desta tribuna,<br />

afirmei o que estava dizendo o Presidente <strong>da</strong> República.<br />

Em segui<strong>da</strong>, man<strong>da</strong>ram retirar meu discurso<br />

<strong>da</strong> Taquigrafia. Não inventei na<strong>da</strong>; ocorreu aquilo<br />

mesmo que eu relatei. Mas não se pode nem dizer o<br />

que está acontecendo em um Estado que se propõe<br />

a aju<strong>da</strong>r o Governo no setor produtivo, na banca<strong>da</strong><br />

parlamentar, na socie<strong>da</strong>de e, enfim, Sr. Presidente,<br />

em tudo aquilo que exige a presença de homens decentes,<br />

que possam aju<strong>da</strong>r o Governo a encontrar<br />

uma saí<strong>da</strong> para a crise.<br />

Assim, Sr. Presidente, encerro meu pronunciamento',<br />

durante o qual pude ceder apartes a brilhantes<br />

homens públicos desta Casa. Sem dúvi<strong>da</strong> esses<br />

apartes chegarão, por meu intermédio, ao Presidente<br />

<strong>da</strong> República e ao Ministro José Serra. Peço a V.<br />

Exª' que autorize a publicação do projeto que apresentei,<br />

para que eu possa levá-lo ao Presidente deste<br />

País e, dizer-lhe que não estamos contra S. Exª<br />

nem contra ninguém, mas sim a favor do País e <strong>da</strong>queles<br />

que nos elegeram para representar nossos<br />

Esta<strong>dos</strong>, nossos Municípios e nosso povo.<br />

PROJETO A QUE SE REFERE O<br />

ORADOR:<br />

INDICAÇÃO N2 , DE 1996<br />

(Projeto de Indicação do Sr. Deputado Davi Alves<br />

Silva - PPBlMA)<br />

Excelentíssimo Senhor Ministro do Planejamento<br />

e Orçamento,<br />

A falta de recursos para a recuperação <strong>da</strong> Malha<br />

Rodoviária Federal do Maranhão vem causando<br />

grandes prejuízos econômico, social e financeiro às<br />

pessoas que trafegam ao longo <strong>da</strong>s rodovias.<br />

É preciso, Senhor Ministro, que haja um investimento<br />

do Governo Federal para uma recuperação<br />

urgente que permita o desenvolvimento do Estado e<br />

a tranqüili<strong>da</strong>de <strong>dos</strong> usuários.<br />

Estamos conscientes de que o momento é delicado.<br />

O País passa por uma transformação de.estabili<strong>da</strong>de<br />

econômica, o que é louvável por to<strong>dos</strong><br />

aqueles que defendem o seu crescimento;<br />

O Estado do Maranhão vem <strong>da</strong>ndo a sua colaboração<br />

na área produtiva.<br />

A recuperação de estra<strong>da</strong>s <strong>da</strong>rá melhores condições<br />

aos produtores, que, conscientes <strong>da</strong>s suas<br />

responsabili<strong>da</strong>des, terão a grandeza de reconhecer<br />

o trabalho profícuo e redobrado do Governo.<br />

Em anexo, segue um demonstrativo do projeto.<br />

Sala <strong>da</strong>s Sessões, 30 de janeiro de 1996. ­<br />

Deputado Davi Alves Silva.<br />

Recursos para licitação e contratação de elaboração<br />

de projetos executivos'de engenharia para<br />

restauração, melhoramentos, reconstrução e construção<br />

<strong>da</strong> malha rodoviária federal do Maranhão nos<br />

segmentos <strong>dos</strong> trechos abaixo discrimina<strong>dos</strong>:<br />

Solicitamos providências de V. Exª- no sentido<br />

de destacar recursos orçamentários para licitações<br />

com vistas à contratação de elaboração de projetos<br />

de melhoramentos, restauração e construção para<br />

os subtrechoslsegmentos abaixo discrimina<strong>dos</strong>, conforme<br />

nossa programação de 1996:<br />

1) Rodovia BR-010/MA<br />

Trecho: Divisa TO/MA e Divisa MNPA<br />

Subtrecho/Segmento -* Código PNV: Imperatriz­<br />

Açailãndia, Km 219,54 ao Km 289,20, 010 BMA<br />

0450.<br />

Extensão: 69,66<br />

Valores Globais:<br />

Total<br />

Projeto: 264.815,00<br />

Obras: 11.750.380,00<br />

Superv.: 567.519,00<br />

Destaque para 1996<br />

264.815,00<br />

4.700.152,00<br />

235.008,00<br />

2) Rodovia BR-010/MA<br />

Trecho: Divisa TO/MA e Divisa MNPA<br />

Subtrecho/Segmento - Código PNV: Açailãndia-Itinga,<br />

Km 289,20 ao KM 346,10 - 010 BMA 0470<br />

Extensão: 56,90<br />

Valores Globais:<br />

Total<br />

Projeto: 242.475,00<br />

Obras: 8.952.877,00<br />

Superv.: 447.644,00<br />

Destaque para 1996<br />

242.475,00<br />

2.685.863,00<br />

134.293,00<br />

3) Rodovia BR-010/MA<br />

Trecho: Divisa TO/MA e Divisa MNPA<br />

Subtrecho/Segmento - Código PNV: Carolina-Estreito,<br />

Km 3,00 ao Km 97,80 - 010 BMA 0370<br />

Extensão: 94,90<br />

Valores Globais:


04696 Sexta-ferra 16 DIÁRIo DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 1996<br />

confiando no senso de justiça e de eqüi<strong>da</strong>de <strong>dos</strong><br />

seus integrantes e na compreensão do Executivo,<br />

que será fun<strong>da</strong>mental para sua implementação visto<br />

que ele não aponta para uma direção que possa levantar<br />

alguma dificul<strong>da</strong>de à economia nacional, mas<br />

ao contrário, está direcionado para um grande projeto<br />

nacional de desenvolvimento, como temos defendido<br />

nesta tribuna.<br />

Mais desenvolvimento para to<strong>dos</strong>, sem exclusões.<br />

E, para que isso ocorra, temos de iniciar o trabalho<br />

de redução <strong>da</strong>s desigual<strong>da</strong>des regionais.<br />

O SR. PRESIDENTE (Herculano Anghinetti) ­<br />

Com a palavra o Sr. Deputado Chicão Brígido pelo<br />

Bloco Parlamentar PMDB/PSD/PSUPSC, que disporá<br />

de 10 minutos na tribuna.<br />

O SR. CHICÃO BRíGIDO (PMDB - AC. Sem<br />

revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong><br />

neste primeiro diá em que reiniciamos os<br />

nossos trabalhos nesta Casa, achei oportuno trazer<br />

um pronunciamento intitulado A Democracia, quais<br />

seus avanços?<br />

Compreendemos, Sr. Presidente, que nenhum<br />

Parlamentar brasileiro tem tanta responsabili<strong>da</strong>de<br />

com a democracia brasileira quanto um peemedebista.<br />

O PMDB é um partido que, sem sombra de<br />

dúvi<strong>da</strong>s, ajudou a reconstruir a democracia em nosso<br />

País e continua sendo um <strong>dos</strong> parti<strong>dos</strong> com essa<br />

referência.<br />

Em to<strong>da</strong> a nossa vivência política, procuramos<br />

sempre trilhar o caminho <strong>da</strong> reflexão. Assim, desempenhando<br />

o nosso trabalho nesta Casa, e sob o<br />

rompante do turbilhão de nossos compromissos políticos,<br />

buscamos, em um breve momento silencioso,<br />

uma resposta para o exercício concreto <strong>da</strong> democracia.<br />

Refletindo sobre o sentido <strong>da</strong> democracia<br />

como um modo pelo qual o povo toma o seu destino<br />

em suas próprias mãos, aportamos no sentido grego<br />

de democracia, em que encontramos govern9 do<br />

povo, pelo povo, para o povo. Os gregos descobriram<br />

a democracia e praticaram a política, a arte de<br />

decidir através <strong>da</strong> discussão pública, obedecendo às<br />

decisões como condição para o avanço <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de<br />

civiliza<strong>da</strong>.<br />

t certo que na Grécia clássica a democracia<br />

era exerci<strong>da</strong> peJos ci<strong>da</strong>dãos e excluía mulheres e<br />

escravos do direito de ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, mas é certo também<br />

que os líderes políticos eram obriga<strong>dos</strong> a ter<br />

um relacionamento direto com seus eleitores e portanto<br />

se expunham ao controle direto e imediato. A<br />

democracia ateniense era direta e não representativa,<br />

diferenciando-se assim do ideal contem-<br />

porãneo. O que os preocupava fun<strong>da</strong>mentalmente<br />

era permitir a ca<strong>da</strong> ci<strong>da</strong>dão a participação no gerenciamento<br />

de to<strong>dos</strong> os negócios públicos.<br />

Percorrendo os caminhos <strong>da</strong> democracia, deparamos<br />

com a democracia liberal do século XIX, dirigi<strong>da</strong><br />

por uma elite burguesà que acreditava dona<br />

<strong>da</strong> razão e do conhecimento do bem comum.<br />

No mundo contemporâneo, a participação direta<br />

seria praticamente impossível, <strong>da</strong>í a representativi<strong>da</strong>de<br />

como símbolo de um sistema democrático.<br />

A democracia moderna depende <strong>da</strong> participação<br />

popular. Não estamos mais na Grécia clássica,<br />

onde os ci<strong>da</strong>dãos podiam ser reuni<strong>dos</strong> to<strong>dos</strong> na<br />

praça do mercado para discutirem política no exercício<br />

pleno de democracia.<br />

Mas hoje, por inúmeras vezes, o sentido <strong>da</strong> democracia<br />

representativa é distorcido. Quando a classe<br />

política é escolhi<strong>da</strong> pelo voto de uma maioria, ela<br />

usa o man<strong>da</strong>to político como se fosse uma proprie<strong>da</strong>de<br />

particular, cerca<strong>da</strong> com arame farpado e cães<br />

bravos para intimi<strong>da</strong>r quem a elegeu.<br />

Podemos apontar vários exemplos de representantes<br />

do povo que se vestem de democráticos<br />

enquanto fazem suas campanhas eleitorais, financia<strong>da</strong>s<br />

pelas oligarquias regionais e que, depois de<br />

eleitos, se transfiguram, passam de representantes<br />

a senhores, colocando em primeiro plano os interesses<br />

do grupo que o apoiou financeiramente na sua<br />

eletivi<strong>da</strong>de.<br />

A democracia é um valor universal.<br />

Sr. Presidente, srªs e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, partindo<br />

<strong>da</strong> premissa de que salta aos nossos olhos uma democracia<br />

ain<strong>da</strong> não consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>, tanto em âmbito<br />

nacional quanto regional, o que percebemos, no<br />

Brasil, são os resquícios <strong>da</strong>s formas políticas adota<strong>da</strong>s<br />

pelas classes dominantes, desde os primórdios<br />

de nossa história. A herança de uma socie<strong>da</strong>de colonial<br />

e escravista marcou profun<strong>da</strong>mente a formação,<br />

o desenvolvimento e o pensamento <strong>dos</strong> grupos<br />

e <strong>da</strong>s classes sociais no Brasil, assim como obstaculizou<br />

as transformações sociais mais profun<strong>da</strong>s.<br />

Desde a independência até a instalação <strong>da</strong> Re- ,<br />

pública, tivemos a imposição de um sistema de governo<br />

no qual a política brasileira se curvava ao poder<br />

pessoal do Imperador. Podemos dizer também<br />

que o chamado Período Regencial não foi uma legítima<br />

representação do povo brasileiro; ao contrário,<br />

foi uma ditadura de oligarquia de proprietários de<br />

terras.<br />

Na República Velha as oligarquias senhoriais<br />

criaram mecanismos para conservarem a sua hegemonia.<br />

Para a legitimação do processo, a burguesia


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04699<br />

representa 31 % do total de emprega<strong>dos</strong> ativos no final<br />

de 1994.<br />

O que, concretamente, pode ser feito para estancar<br />

os abusos nas importações? Duas providências<br />

principais podem ser adota<strong>da</strong>s:<br />

I ;- maior rigor na fiscalização do cumprimento<br />

<strong>da</strong> legislação de normas técnicas nos produtos im­<br />

P9rta<strong>dos</strong> - etiquetas, composição do tecido, informações<br />

em língua portuguesa etc. Essa fiscalização<br />

está a cargo do INMETRO e deve ser feita já no desembaraço<br />

alfandegário, e não, como atualmente,<br />

nos postos de ven<strong>da</strong> do mercado interno;<br />

11 - outra providência é a elevação <strong>da</strong>s tarifas<br />

de importação de teci<strong>dos</strong> e confecções, tarifas essas<br />

que devem incidir não sobre o preço cobrado no<br />

país em que foi realiza<strong>da</strong> a compra, mas sobre um<br />

preço de referência que reflita a média do mercado.<br />

Com essas medi<strong>da</strong>s, será possível começar a<br />

prática de uma competição sadia, o que não ocorre<br />

hoje, pela prática do dumping.<br />

Outro bloco de preocupações do setor têxtil diz<br />

respeito ao financiamento. Existem, hoje, linhas de<br />

financiamento destina<strong>da</strong>s à implantação, expansão,<br />

relocação, modernização, quali<strong>da</strong>de, produtivi<strong>da</strong>de,<br />

proteção ambiental, reestruturação, fusão, aquisição<br />

de empresas e importação de equipamentos. São linhas<br />

importantíssimas em épocas normais, porém<br />

insuficientes em perío<strong>dos</strong> de crise. Para um paciente<br />

que já está na UTI não adianta oferecer uma cirurgia<br />

plástica.<br />

O setor precisa de capital de giro não vinculado<br />

a projetos de investimento e maior flexibili<strong>da</strong>de nas<br />

linhas de crédito. As indústrias têxteis já apresentaram<br />

ao Ministro <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>, Pedro Malan, um Conjunto<br />

de medi<strong>da</strong>s que visam combater as dificul<strong>da</strong>des<br />

conjunturai5. Julgo importante citá-Ias:<br />

1ª- criação de linha de crédito para capitalização<br />

<strong>da</strong>s microempresas a curto prazo (capital de<br />

giro) no limite de 20 mil reais;<br />

2ª - instituição de linhas de crédito de médio e<br />

,longo prazos, no limite de até SO mil reais, para in­<br />

.vestimento em capacitação de mão-de-obra, tecnologia<br />

e programa de quali<strong>da</strong>de;<br />

3ª - recomposição <strong>da</strong>s dívi<strong>da</strong>s do setor, com<br />

alongamento de prazos e equalização de encargos<br />

financeiros no limite de 200 mil reais por tomador;<br />

4ª - prazos de carência de seis meses a um<br />

ano, taxas de juros de 6% ao ano com capitalização<br />

anual e de cinco a dez anos para pagamento total<br />

<strong>da</strong>s obrigações assumi<strong>da</strong>s.<br />

Sª - disponibili<strong>da</strong>de de recursos do Tesouro<br />

Nacional para garantia rI",,, 'lperações de alongamento<br />

de dívi<strong>da</strong>s;<br />

6ª - estabelecimento de crédito-prêmio, até<br />

que seja possível exonerar as exportações <strong>da</strong> carga<br />

tributária.<br />

Finalmente, é preciso reafirmar que esse custo<br />

onera to<strong>da</strong> a produção brasileira e não apenas a do<br />

setor têxtil. A ele se deu o nome de Custo Brasil,<br />

conjunto de distorções e ineficiências que prejudicam<br />

a produtivi<strong>da</strong>de. Esse custo, peculiarmente brasileiro,<br />

está presente em nosso sistema tributário, na<br />

legislação trabalhista, no sistema de educação e<br />

saúde, na obsolescência <strong>da</strong> infra-estrutura de transporte,<br />

nos altos custos portuários, na deterioração<br />

<strong>da</strong>s telecpmunicações e do sistema energético, no<br />

elevado custo de financiamento e na excessiva regulamentação<br />

<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de produtiva.<br />

. Com as reformas constitucionais que estamos<br />

realizando, busca-se atingir em cheio alguns <strong>dos</strong><br />

componentes deste Custo Brasil. Essa é uma tarefa<br />

importantíssima, e a ela devemos nos integrar com<br />

afinco, sabendo de antemão que os resulta<strong>dos</strong> não<br />

serão imediatos, mas virão. Enquanto isso, é possível<br />

realizar algo de positivo, para que a produção<br />

brasileira alcance seus objetivos.<br />

Voltei-me neste pronunciamento ao setor têxtil<br />

porque a crise é muito forte e não queremos ser partícipes<br />

do sepultamento de um setor que contribui<br />

positivamente para nosso País. Algumas medi<strong>da</strong>s<br />

foram aponta<strong>da</strong>s e estão sendo discuti<strong>da</strong>s e detalha<strong>da</strong>s<br />

em reuniões que os representantes <strong>da</strong> indústria<br />

têxtil realizam com o Governo. Na última segun<strong>da</strong>feira,<br />

por exemplo, realizaram-se em Blumenau e<br />

Joinville encontros de representantes do Ministério<br />

<strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> e do BNDES com os representantes <strong>da</strong><br />

indústria têxtil catarinense. Foi, porém, apenas mais<br />

um passo dentro de uma negociação que já se faz<br />

há um ano. Como disse o Presidente do Sindicato<br />

<strong>da</strong> Indústria Têxtil de Blumenau, Ulrich Kuhn, temse<br />

falado bastante, mas tem se resolvido pouco.<br />

É preciso ter objetivi<strong>da</strong>de nas soluções. Este é<br />

o ponto: encarar de maneira objetiva e realista a<br />

questão.<br />

É preciso ter consciência de que o problema é<br />

extremamente grave e requer decisões rápi<strong>da</strong>s e corajosas,<br />

antes que seja tarde demais.<br />

Em relação a outros assuntos, já se leu na imprensa<br />

que o Presidente <strong>da</strong> República, depois <strong>da</strong><br />

bomba estoura<strong>da</strong>, comentou até pela imprensa que<br />

não tinha conhecimento <strong>da</strong> gravi<strong>da</strong>de do problema.<br />

É nosso dever alertar o Governo de que a situação é


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04703<br />

o SR. PRESIDENTE (Herculano Anghinetti) ­<br />

Concedo a palavra ao Deputado Marconi Perillo, a<br />

fim de complementar o tempo destinado ao PSDB.<br />

Disporá S. Exª de cinco minutos.<br />

O SR. MARCONI PERILLO (PSDB - GO. Pronuncia<br />

o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras.<br />

e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, em face <strong>da</strong> grave crise vivi<strong>da</strong> pela<br />

agricultura, especialmente no que diz respeito à cultura<br />

do algodão, apresentei hoje um elenco de sugestões<br />

aos Ministros <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> e <strong>da</strong> Agricultura<br />

de modificações na política de tarifas incidentes sobre<br />

o algodão.<br />

Conforme sabemos, e é noticiado pela imprensa<br />

nacional, a área planta<strong>da</strong> de algodão nos dois<br />

maiores Esta<strong>dos</strong> prodL!tàtes foi reduzi<strong>da</strong> em mais <strong>da</strong><br />

metade, em apenas qUàtro anos.<br />

Importações financia<strong>da</strong>s são proibi<strong>da</strong>s para<br />

produtos como arroz e milho. Entretanto, para o algodão<br />

são permiti<strong>da</strong>s (até 360 dias, às vezes sem<br />

juros). .<br />

. Os preços internacionais dispararam em 1995.<br />

Mesmo assim a área. planta<strong>da</strong> cairá ain<strong>da</strong> 21 % na<br />

Região Sudeste e 12%·na Região Sul, especialmen'"<br />

te falando no Estado de· Goiás. A diferença é que o<br />

pagamento do algodão nacional é à vista e o importado<br />

tem subsídio de 18;54 centavos por libra, e um<br />

ano para pagar, e muitas vezes sem juros.<br />

A Argentina aumentará sua área de 600 mil<br />

hectares para aproxill1a<strong>da</strong>rnente um milhão de hectares<br />

para a safra de 1996 (isto porque lá o produtor<br />

teve o direito de aproveitar os bons preços mundiais).<br />

Tais subsídios não estão sendo investiga<strong>dos</strong><br />

apenas no Brasil: grande exportadora americana de<br />

algodão para o Brasil está sendo investiga<strong>da</strong> pelo<br />

próprio governo americano, pela utilização abusiva e<br />

indevi<strong>da</strong> <strong>dos</strong> subsídios concedi<strong>dos</strong> em 1992/1993<br />

aos exportadores de algodão.<br />

No Brasil, a SRB, a CNA e a OCB estão movendo<br />

processo contra as importações subsidia<strong>da</strong>s<br />

americanas desde dezembro de 1993.<br />

O Governo brasileiro apurou que, em 1993, os<br />

subsídios <strong>da</strong><strong>dos</strong> pelos EUA eram de 18,54 centavos<br />

por libra, ou seja, 32% <strong>da</strong> cotação doméstica do produto.<br />

O café que recentemente importamos tinha tarifa<br />

de 15%; o algodão, zero.<br />

No Mercosul, a alíquota de importação chegará<br />

a 6% somente no ano 2000.<br />

O setor têxtil tem tarifas de 70% e o algodão<br />

tem hoje tarifa de 2%. Por que destruir a produção<br />

de fibra para proteger a produção de têxteis?<br />

Além disso, ain<strong>da</strong> existe o ICMS sobre as exportações!<br />

Produtores nacionais não se beneficiam <strong>da</strong>s altas<br />

no mercado externo, porque o algodão fica encalhado<br />

no mercado interno.<br />

A defasagem do câmbio prejudica muito o produto<br />

exportado e beneficia ain<strong>da</strong> mais o importado.<br />

O que vemos é que nunca se exportou tanto<br />

imposto e se importou tanto subsídio como no algodão.<br />

Os EUA são o segundo maior produtor mundial<br />

de algodão. O Governo apurou que de 1992 a 1994<br />

os subsídios americanos ao algodão chegaram à astronômica<br />

cifra de US$5 bilhões/ano.<br />

O agricultor do Brasil não pode competir com o<br />

Tesouro <strong>dos</strong> Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>.<br />

O produto importado substitui o produto nacional,<br />

que acaba encalhado. Com isso, o Governo e<br />

as cooperativas, ao ficarem com os estoques, estão<br />

fazendo uma ver<strong>da</strong>deira política de garantia de preços<br />

para os produtores estrangeiros, que empurram<br />

seus estoques subsidia<strong>dos</strong> para países incautos,<br />

sem a devi<strong>da</strong> proteção externa, como é o nosso<br />

caso.<br />

E o algodão brasileiro está nesta situação porque<br />

a Tarifa Importação é zero. Tarifa esta vigente<br />

desde 1990 (plano de abertura do Governo Collor).<br />

Os produtores rurais não são capazes de identificar<br />

as reais causas de seu empobrecimento. É<br />

preciso explicar-lhes que qualquer produto que chegue<br />

aos portos brasileiros por 100 centavos por libra<br />

e a tarifa de 20%, o preço do importado passa a ser<br />

de 120 centavos por libra. Agora, se a tarifa é zero,<br />

se o produto tem no exterior um subsídio conhecido<br />

de 20 centavos por libra, e crédito de um ano para<br />

pagar (o que significa 10 centavos por libra de abatimento),<br />

o produto importado acaba chegando ao<br />

país por 70 e não 120 centavos por libra.<br />

A produção nacional caiu de 900 para 400 mil<br />

tonela<strong>da</strong>s de fibra.<br />

A que<strong>da</strong> <strong>da</strong> produção implica prejuízo para o<br />

País de cerca de US$826 milhões. As ven<strong>da</strong>s de insumos<br />

caíram cerca de US$120 milhões. O setor de<br />

serviços deixou de faturar em torno de US$25 milhões.<br />

Os Esta<strong>dos</strong> deixaram de arreca<strong>da</strong>r aproxima<strong>da</strong>mente<br />

US$135 milhões com impostos.<br />

O Brasil, que foi um <strong>dos</strong> maiores países exportadores<br />

de algodão, atualmente figura na lista <strong>dos</strong><br />

maiores importadores.


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04711<br />

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES<br />

I - COMISSÕES PERMANENTES:<br />

COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO EJUSTiÇA EDE<br />

REDAÇÃO<br />

Plenário 01, Anexo 11<br />

RECEBIMENTO DE EMENDAS<br />

Início.: 18.12.95<br />

Horário.: 9 às 12 h e 14 às 18:30 h<br />

A V I S O N° 52/95<br />

Prazo.: 5 Sessões<br />

Decurso: 1- Sessão (continuação)<br />

A· Da Análise <strong>da</strong> Constitucionali<strong>da</strong>de e Juridici<strong>da</strong>de (Art.54,II)<br />

1 - PROJETO DE LEI N° 32195 - do Sr. Rommel Feijó - que "dispõe sobre o tratamento<br />

diferenciado às Microempresas - ME e Empresas de Pequeno Porte - EPP,<br />

modificando dispositivos <strong>da</strong> Lei nO 8.864, de 28 de março de 1994".<br />

(apenso o Projeto de Lei n° 911/95)<br />

RELATOR: Deputado RÉGIS DE OLIVEIRA<br />

B • Da Análise <strong>da</strong> Constitucionali<strong>da</strong>de, Juridici<strong>da</strong>de e Mérito<br />

2 - PROJETO DE LEI N° 3.108/92 - do Senado Federal (PLS n° 8/92) - que "altera a<br />

re<strong>da</strong>ção <strong>dos</strong> arts. 222 e 223 <strong>da</strong> Lei nO 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de<br />

Processo Civil) e dá outras providências".<br />

(apenso o Projeto de Lei nO 903/91 )<br />

RELATOR: Deputado RÉGIS DE OLIVEIRA<br />

RECEBIMENTO DE EMENDAS<br />

Início.: 09.02.96<br />

Horário.: 9 às 12 h e 14 às 18:30 h<br />

A V I S O N° 02196<br />

Prazo.: 5 Sessões<br />

Decurso: 5- Sessão<br />

A - Da Análise <strong>da</strong> Constitucionali<strong>da</strong>de, Juridici<strong>da</strong>de e Mérito:<br />

1 - PROJETO DE LEI N° 1.019/95 - do Sr. Regis de Oliveira - que "altera a re<strong>da</strong>ção do<br />

art. 181 do Código Civil e dá outras providências". (Apenso o PL 1.478196).<br />

RELATOR: Deputado JOSÉ LUIZ CLEROT


04730 Sexta-feira 16 DTÁRTO nA ('ÂMARA OOS DEPUTADOS Fevereiro de 1996<br />

o SR. PRESIDENTE (Doputado EIi.eu Re.ende) - Para responder a<br />

última questão, tem a palavra o Presidente <strong>da</strong> NUCLEN.<br />

O SR. EVALDO CÉZARI DE OLIVEIRA· Deputado, V.Exa. perguntou<br />

qual seria a produção de Angra 11. Angra li, como falalllOll, está sendo feija de<br />

acordo com uma usina alemã. Essa usina alemã tem produzido, nos dez anos em<br />

que está operando, mais de 10 bilhões de quilowattlhora por ano. t: uma <strong>da</strong>s usinas<br />

que tem maior geração de energia no mundo. Se considerannos o custo que<br />

Fumas vende hoje, 21 milésimos de dólar o quilowattlhora, logicamente a energia<br />

de Angra 11 <strong>da</strong>ria em tomo de 210 milhões de dólares por ano. Mas esse é um custo<br />

médio. Fumas tem usinas que geram energia a um custo muito'baixo e tem outras<br />

que geram a um custo mais alio. Desse modo, no dia em que Angra 11 entrar no<br />

sistema, ela vai entrar num mixe de energia. A tarifa de Fumas vai subir, e o custo<br />

de Angra 11 logicamente será mais alio. Então, o valor adicionado por Angra 11 será<br />

muito superior a 210 dólares à receM de Fumas.<br />

O SR. PRESIDENTE (Deputado EIi.eu Re.ende) • iJevoivemos a<br />

paiavra ao Presidente <strong>da</strong> CNEN, Dr. José Mauro Esteves Santos, para falar sobre a<br />

questlio <strong>dos</strong> royalli.., levanta<strong>da</strong> pelo Deputado Antônio Feijão.<br />

O SR. JOSt: MAURO ESTEVES SANTOS • Deputado, dentro de<br />

alguns dias vai chegar a esta Comissão o Projeto de Lei n' 189/91, <strong>da</strong> <strong>Câmara</strong>, que<br />

é o projeto que estabelece uma série de coisas sobre os depósijos de rejeijos<br />

radioativos. Um <strong>dos</strong> itens de que trata esse projeto é o <strong>da</strong> responsabili<strong>da</strong>de sobre<br />

os custos de ca<strong>da</strong> um <strong>dos</strong> depósijos de rejeijos. Creio que essa sua idéia poderia<br />

ser incorpora<strong>da</strong> a esse projeto, nesta Comissão, e, com isso, tennos Municipios que<br />

se candi<strong>da</strong>tem à construção desses depósijos. Essa é uma solução que foi adota<strong>da</strong><br />

nos Esta<strong>dos</strong> Uni<strong>dos</strong>, para depósito de combustiveis irradia<strong>dos</strong>, e apareceram, como<br />

V.Exa. eslã prevendo, Municipios candi<strong>da</strong>tos ao depósijo.<br />

O SR. PRESIDENTE (Deputado ElIseu Resende) - Deputado Antonio<br />

Feijão, V.Exa. tem três minutos para a réplica, se quiser fazer uso dessa<br />

prerrogativa.<br />

O SR. DEPUTADO ANTONIO FEIJÃO. Sr. Presidente, usarei<br />

apenas um minuto. Quero dizer que quanto a transportes pesa<strong>dos</strong>, na déca<strong>da</strong><br />

passa<strong>da</strong>, assisti a um jogo de futebol de crianças, de filhos de funcionários <strong>da</strong><br />

ELETRONORTE, em Tucurul, dentro do rotor de uma turbina. Quer dizer, coube<br />

uma quadra de futebol dentro de um rotor. Entlio, transporte não seria problema. A<br />

única queslllo que levantei foi para chegar a um problema que o Deputado<br />

Fernando Ferro levantou com muita precisão: o fator humano é de alia importância,<br />

não pode prever custos. Pelo pouco que conheço <strong>da</strong> geografia e <strong>da</strong> densi<strong>da</strong>de<br />

populacional de lá - que Deus nos livre disso -, qualquer probiema naquelas<br />

usinas será uma catástrofe, porque não tem loglstica para evacuar aquela área,<br />

enquanto no Nordeste o problama seria juntar as pessoas para conhecer, porque<br />

não tem ninguém. Enlllo, foi escolhido um lugar que vai ser um problema eterno,<br />

por ser um balneário, confinado entre montanha e oceano. Não tem disposição<br />

geográfica. Quanto li geologia estrutural, tudo bem, mas a escoiha demográfica do<br />

local foi incorreta. Agradeço a V.Sas. as perguntas, e estamos torcendo para que o<br />

programa vá adiante, porque o Brasil precisa assumir o custo de entrar na<br />

tecnologia do Terceiro Milênio. Temos de pagar para aprender a usar a energia<br />

nuclear, porque a energia geográfica não terá mais espaço <strong>da</strong>qui a cinco anos no<br />

Brasil.<br />

palavra.<br />

O SR. DEPUTADO FERNANDO FERRO - Sr. Presidente, pela ordem.<br />

O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) - Tem V.Exa. a<br />

O SR. DEPUTADO FERNANDO FERRO - Sr. Presidente, quero<br />

agradecer ao Deputado Antonio Feijão a generosi<strong>da</strong>de em relação ao Nordeste'"<br />

dizer que a Amazônia, em aspecto geográfico, se fonnos entrar por esse<br />

argumentos, é bem mais rica.<br />

O SR. PRESIDENTE (Deputado EIi.eu Resan<strong>da</strong>) - A queslllo<br />

evidentemente será discuti<strong>da</strong> quando a Comissão visMr Angra, porque há um<br />

aspecto aI relacionado com a deman<strong>da</strong>, que é um aspecto relevante.<br />

Com a palavra o Deputado Luciano Zica.<br />

O SR. DEPUTADO LUCIANO ZICA - Sr. Presidente, Srs.<br />

palestrantes, em primeiro lugar, quero lamentar o fato de 'ennos esse tempo tão<br />

pequeno para um debate tão importante e, inclusive, sugerir, porque acho que é um<br />

tema que deman<strong>da</strong>rá desta Comissão um aprofun<strong>da</strong>mento, que pensemos, para o<br />

inicio do próximo ano, um seminário promovido pela Comissão de Minas e Energia,<br />

sobre o tema, para que possamos ouvir técnicos, pesquisadores e outros que<br />

possam trazer o seu ponto de vista e a sua contribuição.<br />

Quero, num primeiro momento, ouvir o Dr. José Mauro, que disse que<br />

o enriquecimento de urânio promovido pela Marinha foi um sucesso comprovado,<br />

desde 1986. Gostaria de saber onde está essa comprovação, primeiro porque essa<br />

matéria, pela cultura <strong>da</strong> concepção do modelo nuclear brasileiro, não tinha muita<br />

clareza se tinha objetivos militares, energéticos, até porque naquele momento pelo<br />

menos a população brasileira tinha a sensação de que as alternativas hidrelétricas<br />

seriam insuperáveis e inesgotáveis no nosso PaIs, e mUM gente ain<strong>da</strong> tem dúvi<strong>da</strong>s<br />

sobre isso inclusive, e, segundo, porque, na ver<strong>da</strong>de, a Marinha opera em escala<br />

de laboratório, com poucas centrifugas. Qual o custo operacional desse<br />

enriquecimento que V.Sa. diz ter sido um sucesso?<br />

E, rapi<strong>da</strong>mente, para levantar o .ra questão, tenho em minhas mãos<br />

um material produzido pela Comissão Nacional <strong>dos</strong> Trabalhadores em Energia<br />

Nuclear que levanta uma série de sugestOes - vou citar apenas algumas delas _,<br />

que para mim redefinem a concepção do modelo nuclear brasileiro, tirando,<br />

inclusive, a confusão que existe com os objetivos milijares. Seria, por exemplo, a<br />

transferência <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> área de pesquisa nuclear para o Ministério <strong>da</strong><br />

Ciência e Tecnologia; a transferência de to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong>des industriais para o<br />

Ministério de Minas e Energia, porque, na ver<strong>da</strong>de, o objetivo é a prodUção de<br />

energia; enfim, uma série de sugestões. Quero saber se os senhores têm<br />

conhecimento disso e o que pensam sobre debater essas questões nesse nlvel.<br />

Isso é mais para contribuir com o debate futuro, para a elaboração de uma<br />

legislação, a queslllo do controle do Congresso Nacional, inclusive <strong>dos</strong> objetivos,<br />

na produção de energia nuclear, a participação. Estive com uma comissão de<br />

Parlamentares brasileiros na Inglaterra, dias atrás, analisando a queslAo <strong>da</strong>s<br />

privatizaÇÕ8s. Percebemos que, independente de ter sido positivo ou não, antes de<br />

se tomar uma série de medi<strong>da</strong>s em ca<strong>da</strong> setor como esse havia a regulamentação<br />

de como ficaria esse setor, após a toma<strong>da</strong> <strong>da</strong>s medi<strong>da</strong>s. Aqui, no Brasil,<br />

infelizmente, temos assistido às tentativas, às vezes, desastra<strong>da</strong>s para depois se<br />

tentar rearranjar a coisa.<br />

Esteves Santos.<br />

Presidente <strong>da</strong> CNEN.<br />

'" nesse sentido que estou fazendo a pergunta para o Dr. José Mauro<br />

O SR. PRESIDENTE (Dapulado Eliseu Resende) - Com a palavra o<br />

O SR. JOSt: MAURO ESTEVES SANTOS· Nobre Deputado, quando<br />

falei em sucesso do processo de (ininteligivel), eu estava me referindo a sucesso<br />

tecnológico e não a sucesso de empreendimento comercial. Na reali<strong>da</strong>de, ele ain<strong>da</strong><br />

não existe, como V.Exa. bem apontou. Acontece que o sucesso tecnológio nessa<br />

área é uma coisa tão importante, tao distante <strong>da</strong> tecnoiogia nonnal <strong>dos</strong> palses, é<br />

um pulo, um sallo tão grande que talvez eu tenha usado a expressão erra<strong>da</strong> ao<br />

falar sucesso e tenha <strong>da</strong>do a entender que eu estava falando sucesso do<br />

empreendimento como um todo. t: um sucesso de pesquisa.<br />

Quanto à escala de laboratório, acho que seria interessante esta<br />

Comissão visitar Aramar. Não é bem laboratório. No IPEN·COPESP temos um<br />

laboratório com quarenta e oito centrIfugas, inclusive estlio sendo transferi<strong>da</strong>s para<br />

Aramar. A instalação de Aramar tem 580 centrifugas. Quer dizer, é uma instalação<br />

de porte razoàvel.<br />

Quanto à discussão do documento do CONTREN, concordo com<br />

V.Exa. Acho que seria interessante que tivés.emos uma oportuni<strong>da</strong>de com mais<br />

tempo para discutinnos.<br />

Finaiizando, aproveijo a oportuni<strong>da</strong>de para fazer um convije à<br />

Comissão de Minas e Energia para que vistte os quatro estúdios de pesquisa <strong>da</strong><br />

CNEN onde se desenvolve tecnologia nuclear <strong>da</strong>s mais diversas fonnas.


Fevereiro de 1996 DIÁRIo DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04731<br />

o SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) • Com a palavra o<br />

nobre Deputado Luciano Zica.<br />

O SR. DEPUTADO LUCIANO ZICA • Aproveitando o meu diretto de<br />

réplica, quero reforçar a minha observação sobre a necessi<strong>da</strong>de de esta Comissão<br />

assumir a tarefa de realização de um seminário no inicio do próximo ano, e ai<br />

proporia que o Presidente Eliseu Resende, com a dedicação que tem a essas<br />

questlles, Iniciasse gestOes no sentido de viabilizá·lo, abrindo espaço para que as<br />

diferentes correntes de pensamento possam manifestar-se. Não tenho dúvi<strong>da</strong> de<br />

que caminharemos, com certeza, para a consoli<strong>da</strong>ção do modelo, porque é um<br />

caminho natural que está correndo o mundo hoje. Queiramos ou não, teremos que<br />

debatê-Io e enfrentá·lo. Então acho que é importante que o façamos.<br />

Como membro <strong>da</strong> Comissão de Minss e Energia, defendo a tese de<br />

que devemos ter uma atuação com profundi<strong>da</strong>de em temas dessa gravi<strong>da</strong>de.<br />

Deverlamos programar, de fato, visitas dessa natureza. Infelizmente este ano não<br />

há condiçoes de serem feitas, mas devemos <strong>da</strong>r uma atenção especial 'a essa<br />

questão. Na ver<strong>da</strong>de, vemos o caso de Angra <strong>dos</strong> Reis, hoje, onde, na situação de<br />

emergência, pelas informaçOes que possulmos, não temos um controle <strong>da</strong> eficácia<br />

desse teste nessa situação. E aquela preocupação que o nobre Deputado Antonio<br />

Feijão apontou, por mais que discorde <strong>dos</strong> seus objetivos na interpretação <strong>da</strong><br />

localização, é ver<strong>da</strong>deira. E uma região de densi<strong>da</strong>de demográfica ver<strong>da</strong>deiramente<br />

preocupante.<br />

Agora, quero aproveitar a oportuni<strong>da</strong>de <strong>da</strong> réplica para fazer ain<strong>da</strong><br />

uma pergunta sobre o seguinte: a quantas àn<strong>da</strong> a questao do submarino nuclear?<br />

O SR. JOSé MAURO ESTEVES SANTOS· Nobre Deputado, não sou<br />

<strong>da</strong> Marinha. (Risos.) Então, não posso responder a questao apropria<strong>da</strong>mente. O<br />

que posso tentar dizer é a quantas an<strong>da</strong> a colaboração CNEN-Marinha para fazer<br />

o submarino nuclear. A CNEN, através <strong>dos</strong> seus estu<strong>dos</strong> de pesquisa, tanto o<br />

CDTN, em Belo Horizonte, como o IPEN, em São Paulo, principalmente, tem<br />

colaborado com a Marinha. Hoje, só para V.Exa, ter uma idéia, há noventa e oito<br />

funcionários <strong>da</strong> CNEN cedi<strong>dos</strong> à Marinha no projeto de enriquecimento. Então, os<br />

recursos, pelo que se sabe, para o projeto de submarino, na Marinha, diminuiram<br />

um pouco. Entao, houve uma postergação <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta em que esse submarino entraria<br />

em operação. Mas acho que isso seria melhor respondido pela própria Marinha. Em<br />

relação a nossa colaboração com a Marinha, ela continua perfetta. Quer dizer, não<br />

houve nenhum problema de continui<strong>da</strong>de e continuaremos a <strong>da</strong>r apoio, com a idéia<br />

de otimizar nossos recursos humanos, que são poucos dentro do setor nuclear.<br />

O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliseu Resende) • Daremos<br />

seqQência á questão apresenta<strong>da</strong> pelo nobre Deputado Luciano Zica em relação á<br />

promoção desse seminário. Acho extremamente importante, particularmente porque<br />

foi coloca<strong>da</strong> uma pergunta do Deputado, que não foi explora<strong>da</strong> devi<strong>da</strong>mente, em<br />

relação à reestruturação de to<strong>da</strong>s as empresas liga<strong>da</strong>s ao setor nuclear. Houve<br />

uma idéia, e acho que essa idéia ain<strong>da</strong> perdura, de deslocar os órgãos de pesquisa<br />

para o Ministério de Ciência e Tecnologia, deixar a CNEN nas diretrizes gerais,<br />

ain<strong>da</strong> subordina<strong>da</strong> á Presidência <strong>da</strong> República, e, evidentemente, as áreas<br />

operacionais se transferirem para o Ministério de Minas e Energia. Agora, tudo isso<br />

depende de uma definição mais clara com relação ao programa nuclear, como um<br />

todo, para que a gente possa dimensionar exatamente essas instituições que vão<br />

cui<strong>da</strong>r do setor.<br />

Com a palavra ao nobre Deputado Luciano Pizzatto.<br />

O SR. DEPUTADO LUCIANO PIZZATTO • Sr. Presidente, Sras. e<br />

Srs. Deputa<strong>dos</strong>, agradeço a gentileza de poder pronunciar·me nesta Comissão.<br />

Fico extremamente contente ao ver que há uma convergência de opiniões sobre a<br />

importãncia <strong>da</strong> utilização de energia aliemativa neste Pais, seja nuclear, seja<br />

termoelétrica etc, claro que ca<strong>da</strong> Deputado mostrando a sua preocupação sobre<br />

determina<strong>da</strong> ótica.<br />

Mas, Sr. Presidente, como conservacionista e voltado á área de meio<br />

ambiente também tenho minhas preocupações. E tomei o cui<strong>da</strong>do de tentar<br />

aprender, não só no Brasil, como em outros palses, sobre os riscos e também sobre<br />

a relação custo-beneflcio em termos ambientais e econOmicos do uso de energia<br />

nuclear.<br />

Quero deixar bem claro aqui que comungo com to<strong>dos</strong> os Deputa<strong>dos</strong>,<br />

pois não concordo com o uso <strong>da</strong> energia nuclear para, fina militares. Inclusive,<br />

estive recentemente no Atol de Mururoa, como representante desta Casa,<br />

protestando contra os testes nucleares <strong>da</strong> França, já que acho um absurdo, .no final<br />

deste século, estarmos explodindo bombinhas por ai para mostrar nosso poderio<br />

nuclear. Mas, no caso <strong>da</strong> energia nuclear, realmente lamento, Sr. Presidente, que<br />

to<strong>dos</strong> os membros desta Comissão não possam ter tido a oportuni<strong>da</strong>de de vlsliar a<br />

irmã gêmea de Angra li, operando na Alemanha há mais de dez anos, gerando<br />

energia com rentabili<strong>da</strong>de, sem nenhuma paralisação fora <strong>da</strong> programa<strong>da</strong> e<br />

também sem nenhum incidente.<br />

Se os membros desta Comissão tivessem tido essa oportuni<strong>da</strong>de,<br />

tenho certeza de que estariamos em condição melhor de avaliar a importãncia de<br />

Angra <strong>dos</strong> Reis para o Pais.<br />

E o mesmo acontece com a questão de rejetto, por exemplo. Pudemos<br />

ver uma série de altemativas, inclusive no ex·lado comunista alemão, a mina de sal,<br />

que já serve como depósito extremamente seguro para esse tipo de rejettos, o que<br />

vai muito na linha de racioclnio do nosso Deputado Femando Ferro de que<br />

Municlpios com condições geológicas, com baixa precipitação etc, neste Pais,<br />

desde que tenham suas compensaçOes, possam ser utiliza<strong>da</strong>s para esses fins, e<br />

não precis!'m ser Municlpios no Nordeste, mas que tenham essas condições.<br />

Em relação à questão <strong>da</strong> evacuação, Sr. Presidente, só quero<br />

destacar que fIZ questão de perguntar em vários palses sobre os planos de<br />

evacuação para os segmentos de defesa civil desses palses e to<strong>dos</strong> os possuem.<br />

Mas nenhum pais aplicaria em escala normal o seu projeto de evacuação, como foi<br />

feito aqui no Brasil, porque é óbvio que nesse tipo de teste, em uma escala natural,<br />

ou seja, envolvendo to<strong>da</strong> a socie<strong>da</strong>de, existe uma série de problemas que acabam<br />

gerando, depois, dúvi<strong>da</strong>s que não existirão se esse processo· espero que não<br />

aconteça - tiver que existir de maneira prática, mas que existe quando se faz na<br />

teoria com uma série de dificul<strong>da</strong>des, com movimentos sociais, ás vezes,<br />

protestando etc.<br />

Em relação á energia altemativa, Sr. Presidente, parece-me que o<br />

Brasil está no caminho certo. Agora, é uma questão de custo-beneficio. Visitei o<br />

sistema altemativo eólico, na Califómia, mutto bonito, mas uma escala imensa e<br />

também com um custo ailissimo.<br />

No caso <strong>da</strong> biomassa para a Região Sudeste, especificamente, não<br />

poderia concor<strong>da</strong>r com um desmatamento fantástico <strong>da</strong> Mata Atlântica para a<br />

utilização de biomassa em termoelétrica, mas seria acettável a termoelétrica<br />

utilizando gás, como é o estudo hoje <strong>da</strong> utilização do gasoduto <strong>da</strong> Bollvia e de<br />

outras altemativas.<br />

Para concluir, Sr. Presidente, como to<strong>dos</strong> estamos convergindo para<br />

um mesmo sentido e considerando que a usina de Angra 11 já tem quase 75% <strong>da</strong><br />

sua obra conclul<strong>da</strong>, eu gostaria que me fosse informado o seguinte: quanto estã<br />

custando a não-conclusão de Angra 11 e também quanto custou, em juros, esse<br />

atraso de mais de uma déca<strong>da</strong>, se esse número for disponlvel.<br />

Multo obrigado, Sr. Presidente.<br />

O SR. PRESIDENTE (Deputado Ellseu Resende} • Com a palavra o<br />

Sr. Luiz Laércio Simoes Machado, Presidente de Fumas.<br />

O SR. LUIZ LAéRCIO SIMÕES MACHADO· Nobre Deputado, em<br />

termos diretos, em custos diretos, a não-conclusão de Angra li, os custos que<br />

temos com preservação de equipamentos etc, em tomo de 50 milhoes de dólares,<br />

por ano. Em termos acumulado, um projeto que deveria ter sido construido em<br />

sete anos, levar, vinte anos... Temos ai estu<strong>dos</strong> de improdutivi<strong>da</strong>de que nos<br />

conduzem na base, em dezembro de 1994, janeiro de 1995, em termos de uma<br />

per<strong>da</strong> em tomo, talvez, de 500 a 600 milhoes de dólares. Este é o custo <strong>da</strong><br />

improdutivi<strong>da</strong>de de se fazer um projeto de sete anos em quase vinte anos, como é<br />

o caso que se vem arrastando no Brasil.<br />

O SR. PRESIDENTE (Deputado Ellsau Resillli:le) • Deputado<br />

Luciano Pizzatto, V.Exa. tem direito á réplica, se quiser. (Pausa.)


04732 Sexta-ferra 16 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPurADOS Fevereiro de 1996<br />

Não querendo fazer uso <strong>da</strong> réplica, passamos a palavra<br />

imedialamente para a Deputa<strong>da</strong> Jandira Feghali.<br />

A SRA. DEPUTADA JANDIRA FEGHALI • Sr. Presidente, em<br />

primeiro lugar, gostaria de agradecer a permissão para a inscriçlio e justificar,<br />

inclusive, o atraso. Na ComissAo de Seguri<strong>da</strong>de Social e Famllia, <strong>da</strong> qual sou<br />

membro titular, havia uma poI4mica sobre um projeto que tramitava há quatro anos,<br />

houve uma votaçlio nominal e ficava muno diflcil eu I sair de lá. O projeto, como<br />

disse, era extremamente polêmico.<br />

Mas me sinto um pouco tranqOila de fazer essa inscrição, mesmo<br />

quase ao final <strong>da</strong> audiAncia, pelo fato de já vir acompanhando essa questão de<br />

Angra e a discussllo do setor elétrico há algum tempo. Já tenho um certo<br />

conhecimento do pensamento geral <strong>dos</strong> que coordenam o projeto nuclear e do<br />

trabalho que é desenvolvido lá.<br />

Tenho algumas preocupações e desejo dirigir algumas perguntas.<br />

Em primeiro lugar, como sou de um partido de esquer<strong>da</strong>, o PC do B,<br />

venho de uma cultura, inicialmente anles de conhecer o projeto, que colocava um<br />

xiz cruzado em cima de usina nuclear. É um pouco a história ecológica, do meio<br />

ambiente, de que isso é uma agressão, isso é um absurdo. E, depois de conhecer e<br />

de estu<strong>da</strong>r a matéria, vim perceber que não é bem assim. Na ver<strong>da</strong>de, a culpa não<br />

é <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, que rejeita, mas a culpa é <strong>da</strong> desinformaçlio. Acho que, como um<br />

projeto construido num perlodo em que a informaçlio não era bem a praxe, em que<br />

essa não era a prática comum, é natural que, na faRa <strong>da</strong> democracia e <strong>da</strong><br />

informaçlio, as pessoas se assustem principalmente com as informações que v6m<br />

de fora. Até mesmo na Alemanha, até hoje essa pol6mica dá grandes sal<strong>dos</strong><br />

eleitorais.<br />

Quero dizer que estou absolutamente convenci<strong>da</strong>, apesar de ter<br />

criticas ao projeto, à forma como foi construido, aos acor<strong>dos</strong> fenos com a própria<br />

Alemanha, e à forma como foi conduzido, <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusllo de Angra 11,<br />

até dentro de uma visllo <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de de participaçllo dentro do sistema já<br />

construido e do próprio Estado do Rio de Janeiro, que hoje é um grande importador<br />

de energia elétrica.<br />

EntAo quero logo localizar essa posiçlio de absoluto convencimento<br />

<strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> conclusAo e do projeto ser tocado e hoje nAo ter mais o susto <strong>da</strong><br />

queslAo ambiental e <strong>dos</strong> riscos de acidente etc.<br />

Agora, o que me saRa aos olhos é que sempre estamos discutindo as<br />

coisas aqui fora de um projeto maior. Quer dizer, não vejo o Governo Federal atual<br />

discutir um projeto para o setor elétrico, a não ser a palavra privatizaçlio. A própria<br />

regu/amenlaçlio que aqui foi feita, junto com telecomunicações e setor elé!rico,<br />

parece-me que fugiu e passou longe de normas técnicas, politicas e até mesmo<br />

éticas. A regulamenteçlio que aqui passou feriu, e muno, o que seriam normas<br />

éticas dentro do Congresso Nacional.<br />

E hoje a primeira pergunta que faço à Mesa, e ai tanto o Presidente<br />

de Fumas como o <strong>da</strong> NUCLEN ou <strong>da</strong> CNEN podem responder, é a seguinte:<br />

existe hoje projeto, realmente está confirmado, em elaboraçlio pelo Govemo - e<br />

pode ser que já tenha sido respondi<strong>da</strong>, não ouvi, desculpem-me -', a ser<br />

encaminhado ao Congresso Nacional e ao debate com a socie<strong>da</strong>de, sobre a<br />

questão energética e, dentro disso, a queslllo nuclear?<br />

Essa é uma primeira queslAo, porque até hoje Mo chegou ao nosso<br />

conhecimento uma visão de Govemo sobre o que é o projeto energético para o<br />

Brasil. Se isso tem alguma construçlio e se isso chegará aqui às mãos do<br />

Congresso Nacional.<br />

O segundo aspecto que quero perguntar - e esse é mais geral _,<br />

porque sei que sobre custos etc já foi perguntado, é se dentro dessa perspectiva<br />

<strong>da</strong> privatizaçlio e <strong>da</strong>s cisões permanentes <strong>da</strong>s empresas de energia elétrica, ontem<br />

mesmo cindiram aqui a light, para a parte boa ser privatiza<strong>da</strong> e a parte ruim ficar<br />

com o Estado.. Mas o que pergunto é o seguinte: dentro dessa perspectiva <strong>da</strong><br />

cisão <strong>da</strong>s empresas, <strong>da</strong> ELETROBRÁS etc, nessa bolo que ninguém sabe<br />

exatamente onde é que vai <strong>da</strong>r, talvaz até alguns interpretem onde é que vai <strong>da</strong>r,<br />

mas nAo cabe aqui a minha interpretaçlio pessoal, quero saber, dentro disso, como<br />

é a ótica <strong>dos</strong> dirigentes desse setor, como fica o projeto nuclear dentro de um<br />

projeto de privatizaçlio e <strong>da</strong>s cisões que se vAm apresentando dentro desse selor,<br />

onde o mercado, o setor privado fica com uma parte, o Estado fica com outra.<br />

Temos que saber onde é que fica o projeto nuclear dentro disso e como li que os<br />

dirigentes <strong>da</strong>s empresas encaram a possibili<strong>da</strong>de, hoje, no Brasil, particularmente,<br />

de o setor privado ou de o mercado financeiro, ou seja lá quem for, tomar conta<br />

desse projeto.<br />

E, em terceiro lugar - acho que é uma pergunta que já foi feita -, se<br />

paio menos há dentro <strong>da</strong> discussão do ponto de vista <strong>da</strong> questão <strong>dos</strong> deRósnos do<br />

lixo nuclear, que é uma outra grande polêmica, uma perspectiva de Iocalizaçlio e a<br />

discussão de royaltiaa para esses Municlpios que possam estar· recebendo, até<br />

como estimulo e menor resistência á aceitaçlio do dep6sno nuclear, do lixo<br />

nuclear, porque em to<strong>da</strong> a polAmica do risco do depósno nuclear acho que a<br />

queslAo <strong>dos</strong> royalties pode aju<strong>da</strong>r.<br />

No mais, Sr. Presidente, agradeço a possibili<strong>da</strong>de de. falar ao final e<br />

sugeriria a esta Comissão uma visnB a Angra, pois vejo Deputa<strong>dos</strong> que conhecem a<br />

usina nuclear na Alemanha e ain<strong>da</strong> nAo foram a Angra 11. 'É um problema.<br />

Estamos no Brasil, o projeto nuclear está lá, e os Parlamenlares precisam<br />

conhecê-Io.<br />

Talvez fosse importante que a própria Comissão de Minas e Energia,<br />

de forma oficial, em nome <strong>da</strong> Cãmara <strong>dos</strong> Deputa<strong>dos</strong>, visnasse o projeto, o<br />

discutisse com seus coordenadores, com os trabalhadores, visse o<br />

desenvolvimento desse trabalho. Acho que seria muno importante conhecê-Io e<br />

também tentar interferir nessa discussão, inclusive no que foi uma grande polêmica<br />

com o Municlpio de Angra <strong>dos</strong> Reis e com a socie<strong>da</strong>de de lá, que é o problema do<br />

plano de emerg6ncia, que hoje já avança, mas realmente era diflcil imaginar-se um<br />

plano de emergência com os ônibus <strong>da</strong> rede estadual, do Rio de Janeiro. Não há<br />

plano de emergência confiável com isso. (Risos.)<br />

Mas esse projeto avança e é importante a Comissão de Minas e<br />

Energia conhecer de perto o projeto nuclear e discutir com a Prefeitura, com as<br />

representações locais, de que forma o diálogo se está estabelecendO e a questAo<br />

do avanço do plano de emergência e de evacuaçlio.<br />

Muito obrigado, Sr. Presidente.<br />

O SR. PRESIDENTE (Daputado EU.eu Resen<strong>da</strong>) - Muito obrigado,<br />

nobre Deputa<strong>da</strong>, pela sua participaçlio como brilhante representante <strong>da</strong> esquer<strong>da</strong><br />

reflexiva. V.Exa. diz que é <strong>da</strong> esquer<strong>da</strong>, e eu digo que V.Exa. é reflexiva. (Risos.)<br />

(Intervençlio fora do microfone. Inaudlvel.)<br />

O SR. PRESIDENTE (Deputado Eliaau Ra..n<strong>da</strong>) • V.Ex•. diz que é<br />

<strong>da</strong> esquer<strong>da</strong>, e eu digo que V.Exa. é reflexiva.<br />

Das questões abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s por V.Exa., duas são bastante abrangentes.<br />

Dizam respeno à polltica do setor energético como um todo, do modelo do setor<br />

energético. A outra queslllo refere-se ao problema do programa nuclear dentro do<br />

programa de privatizaçlio. Vamos ver se os ilustres exposnores podem nos socorrer<br />

nessas duas questões e falar sobre o assunto.<br />

A terceira queslllo de V. exa. corresponde a perguntas que já foram<br />

fomula<strong>da</strong>s e respondi<strong>da</strong>s aqui sobre a Iocalizaçlio e os royalties.<br />

Quanto à quarta queslAo, quero concor<strong>da</strong>r inteiramente com V. exa.,<br />

eu também acho que antes de Parlamentares ou outros brasileiros visitarem as<br />

usinas nucleares <strong>da</strong> Alemanha devem visitar Angra. Concordo inteiramente<br />

com V. exa., e eu tenho dno muno isso aqui. Foi feito inclusive um convite pelo<br />

Presidente de Fumas para que os membros desta Comissão possam visnBr as<br />

usinas nucleares de Angra.<br />

Eu gostaria de ouvir o Presidente <strong>da</strong> CNEN, se ele tem alguma coisa a<br />

dizer com relaçlio ao modelo energético e à questão <strong>da</strong> prlvatizaçlio <strong>da</strong> áraa<br />

nuclear.<br />

o SR. JOSÉ MAURO ESTEVES SANTOS· Eu tenho uma coisa a<br />

dizer em relaçlio à cisão, sobre a qual a Deputa<strong>da</strong> já falou aqui, de Fumas e<br />

ELETROBRÁS, criando a parte nuclear. Evidentemente, a CNEN nAo tem na<strong>da</strong> a<br />

ver com o projeto energético, com a separaçlio <strong>da</strong>s empresas do setor energético.


04738 Sexta-feira 16 DIÁRIo DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 1996<br />

necessi<strong>da</strong>de de que a regutamentação ser estabelecido, a normas e critérios defini<strong>dos</strong><br />

favoreça o desenvolvimento <strong>da</strong> a/M<strong>da</strong>de,<br />

ensejando o surgimento de empmsas e de<br />

enti<strong>da</strong>des' opera.doras dMse serviço,<br />

qualifice<strong>da</strong>s técnica e financeimmente pem<br />

bem cumprir os seus objetivos; criação de<br />

planos e seguros de atendimento é sat1de<br />

capazes de atender és necessidedes bésicas<br />

<strong>dos</strong> usuérios, permitindo a esses optamm por<br />

ptano ou seguro equivalente, mantido por<br />

operedoms, sem per<strong>da</strong> de direitos; criação de<br />

planos ou seguros sup/ementams destina<strong>dos</strong> a<br />

atender és necessi<strong>da</strong>dea especificas <strong>da</strong><br />

clientela; definição clam <strong>da</strong>s excluslJes,<br />

carilnciBs e franquias, sob<br />

constante<br />

supervisão do órgão fiscalizador <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de;<br />

definição clara do padrl10 do conforto<br />

hospitalar 110 usuério do plano ou saguro de<br />

assistência é sat1de, bem como de tempos<br />

minimos de intemação por evento e de<br />

intemação em cenúos de tempias intansivas;<br />

definição <strong>da</strong>s formas de reembolso <strong>da</strong>s<br />

despesas efetua<strong>da</strong>s palas beneficiérios de<br />

planos ou seguros de assisMncia 11 sat1de;<br />

fixação do prazo de duração do contrato, que<br />

não poderá, em hipótese a/guma, ser inferior<br />

ao dobro do tempo <strong>da</strong> maior <strong>da</strong>s carl1ncias<br />

previstas no contrato; estabelecimento de<br />

cfifl}rios destina<strong>dos</strong> ao ressarcimento ao SUS<br />

de despesas havi<strong>da</strong>s com atendimento <strong>dos</strong><br />

usuários de planos ou seguros de atendimento<br />

11 sat1de; tminamento constante<br />

<strong>dos</strong><br />

palavra á Deputa<strong>da</strong> Laura Carneiro.<br />

na<br />

reguiamentação;<br />

fixação<br />

Família, S9 assim o entender, induzir a<br />

elaboração de um projeto de lei que abrigue<br />

uma regulamentação exigi<strong>da</strong> pela socie<strong>da</strong>de e<br />

pelos usuérios de planos e seguros de<br />

assistáncia 11 sat1de.<br />

de<br />

responsabili<strong>da</strong>des e puniçlJes para dirigentes,<br />

acionistas, sócios I COtistBS ou coopera<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s<br />

operadoras de planos ou seguros de saúde,<br />

quando <strong>da</strong> infringtincia <strong>da</strong>s normas<br />

estabeleci<strong>da</strong>s no regulamento ou outras<br />

propostas tendentes a defender o consumidor<br />

desses serviços.<br />

Conclusão • Procuromos, neste mlatório,<br />

ser o mais sintético posslvel, buscando<br />

abor<strong>da</strong>r os aspectos mais relevantes desta<br />

matéria, embora com eixo (ininteliglveQ de<br />

alguma eventual omissão. Entendemos que os<br />

problemas e propostas aqui elenca<strong>dos</strong><br />

permitem â Comissão de Segurf<strong>da</strong>de Social e<br />

Ao fim, solIcitamos aos ilustres pares<br />

desta Comissão exame e deliberação sobm o<br />

pmsente relatório.<br />

Sala <strong>da</strong>s sesslJes.<br />

Deputado Iberl1 Ferreira.•<br />

O SR. PRESIDENTE (Deputado Euler Ribeiro) • Concedo a<br />

A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO • Sr. Presidente,<br />

Sras. e Srs. Deputa<strong>dos</strong>, o nobre Deputado Iberê Ferreira é sempre muito gentil e<br />

companheiro. Quando participamos <strong>da</strong> primeira reunião desta Comissão, informei<br />

que nós, <strong>da</strong> Comissão de Defesa do CGnsumidor, Meio Ambiente e Mjnorias,<br />

profissionais encarrega<strong>dos</strong> <strong>da</strong> ven<strong>da</strong> de plano reiatávamos projeto sobre regulamentação <strong>dos</strong> planos de saúde.<br />

ou seguros de assisMncia á saf1de 11 clientela No item 111 do relatório do Deputado Iberê Ferreira, com exceção <strong>dos</strong><br />

desse serviço; fixação <strong>da</strong> obrigatorie<strong>da</strong>de de itens j e k, to<strong>dos</strong> os outros já estão acolhi<strong>dos</strong> no substitutivo aprovado pela<br />

qUB to<strong>da</strong>s as empmsas e enti<strong>da</strong>des Comissão de Defesa do Consumidor, com três emen<strong>da</strong>s. Na quinta-feira, jã<br />

pmstedoros de planos ou seguros de entregaremos o relatório reformado. Na próxima semana, jã chegará á Comissão<br />

assIstência 11 sat1de se adequem, no prozo a de Seguri<strong>da</strong>de Social e Famliia o substitutivo por nós elaborado, juntamente com


Fevereiro de 1996 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 16 04739<br />

os Deputa<strong>dos</strong> Iberê Ferreira e Eúler Ribeiro. To<strong>dos</strong> os pontos sao abor<strong>da</strong><strong>dos</strong>, com<br />

exceçao do que consta no item j .<br />

Hoje mesmo, na reuniao <strong>da</strong> Comissao, sugeri ao Deputado Osmãnio<br />

Pereira que inclulsse essa parte no PLC nO 9, jã que a matéria tem de ser !rata<strong>da</strong><br />

por lei complementar, modificativa <strong>da</strong> Consttluiçao, na medi<strong>da</strong> em que cria um<br />

novo tipo de contribuiçao. E o item k, que fala do treinamento <strong>dos</strong> profissionais,<br />

talvez exigisse uma legislaçao especial ou um artigo especial. Com certeza, o<br />

Relator <strong>da</strong> matéria na Comissao de Seguri<strong>da</strong>de Social e Famllia o fará.<br />

I=: de minha autoria o relatório do substitutivo que vem <strong>da</strong> Comissão<br />

de Defesa do Consumidor. Portanto, louvo este relatório e tenho certeza de que<br />

a Subccmlssao cumpriu o seu p'apel, ouvindo to<strong>da</strong>s as enti<strong>da</strong>des, os consumidores<br />

e to<strong>dos</strong> os tipos de fomecedores . Espero que na Comissão de Seguri<strong>da</strong>de Social<br />

e Famllia, <strong>da</strong> qual to<strong>dos</strong> fazemos parte, possamos aprovar o substitutivo feito na<br />

Comissão de Defesa do Consumidor, com as alterações que os Deputa<strong>dos</strong><br />

acharem necessárias.<br />

Sr. Presidente, quero apenas informar à Comissao que já foi votado<br />

o substtlutivo e que apenas os itens j e k nao constam do substitutivo aprovado na<br />

Comissão de Defesa do Consumidor.<br />

Era o que tinha a dizer.<br />

o SR. PRESIDENTE (Deputado Euler Ribeiro) - As inscrições<br />

continuam aberias para quem quiser debater.<br />

Comunico ao Plenàrio que foi distribuldo, juntamente com o relatório<br />

do Deputado Iberê Ferreira, o resumo <strong>da</strong>s principais conclusões <strong>da</strong> análise geral<br />

do Projeto de Lei Orçamentária n' 35, que està sendo recolhido agora pela Nádia,<br />

porque foi impropriamente grampeado junto com o documento original.<br />

Concedo a palavra ao Deputado Ayres <strong>da</strong> Cunha.<br />

o SR. DEPUTADO AYRES DA CUNHA - Quero cumprimentar o<br />

Deputado Iberê Ferreira pelo relatório, que realmente abor<strong>da</strong> os problemas<br />

básicos. TIVe também oportuni<strong>da</strong>de de ler o projeto de lei <strong>da</strong> Deputa<strong>da</strong> Laura<br />

idéias que o Deputado Iberê Ferreira apresentou no seu relatório. Entao - não sei<br />

se isso é posslvel -, a minha proposta é que esse relatório seja juntado, quando<br />

chegar a esta Comissão, ao projeto de lei <strong>da</strong> Deputa<strong>da</strong> Laura Cameiro, até<br />

mesmo como introduçao. Acredito que o projeto <strong>da</strong> Deputa<strong>da</strong> Laura Cameiro, com<br />

algumas pequenas modificações, atenderá plenamente aos usuários de planos de<br />

saúde, assim como às empresas que prestam serviço de assistência médica.<br />

Eram essas as minhas ponderações.<br />

O SR. PRESIDENTE (Doputado Eulor Riboiro) - Exauri<strong>dos</strong> os<br />

debates, coloco em votação o relatório do Deputado Iberê Ferreira.<br />

A Comissão de mérito vai definir as questões regimentais com<br />

relação ao projeto que está vindo de outra Comissão e <strong>da</strong> Comissão Espeqial que<br />

cui<strong>da</strong> do mesmo assunto. Então. no momento em que chegarem os dois relatórios à<br />

Comissão - um já é um projeto de lei, e o outro, provavelmente, será acoplado a<br />

ele -, o direcionamento será efetuado.<br />

Coloco em votação o relatório do Deputado Iberê Ferreira.<br />

Não havendo nenhuma manifestaçao, está aprovado.<br />

A SRA. DEPUTADA LAURA CARNEIRO· Sr. Presidente, gostaria de<br />

parabenizar V.Exa., pelo trabalho desenvolvido nesta Comissão, bem como o<br />

Deputado Iberê Ferreira, pelo relatório. Também quero dizer a V.Exa. e a esta<br />

Comissão que a partir <strong>dos</strong> quatro projetos, do ex-Deputado José Curvo, do<br />

Deputado Elias Murad, do ex-Deputado José Dirceu e do ex-Senador Iram Saraiva,<br />

surgiu o substitutivo Laura Cameiro. To<strong>dos</strong> deverão ser acopla<strong>dos</strong> não apenas ao<br />

relatório, mas também ao Projeto de Lei nO 944, apresentado pelo Deputado<br />

Agnelo Queiroz. Provavelmente, a Comissão de Seguri<strong>da</strong>de Social e Famllia fará<br />

com que to<strong>da</strong>s as matérias sejam uni<strong>da</strong>s numa só relataria.<br />

O SR. PRESIDENTE (Deputado Euler Ribolro). Encerra<strong>da</strong> a<br />

votação, vou encerrar a reuniao, antes declarando encerra<strong>dos</strong> os trabalhos desta<br />

Subcomissão Especial.<br />

Muito obri9ado a to<strong>dos</strong>.<br />

Está encerra<strong>da</strong> a reunião.<br />

Cameiro. Pareceu-me que realmente ele consubstancia, já num projeto de lei, as x x x


Domingos Leonelli<br />

José de Abreu<br />

Koyu lha<br />

Roberto santos<br />

Rommel Feijó<br />

Salvador Zimbaldi<br />

Ana Júlia<br />

Ivan Valente<br />

Milton Temer<br />

Tilden Santiago<br />

Werner Wanderer (PFL)<br />

Eurfpedes Miran<strong>da</strong><br />

Itamar Serpa (PSDB)<br />

Wolney Queiroz<br />

Augusto Farias (PPB)<br />

Marquinho Chedid<br />

Pedro Canedo<br />

Corauci Sobrinho (PFL)<br />

Sérgio Guerra<br />

Antônio <strong>dos</strong> Santos<br />

Benedito de Ura<br />

Bonifácio de Andra<strong>da</strong><br />

Cláudio Cajado<br />

Jair Siqueira<br />

Ney Lopes<br />

Paes Landim<br />

Regis de Oliveira<br />

Roberto Magalhães<br />

Rodrigues Palma<br />

Vicente Cascione<br />

Vilmar Rocha<br />

Ary Kara<br />

Edinho Araújo<br />

Gilvan Freire<br />

Ivandro Cunha Lima<br />

PSOB<br />

PT<br />

POT<br />

PL/PSO/PSC<br />

PSB/PMN<br />

PCdoB<br />

PMOB<br />

Adroaldo Streck<br />

Antônio Balhmann<br />

Antônio Carlos Pannunzio<br />

Arthur Virgílio<br />

Ayres <strong>da</strong> Cunha (PFL)<br />

FlávioArns<br />

Chico Ferramenta<br />

Esther Grossi<br />

Jair Meneguelli<br />

Paulo Uma (PFL)<br />

Pedro Wilson<br />

Antônio Joaquim<br />

Cunha Uma (PSDB)<br />

Edson Ezequiel<br />

João Colaço (PSB)<br />

Renato Johnsson (PPB)<br />

Valdemar Costa Neto<br />

Gonzaga Patriota<br />

Ubaldino Junior<br />

Inácio Arru<strong>da</strong> Jandira Feghali<br />

Secretária: Maria Ivone do Espfrito Santo<br />

Reunião: quartas-feiras - 10h<br />

Local: Plenário, Sala 14-A<br />

Telefones: 318-6908 a 6910<br />

COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO<br />

E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO<br />

Presidente: Roberto Magalhães (PFL)<br />

lº- Vice-Presidente: Nestor Duarte (PMDB)<br />

2Q. Vice-Presidente: Valdenor Guedes (PPB)<br />

3Q. Vice-Presidente: Zulaiê Cobra (PSDB)<br />

Titulares Suplentes<br />

PFUPTB<br />

Átila Uns<br />

Ciro Nogueira<br />

Darci Coelho<br />

Jair Soares<br />

Jairo Azi<br />

Júlio César<br />

Maluly Netto<br />

Mauricio Najar<br />

Moisés Upnik<br />

Murilo Pinheiro<br />

Raul Belém<br />

Ricardo Barros<br />

Alberico Filho (PRP)<br />

Alberto Goldman<br />

Aloysio Nunes Ferreira<br />

Elias Abrahão<br />

João Natal<br />

Jorge Wilson<br />

José Luiz Clerot<br />

Luiz Carlos Santos<br />

Nestor Duarte<br />

Nicias Ribeiro<br />

Udson Bandeira<br />

Almino Affonso<br />

Danilo de Castro<br />

Edson Soares<br />

Marconi PeriHo<br />

Vicente Arru<strong>da</strong><br />

Zulaiê Cobra<br />

Adylson Motta<br />

Gerson Peres<br />

Ibrahim Abi-Ackel<br />

Jarbas Uma<br />

José Rezende<br />

PrisCo Viana<br />

Talvane Albuquerque<br />

Valdenor Guedes<br />

Hélio Bicudo<br />

José Genolno<br />

Marcelo De<strong>da</strong><br />

Milton Mendes<br />

Paulo Delgado<br />

Darci Coelho<br />

Fernando Diniz<br />

João Thome Mestrinho<br />

José Priante<br />

Luiz Fernando (PSDB)<br />

Michel Temer<br />

Roberto Valadão<br />

Wagner Rossi<br />

PSOB<br />

Ayrton Xerez<br />

Celso Russomanno<br />

Emerson Olavo Pires<br />

Franco Montoro<br />

lidemar Kussler<br />

Rommel Feijó<br />

PPB<br />

Adhemar de Barros Rlho<br />

Alcione Athayde<br />

Alzira Ewerton<br />

Mario de Oliveira<br />

Nelson Marchezan (SIP)<br />

Raimundo Santos (PFL)<br />

Ricardo Izar<br />

Roberto Balestra<br />

PT<br />

Milton Temer<br />

sandra Star1ing<br />

Severino Cavalcanti (PFL)<br />

TIlden santiago<br />

1 vaga<br />

POT<br />

Eurlpedes Miran<strong>da</strong><br />

Severiano Alves<br />

Silvio Abreu<br />

Coriolano Sales<br />

Enio Bacoi<br />

Matheus Schmidt<br />

PUPSO/PSC<br />

De Velasco<br />

Elton Rohnelt<br />

José Egydio<br />

Valdemar Costa Neto<br />

PSB/PMN<br />

Alexandre Car<strong>dos</strong>o<br />

Pedro Vala<strong>da</strong>res (PPB)<br />

Nilson Gibson<br />

1 vaga<br />

PCdoB<br />

Aldo Arantes<br />

Haroldo Uma<br />

PPS<br />

Jairo Cameiro (PFL) Sérgio Arouca<br />

Secretário: Sérgio Sampaio Contreiras de Almei<strong>da</strong><br />

Reunião: terças, quartas e quintas-feiras - 10h<br />

Local: Plenário, Sala 1<br />

Telefones: 318-6922 a 6925<br />

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR,<br />

MEIO AMBIENTE E MINORIAS<br />

Presidente: Sarney Filho (PFL)<br />

1Q. Vice-Presidente: Celso Russomanno (PSDB)<br />

2Q. Vice-Presidente: Maria Valadão (PPB)<br />

3Q. Vice-Presidente: Remi Trinta (PMDB)<br />

Titulares Suplentes<br />

PFUPTB<br />

Aroldo Cedraz


Luciano Pizzatto<br />

Raquel Capiberibe (PSB)<br />

Salomão Cruz<br />

Samey Rlho<br />

Vilson Santini<br />

PMOB<br />

Albérico Filho<br />

Freire Júnior<br />

Remi Trinta<br />

Socorro Gomes (PedoB)<br />

Wilson Branco<br />

Agnaldo Timóteo<br />

Fernando Gabeira (PV)<br />

Laura Carneiro<br />

Maria Valadão<br />

Silvemani Santos<br />

Celso Russomanno<br />

Pimentel Gomes<br />

Vanessa Felippe<br />

B. Sá (PSDB)<br />

GilneyViana<br />

José Machado<br />

Elcione Barbalho<br />

Gilvan Freire<br />

Paes de Andrade<br />

Rita Camata<br />

PPB<br />

PSOB<br />

PT<br />

José Cartos Aleluia<br />

José Carlos Vieira<br />

José Coimbra<br />

Ricardo Barros<br />

Teima de Souza (PT)<br />

Chicão Brfgido<br />

Inácio Arru<strong>da</strong> (PCdoB)<br />

Marcos Uma<br />

Teté Bezerra<br />

Valdir Colatto<br />

Eurico Miran<strong>da</strong><br />

Francisco Silva<br />

Jair Bolsonaro<br />

José Cartos Lacer<strong>da</strong><br />

Valdenor Guedes<br />

Nelson Otoch<br />

Roberto França<br />

Zulaiê Cobra<br />

Domingos Dutra<br />

Ivan Valente<br />

Marta Suplicy<br />

POT<br />

Sérgio Cameiro Itamar Serpa (PSDB)<br />

PL/PSO/PSC<br />

Robson Tuma (PSL) Elton Rohnelt<br />

PSB/PMN<br />

Gervásio Oliveira João Golaço<br />

Secretário: Aurenilton Araruna de Almei<strong>da</strong><br />

Reunião: quartas-feiras - 10h<br />

Local: Sala 3, Anexo 11, Plenário 13<br />

Telefones: 318-6930 a 6935<br />

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS<br />

Presidente: Nilmário Miran<strong>da</strong> (PT)<br />

12. Vice-Presidente: Hélio Bicudo (PT)<br />

2 2 Vice-Presidente: Ubaldino Junior (PSB)<br />

32. Vice-Presidente: Roberto Valadão (PMDB)<br />

Titulares Suplentes<br />

Álvaro Gaudêncio Neto<br />

Benedito de Ura<br />

Fátima Pelaes<br />

Marilu Guimarães<br />

Theodorico Ferraço<br />

Vilmar Rocha<br />

PFUPTB<br />

PMOB<br />

Antônio Geraldo<br />

Jair Siqueira<br />

José Rocha<br />

Severino Cavalcanti<br />

2 vagas<br />

Agnelo Queiroz (PedoB)<br />

Nilton Baiano<br />

Rubens Cosac<br />

Roberto Valaclão<br />

PPB<br />

Fernando Gabeira (PV)<br />

Francisco Silva<br />

Laura Carneiro<br />

Zé Gomes <strong>da</strong> Rocha (PSD)<br />

1 vaga<br />

PSOB<br />

Edson Soares<br />

IIdemar Kusser<br />

2 vagas<br />

Fernando Ferro (PT)<br />

Maria Valadão<br />

Marta Suplicy (PT)<br />

Valdomiro Meger<br />

Wigberto Tartuce<br />

Domingos Leonelli<br />

Sebastião Madeira<br />

Tuga Angerami<br />

PT<br />

Hélio Bicudo<br />

Domingos Dutra<br />

Nilmário Miran<strong>da</strong><br />

Pedro Wilson<br />

POT<br />

Fernando Lopes<br />

Cidinha Càmpos<br />

José Cartos Coutinho (S/P)<br />

Sérgio Cameiro<br />

PL/PSO/PSC<br />

Expedito Júnior<br />

Robson Tuma ÇPSL)<br />

PSB/PMN<br />

Ubaldino Júnior Adelson Salvador<br />

Secretária: Terezinha de Usieux Franco Miran<strong>da</strong><br />

Local: Sala 8, Anexo 11<br />

Telefones: 318-6887<br />

COMISSÃO DE ECONOMIA,<br />

INDÚSTRIA E COMÉRCIO<br />

Presidente: Paudemey Avelino (PPB)<br />

12. Vice-Presidente: Mário Cavallazzi (PPB)<br />

Titulares Suplentes<br />

Betinho Rosado<br />

João Ribeiro<br />

José Múcio Monteiro<br />

Luiz Braga<br />

Roberto Fontes<br />

Rubem Medina<br />

Severino Cavalcanti<br />

Antônio do Valle<br />

Dilso Sperafico<br />

Enivaldo Ribeiro (PPB)<br />

Marcelo Teixeira<br />

Nair Xavier Lobo<br />

Paulo Ritzel<br />

Laprovita Vieira<br />

Mário Cavallazzi<br />

Paudemey Avelino<br />

Renato Johnsson<br />

Renato Johnsson<br />

Cunha Lima<br />

Nelson Otoch<br />

PFUPTB<br />

Cartos <strong>da</strong> Carbrás<br />

Cartos Melles<br />

Félix Mendonça<br />

Hugo Rodrigues <strong>da</strong> Cunha<br />

Jaime Martins<br />

Roberto Brant (PSDB)<br />

Roberto Pessoa<br />

PMOB<br />

Gonzaga Meta<br />

Jurandyr Paixão<br />

Lufs Roberto Ponte<br />

Maria Elvira<br />

Sandro Mabel<br />

2 vagas<br />

PPB<br />

PSOB<br />

Affonso Camargo (PFL)<br />

Alzira Ewerton<br />

Dilceu Sperafico<br />

Fausto Martello<br />

José Janene<br />

Antônio Kandir<br />

Domingos Leonelli


Luciano Zica (PT)<br />

Sylvio Lopes<br />

Chico Ferramenta<br />

Fernando Ferro<br />

Airton Dipp<br />

José Maurício<br />

PUPSO/PSC<br />

Elton Rohnelt<br />

Zé Gomes <strong>da</strong> Rocha<br />

PSB/PMN<br />

Bosco França José Carlos Sabóia<br />

Secretária: Val<strong>da</strong> D. S. Lobo<br />

Reunião: guartas-feiras - 10h<br />

Local: Plenário, Sala 15-B<br />

Telefones: 31 B-e94416946<br />

COMISSÃO DE RELAÇOES EXTERIORES<br />

Presidente: Franco Montoro (PSDB)<br />

1º- Vice-Presidente: Átila Uns (PFL)<br />

2º- Vice-Presidente: Canos Cardinal (PDT)<br />

3º- Vice-Presidente: Haroldo Uma (PedoB)<br />

Titulares Suplentes<br />

PFUPTB<br />

Antônio Ueno Benito Gama<br />

Aroldo Cedraz Paulo Cordeiro<br />

Átila Uns PaUlo Gouvea<br />

Ciro Nogueira Pedrinho Abrão<br />

Fernando Gomes Roberto Fontes<br />

Leur Lomanto Theoclorico Ferraço<br />

PMOB<br />

Genésio Bernardino Adelson Ribeiro (PSDB)<br />

,José Thomaz Nonô Ary Kara<br />

Luiz Henrique Freire Junior<br />

Paes de Andrade Rubens Cosac<br />

Robério Araújo (PSDB) 1 vaga<br />

PPB<br />

Costa Ferreira Adylson Motta<br />

Cunha Bueno Jofran Frejat<br />

José Teles Salatiel Carvalho<br />

Pedro Vala<strong>da</strong>res Wagner Sa/ustiano<br />

PSOB<br />

Aécio Neves Jayme Santana<br />

Feu Rosa Koyu lha<br />

Franco Montoro Régis de Oliveira (PFL)<br />

PT<br />

Luiz Gushiken Conceição Tavares<br />

Sandra Staning Eduardo Jorge<br />

POT<br />

Canos Cardinal Airton Dipp<br />

Renan Kurtz José Maurfcio<br />

1 Vaga<br />

PT<br />

POT<br />

PUPSO/PSC<br />

Márcio Fortes<br />

Marinha Raupp<br />

Adão Pretto<br />

Milton Mendes<br />

Antonio Joaquim<br />

Edson Silva<br />

De Velasco<br />

PSB/PMN<br />

Ushitaro Kamia<br />

Ricardo Heráclio<br />

PedoB<br />

Haroldo Uma Ricardo Gomyde<br />

Secretária: Andréa Maura Versiani de Miran<strong>da</strong><br />

Reunião: terças, quartas e quintas-feiras -10h<br />

Local: Plenário, Sala 2<br />

Telefones: 31 B-e993 a 6996<br />

COMISSÃO DE SEGURIDADE<br />

SOCIAL E FAMfLIA<br />

Presidente: Roberto Jefferson (PTB)<br />

1.2 Vice-Presidente: Mauri Sérgio (PMDB)<br />

22. Vice-Presidente: Iberê Ferreira (PFL)<br />

32 Vice-Presidente: Sebastião t-1adeira (PSDB)<br />

Titulares Suplentes<br />

Alexandre Ceranto<br />

Canos Magno<br />

Ceci Cunh.a (PSDB)<br />

Fernando Gonçalves<br />

Iberê Ferreira<br />

Jair Soares<br />

Jonival Lucas<br />

José Coimbra<br />

Roberto Jefferson<br />

Ursiç:ino Queiroz<br />

Chicão Brígido<br />

Elcione Barbalho<br />

Euler Ribeiro<br />

José Pinotti<br />

Laíre Rosado<br />

Mauri Sérgio<br />

Rita Camata<br />

Rubens Cosac<br />

Saraiva Felipe<br />

Alcione Athayde<br />

Arnaldo Faria de Sá<br />

Ayres <strong>da</strong> Cunha (PFL)<br />

Célia Mendes<br />

Fátima Pelaes (PFL)<br />

Jofran Frejat<br />

José Unhares<br />

Amon Bezerra<br />

Canos Mosconi<br />

Cipriano Correia<br />

Osmânio Pereira<br />

Sebastião Madeira<br />

Tuga Angerami<br />

Eduardo Jorge<br />

Humberto Costa<br />

José Augusto<br />

PFUPTB<br />

Álvaro Gaudêncio Neto<br />

Antônio Joaquim Araújo<br />

Augusto Viveiros<br />

Dumo Pisaneschi<br />

Fernando Gomes (PMDB)·<br />

Márcia Marinho (PSDB)<br />

Paulo Paim (PT)<br />

Vilmar Rocha<br />

2 vaga<br />

PMOB<br />

André Puccinelli<br />

Armando Abflio<br />

Armando Costa<br />

Confúcio Moura<br />

Darcrsio Perondi<br />

José Aldemir<br />

UdiaQuinan<br />

Olavo Calheiros<br />

Remi Trinta<br />

PPB<br />

Agnaldo Timóteo<br />

Eurico Miran<strong>da</strong><br />

Laura Carneiro<br />

Moacyr Andrade<br />

Pimentel Gomes (PSDB)<br />

Romel Anízio<br />

Talvane Albuquerque<br />

PSDB<br />

Elias Murad<br />

Ezídio Pinheiro<br />

Feu Rosa<br />

Jovair Arantes<br />

Robério Araujo<br />

1 Vaga<br />

PT<br />

Arlindo Chinaglia<br />

GilneyViana<br />

José Fritsch


Mario Negromonte<br />

Paulo Feijó<br />

1 Vaga<br />

Carlos Santana<br />

Hugo Lagranha (PTB)<br />

João Coser<br />

Teima de Souza<br />

Antônio Joaquim<br />

Edson Ezequiel<br />

LeonelPavan<br />

PT<br />

POT<br />

Sebastião Madeira<br />

Vanessa Felippe<br />

Zé Gerardo<br />

PL/PSO/PSC<br />

José Carlos Lacer<strong>da</strong> (PPB) Corauci Sobrinho (PFL)<br />

1 Vaga Francisco Rodrigues<br />

PSB/PMN<br />

Candinho Mattos (PMDB) José Chaves (S/P)<br />

PCdoB<br />

Paulo Gouvêa (PFL) Jandira Feghali<br />

Secretário: Rui Omar Prudência <strong>da</strong> Silva<br />

Reunião: quartas-feiras -1Dh<br />

Local: Plenãrio, Sala 12<br />

Telefones: 318-6973 a 6976<br />

Alcides Modesto<br />

Jaques Wagner<br />

João Paulo<br />

Paulo Delgado<br />

Femando Zuppo<br />

Matheus Schmidt<br />

Serafim Venzon<br />

COMISSÃO DE DEFESA NACIONAL<br />

Presidente: Maurfcio Campos (PL)<br />

12 Vice-Presidente: Elton Rohnelt (PSC)<br />

22 Vice-Presidente: Paulo Delgado (PT)<br />

32 Vice-Presidente: Marquinho Chedid (PSD)<br />

Titulares<br />

Davi Alves Silva (PMN)<br />

Jaime Martins<br />

Luciano Pizzatto<br />

Moisés Upnik<br />

Paulo Heslander<br />

Wemer Wanderer<br />

Elton Rohnelt (PSC)<br />

Hélio Rosas<br />

João Thomé Mestrinho<br />

José Pinotti<br />

José Thomaz Nonô<br />

PPB<br />

Amaldo Faria de Sá<br />

Jair Bolsonaro<br />

Marquinho Chedid (PSD)<br />

Paudemey Avelino<br />

1 vaga<br />

PSOB<br />

Antônio Feijão<br />

Amaldo Madeira<br />

Nelson Otoch<br />

PFUPTB<br />

PMOB<br />

Suplentes<br />

Abelardo Lupion<br />

Carlos Magno<br />

Júlio César<br />

Maluly Netto<br />

Paulo Cordeiro<br />

Roberto Jefferson<br />

Euler Ribeiro<br />

Luiz Henrique<br />

Marcelo' Barbieri<br />

Noel de Oliveira<br />

Pinheiro Landim<br />

Anivaldo Vale<br />

Augusto Nardes<br />

Luciano Castro<br />

Valdenor Guedes<br />

1 vaga<br />

José Genofno<br />

Paulo Delgado<br />

PT<br />

Hélio Bicudo<br />

José Fortunati<br />

POT<br />

Antônio Joaquim Airton Dipp<br />

Eurfpedes Miran<strong>da</strong> Matheus Schmidt<br />

PUPSO/PSC<br />

Maurfcio Campos Expedito Júnior<br />

PSB/PMN<br />

Francisco Rodrigues (PSD) 1 vaga<br />

Secretário: Tércio Mendonça Vilar<br />

Reunião: quartas-feiras - 9h<br />

Local: Plenário, Sala 19<br />

Telefones: 318-6998 a 318-7001<br />

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO<br />

. URBANO E INTERIOR<br />

Presidente: Eraldo Trin<strong>da</strong>de (PPB)<br />

12 Vice-Presidente: Carfos Airton (PPB)<br />

2 2 Vice-Presidente: César Bandeira (PFL)<br />

SQ Vice-Presidente: Nedson Micheleti (PT)<br />

Titulares Suplentes<br />

Albérico Cordeiro<br />

Carlos <strong>da</strong> Carbrás<br />

César Bandeira<br />

Eliseu Moura<br />

Rogério Silva (PPB)<br />

Armando Abflio<br />

Edison Andrino<br />

Noel de Oliveira<br />

Simara Ellery<br />

Wilson Cignachi<br />

Carfos Airton<br />

Eraldo Trin<strong>da</strong>de<br />

Felipe Mendes<br />

Nan Souza<br />

VadãoGomes<br />

Antônio Carlos Pannunzio<br />

João Leão<br />

Zé Gerardo<br />

João Paulo<br />

Nedson Micheleti<br />

Nilmárto Miran<strong>da</strong><br />

Odelmo Leão<br />

Silvio Abreu<br />

Antônio Aureliano<br />

Celso Russomanno<br />

Rrmo de Castro Welinton Fagundes<br />

PFUPTB<br />

AntOnio Jorge (PPB)<br />

Davi Alves Silva (PMN)<br />

José Mendonça Bezerra<br />

José Rocha<br />

1 vaga<br />

PMOB<br />

PPB<br />

PSOB<br />

PT<br />

POT<br />

PL/PSO/PSC<br />

Alberto Silva<br />

AntOnio Brasil<br />

Carlos Nelson<br />

Cassio Cunha Uma<br />

Homero Oguido<br />

Célia Mendes<br />

Nelson Meurer<br />

Osvaldo Reis<br />

Prisco Viana<br />

Welson Gasparini (PSDB)<br />

Ceci Cunha<br />

Leôni<strong>da</strong>s Cristino<br />

Mário Negro monte<br />

Carlos Santana<br />

Celso Daniel<br />

Humberto Costa<br />

Femando Lopes<br />

1 vaga


Laura Cameiro<br />

Maria Valadão<br />

Valdenor Guedes<br />

Wagner Salustiano<br />

Elias Murad<br />

Sebastião Madeira<br />

Tuga Angerami<br />

Vanessa Felippe<br />

Eduardo Jorge<br />

Esther Grossi<br />

Marta Suplicy<br />

Antônio Joaquim<br />

Eurípedes Miran<strong>da</strong><br />

Roland Lavigne<br />

Femando Gabeira (PV)<br />

PSOB<br />

PT<br />

POT<br />

PL/PSO/PSC<br />

PSO/PMN<br />

PCdoB<br />

Carlos Cam urça<br />

Felipe Mendes<br />

Rogério Silva<br />

Valdomiro Meger<br />

B. Sá<br />

Eduardo Mascarenhas<br />

Jovair Arantes<br />

1 Vaga<br />

Arlindo Chinaglia<br />

GilneyViana<br />

Humberto Costa<br />

Felipe Mendes<br />

Sérgio Naya<br />

1 vaga<br />

Amon Bezerra<br />

João Leão<br />

Ivan Valente<br />

Domingos Dutra<br />

Sílvio Abreu<br />

2 vagas Augusto Farias<br />

José Egydio<br />

Raquel Capiberibe<br />

Undberg Farias 1 vaga<br />

Secretário: Mário Drausio Coutinho<br />

Local: Servo Com. Esp. - Anexo li-Saias 131-C/135-C­<br />

Ala Nova<br />

Telefones:318-7065/7066/7052<br />

COMISSÃO ESPECIAL<br />

DESTINADA A ESTUDAR OS PROJETOS<br />

PÚBLICOS FEDERAIS DE IRRIGAÇÃO E<br />

RECURSOS HfDRICOS E APRESENTAR<br />

PROPOSTAS AO ORÇAMENTO DA UNIÃO,<br />

NO SENTIDO DE VIABILIZAR A<br />

EXECUÇÃO DOS MESMOS<br />

Presidente: José Rocha (PFL)<br />

1º- Vice-Presidente: Júlio César (PFL)<br />

2º- Vice-Presidente: João Leão (PSDB)<br />

32. Vice-Presidente: Enivaldo Ribeiro (PPB)<br />

Relator: Nicias Ribeiro (PMDB)<br />

Titulares Suplentes<br />

José Rocha<br />

José Tude<br />

Júlio César<br />

Roberto Pessoa<br />

André Puccinelli<br />

Cássio Cunha Uma<br />

Nicias Ribeiro<br />

PFUPTB<br />

PMOB<br />

Betinho Rosado<br />

Cláudio Cajado<br />

Luiz Braga<br />

Pedrinho Abrão<br />

Benito Gama<br />

Carlos Alberto<br />

José Tude<br />

Manoel Castro<br />

Célia Mendes<br />

José Rezende<br />

Maria Valadão<br />

José Aníbal<br />

Márcio Fortes<br />

PSOB<br />

PT<br />

POT<br />

PL/PSO/PSC<br />

PSB/PMN<br />

PMOB<br />

PPB<br />

PSOB<br />

Moacyr Andrade<br />

2 vagas<br />

Antônio Aureliano<br />

Robério Araújo<br />

Alcides Modesto<br />

José Pimentel<br />

Luiz Durão<br />

Elton Rohnelt<br />

Beto Lélis Bosto França<br />

Secretária: Ana Clara Serejo<br />

Local: Serv. Com. Esp. -Anexo 11-saas 131-o'135-C-Pav. Sup.<br />

Telefones: 7063/7066<br />

COMISSÃO ESPECIAL<br />

DESTINADA A ANALISAR A QUESTÃO<br />

DO DESEMPREGO<br />

Presidente: Miro Teixeira (PDT)<br />

1º- Vice-Presidente: Sandro Mabel (PMDB)<br />

2º- Vice-Presidente: Miguel Rossetto (PT)<br />

3º- Vice-Presidente: Célia Mendes (PPB)<br />

Titulares Suplentes<br />

Albérico Filho<br />

Sandro Mabel<br />

1 vaga<br />

Freire Júnior<br />

Marcelo Teixeira Conceição Tavares<br />

Pinheiro Landim Miguel Rossetto<br />

PFUPTB<br />

PPB POT<br />

PT<br />

Álvaro Gaudêncio Neto<br />

Carlos Magno<br />

Félix Mendonça<br />

Júlio César<br />

Mauri Sérgio<br />

Wilson Branco<br />

1 vaga<br />

Cleonâncio Fonseca<br />

Laura Cameiro<br />

1 vaga<br />

Antônio Balhmann<br />

Roberto Brant<br />

Carlos Santana<br />

Jair Meneguelli<br />

Enivaldo Ribeiro Marconi Perillo Miro Teixeira Femando Zuppo


Ronivon Santiago<br />

PUPSO/PSC<br />

PSB/PMN<br />

Gonzaga Patriota José Canos Sabóia<br />

Secretaria: Maria do Amparo<br />

Local: Servo Com. Esp. - Anexo 11- Salas 131-G/135/C­<br />

Ala Nova<br />

Telefones: 318-7067f106617052<br />

COMISSÃO ESPECIAL<br />

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A,<br />

NO PRAZO DE 40 (QUARENTA) SESSOES,<br />

PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE<br />

EMENDA À CONSTITUiÇÃO 9-A, DE 1995,<br />

QUE "ACRESCENTA PARAGRAFO ÚNICO AO<br />

ART. 180 DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL".<br />

ONCENTlVO AO TURISMO)<br />

Proposição: PEC-9/95 Autor: Ricardo Heráclio<br />

e Outros<br />

Presidente: Sandro Mabel (PMDB)<br />

1.2 Vice-Presidente: José Aldemir (PMDB)<br />

2.2 Vice-Presidente: Nelson Otoch (PSDB)<br />

3º- Vice-Presidente: Antônio Jorge (PPB)<br />

Relator: Ricardo Barros (PFL)<br />

Titulares Suplentes<br />

PFUPTB<br />

Ciro Nogueira Canos Alberto<br />

Cláudio Cajado Couraci Sobrinho<br />

João Mendes Roberto Pessoa<br />

Ricardo Barros Vilson Santini<br />

PMOB<br />

José Aldemir Albérico Rlho<br />

Nair Xavier Lobo Hermes Parcianello<br />

Sandro Mabel Maria Elvira<br />

PPB<br />

Pedro Canedo<br />

Antonio Jorge Marcos Medrado<br />

Eurico Miran<strong>da</strong> Paulo Bauer<br />

Marconi Perillo (PSDB) Roberto·Balestra<br />

PSOB<br />

Alexandre Santos Ceci Cunha<br />

Nelson Otoch Sylvio Lopes<br />

PT<br />

Fernando Ferro João Coser<br />

José Pimentel Milton Mendes<br />

POT<br />

LeonelPavan José Maurício<br />

PUPSO/PSC<br />

Eujácio Simões 1 vaga<br />

PSB/PMN<br />

Ubaldino Júnior Ushitaro Kamia<br />

Secretária: Angela Mancuso<br />

Local: Anexo 11- Salas 131-G/135-G - Ala Nova<br />

Telefone: 318-7066<br />

COMISSÃO ESPECIAL<br />

DESTINADA A, NO PRAZO DE 40 (QUARENTA)<br />

'SESSOES, PROFERIR PARECER À<br />

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUiÇÃO Nº­<br />

155-A, DE 1993, QUE "ALTERA A REDAÇÃO DO<br />

PARÁGRAFO 1º- DO ARTIGO 53 DA<br />

CONSTITUiÇÃO FEDERAL"<br />

(IMUNIDADE PARLAMENTAR)<br />

Proposição: PEC-0155'93 Autora: Cidinha Campos<br />

Presidente: Vicente Cascione (PTB)<br />

1º- Vice-Presidente: Aloysio Nunes Ferreira (PMDB)<br />

2º- Vice-Presidente: Vicente Arru<strong>da</strong> (PSDB)<br />

3º- Vice-Presidente: Prisco Viana (PPB)<br />

Relator: Ibrahim Abi-Ackel (PPB)<br />

Titulares Suplentes<br />

A<strong>da</strong>uto Pereira<br />

Antônio Geraldo<br />

Jairo Azi<br />

Theodorico Ferraço<br />

Severino Cavalcanti<br />

Vicente Cascione<br />

Wilson Cunha<br />

Aloysio Nunes Ferreira<br />

Gilvan Freire<br />

Ivandro Cunha Uma<br />

José Luiz Glerot<br />

Luiz Fernando<br />

Udson Bandeira<br />

Costa Ferreira<br />

Dolores Nunes (PSDB)<br />

Gerson Peres<br />

Ibrahim Abi-Ackel<br />

Prisco Viana<br />

Danilo de Castro<br />

Régis de Oliveira<br />

Robério Araújo<br />

Vicente Arru<strong>da</strong><br />

Domingos Dutra<br />

Hélio Bicudo<br />

Marcelo De<strong>da</strong><br />

Cidinha Campos<br />

Silvio Abreu<br />

Francisco Rodrigues<br />

BLOCO PFUPTB<br />

PMOB<br />

PPB<br />

PSOB<br />

PT<br />

POT<br />

BLOCO PUPSO/PSC<br />

Aroldo Cedraz<br />

Jaime Fernandes<br />

Luiz Braga<br />

Philemon Rodrigues<br />

Salomão Cruz<br />

José Tude<br />

Ursicino Queiroz<br />

Edinho Araujo<br />

João Natal<br />

Jorge Wilson<br />

José Priante<br />

Nicias Ribeiro<br />

Wagner Rossi<br />

Adylson Motta<br />

Mário de Oliveira<br />

Roberto Balestra<br />

Talvane Albuquerque<br />

Welson Gasparini (PSDB)<br />

Ezídio Pinheiro<br />

João Leão<br />

Jorge Anders<br />

Saulo Queiroz (PFL)<br />

Fernando Ferro<br />

José Machado<br />

Pedro Wilson<br />

Magno Bacelar (S/P)<br />

Renan Kurtz<br />

De Velasco


PSOB PT<br />

Salvador Zimbaldi<br />

Zulaiê Cobra<br />

Hélio Bicudo<br />

Marta Suplicy<br />

Serafim Venzon<br />

PT<br />

POT<br />

Márcia Marinho<br />

Osmânio Ferreira<br />

Ana Júlia<br />

Padre Roque<br />

Giovanni Queiroz<br />

Marcelo De<strong>da</strong><br />

Maria Laura<br />

Teima de Souza<br />

Euripedes Miran<strong>da</strong><br />

Matheus Schmidt<br />

Alexandre Car<strong>dos</strong>o<br />

Celso Daniel<br />

Ivan Valente<br />

Waldomiro Fioravante<br />

POT<br />

Femando Zuppo<br />

1 vaga<br />

PSB/PMN<br />

Nilson Gibson<br />

PUPSO/PSC PL/PSO/PSC<br />

Luiz Bualz Pedro Canedo Eujácio Simões Maurício Campos<br />

PSB/PMN<br />

PCdoB<br />

Raquel Capiberibe Adelson Salvador Agnelo Queiroz Aldo Arantes<br />

COMISSÃO ESPECIAL<br />

COMISSÃO ESPECIAL<br />

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A DÁ NOVA REDAÇÃO AO PARÁGRAFO 4º- DO<br />

PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE<br />

ART. 18 DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL.<br />

EMENDA À CONSTITUiÇÃO N2173195, QUE<br />

MODIFICA O CAPITULO DA ADMINISTRAÇÃO<br />

PÚBLICA, ACRESCENTA-NORMAS ÀS<br />

DISPOSIÇOES CONSTITUCIONAIS GERAIS<br />

Presidente: Nicias Ribeiro (PMDB)<br />

12. Vice-Presidente: Oscar Goldoni (PMDB)<br />

22. Vice-Presidente: Luiz Fernando (PSDB)<br />

3!!. Vice-Presidente: Nelson Meurer (PPB)<br />

E ESTABELECE NORMAS DE TRANSiÇÃO. Relator: Antônio Geraldo (PFL)<br />

Proposição: PEc-173195 Autor: Poder Executivo<br />

Titulares<br />

Suplentes<br />

Presidente: João Mellão Neto (PFL)<br />

12. Vice-Presidente: Hugo Rodrigues <strong>da</strong> Cunha (PFL)<br />

22. Vice-Presidente: Márcio Fortes (PSDB)<br />

32 Vice-Presidente: Vadão Gomes (PPB)<br />

Relator: Moreira Franco (PMDB)<br />

Titulares Suplentes<br />

PFUPTB<br />

Hugo Rodrigues <strong>da</strong> Cunha<br />

João Mellão Neto<br />

Paes Landim<br />

Paulo Gouvea<br />

Philemon Rodrigues<br />

Régis de Oliveira<br />

Vicente Cascione<br />

Aloysio Nunes Ferreira<br />

Elcione Barbalho<br />

Henrique Eduardo Alves<br />

João Thomé Mestrinho<br />

Moreira Franco<br />

Roberto Rocha<br />

Almino Affonso<br />

Leôni<strong>da</strong>s Cristino<br />

Márcio Fortes<br />

Roberto Brant<br />

Flávio Derzi<br />

Gerson Peres<br />

Jair Bolsonaro<br />

RoParto Campos<br />

VadãoGomes<br />

PMOB<br />

Jaime Fernandes<br />

José Carlos Vieira<br />

José Mendonça Bezerra<br />

Mauro Fecury<br />

Mauro Lopes<br />

Pedrinho Abrão<br />

Theoclorico Ferraço<br />

Carlos Nelson<br />

Pinheiro Landim<br />

Sandro Mabel<br />

Wilson Branco<br />

Zila Bezerra<br />

1 vaga<br />

PSOB<br />

Adroaldo Streck<br />

Edson Soares<br />

João Leão<br />

Marconi Perillo<br />

PPB<br />

Alzira Ewerton<br />

Luciano Castro<br />

Márcio Reinaldo Moreira<br />

Mário Cavallazzi<br />

1 vaga<br />

Antônio Geraldo<br />

Ayres <strong>da</strong> Cunha<br />

César Bandeira<br />

Hilário Coimbra<br />

Luiz Barbosa<br />

Mauro Lopes<br />

Mussa Demes<br />

Chicão Brigido<br />

Femando Diniz<br />

Ivo Mainardi<br />

Nicias Ribeiro<br />

Oscar Goldoni<br />

Pedro Irujo<br />

Antônio Kandir<br />

Eduardo Mascarenhas<br />

FlávioArns<br />

Luiz Fernando<br />

Basílio BiJlani<br />

Gerson Peres<br />

Márcio Reinaldo Moreira<br />

Nelson Meurer<br />

Celso Daniel<br />

PFUPTB<br />

Carlos Melles<br />

Hugo Rodrigues <strong>da</strong> Cunha<br />

José Tude<br />

Philemon Rodrigues<br />

Sérgio Barcellos<br />

Severino Cavalcanti<br />

Wilson Cunha<br />

PMOB<br />

PSOB<br />

PPB<br />

PT<br />

Ivandro Cunha Uma<br />

Marisa Serrano<br />

Noel de Oliveira<br />

Simara Ellery<br />

2 vagas<br />

Arth ur Virgílio<br />

Eduardo Barbosa<br />

Jayme Santana<br />

Roberto Santos<br />

Cleonâncio Fonseca<br />

Felipe Mendes<br />

Hugo Biehl<br />

Salatiel Carvalho<br />

Talvane Albuquerque<br />

Chico Ferramenta


COMISSÃO ESPECIAL<br />

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A<br />

PROFERIR PARECER A PROPOSTA DE<br />

EMENDA À CONSTITUiÇÃO 233-A/95, QUE ",<br />

MODIFICA O ART. 34 E O CAPiTULO 11I,<br />

SEÇÃO I, DA CONSTITUiÇÃO FEDERAL E O<br />

ART. 60 DO ATO DAS DISPOSIÇOES<br />

CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS"<br />

(EDUCAÇÃO)<br />

Proposição: PEC-233/96 Autor: Poder Executivo<br />

Presidente: Elias AbraMo (PMDB)<br />

1ºVice-Presidente: Marisa Serrano (PMDB)<br />

2º Vice-Presidente: Ubiratan Aguiar (PSDB)<br />

3!!. Vice-Presidente: Cleonâncio Fonseca (PPB)<br />

Relator: José Jorge (PFL)<br />

Titulares Suplentes<br />

PFUPTB<br />

José Jorge Augusto Viveiros<br />

Maria Valadão Bonifácio de Andrade<br />

Osvaldo Biolchi Costa Ferreira<br />

Paulo Bauer (s/part.) José Tude<br />

Raul Belém Osmir Uma<br />

Roberto Jefferson Paulo Bomhausen<br />

Zila Bezerra Ricardo Barros<br />

PMOB<br />

Elias AbraMo Simara EI/ery<br />

Maria Elvira UdiaQuinan<br />

Marisa Serrano Ivandro Cunha Uma<br />

MaurIcio Requião Eliseu Paclilha<br />

Rita Camata 2 vagas<br />

Ubaldo Correa<br />

PPB<br />

Augusto Nardes Eurico Miran<strong>da</strong><br />

Cleonâncio Fons-eca José Unhares<br />

Darci Coelho Mário de Oliveira<br />

Ibrahim Abi-Ackel 2 vagas<br />

Jair Siqueira<br />

PSOB<br />

Alexandre Santos RávioAms<br />

Marconi Peri/lo Itamar Serpa<br />

Ubiratan Aguiar Osmâncio Pereira<br />

Vicente Arru<strong>da</strong> Welson Gasparini<br />

PT<br />

Esther Grossi José Fortunati<br />

Ivan Valente Paulo Delgado<br />

PedroWi/son Sandra Starling<br />

Femando Zuppo<br />

Severiano Alves<br />

Ubaldino Júnior<br />

Welinton Fagundes<br />

PCdoB<br />

Undberg Farias Ricardo Gomyde<br />

Secretária: Ana Clara<br />

Local: Serviço de Com. Esp. Anexo I( Sala 131-C<br />

Telefone: 318-755517563<br />

COMISSÃO EXTERNA<br />

DESTINADA A ACOMPANHAR ·OS<br />

PROCEDIMENTOS RELATIVOS À<br />

DEMARCAÇAO DAS TERRAS IND(GENAS E<br />

AS QUESTOES DECORRENTES<br />

DESTE PROCESSO<br />

Benedito Guimarães (PPB)<br />

Carlos Airton (PPB)<br />

Gilney Viana (pn<br />

Sebastião Madeira (PSDB)<br />

Nan Souza (PPB)<br />

Salomão Cruz (PFL)<br />

Samey Filho (PFL)<br />

Si/as Brasileiro (PMDB)<br />

Secretária: Edla Bispo<br />

Serviço de Comissões Especiais: Anexo 11- Sala 131-C<br />

-Ala Nova<br />

Telefones: 318-70661706517052<br />

COMISSÃO EXTERNA<br />

DESTINADA A FAZER LEVANTAMENTO DAS<br />

OBRAS. INACABADAS DO GOVERNO FEDERAL<br />

Coordenador: Deputado Carlos Alberto (PFL)<br />

Albérico Cordeiro (PTB)<br />

Márcio Fortes (PSDB)<br />

Ivo Mainardi (PMDB)<br />

Carlos Alberto (PFL)-<br />

Cunha Bueno (PPB)<br />

Femando Ferro (PT)<br />

Aroldo Cedraz (PFL)<br />

Simara EI/ery (PMDB)<br />

POT<br />

PSB/PMN<br />

PL/PSO/PSC<br />

Renan Kurtz<br />

Sérgio Cameiro<br />

Gervásio Oliveira<br />

Pedro Canedo<br />

Secretário: José Maria Aguiar de Castro<br />

Serviço de Comissões Especiais - Anexo 11 - Salas 131­<br />

C/135-e - Ala Nova<br />

Telefones: 318-706517061


EDIÇÃO DE HOJE: 112 PÁGINAS

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