Os plásticos na Construção Civil Mais recentemente apareceram no mercado espaçadores, figura 5.14, de plástico para auxílio na manutenção da posição das armaduras no decorrer das betonagens [45]. 5.10. Instalações eléctricas Fig. 5.14. Espaçadores plásticos para pilares, vigas e paredes [45] Os materiais plásticos, dada a sua excelência em isolamento eléctrico, são aplicados no fabrico de peças e acessórios diversos para instalações eléctricas, figura 5.15. Os mais utilizados são o policloreto de vinilo, o polietileno, as resinas fenólicas de ureia formaldeído e de melamina formaldeído [8]. Fig. 5.15. Calhas e caixas plásticas [49] 104
CONCLUSÃO Os plásticos na Construção Civil Os plásticos adquiriram em poucos anos, a nível mundial, estatuto próprio e uma notável importância social, técnica e económica. Pouco a pouco, os mais diversos campos de actividade foram invadidos por estes novos produtos, devido às suas características intrínsecas e excelentes propriedades. Os plásticos ultrapassaram, nas suas aplicações, os materiais tradicionais que fizeram a história da revolução industrial e ganharam rapidamente uma posição de destaque. O forte incremento que, a partir da segunda metade do século passado, se verificou na indústria dos materiais plásticos, reflectiu-se com particular relevo no sector da construção civil. No decorrer das últimas décadas alguns dos materiais convencionais utilizados foram progressivamente sendo substituídos por materiais poliméricos. Hoje, algumas aplicações destes materiais em engenharia civil são já tradicionais. As características técnicas, e fundamentalmente económicas, dos materiais plásticos fazem com que estes materiais se venham revelando como elementos fundamentais para o sector da construção civil. Em aplicações mais nobres, tais como perfis utilizados em caixilharia, estores e persianas, chapas de cobertura e elementos ornamentais, etc., ou menos visíveis como, por exemplo, os aditivos para betões, os mástiques e os geotêxteis, os plásticos vêm aumentando a cada ano a sua importância e peso, sobretudo no segmento dos edifícios. Esta proliferação de utilizações, aliada à tradicional aplicação de materiais poliméricos em produtos de consumo com baixa vida expectável, não deve induzir a sua aplicação sem cuidados especiais em construção civil, em que os tempos de duração de projecto são quase sempre superiores a quarenta anos. A este respeito, particular atenção deve ser dada aos níveis de protecção contra a radiação ultra-violeta, hidrólise e migração de componentes. A utilização precipitada de materiais poliméricos, como aliás quaisquer outros, pode resultar em duração inferior à pretendida e em certas aplicações ocasionar riscos. De facto, a aplicação dos materiais plásticos deve ser sempre antecedida de prévio estudo do fim específico a que se destinam, verificando-se algumas condições particulares no que respeita a determinados parâmetros, nomeadamente os relativos às condições ambientais que estarão presentes ao longo do seu tempo de vida útil esperado. Paralelamente, há que dar especial atenção à correcta instalação destes materiais. Na verdade, não existem plásticos bons e plásticos maus, mas sim boas e más escolhas de produtos a utilizar e, ou, boas e más instalações desses produtos. 105