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- MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2013 A/17<br />
E-mail: luiz@jornaloli<strong>de</strong>r.com.br Direto ao Ponto<br />
Luiz Cláudio<br />
Carpes<br />
Ilaine Roh<strong>de</strong>n/O Lí<strong>de</strong>r<br />
GOLPE DA SEGURANÇA EM<br />
SÃO MIGUEL DO OESTE<br />
Esta informação serve <strong>de</strong> alerta<br />
para toda a nossa região: dias<br />
atrás, alguns elementos estavam<br />
efetuando visitas em algumas<br />
proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> dois bairros <strong>de</strong><br />
São Miguel do Oeste, e ofertando<br />
serviços <strong>de</strong> vigilância para a via<br />
pública. A Polícia Militar (PM)<br />
recebeu diversas reclamações<br />
dos Bairros Jardim Peperi e São<br />
Jorge, em São Miguel do Oeste,<br />
<strong>de</strong> pessoas relatando que alguns<br />
homens estavam instalando uma<br />
empresa <strong>de</strong> vigilância e cobrando<br />
para fazer rondas nas ruas, no<br />
período noturno. Procedimento<br />
ilegal, claro. Em segundo lugar, o<br />
que causava mais estranheza aos<br />
moradores era que após a empresa<br />
haver se instalado, coinci<strong>de</strong>ntemente,<br />
houve aumento no<br />
É PRECISO QUE AS LEIS<br />
FIQUEM CLARAS QUANTO<br />
A SEGURANÇA<br />
Existe uma legislação específica<br />
no nosso or<strong>de</strong>namento jurídico,<br />
e que reza a ativida<strong>de</strong> das<br />
empresas <strong>de</strong> segurança. Para<br />
que estas sejam consi<strong>de</strong>radas<br />
“legais”, é preciso que sejam registradas<br />
junto a Polícia Fe<strong>de</strong>ral<br />
(PF). E olha que o trâmite burocrático<br />
para se conseguir tal<br />
legalização junto a PF são vá-<br />
índice <strong>de</strong> furtos, sendo que os<br />
moradores passaram a <strong>de</strong>sconfiar<br />
que justamente os próprios “seguranças”<br />
estariam cometendo os<br />
furtos para ganhar clientes, através<br />
<strong>de</strong>sta empreitada criminosa.<br />
Diante das informações foram<br />
feitas consultas junto as instituições<br />
responsáveis pela regularização<br />
<strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> segurança,<br />
entenda-se, Polícia Fe<strong>de</strong>ral e naturalmente<br />
se constatou que não<br />
havia permissão nenhuma<br />
para esta empresa<br />
realizar a ativida<strong>de</strong>.<br />
A Polícia<br />
<strong>de</strong>pois disso<br />
abordou dois<br />
homens transitando<br />
com uma<br />
motocicleta,<br />
rios, e não<br />
obstante,<br />
os procedimentos<br />
<strong>de</strong> legalização<br />
chegam<br />
a durar mais <strong>de</strong> ano, em muitas<br />
vezes ultrapassando com folga<br />
tal período. São vários requisitos<br />
necessários, inclusive, versando<br />
sobre a vida particular<br />
que passava <strong>de</strong> casa em casa, oferecendo<br />
o serviço <strong>de</strong> vigilância,<br />
inclusive com material <strong>de</strong> divulgação.<br />
Um dos dois elementos era<br />
menor <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Os dois foram<br />
conduzidos à Delegacia on<strong>de</strong> serão<br />
investigados pela prática <strong>de</strong>ste<br />
tipo <strong>de</strong> contravenção penal.<br />
dos envolvidos, que <strong>de</strong>vem ter<br />
“ficha limpa” na área criminal.<br />
Ou seja, não é qualquer um que<br />
consegue legalizar uma empresa<br />
<strong>de</strong> vigilância.<br />
CUIDADO COM A DENGUE<br />
Aproveito a coluna <strong>de</strong> hoje para fazer um alerta<br />
contra a Dengue. Posso parecer repetitivo, mas o<br />
caso é sério em nosso país. Segundo se po<strong>de</strong> apurar,<br />
o número <strong>de</strong> focos do mosquito transmissor chegou a<br />
subir 190% neste começo <strong>de</strong> 2013. Ministério da Saú<strong>de</strong><br />
comparou primeiras sete semanas <strong>de</strong> 2012 e 2013.<br />
Foram 204.650 casos neste ano contra 70.489 notifi-<br />
cações do ano passado. O Ministério da Saú<strong>de</strong> comparou<br />
primeiras sete semanas <strong>de</strong> 2012 e 2013. Foram<br />
204.650 casos neste ano contra 70.489 notificações<br />
do ano passado. Aqui em nossa região, por sorte, não<br />
tivemos casos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue. Segundo apuramos, as secretarias/postos<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> têm condições <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r<br />
casos que eventualmente surjam. Mas há sempre um<br />
DIFERENÇA ENTRE VIGILÂNCIA<br />
E MONITORAMENTO<br />
Contudo, há outro tipo <strong>de</strong><br />
empresa, que é comum em nossa<br />
região, e que não precisa toda<br />
a burocracia necessária para as<br />
empresas <strong>de</strong> vigilância, ou <strong>de</strong> vigilância<br />
armada. São as empresas<br />
<strong>de</strong> monitoramento. Para estas há<br />
uma flexibilida<strong>de</strong> maior e outra<br />
legislação específica. São empresas<br />
que instalam em residências<br />
ou no comércio sensores, que<br />
após algum tipo <strong>de</strong> violação (arrombamento)<br />
disparam um alar-<br />
me no local e/ou na central <strong>de</strong><br />
monitoramento. A partir disso, o<br />
vigilante vai até o local e, constatando<br />
algum arrombamento, <strong>de</strong><br />
imediato chamam a polícia. Ou<br />
seja, o profissional não tem po<strong>de</strong>r<br />
para pren<strong>de</strong>r ou <strong>de</strong>ter ninguém, e<br />
sequer se po<strong>de</strong> valer <strong>de</strong> arma <strong>de</strong><br />
fogo para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong><br />
sua ativida<strong>de</strong>. Apenas verificando<br />
a irregularida<strong>de</strong> comunica a força<br />
policial, que por sua vez faz o seu<br />
trabalho.<br />
QUEM PODE FAZER<br />
VIGILÂNCIA NA VIA PÚBLICA<br />
Contudo, em relação a “segurança” propriamente dita, em via pública,<br />
apenas a Polícia Militar é habilitada legalmente para tal. Ninguém mais<br />
po<strong>de</strong> fazer trabalho <strong>de</strong> “segurança”, quanto mais armada, em via pública. É<br />
diferente, por exemplo, <strong>de</strong> o empresário colocar em seu estabelecimento<br />
um profissional para atuar como segurança, e portando arma <strong>de</strong> fogo para<br />
tal. Este tipo <strong>de</strong> segurança armada po<strong>de</strong> ser legal, mas sempre <strong>de</strong>verá ser<br />
feito com posto <strong>de</strong> vigilância <strong>de</strong>ntro do local particular da empresa, e não<br />
propriamente na via pública. E a estes também é restrito o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> polícia.<br />
O vigilante não po<strong>de</strong> pren<strong>de</strong>r ninguém, mesmo nestas situações. Deve sim<br />
chamar a Polícia caso haja furto, roubo ou tentativas. Ou seja, são várias<br />
situações. Todavia a mais irregular <strong>de</strong>las é a que se <strong>de</strong>senhavam no município<br />
<strong>de</strong> São Miguel do Oeste,<br />
on<strong>de</strong> havia certa forma <strong>de</strong> coação<br />
por parte dos meliantes,<br />
completa ilegalida<strong>de</strong> do que<br />
era oferecido, e por fim, a ardilosa<br />
manobra <strong>de</strong> praticarem<br />
furtos no intuito <strong>de</strong> assustar<br />
a população e se valer disto<br />
para oferecer um trabalho <strong>de</strong><br />
segurança completamente à<br />
margem da lei.<br />
risco <strong>de</strong> morte em cada caso, por mais que exista medicação<br />
a<strong>de</strong>quada. Portanto, é importante cuidar, tomar<br />
as <strong>de</strong>vidas precauções, para que, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
dos focos surgidos, continuemos sem casos específicos<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue. E claro: reduzir focos do mosquito, é<br />
a medida essencial para que a enfermida<strong>de</strong> não nos<br />
atinja.