- MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2013 CLASSIFICADOS O LÍDER - 02 DE MARÇO DE 2013 - ANO II - EDIÇÃO: 91 - Proibido a venda separada <strong>de</strong>ste suplemento - C12 ENTREVISTA EXCLUSIVA Colombo: o sigilo e a vitória contra o crime Des<strong>de</strong> o dia 30 <strong>de</strong> janeiro até o dia 20 <strong>de</strong> fevereiro Santa Catarina voltou a ser vítima <strong>de</strong> uma onda <strong>de</strong> atentados, como já tinha acontecido em novembro <strong>de</strong> 2012. Nos dias que se suce<strong>de</strong>ram ao início dos ataques, o governador Raimundo Colombo comandou – muitas vezes <strong>de</strong> madrugada, no Palácio da Agronômica – o trabalho das equipes da Justiça e Segurança Pública que acompanharam gravações telefônicas entre criminosos, entre advogados e presos, e que prepararam o plano que <strong>de</strong>pois foi levado ao Ministério da Justiça. “Foram noites difíceis, porque você ouve as gravações e você ‘vê’ as ameaças: ‘queima isso, queima aquilo’”, conta o governador nesta entrevista exclusiva para os Jornais da Adjori/SC. Colombo sofreu muitas críticas por seu silêncio, que dava impressão <strong>de</strong> uma paralisia do Governo ante a crise e agora <strong>de</strong>sabafa: “O sigilo nesse momento foi uma arma importante, fundamental. Houve muitas críticas pessoais, muitos aproveitadores, mas é um preço a pagar e não havia outra saída. Você sacrifica a popularida<strong>de</strong>, para ter uma operação com credibilida<strong>de</strong>”. No dia 16 <strong>de</strong> fevereiro a megaoperação para acabar com os atentados, uma das maiores já ocorridas no Brasil, foi para as ruas, com prisões, transferências <strong>de</strong> presos para fora e <strong>de</strong>ntro do estado, e a chegada da Força Nacional. O governador fala sobre o antes, o durante e as ações que já <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ssa segunda onda <strong>de</strong> ataques. Adjori - Quando o senhor tomou conhecimento dos primeiros atentados, no fim <strong>de</strong> janeiro, quais foram as primeiras medidas? Raimundo Colombo - A gente percebeu que eles tinham as mesmas características do que tinha ocorrido em novembro. Então, nós tínhamos que usar <strong>de</strong> forma muito rápida o serviço <strong>de</strong> inteligência. E essa foi a primeira medida que se organizou em torno da secretária Ada, e <strong>de</strong> todas as unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> inteligência do Governo Estadual e do Governo Fe<strong>de</strong>ral. Nós captamos todas as informações e quando as obtive fui a Brasília. Em conversa com o ministro da Justiça relatei a situação e ele percebeu a gravida<strong>de</strong>. Adjori – Mas o senhor levou um plano ao ministro? Colombo - Eu levei uma proposta <strong>de</strong> ação e fizemos um cronograma. Naquele dia já ficou ajustada a presença da Força Nacional e nós teríamos que agir no mesmo momento na transferência dos presos e <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 100 prisões, que já estavam i<strong>de</strong>ntificadas. Mas havia o Carnaval. Nós não teríamos como fazer esta operação antes ou durante o Carnaval, consi<strong>de</strong>rando o alto risco. Então, nós tivemos <strong>de</strong> passar a imagem <strong>de</strong> que a gente não sabia o que fazer para po<strong>de</strong>r vencer esse <strong>de</strong>safio. Adjori – O que aconteceu logo <strong>de</strong>pois? Colombo - Eu procurei o presi<strong>de</strong>nte do Tribunal <strong>de</strong> Justiça, o procurador geral <strong>de</strong> Justiça e outras autorida<strong>de</strong>s e relatei aquilo que eu podia relatar sobre a situação. Evi<strong>de</strong>ntemente que para você fazer um inquérito, fazer um pedido <strong>de</strong> prisão, você precisa ter a gravação telefônica ou você precisa ter elementos <strong>de</strong> prova. E esse inquérito precisa ter autorização da Justiça. Essa era uma estratégia. Para transferir os presos para unida<strong>de</strong> fe<strong>de</strong>ral também é preciso autorização da Justiça. Aí você tem <strong>de</strong> buscar todos os elementos <strong>de</strong> prova. Isso tudo estava em andamento em paralelo com o serviço <strong>de</strong> inteligência, <strong>de</strong> tal forma que nós conseguimos dar andamento na operação no sábado <strong>de</strong> manhã (16 <strong>de</strong> fevereiro). Mas até lá, houve uma fase dura. Trabalhamos muito <strong>de</strong> madrugada, ouvindo gravações... Adjori – A tensão <strong>de</strong>via ser gran<strong>de</strong>, ouvindo as ameaças... Colombo – Foram noites difíceis, porque você ouve as gravações e você “vê” as ameaças: “queima isso, queima aquilo”. Adjori – O senhor ouviu muitas gravações? Colombo - Sim, ouvi e recebi o relatório <strong>de</strong> tudo. E isso vai trazendo junto uma carga <strong>de</strong> emoção, porque aí a polícia vai para tal lugar, cria expectativa, não acontece nada. Mas até você ter isso claro, “olha vamos fazer ataque aqui, ataque lá”, isso tudo tem uma carga <strong>de</strong> emoção muito forte e uma responsabilida<strong>de</strong> enorme, porque cabe a nós não <strong>de</strong>ixar que isso ocorra. Então essas informações chegavam numa carga muito forte. E o nosso pessoal trabalhando, <strong>de</strong>codificando, i<strong>de</strong>ntificando tudo isso. O duro é chegar <strong>de</strong>pois, quando termina tudo isso, começa o dia e alguém liga e diz “olha, não aconteceu nada”. E a gente passou esse tempo todo, nossa força policial fortemente armada, cuidando disso. Mas a gente sabia que iria virar o jogo e que o sigilo era fundamental. Nós não podíamos falar que essa operação iria ser feita, nós não podíamos contar que iríamos pren<strong>de</strong>r quase 100 pessoas, nem da transferência <strong>de</strong> presos. Então o governo se articulou bem com relação ao sigilo e a operação está tendo gran<strong>de</strong> êxito. Adjori – Sem violência... Colombo - Uma coisa que fica marcada é a seguinte: além <strong>de</strong> Colombo: “A gente sabia que iria virar o jogo e que o sigilo era fundamental. Nós não podíamos contar que iríamos pren<strong>de</strong>r quase 100 pessoas, nem da transferência <strong>de</strong> presos. Nos articulamos bem quanto ao sigilo e estamos tendo êxito” uma morte <strong>de</strong> um criminoso em Joinville, houve dois feridos e um cidadão que teve queimaduras no corpo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um ônibus. Mas na operação policial não houve um tiro sequer! Foi o maior número <strong>de</strong> prisões da história <strong>de</strong> Santa Catarina e o maior número <strong>de</strong> transferências. Então, o sigilo nesse momento foi uma arma importante, fundamental. Adjori - Houve um certo momento em que se dizia que havia lentidão para tomar as medidas. Pelo jeito, o Carnaval “atrapalhou”, mas não impediu que a megaoperação... Colombo - Foi tudo muito rápido, houve agilida<strong>de</strong> e eficiência. É que para você fazer todos os elementos <strong>de</strong> prova nós trabalhamos com nossas equipes 24 horas e eu tenho muito orgulho do <strong>de</strong>sempenho do nosso pessoal. Então as pessoas falam, “mas tinha que ter agido antes”. Mas durante o Carnaval não era possível fazer. E tinha <strong>de</strong> haver sigilo. Houve muitas críticas pessoais, muitos aproveitadores, mas é um preço a pagar e não havia outra saída. Você sacrifica a popularida<strong>de</strong>, para ter uma operação com credibilida<strong>de</strong>. E hoje todo mundo enxerga que a atuação foi correta e que tinha <strong>de</strong> ser assim. Receber críticas faz parte do jogo. O importante é você fazer a coisa tecnicamente a<strong>de</strong>quada e correta. Adjori - Nos outros estados, as pessoas perguntam: por que essa onda em Santa Catarina? Colombo - São diversos fatores. Houve um endurecimento <strong>de</strong>ntro das unida<strong>de</strong>s prisionais e também houve excessos que estão sendo punidos, como é o caso <strong>de</strong> Joinville, com características <strong>de</strong> tortura, o que é inaceitável. Pessoas estão sendo punidas por isso. Houve um enfrentamento do crime organizado, aquela prisão da advogada foi um problema grave para eles, e nós fizemos várias ligações <strong>de</strong>ntro das comunida<strong>de</strong>s com um número <strong>de</strong> prisões muito gran<strong>de</strong>. Tanto é que o Verão <strong>de</strong> Santa Catarina foi o mais tranquilo dos últimos 25 anos. No Carnaval também não houve nenhum inci<strong>de</strong>nte. Isso é resultado da eficiência da polícia. E isso gerou reações. Uma das causas também foi que abrimos oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho para os presos. Aí eles saem da influência dos comandantes do crime organizado e passam a ter vida própria. Passam a trabalhar, a ter um salário, motivação pessoal. As empresas garantiram um ano <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>pois que terminar a pena. Assim essas pessoas <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser massa <strong>de</strong> manobra. Isso foi uma das causas da reação. Adjori - No bojo dos planos da megaoperação, houve também uma série <strong>de</strong> medidas administrativas na área <strong>de</strong> Justiça e Segurança. Colombo - Aumentamos nosso efetivo e realizamos concurso para mais <strong>de</strong> 1.500 policiais militares e mais também na Polícia Civil, além <strong>de</strong> mais 300 agentes penitenciários. Também temos hoje mais <strong>de</strong> 1.400 câmeras <strong>de</strong> vigilância e elas dão uma ajuda importante. Até o final do ano serão três mil. Nós fizemos, em dois anos, seis unida<strong>de</strong>s novas no sistema prisional e ainda vamos abrir mais 6.500 vagas nos próximos dois anos. Ou seja, vamos para quase nove mil vagas em dois anos. Estamos fortalecendo a Segurança para enfrentar situações como essa, porque infelizmente essas questões vêm com o <strong>de</strong>sajuste da socieda<strong>de</strong>: é uma crise moral, drogas e isso tudo reflete uma realida<strong>de</strong>. Há 10 anos tínhamos sete mil <strong>de</strong>tentos. Hoje são 17 mil. Veja que número agressivo! Adjori - Está começando agora um mutirão da Justiça para ver a situação dos presos. O que que vai resultar <strong>de</strong>ste trabalho? Colombo – Serão muitas transferências. E nós temos cerca <strong>de</strong> cinco mil <strong>de</strong>tentos <strong>de</strong> crimes que são <strong>de</strong> baixo risco e que, pela legislação, estão presos. Desse grupo, nós vamos avaliar caso a caso. Aqueles <strong>de</strong> menor periculosida<strong>de</strong>, infelizmente, acabam sendo vítimas do crime organizado. Para eles nós temos uma alternativa nova, um tratamento diferenciado. É claro que isso precisa ser visto com a Justiça: estão vindo 15 técnicos da Defensoria Pública fe<strong>de</strong>ral, e nós vamos colocar toda nossa equipe para fazer um estudo profundo <strong>de</strong>sses cinco mil. Mas não tem nenhuma pessoa que já tenha cumprido pena que ainda esteja presa. Absolutamente nenhuma. Adjori - Ao mesmo tempo que os atentados ganhavam manchetes, o senhor lançava o Pacto por SC. O que é esse Pacto? Colombo - Conseguimos um volume <strong>de</strong> recursos para fazer investimentos que nunca na história <strong>de</strong> Santa Catarina se conseguiu antes. São mais <strong>de</strong> R$ 7 bilhões em contratos já firmados. Quase R$ 3 bilhões são da malha rodoviária, para duplicar rodovias, fazer terceira pista, novas rodovias alternativas. Nós temos um pacto na área da Saú<strong>de</strong> muito gran<strong>de</strong>, com a construção <strong>de</strong> novos hospitais e a ampliação <strong>de</strong> muitos também, com fortalecimento das regiões. São R$ 500 milhões na Educação. Na Segurança é um investimento muito gran<strong>de</strong> e na Justiça e na área social também. Tem outro projeto enorme <strong>de</strong> quase R$ 1 bilhão para a Defesa Civil, para evitar enchentes e calamida<strong>de</strong>s. Todas essas obras todas estão começando agora. Em março vamos lançar quase 50, em abril quase 70, e elas estão seguindo seu fluxo <strong>de</strong> realização. Santa Catarina vai se transformar num gran<strong>de</strong> canteiro <strong>de</strong> obras.
- MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2013 .................................................................................................. Hoje (02) quem comemora o seu aniversário é a Bruna Stieler... Parabéns pelo seu aniversário. Felicida<strong>de</strong>s a você! O gran<strong>de</strong> show nacional com Luan Santana acontecerá em São Miguel do Oeste no dia 16 <strong>de</strong> março. Corra até os pontos <strong>de</strong> venda e adquira já o seu ingresso! Vai ser imperdível... Divulgação Fotos: Arquivo pessoal Renata Teresa Mattia E-mail: vip@jornaloli<strong>de</strong>r.com.br Parabéns à empresária Gelci Weber que comemora mais um ano <strong>de</strong> vida na próxima quarta-feira (06). Muitas felicida<strong>de</strong>s, saú<strong>de</strong> e sucesso!!! Na próxima segunda-feira (04) o garotão Felipe Honaiser comemora mais um ano <strong>de</strong> vida! Muitas felicida<strong>de</strong>s... Fotos: Foto Zanotto /07 A pequena Julia comemora amanhã (03) seu 2º aninho. Os papais Junior e Liciane estão cada dia mais felizes com a presença <strong>de</strong>sta princesinha... Muitas felicida<strong>de</strong>s para toda a família! "Palavras só ligam pessoas que tem sintonia." (Max Frisch) Aos nossos leitores um excelente final <strong>de</strong> semana!
- Page 2 and 3: A/02 ..............................
- Page 4 and 5: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 6 and 7: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 8 and 9: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 10 and 11: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 12 and 13: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 14 and 15: RICARDO TORRES Para dar continuidad
- Page 16 and 17: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 18 and 19: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 20 and 21: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 22 and 23: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 24 and 25: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 26: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 31 and 32: CLASSIFICADOS O LÍDER - 02 DE MAR
- Page 33 and 34: IMÓVEIS 1.2 - Aluguel ALUGA-SE MOR
- Page 35 and 36: IMÓVEIS 1.5 - TERRENO VENDE-SE TER
- Page 37 and 38: VENDE-SE ASTRA ano 2011, completo v
- Page 39: DIVERSOS 3.10 - GERAL VENDE-SE FOG
- Page 43 and 44: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 45 and 46: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 47 and 48: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 49 and 50: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 51 and 52: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 53 and 54: ...................................
- Page 55 and 56: ...................................
- Page 57 and 58: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 59 and 60: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 61 and 62: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2
- Page 63: - MARAVILHA - SC, 02 DE MARÇO DE 2