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Identidade nacional e Educação: um olhar sobre as idéias ... - Aslegis

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Cadernos ASLEGIS<br />

Nº 28 - janeiro/abril de 2006<br />

norteadores da organização da obra, parte que mais nos interessa analisar.<br />

Santos e Monteiro (2002) arg<strong>um</strong>entam que esses autores compartilhavam<br />

da intenção de difundir elementos que, à época, eram entendidos como<br />

fundamentais para a formação de <strong>um</strong>a identidade <strong>nacional</strong>: a delimitação<br />

do território br<strong>as</strong>ileiro, o p<strong>as</strong>sado com<strong>um</strong> aos seus habitantes e comunhão<br />

de sentimentos e valores de seu povo.<br />

Ao redigirem a introdução, os autores revelam su<strong>as</strong> intenções<br />

sem imaginar que a obra seria utilizada em escol<strong>as</strong> do Br<strong>as</strong>il por mais de<br />

40 anos. Expressaram a exata noção do entendimento que tinham acerca<br />

da abrangência do trabalho e d<strong>as</strong> necessidades do ensino básico,<br />

afirmando que “a escola primária deve ensinar muito mais do que aqui<br />

[no livro Através do Br<strong>as</strong>il] se contém, e muito mais do que possa conter<br />

em qualquer livro de leitura” (Bilac, 2000, p.43).<br />

Concebiam o professor como <strong>um</strong> mediador que orient<strong>as</strong>se os<br />

alunos até que encontr<strong>as</strong>sem seus caminhos. Sobre isso manifestam a<br />

opinião de que “... é ele [o professor] quem principalmente deve levar a<br />

criança a aprender por si mesma, isto é: a por em contribuição tod<strong>as</strong> <strong>as</strong><br />

su<strong>as</strong> energi<strong>as</strong> e capacidades” (Idem, p.45). Outro <strong>as</strong>pecto que ressaltam,<br />

diretamente ligado à identidade <strong>nacional</strong>, é a dimensão emocional,<br />

referente às crenç<strong>as</strong> e valores que criam vínculos entre os habitantes de<br />

<strong>um</strong> mesmo território ou aos participantes de <strong>um</strong>a mesma cultura. Sobre<br />

isso se manifestam divers<strong>as</strong> vezes, explicando o porquê de conceberem<br />

<strong>um</strong>a narrativa envolvente:<br />

Segundo esse modo de entender, o nosso livro de leitura<br />

oferece b<strong>as</strong>tantes motivos, ensejos, oportunidades, convivênci<strong>as</strong><br />

e <strong>as</strong>suntos, para que o professor possa dar tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> lições, sugerir<br />

tod<strong>as</strong> <strong>as</strong> noções e desenvolver todos os exercícios. (Idem, p.45)<br />

E quisemos que este livro fosse <strong>um</strong>a grande lição de energia, em<br />

grandes lances de afeto. Suscitar a coragem, harmonizar os esforços e<br />

cultivar a bondade – eis a fórmula da educação h<strong>um</strong>ana.(Idem, p 46)<br />

É interessante observar a ênf<strong>as</strong>e que deram aos <strong>as</strong>pectos<br />

afetivos, tanto relacionados com a educação formal quanto à sua<br />

concepção de identidade <strong>nacional</strong>. Um terceiro elemento que surge na<br />

arg<strong>um</strong>entação introdutória do livro é a visão de criança e escola que<br />

tinham. Os textos a seguir indicam :<br />

Esta lição é desenvolvida de forma acessível à mentalidade<br />

do aluno, e apelando sempre para o seu próprio raciocínio e para<br />

a sua observação. (Idem, p.49)<br />

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