Guia de Multiplicação da Igreja - Paul-Timothy

está preocupado com as boas novas da salvação em Jesus Cristo. Alguns a rejeitarão, mas cada
um está preocupado com isso.
Deus não vê as pessoas como indivíduos isolados. Ele vê aquele que busca como parte de
uma extensa rede de amigos e parentes. Exceto os eremitas que se isolam do mundo, cada pessoa
tem tais redes. Para imitar a Jesus em Sua encarnação, os crentes devem sair de seus edifícios de
igreja e de seus complexos missionários para trabalhar com as pessoas, ao invés de desenvolver
grandes e extensos programas para atrair as pessoas para a igreja. Você deve trabalhar dentro das
estruturas familiares e sociais, ao invés de sempre trazer os novos crentes à sua própria
organização para encontrar Jesus. Você deve gastar tempo com eles em seus lares, ouvindo-os e
dando-lhes um modelo para evangelizar que eles possam imitar e passar adiante para seu povo.
Tal evangelismo “incarnacional” imita Jesus, que se esvaziou a Si mesmo de Sua glória e
poder divinos para se tornar um homem, para experimentar as coisas de nosso ponto de vista,
para identificar-se com a cultura judaica, e aproximar de Si os “pecadores e coletores de
impostos”. Similarmente, você deve esvaziar a si mesmo de seus preconceitos culturais e
aproximar-se daqueles de outras culturas. Você deve trabalhar dentro das existentes redes de
relacionamentos, dentro de famílias e com as redes de amigos dos novos crentes e “buscadores”.
Patterson explica como ele usou tal abordagem em uma comunidade:
Quando nós penetramos uma cidade pela primeira vez com o evangelho, nós descobrimos
que não é sábio alugar uma sala para reuniões e convidar as pessoas para virem onde nós
estamos no controle de tudo. Nós nos sentimos seguros, mas eles podem não se sentir.
Em uma noite de Natal, por exemplo, ao invés de convidá-los para uma celebração em
uma sala alugada, nós os visitamos em seus lares e nos unimos a eles em suas
festividades. Bem, não em todas as suas festividades! Nós nos tornamos “vulneráveis”.
Nós levamos para eles um bom cozido e alguns outros sinais de amizade, ao invés de
convidá-los para uma reunião “estrangeira” sem seus amigos e familiares, onde eles
teriam se sentido desconfortáveis.
Um inimigo deste tipo de evangelismo incarnacional é o desejo do missionário de controlar
o processo, erroneamente querendo evangelizar onde ele se sente seguro e pode fazer tudo de sua
maneira. Ele quer convidar aqueles que buscam a Deus e os novos crentes para sua casa, ou para
o lugar que ele aluga ou um restaurante onde ele pode pagar a conta, de maneira que ele
permanece no controle. O missionário pode achar isso fácil, mas os que buscam se sentem
inseguros. Assim, ele os extrai de sua rede de amigos e familiares e os traz para uma nova rede
social que ele mesmo criou. Tal evangelismo por extração jamais foi a maneira de Jesus ou dos
apóstolos. Eles evangelizaram onde não estavam no controle. Pedro evangelizou a rede social de
Cornélio sob o teto de Cornélio. Cornélio era um italiano, então Pedro e seus co-obreiros judeus
não comeram comida judaica por diversos dias na casa de Cornélio. Os cristãos judeus em
Jerusalém ralharam com Pedro por causa disso (Atos 11.1-18). Deus tinha dado a Pedro uma
visão perturbadora para prepará-lo para isso.
Pergunte a Deus como você pode ajudar seu povo a ver como Ele quer
que o evangelho flua através deles para seus parentes e amigos.
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