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1989 Volume XIV, 4, 4º Trimestre - Acta Reumatológica Portuguesa ...

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devem incluir outros profissionais da saúde e outros intervenientes interessados<br />

e interessantes, será, porventura, a única forma de criar uma mancha caracterial<br />

do que queremos. seja a nossa reumatologia. Sem saber o que quer, o<br />

colectivo nada conseguirá realizar.<br />

3. Planeamento coordenado ou a subalternidade habitual: é fundamental<br />

que os novos hospitais centrais (e alguns distritais) em construção ou a<br />

construir, contenham desde o seu planeamento inicial (Direcção Geral das<br />

Construções Hospitalares/Comissões Instaladoras) a previsão de instalação da<br />

valência de Reumatologia em toda a sua extensão, isto é o espaço físico e o<br />

quadro médico e paramédico além da dotação de material diverso (de ensino,<br />

de comunicação, de recuperação, de biblioteca, de secretaria, etc, etc) e dos<br />

canais necessários para o acesso aos serviços centrais complementares considerados<br />

necessários. Depende fundamentalmente de nós, reumatologistas, porocurar,<br />

por todos os meios, influenciar e orientar as entidades responsáveis por<br />

estas determinações. Se assim não for será sempre e cada vez mais a subalternidade,<br />

o favor, a esmola, e a indigência em relação às outras especialidades<br />

médicas.<br />

4. Investigação imaginativa e criadora ou a vulgarização inelutável: não<br />

basta publicar muito e cada vez mais sem ter orientações correctamente<br />

definidas em linhas programáticas de pesquisa. Não basta também publicar<br />

muito mas sem coordenação de esforços e de objectivos, resvalando por um<br />

lado na redundância e por outro nas lacunas da investigação, que é possível<br />

realizar no nosso País. Não se deseja cercear a imaginação e a livre iniciativa,<br />

nada disso, mas tão somente direccionar algum esforço de pesquisa em<br />

sentidos, por vários motivos, até agora esquecidos e/ou abandonados e que se<br />

podem concretizar de forma razoavelmente fácil e pouco onerosa. Este caminho,<br />

que se deseja cooperativo, poderia ser coordenado pela Sociedade <strong>Portuguesa</strong><br />

de Reumatologia (SPR), bastando para tanto reformular a estrutura e as<br />

funções e substituir alguns membros do seu conselho científico para assim o<br />

tornar mais operacional e interventor.<br />

5. Diálogo e comunicação ou a suspeição e o equívoco clássicos: a comunicação<br />

é a única forma de entendimento e o diálogo a sua melhor via para a<br />

compreensão individual. Quanto mais perfeita e completa for a comunicação<br />

(pessoal, familiar, social, institucional, inter-entidades, internacional, etc) melhor<br />

será a informação e, portanto também a relação e/ou o funcionamento<br />

entre as partes. As suspeitas, os mal entendidos, a dúvida e o "diz que disse" só<br />

podem ser eliminados ou superados, se forem atingidos níveis aceitáveis de<br />

comunicação e diálogo, ultrapassados os seus curto-circuitos (propositados ou<br />

acidentais) e evitadas as informações viciadas na forma ou transviadas no<br />

objectivo que por vezes surpreendem o nosso quotidiano.<br />

6. Afirmação persistente ou a asfixia intolerável de sempre: à manutenção<br />

da asfixia sentida a todos os níveis e sob as mais diversas, subtis e perversas<br />

formas, devemos opor a nossa capacidade de afirmação consensual, consistente<br />

e permanente sobre os objectivos traçados e as vias escolhidas para os<br />

alcançar. De outra forma, a manutenção intolerável do "sufoco" diário e<br />

constante, exercido por pessoas e instituições, pode ser tão nociva que<br />

desmotive e desmobilize a vontade de cada um e de todos nós.<br />

ACTA REUMATOLÓGICA PORTUGUESA

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