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saberes disciplinares e experiencias articulados em aulas de biologia

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2 CONCEITO DE FOTOSSíNTESE<br />

2.1 A evolução epist<strong>em</strong>ológica do conceito <strong>de</strong> fotossíntese<br />

A história do conceito <strong>de</strong> fotossíntese, segundo os naturalistas do século XVII,<br />

propunha que as plantas se alimentavam da igualmente os animais retirando seu alimento do<br />

ambiente externo. Diante <strong>de</strong>sta confissão pensamos que o hom<strong>em</strong> nesta época não imaginava<br />

que a massa das plantas fosse constituída <strong>de</strong> algo gasoso, ou seja, do ar. Mas nessa mesma<br />

época o médico belga Jan Baptista Van Helmont (1644), a partir <strong>de</strong> experiências feitas com um<br />

salgueiro <strong>em</strong> um pote, on<strong>de</strong> ele adicionou apenas água, durante cinco anos, mostrou que a<br />

planta chegou a pesar 82 quilos e, da argila do pote só foram consumidas 3 gramas. Com base<br />

nesse experimento Helmont concluiu que a matéria da planta se originava da água e não do<br />

solo, (ALMEIDA, 2005, p. 3-4).<br />

No século XVIII, um outro cientista mostrou que a matéria das plantas provinha <strong>de</strong><br />

outra fonte, que foi a queima <strong>de</strong> gases. O achado que se relacionou com o processo<br />

fotossintético foi <strong>de</strong>scoberto aci<strong>de</strong>ntalmente pelo químico inglês Joseph Priestley, realizou um<br />

experimento com uma folha <strong>de</strong> hortelã, exposta aos gases liberados por uma vela <strong>em</strong> chamas,<br />

observaram após <strong>de</strong>z dias que o ar estava novamente pronto para receber outra vela <strong>em</strong><br />

chamas. Para verificação da restauração do ar puro Priestley expôs um camundongo a esse<br />

mesmo meio, que não foi prejudicial ao mesmo. Daí certificou-se que o vegetal é necessário<br />

para a perenida<strong>de</strong> da vida por possuir a proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> renovação do ar, <strong>em</strong> ar puro<br />

(ALMEIDA, 2005).<br />

A fotossíntese continuou a ser objeto <strong>de</strong> estudo dos cientistas. Entre 1730 e 1799 o<br />

médico holandês Jan Ingenhousz realizou <strong>de</strong>scobertas relevantes <strong>em</strong> relação a esse processo,<br />

<strong>de</strong>scobrira que, a luz é o el<strong>em</strong>ento que proporciona a purificação do ar, cuja purificação não se<br />

realizava no escuro, pois no escuro as plantas exalavam um ar prejudicial aos animais.<br />

Descobrira também que a purificação do ar é uma proprieda<strong>de</strong> inerente às partes ver<strong>de</strong>s das<br />

plantas e que a luz do sol não possui a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar essa purificação sozinha. V<strong>em</strong>os<br />

que a partir <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>scoberta a compreensão <strong>de</strong>ste processo se clarificou caminhando para uma<br />

evolução mais completa (ALMEIDA, 2005). Entretanto <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os levar <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração o que<br />

diz Bachelard (1998. p. 17) <strong>em</strong> relação aos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scoberta e verda<strong>de</strong>s dos fatos:<br />

O conhecimento do real é a luz que s<strong>em</strong>pre projeta algumas sombras.<br />

Nunca é imediato e pleno. As revelações do real são recorrentes. O<br />

real nunca é o que se po<strong>de</strong>ria achar, mas é s<strong>em</strong>pre o que se <strong>de</strong>veria ser

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