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Entrevista com o presidente da - AMARN

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Centro <strong>da</strong> Ribeira<br />

no Alecrim, pois passando a residir <strong>com</strong> o Dr. Alcindo em um<br />

condomínio de luxo no Alto <strong>da</strong> Candelária, passara sua infância<br />

e juventude no aristocrático Bairro do Tirol, estu<strong>da</strong>ndo na refina<strong>da</strong><br />

Escola Doméstica de Natal.<br />

Pouco tempo antes do Dr. Alcindo se aposentar, Ana Julia,<br />

antevendo que não iria desfrutar <strong>da</strong>s regalias que gozava<br />

quando o mesmo fosse defenestrado do serviço público, resolveu<br />

terminar <strong>com</strong> este casamento que não era mais do seu interesse.<br />

Então, resolveu amancebar-se <strong>com</strong> alguém que lhe pudesse<br />

bancar a sua frívola existência, pescando desta vez o deputado<br />

Amarildo Mariz, conhecido <strong>com</strong>o o protetor dos pobres, o qual era<br />

um médico idoso e rico que se elegera parlamentar consultando<br />

e distribuindo remédios de graça para a população pobre do<br />

Estado. sempre depois <strong>da</strong>s sessões <strong>da</strong> Assembléia Legislativa, ao<br />

entardecer, ele caminhava invariavelmente para o Grande Ponto<br />

para conquistar jovens emprega<strong>da</strong>s domésticas, pois o velho<br />

tinha uma tara especial por essas modestas profissionais do lar.<br />

Dalí ele e a sua seduzi<strong>da</strong> rumavam para o bordel dos coqueiros<br />

que ficava entre a Ribeira e as Rocas, já que naquela época ain<strong>da</strong><br />

não tinham chegado em Natal os denominados motéis para<br />

abrigar tais encontros clandestinos, e lá o médico <strong>da</strong> pobreza,<br />

www.amarn.<strong>com</strong>.br<br />

exímio caçador preferencialmente de graciosas antílopes, abatia<br />

<strong>com</strong> avidez aquela assusta<strong>da</strong> gazela que houvera caçado em<br />

pleno centro de Natal. se algum amigo do deputado Amarildo<br />

Mariz se aproximasse dele, por eventuali<strong>da</strong>de, durante a investi<strong>da</strong><br />

que ele estivesse realizando contra alguma operária do lar,<br />

acolá no denominado Grande Ponto, ele mu<strong>da</strong>va repentinamente<br />

de assunto, fingindo que estivesse prescrevendo algum medicamento<br />

para aquela pobre eleitora que o consultara em plena<br />

via púbica.<br />

A <strong>com</strong>borçaria de Ana Júlia <strong>com</strong> o deputado Amarildo durou<br />

pouco tempo, pois ele teve uma trombose que lhe mutilou<br />

a vi<strong>da</strong>, prendendo-o a uma cadeira de ro<strong>da</strong>s, ficando impedido<br />

de <strong>com</strong>parecer às sessões do parlamento onde ele representava<br />

os seus eleitores, ao seu consultório onde clinicava de graça para<br />

seus pacientes e, obviamente, ao Grande Ponto, onde exercia to<strong>da</strong>s<br />

as tardes sua arte venatória. Ana Júlia, diante <strong>da</strong> situação, lhe<br />

foi categórica:<br />

- Amarildo, eu vou me man<strong>da</strong>r atrás de outro bofe novo e<br />

rico que me sustente, pois agora você é um velho imprestável,<br />

entravado em uma cadeira de ro<strong>da</strong>s e sexualmente borocoxô<br />

que deveria ir para o asilo.<br />

Ritos 41

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