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Entrevista com o presidente da - AMARN

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Rua Chile, na Ribeira<br />

- Mas <strong>com</strong>o você pode me abandonar neste momento de<br />

minha vi<strong>da</strong> em que eu mais preciso de você!<br />

- Não nasci para ser enfermeira de velho paralítico.<br />

- Você não tem medo de ser castiga<strong>da</strong> por Deus por ser tão<br />

mal agradeci<strong>da</strong>, desumana e cruel?<br />

- que na<strong>da</strong>, ain<strong>da</strong> sou coco que dá bastante leite!<br />

Mas Ana Julia, tempos depois, não teve destino muito diferente<br />

do fado do Dr. Amarildo porquanto, no final <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>,<br />

tendo ficado sem eira e nem beira pois não tinha mais i<strong>da</strong>de<br />

para seduzir os homens, foi recolhi<strong>da</strong> ao Retiro <strong>da</strong>s Enjeita<strong>da</strong>s,<br />

uma oNG que recolhia órfãs, moradoras de rua e pistoleiras<br />

cujas pólvoras <strong>da</strong>s respectivas pistolas não mais queimavam...<br />

Rosenildo que era o marido de Ana Julia antes desta trocá-<br />

-lo pelo ministro, trabalhara durante vinte anos para o Dr. osvaldo<br />

Farildo, mas fora demitido pelo mesmo, recebera todos<br />

os seus direitos trabalhistas, mu<strong>da</strong>ndo-se para a Zona Norte de<br />

Natal onde montou seu próprio negócio, exercendo <strong>com</strong> esmero<br />

a técnica de converter a farinha de trigo em pão que aprendera<br />

na empresa do seu antigo patrão. Passou a conviver <strong>com</strong> salésia,<br />

uma prima neurótica que migrara de são Paulo para Natal, a<br />

qual houvera se divorciado do seu marido, bissexual assumido,<br />

que deixara salésia para conviver <strong>com</strong> o seu namorado, porta-<br />

-bandeira <strong>da</strong> escola de samba do salgueiro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de do Rio de<br />

Janeiro, tendo-o conhecido no carnaval <strong>da</strong>quela ci<strong>da</strong>de maravilhosa.<br />

um certo dia, quando salésia retornava para a ci<strong>da</strong>de<br />

de são Paulo, depois de passar umas férias de janeiro <strong>com</strong> sua<br />

família aqui em Natal, encontrou na cabeceira do leito nupcial<br />

do casal, dentro do seu lar naquela capital paulista, uma carta de<br />

adeus do seu marido, revelando-lhe que houvera se apaixonado<br />

perdi<strong>da</strong>mente pelo seu namorado carnavalesco, <strong>com</strong> quem iria<br />

convolar bo<strong>da</strong>s, edificando assim a sua nova família.<br />

Rosenildo manteve a pequena pa<strong>da</strong>ria na Zona Norte de<br />

Natal sempre <strong>com</strong> aju<strong>da</strong> de salésia que era uma mulher diligente<br />

até que, não suportando os freqüentes assaltos de que era<br />

vítima sem que a in<strong>com</strong>petência dos agentes de segurança pública<br />

do Estado resolvesse o problema, decidiu vender o seu fundo<br />

de <strong>com</strong>ércio aposentando-se <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de de padeiro. Ain<strong>da</strong><br />

continuou residindo algum tempo em Natal, convivendo <strong>com</strong><br />

salésia, tolerando <strong>com</strong> uma paciência monástica a sua personali<strong>da</strong>de<br />

psicopática que antes de se unir a ela a desconhecia por<br />

42 Ritos www.amarn.<strong>com</strong>.br

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