EducAção 5 - SME/DOT - Secretaria Municipal de Educação
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Nós, educadores e educadoras, como temos nos comprometido<br />
com a gestão do Projeto Político Pedagógico da nossa Unida<strong>de</strong><br />
Educacional?<br />
Os questionamentos se fazem necessários, pois temos atravessado,<br />
especialmente nos últimos vinte anos, momentos na história brasileira <strong>de</strong><br />
gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios sociais e políticos, para firmar nossas reivindicações <strong>de</strong><br />
direitos como cidadãos. Contextualizadas no momento histórico, político e<br />
social, das décadas <strong>de</strong> 1970 e 1980, ocorreram gran<strong>de</strong>s mobilizações da<br />
população por meio <strong>de</strong> movimentos sociais e populares tais como: o contra a<br />
carestia, o <strong>de</strong> moradia, por saú<strong>de</strong>, por educação, por creches.<br />
É importante distinguir direitos humanos – inerentes a toda<br />
pessoa humana – dos direitos do cidadão, que po<strong>de</strong>m variar <strong>de</strong> acordo com leis e vínculos <strong>de</strong><br />
nacionalida<strong>de</strong> (Benevi<strong>de</strong>s, 1994:8)<br />
Nesse mesmo período, houve a intensificação das reivindicações da<br />
população que lutava por mais participação nas instâncias <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões do<br />
po<strong>de</strong>r público, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> eleições diretas <strong>de</strong> diretores <strong>de</strong> escola até presi<strong>de</strong>nte da<br />
república. (Camargo, 1997).<br />
Muitas foram as formas <strong>de</strong> organização para viabilizar a participação.<br />
Os conselhos, inclusive o <strong>de</strong> escola, surgiram nessa perspectiva, apresentando<br />
avanços e retrocessos, <strong>de</strong> acordo com os princípios das administrações<br />
municipais que se suce<strong>de</strong>ram.<br />
Tomaremos aqui como exemplo o Conselho <strong>de</strong> Escola, que no seu<br />
início tinha um caráter consultivo e, na gestão 89 - 92, adquiriu caráter<br />
<strong>de</strong>liberativo e tem hoje, garantido legalmente aos seus representantes a<br />
participação nas tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões da escola, um verda<strong>de</strong>iro palco <strong>de</strong><br />
disputas <strong>de</strong> interesses dos diferentes segmentos. Entretanto, <strong>de</strong> um modo<br />
geral, não tem garantido condições <strong>de</strong> igualda<strong>de</strong> aos participantes.<br />
Retomar a construção crítica <strong>de</strong> uma cidadania cada vez mais<br />
participativa, com cidadãos comprometidos com suas comunida<strong>de</strong>s é ação que<br />
se <strong>de</strong>ve fazer no chão da Unida<strong>de</strong> Educacional. Para tanto, necessitamos <strong>de</strong><br />
diretores, coor<strong>de</strong>nadores, vigias, agentes escolares, professores, auxiliares <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento infantil e famílias, ou seja, educadores e educadoras, que se<br />
comprometam em construir permanentemente a participação crítica e ativa <strong>de</strong><br />
todos os segmentos envolvidos com suas práticas educacionais.<br />
Esse fazer é difícil mas necessário. A história brasileira tem<br />
conduzido as relações humanas, respaldada em valores autoritários, acríticos,<br />
por meio <strong>de</strong> gestões verticalizadas, sustentadas por po<strong>de</strong>res econômicos,<br />
políticos e privilégios, portanto, muito distante da dimensão da realização<br />
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