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i Éder Ricardo de Moraes Efeito diferencial do veneno do escorpião ...

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aminoáci<strong>do</strong> é a cisteína ou a serina (Satin et al., 1992; Akopian et al., 1996). Esta<br />

diferença é importante para a ligação <strong>de</strong> TTX porque a mutação C374Y aumenta<br />

dramaticamente a afinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> canais NaV1.5 pela TTX (Satin et al., 1992). No texto<br />

abaixo, serão consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s canais TTX-R quan<strong>do</strong> forem resistentes a tetro<strong>do</strong>toxina<br />

em concentrações superiores a 10 µM. Estes canais são dividi<strong>do</strong>s em três classes <strong>de</strong><br />

correntes iônicas toman<strong>do</strong> como base suas proprieda<strong>de</strong>s biofísicas.<br />

Uma <strong>de</strong>ssas classes, que agrupa correntes TTX-R rápidas (Scholz et al., 1998),<br />

apresenta proprieda<strong>de</strong>s biofísicas semelhantes às das correntes TTX-S, com um<br />

baixo ponto médio <strong>de</strong> ativação e velocida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ativação e inativação relativamente<br />

rápidas. Vários estu<strong>do</strong>s têm mostra<strong>do</strong> que estas classes <strong>de</strong> correntes apresentam<br />

proprieda<strong>de</strong>s biofísicas e farmacológicas compatíveis com as correntes geradas por<br />

canais NaV1.5 (Lai et al., 2004).<br />

Outra classe <strong>de</strong> correntes TTX-R, que tem si<strong>do</strong> referida como TTX-R1, exibe<br />

proprieda<strong>de</strong>s biofísicas bem distintas das correntes TTX-S (Ogata e Tatebayashi,<br />

1993, Rush et al., 1998). O ponto médio da ativação <strong>de</strong>ssa corrente é alto (mais<br />

positivo que -36mV). Além disso, a cinética da ativação e inativação <strong>de</strong>ssas<br />

correntes é relativamente lenta, mas essa se recupera da inativação rapidamente<br />

(Ogata e Tatebayashi, 1993). Pelo fato <strong>de</strong>ssas correntes continuarem disponíveis<br />

para a ativação durante <strong>de</strong>spolarização sustentada <strong>de</strong> membrana e se recuperarem<br />

rapidamente da inativação com hiperpolarização da membrana, essas correntes<br />

po<strong>de</strong>m sustentar ativida<strong>de</strong> enquanto outros subtipos <strong>de</strong> canais estão inativa<strong>do</strong>s<br />

(Elliott e Elliott, 1993). Existem evidências que sugerem que canais NaV1.8 são<br />

isoformas responsáveis pela corrente TTX-R1 (Rush et al., 1998)<br />

Existe ainda uma outra classe <strong>de</strong> correntes TTX-R. Essas correntes têm<br />

características biofísicas peculiares comparadas às outras famílias <strong>de</strong> canais para<br />

sódio ativa<strong>do</strong>s por voltagem. Elas apresentam um ponto médio <strong>de</strong> ativação muito<br />

baixo (entre -90 e -70 mV) e uma curva <strong>de</strong> inativação no esta<strong>do</strong> estacionário com um<br />

ponto médio em valores próximos a -44 mV (Cummins et al., 1999). Essas duas<br />

proprieda<strong>de</strong>s geram corrente persistente que po<strong>de</strong> contribuir para a <strong>de</strong>terminação <strong>do</strong><br />

potencial <strong>de</strong> repouso e para a <strong>de</strong>spolarização associada a estímulos sublimiares<br />

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