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i Éder Ricardo de Moraes Efeito diferencial do veneno do escorpião ...

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6.1. Sensibilida<strong>de</strong> ao <strong>veneno</strong>:<br />

Habitualmente aceitamos que as características eletrogênicas <strong>de</strong> células excitáveis<br />

são <strong>de</strong>senvolvidas pelo canal para sódio, mas temos que consi<strong>de</strong>rar que não é o<br />

papel <strong>de</strong> um único tipo <strong>de</strong> canal. Atualmente admitimos que a existência <strong>de</strong> múltiplas<br />

isoformas <strong>de</strong> canais para sódio ativa<strong>do</strong>s por voltagem estão presentes e distribuídas<br />

pela superfície da membrana celular <strong>de</strong> corpos neuronais <strong>do</strong>s DRG (Catterall et al.,<br />

2005). De acor<strong>do</strong> com os nossos resulta<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>mos admitir que nossa preparação<br />

possui <strong>do</strong>is tipos <strong>de</strong> canais para sódio em relação à sensibilida<strong>de</strong> a TTX. Segun<strong>do</strong> a<br />

caracterização realizada por Rush et al., (2007) distribuídas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>stes <strong>do</strong>is tipos<br />

é possível encontrar as isoformas TTX-S NaV1.1, NaV1.6 e NaV1.7 e TTX-R NaV1.8 e<br />

NaV1.9 em neurônios DRG. A associação <strong>de</strong>stas isoformas exibe um misto <strong>de</strong> suas<br />

características durante registros eletrofisiológicos.<br />

A existência <strong>de</strong> um único aminoáci<strong>do</strong> em posições <strong>de</strong>finidas para cada isoforma<br />

confere sensibilida<strong>de</strong> ou resistência a TTX. Estes canais são separa<strong>do</strong>s<br />

farmacologicamente pela adição às soluções <strong>de</strong> perfusão <strong>de</strong> 0,25 - 1µM <strong>de</strong> TTX.<br />

Toxinas α <strong>de</strong> escorpiões que provocam inativação lenta se ligam ao sítio 3 <strong>do</strong> canal<br />

para sódio, o mesmo sítio ao qual se ligam as toxinas <strong>de</strong> anêmonas, que também<br />

provocam inativação lenta (Catterall, 1980; Rogers, et al., 1996). Os aminoáci<strong>do</strong>s<br />

que compõem o sítio 3 po<strong>de</strong>m ser distribuí<strong>do</strong>s ao longo da seqüência primária <strong>do</strong><br />

canal, e presumidamente são manti<strong>do</strong>s juntos quan<strong>do</strong> a proteína se <strong>do</strong>bra para<br />

<strong>de</strong>ntro da membrana. Várias porções extracelulares <strong>do</strong> canal têm si<strong>do</strong> implicadas na<br />

formação <strong>do</strong> sítio 3, incluin<strong>do</strong> a alça que conecta os segmentos 3 e 4 <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio IV.<br />

Estu<strong>do</strong>s sobre mutações têm mostra<strong>do</strong> que um resíduo glutamato nesta região<br />

(E1613 em NaV1.2 <strong>de</strong> ratos) é essencial para a ligação da toxina α <strong>de</strong> <strong>escorpião</strong><br />

(LqTx – toxina <strong>de</strong> Leiurus quinquestriatus quinquestriatus; Rogers et al., 1996),<br />

levan<strong>do</strong>-nos a examinar a seqüência <strong>do</strong>s canais resistentes a TTX em neurônios<br />

DRG para verificar as diferenças nesta região.<br />

Usan<strong>do</strong> a ferramenta <strong>de</strong> alinhamento <strong>de</strong> seqüência BLAST, nós analisamos as<br />

seqüências homólogas <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os 9 canais para sódio <strong>de</strong> ratos (figura 17). Os<br />

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