i Éder Ricardo de Moraes Efeito diferencial do veneno do escorpião ...
i Éder Ricardo de Moraes Efeito diferencial do veneno do escorpião ...
i Éder Ricardo de Moraes Efeito diferencial do veneno do escorpião ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
não se sabe qual é a seletivida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ssa toxina entre as várias isoformas <strong>de</strong> canal<br />
TTX-R ou entre os canais para sódio e os <strong>de</strong>mais canais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> voltagem.<br />
1.5. SÍTIOS PARA A LIGAÇÃO DE TOXINAS ESCORPIÔNICAS EM CANAIS<br />
PARA SÓDIO.<br />
Dos seis sítios <strong>de</strong> ligação para as toxinas <strong>de</strong>scritos até hoje em canais para sódio,<br />
chama-nos a atenção <strong>do</strong>is sítios relaciona<strong>do</strong>s à ligação <strong>de</strong> toxinas escorpiônicas.<br />
No sítio 3, que compreen<strong>de</strong> a alça extracelular entre os segmentos S3 e S4 <strong>do</strong><br />
<strong>do</strong>mínio IV, ligam-se toxinas <strong>do</strong> tipo α <strong>de</strong> <strong>escorpião</strong>, além <strong>de</strong> toxinas <strong>de</strong> anêmonas e<br />
<strong>de</strong> algumas toxinas <strong>de</strong> aranha (Catterall, 1980). Essas toxinas inibem a inativação<br />
<strong>do</strong>s canais para sódio (Lazdunski, et al., 1986; Meves et al., 1986).<br />
O sítio 4 localiza-se na alça compreendida entre os segmentos S3 e S4 <strong>do</strong> <strong>do</strong>mínio<br />
II, on<strong>de</strong> se ligam toxinas escorpiônicas <strong>do</strong> tipo β. De la Vega e Possani (2007)<br />
propõem um mo<strong>de</strong>lo para explicar a ação <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> toxina nos canais para sódio,<br />
mais especificamente nos sensores <strong>de</strong> voltagem <strong>do</strong> segmento S4. A hipótese <strong>de</strong>stes<br />
autores é a <strong>de</strong> que a toxina se liga ao sensor <strong>de</strong> voltagem acima cita<strong>do</strong> promoven<strong>do</strong><br />
um travamento <strong>de</strong>ste sensor em um esta<strong>do</strong> pré-ativa<strong>do</strong>. Uma vez pré-ativa<strong>do</strong>, uma<br />
segunda <strong>de</strong>spolarização <strong>de</strong> menor amplitu<strong>de</strong> seria capaz <strong>de</strong> abrir o canal, permitin<strong>do</strong><br />
que este canal seja ativa<strong>do</strong> em potenciais mais negativos <strong>do</strong> que acontece na<br />
ausência da toxina.<br />
Segun<strong>do</strong> os mesmos autores, os <strong>veneno</strong>s <strong>de</strong> escorpiões são compostos por<br />
quantida<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>ráveis <strong>de</strong> peptí<strong>de</strong>os que constituem neurotoxinas <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ias<br />
longas (58-76 resíduos <strong>de</strong> aminoáci<strong>do</strong>s, estabiliza<strong>do</strong>s por quatro pontes dissulfeto).<br />
A toxicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes <strong>veneno</strong>s constitui um preocupante problema <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> publica<br />
em nosso país, uma vez que os escorpiões cobrem uma vasta área territorial<br />
(Becerril, et al., 1996).<br />
As toxinas <strong>de</strong> <strong>escorpião</strong> que atuam em canais para sódio <strong>de</strong> mamíferos po<strong>de</strong>m ser<br />
divididas em α- ou β-toxinas. O efeito básico <strong>de</strong> cada toxina atribuí<strong>do</strong> a elas consiste<br />
no local e no efeito causa<strong>do</strong> por sua ligação em diferentes sítios <strong>do</strong> canal (para<br />
22