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Inovação ambiental na gestão de embalagens de bebidas em ...

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Introdução<br />

para aterro. As principais conclusões retiradas <strong>de</strong>ste estudo são: <strong>em</strong> primeiro lugar, a<br />

diferença entre os impactes ambientais da garrafa <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> tara retornável e da<br />

garrafa <strong>de</strong> PVC é mínima, e <strong>em</strong> segundo lugar, os impactes ambientais, das categorias<br />

consi<strong>de</strong>radas, da garrafa <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> tara perdida (mesmo com elevadas taxas <strong>de</strong><br />

reciclag<strong>em</strong>) são bastante superiores aos impactes da garrafa <strong>de</strong> PVC (Lox, F., 1994).<br />

No entanto, <strong>em</strong> relação ao vidro existe um estudo com dados <strong>de</strong> duas companhias<br />

portuguesas, que compara garrafas <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> tara perdida e <strong>de</strong> tara retornável com o<br />

mesmo volume (0,33 L), e que apresenta resultados que indicam que o uso <strong>de</strong> garrafas<br />

<strong>de</strong> tara perdida reduz<strong>em</strong> o consumo <strong>de</strong> energia, água e soda cáustica (Mata, T. e<br />

Costa, C., 1999). Esta situação é explicada, no referido estudo, pela diferença <strong>de</strong> peso<br />

das garrafas, e pelas diferentes linhas <strong>de</strong> enchimento e processos <strong>de</strong> lavag<strong>em</strong><br />

associados aos dois tipos <strong>de</strong> garrafas.<br />

De qualquer maneira, um outro estudo europeu acerca <strong>de</strong> <strong><strong>em</strong>balagens</strong> – “Ecobalances<br />

for policy-making in the domain of packaging and packaging waste”,<br />

apresenta resultados condicio<strong>na</strong>dos pelos volumes das <strong><strong>em</strong>balagens</strong>. Este estudo<br />

a<strong>na</strong>lisou vários tipos <strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> (vidro e PET <strong>de</strong> tara retornável, e<br />

PVC, PET, vidro, cartão para alimentos líquidos, HDPE, aço e alumínio <strong>de</strong> tara<br />

perdida) e vários volumes <strong>de</strong> <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> (0,2 L, 0,25 L, 1,0 L e 1,5 L). Os resultados<br />

obtidos indicam que para o sector das <strong><strong>em</strong>balagens</strong> <strong>de</strong> maior volume (1,0 L e 1,5 L), o<br />

PET <strong>de</strong> tara retornável é o que apresenta menores impactes ambientais, <strong>na</strong>s categorias<br />

consi<strong>de</strong>radas no estudo, seguido pelo vidro <strong>de</strong> tara retornável e pelo cartão para<br />

alimentos líquidos <strong>de</strong> tara perdida. Relativamente às <strong><strong>em</strong>balagens</strong> <strong>de</strong> menor volume<br />

(0,2 L e 0,25 L), o cartão para alimentos líquidos <strong>de</strong> tara perdida é o que apresenta os<br />

melhores resultados <strong>em</strong> termos ambientais, sendo o vidro <strong>de</strong> tara retornável e o PET<br />

<strong>de</strong> tara perdida as alter<strong>na</strong>tivas seguintes. Um outro resultado que se <strong>de</strong>staca <strong>de</strong>ste<br />

estudo é o maior impacte <strong>ambiental</strong> das garrafas <strong>de</strong> vidro <strong>de</strong> tara perdida<br />

comparativamente com os outros tipos <strong>de</strong> <strong><strong>em</strong>balagens</strong>, para as várias análises<br />

efectuadas. Esta situação é justificada pelo maior peso apresentado pelas <strong><strong>em</strong>balagens</strong><br />

<strong>de</strong> vidro e pelo facto <strong>de</strong> estas não ser<strong>em</strong> retornáveis (RDC, Coopers & Lybrand,<br />

1997).<br />

Por outro lado, um outro estudo realizado <strong>na</strong> Grécia, que a<strong>na</strong>lisava os impactes<br />

ambientais <strong>de</strong> várias garrafas <strong>de</strong> água mineral (vidro, PET, PVC e HDPE), apresenta<br />

como principal conclusão que nenhuma das <strong><strong>em</strong>balagens</strong> consi<strong>de</strong>radas tinha o melhor<br />

ou o pior resultado <strong>em</strong> todas as categorias ambientais consi<strong>de</strong>radas (Georgakellos,<br />

Dimitris A., 1997).<br />

Os vários resultados obtidos pelos estudos mencio<strong>na</strong>dos acima, pressupõ<strong>em</strong> que não<br />

existe um tipo <strong>de</strong> material i<strong>de</strong>al, <strong>em</strong> termos ambientais, para todas e quaisquer<br />

<strong><strong>em</strong>balagens</strong> existentes no mercado. Exist<strong>em</strong>, sim, alguns materiais que se a<strong>de</strong>quam<br />

mais a alguns tipos <strong>de</strong> <strong>em</strong>balag<strong>em</strong> do que outros, sendo que esta escolha está s<strong>em</strong>pre<br />

condicio<strong>na</strong>da pelas categorias ambientais a que atribuímos maior importância.<br />

No entanto, uma vez que, entre países exist<strong>em</strong> muitas diferenças <strong>em</strong> termos <strong>de</strong><br />

geografia, sist<strong>em</strong>as e meios <strong>de</strong> transporte, hábitos <strong>de</strong> consumo, processos <strong>de</strong><br />

distribuição, sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> resíduos, etc., os resultados obtidos pelos<br />

vários estudos não po<strong>de</strong>m ser extrapolados para um dado país ou região. Para se obter<br />

um resultado fiável num estudo com estas características é necessário entrar <strong>em</strong> linha<br />

<strong>de</strong> conta com as características e as especificida<strong>de</strong>s do país <strong>em</strong> causa, o que motivou o<br />

presente trabalho.<br />

<strong>Inovação</strong> <strong>ambiental</strong> <strong>na</strong> <strong>gestão</strong> <strong>de</strong> <strong><strong>em</strong>balagens</strong> <strong>de</strong> <strong>bebidas</strong> <strong>em</strong> Portugal 24

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