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las para fundar um pequeno hospício, onde rocebão alguma
inslrucção e educação religiosa os orphàos. que
bem podem vir a chamar-se de S. Pedro; porque foi rc •
zando ao Senhor S. Pedro que esle pensamento nasceu
na minha alma.
O sacrislão-mór entregou então uma folha de papel
ao governador, que, depois de examina-la, e vendo que
era uma subscripção em que elle era convidado a assignar
em primeiro lugar, tomou logo a penna, escreveu
o seu nome, e adiante a quantia de 400#000.
Da casa do governador parlio o sacrislão-mór com os
dous orphãos a fallar ao bispo I). Fr. Antonio de Guadelupe,
que prompiamente assignou na subscripção uma
quantia igual á que assignára o governador.
Depois do bispo seguírão-se os negociantes e homens
e senhoras ricas, que forão contribuindo com esmolas
mais ou menos avultadas, de modo que, no íim de poucos
dias, já se mostrava animadora a colheita para os
orphãos de S. Pedro, e assim achou-se o sacrislão-mór
em circumstancias de realisar a bella obra que linha
concebido, rezando ao Senhor S. Pedro.
Mas aonde, quando, e como principiou esla instituição
é o que não me é possível dizer, porque tanto não pude
conseguir saber, apezar de Iodas as minhas investigações
e de todos os tributos em que puz a paciência e a
memoria dos meus bons informantes.
£ positivo que o bispo D. Fr. Antonio de Guadelupe
não só patrocinou a idea do sacrislão-mór da igreja de
S. Pedro, mas ainda veio a merecer as honras de funda-