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24 de Setembro - Post Milenio

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<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho <strong>de</strong> si! De <strong>24</strong> a 30 <strong>de</strong> <strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> 2010 5<br />

Estamos em<br />

maré <strong>de</strong> Eleições<br />

Autárquicas<br />

Carlos Morgadinho<br />

Já se veêm muitos<br />

cartazes pelos quintais<br />

e janelas do<br />

comércio. Já se assiste<br />

a <strong>de</strong>bates na televisão<br />

com os candidatos, principalmente<br />

os que<br />

procuram a presidência<br />

da Câmara. As promessas,<br />

são promessas<br />

fáceis, no meu ver, pois<br />

muitas são tão difíceis<br />

<strong>de</strong> se cumprir que se<br />

está mesmo a ver que é<br />

para o eleitorado mal<br />

informado, <strong>de</strong>sprevenido<br />

ou obtuso na<br />

matéria.<br />

E verda<strong>de</strong>, verdadinha, já<br />

me expressei sobre isto nalgumas<br />

crónicas dum passado<br />

recente, que este nosso presi<strong>de</strong>nte,<br />

o sr. David Miller, atirou<br />

a cida<strong>de</strong> para um poço, economicamente<br />

falando, segundo<br />

as noticias inseridas nos<br />

matutinos locais, permanentemente<br />

a <strong>de</strong>bater-se com orçamentos<br />

a tinta vermelha e que<br />

levará muitos anos a endireitar<br />

o débito mesmo com aumento<br />

drásticos nos impostos. Até ao<br />

momento, por exemplo, registamos<br />

os actos <strong>de</strong> lançamento<br />

<strong>de</strong> impostos (outra <strong>de</strong>cisão<br />

pouco sensata do nosso premier<br />

Dalton McGuinty) que<br />

levou, e leva ainda, à solução<br />

dos erros, omissões e gastos<br />

exagerados <strong>de</strong> gestão para<br />

aumento dos impostos, sejam<br />

eles no predial, comércio e na<br />

renovação anual do selo da<br />

viatura aos moradores da<br />

cida<strong>de</strong>. Depois vem as obras<br />

públicas com melhoramentos<br />

completamente <strong>de</strong>snecessárias<br />

nas nossas ruas e avenidas, a<br />

ineficiência nos Transportes<br />

Públicos e o incremento do<br />

custo da água e do lixo.<br />

Depois a agravar a indústria<br />

<strong>de</strong> construção civil, esta<br />

que eu chamo a nossa real mola<br />

do <strong>de</strong>senvolvimento económico<br />

pois cria e mantém centenas<br />

<strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> postos <strong>de</strong> trabalho,<br />

sofre mais uma taxa na<br />

transacção imobiliária. Ainda<br />

sobre as multas <strong>de</strong> estacionamento<br />

que subiram, e bem,<br />

durante o seu mandato além da<br />

“caça” se ter intensificado é ver<br />

os fiscais <strong>de</strong> parking quase <strong>de</strong><br />

meia em meia hora a calcorrear<br />

a zona on<strong>de</strong> nos encontramos,<br />

alguns até <strong>de</strong> bicicleta que é<br />

para ser mais <strong>de</strong>pressa e com o<br />

agravamento <strong>de</strong> não ser possível<br />

pagar as coimas nas caixas<br />

dos Bancos fenómeno este que<br />

me <strong>de</strong>ixa perplexo por <strong>de</strong>sconhecer<br />

as razões quando hoje as<br />

quitações são quase na totalida<strong>de</strong><br />

feitas nesta modalida<strong>de</strong>.<br />

A colecta do lixo vem-nos<br />

ainda pesar mais na “carteira”<br />

com a utilização <strong>de</strong> caixotes e<br />

caixotinhos aprovados pelo<br />

Concelho da cida<strong>de</strong>. Falar dos<br />

Transportes públicos é outra<br />

dor no fundo das costas pelo<br />

tempo <strong>de</strong> espera dos eléctricos<br />

e autocarros <strong>de</strong> nos movimentar<br />

dum lado para outro da<br />

cida<strong>de</strong> para já não chamarmos<br />

a atenção para os aumentos que<br />

tem sofrido e o que…virá. Se<br />

compararmos com outras<br />

cida<strong>de</strong>s como por exemplo<br />

Lisboa, Porto, Madrid e<br />

Barcelona vê-se logo que<br />

Toronto está muito aquém, na<br />

cauda quero dizer.<br />

As ruas e passeios são abertas<br />

uma, duas e três vezes no<br />

ano para reparações por não<br />

haver planeamento pois<br />

primeiro vem, por exemplo, a<br />

TTC, <strong>de</strong>pois os esgotos, o gás,<br />

a tubagem da água e <strong>de</strong>pois,<br />

finalmente, o embelezamento<br />

dos passeios ou novos postos<br />

<strong>de</strong> iluminação, árvores ou<br />

sinais para o trânsito. E nós, o<br />

cidadão, é que acaba por alancar<br />

com a <strong>de</strong>spesa… e os comerciantes<br />

das áreas a per<strong>de</strong>r<br />

vendas e clientes, que na minha<br />

opinião são os que mais têm<br />

sofrido com estas metamorfoses.<br />

O certo é que possivelmente<br />

já alguns <strong>de</strong>sses nossos comerciantes<br />

encerraram as portas ou<br />

mudaram-se para outras<br />

cida<strong>de</strong>s limítrofes.<br />

Após esta minha análise<br />

fruto <strong>de</strong> conversas com muitos<br />

dos nossos compatriotas e não<br />

só, durante a minha permanência<br />

nos eventos <strong>de</strong> fim-<strong>de</strong>semana<br />

que ocorrem ao longo<br />

do ano, peço que o caro leitor<br />

não fique em casa no dia <strong>de</strong><br />

votar pois é muito importante<br />

elegermos os nossos representantes<br />

da cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> vivemos.<br />

Não importa para quem é que<br />

vai dar o seu voto. O importante<br />

é fazê-lo.<br />

Tem praticamente um mês<br />

para pensar e escolher o seu<br />

candidato para no próximo dia<br />

25 <strong>de</strong> Outubro e lhe dar o seu<br />

voto. Não se esqueça. Faça-o<br />

para bem do Bairro on<strong>de</strong> se<br />

integra e vive e, obviamente,<br />

para si também.<br />

Até quando, é que<br />

aguentamos<br />

essas petas?<br />

CRUZ DOS SANTOS<br />

Portugal, está a atravessar a maior crise financeira<br />

<strong>de</strong> sempre. A situação do país é grave! A<br />

dívida do Estado, tem vindo a aumentar a um<br />

ritmo <strong>de</strong> dois milhões e meio <strong>de</strong> euros, por hora,<br />

ultrapassando já os 14,2 mil milhões <strong>de</strong> euros. O limite<br />

global, inscrito no orçamento do Estado, para este<br />

ano, era <strong>de</strong> quase <strong>de</strong>zassete mil milhões e meio <strong>de</strong><br />

euros.<br />

E sabem, Caros leitores do <strong>Post</strong> Milénio, qual é o total da dívida<br />

pública? Não? Ascen<strong>de</strong>, neste momento, a 146,999 milhões, quando<br />

no final <strong>de</strong> 2009 era <strong>de</strong> 132,746 milhões <strong>de</strong> euros. E o que fazemos<br />

nós perante este cenário inquietante? A maioria dos políticos e portugueses,<br />

na sua infinita e pacata <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m existencial, acham tudo<br />

“normal” e “marimbam-se” para estes números. Estão mais preocupados<br />

com as eleições presi<strong>de</strong>nciais, aquisição <strong>de</strong> submarinos e viaturas<br />

“top gama” <strong>de</strong>stinadas aos Srs. ministros, questões “extraconjugais”<br />

e quezílias burocráticas. E habituam-nos a isso, a prescindir<br />

<strong>de</strong> apurar a verda<strong>de</strong>, porque intimamente acham, ou achamos, que<br />

não saber o final da história…é uma coisa normal em Portugal e que<br />

as coisas importantes são sempre embelezadas no “politicamente<br />

correcto”! Como todos estes assuntos, começam a estar na moda,<br />

não faltam revelações e confirmações proferidas por aqueles, que se<br />

julgam pequenos <strong>de</strong>uses, e, tal como a sanguessuga (Plínio dizia que<br />

a sanguessuga tinha a língua bifurcada), que servindo-se das suas<br />

línguas, lá vão concordando que é maravilhoso intercalar, a torto e a<br />

direito, num discurso latino, ornamentado com certas palavras gregas,<br />

que o tomam <strong>de</strong> todo enigmático. Quando não conhecem nenhuma<br />

língua estrangeira, arrancam, <strong>de</strong> qualquer livro bolorento, quatro<br />

ou cinco palavrões velhos com que espantam o leitor e o Povo.<br />

Os que os compreen<strong>de</strong>m, lisonjeiam-se <strong>de</strong> encontrar um motivo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>leite com a sua própria erudição. Por outro lado, quanto mais ininteligíveis<br />

parecem, os que os não compreen<strong>de</strong>m, mais admirados<br />

ficam. Porque é um pequeno prazer, admirar muito as coisas que<br />

lhes são inacessíveis. Se entre os últimos houver algum que tenha a<br />

vaida<strong>de</strong> <strong>de</strong> passar por sábio, um sorrisinho <strong>de</strong> satisfação, um sinalzinho<br />

<strong>de</strong> aprovação, um tique à “Lagar <strong>de</strong>r”, um abanar <strong>de</strong> orelha, à<br />

maneira dos burros, bastará para salvar, aos olhos do próximo, a sua<br />

ignorância. Entretanto, tanto o <strong>de</strong>semprego, como os bens <strong>de</strong> consumo,<br />

a gasolina e outros <strong>de</strong>rivados, têm vindo a aumentar promiscuamente,<br />

o Povo lá se vais distraindo, com os habituais e repetitivos<br />

discursos políticos, com <strong>de</strong>bates e entrevistas concedidas a<br />

diversos criminosos <strong>de</strong> fama, com a ladainha dos centenas <strong>de</strong> economistas<br />

sobre o estado da Nação, telenovelas, jogos <strong>de</strong> futebol, bem<br />

como os “Carlos” (Queiroz e o Cruz), tornando-se, no dia-a-dia, um<br />

pacifista e comodista por excelência.<br />

E, acreditem, não há nada a fazer!<br />

ONT.REG. # 4638987

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