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24 de Setembro - Post Milenio

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6<br />

De <strong>24</strong> a 30 <strong>de</strong> <strong>Setembro</strong> <strong>de</strong> 2010<br />

Casa do Alentejo<br />

Semana <strong>de</strong> Serpa festejada<br />

com pompa e circunstância<br />

Carlos Morgadinho<br />

Integrado na XXVI Semana<br />

Cultural da Casa do Alentejo <strong>de</strong><br />

Toronto do corrente ano foi realizado<br />

um fim-<strong>de</strong>-semana totalmente<br />

<strong>de</strong>dicado ao canto alentejano<br />

e à cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Serpa, que<br />

como é sabido fica localizado no<br />

Baixo Alentejo, que com o<br />

patrocínio daquela autarquia fez<br />

<strong>de</strong>slocar até Toronto 26 elementos<br />

do Grupo Coral e Etnográfico<br />

da casa do Povo <strong>de</strong> Serpa, fundado<br />

em 1928, que se fez acompanhar<br />

do presi<strong>de</strong>nte daquela<br />

Câmara, o Engenheiro João Rocha<br />

da Silva, e dum elemento coor<strong>de</strong>nador<br />

do pelouro <strong>de</strong> cultura, a<br />

Lídia Saragaço, que veio para o<br />

Canadá com a sua família quando<br />

tinha apenas 12 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong><br />

tendo posteriormente regressado<br />

a Portugal, há cerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos,<br />

residindo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então naquela<br />

cida<strong>de</strong> das Planícies Douradas,<br />

conhecida também pela Cida<strong>de</strong><br />

Branca, dado que as pare<strong>de</strong>s<br />

exteriores das suas casas são, na<br />

maioria, pintadas, ou caiadas,<br />

daquela cor.<br />

Assim com bastante participação <strong>de</strong><br />

sócios e amigos <strong>de</strong>sta nossa casa regional<br />

que muitos chamam “a Casa <strong>de</strong> Portugal”<br />

aquele grupo coral harmonioso cantou e<br />

encantou quantos por ali apareceram.<br />

Gostaríamos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar um reparo positivo à<br />

actuação do Grupo Coral, um autêntico<br />

embaixador do Canto Alentejano, e que, ao<br />

longo da nossa peregrinação não só aqui<br />

pela Casa do Alentejo mas também em<br />

Portugal pelo vasto território ao sul do Tejo,<br />

nunca presenciamos um grupo que nos<br />

encantasse totalmente até ao êxtase.<br />

Pu<strong>de</strong>mos afirmar que se trata dum Grupo<br />

Coral que além da excelente e inigualável<br />

interpretação do Canto Alentejano reviveu,<br />

através <strong>de</strong> pesquisas, cantos seculares e<br />

totalmente esquecidos no presente, uma<br />

autêntica relíquia etnográfica.<br />

Naquelas duas noites após um suculento<br />

jantar servido no qual não faltou a<br />

saborosa sopa <strong>de</strong> tomate à moda <strong>de</strong> Serpa<br />

iniciou-se os programas <strong>de</strong> entretenimento<br />

que foi totalmente preenchido não só pelo<br />

Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo<br />

<strong>de</strong> Serpa mas também pelos ranchos folclóricos<br />

dos adultos e infantil. Este último<br />

bem ensaiado apresentou Miroscas; As<br />

Saias da Mariana; Sereia; Fadinho;<br />

Bailarico; Três Tons e Polka Corrida. O rancho<br />

adulto da Casa do Alentejo, ensaiado<br />

por dois jovens Carlitos e Marta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

o ensaiador Joaquim Silva não tem, por<br />

motivos <strong>de</strong> força maior, dado mais tempo<br />

para os ensaios, apresentou uma coreografia<br />

impecável no Fadinho do Zé da<br />

A<strong>de</strong>ga; Passo a dois passos; Justiça<br />

Corrida; O Beijo e principalmente na<br />

Mortinheira.<br />

Os Grupos Corais <strong>de</strong>sta Casa não<br />

estiveram ausentes embora com muitas<br />

ausência por alguns elemento se encontrarem<br />

ainda <strong>de</strong> férias e fora <strong>de</strong> Toronto mas<br />

que no encheu <strong>de</strong> alegria e cor com os seus<br />

cânticos das mornas alentejanas. O Grupo<br />

Coral Feminino sob a orientação <strong>de</strong> Bia<br />

Raposo com O Meu Alentejano e É Tão<br />

Lindo Viver no Campo e outras modas bem<br />

conhecidas e populares naquela região do<br />

nosso país. No final, Bia Raposo, a lí<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong>ste grupo, chamou os elementos do<br />

Grupo Coral Masculino para juntos<br />

cantarem “O Hino do Imigrante” dos<br />

mineiros <strong>de</strong> Aljustrel, uma prece <strong>de</strong> todos<br />

os presente para que os 33 mineiros<br />

chilenos que se encontram bloqueados, por<br />

uma <strong>de</strong>rrocada numa mina, a gran<strong>de</strong> profundida<strong>de</strong><br />

naquele país sul-americano, fossem<br />

libertados o mais rápido possível para<br />

se juntarem às suas famílias. Este hino foi<br />

cantado, <strong>de</strong> pé, por todos os presentes,<br />

naquele salão nobre, incluindo os elementos<br />

do Grupo visitante do Coral da Casa do<br />

Povo <strong>de</strong> Serpa. Foi emocionante e até<br />

arrepiou. É sabido que na zona <strong>de</strong> Aljustrel<br />

a principal activida<strong>de</strong> é a mineira, e per<strong>de</strong>-<br />

se nas brumas do tempo os sinistros que, <strong>de</strong><br />

tempos a tempos, tem atingido as operações<br />

nas minas e levado a vida a tantos e tantos<br />

mineiros. A solidarieda<strong>de</strong> e a irmanda<strong>de</strong> do<br />

povo do Alentejo representado naquela<br />

nossa Casa, e <strong>de</strong> todos os presentes, para<br />

com os seus irmãos chilenos, foi indiscutivelmente<br />

um acto <strong>de</strong> enaltecer.<br />

O Grupo Coral Masculino da Casa do<br />

Alentejo, coor<strong>de</strong>nado por Arménio<br />

Guerreiro mas ensaiado por Bento Mestre,<br />

este conhecido pelo “Canário da Casa do<br />

Alentejo” uma referência <strong>de</strong> afeição e carinho<br />

que todos os seus companheiros,<br />

sócios e amigo têm pela sua pessoa pois é<br />

ele que li<strong>de</strong>ra as vozes do coro e é com a<br />

garganta a trinar que li<strong>de</strong>ra o seu grupo<br />

coral. É <strong>de</strong> se pasmar ouvir esta voz sozinha<br />

nuns escassos segundos durante a interpretação<br />

dos cantos. Um autêntico<br />

“canário” <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> o dizemos, actuou <strong>de</strong><br />

seguida com Viva a unida<strong>de</strong> dos alentejanos<br />

da Casa do Alentejo, o seu hino; Nós somos<br />

alentejanos; A vida do almocreve; Dos tempos<br />

que já lá vão e muitas outras mais.<br />

Realce para a actuação do bem conhecido<br />

cantor, trovador, músico e compositor da<br />

nossa comunida<strong>de</strong>, Hél<strong>de</strong>r Pereira, que<br />

<strong>de</strong>dilhando a sua viola e acompanhado pelo<br />

seu filho na percussão (bateria) e <strong>de</strong> dois<br />

outros elementos, no violino e contra-baixo,<br />

<strong>de</strong>liciaram os presentes com êxitos do passado<br />

como Maria Faia; Resineiro; Menina<br />

que estás à janela; Comboio da sauda<strong>de</strong>;<br />

Milho Ver<strong>de</strong>; Barco à vela; Vamos celebrar<br />

Paz e Alegria; Perto do Céu, esta <strong>de</strong> sua<br />

autoria e Laurentina fazendo duo com a<br />

jovem Catarina Melo.<br />

Foi um fantástico e bem participado<br />

fim-<strong>de</strong>-semana on<strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a gastronomia<br />

aos cantos dos diversos grupos corais passando<br />

pelos ranchos folclóricos <strong>de</strong>liciou o<br />

mais exigente espectador <strong>de</strong>stes eventos<br />

culturais.<br />

Como atrás já referimos esta semana<br />

tributo ao canto alentejano e, ao mesmo<br />

tempo, <strong>de</strong>dicado a Serpa é o prelúdio,<br />

pu<strong>de</strong>mos assim chamar, das comemorações<br />

que se avizinham <strong>de</strong> mais uma Semana<br />

Cultural, <strong>de</strong>sta vez a 26ª realização, com<br />

começo marcado para o próximo dia 5 <strong>de</strong><br />

<strong>Post</strong>-Milénio... Às Sextas-feiras, bem pertinho <strong>de</strong> si!<br />

Outubro (com uma homenagem do centenário<br />

da implantação da República), 13 a<br />

17, 22, 23 e 30 do já mencionado mês <strong>de</strong><br />

Outubro. Estamos cientes que este Semana<br />

<strong>de</strong> Cultura vai ser uma das que atingirá o<br />

topo ao longo <strong>de</strong>stes anos todos pois teremos<br />

a gastronomia representada pelo Chefe<br />

Carlos Moita, presente em Toronto nestes<br />

dias; pelo apresentador da TV, José<br />

Figueiras; o grupo coral e instrumental<br />

Campos do Alentejo, do Alvito; Drª Joana<br />

Garcia proprietária da fábrica <strong>de</strong> queijos<br />

“Queijaria Monte da Vinha” bem conhecida<br />

por toda a Europa; do Dr. Luís Afonso cartoonista<br />

e colaborador <strong>de</strong> várias publicações<br />

como a Bola, Expresso e o Público;<br />

o técnico António Ceia da Silva, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Direcção <strong>de</strong> Turismo do Alentejo; Maria<br />

Hortense, artesã e proprietária da Fábrica <strong>de</strong><br />

Tapetes Hortense da vila <strong>de</strong> Arraiolos; o<br />

artista Pedro Moutinho e para abrilhantar<br />

uma noite <strong>de</strong> fado durante estes eventos <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong> gabarito teremos entre nós o conhecido<br />

fadista Nuno da Câmara Pereira que<br />

será acompanhado pelos seus três guitarristas<br />

privados, Rodolfo Godinho, Carlos<br />

Garcia e Fernando Calado, no dia 16 <strong>de</strong><br />

Outubro no salão nobre <strong>de</strong>sta colectivida<strong>de</strong><br />

cultural.<br />

Serão exibidos trabalhos dos<br />

artistas/pintores Lina Serrano, António<br />

Louvado, Mia Azevedo, Yara Vasconcelos,<br />

Luís Palaio e Maria <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s Me<strong>de</strong>iros.<br />

Vários dos nossos artistas abrilhantarão<br />

estes dias dos quais <strong>de</strong>stacamos Minah<br />

Jardin; Nancy Costa; João Finto; Maria dos<br />

Anjos; a tuna estudantil Luso Can Tuna; o<br />

conjunto musica Mexe-Mexe; o Grupo<br />

Coral e Instrumental Melodias <strong>de</strong> Sempre e<br />

a Banda Filarmónica do Sagrado Coração<br />

<strong>de</strong> Jesus da Igreja <strong>de</strong> Santa Helena. A Casa<br />

do Alentejo apresentará os seus valores culturais,<br />

os apreciados grupos corais femininas<br />

e masculinos; os seus Ranchos<br />

Folclóricos, o Infantil e o Etnográfico; o seu<br />

grupo <strong>de</strong> teatro “O Projecto”; o Núcleo <strong>de</strong><br />

Leitura e a Sessão <strong>de</strong> Numismática além<br />

duma noite <strong>de</strong> cinema em colaboração com<br />

o Portuguese Film Festival, com uma obra<br />

oportunamente anunciar.<br />

Como o leito se apercebeu estamos perante<br />

um evento arrojado e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

craveira difícil <strong>de</strong> se igualar perante os<br />

nomes apresentados. Para uma melhor<br />

informação sobre os dias e espectáculos<br />

aconselhamos o leitor a telefonar para a<br />

Casa do Alentejo ou certificar-se sobre os<br />

eventos através da leitura das diversas publicações<br />

da nossa comunida<strong>de</strong> que semanalmente<br />

se encontram nas bancadas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

parte do nosso comércio e até clubes e associações.

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