Artigo, Pronome e Numeral - Exercícios - Projeto Medicina
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58) (FUVEST-2007) O anúncio luminoso de um edifício em<br />
frente, acendendo e apagando, dava banhos intermitentes<br />
de sangue na pele de seu braço repousado, e de sua face.<br />
Ela estava sentada junto à janela e havia luar; e nos<br />
intervalos desse banho vermelho ela era toda pálida e<br />
suave.<br />
Na roda havia um homem muito inteligente que falava<br />
muito; havia seu marido, todo bovino; um pintor louro e<br />
nervoso; uma senhora recentemente desquitada, e eu.<br />
Para que recensear a roda que falava de política e de<br />
pintura? Ela não dava atenção a ninguém. Quieta, às vezes<br />
sorrindo quando alguém lhe dirigia a palavra, ela apenas<br />
mirava o próprio braço, atenta à mudança da cor. Senti<br />
que ela fruía nisso um prazer silencioso e longo. “Muito!”,<br />
disse quando alguém lhe perguntou se gostara de um<br />
certo quadro - e disse mais algumas palavras; mas mudou<br />
um pouco a posição do braço e continuou a se mirar,<br />
interessada em si mesma, com um ar sonhador.<br />
Rubem Braga, “A mulher que ia navegar”.<br />
O termo sublinhado no trecho “Senti que ela fruía nisso<br />
um prazer silencioso e longo” refere-se, no texto,<br />
a) ao sorriso que ela dava quando lhe dirigiam a palavra.<br />
b) ao prazer silencioso e longo que ela fruía ao sorrir.<br />
c) à percepção do efeito das luzes do anúncio em seu<br />
braço.<br />
d) à falta de atenção aos que se encontravam ali reunidos.<br />
e) à alegria da roda de amigos que falavam de política e de<br />
pintura.<br />
59) (FUVEST-2007) Preciso que um barco atravesse o mar<br />
Gosto e preciso de ti<br />
lá longe<br />
Mas quero logo explicar<br />
para sair dessa cadeira<br />
Não gosto porque preciso<br />
para esquecer esse computador<br />
Preciso sim, por gostar.<br />
e ter olhos de sal<br />
Mário Lago,<br />
boca de peixe<br />
<br />
e o vento frio batendo nas escamas.<br />
(...)<br />
Marina Colasanti, Gargantas abertas.<br />
a) Nos poemas acima, as preposições “para” e “por”<br />
estabelecem o mesmo tipo de relação de sentido?<br />
Justifique sua resposta.<br />
b) Sem alterar o sentido do texto de Mário Lago,<br />
transcreva-o em prosa, em um único período, utilizando os<br />
sinais de pontuação adequados.<br />
60) (FVG - SP-2007) Leia os sete versos abaixo e responda<br />
às questões a eles pertinentes.<br />
15 | <strong>Projeto</strong> <strong>Medicina</strong> – www.projetomedicina.com.br<br />
(1) Metafísica? Que metafisica têm aquelas árvores?<br />
(2) A de serem verdes e copadas e de terem ramos<br />
(3) E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,<br />
(4) A nós, que não sabemos dar por elas. .<br />
(5) Mas que melhor metafísica que a delas.<br />
(6) Que é a de não saber por que vivem<br />
(7) Nem que o não sabem?<br />
Alberco Caeiro<br />
Nos quatro últimos versos, há várias ocorrências da<br />
palavra que. Sobre essa palavra, pode-se dizer:<br />
a) No quinto verso, tem-se um pronome definido e uma<br />
conjunção comparativa.<br />
b) No sétimo verso, tem-se um pronome relativo.<br />
c) No quarto verso, tem-se um pronome relativo.<br />
d) No sexto verso, tem-se uma conjunção comparativa e<br />
um pronome interrogativo.<br />
e) No sexto verso, tem-se uma conjunção integrante e um<br />
advérbio.<br />
61) (FVG - SP-2007)<br />
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos,<br />
de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil<br />
compreensão científica.<br />
A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina<br />
fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do<br />
lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence<br />
à física. William Blake* sabia disso e afirmou: "A árvore<br />
que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei<br />
disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos,<br />
sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está<br />
uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto<br />
da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à<br />
frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito<br />
trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a<br />
beleza. Só viam o lixo.<br />
Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a<br />
poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra".<br />
Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra<br />
que ele viu virou poema.